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Manual_Periodontia

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PÁGINA 1
PÁGINA 2
ORGANIZADORES: 
SHEYLA CHRISTINNE LIRA MONTENEGRO
KEILA CRISTINA RAPOSO LUCENA
MARCOS AURÉLIO VASCONCELOS LIMA JUNIOR
AUTORES 
KEILA CRISTINA RAPOSO LUCENA 
SHEYLA CHRISTINNE LIRA DA NÓBREGA
FÁBIO GOMES DOS SANTOS
JACQUELINE DUARTE ROCHA
ENDI NÓBREGA CAVALCANTE DE MEDEIROS
FAUMANA DOS SANTOS CÂMARA
PRODUÇÃO EDITORIAL
NÚCLEO DE PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS (NPI)
COORDENAÇÃO DE PRODUÇÃO
FILIPE CARVALHO DE ALMEIDA
DIAGRAMAÇÃO
RAIFF PIMENTEL FÉLIX ALMEIDA
COMO MELHOR UTILIZAR ESTE LIVRO:
Este e-book foi desenvolvido com intenção de facilitar o acesso à 
informação. Baixe o arquivo e visualize-o na tela do seu computador 
ou celular sempre que necessitar. Utilize as setas, as teclas Page Up 
e Page Down do teclado ou o Scroll do mouse para navegar pelo livro. 
Não desperdice papel, imprima somente se necessário.
Periodontia | Coleção: Manuais Aplicativos em Clínica Odontológica
Organizado por Sheyla Christinne Lira Montenegro, Keila Cristina 
Raposo Lucena, Marcos Aurélio Vasconcelos Lima Junior | Unipê: 
João Pessoa, 2019 | 75 páginas | ISBN 978-85-87868-96-1
 A Periodontia é a ciência que estuda e trata as estruturas de suporte dos elementos dentários. As doenças periodontais são doenças 
de caráter inflamatório e etiologia bacteriana que podem levar à perda dos dentes. A prevenção e tratamento dessas doenças baseiam-se no 
controle do biofilme dentário maduro que se adere às superfícies dentárias. 
 O cirurgião-dentista deve desenvolver habilidades e competências para diagnosticar alterações nos padrões de normalidade dos tecidos 
periodontais, planejar como tratar um paciente e aplicar o tratamento que promova os melhores resultados.
 Baseado na nova classificação das doenças periodontais (AAP, 2017), este manual objetiva facilitar o aprendizado dos alunos de 
Odontologia, abordando temas como diagnóstico, classificação, tratamento e prevenção das doenças periodontais. 
 Este volume é parte integrante da coleção Manuais Aplicativos em Clínica Odontológica, constitui importante ferramenta de auxilio 
prático, e deve ser adotado como literatura de bolso, sempre a mão dos estudantes durante os atendimentos e com a finalidade de esclarecer e 
nortear os atendimentos clínicos.
Profa Dra Sheyla Christinne Lira da Nóbrega 
Professora da disciplina de Periodontia do Unipê
Doutora em Periodontia
PREFACIO
PÁGINA 5
4 - DOENÇAS PERIODONTAIS 
NECROSANTES 
1 - EXAME CLÍNICO 
PERIODONTAL
5 - ABSCESSOS DO 
PERIODONTO
2 - DOENÇAS GENGIVAIS
6 - DETERMINAÇÃO DO 
PLANO DE TRATAMENTO
9 - CIRURGIAS PERIODONTAIS
3 - DOENÇAS 
PERIODONTAIS
7 - MOTIVAÇÃO E 
INSTRUÇÃO DO PACIENTE 
10 - TRAUMA DE OCLUSÃO
8 - TÉCNICAS DE RASPAGEM E 
ERGONOMIA EM PERIODONTIA
11 - TERAPIA DE SUPORTE
33
06
38
16
43
6024
48
68
55
71
PÁGINA 6
EXAME CLÍNICO PERIODONTAL 
\KEILA CRISTINA RAPOSO LUCENA
CAPÍTULO 1
O exame periodontal inicial é uma das maiores dificuldades encontradas pelos acadêmicos e profissionais da odontologia 
em virtude da diversidade dos parâmetros clínicos periodontais a serem avaliados e da complexidade de situações (locais ou 
sistêmicas) que podem estar envolvidas para se determinar o diagnóstico da condição periodontal. Por meio das informações 
coletadas na consulta inicial, é possível chegar ao diagnóstico, determinar a presença, severidade e extensão da doença, 
selecionar os melhores procedimentos de tratamento e considerar o prognóstico. 
Dentre as principais observações iniciais a serem realizadas, destacam-se informações quanto aos sinais clínicos da 
inflamação, profundidade de sondagem, nível clínico de inserção e perda óssea alveolar.
Quadro 01.: Avaliação inicial do paciente periodontal.
ANAMNESE E HISTÓRIA MÉDICO / ODONTOLÓGICA
FATORES DE RISCO DE DOENÇA PERIODONTAL AVALIAÇÃO DOS FATORES LOCAIS
- Diabetes Mellitus (DM) - Dépositos de cálculo
- Tabagismo - Excesso de materiais restauradores
- Cardiopatias - Fatores anatômicos locais
- Uso contínuo de medicamentos - Fatores relacionados ao dente (furcas expostas, sulcos radiculares, fraturas, reabsorções)
- Gravidez - Sensibilidade
- Outras condições sistêmicas - Apinhamentos dentais
- Fatores locais associados aos tecidos moles (recessão gengival, freios e bridas)
PÁGINA 7
Durante a etapa de anamnese na consulta inicial, é importante esclarecer ao paciente o possível papel que algumas 
doenças sistêmicas, condições ou fatores ambientais, possam exercer sobre os tecidos periodontais; a presença de condições 
que possam exigir cuidados especiais durante a condução do tratamento a ser proposto ou mesmo a sua interrupção; e a 
possibilidade de algumas infecções orais apresentarem influências importantes na ocorrência e na gravidade de doenças e 
condições sistêmicas.
Após essa etapa, procede-se o exame clínico periodontal detalhado utilizando instrumentos periodontais específicos 
para esse fim. O uso de instrumentais apropriados facilita o exame clínico, diminuindo o desconforto, favorecendo o correto 
diagnóstico. É importante esclarecer que todos os dados periodontais devem ser anotados em uma ficha clínica periodontal, o 
periograma.
Figura 01. Sondas milimetradas periodontais do tipo Nabers, para avaliação do comprometimento de furcas, sonda 
milimetrada UNC, graduada em milímetros (1-12mm) e sonda Williams, graduada em milímetros (1-10mm). 
Fonte: Arquivo pessoal.
PÁGINA 7
PÁGINA 8
A- A inspeção visual deve fazer parte do protocolo do exame inicial para o estabelecimento do diagnóstico periodontal bem 
como dos exames de rotina para as manutenções periodontais. Durante essa etapa clínica, observam-se as características de 
normalidade bem como as alterações de forma e contorno dos tecidos periodontais.
B- O índice de placa bacteriana permite avaliar a capacidade de controle de biofilme supragengival, o grau de atenção e os 
cuidados que o paciente tem com a sua saúde bucal. O método dicotômico (sim / não) é uma escala que registra a presença ou 
ausência de biofilme nas superfícies dentais e que pode ser registrado através da inspeção visual.
Quadro 02. Exame clínico periodontal para o preenchimento da ficha clínica periodontal.
A- INSPEÇÃO VISUAL (características clínicas da inflamação)
B- ÍNDICE DE PLACA BACTERIANA
C- ÍNDICE GENGIVAL
D- PROFUNDIDADE DE SONDAGEM E SANGRAMENTO À SONDAGEM
E- RECESSÃO GENGIVAL 
F- PERDA DE INSERÇÃO
G- ENVOLVIMENTO DE FURCA
H- PRESENÇA DE EXUDATO / SUPURAÇÃO
I- MOBILIDADE ENTAL
J- TRAUMATISMO OCLUSAL
PÁGINA 9
C- O índice gengival (IG) é obtido através da estimulação dos tecidos periodontais através da inserção de 1-2mm da sonda 
periodontal no interior do sulco gengival. A avaliação do IG deve ocorrer nas quatro faces dentais (vestibular, lingual, mesial e 
distal) devendo a sonda perpassar ao longo da margem gengival.
D- A profundidade de sondagem (PS) é classicamente conhecida como a medida da profundidade de bolsa periodontal 
correspondendo à distância da margem gengival ao limite mais apical da bolsa periodontal. É utilizado para o diagnóstico das 
periodontites embora não reflita, necessariamente, o grau de severidade da doença, podendo ser considerado um indicador 
de inflamação. Já o sangramento à sondagem (SS) é um importante indicador do status inflamatório dos tecidos periodontais 
refletindo a necessidade de instrumentação periodontal efetiva. Tanto a PS como o SS, são verificados através da inserção da 
sonda periodontal ao longo do sulco gengival utilizando forças de sondagem suaves com sondas com dimensões adequadas. 
Quadros de saúde periodontal apresentam PS de até 3mm.
Figura 02. Visualização da presença de biofilme dental sobre as superfícies vestibulares dos dentes superiores anteriores. 
PÁGINA 10
Figura 03. Avaliação da PS e do SS em dente posterior inferior indicando profundidade superior a 3 mm e ausência de 
sangramento à sondagem periodontal. 
Quadro 03. Classificação da recessão gengival segundo Miller.
Fonte: arquivo pessoal.
