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20/02/2020 1 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL → Estado nutricional: *Condição de saúde do indivíduo ou população influenciada pelo consumo e utilização de nutrientes identificada pela correlação de informações obtidas de estudos físicos, clínicos, bioquímicos e dietéticos. Correlacionam parâmetros diretos e indiretos da situação nutricional ⇒ OBJETIVO DA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL → Evidenciação de deficiências globais ou isoladas de nutrientes Classifica os indivíduos em níveis graduados de estado nutricional. * Instrumento para determinação da terapêutica clínica ou dietética a ser empregada para correção de déficits nutricionais. * Identifica pacientes com risco de complicações associadas ao estado nutricional para que se possa estabelecer terapia nutricional adequada e monitorizar a eficácia da intervenção dietoterápica. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL → Estado nutricional: * Expressa o grau no qual as necessidades fisiológicas por nutrientes estão sendo alcançadas 1- para manter a composição e funções adequadas do organismo 2- resultando em equilíbrio entre ingestão e necessidade de nutrientes ⇒ Alterações do estado nutricional= desnutrição clínica ou subclínica ⇑ morbi-mortalidade Desnutrição X complicações = infecção, ⇓ imunidade, ⇓ cicatrização de feridas, falência celular e metabólica. 20/02/2020 2 Métodos de avaliação do estado nutricional Métodos diretos: 1- Exames antropométricos: corpo total- peso, estatura, dobra cutânea, perímetros braquiais, torácico, cintura, peso ao nascer, peso gestacional, IMC, etc. 2- Exames laboratoriais- taxa de hemoglobina, albumina, linfócitos, transferrina, uréia, glicose, etc. 3- Exames clínicos : semiológicos /propedêutica- sinais clínicos e sintomas. 4- Exames de imagem : anatômico- Ativação de neutrons, contagem de potassio radiotivo ; molecular- DEXA, BIA; celular: Diluição traço; tecidual: tomografia, ressonancia magnética, ultrassom, creatinine urinária 24 h Métodos indiretos 1-Inquéritos de consumo alimentar ( dietéticos, balanço alimentar, disponibilidade) 2- Estudos demográficos ( população por sexo, faixa etária e atividade; tamanho da família, morbidade, mortalidade,etc. 3- Inqquéritos sócioeconômicos- salário, renda familiar, ocupação, escolaridade, hábitos, saúde etc. Fonte: Duarte , 2007. Dimensão biológica do estado nutricional Expresso dentro de três manifestações orgânicas: Produzidas pelo equilíbrio entre consumo e necessidades nutricionais ( normalidade nutricional = Eutrofia). Pela insuficiência qualitativa e ou quantitativa de consumo de nutrientes em relação às necessidades nutricionais: (carências nutricionais- Desnutrição, hipovitaminoses e de minerais). Pelo excesso ou desequilíbrio de consumo de nutrientes em relação às necessidades nutricionais (distúrbios nutricionais/metabólicos: obesidade, sobrepeso). 20/02/2020 3 Processo de avaliação nutricional = sequência de condutas e eventos Quem se pretende atender ? Qual a razão para o atendimento? Quais os problemas nutricionais possíveis de serem identificados? A partir das informações obtidas será traçado o perfil nutricional do individuo ou grupo avaliado (= diagnóstico) A partir das informações obtidas será possível definir condutas relacionadas à elaboração de planos alimentares, planos educativos ou prescrição de Suplementos e/ou complementos nutricionais Diagnóstico Avaliação intervenção Síndromes de deficiências clínicas Deficiência nutricional clássica Síndrome complexa de sinais e sintomas típicos de carência de micronutrientes * Base para identificação de oligoelementos + vitaminas compreensão das conseqüências nutricionais destas deficiências e a importância da ingestão. • Ocasiona estado nutricional subótimo- penalidade metabólica e fisiológica • metabolismo alterado • Deficiências teciduais localizadas e especificas • Alterações patológicas Deficiências subclínicas Fonte: Aydos e Akamine, 2007 Alterações patológicas associadas a desnutrição Categorias Alterações patológicas Mudanças no peso corporal 20% acima do peso ideal (PI); 10% abaixo, 10% de perda de peso em menos de 6 meses ↑ das necessidades metabólicas Febre, infecção, hipertireoidismo, queimaduras, cirurgia e trauma ↑ das perdas de nutrientes Fístulas do TGI, sangramento crônico, diálise, enteropatia exsudativa, queimaduras Doenças crônicas Diabetes, Câncer, HAS, psicose, epilepsia, coronariopatias, ulceras, coma dislipidemias. Doenças e cirurgias do TGI Insuficiência pancreática, mal absorção, diarréia grave, fistulas do TGI, ressecção estomacal ou do TGI Fármacos Insulina ou agentes hipoglicemiantes, corticóides, anticoagulantes, diuréticos, antiácidos, contraceptivos, antidepressivos, antineoplásicos 20/02/2020 4 Componentes do nível molecular de composição corporal MEDIDAS CORPORAIS E ANTROPOMETRIA MEDIDAS CORPORAIS 20/02/2020 5 Conceitos importantes Prognóstico nutricional- predição nutricional; conhecimento antecipado realizado pelo nutricionista baseado no diagnóstico nutricional individual ou populacional. Em caráter individual avalia as possibilidades terapêuticas mais eficientes para boa evolução clínica e para o curso do tratamento; Não há prognóstico sem diagnóstico. Fatores prognósticos- Condições associadas com o desfecho da doença e que fatores de risco marcam um pior prognóstico (conduzidaos com pessoas sadias) Conceitos importantes Medidas de prognóstico- taxa que representa a proporção de individuos que experiemntam o evento, o desfecho de uma situação clinica sobre os individuos