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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA Avaliação 3 de Teoria Geral do Processo Aluno: Vinícius Kelsen Brandão de Morais Matrícula: 20180137752 5º período manhã, mas cursando a disciplina no tuno noite Endereço eletrônico: viniciusmoraisbk@gmail.com Contato: (83) 9 8625-5304 1 – Considerando a necessidade de que mais de uma pessoa figure em um dos polos da relação processual, indique a classificação proposta pela doutrina, destacando quando estas ocorrem. São as classificações: O litisconsórcio pode ser ativo ou passivo, a depender do polo da relação processual em que ele se formar. Será considerado misto, se a pluralidade de pessoas ocorrer em ambos os polos da relação. O litisconsórcio pode ser inicial quando se forma contemporaneamente à formação do procedimento ou do incidente, quer porque mais de uma pessoa postulou, quer porque em face de mais de uma pessoa a demanda foi proposta. O litisconsórcio pode ser ulterior quando surge após o procedimento ter-se formado. O litisconsórcio pode ser unitário quando o provimento jurisdicional de mérito tem de regular de modo uniforme a situação jurídica dos litisconsortes, não se admitindo, para eles, julgamentos diversos. O julgamento terá de ser o mesmo para todos os litisconsortes. O litisconsórcio será simples (ou comum) quando em que a decisão judicial sobre o mérito pode ser diferente para os litisconsortes. A mera possibilidade de a decisão ser diferente já torna simples o litisconsórcio. O litisconsórcio pode ser necessário quando a sua formação for obrigatória. O litisconsórcio será facultativo quando pode ou não se forma. Trata-se do litisconsórcio cuja formação fica a critério dos litigantes. 2 – Qual a relação entre o litisconsórcio unitário e a colegitimação? Há estreita relação entre o litisconsórcio unitário e a colegitimação. Para que duas ou mais pessoas estejam em juízo discutindo uma mesma relação jurídica, é preciso que tenham elas legitimidade ad causam para tanto; ou seja, é preciso que sejam colegitimadas. Há colegitimação quando mais de um sujeito tiver legitimidade para discutir em juízo uma mesma situação jurídica. Exatamente o que ocorre em todos os casos de litisconsórcio unitário. Frise-se, porém, que pode haver colegitimação sem que haja unitariedade, como no caso do litisconsórcio formado por sujeitos que se afirmam credores solidários de obrigação divisível. 3 – Existe a possibilidade de litisconsórcio necessário ativo? Explique. Como regra quase sem exceção, não há litisconsórcio necessário ativo. O texto do CPC é claro (art. 115, par, ún., CPC), com grifo nosso: “os casos de litisconsórcio passivo necessário, o juiz determinará ao autor que requeira a citação de todos oque devam ser litisconsortes, dentro do prazo que assinar, sob pena de extinção do processo”. E nem poderia ser diferente. Visto que, o fundamento dessa conclusão é apenas um: o direito fundamental de acesso à justiça (inciso XXXV do art. 5º da CF/88). O direito de ir a juízo não pode depender da vontade de outrem. Se houvesse litisconsórcio necessário ativo, seria possível imaginar a situação de um dos possíveis litisconsortes negar-se a demandar, impedindo o exercício do direito de ação do outro. 4 – Qual a conceituação de “intervenção de terceiro” proposta pelo autor? Indique também suas modalidades. A intervenção de terceiro é fato jurídico processual que implica modificação de processo já existente. Trata-se de ato jurídico processual pelo qual um terceiro, autorizado pro lei, ingressa em processo pendente, transformando-se em parte. Sendo suas modalidades: o instituto da Intervenção de Terceiros, acolhido no Novo CPC, no capitulo IV, do Livro I, com o título “Da Intervenção de Terceiros”, compreende as modalidades de intervenção entre seus artigos 56 ao 80. São elas, então: oposição; nomeação à autoria; assistência; denunciação da lide; chamamento ao processo; incidente de desconsideração de personalidade jurídica; e intervenção de Amicus Curiae. 5 - Quais são as situações que autorizam a assistência litisconsorcial? Quando o assistente afirma-se titular da relação jurídica discutida. Ele intervém para discutir relação jurídica que já está sendo discutida. Hipótese que pode se desdobrar em duas: ou o terceiro é titular exclusivo da relação jurídica discutida: o assistente é o substituído , intervindo em causa conduzida por substituto processual; ex.: intervenção do adquirente de coisa litigiosa, art. 109, § 2º, CPC; intervenção do condômino, em ação proposta por outro condômino). E também quando: o assistente afirma-se colegitimado extraordinário à defesa em juízo da relação jurídica que está sendo discutida. 6 – Explique o que é intervenção de Amicus Curiae? Fundamente sua resposta. O Amicus Curiae é o terceiro que, espontaneamente, a pedido da parte ou por provocação do órgão jurisdicional, intervém no processo para fornecer subsídios que possam aprimorar a qualidade da decisão. O amicus curiae é um terceiro que ingressa no processo para fornecer subsídios ao órgão jurisdicional para o julgamento da causa. Pode ser pessoa natural ou jurídica, e até mesmo um órgão ou entidade sem personalidade jurídica (art. 138). Exige a lei, para que se possa intervir como amicus curiae, que esteja presente a representatividade adequada, isto é, deve o amicus curiae ser alguém capaz de representar, de forma adequada, o interesse que busca ver protegido no processo. Registre-se, aqui, então, um ponto relevante: o amicus curiae não é um “terceiro imparcial”, como é o Ministério Público que intervém como fiscal da ordem jurídica. O amicus curiae é um sujeito parcial, que tem por objetivo ver um interesse (que sustenta) tutelado. Dito de outro modo, ao amicus curiae interessa que uma das partes saia vencedora na causa, e fornecerá ao órgão jurisdicional elementos que evidentemente se destinam a ver essa parte obter resultado favorável. O que o distingue do assistente (que também intervém por ter interesse em que uma das partes obtenha sentença favorável) é a natureza do interesse que legitima a intervenção.
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