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Doenças orificiais Dra .Viviane Tiemi Kenmoti Reto: 12-15 cm S3 até linha pectínea Revestida pelo peritônio apenas anterior e lateral 2cm iniciais Colunas retais 2,5-3cm Principais queixas proctológicas 1. Sangramento 2. “ Hemorróida ” 3. Dor 4. Nodulação 5. Prurido 6. Presença de secreção Principais patologias proctológicas 1. Hemorróidas internas 2. Hemorróidas externas 3. Plicoma 4. Fissura anal 5. Abscesso anorretal 6. Fístula anorretal 7. Fístula pilonidal 8. Condiloma Atenção!!! Na avaliação do paciente com queixa de dor e sangramento anal: 1. Pesquisar sinais e sintomas de doença neoplásica 2. Realizar o toque retal: em todos os pacientes!!!! Sinais e sintomas de alarme para câncer colorretal em pacientes com queixa proctológica 1. Perda ponderal 2. Dor abdominal de inicio recente 3. Alteração do hábito intestinal 4. Sangramento anal Outros 2 fatores de risco que devem ser avaliados: 1. Idade: acima de 50 anos 2. História familiar Exames complementares Situação 1: “caroço no ânus” HDA Quando apareceu? Em crises? Constante? Evolução: melhorou?piorou? Aparece com a evacuação? Se for durante a evacuação, a redução é espontânea ou manual? Sintomas associados 1. Dor local 2. Sangramento 3. Prurido 4. Secreção Hipóteses diagnósticas: 1. Doença hemorroidária interna 2. Hemorróida externa simples e trombosada 3. Abscesso perianal 4. Condiloma 5. Plicoma 6. Tumores 7. Procidência retal Doença hemorroidária interna: Nodulação ao esforço evacuatório associado a sangramento,indolor : Hemorróida externa trombosada Nodulação constante, com crescimento progressivo associado a dor intensa Hemorróida externa simples: Episódios intermitentes de nodulação devido ao edema Plicoma Nodulação constante “ veinha ” Abscesso perianal: Nodulação constante, dor pulsátil, associado a febre Condiloma Procidência retal Tumor de canal anal Situação 2: “Sangramento” Características do sangramento? 1. Sangramento vivo 2. Coágulos 3. Melena 4. Raias de sangue 5. Pinga no vaso 6. Visto na papel higiênico 1. Quais os sintomas associados ao sangramento? Associado a evacuação? Sangramento espontâneo? Vai evacuar e sai somente sangue, sem fezes? Dor anal associado? Diarréia ?? HDA Sangramento anal é sinal de alarme!!! Pesquisar outros sinais e sintomas de alarme,história familiar, idade Cuidado!!!! Hemorróida interna Pólipo retal Tumor de canal anal Tumor de reto Fissura anal Doença inflamatória intestinal Doença diverticular com sangramento Angiodisplasia Tumor de ceco Hipoteses diagnoticas Hemorróida interna Sangramento associado a evacuação, sangue vivo, indolor Fissura anal Sangramento com raias de sangue, suja o papel higiênico associado a dor ao evacuar Doença diverticular ou angiodisplasia: Sangramento com coágulos, em grande quantidade, indolor, com ou sem evacuação Doença inflamatória intestinal: Sangramento tipo raias de sangue associado a muco e diarréia Tumor colorretal Melena ou anemia ferropriva Sangramento misturado com as fezes Sangramento vivo Tumor de reto e canal anal: indistinguível do sangramento de doenças orificiais!!! Pólipos Situação 3: Dor anal Características da dor: Dor constante? Dor relacionado à evacuação? Caráter da dor: 1. Pulsátil? 2. “ Rasgando”? 