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CIÊNCIAS AMBIENTAIS- MINERAÇÃO

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IMPACTOS AMBIENTAIS DA MINERAÇÃO
 A mineração é uma das práticas básicas da economia do país, contribuindo para o bem-estar e a melhoria da qualidade de vida das presentes e futuras gerações, sendo crucial para a igualdade do desenvolvimento de uma sociedade. 
 Portanto, ela deve ser praticada com responsabilidade social, estando sempre presentes os princípios de um desenvolvimento sustentável, uma vez que, a mineração causa um impacto ambiental considerável. Ela altera intensamente a área minerada e as áreas vizinhas, onde são feitos os depósitos de estéril e de rejeito. Além do mais, quando temos a presença de substâncias químicas no minério, isto pode significar um problema sério do ponto de vista ambiental.
 Outro fator relevante é que os recursos minerais são bens esgotáveis, não renováveis. Por esse fato, tendem a escassez à medida que se desenvolve a sua exploração. A economia que guia nossos sistemas políticos não é sustentável, não se pauta pela simplicidade. Nossa economia busca crescer sempre mais e mais e nessa busca incessante por lucro mercantilizam-se a vida e os bens comuns colocando em risco todo o equilíbrio ecológico planetário. É impossível ser sustentável e seguir o ritmo oque o capitalismo persegue sendo ele então, incompatível com a sustentabilidade, porque coloca o dinheiro acima da vida e prega o aumento do lucro acima de tudo. Vale ressaltar que a população de baixa renda é totalmente dependente da mineração, visto que, tal atividade, corresponde ao maior mercado de trabalho da região, a mão–de–obra ainda é a maior forma de empregabilidade para tal classe social. Deste modo, configura- se um ciclo que não se fecha.
 Assim como toda exploração de recurso natural, a atividade de mineração provoca impactos no meio ambiente seja no que diz respeito à exploração de áreas naturais ou mesmo na geração de resíduos. Segundo CPRM (2002), os principais problemas oriundos da mineração podem ser englobados em cinco categorias: poluição da água, poluição do ar, poluição sonora, subsidência do terreno, incêndios causados pelo carvão e rejeitos radioativos. 
 A mineração consome volumes extraordinários de água: na pesquisa mineral (sondas rotativas e amostragens), na lavra (desmonte hidráulico, bombeamento de água de minas subterrâneas etc), no beneficiamento (britagem, moagem, flotação, lixiviação etc), no transporte por mineroduto e na infraestrutura (pessoal, laboratórios etc). Há casos em que é necessário o rebaixamento do lençol freático para o desenvolvimento da lavra, prejudicando outros possíveis consumidores. Frente a tudo isso, uma série de impactos podem ocorrer: aumento da turbidez e consequente variação na qualidade da água e na penetração da luz solar no interior do corpo hídrico; alteração do pH da água, tornando-a geralmente mais ácida; derrame de óleos, graxas e metais pesados (altamente tóxicos, com sérios danos aos seres vivos do meio receptor); redução do oxigênio dissolvido dos ecossistemas aquáticos; assoreamento de rios; poluição do ar, principalmente por material particulado; perdas de grandes áreas de ecossistemas nativos ou de uso humano etc. 
 É imprescindível comentar sobre as duas tragédias ambientais decorrentes do rompimento das barragens de rejeitos de minério de ferro que ocorreram nos últimos anos, em Mariana e Brumadinho. Além de terem tirado centenas de vidas humanas, essas duas tragédias causaram impactos ambientais gigantescos que estão destruindo e prejudicando a vida de várias pessoas que dependem dessas regiões para sobreviverem. 
 Em ambas regiões a lama chegou aos rios, lá soterrou animais bentônicos e recifes de corais que estavam próximos dessa região, sem contar as espécies de peixes que desapareceram e as que ainda vivem por lá, correm grande risco de morte, pois estão sendo vítimas de bioacumulação por conta da contaminação da água por metais pesados como, chumbo, cromo e arsênio. Um outro aspecto a mencionar, é destruição de uma região inteira de mata atlântica em Brumadinho, bioma este, que está praticamente extinto de nosso país. Não só apenas as plantas foram atingidas, diversas espécies mamíferos e anfíbios também desapareceram. 
 Com o avanço tecnológico, já foram constatadas várias possibilidades de reaproveitamento destes materiais, um exemplo disso é a confecção de tijolos, e de asfalto com os rejeitos. Para a diminuição os impactos das recentes tragédias ambientais, as alternativas são: Fazer uso da Fitorremediação (utilização de espécies de plantas como Aguapé, Mucuna Preta ou feijão-de-porco) para retirar os metais pesados que estão lá) e Biorremediação (utilização de bactérias ou fundos também para destruírem esses compostos nocivos que estão na água) e a reconstrução das matas ciliares ,ou seja, plantar uma espécie de planta nas margens para impedir que mais rejeitos cheguem aos rios. 
 Entretanto, a impunidade custa bem menos do que colocar em prática formas de prevenção, reparação e preservação ambiental. Portanto, para se reduzir os grandes impactos da mineração, será necessário aumentar as exigências ambientais e a fiscalização, obrigando a mudanças no comportamento das mineradoras, ou seja, resta aos órgãos ambientais e ao poder judiciário, tirar está discussão do papel, e obrigar as mineradoras a investirem no reaproveitamento de suas sobras, para reduzirem os riscos de sua atividade e também ao Poder Público em promover políticas públicas de incentivo a este reaproveitamento.
Bibliografia
CRPM. Perspectivas do Meio Ambiente do Brasil – Uso do Subsolo. MME - Ministério de Minas e Energia, 2002. Disponível em www.cprm.gov.br. Acesso em 23 Mai 2019
www.globalsustentavel.com.br/sustentabilidade/
https://domtotal.com/noticia/1157093/2018/03/mineracao-sustentavel-uma-possibilidade-um-sonho-ou-algo-necessario/
http://www.registro.unesp.br/sites/museu/basededados/arquivos/00000429.pdf

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