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UNIFTC
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
Prof. Me Carlos Alberto José Barbosa Coutinho
Apresentação
2. A disciplina
3. Ementa
4 Perspectivas com o curso
5. Pacto Pedagógico
6. Sistema de Avaliação
7. Referências
Ementa
A Ciência do Direito. Teorias do Direito. Direito e Ciências Afins. Teoria do Ordenamento Jurídico. Teoria da Norma Jurídica. O Fato Jurídico. Os Sujeitos de Direito. A Relação Jurídica. Direito Subjetivo, Direito Objetivo e Direito Potestativo. O Dever Jurídico. O Ilícito. A Sanção Jurídica. Fontes do Direito. Noções sobre os Principais Ramos do Direito Público e do Direito Privado. Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro. Atividades de contextualização e aplicação prática da teoria em situações reais e/ou simuladas da realidade no campo jurídico 
Sistema de Avaliação
1ª Avaliação: 08.04.2020 (prova mista)
2ª Avaliação: 03.06.2020 (prova mista)
OT (20 pontos)- atividade integrativa com outras disciplinas do semestre (a definir)
2ª chamada (1ª e 2ª unidades): 10.06.2020 (discursiva)
Prova final (todos os assuntos): 17.06.2020 (prova mista). 
Materiais no Google Classroom/ Senha: tyjmzp6 
Parte I
Apresentação da disciplina / Sentidos do Direito/ Noções Elementares do Direito
DIREITO
Base propedêutica;
Concepção polissêmica;
Concepção do jus;
Mundo da cultura/ A necessidade da existência humana (“Ubi societas, ibi jus”); 
Obrigatoriedade do comportamento/ Convivência ordenada;
Direito como sistema que engloba fatos, normas e valores (Teoria Tridimensional de Miguel Reale);
Conjunto da formação do direito: relação jurídica bilateral (intersubjetividade), atributiva, coercitiva e heterônoma;
Existência de um poder central: o Estado
Relação com outras ciências.
DIREITO
Direito Objetivo e Subjetivo;
Existência de instituições jurídicas;
Conjunto de normas executáveis coercitivamente, reconhecidas e aplicadas pelo Estado ou por órgãos institucionalizadas (estatais ou internacionais), tendo a forma de lei, costumes, tratados, códigos, etc;
Direito como fenômeno real, espacial, temporal, formal (controle da criação da lei) e vigente;
Existência de um Ordenamento jurídico (estático e dinâmico) que harmoniza, equilibra e utiliza-se da hierarquia para organizar as normas, mediante norma fundamental que lhe dá sentido: a Constituição.
2
NOÇÃO ELEMENTAR DE DIREITO
- Conceito baseado no senso comum: Lei e Ordem;
Direito : mínimo de ordem para uma convivência ordenada;
Direção, ligação e obrigatoriedade de comportamentos; 
Ciência que tem como objetivo explicar o direito e construir os conceitos jurídicos fundamentais;
MULTIPLICIDADE E UNIDADE DO DIREITO
O Direito analisado como um fato social e histórico apresenta-se sob múltiplas formas e campos de interesse.  distintas estruturas normativas;
Conjunto de disciplinas jurídicas (sistema de princípios e regras a que os homens devem se ater em sua conduta – limites);
Grande divisão das disciplinas jurídicas: DIREITO PÚBLICO X DIREITO PRIVADO;
As experiências do cotidiano e sua inclusão no mundo jurídico;
Cada disciplina jurídica possui várias espécies de normas do mesmo gênero;
OS SENTIDOS DA PALAVRA: DIREITO
1 – Justo.
2 - O poder de se exercer uma faculdade.
3 - O estudo de um aspecto da norma jurídica.
4 – Algo que designa o próprio saber jurídico.
- Etimologia: o termo "direito" pode ser ligado ao vocábulo latino "rectum" que quer dizer aquilo que é reto; por outro lado a expressão "jus" quer significar dizer, mandar, ordenar.
Direito - é o ramo das ciências sociais aplicadas que tem como objeto de estudo o conjunto de todas as normas coercitivas que regulamentam as relações sociais, ou seja, são normas que disciplinam as relações entre os indivíduos, desses para com o Estado e do Estado para com seus cidadãos, por meio de normas que permitam solucionar os conflitos. (MIGUEL REALE)
Direito tomado como fato social: existência regras vivas existentes dispersas no meio da sociedade (meio social – usos e costumes). Não se pode conceber qualquer atividade social sem formas ou garantias jurídicas. 
O direito como ciência: conjunto de regras próprias utilizadas pela ciência do direito
O direito como norma jurídica: leis, decretos, resoluções medidas provisórias, pela Constituição
O direito enquanto poder ou prerrogativa
O direito no sentido da Justiça quando afirmamos que determinada situação é direito, porque é justa, porque é o certo, porque é o bom senso.
Obs: a mutabilidade
Concepções do Direito
Disciplina autônoma das demais, desempenhando função exclusiva
Caráter: disciplina propedêutica, de base, introdutória do acadêmico no curso de Direito.
