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Fisiologia dos pares cranianos

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JULIANA LIMBERGER ATM 2025/1 
Pares cranianos 
INTRODUÇÃO 
A maioria dos nervos cranianos possui origem no tronco encefálico. Logo, ele concentra a maior 
parte dos núcleos desses nervos. 
Dos 12 pares cranianos, apenas dois não possuem origem no tronco (I par, nervo olfatório e II par, 
nervo óptico). O olfatório sai do telencéfalo; o óptico sai do diencéfalo e o acessório sai do tronco 
mas está em nível de medula. 
 NCI: Nervo olfatório 
 NCII: Nervo óptico 
 NCIII: Nervo Oculomotor – componentes motor somático e visceral 
 NCIV: Nervo troclear – componente motor somático 
 NCV: Nervo trigêmeo 
 NCVI: Nervo abducente – componente motor somático 
 NCVII: Nervo facial 
 NCVIII: Nervo vestíbulo coclear – componente somático sensitivo 
 NCIX: Nervo glossofaríngeo 
 NCX: Nervo vago 
 NCXI: Nervo acessório – componente motor somático 
 NCXII: Nervo hipoglosso – componente motor somático 
 
 
 
SENSITIVOS 
MOTORES 
MISTOS 
A divisão parassimpática craniana 
se utiliza de 4 pares dos nervos 
cranianos: 3, 7, 9 e 10. Em algum 
trecho desses nervos encontraremos 
um componente motor visceral 
parassimpático. 
 
JULIANA LIMBERGER ATM 2025/1 
Nervos sensitivos 
NERVO OLFATÓRIO (I) 
Origem: considera-se como uma projeção do 
telencéfalo 
O neurônio/fibra de primeira ordem (vem da 
periferia) atravessa a lâmina cribriforme e faz 
sinapse com outro neurônio da porção distal do 
nervo, neurônio de segunda ordem. Esses 
neurônios de segunda ordem vão para o 
telencéfalo – para o córtex pré-frontal – e em um 
segundo momento para o tálamo. 
Os neurônios de primeira ordem, que estão na 
periferia, são os que formam a mucosa olfatória. Essas fibras sensoriais também são aquelas que 
transitam na lâmina cribiforme. 
Bulbo olfatório – aglomerado de conexões simpáticas que forma uma dilatação na porção distal 
do nervo. São os neurônios de segunda ordem que constituem basicamente o nervo olfatório. 
 A informação olfativa primeiro vai ao córtex pré-frontal (responsável pela intepretação de 
informações olfativas) e depois chega ao tálamo, ao contrário das outras fibras sensoriais. 
Portanto, o tálamo é uma 2ª ou 3ª estação sináptica. 
 Um traumatismo craniano ou uma pancada muito forte no crânio pode causar hiposmia- perda 
parcial do olfato- ou anosmia- perda total no sentido olfativo. Isso decorre devido ao fato de a 
pancada provocar uma movimentação do encéfalo e do bulbo. Entretanto, como os filetes 
nervosos estão presos na lâmina cribiforme, eles não se movimentam, fazendo com que haja 
uma ruptura dos filetes com o bulbo olfatório. 
 Com o tempo esse olfato pode retornar, pois a mucosa olfatória é especial uma vez que suas 
células se regeneram a cada 60/70 dias, tendo, portanto, atividade mitótica grande, logo são 
uma exceção a máxima de que neurônios não se regeneram. 
Devido ao nervo olfatório estar próximo das meninges qualquer fratura na base 
do crânio ou no osso etmoide aumenta as chances de haver um extravasamento 
do líquor (espaço subaracnóideo). 
JULIANA LIMBERGER ATM 2025/1 
NERVO ÓPTICO (II) 
Origem: retina 
Na retina há as células fotorreceptoras (cones e 
bastonetes) que realizam sinapses com as 
células bipolares, que por sua vez realizam 
sinapses com os neurônios ganglionares. São 
esses neurônios ganglionares que formam o 
nervo óptico. 
A retina é dividida em retina lateral e retina 
medial. No quiasma óptico as fibras oriundas das 
retinas mediais cruzam para o lado oposto 
(portanto, as informações do campo visual lateral 
cruzam) e as fibras oriundas das retinas laterais 
permanecem no mesmo lado (ipsilaterais). 
Assim, por exemplo, o olho esquerdo mandará 
fibras para o diencéfalo direito, uma região 
chamada de corpo geniculado lateral, e vice-
versa. Por outro lado, devido a retina lateral ser 
homolateral suas fibras irão direto para o corpo 
geniculado lateral. 
Depois do corpo geniculado lateral haverá uma 
projeção das fibras ao lobo occipital. 
 O campo visual temporal ou lateral incide 
sobre a retina medial. Já o campo visual nasal ou medial incide sobre a retina lateral. 
DEFEITOS DO CAMPO VISUAL 
Secção do nervo óptico direito – cegueira monocular direita 
Secção do quiasma óptico – hemianopsia bitemporal, ou seja, há perda parcial ou completa da 
visão em uma das metades do campo visual de um ou de ambos os lados. Há um comprometimento 
das fibras da retina medial que traz informações do campo visual lateral (parte periférica da visão 
será perdida). 
Secção do trato óptico – 
hemianopsia homônima esquerda 
Visão em túnel – no quiasma óptico 
se tem a haste da hipófise, logo há 
uma aproximação da glândula 
hipófise com o quiasma óptico. Um 
crescimento da hipófise devido a 
um tumor dessa glândula, pode 
interromper o fluxo do campo de 
visão lateral e causar perda da visão periférica. 
JULIANA LIMBERGER ATM 2025/1 
NERVO VESTIBULOCOCLEAR (VIII) 
Origem: orelha interna 
O aparelho vestibular da orelha interna responde às mudanças na posição do corpo no espaço. As 
cristas são receptores sensoriais para a aceleração rotacional. As máculas são receptores 
sensoriais para a aceleração linear e a posição da cabeça. 
Esse nervo apresenta dois componentes: um vestibular, que é 
responsável pelo equilíbrio e pela posição da cabeça; e um 
coclear, que está associado com a audição. 
 
