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Questionário sobre falência e recuperação judicial

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FACULDADE DE ENSINO DE MINAS GERAIS 
 
 
 
LARISSA FAGUNDES RIBEIRO ​6498 
CAROLINE FERNANDES RODRIGUES ​6100 
PRISCILA PEREIRA LOPES MOURA​ 6183 
DÉBORA SAMYRA MENDES SANTOS ​3464 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Recuperação Judicial e Falência 
 
Questionário NP1 
 
 
 
 
 
 
 
 
Belo Horizonte 
2020 
 
Questões 
 
1.Por qual motivo o Legislador brasileiro se preocupa em manter em funcionamento 
empresas viáveis? 
É importante manter em funcionamento empresas viáveis para gerar riquezas, recolhimento 
de tributos, geração de emprego, fabricação de Bons produtos, prestação de serviços. 
A Empresa é mantida em funcionamento não por interesses apenas dos credores, mas por 
interesses econômicos e sociais ( art. 47 L. 11101/05). 
 A recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise 
econômico-financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do 
emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a 
preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica. 
 
2. O que é Insolvência Empresarial ? 
Insolvência é o estado em que passa um indivíduo ou empresa que possui mais obrigações 
a cumprir do que os seus rendimentos possam cobrir. Desse modo, uma empresa 
insolvente, por exemplo, não tem condições de pagar o seu endividamento em tempo hábil, 
o que torna a insolvência um processo bastante complicado. 
 
3. Quais os prejuízos que uma empresa em insolvência pode causar a sociedade? 
Os fatores que favorecem a insolvência de uma companhia podem ser os mais variados 
possíveis, pois podem ir desde a contratação de profissionais financeiros incapacitados às 
variações estruturais bruscas no mercado em que a empresa está inserida. Muitas vezes, 
equívocos na contabilidade de um grande projeto que foi orçado puramente com capital de 
terceiros também pode pôr uma companhia numa situação bastante desfavorável. Outro 
exemplo nesse sentido pode ser um aumento repentino nos custos com fornecedores, o 
que pode comprometer o fluxo de caixa de uma empresa e impedi-la de conseguir suprir as 
suas necessidades por matérias primas ou serviços. 
 
4. Os países possuem algum instrumento para solucionar crise empresarial? O Brasil 
adota algum instrumento legal? 
Cada país possui um instrumento para solucionar crise empresarial, o Brasil possui o 
Sistema de Insolvência Empresarial um sistema legal que visa dar solução para crise 
empresarial Lei 11101/05 que Instrumentos Previstos na Lei:Recuperação Judicial e 
Falência. 
 
5. Explique o 1º cenário de crise enfrentado por um empresário. Qual o instrumento 
utilizado para sair da crise? 
O 1º cenário é uma Crise do Empresário . Circunstancial ou Superável. Onde se identifica 
as razões da crise e aplica alguma solução de livre mercado, possibilidade que o mercado 
oferece para superar determinada dificuldade: 
 
Financiamento, entrada de novo sócio, negociar na bolsa, reestruturar planta Industrial. 
 
 
6. Explique o 2º cenário de crise enfrentado por um empresário. Qual o instrumento 
utilizado para sair da crise? 
No segundo cenário a Empresa está em crise estrutural. Empresa perdeu viabilidade 
econômica, produto não interessa mais ao mercado, serviço prestado não desperta 
interesse ao consumidor e não há nada o que pode ser feito para superar essa crise 
deve-se liquidar a Empresa realizar a Falência. Arrecadar os bens, vender e pagar os 
credores. 
 
7. Explique o 3º cenário de crise enfrentado por um empresário. Qual o instrumento 
utilizado para sair da crise? 
 ​No 3ª cenário , a empresa está em crise circunstancial superável a atividade Empresarial 
viável e o produto desperta interesse no consumidor, a prestação de Serviço é boa 
mas devido disfunção da Solução de Livre mercado, gestor não consegue identificar as 
causas da crise, não consegue encontrar saída da crise. 
Não havendo Providências haveria uma quebra da Empresa e prejuízo a Sociedade 
a solução é então a recuperação Judicial. 
 