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
Principal intuito: definir o objeto de estudo, bem como proporcionar as noções, conceitos básicos e princípios jurídicos fundamentais + noções sociológicas, históricas, filosóficas necessárias à compreensão do Direito em todos os seus aspectos.
Objetos da disciplina: 
Conceitos gerais do Direito;
Visão de conjunto e unicidade do Direito; 
Lineamentos da técnica jurídica
Parte II
ESCOLAS DO PENSAMENTO JURÍDICO
Noções Introdutórias
Concepção Epistemológica
2) Cientificidade do conhecimento jurídico
3) Posicionamento do Direito no campo científico
4) Pertinência do Estudo.
JUSNATURALISMO
Direito Natural como exigência perene, eterna, imutável de um direito justo, representada por um valor que transcende ou de origem metafísica de justiça. 
A superioridade do direito natural em face do direito positivo. Este deveria se adequar aos parâmetros imutáveis e ternos de justiça. O Direito Natural como referencial valorativo ( o direito positivo tem que ser justo).
A lei natural é imutável em seus primeiros princípios. O direito natural como imanente à natureza humana, independe do legislador humanos. As demais normas construídas pelos legisladores são de continência da vida, mas não são naturais.
Todo pensamento do Direito Natural, no entanto, teve o grande mérito de sublimar o conceito de justiça como centro gravitador do Direito. O Direito se impõe não unicamente porque emana de um poder soberano, mas porque se harmoniza com os princípios de justiça.
Se a ideia do Direito Natural é útil no processo de aperfeiçoamento das instituições jurídicas, pode, em contrapartida, falsamente ser utilizada como instrumento de conservação de uma ordem jurídica injusta e ilegítima, por força de manobras de quem detém o poder.
A tendência contemporânea é considerar o direito natural como um conjunto de princípios, e não propriamente como um direito normativo. Sua função atual é traçar as linhas mestras para conduzir o homem em sociedade, sempre sob o aspecto da dignidade.
EMPIRISMO EXEGÉTICO
Século XIX.
A totalidade do direito se encontra e tem identificação por completo com a lei escrita;
O Direito como ciência é o seguimento com todo rigor absoluto ao texto legal e revelar seu sentido. A lei e o direito constituem a mesma realidade, pois a única fonte do direito é a lei e tudo que estiver estabelecido na lei é direito.
Código de Napoleão de 1804
“Não conheço o direito civil, ensino somente o Código de Napoleão”.
O próprio texto legal já transmite a segurança. Predominância do método gramatical e interpretação literal da lei. Concepção mecanicista do magistrado. Neutralização Política do Poder Judiciário.
Os processo interpretativos eram realizados com bastante prudência. Para não substituir a vontade da lei. A partir da vontade da lei chega-se a vontade do legislador. 
A função do intérprete e do julgador era uma função mecânica de lógica dedutiva.
O enquadramento da ordem jurídica nos novos tempos
Os desafios da codificação: A codificação que surgiu a partir de fins do século XVII e no século XVIII era um conjunto de normas sistemáticas e unitárias que procurava ser completa, abrangendo todo o Direito de determinado campo, todos os fatos sociais, algo que logo se descobriu como impossível
HISTORICISMO CASUÍSTICO
Representação: Savigny
 O historicismo se contrapõe ao processode codificação do direito, pois o mesmo é a manifestação da livre consciência do povo ou do espírito popular sob a forma do costume e não da mera vontade do legislador
- O legislador não cria o direito, mas apenas traduz em normas escritas o direito vivo, latente no espírito popular.
O produto da consciência popular (Volksgeist) em determinado momento histórico. Afirmação do direito como produto histórico- social, em estrita relação com as condições culturais e as particularidades de cada povo.
 A valorização do costume, a manifestação espontânea do espírito nacional. A alma do povo como entidade real e fundamento último do direito. Ênfase nos costumes como fonte jurídica.
- Direito dos Professores (apego ao direito romano)
- A doutrina tornou-se mais importante que a prática.
SOCIOLOGISMO JURÍDICO
Final do século XIX;
O contexto da revolução industrial.
- Proposta de fundamentação da ciência jurídica conforme o modelo empírico e casual preconizado por augusto Comte.
- A ciência do Direito vista como mero departamento da Sociologia, ciência enciclopédica dos fatos sociais, em que se estuda no PLANO DO SER e não do plano do DEVER-SER. Por isso, a conexão do direito com os fatores econômicos, ideológicos que constituem a realidade social.
- Oposição ao abstracionismo e ao formalismo legalista;
Direito como fato social observável no mundo concreto segundo as leis de casualidade empírica;
 Relação entre normas e fatos sociais
Os comportamentos sociais permitem induzir a norma social vigente (o ser desemboca em dever-ser)
- Pluralismo jurídico
- negação do sistema de completude e de perfeição do sistema legislativo
- utilização do método sociológico para verificação do direito;
POSITIVISMO JURÍDICO
O direito positivo passa a ser considerado direito no sentido próprio. A redução de todo o direito a direito positivo. Não existe outro direito senão o positivo.