suscetíveis. Sobrevida- expectativa de vida; número de anos que pode esperar viver Longevidade- Expectativa de duração de vida Letalidade- Possui como denominador o número de pessoas atingidas pela doença e como o numerador os óbitos. Mortalidade- Número de óbitos em relação ao número de habitantes Remissão- Fase da doença em que não há mais sinais. Recidiva- Quando não há cura completa da doença � Terapia nutricional baseada em evidência (TNBE) = se apoia nos princípios da medicina baseada em evidência (MBE) que é definida como o elo entre a pesquisa científica de boa qualidade e a prática clínica. �TNBE e MBE = utilizam as evidências científicas atualizadas para possíveis aplicações de seus resultados na prática profissional, levando em consideração os seguintes conceitos: 20/02/2020 6 ·Efetividade: tratamento que funciona em condições de aplicação real. ·Eficiência: tratamento de baixo custo e acessível para que os pacientes possam usufruir. ·Eficácia: tratamento funciona em condições de aplicação ideal. ·Segurança: quando uma intervenção possui características confiáveis que tornam improvável a ocorrência de algum efeito indesejável para o paciente. Avaliação adulto Antropometria Peso ( atual, usual, ideal, ajustado, % perda, adequação, estimativa e mudança de peso) Estatura, altura do joelho IMC CB, CMB, PCT Edema e ascite PESO Índice de Massa Corporal (IMC) � Índice de Quetelet � Estado nutricional → P:A � Limitações IMC = peso ou massa corporal (kg) estatura (m)2 20/02/2020 7 IMC Exemplo 1: � IMC= 71,0 (1,75)2 • Exemplo 2: – IMC= 65,0 (1,55)2 = 23,18 kg/m2 = 27,06 kg/m2 Limites de corte para Índice de Massa Corporal (IMC) de maiores de 19 anos Fonte: WHO (1995); WHO (1997). Pontos de corte conforme idade e Índice de Massa Corporal (IMC) Fonte: Food and Nutrition Board (1989). 20/02/2020 8 Classificação do EN Duarte, 2003. • Avaliação nutricional Dobre subescapular – P50 Idade M F 18-24- 11 13 25-34- 14 14,5 35-44 16 17 45-54 16,5 20 55-64 15,5 20 65-74 15 18 20/02/2020 9 ESTIMATIVA DO PESO TEÓRICO OU PESO SAUDÁVEL Baseado no IMC, segundo West (1980): Sexo feminino = estatura (m)2 x 21 Sexo masculino = estatura (m)2 x 22 PESO TEÓRICO (PT) OU DESEJÁVEL Exemplo 1: PT= (1,75)2 x 22 = 67,38 kg = 50,45 kg • Exemplo 2: PT= (1,55)2x 21 PT= (1,55)2 x 26,5 Média dos pontos de corte de IMC normal para idosos (24 a 29 kg/m2) = 63,67 kg 20/02/2020 10 Avaliação adulto Parâmetros bioquímicos 3 metil histidina urinária- catabolismo muscular Proteínas de síntese hepática- restrição alimentar prolongada, jejum, injúrias (albumina, globulina, transferrina, pré-albumina, proteínas transportadoras de retinol) Proteínas de fase aguda ( PCR, haptoglobina, somatomedina C, antiestreptolisina O,fibrinogênio, ceruloplasmina Inquéritos dietéticos Balanço nitrogenado, índices prognósticos, competência imunológica AVALIAÇÃO NUTRICIONAL Para melhor precisão e a acurácia do diagnóstico nutricional é necessário empregar vários indicadores (Chemin) DESCRIÇÃO DOS MÉTODOS: 1. ANTROPOMETRIA → É a medida do tamanho corporal e de suas proporções � É o método preconizado pela vigilância nutricional, aplicável em todos os ciclos de vida e permite a classificação de indivíduos/ grupos em graus de nutrição. � MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS → Indicador direto do estado nutricional * Vantagens: + barato, + simples, fácil obtenção e padronização, utilização de técnicas não invasivas * Limitações: Incapaz de detectar alterações recentes no EN e identificar deficiências específicas de nutrientes 20/02/2020 11 1.1 – PESO: É a soma de todos os componentes corporais e reflete o equilíbrio proteico-energético do indivíduo Considera-se: a) Peso Atual (PA) b) Peso Usual (PU) c) Peso Ideal (PI) ou Desejável IMC: PI= IMC médio x Est (m2) Onde, IMC Médio (Duarte, 2007): * Homens = 22 Kg/m2 * Mulheres = 20,8 Kg/m2 d) Adequação do Peso: % de adequação do Peso atual em relação ao Peso ideal ADEQ. DO PESO (%) = PA X 100 PI Obesidade> 120 Sobrepeso110.1-120 Eutrofia90.1-110 Desnutrição Leve80.1-90 Desnutrição Moderada70.1-80 Desnutrição Grave≤ 70 ENADEQ. DO PESO (%) Blackburn & Thornton, 1979 e) Peso Ajustado → É o Peso Ideal CORRIGIDO para determinação da necessidade energética e de nutrientes quando a adequação do peso for inferior a 95% ou superior a 115%. Peso Ajustado= (PA – PI) x 0.25 + PI f) Mudança de peso recente→ A perda de peso involuntária constitui uma importante informação para avaliar a GRAVIDADE DO PROBLEMA DE SAÚDE. Alta correlação com a morbidade e mortalidade. Perda de peso (%)= (PU – PA) x 100 PU 20/02/2020 12 Significância da Redução de peso em relação ao tempo (Chemin, 2007; Cuppari, 2005) >10106 meses >7.57.53 meses > 551 mês > 21-21 semana Perda grave de peso (%) Perda significativa de peso (%) TEMPO Blackburn, 1977; ASPEN, 1993 g) Estimativa de Peso Real de pacientes com Edema (Duarte, 2007) Permite o cálculo do Peso Seco. Edema Local Excesso de Peso Hídrico + Tornozelo 1Kg + + Joelho 3 a 4 Kg + + + Base da coxa 5 a 6 Kg + + + + Anasarca 10 a 12 Kg h) Peso Ideal para amputados → Subtrair o peso da extremidade amputada do peso calculado (Waitzberg, 2002; Cuppari, 2005) � Fórmula para corrigir o peso em paciente amputado: P real= (100% - % do segmento amputado) x peso ideal 100 20/02/2020 13 � Porcentagens do peso correspondente a cada segmento do corpo: � Porcentagens do peso correspondente a cada segmento do corpo: Membro Amputado % de Peso (Waitzberg, 2002; Cuppari, 2005) Cabeça 8 % Tronco 50 % Braço inteiro 5 % Braço até cotuvelo 2,7 % Antebraço 1,6 % Mão 0,7 % Perna inteira 16 % Perna até o joelho 10,1 % Joelho até o tornozelo 4,4 % Pé 1,5 % Protocolo: O avaliado deve se posicionar em pé de costas para a escala da balança, com afastamento lateral dos pés, estando a plataforma entre os mesmos. Em seguida, coloca-se sobre e no centro da plataforma, ereto e com o olhar num ponto fixo à sua frente. Deve usar o mínimo de roupa possível. É realizada apenas uma medida (Filho,2003). 