8. Qual objetivo da Recuperação Judicial no Brasil? 
Conforme é previsto na LRE, um dos objetivos da recuperação judicial é a manutenção da 
função social da empresa.O Código Civil vale-se da denominação empresário, cujo conceito 
consiste em afirmar que este agente social, o dirigente da empresa, exerce sua atividade 
econômica balizado pelos princípios sociais e individuais, consciente de sua função social. 
A lei reconhece que, no exercício da atividade empresarial, há interesses internos e 
externos que devem ser respeitados: não só os das pessoas que contribuem diretamente 
para o funcionamento da empresa, como os capitalistas e trabalhadores, mas também os 
interesses da sociedade em que ela atua. 
Para alguns, a função social está relacionado com o dever que sociedade empresária tem 
em exercer sua atividade econômica de forma não contraria ou não nociva ao interesse 
coletivo: 
A conclusão é a de que a função social se restringe a um poder-dever de organizar, 
explorar e dispor, já que a tutela específica aos que trabalham na empresa e os deveres 
para com a coletividade em que a sociedade atua estão sublinhados na forma autônoma. 
Estes interesses surgem como merecedores de uma proteção específica, independente do 
conteúdo que se atribua à noção função social. 
A atividade empresarial é responsável pela geração de empregos, pelo recolhimento de 
tributos (sustento da economia) e, ainda, movimenta a economia (compra e venda de bens 
e prestação de serviço). Assim, a função social é alcançada quando, além de cumprir os 
objetivos, a empresa observa a solidariedade promove a justiça social livre iniciativa, 
busca de pleno emprego redução das desigualdades sociais valor social do trabalho, 
dignidade da pessoa humana observe os valores ambientais dentre outros princípios 
constitucionais e infraconstitucionais. 
 
 
 
 
9. Qual (is) o (s) Fundamento(s) da Recuperação Judicial no Brasil? 
Os fundamentos da Recuperação Judicial moderna no Brasil tem 2 (duas) ideias: a 1º ) stay 
period – suspensão de todas as ações e execuções ajuizadas em face da recuperanda ( art. 
6º, §4º LRJ) e a 2º) hold outs – Credores resistentes a negociação. Todavia com o stay 
period, haverá uma neutralização do hold outs. 
 
10. Em um processo de Recuperação Judicial todas as ações e execuções serão 
suspensas? 
Não ficarão suspensas, todavia, ações que já estiverem em curso contra a devedora, nas 
quais o credor demandar quantia ilíquida. Nesses casos, as ações deverão seguir 
normalmente, perante os juízos de origem, até que sejam definidas a existência e o valor do 
crédito, após o que deverá o credor solicitar a habilitação do seu crédito no processo de 
falência ou de recuperação judicial, a fim de recebê-lo conforme a ordem de prioridade legal 
ou como definir o plano de recuperação aprovado pelo conjunto de credores de sua mesma 
classe. A amplitude da suspensão – quaisquer atos de constrição ou retenção judiciais e 
extrajudiciais – ações judiciais e arbitragens 
O projeto deixa claro que a suspensão não se refere apenas ao andamento das ações e 
execuções individuais em curso contra a devedora que ajuíza o pedido de recuperação 
judicial. O efeito suspensivo decorrente do ajuizamento do pedido recuperacional também 
impede o credor de exercer qualquer forma de retenção, arresto, penhora ou constrição 
judicial ou extrajudicial contra o devedor, incluídas aquelas dos credores particulares do 
sócio solidário. 
Nesse sentido, não poderá o credor exercer qualquer ato de que impeça a devedora de 
reaver seus ativos, como exercer o direito de retenção em ações possessórias. Nem mesmo 
atos extrajudiciais poderão ser exercidos pelos credores, como a aplicação da conhecida 
“trava bancária”, situação em que o credor instituição financeira desconta valores 
depositados em uma conta sob sua gestão para o pagamento de dívida inadimplida pelo 
devedor, desde que tal crédito esteja incluído na recuperação judicial. 
Não poderá o credor, a partir doajuizamento da recuperação judicial requerer nem mesmo 
a penhora ou o arresto de ativos da devedora, nem qualquer outro tipo de ato de constrição 
judicial em ações cautelares ou executivas que já estejam em curso. 
Também os credores particulares do sócio, que é devedor solidário juntamente com a 
empresa que requereu a recuperação judicial, ficará obstado de exercer qualquer ato de 
constrição judicial ou extrajudicial contra ativos da empresa devedora. O esclarecimento 
trazido pela proposta de alteração legislativa visa, portanto, dissipar as divergências 
jurisprudenciais sobre o alcance da suspensão decorrente do automatic stay. 
 
