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PROJETO INTEGRADOR III

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0 
 
UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 
 
1802966 – ADRIANA BORDIN SILVA 
1803476 – BRUNA LETÍCIA PAIXÃO 
1801643 – JOE PETERSON DE QUEIROZ 
1804005 – SIBELE APARECIDA DE ALMEIDA 
1803262 – PATRICIA VILAS BOAS 
1811025 – TAMARYS MAIARA PAULINO 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DOS JOGOS E MÚSICA NA 
ALFABETIZAÇÃO 
 
 
 
Apresentação do Projeto Integrador – vídeo: 
https://youtu.be/wajFkWs02SI 
 
 
 
 
Mineiros do Tietê - SP 
2019 
1 
 
UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DOS JOGOS E MÚSICA NA 
ALFABETIZAÇÃO 
 
 
 
 
Relatório Técnico – Científico apresentado na 
disciplina de Projeto Integrador para o curso de 
Licenciatura em Pedagogia da Fundação 
Universidade Virtual do Estado de São Paulo 
(UNIVESP). 
 
Mediador Facilitador: Renato Trevizano dos Santos 
 
 
 
 
 
 
Mineiros do Tietê - SP 
2019 
2 
 
SILVA, Adriana Bordin; PAIXÃO, Bruna Letícia; QUEIROZ, Joe Peterson; ALMEIDA, 
Sibele Aparecida: VILAS BOAS, Patrícia; PAULINO, Tamarys Maiara. 
A Importância do lúdico na alfabetização. 00f. Relatório Técnico-Científico 
(Licenciatura em Pedagogia) – Universidade Virtual do Estado de São Paulo. 
Tutor: Renato | Polo: Mineiros do Tietê, 2019. 
 
RESUMO 
Este projeto trata da importância do uso de jogos e música na educação infantil, 
disposto a compreender e apresentar contribuições no processo de desenvolvimento 
da alfabetização. Nosso objetivo é identificar e correlacionar as teorias dos autores 
abordados no estudo de Alfabetização e Letramento e Arte e Música na Educação 
para incentivar o uso de jogos e música como uma ferramenta para o processo de 
desenvolvimento e aprimoramento das habilidades manuais e motoras das crianças. 
Como abordagem bibliográfica, este estudo possui embasamento teórico apoiado 
nas teorias de Vygotsky, Piaget, Kishimoto, Paulo Freire, Bakhtin, entre outras 
teorias que fundamentam esse assunto. 
Nas escolas, o jogo é uma maneira de oferecer às crianças um ambiente de 
aprendizado prazeroso, motivador e planejado, com possibilidade de se aprender 
em várias habilidades. Deve favorecer as crianças no desenvolvimento de seus 
conhecimentos científicos, propiciando a experiência de situações reais e 
imaginárias, propondo desafios às crianças e instigando-as a buscar soluções para 
os problemas presentes durante o jogo, fazendo-as raciocinar, trocar idéias e tomar 
decisões. 
Trazer gêneros textuais como música para a sala de aula é uma forma diferente de 
valorizar aspectos da alfabetização, para que possamos trabalhar a leitura, a escrita, 
a oralidade, a interpretação e a produção de textos de maneira atraente. 
A entrada nesse universo é fundamental para a formação das crianças, pois 
possibilita a interatividade nas atividades, ampliando aspectos indispensáveis ao seu 
desenvolvimento, atendendo não apenas aos requisitos da escola em relação à 
alfabetização oportuna, mas também aos programas de formação de educadores 
que buscam tornar o ambiente mais propício ao ensino e aprendizagem da língua. 
Palavras-chave: Alfabetização. Learnig. Conhecimento. Jogos. Música. 
 
 
3 
 
ABSTRACT 
 
This project is about the importance of using games and music in child education, 
willing to comprehend and present contributions in the children’s literacy 
development process. Our objective is identify and correlate the theories of the 
authors approached in the study of Literacy and Art and Music in the Education to 
encourage the use of games and music as a tool for the children’s manual and motor 
habilities development and enhancement process. 
As bibliographic approach this study has a theoretical basement supported with 
theories of Vygotsky, Piaget, Kishimoto, Paulo Freire, Bakhtin, between other 
theoreticians that substantiate this subject. 
In schools game is a way to offer children a pleasurable, motivating and planned 
learning ambience, with possibility of learning various habilities. It must favor children 
the learning of scientific knowledge, providing the experience of real and imaginary 
situations, proposing children challenges and instigating them to search for solutions 
to the situations that present during the game, making them to reason, exchange 
ideas and make decisions. 
Bringing textual genres like music to the classroom is a different form to value 
aspects of literacy so that we can work reading, writing, orality, interpretation and 
production of texts in an attractive way. 
Entering this universe is fundamental to the children’s formation since it makes 
possible the interactivity in the activities, what makes enlarge indispensable aspects 
to their development, attending not only to school requirements in relation to timely 
literacy but also literacy teachers formation programs that seek for making the school 
environment more conducive to the language teaching and learning. 
 
Key words: Literacy. Learning. Knowledge. Games. Music. 
 
 
 