Classe I - a RGnão se estende à junção mucogengival não havendo perda óssea ou de tecido mole na área interproximal
Classe II - a RG se estende até ou além da junção mucogengival não havendo perda óssea ou de tecido mole na área interproximal
Classe III - a RG se estende até ou além da junção mucogengival havendo perda óssea ou de tecido mole na área interproximal e 
mau posicionamento dental
Classe IV - a RG se estende até ou além da junção mucogengival havendo perda óssea e tecidual severa na área interproximal ou 
mau posicionamento dental severo
PÁGINA 11
Figura 04. Recessão gengival classe I e II, respectivamente (esquerda e direita). 
Figura 05. Recessão gengival classe III e IV, respectivamente (esquerda e direita). 
Fonte: Cimões, Gusmão, Donos (2013).
Fonte: Cimões, Gusmão, Donos (2013).
 A altura da RG é medida com uma sonda periodontal milimetrada posicionada entre a JCE e a margem gengival sendo 
transcrita em milímetros.
PÁGINA 12
F- A perda de inserção clínica (PIC) também é avaliada através da PS devendo-se estar atento aos aspectos de inflamação, 
como o edema e o sangramento gengival, bem como à presença de recessões gengivais. Sabendo-se que medidas clínicas 
biologicamente aceitáveis são aquelas de até 3mm, é importante observar a medida da recessão gengival pois tal medida 
estará associada à PIC. Para se determinar esse parâmetro deve-se somar as medidas obtidas na PS e na RG.
G- A presença de lesões de furca (LF) deve ser avaliada nos molares superiores e inferiores e nos primeiros pré-molares 
superiores. A presença deste tipo de lesão em um dente aumenta a complexidade do tratamento periodontal e deve ser 
considerada no diagnóstico periodontal. A sua detecção é feita com o uso de sondas específicas, a sonda Nabers que podem ou 
não ser expressa em milímetros.
Figura 06. Sondagem periodontal com sonda milimetrada UNC (1-12mm) na face distal do dente 13 apresentando medidas de 
PS = 4mm e RG =1mm. Dessa forma, obtem-se uma PIC de 5mm. 
Quadro 04. Classificação das lesões de furca levando-se em consideração a perda óssea horizontal.
Fonte: Arquivo pessoal.
Grau 1 – envolvimento de até 1/3 da área interradicular (perda horizontal menor que 3mm)
Grau 2 – envolvimento ultrapassa 1/3 da área interradicular (perda horizontal maior que 3mm), porém sem ultrapassar a sua largura
Grau 3 – a sonda atravessa toda a extensão da furca criando uma comunicação lado-a-lado.
PÁGINA 13
H- A presença de supuração na área do sulco gengival ou bolsa periodontal significa uma mudança no quadro inflamatório de 
crônico para agudo podendo ser detectada por pressão digital na mucosa queratinizada ou durante a sondagem periodontal. 
Pode estar associada a quadros de abscessos periodontais e, quando associada ao sangramento à sondagem, é considerado 
um forte indicativo de perda de inserção clínica.
Figura 07. Lesão de furca grau I diagnosticada com a inserção da sonda Nabers milimetrada na área de furca do dente 36. 
Figura 08. Presença de sangramento à sondagem e supuração. 
Fonte: Paiva, Almeida (2005)
Fonte: arquivo pessoal.
PÁGINA 14
I- A mobilidade dental (MD) pode ser o resultado de uma combinação de três fatores: aumento da largura do espaço do ligamento 
periodontal; altura reduzida das estruturas de suporte periodontais; e/ou inflamação no aparato de inserção periodontal. Pode 
ser classificada da seguinte forma:
J- O traumatismo oclusal pode ser dividido em primário (quando forças oclusais excessivas incidem em um periodonto íntegro) 
ou secundário (quando forças oclusais excessivas incidem em um periodonto reduzido). O traumatismo oclusal ou forças 
oclusais excessivas não são capazes de iniciar uma periodontite. No entanto, quando a periodontite e o trauma oclusal ocorrem 
simultaneamente, há evidências que apontam que o traumatismo oclusal pode aumentar a taxa de perda óssea.
De forma resumida, e conforme o Consenso no Workshop mundial de Periodontia de 2017, podemos elencar as principais 
características de saúde gengival a ser observada durante o exame clínico periodontal:
Quadro 05. Classificação da mobilidade dental segundo Miller.
Quadro 06. Características clínicas da saúde gengival em periodonto íntegro e reduzido conforme o Workshop mundial de 
Periodontia (2017).
Grau 0 – mobilidade fisiológica (0,1 – 02mm horizontalmente)
Grau 1 – mobilidade aumentada da coroa (até 1,0mm horizontalmente)
Grau 2 – aumento visível da mobilidade da coroa excedendo 1,0mm verticalmente
Grau 3 – mobilidade intensa da coroa nas direções vertical e horizontal impossibilitando as funções do dente.
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DA SAÚDE GENGIVAL
Periodonto íntegro Periodonto reduzido
Ausência de sangramento à sondagem Ausência de sangramento à sondagem
Ausência de eritema e edema Ausência de eritema e edema
Ausência de perda óssea e de inserção Presença de perda óssea e de inserção
Níveis ósseos fisiológicos variam de 1,0 a 3,0mm 
apical à junção cemento-esmalte
-
PÁGINA 15
NEWMAN, M.G. et al. Carranza Periodontia Clínica. 12ª ed. Rio de Janeiro: Editora Elsevier, 2016.
LINDHE, J.; LANG, N.P.; KARRING, T. Tratado de Periodontia Clínica e Implantologia Oral. 5ª Ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2018.
WOLF, H.F.; HASSEL, T. M. Manual de Periodontia: Fundamentos, diagnóstico, prevenção e tratamento. 1 ed. São Paulo: 
Editora Artmed: 2008. 
CASTRO, M.V.M; SUSIN, D. Nova classificação para as doenças e condições periodontais e Peri-implatares. 1 ed. São 
Paulo: Quitessence Editora, 2019
KAHN, S; FISHER, R.G; DIAS, A.T. Periodontia e Implantodontia Contemporânea. 1 ed. São Paulo: Quitessence Editora, 
2019.
CIMOES, R; GUSMÃO, E.S; DONOS, N. Manual prático para cirurgia periodontal e periimplantar. 1ed. São Paulo: Ed. 
Napoleão, 2013
REFERÊNCIAS
PÁGINA 16
DOENÇAS GENGIVAIS
\KEILA CRISTINA RAPOSO LUCENA
CAPÍTULO 2
A gengivite induzida ou associada ao biofilme 
dental é definida como uma condição inflamatória não 
específica resultante de interações entre o biofilme 
dental e a resposta imunoinflamatória do hospedeiro 
que acomete apenas a gengiva, não se estendendo 
aos tecidos de suporte e de inserção periodontal. Já 
a saúde periodontal é definida pela simples ausência 
de inflamação clinicamente detectável podendo ser 
observada em periodonto íntegro ou mesmo reduzido, ou 
seja, que já foi acometido por doença periodontal.
 De acordo com o Consenso para a classificação 
da saúde periodontal e doenças e condições gengivais 
em um periodonto intacto ou reduzido, proposto pelo 
Workshop mundial de Periodontia de 2017, surge a atual 
classificação das condições gengivais induzidas por 
placa e não induzidas por placa:
Quadro 07. Classificação das doenças gengivais induzidas 
por placa (Workshop mundial, 2017).
Gengivite induzida por placa: em periodonto intacto, em periodonto 
reduzido, em pacientes não periodontais e em periodonto reduzido 
em pacientes periodontais tratados com sucesso:
A. Associado apenas com biofilme
B. Modificada por fatores de risco sistêmicos e locais:
● Fatores de risco sistêmicos (fatores modificadores):
- Fumo
- Hiperglicemia
- Fatores nutricionais
- Agentes farmacológicos
- Condições hematológicas
- Hormônios sexuais: puberdade, ciclo menstrual, 
gravidez, contraceptivos orais
● Fatores de risco locais (fatores predisponentes):
- Fatores de retenção de biofilme (restaurações 
subgengivais proeminentes)
- Secura de boca (hipossalivação)
C. Aumento gengival influenciado pelo uso de medicamentos
PÁGINA 17
A- GENGIVITE INDUZIDA POR PLACA ASSOCIADA APENAS AO BIOFILME:
A gengivite induzida por biofilme apresenta uma variedade de sinais e sintomas clínicos bem como de fatores 
modificadores e predisponentes que podem sua extensão, severidade e progressão. Quanto à extensão, ela pode ser 
classificada como incipiente, localizada ou gengeralizada.
- Gengivite incipiente: poucos sítios apresentam inflamação leve e/ou linha de sangramento lento e interrompida;
- Gengivite localizada: ≥10% e≤30%;
- Gengivite generalizada: >30%
Dentre as características clínicas da gengivite, destacam-se: edema e eritema gengivais, sangramento gengival 
e à sondagem (SS), profundidade de sondagem até 3,0mm, desconforto, sensibilidade gengival à sondagem e à 
escovação dental, halitose, gosto alterado. Radiograficamente, não há evidências de perda de estrutura de suporte 
periodontal. Para a sua identificação, é importante uma realização criteriosa na anamnese e no exame clínico 
periodontal para diferenciar quadros de saúde e doença gengival/periodontal (Quadro 08).
Quadro 08. Diagnóstico de saúde gengival ou gengivite induzida por biofilme baseado na prática clínica. 
(Workshop mundial, 2017).
PERIODONTO ÍNTEGRO PERIODONTO REDUZIDO
- Saúde Gengivite Doença estável Doença em remissão
SS Ausente/mínimo Sim Ausente/mínimo Reduzido
Profundidade normal Sim Sim Não Não
Altura óssea normal Sim Sim Não Não
Fatores modificadores Controlados Podem estar 
presentes
Controlados Não completamente controlados
Fatores predisponentes Controlados Podem estar 
presentes
Controlados Não completamente controlados
PÁGINA 18
Embora a doença gengival induzida por biofilme seja uma condição inflamatória reversível, onde o controle e a 
manutenção de uma condição bucal adequada são capazes de devolver a saúde gengival, se não for adequadamente 
controlada pode evoluir para um quadro de destruição periodontal mais severo (Figura 10).