11. Quais são as espécies de Recuperação Judicial? Explique cada uma delas. 
Nesse sentido, a recuperação judicial alcança seu maior objetivo que é recuperar, 
economicamente, o devedor, assegurando-lhe, para tanto, os meios indispensáveis para a 
manutenção da empresa com a devida preocupação de preservar a mesma para que ela 
possa satisfazer os interesses diversos como o do empresário ou sociedade empresária 
que visa a obtenção de seus lucro na atividade, dos trabalhadores que em seus salários 
visam seus sustentos, os créditos dos fornecedores e os tributos do Poder Público. As 
diferenças entre as duas espécies de recuperação se dão por conta de que na modalidade 
 
extrajudicial o devedor e seus credores formatam um acordo para que a empresa encontre 
um equilíbrio econômico financeiro, o qual é simplesmente homologado pelo Poder 
Judiciário; enquanto que na recuperação judicial o devedor leva um plano de recuperação 
ao juiz para que o mesmo convoque, através de assembleia, os credores para que eles 
decidam sobre a aprovação, modificação ou desaprovação do plano 
 
12. O pedido de Recuperação Judicial pode ser realizado por qualquer empresa? 
Caso negativo aponte quais empresas não podem fazer pedido de Recuperação 
Judicial. 
Não. Conforme o art. 2°, Lei 11.101/2005 Art. 2° Esta Lei não se aplica a: 
I – empresa pública e sociedade de economia mista; 
II – instituição financeira pública ou privada, cooperativa de crédito, consórcio, entidade de 
previdência complementar, sociedade operadora de plano de assistência à saúde, 
sociedade seguradora, sociedade de capitalização e outras entidades legalmente 
equiparadas às anteriores. 
Tem legitimidade para postular recuperação judicial conforme art. 48 o devedor que, no 
momento do pedido, exerça regularmente suas atividades há mais de 2 (dois) anos e que 
atenda aos seguintes requisitos, cumulativamente: 
I – não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em 
julgado, as responsabilidades daí decorrentes; 
II – não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial; 
III - não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial com 
base no plano especial de que trata a Seção V deste Capítulo; (Redação dada pela Lei 
Complementar nº 147, de 2014) 
IV – não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador, pessoa 
condenada por qualquer dos crimes previstos nesta Lei. 
§ 1º A recuperação judicial também poderá ser requerida pelo cônjuge sobrevivente, 
herdeiros do devedor, inventariante ou sócio remanescente. (Renumerado pela Lei nº 
12.873, de 2013) 
§ 2º Tratando-se de exercício de atividade rural por pessoa jurídica, admite-se a 
comprovação do prazo estabelecido no caput deste artigo por meio da Declaração de 
Informações Econômico-fiscais da Pessoa Jurídica - DIPJ que tenha sido entregue 
tempestivamente. (Incluído pela Lei nº 12.873, de 2013) 
13. Para as empresas que podem pleitear Recuperação Judicial quais requisitos 
devem ser observados? 
Poderá requerer a recuperação judicial as empresas cujo o empresário atenda aos 
seguintes requisitos: não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença 
transitada em julgado, a responsabilidade daí decorrentes; não ter, há menos de cinco 
anos, obtido concessão de recuperação judicial; não ter, há menos de oito anos, obtido 
concessão de recuperação judicial com base no plano especial, ou seja, tratar-se de 
microempresa ou empresa de pequeno porte; não ter sido condenado ou não ter, como 
 
administrador ou sócio controlador, pessoa condenada por qualquer dos crimes previstos na 
Lei nº 11.101. 
 
14. Qual o Juiz competente para processar e julgar o pedido de Recuperação 
Judicial? 
De acordo o Art. 3º da Lei ​11.101​ de 2005 É competente para homologar o plano de 
recuperação extrajudicial, deferir a recuperação judicial ou decretar a falência o juízo do 
local do principal estabelecimento do devedor ou da filial de empresa que tenha sede fora 
do Brasil. 
 
15. Quais são os créditos que serão submetidos a Recuperação Judicial? 
De acordo o Art. 49 da Lei ​11.101​ de 2005 Estão sujeitos à recuperação judicial todos os 
créditos existentes na data do pedido, ainda que não vencidos excetuados os decorrentes 
de repasse de recursos oficiais, os fiscais e os previstos nos §§ 3º e 4º do art. 49. 
 