 
4 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO........................................................................................................5 
1.1 Problemas e Objetivos...........................................................................................6 
1.2 Justificativa.............................................................................................................7 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.............................................................................11 
2.1 Aplicação das Disciplinas Estudadas no Projeto Integrador................................14 
Alfabetização e Letramento........................................................................................14 
1. Valorizar outros tipos de aprendizagens.........................................................14 
2. Identificar em que estágio os alunos estão.....................................................15 
3. Procurar métodos diferentes para os alunos que não estão aprendendo......15 
Arte e Música..................................................................................................... ........16 
3. MATERIAL E MÉTODOS EMPREGADOS...........................................................17 
4. ANÁLISE E DISCUSSÕES DOS RESULTADOS PARCIAIS...............................18 
4.1 Protótipo...............................................................................................................20 
5. CONSIDERAÇÕES ...............................................................................................24 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .........................................................................25 
ANEXOS....................................................................................................................27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Este projeto tem como objetivo apresentar a importância dos jogos e da 
música no desenvolvimento da criança na Educação Infantil. Seria importante que 
toda escola pudesse oferecer à criança condições necessárias para o seu 
desempenho, para a construção motora e desenvolvimento, ou seja, que fossem 
proporcionados ambientes adequados, assim como toda a capacitação dos 
profissionais e materiais disponíveis para que pudessem ser trabalhadas em sala de 
aula essas atividades lúdicas. 
Normalmente professores, preocupados com educação tradicional, em 
cumprir o currículo e o cronograma proposto, acabam se esquecendo de que cada 
criança tem seu tempo e precisa de estímulos para alcançar a alfabetização. 
Acabam por deixar os jogos de lado, esquecendo-se de que estes são instrumentos 
importantes no ensino. 
 A utilização dos jogos e da música na sala de aula é muito importante, pois o 
lúdico deve ser visto com uma ferramenta de contribuição para o melhor 
desenvolvimento das crianças, e não como algo fora do contexto educacional 
(KISHIMOTO, 1996, p. 146). De acordo com Piaget (1973 p. 35)a educação e a 
ludicidade devem unir-se para que haja uma concretização do aprendizado escolar. 
O professor precisa estar sempre observando quais são as habilidades 
desenvolvidas pelos alunos e quais ainda precisam ser revistas e estimuladas em 
sala de aula. 
Jogando, a criança consegue comparar, analisar, nomear, associar, calcular, 
classificar, compor, conceituar e criar. Assim, os jogos trazem o mundo para a 
realidade da criança, para o seu mundo, possibilitando o desenvolvimento de sua 
inteligência, sua sensibilidade, habilidades e criatividade. 
 Aliar as atividades lúdicas e a música ao processo de ensino e aprendizagem 
pode ser de grande valia para o desenvolvimento do aluno. 
O presente estudo pretende promover, a partir da música infantil e dos jogos, 
o desenvolvimento de habilidades de leitura, escrita e oralidade, bem como a 
integração das crianças e o uso dos jogos educativos voltados para o aprendizado 
da escrita. Como uma das possibilidades de ensino do código escrito no processo 
educacional, com elementos concretos para auxiliar o profissional da educação, por 
6 
 
meio de prática pedagógica intencional e planejada, e com intervenção direta, para 
construir meios prazerosos de articulação entre jogos, brincadeiras, leitura e escrita. 
Os jogos e a música são utilizados no Ensino Fundamental como recurso 
didático, para o desenvolvimento de um ambiente alfabetizador, que pode permitir o 
trabalho de muitas facetas da alfabetização, desde o ensino das letras e das sílabas, 
até a relação grafema e fonema de cada uma delas. 
 
1.1 Problema e objetivos 
 A escola onde foi realizada a visita denomina-se “Escola Municipal Pedro de 
Oliveira Brandão”, localizada na Rua Sub Delegado Ferrinho, nº 1.085, na cidade de 
Mineiros do Tietê, SP. A referida escola funciona em período diurno e noturno, 
atendendo o ensino fundamental I (anos iniciais) e o ensino fundamental Educação 
de Jovens e Adultos (EJA). Possui em suas dependências: salas de aula, pátio 
externo, refeitório, quadra, sala da direção, sala dos professores, sala de informática 
e banheiros. 
 A escola conta com alunos e uma equipe composta por profissionais 
administrativos, professores, merendeiras e pessoal responsável pela limpeza. 
 Os dados coletados para a realização do trabalho se referem a crianças na 
faixa etária de sete anos, de uma turma de primeiro ano do ensino fundamental I, da 
Professora Márcia. 
 O problema detectado pelo grupo foi relacionado às dificuldades na 
aprendizagem das crianças, principalmente no processo de alfabetização, em que o 
maior desafio segundo a professora é juntar as letras e sílabas. 
 A turma é composta por dezessete alunos, sendo que quatro deles 
frequentam a sala de recursos por apresentarem um déficit de aprendizagem maior 
do que os demais, e 1 aluna que frequenta a turma com a faixa etária 
desproporcional ao ano, com 9 anos. 
 Diante das informações coletadas e analisadas pelo grupo foram propostas 
duas brincadeiras para ajudar as crianças a se desenvolverem e facilitar a 
alfabetização, funcionando como mecanismos eficazes para se criar um ambiente 
motivador, para que assim, se desenvolvam suas habilidades e potencialidades. As 
brincadeiras propostas foram: Jogo do Mexe-Mexe e Bingo das Sílabas. 
7 
 
 Também foi proposta uma atividade envolvendo música, de modo especial a 
música “Alfabeto”, interpretada pela cantora Aline Barros, tocada no violão e cantada 
por um integrante do nosso grupo com os alunos. 
 O objetivo do grupo foi trazer o lúdico para a sala de aula, envolvendo música 
e brincadeiras. A presença dos jogos e brincadeiras é fundamental para o 
desenvolvimento da criança e em seu aprendizado; torna as aulas vivas, dinâmicas 
e atrativas, possibilitando ao aluno a ampliação de conhecimentos. 
 
1.2 Justificativa 
A Educação Infantil é a grande responsável pelo desenvolvimento integral da 
criança, tendo a função de envolvê-la no seu processo de descobertas, construção e 
busca pelo conhecimento, o que se dá significativamente pôr meio da ludicidade. 
Uma grande oportunidade para a criança ampliar seus conhecimentos é a sua 
inserção na escola, pois passarão a fazer parte de seu universo novas 
aprendizagens, que envolvem maneiras alternativas de se comunicar, 
estabelecimento de limites e regras, atitudes e relações diversificadas, além de um 
conjunto de valores morais e culturais. 
A aceitação e a utilização de jogos e brincadeiras como uma estratégia no 
processo de ensinar e de aprender tem ganhado força entre os educadores e 
pesquisadores nesses últimos anos, por considerarem, em sua grande maioria, uma 
forma de trabalho pedagógico que estimula o raciocínio e favorece a vivência de 
conteúdos e a relação com situações do cotidiano. 
O jogo como estratégia de ensino e de aprendizagem em sala de aula deve 
favorecer a criança na construção do conhecimento científico, proporcionando a 
vivência de situações reais ou imaginárias, propondo a ela desafios e instigando-a a 
buscar soluções para os acontecimentos que se apresentam durante o jogo, 
levando-a a raciocinar, trocar ideias e tomar decisões. 
O brincar é, portanto, uma atividade natural, espontânea e necessária para 
criança, constituindo-se em uma peça importantíssima a sua formação seu papel 
transcende o mero controle de habilidades, sendo muito mais abrangente. Sua 
importância é notável, já que, por meio dessas atividades, a criança constrói o seu 
próprio mundo. (SANTOS, 1995, p. 4). 
8 
 