Diante disso, existe uma tendência dos olhos de acompanhar o 
movimento da cabeça – movimento conjugado. Sendo assim, 
diversos reflexos podem ser testados utilizando o nervo 
vestibulococlear, o núcleo vestibular e os pares cranianos 
influenciados por ele. 
 
 
 
 
 
 
Obs.: o nervo coclear apresenta essencialmente fibras sensoriais que vem da periferia da cóclea 
mandando informações oriundas do sistema nervoso sobre a audição. Entretanto, alguns autores 
dizem que esse nervo também carrega fibras motoras oriundas do sistema nervo e que vão para 
algumas estruturas da cóclea para realizar uma espécie de amplificação sonora. 
JULIANA LIMBERGER ATM 2025/1 
Motores 
NERVO OCULOTOMOR (III) 
Origem: mesencéfalo 
Inerva os músculos extraoculares (reto superior, reto medial, 
reto inferior, oblíquo inferior) e o músculo elevador da 
pálpebra. 
Esse nervo possui um componente motor somático, ao 
inervar os músculos extraoculares e um componente motor 
visceral, ao inervar o esfíncter pupilar e o músculo ciliar 
(sendo ambos músculos lisos). Esse componente visceral do 
nervo Oculomotor é parassimpático, assim como de todos os outros nervos cranianos que 
possuem partes viscerais. 
Seu componente parassimpático, com fibras pré e pós-ganglionares, faz a inervação do músculo 
constritor da pupila (músculo liso), responsável por fazer miose, e do músculo ciliar (acomoda o 
cristalino do olho); 
O nervo oculomotor realiza somente a miose - diminuição da 
pupila por ação do músculo constritor da pupila e está 
relacionado com o componente parassimpático. 
A midríase ocorre por meio de um componente simpático (não 
está relacionado com os pares cranianos) que vem da medula 
espinal e que sobe pela carótida para entrar no crânio e 
posteriormente no olho. Esse componente então, faz com que o 
músculo dilatador da pupila dilate o olho. 
 Testar os reflexos pupilares é parte de um exame 
neurológico padrão. A luz que chega à retina de um olho ativa 
o reflexo. Os sinais são levados através do nervo óptico para 
o tálamo e, então, para o mesencéfalo, onde neurônios 
eferentes contraem as pupilas de ambos os olhos. Essa 
resposta é denominada reflexo consensual e é mediada por 
fibras parassimpáticas do nervo craniano III. Isto é, é possível 
detectar as funções da região posterior e do núcleo de 
Edinger-Westphal (que realiza a constrição da pupila). 
 Essa estimulação de um olho produz um reflexo consensual, que faz com que o outro olho 
responda da mesma forma. 
LESÕES NO NERVO OCULOMOTOR – podem causar uma queda de 
pálpebra (ptose), pois o músculo elevador da pupila não funciona 
de forma correta.JULIANA LIMBERGER ATM 2025/1 