16. Quais são as informações que devem constar na Petição Inicial de Recuperação 
Judicial? 
As informações que devem constar na Petição Inicial são a exposição das causas 
concretas da situação econômica do devedor; razões da crise econômico-financeira; e 
documentos com demonstrações contábeis; relação nominal dos credores; relação integral 
dos empregados; certidão de regularidade expedida pela Junta Comercial; relação dos bens 
particulares dos sócios; extratos atualizados das contas bancárias do devedor; certidões 
dos cartórios de protesto; e a relação de todas as ações judiciais em que for parte. 
 
17. Quais são os documentos que devem instruir a Petição Inicial de Recuperação 
Judicial? 
As demonstrações contábeis relativas aos 3 (três) últimos exercícios sociais e as levantadas 
especialmente para instruir o pedido, confeccionadas com estrita observância da legislação 
societária aplicável e compostas obrigatoriamente de: balanço patrimonial; demonstração 
de resultados acumulados; demonstração do resultado desde o último exercício social; 
relatório gerencial de fluxo de caixa e de sua projeção; a relação nominal completa dos 
credores, inclusive aqueles por obrigação de fazer ou de dar, com a indicação do endereço 
de cada um, a natureza, a classificação e o valor atualizado do crédito, discriminando sua 
origem, o regime dos respectivos vencimentos e a indicação dos registros contábeis de 
cada transação pendente; a relação integral dos empregados, em que constem as 
respectivas funções, salários, indenizações e outras parcelas a que têm direito, com o 
correspondente mês de competência, e a discriminação dos valores pendentes de 
pagamento;certidão de regularidade do devedor no Registro Público de Empresas, o ato 
constitutivo atualizado e as atas de nomeação dos atuais administradores; a relação dos 
bens particulares dos sócios controladores e dos administradores do devedor; os extratos 
atualizados das contas bancárias do devedor e de suas eventuais aplicações financeiras de 
qualquer modalidade, inclusive em fundos de investimento ou em bolsas de valores, 
emitidos pelas respectivas instituições financeiras;certidões dos cartórios de protestos 
situados na comarca do domicílio ou sede do devedor e naquelas onde possui filial; a 
relação, subscrita pelo devedor, de todas as ações judiciais em que este figure como parte, 
inclusive as de natureza trabalhista, com a estimativa dos respectivos valores 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/96893/lei-de-recupera%C3%A7%C3%A3o-judicial-e-extrajudicial-e-de-fal%C3%AAncia-lei-11101-05
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/96893/lei-de-recupera%C3%A7%C3%A3o-judicial-e-extrajudicial-e-de-fal%C3%AAncia-lei-11101-05
 
demandados.Os documentos de escrituração contábil e demais relatórios auxiliares, na 
forma e no suporte previstos em lei, permanecerão à disposição do juízo, do administrador 
judicial e, mediante autorização judicial, de qualquer interessado. 
 
18.Qual o critério utilizado pelo juiz para deferir o processamento da Recuperação 
Judicial? 
Estando em termos a documentação exigida no art. 51 desta Lei, o juiz deferirá o 
processamento da recuperação judicial e, no mesmo ato. 
 
19. Ao deferir o processamento da Recuperação Judicial quais são as determinações 
do juiz? É neste ato que o Administrador Judicial é nomeado? 
Sim, será nomeado o administrador judicial, observado o disposto no art. 21 desta Lei; 
determinará a dispensa da apresentação de certidões negativas para que o devedor exerça 
suas atividades, exceto para contratação com o Poder Público ou para recebimento de 
benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, observando o disposto no art. 69 desta Lei; 
ordenará a suspensão de todas as ações ou execuções contra o devedor, na forma do art. 
6º desta Lei, permanecendo os respectivos autos no juízo onde se processam, ressalvadas 
as ações previstas nos §§ 1º , 2º e 7º do art. 6º desta Lei e as relativas a créditos 
excetuados na forma dos §§ 3º e 4º do art. 49 desta Lei; determinará ao devedor a 
apresentação de contas demonstrativas mensais enquanto perdurar a recuperação judicial, 
sob pena de destituição de seus administradores; ordenará a intimação do Ministério 
Público e a comunicação por carta às Fazendas Públicas Federal e de todos os Estados e 
Municípios em que o devedor tiver estabelecimento. 
O juiz ordenará a expedição de edital, para publicação no órgão oficial, que conterá:o 
resumo do pedido do devedor e da decisão que defere o processamento da recuperação 
judicial; a relação nominal de credores, em que se discrimine o valor atualizado e a 
classificação de cada crédito; a advertência acerca dos prazos para habilitação dos 
créditos, na forma do art. 7º , § 1º , desta Lei, e para que os credores apresentem objeção 
ao plano de recuperação judicial apresentado pelo devedor nos termos do art. 55 desta Lei. 
 