Formação do Estado Moderno x pluralismo jurídico
Monismo jurídico: o Estado prescreve o Direito, seja através da lei, ou indiretamente através do reconhecimento e controle das normas de formação consuetudinária;
 o direito positivo considerado como único e verdadeiro direito.
Positivismo Legalista
 (A) Modo de abordagem do Direito: o Direito é um fato e não um valor. O jurista deve estudar o direito da mesma forma que o cientista estuda realidade natural. Abstenção do juízo de valor. 
Há a construção da teoria formalista do direito fundada em critérios que concernem à sua estrutura formal. Esvaziamento da ética e da justiça.
(B) Certa Teoria do Direito: o positivismo jurídico funda-se nas seguintes bases:
(b1) Teoria coativa do direito, em que o mesmo é definido em função do elementos coação, pois as normas valem pelo meio da força; 
(b2) teoria legislativa do direito- a lei figura-se como fonte primacial do direito
(b3) teoria imperativa: a norma jurídica é considerada como comando normativo ou imperativo;
(b4) teoria da coerência do ordenamento jurídico – conjunto de normas jurídicas, em que se exclui as antinomias;
(b5) teoria da completude: aplicação, pelo Magistrado, de uma regra advinda implícita ou explicitamente de uma norma jurídica para resolver as lacunas existentes. 
 
( C) Ideologia do Direito- obediência à lei. A justiça está na lei. O direito justo é decorrente da lógica do direito válido. A lei é a forma mais perfeita de manifestação da normatividade jurídica, visto que se afigura como a fonte do direito que melhor realiza a ordem.
SÍNTESE:
Culto ao texto legal (legalismo; apologia da codificação)
 direito positivo como direito legal ( a lei como fonte jurídica exclusiva)
 defesa do monismo jurídico (direito como produto do Estado- Legislador)
Afirmação da completude (ausência de lacunas)
- Coerência (ausência de antinomias)
Positivismo Lógico (Teoria Pura do Direito)
Hans Kelsen (século XX- “Teoria Pura do Direito”)
A necessidade de “pureza do método” é a condição da cientificidade da dogmática jurídica. A ciência jurídica como exclusivamente normativa, cujo objeto seria a normatividade jurídica.
A Teoria Pura do Direito consiste numa reação ao sincretismo epistemológico no conhecimento jurídico, afirmando a autonomia e especificidade metódica da ciência do direito.
 a Teoria Pura visa o conhecimento apenas dirigido ao Direito e excluir deste conhecimento tudo quanto não pertença ao seu objeto, tudo que não se possa, rigorosamente, determinar como Direito. Toda valoração, todo o juízo sobre o Direito Positivo deve ser afastado. 
 Diferença entre a lógica do ser e a lógica do dever-ser
Função nomaestática (Teoria da Norma Jurídica) e nomadinâmica (Teoria do Ordenamento Jurídico).
A norma jurídica como juízo hipotético de caráter imputativo. A ordem jurídica como uma ordem coativa posta pelo Estado para reprimir a ilicitude.
Logo: dado um fato jurídico, deve ser prestação (dado f, deve ser p)
 dada não prestação, deve ser sanção. 
Os dois objetivos do positivismo jurídico: (a) afastamento das ciências sociológicas, do mundo do ser; (b) Retirar da ciência jurídica a influência da ideologia, política, da ética, dos valores, da filosofia, religião, entre outros.
 A ciência do Direito tem que ser desprovida de valores e manter seu valor objetivo e absoluto.
CULTURALISMO JURÍDICO
O Direito como Ciência Cultural
A intervenção do ser humano e o seu acréscimo às coisas com a intenção de aperfeiçoá-las.
Abrange o que é construído pelo homem em razão de um sistema de valores, transformada ou ordenada pela pessoa humana com o objetivo de atender aos seus interesses
Neste sentido, o culturalismo jurídico estuda o direito como objeto cultural, como uma realização do espírito humano, com um substrato e um sentido. Se é produto cultural, será objeto cultural egológico (ego).
Egologismo Existencial (Carlos Cossio)
(B) Tridimensionalismo Jurídico de Miguel Reale
- Direito como FATO- VALOR-NORMA
Reale afirma que o Direito é um fenômeno cultural diante dos dados históricos em que a NORMA disciplina os comportamentos individuais e coletivos, pressupõe sempre uma situação de FATO, referida a determinados VALORES. 
O Direito como dimensão integrativa, dialética e dinâmica normativa de fatos e valores
FATO--------------------------------> eficácia
VALOR------------------------------->Fundamento
NORMA-------------------------- Vigência.
Obs.
Parte III
Conceitos Jurídicos fundamentais
Caso Prático
 João celebrou um empréstimo com Mandes no valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais). Ficou acertado que Mendes pagaria a João o referido valor no prazo de 10 (dez) meses, acrescidos os juros e atualizações legais. 
 Mendes cumpre as três primeiras obrigações e,a partir do 4º mês, injustificadamente deixa de cumprir a obrigação. João tentou todos os meios adequados para que Mendes cumprisse a obrigação e, até mesmo, celebrar um acordo para manutenção do pactuado entre ambos. 