Figura 09: Gengivite induzida apenas pelo biofilme.
 . 
Figura 10: Fluxograma da transição do estado de saúde periodontal para periodontite.
Fonte: Arquivo pessoal.
PÁGINA 19
B-MODIFICADA POR FATORES DE RISCO SISTÊMICOS E LOCAIS
Os fatores de risco sistêmicos ou modificadores relacionam-se à características presentes em um indivíduo 
que influenciam negativamente a resposta imunoinflamatória a uma dada carga de biofilme resultando em uma 
hiperinflamação.
Dentre os principais fatores modificadores das condições gengivais encontram-se o fumo, a diabetes, deficiências 
nutricionais, em especial, a deficiência de vitamina C, agentes farmacológicos (drogas que reduzem o fluxo salivar e 
alteram as funções endócrinas), elevações dos hormônios esteróides sexuais e condições hematológicas, tais como, 
leucemia, trombocitopenia e deficiências de fatores de coagulação (Figura 11).
Já os fatores retentivos são aqueles que facilitam a retenção e, consequentemente, o acúmulo do biofilme dental, 
tais como, restaurações subgengivais, hipossalivação, apinhamento dental, aparelhos ortodônticos fixos (Figura 12) .
Figura 11: Gengivite induzida por biofilme modificada 
por fatores sistêmicos (Diabetes tipo 2).
Figura 12: Gengivite induzida por biofilme modificada 
por fatores locais (apinhamento dental). 
Fonte: Arquivo pessoal. Fonte: Arquivo pessoal.
PÁGINA 20
C- AUMENTO GENGIVAL INFLUENCIADO PELO USO DE MEDICAMENTOS
 Características clínicas: variações no alargamento interpessoal (predisposição genética), maior ocorrência 
na gengiva anterior, prevalência maior em jovens, nos primeiros três meses de uso do medicamento, observado 
inicialmente na região interpapilar.As principais drogas associadas ao crescimento gengival são: as antiepilépticas 
como fenitoína e valproato de sódio; bloqueadores de canais de cálcio (nifedipina,verapamil, diltiazem, 
amlodipina,felodipina); drogas imunossupressoras (ciclosporina A, tacrolimus, sirulimus); e contraceptivos orais de 
alta dose (Figura 13).
Ainda de acordo com o Workshop mundial (2017), as doenças gengivais também estão associadas a outros fatores 
além do biofilme dental:
Figura 13. Paciente que faz de medicamento anticonvulsivante. 
Fonte: Wolf, Hassel (2008).
PÁGINA 21
A- Desordens genéticas / desenvolvimento: Fibromatose Gengival Hereditária. Caracterizado pelo crescimento 
lento, progressivo e benigno da gengiva. 
B- Infecções específicas: Infecções de origem bacteriana, viral e fúngica. 
C- Condições imunoinflamatórias: reações de hipersensibilidade (alergias de contato à materiais odontológicos 
– pouco frequente), gengivite plasmocitária, eritema multiforme. Doenças autoimunes de pele e mucosas também 
estão associadas à gengivites não induzidas por biofilme, tais como: pênfigo vulgar, penfigóide,lesões bucais pré-
malignas, líquen plano, lúpus eritematoso sistêmico, lúpus eritematoso discóide, granulomatose orofacial, doença 
de Crohn, sarcoidose.
D- Processos reativos: epúlides, granuloma fibroblástico calcificante, granuloma piogênico, granuloma de células 
gigantes.
Quadro 09. Classificação das doenças gengivais não induzidas por placa (Wokshop mundial, 2017).
Gengivite não induzida por placa: em periodonto intacto, em periodonto reduzido, em pacientes não periodontais e em periodonto reduzido em 
pacientes periodontais tratados com sucesso:
A. Desordens genéticas / desenvolvimento
B. Infecções específicas
C. Condições imunoinflamatórias
D. Processos reativos
E. Neoplasmas
F. Doenças metabólicas, nutricionais e endócrinas
G. Lesões traumáticas
H. Pigmentação gengival
PÁGINA 22
E- Neoplasmas: leucoplasia bucal, eritroplasia bucal, carcinoma espinocelular, linfomas
F- Doenças metabólicas, nutricionais e endócrinas: escorbuto e diabetes
G- Lesões traumáticas: lesões físicas ou mecânicas (queratose por fricção, úlceras traumáticas)
H- Pigmentação gengival: pigmentação melânica (fisiológica), melanose do fumante (pigmentação gengival induzida 
pela nicotina), hiperpigmentação da mucosa bucal associada à drogas/medicamentos (minociclina, hidroxicloroquina, 
imatinobe, golimumabe) (Figura 14).
 De forma geral, podemos resumir as condições gengivais em dois grandes grupos principais: a gengivite 
induzida por placa e a gengivite não induzida por placa. Entretanto, no Consenso de Periodontia (2017) foram 
estabelecidos critérios para se definir os casos de gengivite levando-se em consideração as limitações do exame 
clínico periodontal. Esse estabelecimento é importante para a padronização do diagnóstico (Quadro 10).
Figura 14. Pigmentação melânica na gengiva inserida entre os elementos 12 e 11. 
Fonte: Arquivo pessoal.
PÁGINA 23
Quadro 10. Critérios e limitações para definir saúde periodontal e gengivite (Wokshop mundial, 2017)
Definição de casos para saúde periodontal e gengivite
Critérios Limitações
- Escore de sangramento à sondagem (%SS) - Falta de sondas periodontais padronizadas
- Avaliação dicotômica: sim / não - Variabilidade do examinador (pressão da sonda, ângulo)
- Sonda periodontal padronizada (dimensões e forma) - Fatores relacionados ao paciente (biótipo, medicamentos...), tabagismo
- Força de sondagem controlada (~25N)
- 6 sítios / dente (em todos os dentes presentes)
REFERÊNCIAS
NEWMAN, M.G. et al. Carranza Periodontia Clínica. 12ª ed. Rio de Janeiro: Editora Elsevier, 2016.
LINDHE, J.; LANG, N.P.; KARRING, T. Tratado de Periodontia Clínica e Implantologia Oral. 5ª Ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2018.
WOLF, H.F.; HASSEL, T. M. Manual de Periodontia: Fundamentos, diagnóstico, prevenção e tratamento. 1 ed. São Paulo: 
Editora Artmed:, 2008. 
CASTRO, M.V.M; SUSIN, D. Nova classificação para as doenças e condições periodontais e Peri-implatares. 1 ed. São 
Paulo: Quitessence Editora, 2019
KAHN, S; FISHER, R.G; DIAS, A.T. Periodontia e Implantodontia Contemporânea. 1 ed. São Paulo: Quitessence Editora, 
2019.
PÁGINA 24
CLASSIFICAÇÃO, DIAGNÓSTICO E 
TRATAMENTO DA PERIODONTITE\
SHEYLA CHRISTINNE LIRA DA NÓBREGA
CAPÍTULO 3
O diagnóstico das doenças e condições que afetam os tecidos periodontais é baseado na fisiopatologia das 
doenças. Três formas de periodontites têm sido identificadas (Figura 15):
Figura 15. Classificação das Periodontites.
A periodontite é uma doença infecciosa/inflamatória causada por microorganismos do biofilme dental 
(Armitage e Cullinan, 2010, Armitage, 1999). Como resposta ao desafio bacteriano, ocorre destruição dos 
tecidos de sustentação dentários.
 Suas principais características clínicas:• Sangramento à sondagem;
• Presença de supuração
PERIODONTITE
PÁGINA 25
• Presença de profundidade de sondagem (PS) > 3mm;
• Perda de inserção periodontal;
• Nível de inserção clínica (NIC) > 3 mm;
• Mudanças nas densidades e alturas ósseas alveolares.
Outras características que podem estar presentes:
• Vermelhidão;
• Textura da gengiva lisa e brilhante;
• Flacidez gengival;
• Retração gengival;
Instrumentais utilizados para diagnóstico (Figuras 16-20):
Figura 16. Espelho odontológico.
Figura 20. Sonda exploradora.
Figura 18. Sonda Nabers.Figura 17. Sonda periodontal PCP/UNC-15.
Figura 19. Pinça clínica.
PÁGINA 26
Quadro 11. Parâmetros clínicos utilizados no diagnóstico da periodontite.
 Para o diagnóstico, deve-se avaliar 6 sítios em cada dente (mésio-vestibular, vestibular, distovestibular, 
mésiolingual, lingual e distolingual) e registrar os seguintes parâmetros clínicos periodontais em (Quadro 11): 
Figura 21. Determinação dos parâmetros clínicos periodontais através da sondagem. 
Fonte: arquivo pessoal.
Parâmetro clínico Descrição Instrumental utilizado
Sangramento à sondagem (SS) Registrar a ausência ou presença do sangramento (0/1) Sonda periodontal PCP/UNC-15 + 
espelho odontológico
Supuração (SUP) Registrar a ausência ou presença de supuração (0/) Sonda periodontal PCP/UNC-15 + 
espelho odontológico
Profundidade de sondagem (PS) Registrar a medida da margem gengival até aonde a sonda 
penetrar na bolsa periodontal (fundo da bolsa)
Sonda periodontal PCP/UNC-15 + 
espelho odontológico
Nível de inserção clínica (NIC) Registrar a medida da junção amelocementária (JAC) até 
aonde a sonda penetrar na bolsa periodontal (fundo da bolsa)
Sonda periodontal PCP/UNC-15 + 
espelho odontológico
Mobilidade dentária (MOB) Registrar o grau da mobilidade (0, I, II ou III) Cabo do espelho odontológico + dedo
Envolvimento de furca Registrar o grau do envolvimento de furca (I, II, III ou IV) Sonda Nabers + espelho odontológico
PÁGINA 27
 É importante durante a sondagem verificar se a margem gengival está coronal a junção amelocementária, caso 
esta seja a situação clínica, o diagnóstico será de hiperplasia gengival e não de periodontite 
 As radiografias periapicais (ficha periapical completa) são o método radiográfico de eleição para avaliação da 
perda óssea alveolar (Figura 23).
