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LUCRO REAL IRPJ E CSLL

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Contabilidade Tributária
Lucro Real
Prof: Gilberty Vilele
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IRPJ e CSLL – LUCRO REAL
1 - CONCEITO 
É a base de cálculo do imposto sobre a renda apurada segundo registros contábeis e fiscais efetuados sistematicamente de acordo com as leis comerciais e fiscais. 
Para efeito da incidência do imposto sobre a renda,o lucro real das pessoas jurídicas deve ser apurado na data de encerramento do período de apuração que encerra-se: 
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1 - CONCEITO 
nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro, no caso de apuração trimestral do imposto de renda da pessoa jurídica.
no dia 31 de dezembro de cada ano-calendário, no caso de apuração anual do imposto de renda; 
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c) na data da extinção da pessoa jurídica, assim entendida a destinação total de seu acervo líquido; 
d) na data do evento, nos casos de incorporação (Ex: Santander – Banco Real), fusão ( Brahma/SKOL/Antártica – AMBEV) ou cisão ( Extinção total ou cisão parcial)
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 1.1 - PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS 
São características especiais da tributação com base no lucro: 
Balanço Patrimonial 
O regime de tributação com base no lucro real exige o levantamento de Balanços Patrimoniais, fundamentados nas normas das legislações comercial e fiscais e de acordo com os Princípios Fundamentais de Contabilidade. 
Os Balanços são levantados ao final de cada trimestre ou de cada ano, de acordo com o período de apuração escolhido pela pessoa jurídica. 
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Apuração do Lucro Real 
O Lucro Real é apurado a partir do lucro efetivo da pessoa jurídica, ou seja, do resultado das receitas, ganhos e rendimentos auferidos, deduzidos dos custos, das despesas e das perdas, demonstrados através da escrita contábil. 
O lucro real corresponde ao resultado contábil ajustado pelas adições e exclusões ou compensações estabelecidas em lei, que são feitas extra contabilmente através do Livro de Apuração do Lucro Real - LALUR. 
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Pagamento do Imposto de Renda
O Imposto de Renda é pago: 
trimestralmente, em quota única ou em até 3 parcelas mensais, iguais e consecutivas, se a empresa optar pela apuração trimestral do imposto;
b) mensalmente, pelo regime de estimativa, se a empresa optar pela apuração anual do imposto. 
Nesse caso, se apurada diferença positiva entre o imposto estimado pago e o devido anualmente, esta deverá ser recolhido até o último dia útil de março do ano-calendário seguinte. 
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1.2 - PRINCIPAIS VANTAGENS 
A forma de tributação com base no lucro real implica as principais vantagens: 
Cálculo do Imposto com Base no Lucro Efetivo 
Como o imposto incide sobre o lucro efetivo da pessoa jurídica, não existe possibilidade de pagamento a maior ou a menor do que o devido. 
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1.2 - PRINCIPAIS VANTAGENS 
Compensação de Prejuízos
O imposto somente é devido se o resultado for positivo. Ocorrendo prejuízos fiscais, a pessoa jurídica fica dispensada do pagamento do imposto. 
Além disso, é permitida a compensação total dos prejuízos contábeis nos períodos de apuração subsequentes de forma a não prejudicar a situação patrimonial da pessoa jurídica. 
Entretanto, os prejuízos fiscais possuem limite de compensação equivalente a 30% do lucro real apurado no período. 
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1.2 - PRINCIPAIS VANTAGENS 
Diferimentos de Lucros e Ganhos e Apropriação de Despesas Incorridas 
O lucro real consagra o Regime de Competência para tributação das receitas, rendimentos, lucros e ganhos e para dedução de despesas, custos e perdas.
Em função disso, as receitas apenas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que forem auferidas e as despesas no período em que incorrerem, sendo irrelevante o recebimento ou pagamento das mesmas. 
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1.2 - PRINCIPAIS VANTAGENS 
Opção por Incentivos Fiscais 
O lucro real é o único regime de tributação que permite o gozo dos diversos incentivos fiscais estabelecidos pela legislação do Imposto de Renda, tais como: 
Isenção ou Redução do Imposto; 
Depreciação ou Amortização Acelerada Incentivada; 
 Aplicação no FINOR, FINAM, FUNRES (Atual FUNDES, DESDE 10/2014) e em depósitos para Reinvestimentos; 
Benefícios decorrentes das doações ao Fundo de Apoio à Criança e ao Adolescente, à Cultura e ao Cinema, ao Programa de Alimentação do Trabalhador, etc. 
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1.2 - PRINCIPAIS VANTAGENS 
Distribuição aos Sócios do Lucro Efetivo 
Como é obrigatória a determinação do lucro através da escrituração contábil, a pessoa jurídica não corre o risco de distribuir lucros além do valor efetivo e os sócios, acionistas e titular da pessoa jurídica podem conferir a apuração desses lucros. 
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1.3 - PRINCIPAL DESVANTAGEM 
A principal desvantagem do lucro real decorre da obrigatoriedade de escriturações comercial e fiscal. 
A apuração do lucro real demanda uma estrutura administrativa mais complexa, pois muitos são os documentos e livros exigidos pela fiscalização, obrigando a empresa a ter controle de todo movimento financeiro, administrativo, de estoques, de produção, de comercialização, etc. 