20. Quando serão suspensas as ações e execuções contra o devedor? Todas as 
ações serão suspensas? 
A suspensão ocorrerá no deferimento o processamento da recuperação judicial, a 
suspensão será de todas as ações ou execuções contra o devedor, na forma do art. 6º da 
Lei, permanecendo os respectivos autos no juízo onde se processam, ressalvadas as ações 
previstas nos §§ 1º , 2º e 7º do art. 6º da Lei e as relativas a créditos excetuados na forma 
dos §§ 3º e 4º do art. 49 da Lei; 
 
21. Quanto tempo as ações e Execuções ficarão suspensas? 
Na recuperação judicial, a suspensão de que trata tem o prazo improrrogável de 180 dias 
contado do deferimento do processamento da recuperação, restabelecendo-se, após o 
decurso do prazo, o direito dos credores de iniciar ou continuar suas ações e execuções, 
independentemente de pronunciamento judicial. 
 
22. É possível a prorrogação do prazo de Suspensão? 
 
Não, este prazo é improrrogável de acordo o artigo sexto § 4º da ​LEI Nº 11.101, DE 9 DE 
FEVEREIRO DE 2005. 
 
23. Como ficará o prazo de prescrições das ações e execuções durante o 
processamento da Recuperação Judicial? 
A decretação da falência ou o deferimento do processamento da recuperação judicial 
suspende o curso da prescrição e de todas as ações e execuções em face do devedor, 
inclusive aquelas dos credores particulares do sócio solidário 
 
 24. O prazo de suspensão das ações e execuções atinge os avalistas e fiadores da 
empresa em Recuperação Judicial? Fundamente. 
O processamento da recuperação judicial de empresa ou mesmo a aprovação do plano de 
recuperação não suspende ações de execução contra fiadores e avalistas do devedor 
principal recuperando. Esse é o entendimento da 2ª Seção do Superior Tribunal de Justiça. 
A decisão foi tomada em julgamento de recurso especial sob o rito dos repetitivos, 
estabelecido no artigo 543-C do Código de Processo Civil. A decisão foi diante a seguinte 
tese: "A recuperação judicial do devedor principal não impede o prosseguimento das 
execuções, nem tampouco induz suspensão ou extinção de ações ajuizadas contra 
terceiros devedores solidários ou coobrigados em geral, por garantia cambial, real ou 
fidejussória, pois não se lhes aplicam a suspensão prevista nos artigos 6º, caput, e 52, 
inciso III, ou a novação a que se refere o artigo 59, caput, por força do que dispõe o artigo 
49, parágrafo 1º, todos da Lei 11.101/2005". 
 
25. Quem tem competência para processar e julgar as ações e execuções suspensas? 
Segundo súmula nº 349 do STJ: “Compete à Justiça Federal ou aos juízes com 
competência delegada o julgamento das execuções fiscais de contribuições devidas pelo 
empregador ao FGTS’’. A​ competência é da Segunda Seção, para qualquer caso de conflito 
de competência entre juízo recuperacional e juízo da execução fiscal, com base no critério 
da especialidade e para evitar julgados díspares. 
 
26. Qual é o Recurso cabível da Decisão que defere e indefere o processamento da 
Recuperação Judicial? Fundamente. 
A decisão que defere a recuperação judicial é decisão interlocutória cabendo então, agravo 
de instrumento de acordo enunciado 52, i da jornada de d. comercial cjf a decisão que 
indefere a recuperação judicial de acordo art. 1009 do cpc cabe apelação, devido s e tratar 
de ação decisória. 
 