20/02/2020 14 Precauções: Verificar o nivelamento do solo sobre o qual vai ser apoiada a balança. O simples desnivelamento pode mudar uma medida, constituindo um fator de erro; Aferir a balança, utilizando a ajustagem da tara para encontrar o perfeito equilíbrio (caso não seja do tipo digital); Recomenda-se que seja calibrada a cada 10 pesagens; Realizar apenas uma medida, que será anotada em Kg, com aproximação de 100g (Filho, 2003). 1.2-ESTATURA: Pode ser obtida por via direta ou indireta (Duarte, 2007; Cuppari, 2005) DIRETA – método utiliza estadiômetro ou antropômetro e o indivíduo deve ser capaz de ficar em pé INDIRETA – Extensão dos braços (envergadura); Método da hemi-chanfradura; Altura deitado (fita métrica); Altura do joelho (cm): H: 64,19 - (0,04 x I) + (2,02 x alt joelho) M: 84,88 - (0,24 x I) + (1,83 x alt joelho) (Chumlea, 1985) Obs.: Idosos: Achatamento das vértebras, redução dos discos intervertebrais, cifose dorsal, arqueamento dos MMII e do arco plantar → Método Indireto é mais fidedigno!!! Material: Fita métrica fixada à parede; estadiômentro de madeira. Protocolo: O avaliado deve estar na posição ortostática(PO): em pé, posição ereta, braços estendidos ao longo do corpo, pés unidos, procurando por em contato com o instrumento de medida as superfícies posteriores do calcanhar, cintura pélvica, cintura escapular e região occipital. A medida é feita com o avaliado em apnéia inspiratória de modo a minimizar possíveis variações sobre esta variável antropométrica. A cabeça deve estar orientada segundo o plano de frankfurt, paralela ao solo. A medida será feita com o cursor em ângulo de 90 em relação à escala. Permite-se ao avaliado usar roupas, exigindo que esteja descalço (Filho, 2003). 20/02/2020 15 1.3- IMC (Índice de Quetelet): É o índice simples de estado nutricional, recomendado pela OMS, especialmente p/ adultos, calculado a partir da fórmula: IMC = PA (Kg) Est (m2) # Limitações: - usado para adultos - Não distingue o peso associado ao músculo ou à gordura corporal - Não expressa a influência na saúde ocasionada pela distribuição de gordura corporal Classificação do Estado Nutricional Adultos (OMS-1995 e 1997) IMC Classificação Risco de Co- Morbidades < 16 Magreza Grau III Alto 16-16.9 Magreza Grau II Moderado 17-18.4 Magreza Grau I Baixo 18.5-24.9 Eutrofia 25.0-29.9 Pré-obeso Baixo 30.0-34.9 Obesidade Grau I Moderado 35.0-39.9 Obesidade Grau II Alto ≥ 40 Obesidade Grau III Muito Alto Obs.: Adolescentes (OMS/95): Considerando a variabilidade das medidas de peso e altura têm sido propostos percentis de IMC por faixa etária e sexo com os seguintes pontos de corte: (Chemin, 2007) Obs.: OMS considera obesos, os adolescentes com: IMC > P 85 + PCSE e PCT > P 90 → Difere o excesso de peso à custa de aumento de massa muscular (comum nos adolescentes atletas) (Chemin, 2007) Percentil (IMC) Classificação < P 5 Baixo Peso P 5 – P 85 Normal P 85 – P 95 Sobrepeso > P 95 Obesidade 20/02/2020 16 Classificação do Estado Nutricional Idosos (OMS-1995 e 1997) ( Cuppari, 2005; Sisvan, 2004) IMC CLASSIFICAÇÃO < 22 Magreza ≥ 22 - 27 Eutrofia > 27 Excesso de Peso PERIMETRIA Material necessário: Fita métrica (de preferência metálica) com precisão de 0,1 cm. Precauções: • Marcar corretamente, os pontos dos perímetros utilizando lápis dermatográfico ou caneta; Medir sempre num ponto fixo, pois a variação aponta erros; Medir sempre sobre a pele nua; Nunca utilizar fita elástica ou de baixa flexibilidade; Não esquecer o dedo entre a fita e pele; Não dar pressão excessiva nem deixar a fita frouxa; Realizar três medidas e calcular a média; Não medir o avaliado após qualquer tipo de atividade física. Perímetros: 1.4- Circunferência do Braço: representa a soma das áreas constituídas pelos tecidos ósseos, muscular e gorduroso do braço. Recomendado pela OMS, para estimativa da ptn muscular esquelética. Os valores obtidos são comparados com valores de referência do NHANES I. (Frisancho, 1990) Adeq. da CB (%)= CB obtida (cm) x 100 CB percentil 50 > 120110- 120% 90- 110% 80- 90% 70-80%< 70%CB OBESI DADE SOBRE PESO EUTROFDESN. LEVE DESN. MODERA DA DESN. GRAVE Blackburn & Thornton,1979 20/02/2020 17 1.5-Circunferência Musculardo braço (CMB): Avalia a reserva de tecido muscular. CMB (cm) = CB(cm) - π x [ PCT (mm) / 10] Adeq. da CMB: % = CMB obtida(cm) x 100 CMB percentil 50 90%80-90%70-80%< 70%CMB EUTROFDESN. LEVE DESN. MODERA DA DESN. GRAVE Blackburn & Thornton,1979 1.6- Área Muscular do Braço corrigida (AMBc): avalia a reserva de tecido muscular corrigindo a área óssea (+ adequada que a CMB) Homem – AMBc (cm2)= [CB(cm)-π x PCT (mm) / 10]2 - 10 4 π Mulher – AMBc (cm2)= [CB(cm)-π x PCT (mm) / 10]2 – 6.5 4 π Percentil< 5Percentil entre 5 e 15 Percentil > 15 AMBc DESN. GRAVEDESN.LEVE/ MODERADA NORMAL Frisancho, 1990 1.7- Pregas Cutâneas: A + utilizada é a PCT. Adeq. da PCT(%)= PCT obtida (mm) x 100 PCT percentil 50 > 120110- 120% 90- 110% 80- 90% 70-80%< 70%PCT OBESI DADE SOBRE PESO EUTROFDESN. LEVE DESN. MODERA DA DESN. GRAVE Blackburn & Thornton,1979 20/02/2020 18 # Valores de PCT (mm), simplificado: Proposto por Jelliffe Obs.: Limitação: → Em idosos a gordura corporal se distribui na região abdominal e intramuscular. Assim esta dobra e suas medidas NÃO PREDIZEM com a acurácia a gordura corporal