 Sem qualquer sucesso, João ingressou com a devida ação no Judiciário, em que o Magistrado competente deu ganho de causa, determinando que Mendes pague o débito com os devidos juros, atualizações e o pagamento dos danos causados. A sentença transitou em julgado. Mesmo assim, Mendes continua a descumprir a obrigação
 Após requerimento, o Juiz determinou o bloqueio dos bens de Mendes necessários para a satisfação do crédito de João, sendo cumprido com sucesso.
Lógica: se F é, deve ser P
 se não for P, deve ser S
Quais as consequências?
O direito como linguagem: os limites da linguagem e os limites do direito.
O Direito: tecnologia social e a necessidade de resolução de problemas;
Importância da linguagem: diferença entre o Homem e os outros animais. 
Linguagem é "instrumento graças ao qual o homem modela seu pensamento, seus sentimentos, suas emoções, seus esforços, sua vontade e seus atos, o instrumento graças ao qual ele influencia e é influenciado, a base mais profunda da sociedade humana"
DIREITO COMO LINGUAGEM
Distinção entre direitoe moral
Complementos: Autonomia ( na norma moral, há autonomia o indivíduo, o agir humano) X heteronomia (normas jurídicas impostas independente do indivíduo. Ela é acatada sema prévia concordância entre as partes)
Interioridade (dimensões interiores do sujeito, sanção individual) x Exterioridade ( as normas jurídicas necessitam de comportamentos exteriores para serem aplicadas. A sanção jurídica é aplicada no plano empírico dos fatos ou fenômenos sociais)
Grau de coercitividade – as normas morais são menos coercitivas que as normas jurídicas. Estas atual no psiquismo do potencial infrator de modo mais contundente em face do temor da aplicação da sanção jurídica.
Outras consequências- a existe de:
NORMA SOCIAL – São normas impostas pela sociedade a qual eu tenho que me submeter mesmo que no íntimo eu não concorde com determinada regra, mas tem que ser obedecida porque o indivíduo pode sofrer a sanção da própria sociedade que convivo. Ex: Em X ninguém anda de sunga pelas ruas. Se andar de sunga pelas ruas estou infringindo uma norma social local, mesmo que não concorde tem que andar com trajes que sejam de acordo com as normas sociais, ou seja, não pode andar de sunga pelas ruas da cidade.
NORMA MORAL – São normas de foro íntimo, ou seja, vem do interior de cada indivíduo, seus pensamentos, suas atitudes particulares sem envolver o todo que é a sociedade, ou o “social”. Ex: eu não ando de sunga para não agredir a norma social, mas no meu íntimo eu adoraria andar de sunga , que vem a ser a norma moral. É obedecida, ainda que o indivíduo não concorde, porque a normal moral é só dele, pessoal e intransferível.
           
NORMA JURÍDICA – Existe a possibilidade de aplicação forçada da sanção ou o uso da força para obrigar alguém ao cumprimento da norma ou à reparação do dano e pagamento de certa pena. Leva-se em conta a violação, como elemento interno ou externo ou ambos, ou seja, o foro íntimo e o social, juntos, porém, com discrição no ordenamento jurídico, podendo desta maneira se aplicada a pena (sanção), caso que as duas normas anteriores não possui esse poder.
SANÇÃO – É o ato de punir por uma norma infringida, quem não obedece ao comando primário das normas jurídicas.
Coação x coerção
Coerção – É o efeito psicológico da sanção e que tem função preventiva. Age sobre o destinatário como um aviso: se ele não cumprir a norma jurídica, poderá sofrer os efeitos concretos da sanção. Ex: negar-se a depor
Coação – É o último estágio da aplicação da sanção: é a sua aplicação forçada, contra a vontade do agente que descumpriu a norma.
DIREITO OBJETIVO - 	É o complexo de normas jurídicas que regem o comportamento humano, prescrevendo uma sanção ou caso de uma violação (just est norma agendi)
DIREITO SUBJETIVO (facultas agendi) – É a permissão, uma autorização dada pela norma jurídica válida para que o indivíduo possa ou não fazer alguma coisa, para ter ou não algo ou, se for caso, autorização para agir através do órgãos competentes do Poder Público ou dos processos legais, em caso de prejuízos derivados de violação de uma norma ou reparação de um dano. 
O direito subjetivo pode ser EXPLÍCITO OU IMPLÍCITO, bem como COMUM DA EXISTÊNCIA E DE DEFESA DE DIREITOS
Divisão em Direito Público e Direito Privado:
DIREITO PÚBLICO
A) INTERNO: DIREITO CONSTITUCIONAL, ADMINISTRATIVO, TRIBUTÁRIO, FINANCEIRO, PENAL, PREVIDENCIÁRIO, PROCESSUAL
B) EXTERNO: DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO/ DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO
DIREITO PRIVADO (Particulares): DIREITO CIVIL, CONSUMIDORCOMERCIALOU EMPRESARIAL E CONSUMIDOR
 FATO JURÍDICO: acontecimento que o Direito considera importante e por isso lhe confere eficácia jurídica, ou seja, é todo fato natural ou comportamento humano que produzem efeitos normativos. Ele pode ser VOLUNTÁRIO (ato humano) ou INVOLUNTÁRIO (acontecimento natural), ambos devem ser capazes de produzir a FATTISPECIE (hipótese abstratamente prevista na norma). 