Figura 22. Hiperplasia gengival. 
 Figura 23. Ficha periapical completa. 
Fonte: arquivo pessoal.
Fonte: arquivo pessoal.
PÁGINA 28
Definição de um caso clínico de periodontite:
• Perda de inserção interdental em 2 ou mais dentes não adjacentes ou
• Nível de inserção na vestibular ou lingual ≥ 3mm com PS > 3mm em pelo menos 2 dentes.
 Os pacientes submetidos a terapia periodontal que na reavaliação apresentar PS = 4 mm; sem 
sangramento à sondagem é considerado saudável.
Observações a serem consideradas sobre a perda de inserção:
• não pode ter sido causada por: retrações, fraturas radiculares, cáries ou traumas;
• não pode ser diagnosticada na distal de 2º molares maus posicionados ou associados à exodontia dos 3º molar;
• o dente não pode apresentar lesão endodôntica que drena pelo periodonto marginal.
 A partir do reconhecimento de um caso clínico de periodontite esta deve ser classificada para ajudar na 
escolha do tratamento do paciente e na sua terapia de suporte periodontal. A classificação da periodontite é feita em 
estadiamentos e objetiva classificar a doença de acordo com a sua severidade, complexidade e extensão. O quadro 
abaixo mostra os estágios da periodontite.
Quadro 12.Estágios da periodontite.
Estágios da periodontite
Estágio I Estágio II Estágio III Estágio IV
Periodontite leve 
(inicial)
Periodontite moderada
(estabilizada)
Periodontite severa
(com risco de perda dentária)
Periodontite avançada
(perda da dentição)
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 A severidade da periodontite é determinada pela perda de inserção clínica na interproximal ou pela perda óssea 
radiográfica. Sua extensão depende da quantidade e do tipo dos elementos dentários acometidos e sua complexidade 
está condicionada a características do sítio acometido. O quadro abaixo demonstra a classificação da periodontite de 
acordo com suas características (Quadro 13).
A terapia periodontal é baseada no estágio da doença. À medida que o estágio avança, a terapia torna-se 
mais complexa envolvendo além da terapia básica, terapias cirúrgicas e terapias de reestabelecimento da função 
mastigatória. (Quadro 14).
Quadro 13. Estágio da periodontite de acordo com sua severidade, extensão e complexidade. (AAP, 2017)
Estágios da Periodontite Estágio I Estágio II Estágio III  Estágio IV
Severidade 
Perda de inserção interdental 
(sítio de maior perda) 1-2 mm 3-4 mm ≥ 5 mm ≥ 5 mm
Perda óssea radiográfica Terço coronal (< 15%)
Terço coronal 
(15-33%)
Estendendo-se até o 
terço médio da raiz
Estendendo-se do terço 
médio para apical
Perda dentária ausente  ≤ 4 dentes  ≥ 5 dentes
Extensão Localizada (<30% dos dentes envolvidos), generalizada ou padrão incisivo molar (PJL)
Complexidade Local
PS ≤ 4 mm
Reabsorção óssea 
horizontal
PS ≤ 5 mm
 Reabsorção óssea 
horizontal
PS ≥ 6 mm
Perda óssea vertical 
≥3mm
defeito da crista óssea 
moderado
Furca grau II ou III
Defeito da crista óssea 
moderado
Necessidade de 
complexa reabilitação 
devido a disfunção 
mastigatória e trauma 
oclusal secundário
< 20 dentes 
remanescentes colapso 
da mordida
Severo defeito da crista 
óssea
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Quadro 14. Tratamento da periodontite de acordo com o seu estadiamento (AAP, 2017).
Quadro 15. Graus da periodontite de acordo com os fatores que modificam sua taxa de progressão (AAP, 2017).
Estágios Tratamentos
I Orientação de higiene oral, motivação do paciente, emoção de fatores de risco locais e sistêmicos e terapia básica periodontal
II Após a reavaliação da terapia básica periodontal, se necessário, devem ser tratados cirurgicamente
III Necessita de uma gama de procedimentos cirúrgicos (terapia periodontal cirúrgica)
IV Terapia do estágio III + terapia de reabilitação da função
Independente do estágio, a periodontite pode progredir com taxas diferentes nos indivíduos, responder de forma 
menos previsível ao tratamento e pode ou não influenciar na saúde geral ou sistêmica. Alguns fatores de risco como 
o fenótipo da doença, idade, diabetes e tabagismo podem modificar essa taxa de progressão. 
A progressão da periodontite é classificada em graus os quais são definidos através de evidências de risco para 
a progressão diretas e indiretas (Quadro 15).
Graus da periodontite
Grau A 
(Taxa de progressão 
lenta)
Grau B 
(Taxa de progressão 
moderada)
Grau C 
(Taxa de progressão rápida)
Critério 
primário
Evidência 
direta para a 
progressão
Perda óssea radiográfica 
ou NIC (dados 
longitudinais)
sem perda em até 5 
anos perda ≤ 2 mm em 5 anos perda de ≥ 2 mm em 5 anos
Evidência 
indireta para 
a progressão
% perda óssea/idade < 0,25 0,25 -1,0 >1,0
Fenótipo do caso
Muito depósito de 
biofilme com pouca 
destruição
Destruição compatível com 
os depósitos de biofilme
A destruição excede a expectativa 
dada aos depósitos de biofilme; 
padrões clínicos específicos 
sugestivos de períodos de 
progressão rápida e/ou doença de 
início precoce (Ex: padrão molar/
incisivo; ausência da resposta 
esperada às terapias)
PÁGINA 31
A taxa de progressão da doença pode influenciar sua terapia sendo necessário o uso de terapias antimicrobianas. 
Segundo Rabelo et al., 2015, os antimicrobianos que apresentam melhores resultados no tratamento da periodontite 
são (Quadro 16):
*Usar esta opção em pacientes alérgicos a penicilina.
Concluído o tratamento periodontal, o paciente deve ser orientado sobre a necessidade e importância de uma 
terapia periodontal de suporte (Capítulo 11).
Albandar JM, Susin C, Hughes FJ. Manifestations of systemic diseases and conditions that affect the periodontal 
attachment apparatus: case definitions and diagnostic considerations. J Periodontol. 2018;89(Suppl1):S183–S203.
Armitage GC. Development of a classification system for periodontal diseases and conditions. Ann Periodontol. 
1999;4:1–6.
Papapanou PN, Sanz M, et al. Periodontitis: Consensus report of Workgroup 2 of the 2017 World Workshop on the 
Classification of Periodontal and Peri-Implant Diseases and Conditions. J Periodontol. 2018;89(Suppl 1):S173–S182.
Graus 
modificadores Fator de risco
Tabagismo Não < 10 cigarros/dia ≥ 10 cigarros/dia
Diabetes Não HbA1c < 7% HbA1c ≥ 7%
Antimicrobiano Posologia
Metronidazol (400mg)* Tomar 01 comprimido de 8 em 8 horas durante 14 dias
Metronidazol (400mg) + Amoxicilina (500mg) Tomar 01 comprimido/cápsula de cada, de 8 em 8 horas durante 14 dias
Azitromicina (500mg) Tomar 01 comprimido, 1 vez ao dia por 3 dias.
REFERÊNCIAS
PÁGINA 32
Rabelo et al. Systemic antibiotics in the treatment of aggressive periodontitis. A systematic review and a Bayesian 
Network meta-analysis. J Clin Periodontol, 42: 647-657, 2015.
Tonetti MS, Greenwell H, Kornman KS. Staging and grading of periodontitis: framework and proposal of a new 
classification and case definition. J Periodontol. 2018;89(Suppl 1):S159–S172.
PÁGINA 33
DOENCAS PERIODONTAIS NECROSANTES – 
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO\
SHEYLA CHRISTINNE LIRA DA NÓBREGA
CAPÍTULO 4
As doenças necrosantes são doenças de origem bacteriana que ocorrem quando a resposta do hospedeiro é prejudicada. 
Caracteriza-se por necrose e descamação do tecido gengival, apresentando sinais e sintomas específicos.” (Newman et al., 
2016)
PÁGINA 34
Figura 24. Gengivite necrosante. Fonte: arquivo pessoal.
Quadro 17. Características da gengivite necrosante.
Fonte: arquivo pessoal.
É um processo inflamatório agudo dos tecidos gengivais caracterizado pela presença de necrose/úlceras na 
papila interdental (Figura 24). O quadro 17 descreve as características da gengivite necrosante:
GENGIVITE NECROSANTE
Características Clínicas Características sistêmicas
Ulceração e necrose da papila/margem gengival (INVERSÃO PAPILAR);
•Úlceras cobertas por uma camada branco-amarelada ou cinza (PSEU-
DOMEMBRANA);•Sangramento; 
•Odor fétido/ mal hálito; 
Gosto metálico; 
•Fluxo salivar; 
•Higiene oral deficiente; 
•Rápida evolução;
• Linfoadenopatia local; 
• Febre e mal-estar; 
• Leucocitose; 
• Dor 
• Aumento da frequência cardíaca; 
• Insônia, constipação; 
• Cefaleia.