3. Ardencia? Anamnese 1. Abscesso perianal 2. Trombose hemorroidária 3. Fissura Tumor de reto Tumor de canal anal Hipoteses diagnosticas DOR INTENSA Abscesso perianal Dor pulsátil sem relação com a evacuação associado a abaulamento local e febre Trombose hemorroidária: Dor constante que piora com a evacuação associado a nodulação dolorosa Fissura: dor do tipo “ rasgando” associado a sangramento ao evacuar Situação 4: Prurido anal Causas de prurido anal: 1. Má higiene : principal 2. Verminoses : principalmente em criança 3. Doenças anais cutâneas: dermatite seborreica, eczema 4. Doenças sistêmicas: DM e hepatopatias crônicas 5. Plicomas, hemorróidas internas, fissura, fistula Fistula perianal Anamnese Exame físico geral Exame proctológico Como conduzir um paciente com queixa proctologica? Posição de exame proctológico: Inspeção Estatica Dinamica Inspeção Estática Dinâmica inspeção dinâmica inspeção estática 12h 3h 6h 9h Inspeção Hemorróida interna Trombose hemorroidária Fissura anal + plicoma Abscesso perianal Fístula perianal Fístula pilonidal Condiloma Prolapso retal Toque retal Nodulações: papila hipertrófica, pólipo em reto inferior Tumores: endurecido, fixo, friável ao toque Tônus esfincteriano Parede do reto Presença de sangue na luva Mulher: vagina Homens: próstata O que avaliar no toque retal? EXCLUIR NEOPLASIAS Retocele Anuscopia Hemorroida interna Hemorróida interna Prolapso mucoso Linha denteada Fissura anal Papila hipertrófica O que vemos na anuscopia? Doença hemorroidária Definição: Almofadas vasculares que ajudam na continência fecal Tecido conjuntivo com fibras eláticas e colágeno Localização clássica: Lateral esquerdo Anterior direito Posterior direito Causa desconhecida Fatores agravantes: Gravidez Esforço evacuatório Posição ereta Diarréia Hereditariedade Aumento de pressão intra abdominal Envelhecimento Deslizamento das camadas mucosa e submucosa por perda de sustentação 1. Interna 2. Externa 3. Mista Classificação Hemorróida interna Hemorróida interna Plexo venoso drena para as vv. Ilíacas internas Acima da linha pectínea Cobertas por mucosa Inervação visceral: indolor Sangramento vivo, indolor, pinga no vaso, de pequena quantidade Prolapso Dermatite irritativa Sensação de pressão retal Secreção Sensação de esvaziamento incompleto do reto pós- evacuação Anemia: raro, pesquisar outras causas Quadro clínico Como conduzir um paciente com queixa de hemorróida? 1. Anamnese: certificar que os sintomas são compatíveis com o quadro clínico 2. Pesquisar sinais e sintomas de alarme 3. Pesquisar história familiar 4. Exame físico: 1. Inspeção , toque retal e anuscopia Retosigmoidoscopia flexível Sem fatores de risco Colonoscopia Com fatores de risco Exames complementares ↑ 50 anos ↑40 anos com história familiar de câncer colorretal ou adenoma Sangue oculto nas fezes Anemia ferropriva Sinais de alarme A doença orificial pode coexistir com lesões neoplásicas benignas e malignas em até 9,8%das vezes Indicações de colonoscopia Diagnósticos diferenciais Tumor Fissura Procidência Pólipo Grau I: somente sangramento Grau II: sangramento + redução espontânea Grau III: sangramento + redução manual Grau IV: sangramento + irredutível Classificação das hemorróidas internas Grau Tratamento I Dieta II Dieta e ligadura III Dieta e ligadura Dieta e cirurgia IV Dieta e cirurgia Tratamento Modificação da dieta e hábito de vida Procedimentos ambulatoriais Procedimentos cirúrgicos Tratamento Objetivo:diminuir o esforço evacuatório 1. ↑Fibras ( comer frutas e folhas todos os dias) 2. ↑Água ( mínimo 2 litros) 3. Exercício físico 4. Não usar papel higiênico 5. Não ler no banheiro Modificação da dieta e do hábito de vida 1. Ligadura elástica 2. Cirurgia 3. Anopexia grampeada 4. TDH Tratamento Ligadura