Além disso, quando a pupila permanece sempre em midríase pode haver um sinal de que haja 
lesão do nervo Oculomotor, impossibilitando o indivíduo de realizar miose. 
NERVO TROCLEAR (IV) 
Origem: mesencéfalo 
É um nervo motor exclusivamente somático e inerva o músculo oblíquo superior; 
Passa em uma alça do músculo oblíquo superior e faz sua inervação; 
NERVO ABDUCENTE (VI) 
Origem: ponte 
Inerva o músculo reto lateral, que faz a abdução do olho. 
LESÃO DE NERVO ABDUCENTE – causa um desvio ocular para medial 
(estrabismo convergente). O músculo reto lateral que é inervado pelo 
nervo abducente não funciona. Assim, o m. reto medial “puxa” o olho para 
medial pois este está integro. 
 
NERVO ACESSÓRIO (XI) 
Origem: medula cervical 
Esse nervo irá inervar apenas o músculo 
esternocleidomastóideo e o trapézio. 
 O nervo acessório, na verdade, não é um nervo 
craniano, pois ele vem da medula espinal. 
Entretanto, o nervo parte de raízes da medula 
que entram ascendendo no crânio pelo forame 
magno, fazendo uma alça (curva) e saindo do 
crânio pelo forame jugular. Ao sair do forame ele 
vai em direção ao músculo 
esternocleidomastóideo. 
 Na região bulbar, há uma raiz maior e uma raiz 
menor que formam o nervo X (vago) também sai 
pelo forame jugular. Essa aproximada posição 
constituiu por anos a errônea afirmação de que 
o nervo acessório tinha uma raiz bulbar e uma 
raiz espinal, sendo a raiz bulbar confundida e 
dada como a atual raiz menor do nervo vago. 
Obs.: as fibras vagais aberrantes- que estão 
próximas da “alça” do nervo acessório- pertencem ao 
nervo vago. Por isso, essas fibras que inervam os 
músculos da laringe pertencem ao vago. 
JULIANA LIMBERGER ATM 2025/1 
NERVO HIPOGLOSSO (XII) 
Origem: bulbo 
Inerva a musculatura intrínseca e extrínseca da língua, exceto o músculo palatoglosso que é 
inervado pelo nervo vago. 
 
 
 
 
 
O nervo hipoglosso possui uma anastomose com uma ramificação que vem dos primeiros nervos 
cervicais (C1, C2, C3). 
 
Mistos 
NERVO TRIGÊMIO (V) 
Origem: ponte, bulbo e medula superior 
É um nervo misto (sensorial e motor somático) com três ramificações e uma raiz motora. Não 
inerva glândulas. 
 Ramo oftálmico (fissura orbital superior) – 
V1/primeira divisão; 
 Ramo maxilar (forame redondo) – V2/segunda 
divisão; 
 Ramo mandibular (forame oval) – V3/terceira 
divisão; 
Esse nervo possui um gânglio que se conecta a 
ponte. 
Raiz motora somática - é pequena e acompanha a 
divisão mandibular. Também é responsável pela 
inervação dos músculos da mastigação – temporal, 
masseter (o mais importante, pois é o mais forte), 
pterigoideo medial e pterigoideo lateral –, além dos 
músculos tensor do tímpano, digástrico ventre 
anterior, milo-hioide e tensor do véu palatino. 
 