PÁGINA 35
Figura 25. Periodontite necrosante. 
Fonte: arquivo pessoal.
Ocorre quando a progressão da doença é 
acompanhada da perda do ligamento periodontal e 
osso alveolar (Figura 25).
O tratamento das doenças periodontais 
necrosantes ocorre em 02 etapas: tratamento da fase 
aguda e da fase crônica.
PERIODONTITE NECROSANTE TRATAMENTO
TRATAMENTO DA FASE CRÔNICA
TRATAMENTO DA FASE AGUDA
PÁGINA 36
O diagnóstico diferencial se dá com a gengivoestomatite herpética primária, gengivite descamativa, penfigóide 
benigno das membranas mucosas, eritema multiforme, gengivite estreptocócica e gengivite gonocócica (Quadro 18).
De acordo com a nova classificação das doenças periodontais (AAP, 2017) as doenças periodontais necrosantes 
podem ser classificadas de acordo com a condição sistêmica dos indivíduos em (Quadro 19):
Quadro 18. Diagnóstico diferencial entre a doença periodontal 
necrosante e a gengivoestomatite herpética primária.
Quadro 19. Classificação das doenças periodontais necrosantes (DPN) 
de acordo com a condição sistêmica dos indivíduos.
Doença periodontal necrosante Gengivoestomatite herpética primária
Etiologia Bactérias + fatores predisponentes Vírus
Idade 15-30 anos crianças
Sintomas
Tecido necrótico, ulcerado e placa 
branco-amarelada 
Múltiplas vesículas que se rompem, resultando 
em pequenas úlceras redondas 
Duração 1-2 dias 1-2 semanas
Cicatrização Permanência da destruição A destruição não é permanente
Categoria Indivíduos Condições predisponentes Condição clínica
DPN em pacientes 
crônicos 
severamente 
comprometidos
Em adultos
HIV+/AIDS com contagem de CD4 < 200 e vírus detectável
Gengivite necrosante, periodontite 
necrosante, estomatite necrosante 
noma. Possível progressão
Outras condições sistêmicas severas (imunocomprometidos)
Em crianças
Desnutrição severa
Condições extremas de vida
Infecções severas
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Herrera D, Retamal-Valdes B, Alonso B, Feres M. Acute periodontal lesions (periodontal abscesses and necrotizing 
periodontal diseases) and endo-periodontal lesions. J Periodontol. 2018;89(Suppl 1):S85–S102.
REFERÊNCIAS
Categoria Indivíduos Condições predisponentes Condição clínica
DPN em pacientes 
temporariamente 
e moderadamente 
severamente 
comprometidos
Pacientes 
com 
gengivite
Stress, nutrição, tabagismo GN generalizada. possível progressão 
para PNDPN anterior: crateras residuais
Fatores locais: proximidade radiculares, má posição dentária GN localizada. Possível progressão para PN
Pacientes 
com 
periodontite
Fatores predisponentes para as DPN GN e PN com progressão incomum
PÁGINA 38
DEFINIÇÃO
ETIOLOGIA
ABSCESSOS PERIODONTAIS\
 
 FÁBIO GOMES DOS SANTOS
CAPÍTULO 5
Os abscessos periodontais são lesões agudas (de início rápido) que afetam o periodonto de proteção ou sustentação, 
sendo considerados como uma das poucas situações na Periodontia que requer atendimento de urgência devido a ocorrência 
de dor ou desconforto, destruição tecidual e infecção.
A formação dos abscessos periodontais ocorre devido ao fechamento ou trauma do sulco gengival ou de bolsas periodontais 
profundas ou tortuosas com ou sem influência externa óbvia, levando à uma infecção local. Os microrganismos que colonizam 
essas lesões geralmente são não-móveis, gram-negativos, anaeróbicos e bastonetes, semelhante aos casos de periodontite.
PÁGINA 39
Figura 26. Etapas de formação dos abscessos periodontais.
Indivíduos com ou sem histórico de periodontite podem desenvolver abscessos periodontais. Os fatores de risco para 
ocorrência dessas lesões são: 
• Periodontite não tratada ou “refratária”;
• Bolsas periodontais profundas;
• Fragmentos de cálculo dentário empurrados para os tecidos ou remoção incompleta após raspagem e alisamento 
corono-radicular;
• Presença de corpo estranho após profilaxia profissional ou cirurgia periodontal;
• Uso de antibióticos sistêmicos sem raspagem subgengival em pacientes com periodontite severa;
• Impactação de corpo estranho (fio dental, palito de madeira, elástico ortodôntico, casca de pipoca, etc.);
• Hábitos deletérios que possam favorecer a impactação de corpos estranhos no sulco gengival (por exemplo, roer unhas);
• Forças ortodônticas inadequadas;
• Alterações anatômicas (pérolas de esmalte, sulcos de desenvolvimento, dente invaginado, displasia dentária, etc.);
• Fraturas na raiz;
• Reabsorção externa;
• Iatrogenia (por exemplo, perfuração radicular).
PÁGINA 40
Os abscessos periodontais podem se apresentar como uma área edematosa e eritematosa com superfície lisa e 
brilhante, uma elevação ovoide ao longo da raiz ou uma tumefação difusa.
Os sinais clínicos incluem dor, sensibilidade à percussão, sensação de “dente crescido”. Ao exame periodontal, 
observa-se supuração, bolsa periodontal profunda, sangramento à sondagem e, algumas vezes, mobilidade dentária. 
Os achados extra orais são incomuns, contudo, o paciente pode apresentar elevação da temperatura corporal, mal-
estar, linfadenopatia regional e aumento do número de leucócitos na corrente sanguínea.
A severidade das lesões está relacionada à quantidade de microrganismos, o pH local, a virulência e a resistência 
tecidual.
O diagnóstico dos abscessos periodontais é feito a partir do histórico do paciente e de uma avaliação criteriosa 
dos sinais e sintomas. Uma sondagem periodontal cuidadosa é importante para determinar a continuidade da lesão 
pela margem gengival; evidência de que o abscesso é periodontal.
A radiografia periapical pode auxiliar no diagnóstico dos abscessos periodontais. A área afetada pode apresentar 
desde nenhuma alteração do tecido ósseoà um aumento do espaço do ligamento periodontal e perda óssea envolvendo 
grande parte do dente.
Abscessos periapicais, cistos periapicais laterais, lesões tumorais, fraturas verticais radiculares e outras 
lesões orais podem apresentar características semelhantes aos abscessos periodontais. O diagnóstico diferencial é 
realizado a partir do histórico de doença periodontal ou reações após tratamento periodontal, a presença de secreção 
purulenta, vitalidade pulpar e perdas ósseas angulares ou envolvimento de furca.
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
DIAGNÓSTICO
PÁGINA 41
Inicialmente, o objetivo do tratamento dos abscessos periodontais é debelar a fase aguda e, após isso, o 
tratamento da lesão crônica resultante. As opções de tratamento são:
• Drenagem;
• Raspagem e alisamento corono-radicular;
• Cirurgia periodontal;
• Antibioticoterapia sistêmica;
•Exodontia.
A drenagem, sob anestesia tópica e infiltrativa local ao redor da lesão, pode ser feita por pressão digital, 
penetração da sonda ou cureta periodontal no sulco gengival ou incisão vertical no centro flutuante da lesão com 
uma lâmina cirúrgica n°15.
No caso de lesões pequenas com fácil acesso, a raspagem e alisamento corono-radicular é indicada. Porém, em 
lesões maiores, este procedimento deve ser realizado após o desaparecimento dos principais sinais e sintomas.
A indicação da cirurgia periodontal decorre da impossibilidade de instrumentação não cirúrgica devido à defeitos 
verticais profundos ou bifurcações. As instruções pós-tratamento são:
• Enxague frequente com água morna e sal;
• Bochechos com solução de digluconato de clorexidina 0,12%;
• Esforço reduzido;
• Dieta líquida.
A antibioticoterapia é indicada para os casos de celulite, bolsa periodontal profunda inacessível, presença de 
sinais e sintomas sistêmicos e pacientes imunocomprometidos. O antibiótico de escolha é a amoxicilina ou, em casos 
de pacientes alérgicos a penicilina, clindamicina ou azitromicina.
As complicações dos abscessos periodontais incluem a perda do dente envolvido e disseminação da infecção 
para áreas adjacentes ou corrente sanguínea.
TRATAMENTO
PÁGINA 42
Quadro 20. Antibioticoterapia sistêmica para o tratamento de abscessos periodontais.
Antibiótico Posologia
Amoxicilina 500mg Dose inicial de 1g, seguida de 500mg a cada 8 horas durante 3 dias.
Azitromicina 500mg Dose inicial de 1g, seguida de 500mg a cada 6 horas durante 3 dias.
Clindamicina 300mg Dose inicial de 600mg, seguida de 300mg a cada 6 horas durante 3 dias.
NEWMAN, M.G. et al. Carranza Periodontia Clínica. 11ª ed. Rio de Janeiro: Editora Elsevier, 2016.
LINDHE, J.; LANG, N.P.; KARRING, T. Tratado de Periodontia Clínica e Implantologia Oral. 5ª Ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2018.
REFERÊNCIAS
PÁGINA 43
CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
FASES DO TRATAMENTO PERIODONTAL 
PLANO DE TRATAMENTO PERIODONTAL\
 
 FÁBIO GOMES DOS SANTOS
CAPÍTULO 6
O plano de tratamento periodontal visa, em curto prazo, eliminar a infecção e inflamação gengival e corrigir as condições 
que as determinam, bem como, promover uma condição de saúde que estabeleça a estética e a função da dentição a longo 
prazo. Para isso, pode ser necessário o encaminhamento do paciente para outras especialidades odontológicas e/ou médicas. 