elástica Procedimento ambulatorial Não necessita sedação Hemorroidas internas Outras técnicas Anopexia mecânica:(PPH) Ressecção circunferencial da mucosa e submucosa Fixação dos tecidos Interrupção da irrigação Menos dor pós operatória e retorno mais precoce ao trabalho Recorrência > cirurgia Ligadura arterial guiada por doppler(TDH) Doppler localiza os ramos terminais das artériashemorroidárias (6-7 cm da margem anal), nas posições 1, 3, 5, 7, 9 e 11 horas Vasos são ligados no sentido craniocaudal até o limite inferior do sinal do Doppler, a 2 cm da margem anal, superiormente à linha pectínea. A porção inferior da ligadura é amarrada à superior fazendo pexia da mucosa, com redução do prolapso. Ligadura arterial guiada por doppler(TDH) Melhor para 2º e 3º grau Hemorroidectomia Indicações de hemorroidectomia Grau IV Grau III não responsivo a outros tratamentos Estranguladas Associação com úlceras, fissuras e fístulas Associação com hemorroida externa sintomatica ou grandes plicomas Hemorroidectomia Padrão ouro Técnica de Milligan e Morgan( aberta) Técnica de Ferguson ( fechada) Semi fechada: cicatrização mais rápida e menos complicações PO Obando:Ligadura cirúrgica . Hemorroidectomia cirúrgica Complicações PO Retenção urinária Sangramento Dor Estenose anal Incontinência Principal complicação da hemorróida interna: estrangulamento Tratamento clínico: Analgesia Amaciante de bolo fecal Banho de assento Anestésico tópico Tratamento cirúrgico de urgência: Dor importante Hemorróida externa Plexo venoso drena para as vv. Ilíacas externas Abaixo da linha pectínea Cobertas por anoderma/pele Inervação somática: dolorosas Quadro clínico : 1. Assintomáticos 2. Edema local 3. Irritação 4. Prurido Complicação: trombose Tratamento de hemorroida externa não complicada Expectante Fezes amolecidas, sem esforço evacuatório Não usar papel higiênico Hemorróida externa trombosada Dor intensa em região anal, contínua, que piora durante a evacuação Nodulação perianal constante Sangramento: necrose e ulceração Causas: esforço evacuatório ou físico intenso Cirúrgico:hemorroidectomia 48-72h do início dos sintomas Tratamento clínico: Banho de assento Amaciador de bolo fecal Analgesia Trombectomia: alta taxa de recorrência Tratamento Trombectomia Plicoma anal Tecido redundante na margem anal Reabsorção de hemorróidas externas trombosadas Quadro clínico: Dificuldade de higiene Edema e dor local durante o esforço evacuatório Tratamento 1. Expectante Indicação de cirurgia 1. Dificuldade de higiene 2. Quadros repetitivos de edema e dor local 3. Estético Fissura anal Úlcera longitudinal distal à linha pectínea Fisiopatologia : Menor irrigação da região posterior do ânus Hipertonia esfincteriana Locais mais comuns: Anterior e posterior (90%) Principal fator desencadeante: Fezes endurecidas Dor as evacuações que podem persistir por horas, do tipo rasgando, de forte intensidade Sangramento anal, geralmente visto no papel higiênico Fissura crônica as vezes a dor é de leve intensidade Quadro clinico Características das fissuras necessitam de investigação: 1. Várias fissuras 2. Fissuras indolores 3. Fora da linha média 4. Não cicatriza com tratamento adequado Diagnóstico de fissura anal: a) Inspeção b) Toque retal c) Anuscopia Classificação: Aguda ou crônica Fissura anal aguda: 1. Menos de 6 semanas do início dos sintomas 2. Base rasa 3. Bordas finas 4. Não visualiza o EAI Fissura anal crônica: 1. Mais de 8-12 semanas 2. Tríade 3. Visualização do EAI 4. Bordas elevadas e duras 