total! JELLIFFE, 1966 Sexo Padrão 90% 80% 70% 60% Homens 12,5 11,3 10,0 8,0 7,5 Mulheres 16,5 14,9 13,2 11,6 9,9 1.8-Indicadores de distribuição de gordura corporal: Estudos indicam que a distribuição da gordura pelo corpo é mais importante que a gordura corporal total na determinação do risco individual de doenças. # Tipos de gordura: ANDRÓIDE (gordura abdominal) → Maior risco GINÓIDE (gordura concentrada na região dos glúteos e quadris) # Indicadores: 1.8.1- RAZÃO CINTURA-QUADRIL RCQ = Circunf. da cintura Circunf. do quadril ⇒ Alto Risco!!! * Mulher: RCQ > 0.85 * Homem: RCQ > 1.0 1.8.2- CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA: Boa correlação c/ IMC, e parece predizer melhor o tecido adiposo visceral MUITO ELEVADO ≥ 102 cm≥ 94 cmHomem ≥ 88 cm≥ 80 cmMulher ELEVADO Risco de complicações metabólicas associadas à obesidade OMS, 1998 20/02/2020 19 1.9 – DIÂMETROS ÓSSEOS: Medidas biométricas realizadas em projeção entre dois pontos considerados. Importante para avaliar o crescimento e desenvolvimento ósseo. Material: Paquímetro ou antropômetro, com tamanhos variáveis, dependendo do segmento a ser medido. Precauções: � O antropômetro não deve ficar frouxo, nem fazer pressão excessiva; � O resultado é dado em cm com precisão de 0,1 cm. (Filho, 2003) 2. COMPOSIÇÃO CORPORAL (Direto) # Métodos de aferição dos compartimentos: - Desvantagens: Alto custo, requerem alta tecnologia, local apropriado, avaliadores especializados, além de algumas técnicas serem invasivas. # Métodos diretos de avaliação da composição corporal: - Pregas cutâneas (PCB, PCT, PCSE, PCSI): caracterizam a gordura corporal - Somatório dos valores das dobras cutâneas - Fórmulas específicas → % Gordura - Bioimpedância elétrica (BIA) → Baseado no princípio da condutividade elétrica (+ importante) - Água e Eletrólitos conduzem eletricidade - Tecido adiposo → Isento de água → Maior resistência - Modelo: Eletrodos colocados na mão e punho D e pé e tornozelo D (Tetrapolar) - Dados necessários: Idade, Sexo, Peso, Altura Fornece valores de: massa gorda, % de gordura, massa magra, água corporal total, metabolismo energético basal, recomendação de peso ideal e gordura total (Chemin, 2007) 20/02/2020 20 Bioimpedância (cont) * Vantagens: Auxilia também na identificação do estado de hidratação do indivíduo, relativamente simples, barata, rápida e não-invasiva * Desvantagens: Os resultados podem ser afetados por: alimentação, ingestão de líquidos, desidratação ou retenção hídrica (AFETADO PELO EQUILÍBRIO HÍDRICO→FALHO PARA ATLETAS), uso de diuréticos, exercício físico, vigência de alterações metabólicas ou estados críticos, inflamação, (pela alteração da integridade da membrana celular), etc. Além de ser pouco sensível para predizer alterações da composição corporal em curtos períodos de tempo!! Protocolo: Não utilizar medicamentos diuréticos nos 7 dias que antecedem o teste; Manter-se em jejum nas 4 horas que antecedem o teste; Não ingerir bebidas alcoolicas nas 48 horas anteriores ao teste; Não realizar atividades físicas extenuantes nas 24 horas anteriores ao teste; Urinar pelo menos 30 minutos antes do teste; Permanecer pelo menos 5 a 10 minutos deitado na posição de realização do teste, em total repouso antes da execução do mesmo. - Pesagem Hidrostática (ou Hidrodensitometria) → Determina a gordura corporal pela medida da densidade corporal de uma pessoa. Como a gordura é menos densa e mais flutuante na água do que a massa magra, quanto menos uma pessoa pesar debaixo d`água, maior o teor de gordura corporal. * Vantagens: É considerado padrão ouro para medir a composição corporal • Desvantagens: Alto Custo!! - Absortometria de Raios X de dupla energia (DEXA) (Costa, 2002). 20/02/2020 21 OBJETIVO DA AVALIAÇÃO DO CONSUMO ALIMENTAR: “Identificar os distúrbios nutricionais, possibilitando uma interpretação adequada de forma a auxiliar na recuperação e/ou manutenção do estado de saúde do indivíduo” (Cuppari, 2005) “ Identificar aqueles que necessitam de apoio nutricional mais intenso; recuperar ou manter o estado nutricional do indivíduo; identificar TN apropriada e monitorar a eficácia dessa terapia” (Krause, 2005) CONTEÚDO DA ENTREVISTA 1. Histórico sócioeconômico- cultural 2. Histórico familiar 3. Histórico clínico: doenças pregressas; doença atual; revisão dos sistemas corporais 4. Histórico nutricional 5. História alimentar ou dietética 6. recordatório 24 h; registro ou diário alimentar; frequencia alimentar CONSUMO ALIMENTAR (indicador indireto): # Validade e reprodutibilidade dependem da habilidade do investigador e cooperação do investigado # Melhor método a ser utilizado depende da população- alvo e o propósito da investigação ( objetivos do estudo, caracteristicas da população, idade, escolaridade, nivel sócioeconômico, moradia, recursos humanos e materiais, tempo de entrevista) 20/02/2020 22 4. CONSUMO ALIMENTAR # Considerar: O objetivo refere-se ao consumo atual (ou recente) ou habitual?? # Se deseja avaliar o consumo de nutrientes ou de alimentos ? # Se deseja avaliar indivíduos ou grupo de indivíduos ?? Instrumentos utilizados: 1-Recordatório de 24 h 2-Diário alimentar 3-Questionário de frequencia alimentar 4- História alimentar # MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DO CONSUMO: 4.1 – Retrospectivo 4.1.1- RECORDATÓRIO DE 24h * Vantagens: Rapidez e facilidade; baixo custo; não altera dieta usual do indivíduo; não exige alto grau de escolaridade do grupo analisado; pode ser usado p/ estimar o VET da dieta e a ingestão de macronutrientes. * Desvantagens: Depende da memória; erros de indução; a ingestão prévia das últimas 24 h pode ser