Segundo Santos é pela brincadeira que a criança aprende sobre a natureza, 
os eventos sociais, a dinâmica interna e a estrutura de seu corpo. A criança que 
brinca livremente, no seu nível, à sua maneira, não está apenas explorando o 
mundo ao seu redor, mas também comunicando sentimentos, ideias, fantasias, 
intercambiando o real e o imaginário. 
O brincar está relacionado ao prazer, além disso, enquanto estimula o 
desenvolvimento intelectual da criança, também ensina, sem que ela perceba, os 
hábitos mais necessários ao seu crescimento, como persistência, perseverança, 
raciocínio, companheirismo, entre outros. 
 Vygotsky (1987) afirma que as crianças, enquanto brincam não se limitam 
apenas a recordar e reviver experiências passadas, mas as reelaboram 
criativamente. Nesse sentido Benjamim, chama a atenção para quando as crianças 
brincam e criam seu próprio mundo. “Não há dúvida que o brincar significa sempre 
libertação. Rodeadas por um mundo de gigantes, as crianças criam para si, 
brincando, o pequeno mundo próprio” (BEJAMIM, 2002, p. 85). 
 No ato de brincar a criança amplia esses sentimentos por meio de invenção. 
Basta olhar para uma criança que brinca e se perceberá que nela há muito mais 
possibilidades de vida do que aquelas que se realizam (...) a criança brinca 
dessoldado, bandido ou cavalo, isso ocorre porque nela estão explícitos o bandido, o 
cavalo e o soldado (VYGOTSKY,1999, p.312). 
Dessa forma, o brincar e o jogar, na Educação Infantil, devem ser vistos como 
uma estratégia utilizada pelo educador e deve privilegiar o ensino dos conteúdos da 
realidade, tendo o brincar um lugar de destaque no planejamento pedagógico. 
A brincadeira ou o jogo somente tem validade se usado na hora certa, e essa 
hora é determinada pelo professor, que determina para o aluno qual o objetivo do 
jogo, das regras e do tempo. 
Para Piaget (1978), os jogos são caracterizados em três grandes tipos: jogos 
de exercícios (0 a 2 anos), jogo simbólico (2 a 6 anos) e jogo de regras (6 anos em 
diante). Segundo o próprio autor, é “a função é que vai diferenciar esses jogos que 
não têm outra finalidade a não ser o próprio prazer do funcionamento” (PIAGET, 
1978, p. 123). 
As atividades de jogos e brincadeiras na escola de Educação Infantil trazem 
muitas vantagens para o processo de ensino e aprendizagem, são elementos para o 
desenvolvimento das crianças,mas cabe aos professores criarem propostas 
9 
 
pedagógicas que aliem o aprendizado e a grande diversão que o jogo e brincadeira 
proporcionam. 
 Etimologicamente a palavra JOGO vem do latim LOCUS, que significa gracejo, 
zombaria e que foi empregada no lugar de ludus: brinquedo, jogo, divertimento, 
passatempo. 
Almeida (1978, p. 81) afirma que os jogos não devem ser fins, mas meios 
para se atingir em objetivos. Estes devem ser aplicados para o benefício educativo. 
Os jogos devem ser construídos por atividades permanentes nos espaços da 
Educação Infantil, pois por meio deles é possível que a criança trabalhe de forma 
integral, ou seja, nos aspectos físicos, psicológicos, cognitivos e sociais. 
Concluindo, durante todo o processo de desenvolvimento e maturidade, toda 
criança atinge fases específicas em várias faixas etárias. Sobre isso, vários 
pensadores, como Vysgotsky e Piaget, compartilham a idéia de que o crescimento 
da criança é acompanhado por fases, cada uma com aspectos peculiares e 
significativos, como físico, o cognitivo, o emocional e espiritual, importantes para a 
sua formação integral. 
A influência do ato de brincar no desenvolvimento da criança é indispensável 
para a formação do caráter e da personalidade da pessoa; além disso, a brincadeira 
pode incorporar valores morais e culturais e uma série de aspectos que ajudam a 
moldar sua vida, como crianças e como adultos. Brincando, a criança pode acionar 
seus pensamentos para resolução de problemas que lhe são importantes e 
significativos, e o modo como ela brinca revela o seu mundo interior, 
proporcionando-lhe que aprenda fazendo, realizando, dessa forma, uma 
aprendizagem significativa. 
O desenvolvimento da criança é resultado da interação da aprendizagem, que 
ocorre por meio da experiência adquirida no ambiente e com capacidade própria da 
criança, em que cada uma tem seu ritmo próprio e capacidade individual. 
A relevância desse projeto de pesquisa sobre o papel da ludicidade no ensino 
infantil está relacionada a atividades com jogos e com o ato de brincar. Assim as 
iniciativas lúdicas nas escolas são relevantes para a aprendizagem, as quais 
potenciam a criatividade das crianças, em que contribuem para o seu 
desenvolvimento intelectual, social e motor. 
Assim, afirmamos que a Educação Infantil e o lúdico são uma etapa 
fundamental na vida da criança. É nesta fase que ela observa, assimila e expressa 
10 
 
seus sentimentos. Hoje é reconhecida como produtora de cultura, além de ser parte 
integrante da sociedade na qual está inserida. Esta etapa da Educação Básica tem 
como objetivo principal desenvolver características cognitiva, afetiva, motora, social 
e cultural da criança. Considerando tudo isso o currículo deve ser concebido como 
um conjunto de práticas, levando sempre em consideração os saberes das crianças 
em tudo que é feito e planejado dentro da unidade educacional e nas práticas 
pedagógicas, favorecendo situações e vivências a um ser que sente, pensa e é 
capaz de produzir cultura, na construção da sua identidade, sendo de fato um sujeito 
histórico e de direitos, como afirma o Art. 4.º da DCNs (2009): 
 
Art. 4º As propostas pedagógicas da Educação Infantil deverão considerar 
que a criança, centro do planejamento curricular, é sujeito histórico e de 
direitos que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, 
constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, 
aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a 
natureza e a sociedade, produzindo cultura. (BRASIL, DCNs p.1). 
 