O tratamento do indivíduo em sua totalidade baseia-se no correto diagnóstico e prognóstico das lesões de acordo com 
sua severidade e seus fatores de risco. Embora seja um plano composto por uma série de procedimentos sequenciados, 
intercorrências podem surgir ao longo do tratamento, sendo necessárias modificações para que todos os objetivos sejam 
alcançados. 
O tratamento periodontal é dividido em cinco fases, que inclui procedimentos periodontais propriamente ditos e outros 
tratamentos realizados por cirurgiões-dentistas clínicos geral e/ou especialistas que possuem íntima relação com a Periodontia.
PÁGINA 44
 Esta fase inclui o tratamento de lesões e condições clínicas de início rápido capazes de provocar dor, destruição 
dos tecidos e infecção no paciente. Dentre as emergências periodontais estão os abscessos periodontais, as doenças 
periodontais necrosantes e as lesões endoperiodontais. Os dentes com prognóstico sombrio também devem ser 
avaliados quanto a sua permanência na cavidade bucal. Além disso, outras situações 
Vale ressaltar a necessidade de identificar condições sistêmicas ou comportamentais que possam influenciar 
na etiologia e severidade das condições periodontais do paciente (distúrbios endócrinos, hematológicos, tabagismo, 
etc.). 
FASE PRELIMINAR (TRATAMENTO DE EMERGÊNCIAS) 
Figura 27. Fases do tratamento periodontal.
PÁGINA 45
Esta fase compreende os procedimentos cirurgicos periodontais com a finalidade de eliminar as doenças 
periodontais, corrigir condições anatômicas que favoreçam o desenvolvimento de doenças periodontais, recuperar 
a estética e permitir a reabilitação dentária por meio de próteses ou implantes. Esses objetivos são obtidos por meio 
das cirurgias gengivais, muco-gengivais, ósseas, regenerativas e instalação de implantes dentários. 
O objetivo da fase I do tratamento periodontal é controlar a formação do biofime dentário e eliminar os fatores 
que contribuem para as doenças periodontais. Os procedimentos desta fase são: 
FASE II DA TERAPIA PERIODONTAL (FASE CIRÚRGICA) 
FASE I DA TERAPIA PERIODONTAL (FASE NÃO CIRÚRGICA) 
• Instruções de controle do biofilme dentário pelo paciente e motivação do paciente; 
• Remoção do biofilme e cálculo dentário pelo profissional por meio da raspagem e alisamento corono-radicular; 
• Identificação e remoção dos fatores de retenção do biofilme (lesões de cárie, restaurações com sobrecontorno, 
próteses mal adaptadas, etc.); 
• Terapia antimicrobiana (local ou sistêmica); 
• Ajuste oclusal; 
• Prótese ou esplintagem provisórias; 
• Pequenas movimentações ortodônticas. 
Todos os pacientes devem ser incluídos na fase I da terapia periodontal, que muitas vezes recupera a condição 
de saúde e elimina a necessidade de procedimentos cirúrgicos posteriores. 
O sucesso da fase não cirúrgica depende da cooperação do paciente e da resposta do indivíduo aos procedimentos. 
Logo, não é possível estabelecer um plano de tratamento definitivo. A conclusão da fase I do tratamento periodontal 
requer uma reavaliação dos parâmetros clínicos periodontais e planejamento dos procedimentos necessários para 
as fases seguintes. 
PÁGINA 46
A raspagem e o alisamento corono-radicular e a cirurgia a retalho podem não erradicar completamente a 
infecção, tornando o indivíduo susceptível à recorrência da doença periodontal. Além disso, a raspagem subgengival 
é capaz de alterar a microbiota por um período, mas ela pode retornar a níveis normais em meses. Logo, justifica-
se a inclusão do paciente a um tratamento periodontal de suporte (fase de manutenção) a fim de garantir a saúde 
periodontal. 
Embora o plano de tratamento periodontal seja dividido em fases numeradas, a sequência adequada não segue 
essa numeração. Assim que o paciente concluir a fase I, ele deve imediatamente ser inserido em um programa de 
consultas periódicas com intervalos de 3 meses, podendo ser alterado de acordo com a necessidade do paciente. 
Cada consulta de retorno deve durar aproximadamente 60 minutos, sendo dividida em três etapas: (1) exame 
clínico, (2) execução do tratamento necessário e reforço da higiene oral e (3) agendamento da próxima consulta. 
FASE IV DA TERAPIA PERIODONTAL (FASE DE MANUTENÇÃO) 
Os procedimentos da fase restauradora incluem: 
• Realização de restaurações definitivas de dentes vitais ou tratados endodonticamente; 
• Confecção de próteses fixas e removíveis; 
• Avaliação do periodonto frente aos procedimentos restauradores; 
FASE III DA TERAPIA PERIODONTAL (FASE RESTAURADORA) 
PÁGINA 47
NEWMAN, M.G. et al. Carranza Periodontia Clínica. 11ª ed. Rio de Janeiro: Editora Elsevier, 2016.
LINDHE, J.; LANG, N.P.; KARRING, T. Tratado de PeriodontiaClínica e Implantologia Oral. 5ª Ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2018.
Figura 28. Sequência das fases do tratamento periodontal.
REFERÊNCIAS
PÁGINA 48
ESTE PROCESSO REQUER EDUCAÇÃO, INSTRUÇÃO E MOTIVAÇÃO POR PARTE DO 
PACIENTE, SEGUIDAS DE ESTÍMULO E ESFORÇO CONSTANTES.
MOTIVAÇÃO E INSTRUÇÃO DO PACIENTE\
 
 JACQUELINE DUARTE ROCHA
CAPÍTULO 7
O biofilme dentário é a principal etiologia das doenças periodontais e está relacionado com a cárie dentária. O paciente 
precisa realizar a remoção do biofilme diariamente, o que é de grande importância para o sucesso dos tratamentos dentários.
No tratamento periodontal, o controle do biofilme tem como finalidade minimizar a inflamação gengival e prevenir a 
recorrência ou a progressão da doença periodontal.
Todos os pacientes precisam ter uso regular da escova de dentes diariamente, pelo menos uma vez ao dia. As escovas 
dentárias devem ser trocadas a cada 3 a 4 meses. O fio dental deve ser usado em todos os espaços interdentais que são 
preenchidos com gengiva. O uso de escovas interdentais deve ser indicado quando as técnicas com a escova de dente e o fio 
dental não podem remover de forma efetiva o biofilme dentário.
PÁGINA 49
TÉCNICA DE ESCOVAÇÃO
MÉTODO DE BASS
O método mais recomendado é a técnica de Bass, porque ela enfatiza a colocação sulcular das cerdas, adaptando as 
extremidades das cerdas à margem gengival com o objetivo de alcançar a placa supragengival e acessar a placa subgengival o 
máximo possível. Esta técnica tem o posicionamento da escova formando um ângulo de 45°, exercendo uma pressão vibratória, 
com movimentos curtos de vai e vem sem mudar a inclinação das cerdas.
É importante ressaltar que a técnica de escovação ideal é a que permite remoção completa do biofilme dental sem causar 
danos aos tecidos periodontais.
Figura 29A. A escova de dente deve ser posicionada de modo que as cerdas formem um ângulo aproximado de 45° com os 
dentes. Figura 29B. começando do dente mais distal da arcada, movimento vibratório de vai e vem da escova
Fonte: Carranza,2016.
PÁGINA 50
USO DE ESCOVA INTERDENTAL
Figura 30A. o movimento adequado da escova na boca, posiciona a ponta da cerda para a margem gengival. Figura 30B. o 
posicionamento ideal que permite uma ligeira penetração subgengival das pontas das cerdas.
Pacientes com aparelho ortodôntico fixo, próteses fixas, implantes dentários e com perda de inserção proximal.
Figura 31. Escova interdental em ameia interproximal. 
Fonte: Carranza,2016.
Fonte: Arquivo pessoal.
PÁGINA 51
ESCOVA UNITUFO
Figura 32. Paciente com aparelho ortodôntico fixo. 
Uso eficiente na superfície lingual dos molares e pré molares.
Figura 33. Escova unitufo.
Fonte: Arquivo pessoal.
PÁGINA 52
USO DO FIO DENTAL
USO DO FIO DENTAL EM PACIENTE COM APARELHO ORTODÔNTICO FIXO
Figura 34. O fio dental é deslizado por entre a área de contato dos dentes removendo o biofilme dentário. 
Figura 35. Com o auxílio do passa-fio, usando o fio dental de forma correta
(Fonte: Carranza, 2016).
Fonte: Arquivo pessoal.
PÁGINA 53
HIGIENIZAÇÃO DE PACIENTES USUÁRIOS DE PRÓTESES
Figura 36. A prótese total e a prótese removível, devem ser higienizadas fora da boca com escova específica. 
HIGIENIZAÇÃO EM PACIENTES USUÁRIOS DE PRÓTESE SOBRE IMPLANTES 
Fonte: http://www.sbgg-sp.com.br/pub/cuidando-da-saude-bucal/
Figura 37. Uso da escova unitufo em prótese 
total sobre implantes.
Figura 38. Uso de escova unitufo em 
estrutura metálica sobre implantes.
PÁGINA 54
USO DO FIO DENTAL EM PACIENTES USUÁRIOS DE PRÓTESE FIXA
REFERÊNCIAS
Figura 39. Uso do fio dental em próteses parciais fixas.
Fonte: http://www.benvenuto.odo.br/artigos/cuidados-com-suas-proteses-fixas-pontes/ 
NEWMAN, M.G. et al. Carranza Periodontia Clínica. 11ª ed. Rio de Janeiro: Editora Elsevier, 2016.