JULIANA LIMBERGER ATM 2025/1 
Raiz sensitiva somática - A máscara facial é formada pelas 3 
divisões sensoriais do trigêmeo e é responsável por todas a 
sensibilidade geral da pele da face (dor, temperatura, tato, etc.). 
O nervo trigêmeo também faz a inervação sensorial (sensibilidade 
geral) dos 2/3 anteriores da língua pelo nervo lingual. A sensibilidade 
gustativa dessa mesma parte é feita pelo nervo facial. O terço 
posterior da língua tem inervação sensorial e gustativa feitas pelo 
nervo glossofaríngeo (NCIX). 
 
 
 
 
 
 
A queda do palato pode ser ocasionada por 
uma lesão no nervo trigêmeo. 
Lesão nos músculos estapédio (NCVII) ou o 
tensor do tímpano (NCV), cujas funções são 
a atenuação sonora, pode causar surdez. Da mesma forma, lesão nos nervos trigêmeo e facial 
pode ter essa consequência. 
 
NERVO FACIAL (VII) 
Origem: ponte 
O componente motor somático perfura a 
glândula parótida, e, dentro dela, o nervo facial 
se ramifica em troncos superior (temporofacial) 
e inferior (cervicofacial), que também se 
ramificam para formar o plexo parotídeo, de 
onde saem cinco ramos terminais principais que 
inervam os músculos da mímica. Dessa forma, o 
nervo facial não inerva a parótida. Além disso, o 
músculo estapédio – atenuação sonora da região 
da orelha média –, músculo ventroposterior do 
digástrico posterior e o músculo estilo-hióideo 
são inervados pelo nervo facial. 
O componente sensitivo especial faz a inervação 
gustativa dos 2/3 anteriores da língua por um 
JULIANA LIMBERGER ATM 2025/1 
nervo que “pega carona” com o nervo lingual (ramo da raiz mandibular do trigêmeo). Logo, a 
sensibilidade geral é feita pelo trigêmeo e a sensibilidade gustativa (especial) é feita pelo facial. 
A inervação motora visceral (parassimpática) da glândula lacrimal é feita 
por um ramo do nervo facial que se origina no núcleo salivatório superior 
e “pega carona” com o nervo lacrimal (ramo da raiz maxilar do trigêmeo), 
responsável pela inervação sensorial da glândula. Além da lacrimal, o 
componente motor visceral parassimpático inerva as glândulas sublingual 
e submandibular. 
 No tronco encefálico, há dois núcleos 
relacionados ao nervo facial que são 
controlados pelo córtex motor: o núcleo 
superior, que manda fibras para a parte 
inferior do rosto e o núcleo inferior que 
envia fibras para a parte superior. 
 O núcleo superior é inervado por 
neurônios contralaterais 
 O núcleo inferior é inervado por neurônios 
contralaterais e homolaterais 
LESÃO DO NERVO FACIAL 
Pode haver paralisias supranucleares e 
infranuclares. 
Quando toda uma hemiface está paralisada, 
pode-se presumir que houve uma paralisia 
infranuclear (lesão periférica que afeta os NMIs). 
Quando há apenas um quadrante da hemiface 
paralisado, pode-se presumir que há uma paralisia supranuclear (lesão central). Por exemplo: se 
há uma paralisia no quadrante inferior da face é provável que a lesão ocorreu no lado oposto onde 
houve um interrompimento das informações contralaterais. Entretanto, como núcleo superior 
possui um controle homolateral também, a região superior do rosto permanece normal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pelo fato de um longo trecho do nervo 
passar pelo canal ósseo há muitas 
chances de compressão desse nervo 
devido a aumento de linfonodos, de 
vasos sanguíneos e proliferação de 
tecidos ao redor durante um estado 
patológico. Portanto, esse nervo é 
muito suscetível a lesão periférica. 
Essa lesão normalmente decorre de 
um vírus (reativação do vírus herpes 
simples tipo 1 no gânglio geniculado, 
na maioria das vezes) que causa os 
sintomas da patologia conhecida 
como paralisia de Bell. 
 