27. É possível que o devedor desista do pedido da Recuperação Judicial? 
O devedor não poderá desistir do pedido de recuperação judicial após o deferimento de seu 
processamento, salvo se obtiver aprovação da desistência na assembleia-geral de 
credores. 
28. Explique qual o objetivo da Habilitação Administrativa? 
A função do Administrador judicial é o encargo de receber as habilitações de crédito e 
divergências quanto à relação de credores, processá-las e resolvê-las administrativamente. 
“Publicado o edital previsto no artigo 52, parágrafo 1º ou no parágrafo único do artigo 99, 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2011.101-2005?OpenDocument
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2011.101-2005?OpenDocument
 
desta Lei, os credores terão o prazo de 15 (quinze) dias para apresentar ao administrador 
judicial suas habilitações ou divergências quanto aos créditos relacionados” (parágrafo 1º, 
do artigo 7º, LRE). 
 
29. Explique qual o objetivo da Divergência Administrativa? 
A divergência, o credor está listado na primeira relação de credores, mas discorda do valor 
de seu crédito, de sua classificação (trabalhista, com garantia real, quirografário ou 
microempresa/empresa de pequeno porte) ou mesmo de sua indevida inclusão (por 
exemplo, no caso de credor que pretende ver reconhecida a sua extraconcursalidade, ou 
seja, a não submissão à recuperação judicial). 
30. Em face de qual Edital é possível à utilização da divergência e habilitação 
administrativa? 
Publicado o edital previsto no artigo 52, parágrafo 1º ou no parágrafo único do artigo 99, 
desta Lei, os credores terão o prazo de 15 (quinze) dias para apresentar ao administrador 
judicial suas habilitações ou divergências quanto aos créditos relacionados” (parágrafo 1º, 
do artigo 7º, LRE). Após examinar as habilitações e divergências apresentadas pelos 
credores, o administrador judicial deverá resolvê-las, fazendo publicar o edital disposto no 
artigo 7º, parágrafo 2º, visando a consolidar o quadro geral de credores. 
 
31. Qual o prazo para utilização da divergência e habilitação administrativa? 
O prazo para tais medidas é de 15 (quinze) dias. O prazo se inicia na data de publicação no 
Diário Oficial do edital com a primeira relação de credores. esse prazo seja cumprido em 
dias corridos, 
 
32. Quem será competente para analisar a divergência e habilitação administrativa? 
As habilitações e divergências devem ser protocoladas perante o Administrador Judicial. 
 
33. Quando será utilizado a habilitação de crédito retardatária? 
As habilitações de crédito retardatárias, se apresentadas antes da homologação do 
quadro-geral de credores, serão recebidas como impugnação e processadas. No caso das 
habilitaçõesretardatárias o pedido será direcionado ao juiz da causa, que é o do principal 
estabelecimento do devedor. 
 
34. Em uma Recuperação Judicial, qual (is) o (s) prejuízo (s) de um credor ao 
apresentar uma Habilitação Retardatária? 
O credor que não apresenta habilitação dentro do prazo de 15 dias ( art. 10) tem prejuízos: 
na Recuperação Judicial credor fica sem direito a voto a exceção: crédito derivados da 
relação de trabalho. 
 
35. Na falência qual (is) o (s) prejuízo (s) de um credor ao apresentar uma Habilitação 
Retardatária? 
O credor fica sem direito a voto, perde direito a rateios eventualmente realizados 
deverá pagar as custas Exceto: Se na data da realização da AGC, já houver sido 
homologado o quadro-geral de credores contendo o crédito retardatário. 
 
Credor pode Requerer a reserva de valor para satisfação do seu crédito ( art. 10, § 3º) 
 
36. Explique o procedimento da Habilitação Retardatária apresentada antes e depois 
do quadro geral de credores? 
Antes da homologação do quadro geral de credores (art. 10, § 5º) o procedimento será o da 
impugnação de crédito (por ser mais rápido), depois da homologação do quadro geral de 
credores (art. 10, § 6º), deverão abrir procedimento ordinário do cpc, ação de retificação do 
quadro geral de credores e o juízo competente será o da falência e da recuperação judicial. 
 
37. Explique qual o objetivo da Impugnação de Crédito? 
De acordo com a Lei 11.101/2005, art. 8°. A impugnação de crédito tem como objetivo 
apontar os equívocos das informações constantes da lista de credores elaboradas pelo 
administrador judicial, como ausência, legitimidade, valor ou classificação do crédito. 
 