LINDHE, J.; LANG, N.P.; KARRING, T. Tratado de Periodontia Clínica e Implantologia Oral. 5ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2018.
Pacientes com próteses fixas sobre dentes ou implantes podem utilizar fios dentais montados em passadores de fio para 
facilitar a higiene do sulco gengival e na área dos pônticos.
PÁGINA 55
RASPAGEM DENTAL:
INSTRUMENTOS MANUAIS: 
TÉCNICAS DE RASPAGEM E 
ERGONOMIA EM PERIODONTIA \ 
 
 
 ENDI NÓBREGA CAVALCANTE DE MEDEIROS, SHEYLA CHRISTINNE LIRA DA NÓBREGA
CAPÍTULO 8
É o processo clínico que objetiva a remoção do cálculo dentário, biofilme da superfície dentária, cemento contaminado e 
parede da bolsa periodontal com auxílio de instrumentos manuais e/ou ultrassônicos. Existem dois tipos de raspagem: 
• Raspagem supragengival: É a remoção do cálculo dentário acima da margem da gengiva. 
• Raspagem subgengival: É a remoção do cálculo dentário abaixo da margem da gengiva. 
• Instrumentos utilizados para raspagem supragengival: Foices, limas e curetas Mc Call e Gracey; 
• Instrumentos utilizados para raspagem subgengival: Limas e curetas Gracey. 
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Quadro 21: Indicação das curetas para raspagem supragengival
Figura 40. Ilustração de uma cureta mostrando o cabo, haste e a lâmina. 
Fonte: arquivo pessoal.
Curetas  Indicações
Raspagem supragengival
Cureta Mc Call 13-14  Todas as faces dos dentes anteriores superiores e inferiores, até pré-molares. 
Cureta Mc Call 17-18  Todas as faces dos dentes posteriores superiores e inferiores (pré-molares e molares). 
Raspagem subgengival
Cureta Gracey 5-6  Todas as faces dos dentes anteriores superiores e inferiores, até pré-molares. 
Cureta Gracey 7-8  Faces livres (vestibular/lingual) dos dentes posteriores (pré-molares e molares). 
Cureta Gracey 11-12  Face mesial dos dentes posteriores (Pré-molares e molares). 
Cureta Gracey 13-14  Face distal dos dentes posteriores (Pré-molares e molares). 
As curetas são compostas por 3 partes: o cabo, a haste e a lâmina. A parte de trabalho é a lâmina, possuindo forma de colher, 
com duas bordas cortantes. 
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Caneta Modificada: A cureta é segurada como uma caneta, porém com apoio de um dedo apropriado, agindo como 
fulcro para o movimento da lâmina do instrumento. 
EMPUNHADURA DO INSTRUMENTO E MOVIMENTOS: 
Figura 41: Empunhadura em forma de caneta modificada. Fonte: arquivo pessoal.
Fonte: arquivo pessoal.
 A lâmina do instrumento deverá estar paralela a superfície do dente, realizando movimentos que devem começar na 
posição apical e ser orientados na direção coronal. 
 Devido a necessidade de trocas frequentes das extremidades ativas, a figura abaixo sugere uma sequência de 
instrumentação, utilizando o método de raspar todas as faces que são acessíveis a posição da lâmina, para em seguida, raspar 
todas as faces que estão acessíveis à outra extremidade ativa do instrumento. 
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ERGONOMIA E POSICIONAMENTO:
- A altura do mocho deverá formar um ângulo nos joelhos de aproximadamente 90°; 
- As costas deverão ficar bem apoiadas no encosto do mocho e a cabeça ligeiramente inclinada para baixo; 
- Elevar a cadeira do paciente até que sua comissura labial atinja a altura do cotovelo do operador, que deverão 
permanecer apoiados próximos ao corpo; 
- A cabeça do paciente poderá ser virada para os lados afim de uma melhor visualização. 
Figura 42: Sequência de instrumentação
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- A área de atuação do operador compreende a região em volta da cabeça do paciente, lembrando os ponteiros de um 
relógio; 
- A figura 44 mostra algumas posições do operador e o campo de visualização obtido. 
REFERÊNCIAS
CARRANZA, F. A. et al. Periodontia Clínica. 11 ed., Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. 
LINDHE, J.; LANG, N. P. Tratado de Periodontia Clínica e Implantologia Oral. 6 ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018. 
Figura 43. Posicionamento do operador sentado no mocho. 
Verificar a angulação do joelho. Figura 44: Posicionamento do operador
Fonte: arquivo pessoal. Fonte: arquivo pessoal.
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1.Procedimentos de redução da bolsa periodontal
a)Raspagem e/ou alisamento radicular
b)Curetagem a campo aberto para reinserção dotecido mole à superfície radicular.
2.Procedimentos para a eliminação da bolsa periodontal
a)Cirurgias ressectivas
b)Cirurgias regenerativas
IMPORTANTE!!!
TERAPIA PERIODONTAL CIRÚRGICA\ 
 
 
SHEYLA CHRISTINNE LIRA DA NÓBREGA
CAPÍTULO 9
A deficiência no controle do biofilme é uma contra-indicação ao tratamento cirúrgico
Classificação das cirurgias periodontais para o 
tratamento das bolsas periodontais:
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Figura 45. Incisão em bisel externo usada na gengivectomia.
Quadro 22. Indicações e contra-indicações das cirurgias ressectivas.
CIRURGIAS RESSECTIVAS:
 A principal cirurgia ressectiva para eliminação da bolsa periodontal é a GENGIVECTOMIA que consiste na 
excisão da parede de tecido mole da bolsa periodontal patológica (Grant et al., 1979)
Indicações Contra-indicações
Eliminação das bolsas supraósseas, independentemente de 
sua profundidade (se a parede da bolsa for fibrosa e firme);
Eliminação dos aumentos gengivais;
Eliminação dos abscessos periodontais supraósseo.
Necessidade de cirurgia óssea ou exame da forma e da 
morfologia ósseas;
Situações em que o fundo da bolsa está apical à junção 
mucogengival;
Considerações estéticas, particularmente na região 
anterior da maxila. 
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Pré requisito para a gengivectomia: Mucosa queratinizada (MC) > 2mm
A gengivectomia é utilizada para tratamento da bolsa periodontal como também para o tratamento do sorriso 
gengival. Neste caso a técnica passa a ser chamada de gengivoplastia, pois o objetivo da cirurgia é estético.
1. Bochecho de Clorexidina (0,12%) por 1 min;
2. Montagem do campo cirúrgico seguindo as normas de biossegurança;
3. Anestesia da região a ser tratada com mepivacaína a 2%;
4. Sondagem e determinação da PS;
5. Medição da mucosa queratinizada;
6. Marcação do ponto sangrante (preservar pelo menos 2 mm de MC);
7. Incisão paramarginal em bisel externo seguindo com lâmina 15 ou 15c;
8. Incisão intrasulcular;
9. Remoção do colarinho gengival com cureta;
10. Raspagem e alisamento radicular com cureta específica para a região tratada;
11. Remoção do tecido de granulação;
12. Polimento da superfície radicular com taça de borracha e pedra pomes/pasta profilática;
13. Irrigação com soro fisiológico;
14. Caso necessário, adaptar cimento cirúrgico na região.
CONDUTA CLÍNICA:
PROCEDIMENTO CIRÚRGICO: GENGIVECTOMIA/GENGIVOPLASTIA
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Figura 46. Paciente com falsas bolsas periodontais. 
Com a sonda periodontal foi localizado fundo da bolsa e 
fez-se a marcação dos pontos sangrantes. 
Figura 48 Remoção do colarinho gengival com cureta. 
Figura 47. Incisão em bisel externo. 
Figura 49. Aspecto após a remoção do excesso de 
tecido gengival. 
Fonte: arquivo pessoal.
Fonte: arquivo pessoal.
Fonte: arquivo pessoal.
Fonte: arquivo pessoal.
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TÉCNICA: CURETAGEM GENGIVAL
INDICAÇÕES:
Corresponde a raspagem gengival da parede de uma bolsa periodontal, isto é, a remoção do tecido de granulação 
cronicamente inflamado (cálculo e colônia de bactérias nos tecidos) que forma a parede lateral da bolsa periodontal. 
1. Para obter nova inserção nas bolsas intraósseas para as quais é indicada a cirurgia sem retalho; 
2. Como um procedimento temporário para reduzir a inflamação quando as técnicas cirúrgicas agressivas (p. 
ex., retalhos) são contraindicadas;
3. Manutenção do tratamento das áreas de inflamação e PB recorrentes, especialmente onde a cirurgia de 
redução da bolsa foi feita previamente.
Figura 50. Curetagem gengival. 
Fonte: (Carranza, 2016).
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CONDUTA CLÍNICA:
CONDUTA CLÍNICA:
1.Bochecho de Clorexidina (0,12%) por 1 min;
2.Montagem do campo cirúrgico seguindo as normas de biossegurança.
3.Anestesia infiltrativa com mepivacaína a 2%;
4.Inserção da ponta da cureta na região do epitélio juncional;
5.Movimento de escavação penetrando nos defeitos infra-ósseos;
6.Irrigação com soro fisiológico ou clorexidina a 0,12%;
7.Sutura/cimento cirúrgico.
TÉCNICA: RASPAGEM A CAMPO ABERTO (OPEN FLAP DEBRIDEMENT) ATRAVÉS 
DO RETALHO DE WIDMAN MODIFICADO
Usado para expor as superfícies radiculares visando a instrumentação meticulosa e a remoção do revestimento 
da bolsa.