No entanto, hoje em dia, as instituições de educação infantil estão construindo 
uma nova dimensão de visão educacional, visto que toda a atividade educativa 
agora é centrada com objetivo de promover a socialização das crianças. Sobretudo, 
porque as atividades oferecidas pelo professor são de grande importância para o 
desenvolvimento cognitivo integral das crianças, sendo estas asseguradas por leis, 
já citadas anteriormente. Portanto o conhecimento construído através da brincadeira 
lhes possibilita obterem melhor desempenho na aprendizagem. 
Segundo Vygotsky, (1997, p. 82-83): 
 
[...] no brinquedo existe necessariamente participação e engajamento, o 
brinquedo é certamente uma forma de desenvolver a capacidade de 
socializar-se, de manter-se ativo e participante. A criança que brinca 
bastante será um adulto trabalhador. A criança que sempre participou de 
jogos e brincadeiras grupais saberá trabalhar em grupo; por ter aprendido a 
aceitar as regras do jogo, saberá também respeitar as normas grupais e 
sociais. É brincando bastante que a criança vai aprendendo a ser um adulto 
consciente, capaz de participar e engajar-se na vida de sua comunidade. 
 
 
 
 
11 
 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
Para que nosso Projeto Integrador pudesse ser realizado e para que 
pudéssemos solucionar a dificuldade por nós encontrada na turma com a qual 
trabalhamos, contamos com uma fundamentação teórica embasada principalmente 
nos teóricos Vygotsky, Piaget, Kishimoto, Paulo Freire e Bakhtin, entre outros dos 
quais iremos a seguir apresentar e comentar alguns pensamentos importantes para 
nosso trabalho: 
O desenvolvimento da linguagem representa, antes de tudo, a história da 
formação de uma das funções mais importantes do desenvolvimento 
cultural, na medida em que sintetiza o acúmulo da experiência social da 
humanidade e os mais decisivos saltos qualitativos dos indivíduos, tanto do 
ponto de vista filogenético quanto do ontogenético. (VYGOTSKY, 1995, 
p.184) 
Vygotsky deixa claro que a linguagem é de grande importância na vida de um 
indivíduo, não apenas a falada, mas também a escrita. Por isso cabe ao professor 
criar ambiente e condições que maximizem essa aprendizagem, tornando-a mais 
acessível às crianças, todas elas, sejam quais forem suas dificuldades e bagagem 
cultural. 
O jogo como promotor de aprendizagem e do desenvolvimento passa a ser 
considerado nas práticas escolares como importante aliado para o ensino, 
já que colocar o aluno diante de situações lúdicas como o jogo pode ser 
uma boa estratégia para aproximá-los dos conteúdos culturais a serem 
vinculados na escola. (KISHIMOTO, 1994, p.13) 
Kishimoto enxerga o jogo como um aliado no ensino das crianças, pois faz 
com que se aproximem dos conteúdos disponibilizados na escola, ou seja, o 
professor que busca ensinar crianças sem fazer uso de atividades lúdicas está 
abrindo mão de algo que poderia melhorar muito os resultados do seu trabalho. 
Ao ir escrevendo este texto, ia "tomando distância” dos diferentes 
momentos em que o ato de ler se veio dando na minha experiência 
existencial. Primeiro, a “leitura” do mundo, do pequeno mundo em que me 
movia; depois, a leitura da palavra que nem sempre, ao longo de minha 
escolarização, foi a leitura da “palavramundo”. (FREIRE, 1982, p.11) 
Paulo Freire falava sobre a leitura da “palavramundo”, sobre levar em 
consideração o mundo do aprendiz, pois este é como um texto que vai dia após dia 
sendo lido e que faz sentido para o seu leitor. Esse é o seu universo, sua primeira 
12 
 
leitura, que deve ser valorizada. No caso das crianças, acreditamos que a 
brincadeira faça parte do seu cotidiano e que fará sentido para elas aprender 
brincando, de forma bem direcionada pelo professor. 
As origens das manifestações lúdicas seguem o desenvolvimento da 
inteligência, atrelada aos estágios do desenvolvimento cognitivo. Cada 
etapa do desenvolvimento está relacionada a um tipo de atividade lúdica 
que se sucede da mesma maneira para todos os indivíduos. (PIAGET, 1978 
p. 119) 
As atividades lúdicas, para Piaget, auxiliarão na fase cognitiva da criança, 
levando-a através das etapas desse desenvolvimento, com brincadeiras próprias 
para a sua faixa de idade. 
Piaget identificou três tipos de jogos que auxiliam especificamenteno 
desenvolvimento das crianças segundo sua faixa etária: 
1) Jogos de exercício: Movimentos repetidos e ações que exercitam as funções, 
tais como andar, correr, saltar... Brincadeiras funcionais que auxiliam 
principalmente no desenvolvimento motor. Automaticamente vão se tornando 
jogos de construção. 
2) Jogos simbólicos: Habilidade de estabelecer diferenças entre símbolos e seus 
significados e representações. Projeção de esquemas de imitação de objetos 
novos, segundo a imaginação da criança. 
3) Jogos de regras: Maior característica de socialização, pois geralmente as 
regras são utilizadas para que se saiba o que é certo e errado, podendo ser 
espontâneas ou transmitidas por alguém. 
 