atípica; omissão de bebidas e lanches; não fornece dados quantitativos precisos sobre a ingestão de nutrientes; pode ocorrer sub ou superestimação 4.1.2- QUESTIONÁRIO DE FREQUÊNCIA ALIMENTAR * Fornece dados qualitativos e não quantitativos da dieta * Vantagens: Baixo custo; pode ser auto administrado; descreve padrões de ingestão alimentar; capaz de associar alimentos com patologias * Desvantagens: Não fornece informações sobre quantidade consumida; pode ocorrer subestimação; necessidade de computadores e programas específicos 4.1.3- HISTÓRIA DIETÉTICA * Informações mais detalhadas * Vantagens: considera modificações sazonais; fornece detalhes sobre qualidade e quantidade de alimentos; boa descrição da ingestão usual * Desvantagens: depende da memória; exige tempo 20/02/2020 23 4.2 – Prospectivo 4.2.1 – Registro Alimentar Estimado (Medidas caseiras) * Registro de todo alimento e bebida ingeridos em um período (1 dia a 1 semana), incluindo final de semana * Vantagens: Independe da memória; maior acurácia e precisão quantitativa dos alimentos; identifica tipo e preparações e horários das refeições * Desvantagens: Interferência no padrão alimentar; requer tempo; exige que o indivíduo saiba ler e escrever; subestimação; exige motivação.4.2.2 – Registro Alimentar Pesado * Vantagens: Alta acurácia do tamanho das porções e dos nutrientes ingeridos * Desvantagens: Alto custo; exige tempo; pode restringir a escolha dos alimentos; influenciar o consumo nos dias de registro 5.AVAL. SUBJETIVA GLOBAL (ASG) - Detsky e cols, 1987 * Método simples, rápido, em forma de questionário, baixo custo * Componentes da ASG: HISTÓRIA CLÍNICA EXAME FÍSICO (Waitzberg, 2002; Krause, 2005; Chemin, 2007) 1) História clínica: - Mudança de Peso: Perda de peso nos últimos 6 meses (PH do paciente há 6 meses e seu PA) AP (Kg)= PH - PA AP= alteração de peso % AP= 100 x (PH - PA) PH= Peso habitual PH PA= Peso atual * Perda de até 5% → Pequena * Perda de 5 a 10% → Potencialmente significativa * Perda acima de 10% → Definitivamente significativa ⇒ Alterações na ingestão alimentar (não intencionais): Duração, tipo de modificação (volume, consistência ou jejum) ⇒ Presença de sintomas GI significativos (+ 2 semanas): Náuseas, vômitos, disfagia, odinofagia, diarréia, dor abdominal, anorexia,... 20/02/2020 24 ⇒ Avaliação da capacidade funcional do paciente: Duração e grau de diminuição da atividade (deambulando? acamado?) ⇒ Demanda metabólica da acordo com diagnóstico 2) Exame Físico: ⇒ Perda de gordura subcutânea: Tríceps, visualização dos tendões, arcos costais, áreas inter-ósseas e palmares das mãos, aparência retangular dos ombros, clavículas... ⇒ Perda de massa muscular: Palpação da musculatura deltóide e quadríceps ⇒ Presença de líquido no espaço extravascular: Edema tornozelo, reg.sacral, ascite * A combinação desses parâmetros subjetivos, classifica os pacientes em: -Bem nutrido (Ex.: < 17 pontos) -Desnutrido leve/moderado (Ex.: < 22 pontos) -Desnutrido grave (Ex.: > 22 pontos) * Desvantagens: - Necessidade de experiência do observador - Ausência de critérios quantitativos 3. PARÂMETROS BIOQUÍMICOS (indireto) ⇒É importante uma vez que evidencia alterações precoces, antes de lesões celulares e/ou orgânicas ⇒As análises destes marcadores são realizadas nos líquidos biológicos, sangue, urina e saliva (Lac, 2004) ⇒Limitações: uso de algumas drogas, condições ambientais, estado fisiológico, estresse, injúria e inflamação 3.1- PTNS TOTAIS: a redução da [ ] sérica de ptn, pode ser um bom indicador de DEP REF.: 6,4 – 8,1 g/dL ⇒Limitações: variações do estado de hidratação, hepatopatias, hipercatabolismo, infecção ou inflamação ⇒Principais ptns utilizadas: 20/02/2020 25 Desnutrição: Prevalência e consequências Conceito Desequilíbrio produzido pela ingestão insuficiente ou a excessiva perda de substratos pelo organismo (Mora,1997). Desnutrição protéico-calórica- Perda progressiva da massa corporal proteica magra, quanto a do tecido adiposo (Duarte, 2003). Dimensão social do conceito de estado nutricional Estado nutricional Necesidades de nutrientes Processos relacionados à organização da produção e consumo individual ou familiar: biológicos, ambientais e ecológicos, econômicos e sociais (saúde, educação, cultura, ideologia) Determinação imediata- nível individual Ingestão alimentar Processos relacionados à organização da produção e consumo de cada grupo sócio econômico ou classe social os quais definem diferentes perfis de reprodução social. Deterrminação mediata- nível particular Processos econômicos, políticos e ideológicos da organização social: desenvolvimento das forças produtivas, relações de produção, formas e conteúdos das instituições políticas (estado e seus aparelhos), instituições civis. Nível geral- Determinação básica Síndromes de deficiências clínicas Deficiências subclínicas • Varia para cada nutriente e depende do estado nutricional do indivíduo. • Estado de deficiência pode ser absoluto ou relativo 1. Indivíduo saudável- ingestão < que o necessário = deficiência subclinica ou clínica. 