 Características dos fatos jurídicos: (a) naturais ou humanos; (b) devem afetar duas ou mais pessoas (bilateralidade); ( c) devem ser exteriores. 
Os fatos jurídicos podem determinar aquisição, conservação, modificação, transferência ou extinção de direitos subjetivo. 
ATOS JURÍDICOS: acontecimentos decorrentes da vontade humana. Eles podem ser lícitos ou ilícitos. Os efeitos não são determinados pela vontade do agente, mas decorrente diretamente da vontade da lei. 
 NEGÓCIOS JURÍDICOS: atos praticados pelo homem co a intenção negocial, que estabelecem normas para auto-regular nos limites da lei, seus próprios interesses privados, como é o caso do contrato.
- SUJEITOS DE DIREITO:
 Está relacionada com a personalidade. Segundo Maria Helena Diniz, a pessoa é o ente físico ou coletivo suscetível de direitos e obrigações, sendo sinônimo de sujeito de direito. Sujeito jurídico é o sujeito de um dever jurídico, uma pretensão ou titularidade jurídica, que seria o poder de fazer valer, através de uma ação, o não cumprimento do dever jurídico, ou melhor, o poder de intervir na produção da decisão judicial.
Personalidade jurídica: aptidão para adquirir direitos e contrair obrigações. 
Capacidade: É a medida jurídica da personalidade
 Direitos da personalidade: Direitos subjetivos da pessoa de defender o que lhe é próprio.
A existência de um sujeito ativo (portador do direito subjetivo) e de um sujeito passivo ( cumprimento de um dever jurídico)
Sujeito passivo = obrigado a prestação
Sujeito ativo = faculdade a exigir uma prestação
PESSOA (PERSONA) NATURAL (FÍSICA) OU JURÍDICA
Pessoa Física ou Natural: é o ser humano considerado como sujeito de direitos e obrigações.
Pessoa natural tem capacidades e incapacidades
b) Pessoa Jurídica: é a unidade de pessoas naturais ou de patrimônios que visa a consecução de certos fins, reconhecida pela ordem jurídica como sujeito de direitos e obrigações.
-DOGMÁTICA E ZETÉTICA JURÍDICA
O direito enquanto ciência não se esgota apenas no estudo de seu objeto, que é a norma jurídica, mas como esse objeto apresenta-se no cotidiano de uma dada sociedade, moldando sua estrutura e direcionando as condutas daqueles que a integram, sejam indivíduos ou outros entes políticos, permitindo aos que encerram o ciclo de ensino a funcionarem como atores sociais diretos, principalmente no chamado mundo forense
O cuidado com a pesquisa do Direito
 Há dogmática quando são coletados conceitos sobre um determinado instituto, os quais são apresentados numa linha lógica ou cronológica, tendo por fontes de leitura a própria ordem de estruturação do sistema, no caso do direito, tomando-se por percurso o exame da lei, da doutrina e da jurisprudência. 
A análise passa a ser zetética quando são questionadas as forças dinâmicas que produziram tais conceitos, sob prisma crítico, relacionando tais forças com o fenômeno jurídico seja por questões históricas, materiais, comunicacionais ou outras que abordem de forma complexa (normalmente reunindo estruturação e dinâmica) o ponto de vista destacado.
Zetética empírica:
a) Pura: sociologia jurídica/ Antropologia jurídica/ Etnologia jurídica/ História do Direito/ Psicologia jurídica/ Economia política
b) Aplicada: Psicologia forense/ Criminologia/ Penalogia/ Medicina Legal/ Política legislativa
Zetética analítica
Pura: filosofia do direito/ Lógica formal das normas/ metodologia jurídica
b) Aplicada: teoria geral do direito/ lógica do raciocínio jurídico
FONTES DO DIREITO
1 Introdução
2 Conceito: possui vários sentidos. Pode-se dizer que fontes do direito é a origem primária do direito, a fonte real ou material do direito, ou seja, dos fatores reais que condicionaram o aparecimento da norma jurídica.
 3 Fontes materiais: também chamadas de reais. São os fatores sociais, que abrangem os históricos, os religiosos, os naturais, os demográficos, econômicos, entre outros, isto é, são elementos que emergem da própria realidade social e dos valores que inspiram o ordenamento jurídico.
Tais fatores decorrem das convicções, das ideologias e das necessidadesde cada povo em certa época, atuando como fontes de produção do direito positivo., pois condicionam o aparecimento e as transformações das normas jurídicas.
3 FONTES FORMAIS: conforme ensinamentos, dentre eles o de Miguel Reale, as fontes formais do direito são aquelas que designam os processos ou meios em virtude dos quais as normas jurídicas se positivam com força obrigatória, implicando a existência de uma estrutura de poder.