Pensar a complexificação do jogo por meio da colaboração entre os sujeitos 
que dele participam é pensar a linguagem como comunicação por meio da 
diferença entre grupos sociais e culturais, como sinônimo de multiplicidade 
e de diversidade. (BAKHTIN, 2003) 
 
Por meio do jogo as crianças podem aprender coisas novas umas com as 
outras, além de aprenderem sobre respeito às diferenças e diversidade. Além disso, 
assim como Vygotsky, Bakhtin também valoriza muito a aprendizagem da linguagem 
e, levando em consideração a sua teoria, podemos dizer que jogos de linguagem 
contribuem com o aprendizado da língua e com o aumento da riqueza cultural das 
crianças que deles participam. 
13 
 
 De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil 
(RCNEI, 1998, p. 42) “Os jogos educativos propiciam a ampliação dos 
conhecimentos infantis de forma interdisciplinar”. Dessa forma, o jogo cumprirá, 
portanto, uma dupla função lúdica e educativa, aliando as finalidades do divertimento 
e prazer, entre outras o desenvolvimento efetivo, cognitivo, físico, social e moral, 
manifestadas em um grande número de competências: escolha de competências, 
escolha de estratégias, ações motoras, interação, observação e respeito às regras, 
permitindo a criança a construção de seu conhecimento na interação com colegas e 
com o próprio objeto de conhecimento. 
 O jogo destaca-se dentre as estratégias que a criança utiliza para construir 
seu conhecimento na infância. E a acompanha em suas modalidades distintas, nas 
mudanças de motivação e incentivo à ação de cada período de seu 
desenvolvimento. O jogo é também a estratégia que ela utiliza para separar o 
significado do objeto, construção necessária para seu conhecimento do mundo. 
 
 
O uso correto da música pode dar bons resultados na sala de aula, 
ajudando tanto na concentração quanto no relaxamento da mente e do 
corpo antes, durante e depois da realização de alguma atividade escolar. A 
música pode ser uma atividade divertida, que ajuda na construção do 
caráter, da consciência e da inteligência do indivíduo. Os sons harmoniosos 
fazem com que os alunos se divirtam, aprendendo naturalmente, sem 
pressões. Entretanto é fundamental manter um ambiente de alegria e de 
ludicidade na classe. Sem humor, o educador não experimenta o encontro 
existencial com o educando e bloqueia o próprio processo de ensino-
aprendizagem. A educação tradicional considerou virtudes como atenção, 
dedicação e responsabilidade incompatíveis com a alegria e a 
descontração. (CARDOSO, 1995) 
 
Acreditamos que a música é uma maneira descontraída e bem-humorada de 
ensinar, de forma que vem a auxiliar muito na aprendizagem das crianças. Assim 
elas podem aprender mais divertidamente, pois assim o jogo, a música faz parte do 
mundo da criança e torna o processo de ensino-aprendizagem mais proveitoso tanto 
para o professor quanto para o aprendiz. 
 
 
 
14 
 
2.1 Aplicação das Disciplinas Estudadas no Projeto Integrador 
As disciplinas que deram embasamento ao nosso trabalho foram: 
Alfabetização e Letramento e Arte e Música na Educação: Fundamentos e Práticas. 
 
Alfabetização e Letramento 
Acreditamos que a aprendizagem da leitura e da escrita depende de duas 
portas de entrada, distintas, mas indissociáveis e que necessitam ser trabalhadas ao 
mesmo tempo: ALFABETIZAÇÃO e LETRAMENTO. 
A alfabetização é a aquisição do código da escrita e da leitura. Segundo 
Magda Soares, (1999, p. 18) cita no seu livro, está se faz pelo domínio de uma 
técnica: grafar e reconhecer letras, usar o papel, entender a direcionalidade da 
escrita, pegar no lápis, codificar, estabelecer relações entre sons e letras, de 
fonemas e grafemas; a criança perceber unidades menores que compõem o sistema 
de escrita (palavras, sílabas, letras). 
Letramento é a utilização desta tecnologia em práticas sociais de leitura e de 
escrita. A harmonização dessas práticas é uma boa opção para que os professores 
desenvolvam a alfabetização e o letramento. Magda Soares propõe três norteadores 
para auxilia-los: 
 
1. Valorizar outros tipos de aprendizagem 
 
É importante, para o professor, ter a mente aberta e valorizar diversos tipos 
de aprendizagem, principalmente aquelas que sejam diferentes da tradicional cópia 
da lousa. 
O professor pode, por exemplo, promover a leitura de histórias infantis em 
roda, incentivar as crianças a contarem oralmente as histórias que escutaram em 
casa, declamar poesias enfatizando os sons e os ritmos das palavras, pode 
promover associações entre objetos, letras e sílabas, etc. 
Foucambert (1994, p. 31) afirma ser uma grande contribuição para a 
compreensão do ensino da leitura que: 
 
15 
 
Na fase de aprendizado, o meio deve proporcionar à criança toda a ajuda 
para utilizar textos “verdadeiros” e não simplificar os textos para adaptá-los 
às possibilidades atuais do aprendiz. Não se aprende primeiro a ler 
palavras, depois frases, mais adiante textos, e, finalmente, textos dos quais 
se precisa. 
 
2. Identificar em que estágio os alunos estão 
 
Cada criança tem o seu próprio ritmo de aprendizado. Há aquelas que já 
chegam na escola com contato maior e diversificado com o mundo letrado; outras, 
por outro lado, demandam maior cuidado e atenção do professor, precisando ser 
inseridas no mundo da escrita. 
Cabe ao professor saber identificar o nível de alfabetização e letramento da 
criança e guiá-la adequadamente no seu processo de aprendizado, levando em 
consideração a vivência e o contexto de vida em que cada criança se insere. 
 