1. Indivíduos doentes (necessidades aumentadas)- ingestão adequada pode ser insuficiente = deficiência subclinica . SUPLEMENTAÇÃO Fonte: Aydos e Akamine, 2007 20/02/2020 26 ⇓ Ingestão de micronutrientes Fonte: Aydos e Akamine, 2007 Uso de macronutrientes em condições de estresse metabólico Fonte: Knobel, 2005 Reação metabólica a ingestão de alimentos • ⇑ síntese de glicogênio e oxidação de carboidratos • ⇓ Lipólise e oxidação de lipídios • ⇑ síntese protéica e o gasto energético (ETA ou TEF) Fonte: Barendregt et al., 207 20/02/2020 27 Síndromes de deficiências clínicas Rastreamento e avaliação nutricional • Rastreamento ► NRS 2002- Nutritional risk screening Engloba 4 questões: perda de peso recente, ingestão alimentar recente, IMC, gravidade da doença • Avaliação ► Incorpora: anamnese e exame físico, gravidade da doença, avaliação funcional, exames laboratoriais, balanço hídrico Fonte: Aydos e Akamine, 2007 Fonte: Knobel, 2006 Desnutrição: Prevalência e consequências Conceito Desequilíbrio produzido pela ingestão insuficiente ou a excessiva perda de substratos pelo organismo (Mora,1997). Desnutrição protéico-calórica- Perda progressiva da massa corporal proteica magra, quanto a do tecido adiposo (Duarte, 2003). 20/02/2020 28 Sinais de desnutrição Perda de peso involuntária igual ou maior que 10 % do peso habitual em seis meses Igual ou maior que 5 % do peso habitual em um mês Peso 20 % abaixo do ideal Alteração dos padrões de ingestão alimentar Ingestão proteico-calórica inadequada por mais de sete dias Atrofia do tecido muscular e adiposo Alterações patológicas associadas a desnutrição Categorias Alterações patológicas Mudanças no peso corporal 20% acima do peso ideal (PI); 10% abaixo, 10% de perda de peso em menos de 6 meses ↑ das necessidades metabólicas Febre, infecção, hipertireoidismo, queimaduras, cirurgia e trauma ↑ das perdas de nutrientes Fístulas do TGI, sangramento crônico, diálise, enteropatia exsudativa, queimaduras Doenças crônicas Diabetes, Câncer, HAS, psicose, epilepsia, coronariopatias, ulceras, coma dislipidemias. Doenças e cirurgias do TGI Insuficiência pancreática, mal absorção, diarréia grave, fistulas do TGI, ressecção estomacal ou do TGI Fármacos Insulina ou agentes hipoglicemiantes, corticóides, anticoagulantes, diuréticos, antiácidos, contraceptivos, antidepressivos, antineoplásicos Consequências da desnutrição Perda de peso e massa muscular Dificuldade de cicatrização de feridas Dificuldade de desmame da prótese ventilatória Alteração dos mecanismos de imunocompetência Resposta inflamatória exarcebada Redução de hemácias e débito cardíaco Falência multipla de órgãos Aumento dos custos e da permanência hospitalar Incremento da morbi- mortalidade Alteração do crescimento e desenvolvimento (Marcos et al., 1999; Mora, 1997). 20/02/2020 29 Imunocompetência e desnutrição * A desnutrição afeta o sistema imunológico em todas as suas etapas * O sistema imune depende fortemente de calorias (CHO, PTNs e LIP) para identificar, destruir e eliminar agentes agressores (antígenos). Em adição dependem também de vitaminas, minerais e antioxidantes para adequada imunocompetência. Duarte, 2003 Efeitos da desnutrição no sistema imune ⇓ albumina ⇑ síntese de Ptns de fase aguda. Hipoalbuminemia altera o mecanismo de ação dos medicamentos ⇑ de radicais livres com redução da defesa antioxidante Anemia pode favorecer risco de hipóxia tecidual ⇓ tampões biológicos que propicia menor atividade de células imune Prevalência da desnutrição hospitalar na América Latina BRASIL- Desnutrição 48,1%; 12,8% desnutridos graves; 35,5 % desnutridos moderados (Waitzberg et al., 2000) COLÔMBIA- Desnutrição 52,7% (Hoyos et al., 2000) ARGENTINA- Desnutrição 47,3% (Crivelli et al., 2000) CHILE- Desnutrição 37% (Kehr et al., 2000) 20/02/2020 30 CLASSIFICAÇÃO DA DESNUTRIÇÃO PROTÉICO- CALÓRICA KWASHIORKOR- Deficiência proteica MARASMO- deficiência proteico- calórica MISTA- Kwashiorkor e Marasmo/ Marasmo com estresse metabólico (trauma, sepse, grande cirurgia) Semiologia nutricional- sinais e sintomasde desnutrição Coiloníquia, queilite, queilose 20/02/2020 31 Glossite Hiperceratose folicular Petéquias e equimoses 20/02/2020 32 Hipertricose Mancha de Bitot e ceratomalácea Blefarite e oftalmoplegia 20/02/2020 33 Avaliação nutricional SEMIOLOGIA Evidência daquilo que o doente e a doença nos apresentam A Semiologia nutricional Exame físico de coloração da pele e regiões palmoplantares e das mucosas (conjuntival e labial) Detecção da palidez- Indicativo de anemia. A ⇒ Pode ocorrer por várias causas: Primárias: doenças de base- leucemias, linfomas, aplasia de medula Secundárias- deficiências nutricionais:Fe, Folato, B12, B6), hemorragias, cirrose, Hipotireoidismo, IRC,desnutrição. *Atenção: Palidez localizada (isquemia) e generalizada: frio, vômitos Vasoconstricção, choque, náuseas intensas. 20/02/2020 34 Fonte: Duarte , 2007. Fonte: Duarte , 2007. Fonte: Duarte , 2007. 20/02/2020 35 Fonte: Duarte , 2007. Fonte: Duarte , 2007. Fonte: Duarte , 2007. 20/02/2020 36 Semiologia nutricional Síndrome de múltiplas causas que pode ser causada por ingestão de água menor que a necessidade (idosos e dependentes de terceiros ); perda excessiva (cutânea, urinária, digestiva: vômitos, diarréia, fístulas digestivas, sudorese, poliúria) ou ambas. A ⇒ Os sinais e sintomas dependem da intensidade do quadro: *sede intensa, astenia, fraqueza, apatia, sonolência, agitação Psicomotora(idosos e demenciados), convulsões Investigar: salivação, brilho dos olhos, tensão ocular, umidade das mucosas,turgor da pele (pele murcha e prega que se desfaz lentamente; elasticidade (capacidade de extensão da pele quando tracionada) . Fonte: Duarte , 2007. Fonte: Duarte , 2007. 20/02/2020 37 Fonte: Duarte , 2007. Fonte: Duarte , 2007. Fonte: Duarte , 2007. 20/02/2020 38 Semiologia nutricional Impregnação de pigmentos biliares na pele e mucosas(esclerótica e sublingual) Confere cor amarelada característica Não confundir com coloração de pele de pessoas que comem ↑ alimentos ricos em carotenos e drogas antimaláricas A ⇒ Deve ser pesquisada sob luz natural. Evitar luz fria artificial *Há dois grupos: hemolíticas(*Bilirrubina indireta) e colestáticas (*Bilirrubina direta-natriurética) -Hemolíticas- causas secundárias, ⇓NA. -Colestáticas- Intra( cirrose e hepatites); extra –obstrução das vias biliares por cálculos e tumores) Presença de prurido pelo depósito de sais biliares na pele (⇓ADEK,Na) Fonte: Duarte , 2007. Fonte: Duarte , 2007. 