JULIANA LIMBERGER ATM 2025/1 
 
Além disso, lesão no nervo facial pode causar problemas no olho, pois o nervo facial inerva a 
glândula lacrimal que protege o olho. Portanto uma lesão no nervo facial pode causar problema 
oftálmico. 
NERVO GLOSSOFARÍNGEO (IX) 
Origem: bulbo 
Somente um músculo é inervado pelo componente motor somático do nervo glossofaríngeo: o 
músculo estilo-faríngeo. 
O componente motor visceral parassimpático do nervo glossofaríngeo inerva a glândula parótida. 
É responsável pela inervação sensorial geral e gustativa do terço posterior da língua. Na 
bifurcação das carótidas, há o corpo carotídeo que carrega fibras sensoriais que vão em direção 
ao nervo glossofaríngeo para levar informações sobre pressão arterial (barorreceptores). 
Obs.: Os barorreceptores do seio carotídeo levam informações tanto ao nervo glossofaríngeo 
quanto ao vago. Da mesma forma, a epiglote leva informações a esses nervos, causando o reflexo 
de vômito. 
NERVO VAGO (X) 
Origem: bulbo 
Nervo vago, pois, fica vagando, tanto na região cervical, torácica e abdominal, emitindo ramos 
nessas regiões. 
Componente motor somático - a nível cervical e um pouco da região torácica, o vago emite o nervo 
laríngeorecorrente. Ele recorre a traqueia e ao esôfago indo em direção à laringe para inervar os 
músculos intrínsecos da laringe, sendo que o laríngeo recorrente direito é mais superior e mais 
curto que o esquerdo, devido a angulação do arco da aorta ser para a esquerda. Diante disso, o 
nervo direitoé cervical e o esquerdo é cervico-torácico. Esse componente motor também inerva 
a faringe. 
O componente motor visceral parassimpático inerva todos os órgãos da cavidade torácica e parte 
da cavidade abdominal, menos a porção final do trato digestório (cólon descendente, sigmoide, 
reto) que é inervado pelo plexo sacral parassimpático das vertebras S2 a S4. 
O componente sensorial do vago inerva a dura-mater, baro e quimiorreceptores carotídeos e a 
parte da epiglote. A região da epiglote é inervada pelo vago, que, quando algum objeto toca na 
região inicial da epiglote para dentro da laringe, o nervo vago emite sinais para fechar a epiglote 
e evitar entrada de outros objetos. Ademais, ele emite também os reflexos da tosse para expelir 
o objeto estranho na região da laringe. Essa inervação da laringe é feita acima do ventrículo da 
laringe. 
Além disso, na laringe se tem os músculos da voz (tireoaritenóides) que são inervados pelo nervo 
vago (ramo laríngeo recorrente), o que faz com que a movimentação das pregas voais também 
dependa dessa inervação do vago. 
JULIANA LIMBERGER ATM 2025/1 
Uma lesão nesse nervo pode causar a paralisia das cordas vocais, deixando o indivíduo mudo. 
Diante disso, tumores esofágicos podem causar alterações vocais pois o nervo laríngeo recorrente 
recorre pelo sulco traqueo-esofágico. 
 
 
 
 
 
	introdução
	nervo olfatório (I)
	nervo óptico (II)
	nervo vestibulococlear (VIII)
	nervo oculotomor (III)
	nervo troclear (Iv)
	nervo abducente (vi)
	nervo acessório (XI)
	nervo hipoglosso (XIi)
	nervo trigêmio (V)
	nervo facial (vii)
	nervo glossofaríngeo (ix)
	nervo vago (x)

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