5. Base funda Tríade da fissura anal crônica: Plicoma sentinela Fissura anal Papila hipertrófica Orientações dietéticas Banho de assento AINE Anestésico tópico Tratamento clínico :taxa de cura de até 87% Tratamento da fissura anal aguda Base do tratamento: Fezes amolecidas Diminuir a hipertonia esfincteriana Tratamento da fissura anal crônica Exames complementares : Retosigmoidoscopia Colonoscopia Manometria anorretal Manometria anorretal Analisar as pressões do canal anal 1. Dilatação anal 2. Esfincterotomia lateral interna (ELI) 3. Avanço de retalho: baixas pressões de repouso 4. Esfincterotomia química:isossorbida, nifedipina 5. Toxina botulínica Modalidades de tratamento Padrão ouro Menores taxas de recorrência Principal complicação: incontinência Esfincterotomia lateral interna Esfincterotomia lateral interna Cicatrização de 67% das fissuras em 8 semanas Melhor como terapia tópica do que oral Nifedipina, diltiazen Recorrência em 6m: 42% Bloqueador dos canais de Ca Bloqueio simpático do EAI Altas taxas de recorrência Toxina botulínica Abscesso anorretal Ducto das glândulas anais se esvaziam nas criptas que estão situadas na linha denteada Causa mais comum:Infecção criptoglandular inespecífica Obstrução do ducto → estase e proliferação bacteriana Fatores predisponentes: trauma local (fezes endurecidas) Causas específicas: 1. DII 2. Tuberculose 3. Linfogranuloma venéreo 4. Trauma local 5. Corpo estranho 6. Cirurgia 7. Hemorroidectomia 8. Tumores Classificação Mais comum: perianal Mais raro: supra elevador Dor anal constante e progressiva, de forte intensidade, pulsátil Secreção Febre Abaulamento local Quadro clínico Diagnóstico: inspeção na duvida: usg , rnm Tratamento Cirúrgico Indicação de antibioticoterapia: Uso de próteses Celulite extensa Diabetes Imunossuprimidos Sepse Fístula perianal Secundário a abscesso anorretal Comunicação da pele com o canal anal ou reto Principal teoria: criptoglandular Classificação das fístulas Tipo mais comum: Interesfinctérica Tipo mais raro: Extra esfinctérica Clinico Inspeção:Orifício com tecido de granulação com saída de pus Palpação: cordão fibroso Toque retal e anuscopia: Identificar o orifício interno Diagnostico Regra de Goodsall Posterior Anterior Posterior Anterior Retosigmoidoscopia Colonoscopia: sinais e sintomas sugestivos de DII, fístulas múltiplas ou recorrentes Usg endorretal RNM Fistulografia Exames complementares Envolvimento dos esfíncteres Sepse oculta Cirurgia Base do tratamento: 1. Eliminar o orifício interno 2. Curetar o trajeto e retirar o tecido de granulação Tratamento Tratamento –opções cirúrgicas 1. Fistulotomia 1. Setton 1. Avanço de retalho 1. Cola de fibrina: fibrinogênio e trombina 1. Plug NÃO SECCCIONAM A MUSCULATURA ESFINCTERIANA Menor risco de incontinência anal Fistulotomia Principal complicação: Incontinência OE TRAJETO OI Setton Fístula pilonidal Infecção que ocorre no subcutâneo na região sacrococcigea Quadro agudo: abscesso Quadro crônico :fístula Paciente típico: Homem jovem com excesso de pelo Fisiopatologia: 1. Desconhecida 2. Presença de pelo no tecido subcutâneo →processo inflamatório com presença de tecido de granulação Diagnóstico: Inspeção Orifício de drenagem com tecido de granulação Orificio na linha média com tecido epitelial Pêlos entrando dentro dos orificios Fístula pilonidal Tratamento do quadro agudo: Drenagem Tratamento do quadro crônico: Cirúrgico Mais realizado: Incisão e curetagem Colonoscopia FIM
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