20/02/2020 39 Semiologia nutricional Atrofia da musculatura temporal (inicial) e Bola gordurosa de Bichart (tardia) Parâmetros importantes para analisar redução da mastigação e redução prolongada da reserva calórica. 3 a 4 semanas sem mastigar provoca atrofia da musculatura temporal . Avaliar paciente de perfil ⇒Atrofia temporal = imunoincompetência *Pode ser unilateral e bilateral -Atrofia temporal - comum em anorexia/ hiporexia e disfagia Bitemporal↓ Sist .imune Perda da bola gordurosa de Bichart- *bilateral ↓ ingestão *Asa quebrada- associação das atrofias Atenção* sequela neurológica e ausência dentária 20/02/2020 40 Fonte: Duarte , 2007. Fonte: Duarte , 2007. Fonte: Duarte , 2007. 20/02/2020 41 Semiologia nutricional Devem ser analisadas perdas musculares das regiões supra e infraclaviculares e da fúrcula esternal Pode refletir perda de massa muscular crônica; perda da musculatura estrutural significa: ↓ síntese de anticorpos. MMss- atrofia bi e triciptal e da musculatura pinçamento do polegar ↓ força de apreensão e competência de ingestão alimentar A ⇒ Tórax- retração intercostal- ↓ força respiratória em dispnéia * Atrofia das musculatura paravertebrais- ↓ sustentação corporal. Induz decúbito dorsal (cifose), complicações infecciosas. ↓ capacidade de expansão ventilatória (Hipoventilação e Pneumnonia de base). Oco-axilar esta profundo= aferições de hipotermia Fonte: Duarte , 2007 20/02/2020 42 Semiologia nutricional O abdome pode estar distendido, plano ou escavado Depende da doença de base e instalação da DEP Escavação do abdome= Privação alimentar, ↓ reserva calórica Insuficiência hepática- DEP:abdome distendido=ascite A ⇒ Observar região supra umbilical, andar superior do abdome. * Queda e flacidez por perda de tônus do ânulo superior do umbigo. •Achado deve ser interpretado se houver história de perda de peso recente ou anterior de perda ponderal • Intervenção cirúrgica pode levar a sinal de umbigo em cálice 20/02/2020 43 Semiologia nutricional Nota-se atrofia das coxas e região interna (“vale”) Reflete maior fraqueza nas pernas e preferência pelo decúbito dorsal Favorece risco de infecções respiratórias e, regurgitação e bronco aspiração Atrofia de panturrilhas- Atrofia precoce quando há DEP, promove fraqueza de MMIIs A ⇒ Observar inchação ou edema, já que significa desnutrição protéica. •Achado pode estar relacionado com hipoproteinemia (↓ albumina) •Proteínas totais < 5g/dL ou albumina < 2,5g/dL podem gerar edema • Começar pesquisa pelos tornozelos, com suave e contínua pressão sobre a face anterior da perna contra a estrutura óssea, procura-se depressão tecidual que demorará algum tempo para voltar ao normal (Sinal de cacifo ou Godet. Edema em região subconjuntival. 20/02/2020 44 Fonte: Duarte , 2007. Fonte: Duarte , 2007. Fonte: Duarte , 2007. 20/02/2020 45 Fonte: Duarte , 2007. Avaliação bioquímica do EN A desnutrição varia de acordo com a intensidade e o tempo de privação nutricional, idade do paciente, condições clínicas prévias ao acontecimento e associação com outras doenças. Inanição clássica é lenta e progressiva ocorrendo > adaptações metabólicas que tendem a manter a homeostasia do indivíduo. A ⇒ Em situações de injúria muscular o músculo estriado esquelético é O principal reservatório de aminoácidos • Massa magra usada pela gliconeogênese, ↑ excreção nitrogenada •Parâmetros- ICA, 3 metil histidina, albumina, transferrina, pré albumina, •Proteína transportadora de retinol, proteínas de fase aguda, hemoglobina e hematócrito, somatomedina C. • Avaliação nutricional- Bioquímica Massa Proteica somática: ICA creatinina urinaria de 24 h:creatinina urinaria ideal 24h X 100 Massa protéica visceral Albumina- >3,5 a 5 g/L- vida 20dias ( normal) 3 a 3,3- depleção discreta 2,4 a 2,9- moderada < 2,4- grave Proteínas totais- < 5g% risco nutricional Transferrina- 7 a 8 dias 250 a 300 mg%- Calcula-se CTLF Transferrina= 0,8 X CTLF-43 150-200 mg%- dep. Discreta 100-150 – moderada <100- grave 20/02/2020 46 Avaliação adulto Parâmetros bioquímicos 3 metil histidina urinária- catabolismo muscular Proteínas de síntese hepática- restrição alimentar prolongada, jejum, injúrias (albumina, globulina, transferrina, pré-albumina, proteínas transportadoras de retinol) Proteínas de fase aguda ( PCR, haptoglobina, somatomedina C, antiestreptolisina O,fibrinogênio, ceruloplasmina Inquéritos dietéticos Balanço nitrogenado, índices prognósticos, competência imunológica Dados bioquímicos envolvidos na avaliação de atletas Leucócitos, linfócitos IgA salivar (declina após exercício intenso e retorna após 24 h) Urina: 3 metil histidina urinária e hidroxiprolina: refletem catabolismo muscular e do tendão). Glutamina plasmática Enzimas antioxidantes (SOD, GSH) Colesterol total e frações Estado nutricional do ferro Eletrólitos Uréia, amônia e ácido úrico Lactato plasmático Enzima muscular (ck) e transaminases 3- Metil histidina urinária Dosagem realizada por cromatografia. Uso restrito Formado a partir da histidina (síntese de actina e miosina) Excreção urinária= catabolismo muscular Aplicação em ensaios clinicos A •⇒ albumina, transferrina, pré albumina, •Proteína transportadora de retinol, proteínas de fase aguda, hemoglobina e hematócrito, somatomedina C. 20/02/2020 47 Albumina Proteína de síntese hepática Abundante no meio extracelular Mantem pressão