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Caso clínico: Atuação fonoaudiológica e os modelos de organização das ações e serviços de saúde. Apesar dos avanços na estruturação e ampliação do Sistema Único de Saúde (SUS) nos últimos anos, ainda há desconhecimentos por parte dos profissionais e dos usuários em relação aos direitos dos cidadãos brasileiros à saúde em todo o território brasileiro. Dessa forma, solicitamos a análise do caso clínico a seguir tendo como referência e embasamento os modelos de organização das ações e serviços de saúde que devem se fundamentar em três principais pilares: rede, regionalização e hierarquização. “JRS, morador da cidade do Rio de Janeiro, possui um filho, ARS, Com a idade de 02 anos de idade, com o diagnóstico de Síndrome de Down precisando de acesso aos serviços, aos recursos e às necessidades diagnósticas e terapêuticas para um desenvolvimento com mais qualidade de vida.” Assim: Como você, profissional de saúde, que possui uma formação voltada para o SUS orientaria a JRS a buscar os serviços e profissionais necessários a ARS pautados nos modelos de organização das ações e serviços de saúde que estão embasados na construção da rede regionalizada e integrada de um sistema único em todo o território nacional; na regionalização da saúde como estratégia essencial para consolidar os princípios de universalidade, integralidade e equidade do SUS e na hierarquização dos serviços de saúde às necessidades dos usuários? Resposta: Como profissional de saúde, com uma formação voltada para o SUS, meu primeiro passo seria realizar um estudo territorial para me situar sobre onde essa família está inserida, verificando qual é a unidade de saúde, que possua um núcleo ampliado de saúde da família (NASF), mais próxima daquela região. Após ter o conhecimento acerca dessa regionalização, eu orientaria JRS a realizar o cadastro nessa unidade pois lá seu filho será avaliado pelo médico da família que fará o encaminhamento para que a ARS possa receber o acesso aos serviços de saúde necessários, que fazem parte da complexidade requerida pelo caso, respeitando os limites recursais disponíveis e a hierarquização, ou seja, a organização em níveis de complexidade (atenção primária secundária e terciária) atribuída a necessidade de cada atendimento. Dessa forma, esse núcleo familiar poderá contar com a construção de um cuidado que possua um suporte psicossocial, que seja focado no apoio familiar e na disseminação de informações (na relação equipe-família) além de um cuidado compartilhado, através da elaboração e da articulação de um plano terapêutico que englobe a equipe multiprofissional e a inclusão de visitas domiciliares, quando julgadas necessárias, fazendo com que esse cuidado seja norteado também pelos princípios da universalização, integralidade e equidade que garantem, respectivamente, que todos devem ter acesso ao Sistema Único de Saúde; que todos os aspectos de cada indivíduo devem ser levados em consideração pelo profissional ou equipe que irá atendê-lo e que por mais que todos tenham direito aos serviços de saúde, cada indivíduo é único e possui necessidades distintas.
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