3. Procurar métodos diferentes para os alunos que não estão aprendendo 
 
Muitas das dificuldades que os alunos enfrentam podem ser resolvidas com 
uma maneira diferente de ensinar. Para os alunos que não estão aprendendo com 
as práticas atuais, procure outros métodos. Diversifique o seu leque de recursos 
didáticos! 
Têm alunos que aprendem melhor assistindo às aulas. Outros são mais 
visuais, preferindo desenhar ou ver imagens. Outros, ainda, são mais táteis, 
preferindo mexer com massinha ou bloquinhos. O importante é não deixar de 
procurar métodos que sejam adequados para cada criança. 
Como diz Magda Soares, não adianta aprender uma técnica e não saber usá-
la. Diante dessas afirmativas, não podemos perder o foco e desconsiderar a 
especificidade da aquisição do sistema de escrita (ensinar a técnica), mas também 
tendo em vista as práticas sociais de leitura e escrita. 
Dessa forma, além de trabalharmos com uma diversidade de textos que 
circulam socialmente, devemos levar os educandos a construírem o sistema de 
escrita alfabético, cabendo à escola pensar em considerações tão importantes 
como: Alfabetizar letrando e letrar alfabetizando. 
 
 
16 
 
 
 Arte e Música na Educação 
Neste trabalho podemos então observar a realidade da importância da arte e 
da música na escola para o aprendizado das crianças em fase de educação infantil. 
O contexto de assimilação passa pelos mesmos princípios de que a arte e a música 
é uma motivação de grande ajuda para alunos que precisam desenvolver-se em 
áreas como interação social e facilidade de raciocínio. 
A arte e a músicapossuem um grande e importante papel na educação de 
nossas crianças, pois elas contribuem para o desenvolvimento cognitivo, psicomotor, 
linguístico e sócio afetivo, além dos mesmos serem facilitadores nos processos de 
ensino- aprendizagem. 
A arte e a musicalização em termos de educação infantil sempre estão 
relacionadas a uma motivação diferente para ensinar, em que se torna possível 
favorecer a socialização e a autoestima, pois crianças até a fase adulta estão 
construindo sua identidade, descobrindo e passando pelo auto aceitação e pelo 
desenvolvimento do gosto e do senso artístico e musical. Estejam elas pintando, 
dançando ou cantando, proporcionamos a essas crianças diversos benefícios, sendo 
esses métodos grandes aliados de seu desenvolvimento saudável. 
 Trazendo também afetividade, sendo em si uma sensação de prazer que 
possibilita a eles a expressão dos sentimentos perante os colegas e professores, 
que ao desenvolvê-los acarretam sensações de segurança, pois quando 
expressamos os sentimentos consequentemente desenvolvemos a sensação e de 
realização. 
 Atualmente, inúmeras possibilidades existem para se trabalhar a arte e a 
música, e são grandes os benefícios que elas podem oferecer quando bem 
executadas, não sendo necessários objetos caros, podendo ser diversos tipos de 
materiais acessíveis, pois muitas vezes as escolas não possuem condições para 
custos altos, que acabam não sendo viáveis para o educando e nem para o 
educador. 
 Evidenciando então que sempre há a necessidade de um trabalho com muita 
criatividade e competência que colabore com a criança, que desenvolverá também 
17 
 
sua criatividade, expressão, socialização, tudo isso acontecendo no contato com as 
outras crianças acaba sendo um convívio extremamente fortalecedor, e servindo 
então de estímulos esses alunos da educação infantil aprendendo sempre mais e 
de forma contextualizada. Para Weigel (1988, p. 15): 
 
O trabalho com a música pode proporcionar essa integração social, já que 
as atividades geralmente são coletivas e o trabalho em grupo produz 
compreensão, cooperação e participação. 
 O valor da arte e da música na educação infantil pode ser visto como uma 
parceria que dá certo e deve continuar sempre, sendo ampliada e inovada a cada 
dia com projetos e programas escolares que se integrem às comunidades, tomando 
então um rumo a uma dimensão que auxilie e ultrapassem os muros da escola. 
 
 
3. MATERIAL E MÉTODOS EMPREGADOS 
 
Este estudo foi realizado a partir da observação no ambiente escolar (sala de 
aula), entrevista com a professora da turma e registro fotográfico das crianças 
(devidamente autorizados pela instituição de ensino e pelos pais). 
Utilizamos como atividade lúdica os jogos Mexe-Mexe e Bingo das Sílabas, e 
a música “O Alfabeto” cantada e tocada no violão. 
Todos os dados e informação obtidos foram analisados criticamente e 
serviram como norteadores para a construção de todo o trabalho. 
Foram utilizados os seguintes materiais para a confecção dos jogos: 
 
Mexe-Mexe 
• caixa de fósforo 
• e.v.a. 
• imagens impressas (figuras e letras) 
• cola 
 
 
18 
 
Bingo Silábico 
• caixa de MDF 
• e.v.a. 
• cartolina 
• papel contato 
• letras impressas 
• cola 
 
 
 
4. ANÁLISES E DISCUSSÕES DOS RESULTADOS 
Há atividades que trabalham especificamente com a aquisição do sistema de 
escrita alfabética. A relação entre alfabetização e letramento é necessária, no 
entanto é preciso ter clareza de que para alfabetizar é preciso lançar mão de 
procedimentos específicos para a apropriação do sistema. 
No trabalho escolar, a brincadeira é proposta não só para divertir, mas para 
manter o aluno dedicando-se por um período maior a um mesmo tema que mereça 
atenção, ou por sua relevância, ou pela necessidade de tempo mais longo de 
dedicação. A atividade de “exercitar” no sentido de “repetir” é então, sempre que 
possível, substituída por uma brincadeira. 
Ao elaborarmos o currículo e as propostas de trabalho, não podemos nos 
esquecer dos verdadeiros protagonistas deste material: alunos que ingressam no 
Ensino Fundamental – Anos Iniciais, com suas particularidades, desenvolvimento, 
motivações, expectativas e repertórios. Normalmente essa nova etapa da 
escolarização representa para eles um desafio e uma conquista. Diante disso a 
escola deve entender que esse momento requer a adoção de ações que 
contemplem acolhimento, adaptação e socialização dos alunos. 
Nesta fase de desenvolvimento infantil, as crianças estão passando por 
mudanças não somente físicas, mas intelectuais. Elas começam a agir de forma 
mais autônoma, ampliam os movimentos corporais e o equilíbrio físico, dominam 
melhor o espaço a sua volta, apresentam linguagem oral mais desenvolvida e maior 
definição e elaboração de registros e representações. Isso significa que elas 
19 
 