Saliente-se que qualquer espécie de normatividade jurídica decorre da interferência de um centro estatal ou social de poder, o qual, diante de um complexo de fatos e valores
Opta por uma dada solução normativa com características de objetividade.
FONTES FORMAIS: ESTATAIS E NÃO ESTATAIS
FONTES ESTATAIS (predomínio da atividade legislativa e jurisdicional)
LEGISLAÇÃO - Importante nos países de direito escrito e Constituição rígida. É a mais importante das fontes formais estatais. 
A predominância da atividade legislativa
Império d a lei x costume
A tendência em codificar o direito temo objetivo de atender a uma exigência de maior certeza e segurança para as relações jurídicas, devido à possibilidade de maior rapidez na elaboração e modificação do direito legislado, permitindo sua adaptação às necessidades da vida moderna e pelo fato de ser mais fácil o conhecimento e de contornos mais precisos, visto que se apresenta em textos escritos. Ao contrário do costume, para ser fonte jurídica, deve ser reconhecido pela lei.
O que a lei?
- Para Maria Helena Diniz, a lei pode ser em sentido amplíssimo, isto é, a lei é empregado como sinônimo de norma jurídica, incluindo quaisquer normas escritas ou costumeiras. A lei ganha os contornos de disciplinar as relações de fato incidentes no direito e cuja observância é imposta pelo poder do Estado, mediante admissão pelo legislador.
- No sentido amplo a lei é entendida do verbo “legere” (ler), significando aqui que se lê. Ela pode ser definida como um conjunto de normas de direitos gerais, proclamando obrigatória pela vontade de uma autoridade competente e expressa através de uma fórmula escrita (jus escriptum).
 costume não –e escrito (jus non scriptum)
Há ainda uma terceira classificação, no sentido da lei escrita ou técnica indicar tão- somente a norma jurídica elaborada pelo Poder Legislativo, pro meio do processo adequado (processo legislativo)
A importância do art. 2º da Constituição Federal de 1988
 A importância dos arts. 59-69 da CF/88
- Espécies normativas do art. 59.
 O que é o processo legislativo?
Conjunto de dispositivos normativos que disciplinam o procedimento a ser observado pelos órgãos competentes na elaboração dos diplomas legislativos (Federal, distrital, municipal, estadual). Pode-se dizer também que o processo legislativo é um conjunto de fases constitucionalmente estabelecidas, pelas quais há de se passar o projeto de lei, até a sua transformação em lei vigente.
Fases: iniciativa, discussão, deliberação, sanção, promulgação e publicação.
Espécies normativas ( art. 59)
Lei constitucional- sobrepõe sobre todas as demais normas integrantes do ordenamento jurídico. Contém normas que prescrevem como se deve produzir outras normas. A importância das emendas constitucionais.
Lei complementar – art. 69 da CF/88 – A lei complementar é uma norma que, no ordenamento jurídico brasileiro, possui posição hierárquica superior à lei ordinária e às demais normas, exceto a Constituição Federal. A sua função é complementar a Constituição (daí o seu nome) e regulamentar, de forma geral, determinada matéria que, por exigência constitucional, deva ser por ela tratada. Para a sua promulgação, é necessária maioria absoluta do Congresso Nacional.
Lei ordinária: editada pelo Poder Legislativo da União, Estados, Municípios e Distrito Federal, com sanção do chefe do Executivo.
Lei delegada: elaborada e editada pelo Presidência da República (art. 68, parágrafo 2º) (delegação externa corporis), pelo Congresso Nacional ou qualquer de uma de suas Casas (delegação interna corporis).
Medidas provisórias: são expedidas pelo Presidente da República, no exercício de sua competência constitucional e substituíras o antigo decreto-lei.
 
Decretos legislativos: é a norma aprovada por maioria simples pelo Congresso Nacional sobre matéria de sua exclusiva competência (art. 49 CF/88), tais como a ratificação de tratados e convenções internacionais. Não é remetido ao Presidente da República para ser sancionado, sendo, portanto, promulgado pelo Presidente do Senado, que o manda publicar. 
Decretos regulamentares: são normas jurídicas gerais, abstratas e impessoais estabelecidas pelo Poder Executivo da União, Estados ou Municípios para desenvolver uma lei, minudenciando suas disposições.
Instruções Ministeriais – prevista no art. 87, parágrafo único, II, expedidas pelos Ministros de Estado para promover a execução de leis, decretos e regulamentos atinentes às atividades de sua pasta.
Circulares – normas jurídicas que visam ordenar de maneira uniforme o serviço administrativo
Portarias- normas gerais que um órgão superior edita para serem observadas, por seus subalternos. Veiculam comandos administrativos gerais e especiais.
Ordens de serviço – estipulações concretas para um certo tipo de serviço a ser executado por um ou mais agentes credenciados para isso.
OBS: fases
Jurisprudência – fonte formal estatal do direito que expressa o conjunto de decisões reiteradas dos Juízes e Tribunais, as quais formam um padrão interpretativo capaz de inspirar a realização de futuros julgamentos sobre casos similares. 