oncótica plasma, transporte de AGL, farmacose esteroides ↓ promove extravasamento de liquidos para espaço extravascular- Edema ⇒ Hipoalbuminemia= desnutrição= medida do EN. * meia vida longa, pouco sensível, reserva corporal grande, meia vida longa Mais abundante do plasma; • valores de albumina de 3 g % e proteínas < 5g/% = risco complicações •↓ queimaduras, ICC, cirrose, eclâmpsia, traumas, hiperhidratação, infecções Sintetizada no fígado - 10 -12 g/dL * Meia vida - 18 a 20 dias * Hipoalbuminemia= má absorção intestinal, síndrome nefrótica. Somatomedina C ou IGF1 Mediador da ação do GH Comum na desnutrição protéica Usada sinteticamente por atletas Proteínas de fase aguda Estados hipercatabólicos, condições orgânicas de caráter agudo: infecções, IAM, neoplasias, queimaduras Desvio de substrato energético para síntese de proteínas de fase aguda (PTN C reativa, fibrinogênio, ceruloplasmina, alfamacroglobulinas, inibidores de proteases). Ferritina Ferritina = uma das formas de armazenamento do ferro no baço, fígado e medula. Quando os estoques de ferro começam a ser utilizados, os níveis séricos de ferritina baixam, indicando início do processo de anemia. Parâmetro mais precoce de detecção de deficiência de ferro. 20/02/2020 48 Referencial da Ferritina Ferritina ↓ Anemia - deficiência de ferro Sangramentos menstruais severos Sangramentos TGI crônicos H: 12-300 ng/mL M: 12-150 ng/mL • Parâmetros 80-90%- depleção discreta 60-80%- depleção moderada < 60%- depleção grave Doente critico- INA- alto risco de complicações Albumina- <3,5g% e linfócitos- <1500/mm3- ANI Valores normais de proteínas viscerais Proteína Vida média Valores normais albumina 18-20 dias 3,5-5 g/dL Pré albumina 2 dias 15,7-29,6 mg/% transferrina 8 dias 200-400 mg/% Ptn ligadora de retinol 12 h 2,6-7,6 mg/% 20/02/2020 49 Interpretação dos resultados de depleção de proteínas viscerais Grau Albumina Pré albumina Transf Ptn Total leve 3,0-3,5 10-15 180-200 6,0-6,5 moderado 2,1-3,0 5-10 100-150 5,3-6,0 grave < 2,1 < 5,0 < 100 < 5,3 Anemia Definida como a redução do número de hemácias no sangue, ou da sua taxa de Hb Causas - hemorragias, infecções crônicas, problemas hereditários sangüíneos, carências nutricionais (ferro, ácido fólico, Vitaminas B6, B12 e C); Deficiência de Ferro é responsável por aproximadamente 95% das anemias encontradas em nossa população. Causas de Anemias Nutricionais: _ Recém nascidos: prematuros, gêmeos, baixos depósitos na mãe, perdas sangüíneas no parto _ Lactentes: uso de leite de vaca _ Homem adulto: vegetarianismo, sangramentos crônicos gastrintestinais _ Mulher: hipermenorréia, gestação, restrição dietética _ Idosos: inapetência, problemas dentários _ Verminoses: infecções por Giardia, Ancilostomídeos, Trichuris, Tênias. 20/02/2020 50 Sinais e sintomas de anemia nutricional Sinais e sintomas _ Fadiga _ Sonolência _ Dispneia aos esforços _ Tonturas _ Palidez (mucosas, unhas, olhos, pele) _ Cefaléia _ Desmaio _ Angina pectoris _ Taquicardia _ Hipotensão postural _ Insuficiência cardíaca Hemograma • Série vermelha = eritrograma _Série branca = leucograma _Série plaquetária = plaquetograma ERITROGRAMA Estuda as alterações nos eritrócitos, na hemoglobina, no hematócrito, os índices globulares e na morfologia eritrocitária LEUCOGRAMA Estuda a contagem total de leucócitos (leucometria) assim como as fórmulas percentual e absoluta e o estudo da morfologia Hemoglobina e hematócrito Normal reduzido Muito reduzido homens Hg g/100 mL Hct % ≥14 ≥44 12-13,9 43-47 < 12 < 37 mulheres Hg g/100mL Hct% ≥12 ≥38 10-11,9 31-37 < 10 < 31 20/02/2020 51 Valores de referência para adultos Pode haver variações de laboratório para laboratório Índices homens mulheres Eritrócitos, 4,5 -6 milhões/ml 4 -5,5milhões/mL Hemoglobina 13,5 a 18,0 g/dL 11,5 a 16,4 g/dL Hematócrito 38 a 50% 36 a 47 % leucócitos 5-9 mil idem linfócitos 1,3-3,4 mil/mm3 idem CTL >1500/mm3 idem Albumina 3,5-5,0 g/mL idem Globulina 2,3-3,5 g/mL idem glicose <100 mg/dL uréia 20-40 mg/mL Creatinina 1-2 mg/mL Ácido úrico 2-5 mg/mL Fosfatase alc 21-85 UI Colesterol < 200 mg/mL Triglicerídeos < 150 mg/mL Ferro • Componente essencial da hemoglobina, mioglobina e de várias outras proteínas que atuam no transporte, armazenamento e utilização do oxigênio; Ferro heme = ferro ferroso Fe++ melhor absorvido - carnes; Ferro não heme = ferro férrico Fe+++ menos absorvido Referência: H: 49 – 181 g/dL (sérico) M: 37 – 170 g/dL Transaminases Indicação: diagnóstico e acompanhamento de doença hepática, diagnóstico diferencial das icterícias e de catabolismo muscular em atletas Valores de Referência: TGO Transaminase Glutâmico Oxaloacética ou AST Aspartato Amino Transferase H < 38 U/L M < 32 U/L TGP Transaminase Glutâmico-Pirúvica ou ALT Alanina Amino Transferase H < 41 U/L M < 31 U/L 20/02/2020 52 LEUCOGRAMA Leucocitos totais- 5000 a 9000/mm3 Leucocitose = ↑ leucócitos ----------------------------------------------------- Leucopenia = ↓ leucócitos Infecções virais Infecções bacterianas Inflamação aguda ou crônica imunodepressão anemias LEUCOGRAMA- Interpretação Neutrófilos 60 a 65 % 1- Bastonetes 50 – 400/mm3 - 1 a 5 % 2- Segmentados 2500-6500/mm3 - 46 a 66% Linfócitos- 1000 a 4000- 20 a 40 % Monócitos- 100 a 1000- 2 a 10 % Eosinófilos- 50 a 500- 1 a 5 % Basófilos- 25-80 - < 1 % Desvios Neutrófilos- • Esquerda- induz leucocitose • ↑ Bastonetes Ocorre nas infecções agudas, bacterianas – doentes críticos e agudos Direita- ↑ segmentados- infecções crônicas ↑ Linfócitos - infecções virais, lesões do atleta Leucopenia- Anemia e imunosupressão ↓ neutrófilos e linfócitos
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