apresentam condições para interagir e fortalecer sua identidade, no entanto, essas 
circunstâncias não garantem que todas tenham a segurança necessária para 
enfrentar os desafios que terão. Estando ciente dessa realidade, a escola deve 
buscar estratégias que favoreçam a aprendizagem e o desenvolvimento dos alunos. 
É de extrema importância encaminhar propostas lúdicas e brincadeiras, 
favorecendo a proximidade dos alunos com seu universo infantil e com as 
necessidades dessa fase do desenvolvimento. 
O letramento e a alfabetização fazem parte do cotidiano da sala de aula e 
devem ser planejados para que se efetivem de forma significativa. A prática de 
atividades lúdicas favorece o desenvolvimento da habilidade de leitura e a aquisição 
da escrita; por isso, o planejamento deve contemplar propostas com esse objetivo. 
Trabalhar com alunos do 1º ano significa assumir uma rotina comprometida 
com a alfabetização, entretanto, as propostas não devem se restringir a modelos 
formais do registro escrito; é preciso lançar mão de encaminhamentos que 
privilegiem uma abordagem criativa e lúdica. Assim as brincadeiras podem ser 
adaptadas e utilizadas de forma interessante nesse processo. 
Consideramos fundamental que os alunos possam elaborar suas hipóteses 
em relação à escrita que o professor lerá com tranquilidade e conhecimento de que 
se trata de produções provisórias. É preciso levar em conta que tais registros 
demandaram um esforço cognitivo do aluno e, portanto, devem ser respeitados e 
valorizados mesmo apresentando falta ou troca de letras ou separação inadequada 
de palavras. Nesse momento da aprendizagem os alunos devem se sentir seguros e 
confiantes de que estão aprendendo a escrever. 
A função do professor é viabilizar tempo e espaço intencionais de 
aprendizagem. Por isso, planejar, estudar estratégias didáticas diferenciadas, 
valorizar as produções dos alunos, considerar que o aprendizado ocorre de 
diferentes maneiras, avaliar diariamente o processo dos alunos e trabalhar para 
atingir os objetivos são alguns pressupostos que sustentam o compromisso docente. 
As questões até aqui enfocadas demostram que precisamos repensar e 
discutir nossas metodologias de alfabetização, em lugar de ressuscitar a guerra dos 
métodos tradicionais de alfabetização. Poderíamos resumir a nossa argumentação 
em: 
- Embora o emprego de métodos isolados não garanta o êxito escolar, os 
métodos tradicionais continuam sendo promotores do fracasso (ou sucesso) escolar. 
20 
 
- As tentativas de tornar didática a teoria da escrita tende por um lado, a 
negligenciar o papel da promoção das habilidades dos alunos e, por outro a não 
garantir um ensino sistemático das correspondências letra-som. 
- Se o sistema de escrita alfabético é um objeto de conhecimento em si, é 
necessário desenvolver metodologias de ensino que levem o aluno a refletir, a 
aprender e a automatizar suas convenções. A escola deve promover o 
desenvolvimento de habilidades fonológicas, em vez de esperar que aos alunossozinhos as descubram. 
- Não existe nenhuma oposição em alfabetizar e letrar ao mesmo tempo. Para 
não promover exclusão, é necessário aliar um ensino sistemático da notação 
alfabética com a vivência cotidiana de práticas letradas, que permitam ao aluno 
apropriar-se das características e finalidades dos gêneros escritos que circulam 
socialmente. 
Antigamente as alfabetizadoras tinham um método que vinha concretizado na 
cartilha, acompanhado de um manual do professor dizendo detalhadamente o que 
deveriam fazer. Não tinham uma teoria, porque aquele método era tudo: se 
adotassem o silábico, mantinham-no, na falta de uma teoria linguística ou 
psicológica que justificasse ser aquele o melhor método ou aquela melhor sequência 
de aprendizado. A verdade era o que dizia a cartilha. 
 
4.1 Protótipo 
Jogo do Mexe-Mexe 
O jogo do mexe-mexe é uma atividade em aparecem um desenho e todas as 
letras que compõem o nome dele. O jogo foi confeccionado com caixinhas de fósforo 
e figuras impressas, sendo que cada caixinha contém as letras que compõem a 
respectiva figura. 
A proposta do trabalho com o jogo tem como objetivo variar a estratégia 
didática e também reforçar conceitos e conhecimentos trabalhados durante a aula, 
auxiliando o aluno a avançar no domínio da escrita. 
É uma brincadeira para que se reflita sobre a escrita e o professor pode estar 
fazendo intervenções pontuais para que o aluno consiga progredir. 
 
21 
 
 Fotografia 1- Jogo do Mexe-Mexe 
 
 Fonte: Bruna Letícia Paixão (2019) 
 
 
Bingo das Sílabas 
A finalidade desse jogo foi de desenvolver a consciência fonológica, por meio 
da exploração e identificação dos sons das sílabas iniciais de diferentes palavras e 
da escrita das sílabas iniciais, mediais e finais em palavras lacunadas. 
Utilizamos nessa brincadeira cartelas de bingo contendo uma consoante + 
vogal que formam uma sílaba; uma caixa contendo as fichas com as sílabas; 
marcadores para o bingo (foram usadas bolinhas feitas de e.v.a.). 
O objetivo desse jogo foi ajudar os alunos com dificuldades nos níveis pré-
silábicos e silábicos a identificar as sílabas de algumas palavras, o valor sonoro, e 
reconhecer que as palavras são segmentadas em sílabas. Os alunos pré-silábicos 
têm dificuldades somadas ao fato de não conseguirem reconhecer que a escrita 
representa os sons da fala. Podemos citar como exemplo: na palavra GATO é 
necessário para formar a sílaba GA a consoante G + a vogal A. 
22 
 
 Figura 2: Jogo do Bingo Silábico 
 
 Fonte: Página do Pinterest¹ 
_______________________ 
¹Disponivél em: <https://www.pinterest.ch/pin/584693964092823195/?lp=true>. Acesso em 
29 out. 2019 
 
 
 
 
Música “O Alfabeto” 
Foi escolhida e cantada com os alunos, a música “O Alfabeto” de Aline 
Barros, com o objetivo de ajuda-los a conhecer o alfabeto e compreender as 
diferenças entre escrita e outras formas gráficas (letras e símbolos), a ampliar o 
conhecimento quanto à leitura e à escrita, a desenvolver a partir da música a 
interpretação, a produção textual e a memorização, e a identificar rimas, estrofes e 
versos. 
Nessa atividade apresentamos a música aos alunos, sendo que um 
integrante do grupo tocou violão e cantou para eles; fizemos a leitura das letras 
usadas na composição e a cantamos novamente com os alunos. 
Verificamos que eles fizeram a distinção entre as letras e os outros sinais 
gráficos e reconheceram o alfabeto. 
 