Conjunto de decisões uniformes e constantes dos tribunais, resultantes da aplicação de normas a casos similares ou idênticas. É o conjunto de normas emanadas dos juízes em sua atividade jurisprudencial. Conforme Reale, é a forma de revelação do direito que se expressa através do exercício da jurisdição, em virtude de uma sucessão harmônica de decisões dos tribunais
Impõe ao legislador uma nova visão dos institutos jurídicos.
Súmulas: meios de uniformização da jurisprudência que corporificam as proposições sobre a interpretação e aplicação do Direito que decorrem da jurisprudência assentada dos Tribunais sobre assuntos polêmicos ou controvertidos.
Súmula vinculante: tem como objetivo a validade, a interpretação e a eficácia das normas determinadas, acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração pública que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre questão indêntica.
Obs: Poder Normativo do Juiz: o Magistrado, na análise do caso concreto, repensa a norma geral, confronta-a com a realidade social, procurando a solução justa, de forma que a produção de uma sentença implica um complexo de atos de verdadeira elaboração de norma para o caso concreto.
CONVENÇÕES INTERNACIONAIS: cria norma geral que disciplina as relações entre Estados; cria norma individual entre Estados.
FONTES FORMAIS NÃO ESTATAIS
PRÁTICA CONSUETUDINÁRIA (COSTUMES) – o costume vem do latim “consuetudo”. Indica regras de comportamento que nascem de certos hábitos sociais. No plano jurídico é o conjunto de hábitos e práticas sociais reiteradas, acrescidas de convicção de sua necessidade jurídica, que serv para a disciplina bilateral das relações humanas.
Deriva da longa prática uniforme ou da geral e constante repetição de dado comportamento sob a convicção de que corresponde a uma necessidade jurídica. O costume deve ser uniforme, constante, público e geral.
Com relação as fontes legislativas, os costumes podem ser:
(A) Secundum Legem: a lei reconhece a sua eficácia obrigatória. Ex: Art. 1.297, parágrafo 1º do CC/02
(B) Praeter Legem: quando o costume se reveste de caráter supletivo, isto é, supre a lei nos casos omissos, preenchendo lacunas. Ex: art. 4º da LINDB
(C) Contra Legem: é aquele que se forma em sentido contrário ao da lei. Ex: as normas consuetudinárias ab-rogatória que promovem o desuso da lei na sociedade.DOUTRINA (ATIVIDADE CIENTÍFICO- JURÍDICA) - Vem do docere- ensinar -, em que figura como aquela fonte formal e não-estatal do Direito que se forma pelo conjunto de obras (livros, artigos, comentários da legislação e da jurisprudência) e pareceres (opiniões fundamentadas sobre questões controvertidas) que são produzidos por conceituados juristas, exprimindo, assim, vasta produção teórica da ciência política. 
É um atividade jurídico-científica, pois os juristas analisam, sistematizam as normas jurídicas, na elaboração das definições dos conceitos jurídicos, na interpretação das leis, facilitando e orientando a tarefa de aplicar o direito, da mesma forma adequando o direito positivo.
PODER NEGOCIAL/ NEGÓCIO JURÍDICO- É a atividade negocial como força geradora das normas jurídicas particulares e individualizadas, sobretudo no instrumento contratual que vinculam apenas que participam da relação jurídica
As normas estabelecidas não são autônomas.
PODER NORMATIVO DOS GRUPOS SOCIAIS- Clubes, Igrejas, Sindicatos dentre outros grupos sociais podem elaborar normas, desde que estejam de acordo com a ordenação da sociedade política.
Exemplos finais:
Súmula Vinculante n° 25: É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade de depósito
Súmula n° 7 do STJ: A pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso especial.
NORMA JURÍDICA
Sociedade como experiência normativa
-O fundamento das normas está na exigência da natureza humana de vida em sociedade, dispondo o comportamento dos seus membros. As normas são fenômenos necessários para a estruturação do próprio homem. 
A vida social está intimamente ligada à disciplina das vidas individuais, elas fundam-se na necessidade de organização da sociedade, exatamente porque a sociedade não existe sem as normas de direito, que tem como objeto a ação humana, com permissões e proibições.
A norma jurídica é a “coluna vertebral” do corpo social (Del Vechio)/ a norma jurídica como experiência social
A norma jurídica é declarada pelo poder.
O direito de resistência
-Obs
Conforme Maria Helena Diniz, a norma jurídica é um objeto cultural, egológico, tendo como substrato a conduta humana com interferência intersubjetiva e na tentativa de realiza a justiça.
Elementos essenciais da norma jurídica:
Imperatividade- dirige o comportamento humano, prescritiva, impõe um dever.
(B) Autorizamento – autoriza ou não o uso das faculdades humanas.
Por isso, a norma jurídica é imperativo-autorizante. A imperatividade releva a conduta humana, diferenciando-se das demais normas.