38. Em face de qual Edital é possível à utilização da Impugnação de Crédito? 
Parágrafo 1º, do artigo 7º, LRE - Publicado o edital previsto no artigo 52, parágrafo 1º ou no 
parágrafo único do artigo 99, desta Lei, os credores terão o prazo de 15 (quinze) dias para 
apresentar ao administrador judicial suas habilitações ou divergências quanto aos créditos 
relacionados. 
 
39. Quem são os legitimados para apresentar a Impugnação de Crédito? 
De acordo com o art.8° da Lei 11.101/2005 estão habilitados, o comitê, qualquer credor, o 
devedor ou seus sócios ou o Ministério Público. 
 
40. Quem é competente para processar e julgar a Impugnação de Crédito? 
É competente para processar e julgar a Impugnação de Crédito o juiz da recuperação 
judicial ou falência. 
 
41. Qual Recurso cabível em face da decisão sobre a impugnação de crédito? 
Art.17, Lei 11.101/2005 e Súmula n°25 STJ. Da decisão judicial sobre a impugnação caberá 
agravo. Parágrafo único. Recebido o agravo, o relator poderá conceder efeito suspensivo à 
decisão que reconhece o crédito ou determinar a inscrição ou modificação do seu valor ou 
classificação no quadro-geral de credores, para fins de exercício de direito de voto em 
assembléia geral. 
O prazo para interposição de recurso conta-se da intimação da parte. 
Caberá agravo de instrumento. 
 
42. Explique o que é o quadro geral de credores? 
O ​quadro geral de credores significa conjunto de todos os credores relacionados 
nominalmente em um documento de responsabilidade do administrador, onde este tem, 
entre outras responsabilidades, as de mencionar as respectivas importâncias de cada 
 
crédito devido pelo recuperando com suas correspondentes classificações, tendo por base 
a data do pedido (protocolo) da recuperação judicial. 
 
43. Quem será responsável por consolidar o quadro geral de credores? 
O administrador judicial será responsável pela consolidação do quadro-geral de credores, a 
ser homologado pelo juiz, com base na relação dos credores e nas decisões proferidas nas 
impugnações oferecidas. 
 
44. Quem será responsável por homologar o quadro geral de credores? 
Será homologado pelo juiz, com base na relação dos credores e nas decisões proferidas 
nas impugnações oferecidas. 
 
45. Qual o objetivo da Ação Revisional do quadro geral de credores? 
O administrador judicial, o Comitê, qualquer credor ou o representante do Ministério Público 
poderá, até o encerramento da recuperação judicial ou da falência, observado, no que 
couber, o procedimento ordinário previsto no Código de Processo Civil, pedir a exclusão, 
outra classificação ou a retificação de qualquer crédito, nos casos de descoberta de 
falsidade, dolo, simulação, fraude, erro essencial ou, ainda, documentos ignorados na 
época do julgamento do crédito ou da inclusão no quadro-geral de credores. 
Nos casos de descoberta de falsidade, dolo, fraude, simulação, erro essencial ou a 
descoberta de documentos ignorados à época da inclusão no quadro geral de credores ou 
do julgamento do crédito, poderá o credor interessado, o administrador judicial, o comitê ou 
o Ministério Público propor a ação rescisória do quadro geral de credores. 
 
46. Qual o prazo para o ajuizamento da Ação Revisional do quadro geral de credores? 
Poderá, até o encerramento da recuperação judicial ou da falência, observando, no que 
couber, o procedimento ordinário previsto no Código de Processo Civil”. 
O direito à rescisão se extingue em 2 (dois) anos contados do trânsito em julgado da última 
decisão proferida no processo. 
Apesar das possibilidades previstas, o direito de propor ação rescisória, contudo, não corre 
ad infinitum​. Segundo o art. 975 do CPC, então, a parte terá até 2 anos contados do trânsito 
em julgado da última decisão proferida no processo para entrar com a ação. 
 
47. Quem é competente para processar e julgar a Ação Revisional do quadro geral de 
credores? 
A ação prevista neste artigo será proposta exclusivamente perante o juízo da recuperação 
judicial ou da falência ou, nas hipóteses previstas, perante o juízo que tenha originariamente 
reconhecido o crédito. 
 
 
48. É possível o pagamento do crédito exigido em uma Ação Revisional do quadro 
geral de credores? 
Proposta a ação de que trata, o pagamento ao titular do crédito por ela atingido somente 
poderá ser realizado mediante a prestação de caução no mesmo valor do crédito 
questionado.

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