 
 
https://www.pinterest.ch/pin/584693964092823195/?lp=true
https://www.pinterest.ch/pin/584693964092823195/?lp=true
23 
 
O Alfabeto 
A, B, C, D, E, F, G, H 
I, J, L, M, N, O, P, Q, 
R, S, T, U, V, X e Z 
 
Eu já aprendi. Quer ver? 
Vou mostrar pra você, 
O alfabeto eu aprendi 
Vou cantar, pode crer 
 
A, B, C, D, E, F, G, H 
I, J, L, M, N, O, P, Q, 
R, S, T, U, V, X e Z 
 
O alfabeto eu aprendi 
Jesus me deu sabedoria 
As letrinhas vou usar 
Dia e noite, noite e dia. 
 
A, B, C, D, E, F, G, H, 
I, J, L, M, N, O, P, Q, 
R, S, T, U, V, X e Z 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
5. Considerações 
Concluímos a partir desse estudo que por meio de jogos e brincadeiras, 
consegue-se contribuir para a construção de diversas aprendizagens, sejam 
relacionadas a conteúdos pré-estabelecidos ou socias, de maneira prazerosa e 
proveitosa para as crianças, centrada na necessidade delas. 
A colaboração mútua que ocorre durante as atividades lúdicas contribui de 
forma significativa para a construção da socialização, principalmente nesta faixa 
etária, sendo a Educação Infantil uma etapa de ensino com objetivos humanos e 
sociais. É uma pesquisa útil para a reflexão sobre o papel da ludicidade no cotidiano 
das aulas. 
O objetivo não foi encontrar receitas prontas, mas sim refletir e incentivar 
práticas pedagógicas envolvendo a ludicidade na busca de uma escola formadora 
de cidadãos, contribuindo na constituição social de seus alunos. 
 A partir do ato de brincar é aonde as crianças aprendem agir, ao brincar, as 
crianças não estão apenas explorando o espaço à sua volta, mas sim também 
desenvolvendo suas próprias identidades representando assim sua realidade e suas 
experiências adquiridas, pois acabam expressando seus sentimentos, emoções, 
imaginação, fantasia, atenção, concentração e a logica, além de outros inúmeros 
benefícios para o desenvolvimento até sua adolescência. Os jogos têm um grande e 
claro papel no ambiente escolar, apoiado e atuante positivo na saúde mental e do 
bem-estar emocional dos alunos, podendo então concluir que desta maneira as 
brincadeiras aliadas a educação posteriormente contribuem potencialmente para o 
desenvolvimento cultural, social e econômico de nossa sociedade como um todo. 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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http://comoeducarseusfilhos.com.br/blog/letramento-o-vilao-da-alfabetizacao-no-brasil/
https://www.construirnoticias.com.br/a-utilizacao-da-musica-como-ferramenta-no-ensino-aprendizagem/
https://www.construirnoticias.com.br/a-utilizacao-da-musica-como-ferramenta-no-ensino-aprendizagem/
https://www.construirnoticias.com.br/a-utilizacao-da-musica-como-ferramenta-no-ensino-aprendizagem/
https://www.construirnoticias.com.br/a-utilizacao-da-musica-como-ferramenta-no-ensino-aprendizagem/
26 
 
__________ O Nascimento da Inteligência na Criança. Rio de Janeiro: Zahar, 
1978. 387p. 
PORTAL DA EDUCAÇÃO. A importância da música na educação infantil. Disponível 
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PRÓ-LETRAMENTO: Programa de formação Continuada de professores dos 
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SANTOS, S. M. P., Brinquedoteca: sucata vira brinquedo. Porto Alegre: Artes 
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SOARES, M. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte, Autêntica, 
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VYGOTSKY. L. S. Obras escogidas. V. Madrid: Centro de Publicaciones Del MEC y 
Visor Distribuciones, 1997 
 ___________. A Formação Social da Mente, Martins Fontes 7edição 2007, São 
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WEIGEL, A. M. G., Brincando de Música: Experiências com Sons, Ritmos, Música 
e Movimentos na Pré-Escola. Porto Alegre: Kuarup, 1988 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
ANEXOS 
 
Fotografia 3: Alunos do 1º ano EF dá EM Pedro de Oliveira Brandão 
 
Fonte: Professora Márcia (2019) 
 
 Fotografia 4: Apresentação do grupo 
 
 Fonte: Adriana Bordin Silva (2019) 
28 
 
 
Fotografia 5: Brincando com o Jogo Mexe-Mexe 
 
Fonte: Joe Peterson de Queiroz (2019) 
 
 
 Fotografia 6: Brincando com o Bingo Silábico 
 
 Fonte: Tamarys Maiara Paulino (2019) 
29 
 
 Fotografia 7: Cantando a Música "Alfabeto" 
 
 Fonte: Sibele Aparecida de Almeida (2019) 
 
Fotografia 8: Jogo Mexe-Mexe - Palavra formada de acordo com a figura 
 
Fonte: Patricia Vilas Boas (2019) 
 
30 
 
Fotografia 9: Crianças cantando 
 
Fonte: Bruna Letícia Paixão (2019) 
 
 
 Fotografia 10: Cantando o Alfabeto 
 
 Fonte: Patricia Vilas Boas (2019) 
31 
 
Figura 11: Mapa da Classe 
 
Fonte: Professora Márcia (2019)

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