ATRIBUTOS DA NORMA JURÍDICA
(A) VALIDADE: a validade da norma é verificada através da sua compatibilidade vertical de uma norma jurídica inferior com uma norma jurídica superior, seja porque o conteúdo é compatível, seja porque foi produzida dentro do procedimento adequado e previamente estabelecido pela normatividade jurídica superior. A norma jurídica superior estabelece a matéria da norma jurídica inferior.
( B) VIGÊNCIA: expressa a validade da norma jurídica. Ela pode ser determinada ou indeterminada.
Vigência x incidência
- A incidência é o nexo entre a publicação e início da vigência de uma norma jurídica, podendo-se falar em incidência imediata quando o início da sua vigência coincide com a data de sua publicação, enquanto que a incidência mediata, em que a vigência ocorre somente após a data de publicação, prevendo-se um lapso temporal de vacância normativa conhecida como VACATIO LEGIS.
( C ) VIGOR: é a força vinculante da norma jurídica, traduzindo a impossibilidade dos sujeitos de direito subtraírem-se ao império dos seus efeitos jurídicos. 
(D) EFICÁCIA: é o atributo normativo que designa a possibilidade concreta de produção dos efeitos jurídicos
(E) LEGITIMIDADE: é o atributo normativo que designa a correlação da norma jurídica com o valor socialmente aceito da justiça. A norma jurídica é considerada legítima quando a maioria da sociedade a considera justa.
Normas jurídica e Direito Intertemporal
Cessação da vigência
Revogação – consiste na cessação da validade temporal da normas jurídicas de vigência indeterminada. Para que haja revogação de uma norma jurídica por outra norma jurídica, é necessário que o novo diploma normativo, de igual ou superior hierarquia, regule diversamente as situações sociais que eram disciplinadas pelo diploma normativo anterior.
A Revogação pode ser expressa ou tácita (“revogam-se as disposições em contrário”)
A revogação ainda pode ser total (ab-rogação) ou parcial (derrogação)
 Caducidade- cessação da validade temporal das normas jurídicas com vigência determinada, isto é, decorre automaticamente do ´termino do prazo de validade de uma norma jurídica. Em: medidas provisórias.
 Desuso- perda da validade temporal da norma jurídica por conta de um costume negativo que compromete, gradativamente, o diploma normativo, deixando de ser observado e cumprido pelos agentes sociais
Obs: a possibilidade de repristinação
Obs: irretroatividade x retroatividade das normas jurídicas
“Tempus regit actum”
A segurança jurídica- art. 5º, XXXVI da CF/88
CLASSIFICAÇÃO DAS NORMAS JURÍDICAS
QUANTO A HIERARQUIA- constitucionais, complementares, ordinárias, delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos, resoluções, decretos regulamentares, normas internas, normas individuais.
B) QUANTO AO PODER DE AUTONOMIA LEGISLATIVA – nacionais ou locais; federais, estaduais e municipais 
C) QUANTO AO SISTEMA JURÍDICO: nacional ou internacional
(D) QUANTO À FONTE DE PRODUÇÃO: normas legislativas, normas jurisprudenciais, normas doutrinárias, normas costumeiras, normas negociais e normas do pluralismo social;
(E) QUANTO A VALIDADE MATERIAL: direito público ou direito privado
(F) QUANTO AO GRAU DE SISTEMATIZAÇÃO: legislações codificadas, esparsas e consolidadas
(G) QUANTO À ESTRUTURA DEÔNTICA – regras jurídicas e princípios jurídicos.
(H) QUANTO À SANÇÃO – perfeitas (leges perfectae); mais que perfeitas (leges plus quam perfectae), menos que perfeitas (leges minus quam perfectae) e imperfeitas (leges imperfectae)
Perfeitas- são aquelas cuja violação as leva a autorizar a declaração de nulidade do ato ou a possibilidade de anulação do praticado contra sua disposição e não a aplicação de pena ao violador.
Ex: Art. 9º - Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação.
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta: I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis.
Mais que perfeitas- a sua violação autoriza a aplicação de duas sanções: a nulidade do ato praticado ou o restabelecimento de situação anterior e ainda a aplicação de uma pena ao violador.
Ex: Art. 949 CC/02: No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido das despesas do tratamento e dos lucros cessantes até ao fim da convalescença, além de algum outro prejuízo que o ofendido prove haver sofrido.
Menos que perfeitas: são normas que implicam somente no estabelecimento de uma punição ao agente transgressor, sem que configure a nulidade do ato que ofendeu o preceito normativo
Ex: Art. 1.523. Não devem casar: I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros;
Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento:
I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento;
Imperfeitas: seu comando não implica em qualquer consequência jurídica. Ex: dívida de jogo. 
(I) QUANTO À APLICAÇÃO: (a) eficácia absoluta; eficácia plena; relativa restringível; relativa complementável. 
(J) QUANTO A NATUREZA DE SUAS DISPOSIÇÕES: (a) substantivas; (b) adjetivas
(L) QUANTO À VONTADE DOS SUJEITOS DE DIREITO: (A) cogentes (jus cogens) , que podem ser imperativas ou proibitivas; dispositivas(jus dispositivum)