1.Bochecho de Clorexidina (0,12%) por 1 min;
2.Montagem do campo cirúrgico seguindo as normas de biossegurança;
3.Anestesia da região a ser tratada com mepivacaína a 2%;
4.Incisão paramarginal em bisel interno com lâmina 15 ou 15c (1-2 mm da margem gengival) caso a MC > 2mm. 
Estender aos dentes vizinhos para conferir mobilidade do retalho;
5.Deslocamento do retalho com cureta de Molt 2-4;
6.Incisão intrasulcular;
7.Remoção do colarinho gengival com cureta;
8.Raspagem e alisamento radicular com cureta específica para a região;
9.Remoção do tecido de granulação através da curetagem gengival;
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10.Polimento da superfície radicular;
11.Irrigação com soro fisiológico ou clorexidina;
12.Posicionamento do retalho no nível da crista óssea;
13.Sutura simples com fio nylon 5.0.
Figura 51. Paciente com bolsas periodontais profundas 
nos elementos dentários anteriores superiores. 
Figura 53. Sutura do retalho. 
Figura 52. Deslocamento do retalho e visualização do 
cálculo subgengival para iniciar a raspagem radicular. 
Figura 54. Aspecto final após cicatrização tecidual com 
redução das profundidades de sondagem
Fonte: Imagem cedida pelo Dr Eduardo Cury.
Fonte: Imagem cedida pelo Dr Eduardo Cury.
Fonte: Imagem cedida pelo Dr Eduardo Cury.
Fonte: Imagem cedida pelo Dr Eduardo Cury.
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TÉCNICAS REGENERATIVAS
REFERÊNCIAS
As cirurgias regenerativas objetivam regeneração da inserção periodontal através da formação do osso alveolar, 
cemento e ligamento periodontal. Diversos materiais para a enxertia como substitutos ósseos, membranas e fatores 
de crescimento são encontrados no mercado e utilizados em variados tipos de cirugia para a regeneração periodontal.
LINDHE, J; LANG, N. P. Tratado de Periodontia Clínica e Implantodontia Oral. 6o ed. Editora Guanabara Koogan. 2018.
NEWMAN, M.G. et al. Carranza Periodontia Clínica. 11ª ed. Rio de Janeiro: Editora Elsevier, 2016.
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TRAUMA DE OCLUSÃO\ 
 
 
JACQUELINE DUARTE ROCHA
CAPÍTULO 10
DEFINIÇÃO SINAIS CLÍNICOS 
Termo utilizado para descrever as alterações 
patológicas ou mudanças adaptativas que ocorrem 
no periodonto em consequência de forças indevidas 
produzidas pelos músculos da mastigação.
• mobilidade dentária aumentada
• padrões atípicos de desgaste dental
• migração dentária patológica, especialmente 
em dentes anteriores
• mudanças na ATM.
Fonte: Carranza, 2016).
Fonte: Carranza, 2016).
Figura 55: Padrão de pressão ao redor das raízes alterados 
pelo deslocamento da direção das forças oclusais, em 
modelo experimental utilizando análise fotoelástica. 
Figura 56. Migração patológica dos incisivos centrais. 
A, visão frontal. B, visão lateral. 
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SINTOMAS 
TRAUMA AGUDO E CRÔNICO
TRAUMA DE OCLUSÃO PRIMÁRIO E SECUNDÁRIO
SINAIS RADIOGRÁFICOS DO TRAUMA DE OCLUSÃO
• sensibilidade das estruturas periodontais agredidas pelo trauma
• hipersensibilidade pulpar e dentinária
• dores nos músculos mastigatórios e na ATM
As forças traumáticas podem atuar em um único dente ou sobre grupos de dentes que estejam em contato prematuro; 
elas podem ocorrer em associação com hábitos parafuncionais, tais como apertamento dentário e bruxismo, em conjunto com 
a perda ou a migração de pré-molares e molares, acompanhada da separação gradual dos dentes ântero-superiores.
O trauma de oclusão agudo resulta de um impacto oclusal abrupto, como por exemplo, morder um objeto duro, tipo um 
caroço de azeitona. As restaurações que interferem na direção da força oclusal sobre os dentes também podem induzir a um 
trauma agudo. Este, resulta em dor de dente, sensibilidade à percussão e mobilidade dentária aumentada.
O trauma de oclusão crônico se desenvolve a partir de alterações graduais produzidas por desgaste dentário, extrusão 
dentária combinados com bruxismo e aperto dos dentes.
A lesãoprimária se dá sob um periodonto sadio e de altura normal em torno de uma estrutura dentária. A lesão secundária, 
por sua vez, atinge um periodonto com altura reduzida em função de uma doença periodontal pré existente.
• espessamento da lâmina dura ao longo da face lateral da raiz, na região apical e nas áreas de bifurcação
• reabsorção óssea vertical
• condensação de osso alveolar.
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TRATAMENTO
REFERÊNCIAS
Figura 57. Radiografia periaical mostrando a perda óssea vertical na face mesial de um canino que se deslocou distalmente.
Fonte: Carranza, 2016.
A opção escolhida para tratar as lesões de trauma oclusal é a eliminação dos agentes etiológicos envolvidos. Nos casos 
em que se identificam interferências oclusais, é indispensável que estas sejam prontamente corrigidas. Se o profissional que 
diagnosticar as alterações oclusais não se julgar capacitado a corrigi-las, recomenda-se que o paciente seja encaminhado a 
um cirurgião-dentista especializado.
NEWMAN, M.G. et al. Carranza Periodontia Clínica. 11ª ed. Rio de Janeiro: Editora Elsevier, 2016.
 
PÁGINA 71
DEFINIÇÃO:
ATENÇÃO:
OBJETIVOS: 
TERAPIA PERIODONTAL DE SUPORTE \ 
 
 
 
 
 FAUMANA DOS SANTOS CÂMARA, SHEYLA CHRISTINNE LIRA DA NÓBREGA
CAPÍTULO 11
A Terapia Periodontal de Suporte (TPS) (Figura 58) deve ser considerada como uma parte integral do tratamento 
periodontal, realizado logo após o tratamento periodontal ativo (fase cirúrgica ou não cirúrgica), para que haja um diagnóstico 
contínuo, por meio do acompanhamento em intervalos de tempo individualizados, viabilizando uma intervenção apropriada. 
O diagnóstico clínico durante a TPS, diferentemente do diagnóstico clínico inicial, é embasado na variação do estado de saúde 
após a intervenção ativa do tratamento. 
Todos os pacientes periodontais devem ser inseridos no programa de suporte, 
visto a história pregressa de doença.
Os principais objetivos da TPS são: 
• Manter os resultados obtidos durante a fase ativa (fase cirúrgica ou não cirúrgica);
• Evitar a recorrência ou progressão da doença periodontal, diminuindo a perda dentária em pacientes que foram 
anteriormenmte tratados para gengivite e periodontite;
• Monitoramento e diagnóstico precoce de demais doenças ou cormobidades próprias da cavidade oral.
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Figura 58: Terapia Periodontal de Suporte
Fonte: Própria, 2019.
PROTOCOLO CLÍNICO 
1. Anamnese/ verificação do histórico do paciente: É importante rever os fatores de risco sistêmicos e comportamentais os 
quais o paciente possui. Condições como a diabetes mellitus descompensado, idade, terapêutica medicamentosa, genética, 
condição socioeconômica, nível educacional e tabagismo podem alterar a resposta do paciente e, consequentemente, modificar 
a progressão e gravidade da doença periodontal. Informações sobre estas condições é um dos componentes que orientará o 
planejamento da TPS.
2. Exame clínico/ reavaliação/ estratégias de tratamento: A nível dentário, alguns fatores que podem influenciar na progressão 
da doença e levar a um desfecho desfavorável como a perda do dente. Por isso, algumas condições como bolsa periodontal 
residual ≥ 6 mm que apresenta sangramento à sondagem em 30% dos sítios, perda óssea radiográfica, mobilidade e lesão de 
furca devem ser reavaliadas com uma atenção especial. Além disso, é pertinente verificar o controle de placa pelo paciente 
a fim de identificar as regiões em que ele possui mais dificuldade em desorganizar o biofilme. Para tanto, pode ser realizado 
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o Índice de placa. Complementarmente, pode ser realizado o Índice de sangramento gengival (margem gengival), visto que 
a inflamação marginal recorrente revelam que algumas áreas não estão sendo higienizadas satisfatoriamente. Se houver 
necessidade, pode ser realizado tratamento pertinente para os locais reinfectados. A consulta da TPS é concluída com uma 
profilaxia e determinação das próximas reavaliações.
3. Determinação de intervalos de tempo entre a TPS: Visitas regulares devem ser estabelecidas a fim de manter resultados 
satifatórios por um por um maior tempo possível. Este intervalo de tempo entre as avaliações da TPS é estabelecido de forma 
individual e conforme o perfil e fatores de risco do paciente e nos benefícios esperados. Assim para determinar o intervalo 
entre uma TPS e outra devemos considerar:
• Motivação do paciente;
• Condições sistêmicas: 
Observação: Pacientes com diabetes mellitus e fumantes devem ser reavaliados em intervalos mais curtos!
• Número de bolsas residuais (≥ 4 mm) após o tratamento.
ATENÇÃO:
Durante toda a TPS é essencial o reforço dado ao paciente sobre a higiene bucal, 
orientando desde a escolha da escova dental, fio/ fita dental, escova interproximal e 
dentifrício até à revisão da técnica de escovação.
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REFERÊNCIAS
LINDHE, J; LANG, N. P. Tratado de Periodontia Clínica e Implantodontia Oral. 6o ed. Editora Guanabara Koogan. 2018.
KAHN, S; GUIMARÃES, R.F; DIAS, A, T. Periodontia e Implantodontia Contemporânea. Editora Quintessence. 2019.
PÁGINA 75
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