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2 - PESSOAS JURÍDICAS OBRIGADAS AO LUCRO REAL
A partir de 01.01.2014, estarão obrigadas à opção pelo Lucro Real as seguintes pessoas jurídicas:
I – cuja receita total, no ano-calendário anterior seja superior ao limite de R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais) ou a R$ 6.500.000,00 (seis milhões e quinhentos mil reais) multiplicado pelo número de meses de atividade do ano-calendário anterior, quando inferior a 12 (doze) meses (limite estabelecido pela Lei 12.814/2013);
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2 - PESSOAS JURÍDICAS OBRIGADAS AO LUCRO REAL
II – cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidora de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta;
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2 - PESSOAS JURÍDICAS OBRIGADAS AO LUCRO REAL
III – que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;
IV – que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto;
V – que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal pelo regime de estimativa, na forma do art. 2 da Lei 9.430/1996;
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2 - PESSOAS JURÍDICAS OBRIGADAS AO LUCRO REAL
VI – que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring).
VII – que explorem as atividades de  securitização  de  créditos imobiliários, financeiros e do agronegócio.
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2 - APURAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA COM BASE NO LUCRO REAL 
As pessoas jurídicas deverão apurar trimestralmente o imposto de renda com base no lucro real. Opcionalmente, as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real, podem efetuar, mensalmente, o pagamento do imposto de renda devido no curso do ano-calendário calculado sobre base de cálculo estimada, realizando a apuração definitiva apenas ao final do ano-calendário ou na data do evento, caso ocorra fusão, cisão, incorporação ou extinção da pessoa jurídica. 
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4. DETERNINAÇÃO DA BASE DE CALCULO ESTIMADA
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4.1 - Aplicação dos Percentuais
Os percentuais de estimativa são aplicados sobre a receita bruta da atividade integrante dos objetivos sociais da empresa, conforme expresso no Contrato Social. 
AtividadesDiversificadas
Quando constar dos objetivos sociais da empresa mais de uma atividade, será necessário separar as receitas das atividades e aplicar o percentual relativo a cada uma delas. .
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4.2 - Empresas Prestadoras de Serviços
 A empresa pode aplicar sobre a receita bruta, para cálculo do Lucro Estimado, o percentual reduzido de 32% para 16%, no caso dos seguintes serviços:
 a) intermediação de negócios (inclui a corretagem de seguros, de imóveis, etc., e a representação comercial por conta de terceiros);
b) administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer natureza;
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4.2 - Empresas Prestadoras de Serviços
 c) construção por administração ou empreitada unicamente de mão-de-obra;
 d) prestação de qualquer outra espécie de serviços, exceto serviços de sociedades de profissão legalmente regulamentada; 
e) Factoring. 
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Condições para Redução do Percentual
Para reduzir o percentual de estimativa do lucro de 32% para 16%, é necessário observar que:
a atividade exercida deve ser exclusivamente a prestação de serviços; e
 a receita bruta anual não pode superar R$ 120.000,00.
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Condições para Redução do Percentual
Se a receita acumulada até determinado mês exceder o valor de R$ 120.000,00, a empresa deve pagar a diferença do imposto, pelo percentual de 32%, em relação a cada mês transcorrido.
O recolhimento da diferença será efetuado até o último dia útil do mês subsequente àquele em que ocorreu o excesso, sem quaisquer acréscimos legais. Se o prazo não for cumprido, serão devidos os acréscimos legais devidos pela mora.
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4.3 - Receita de Aluguéis
O Lucro Estimado sobre a receita bruta da administração e locação de imóveis próprios ou de terceiros é calculado com base nos percentuais de 32% ou 16% (com redução de 50%).
4.4 - Adição dos Ganhos e demais Resultados Positivos
 A base de cálculo do Imposto de Renda é a soma do resultado dos percentuais de estimativa sobre a receita bruta da atividade com os demais ganhos, receitas e rendimentos auferidos durante o mês, tais como:
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4.4 - Adição dos Ganhos e demais Resultados Positivos
 a) o ganho de capital na alienação de bens ou direitos do Ativo Permanente;
 b) o ganho auferido na alienação de ouro não ativo financeiro; 
c) o ganho de capital obtido na alienação de participação societária permanente em sociedade coligada ou controlada ou que permanecer no ativo da pessoa jurídica até o término do ano calendário seguinte ao de sua aquisição; 
d) o ganho na devolução em bens ou direitos sobre o capital social de outra pessoa jurídica;
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4.4 - Adição dos Ganhos e demais Resultados Positivos
e) os rendimentos em operações de mútuo, inclusive as realizadas entre pessoas jurídicas controladoras, controladas, coligadas ou interligadas, exceto se a mutuária for instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil;
 f) os ganhos obtidos em operações de cobertura (hedge) em bolsas de valores, de mercadorias e de futuros ou no mercado de balcão; 
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4.4 - Adição dos Ganhos e demais Resultados Positivos
g) as demais receitas não abrangidas pelas letras anteriores, tais como:
 - receitas de locação de imóveis, quando este não for o objeto da empresa, deduzidas dos encargos necessários à sua percepção; 
 os juros ativos, inclusive os equivalentes à taxa SELIC para títulos federais incidentes sobre impostos e contribuições a serem restituídos ou compensados; - as variações monetárias ativas; 
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4.4 - Adição dos Ganhos e demais Resultados Positivos 
 - as variações monetárias ativas;
 - as multas ou qualquer outra vantagem paga ou creditada por pessoa jurídica, ainda que a título de indenização, em virtude de rescisão de contrato, salvo se tiverem por finalidade a reparação de danos patrimoniais;
 - bonificações por volumes veiculados pelas agências de publicidade e propaganda;
- descontos financeiros obtidos.
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4.5 - Ganhos na Alienação de Bens
Nas alienações de bens do Ativo Permanente é necessário apurar o ganho de capital para adicioná - lo à base de cálculo do imposto devido com base no Regime de Estimativa.
O ganho de capital é a diferença entre o preço da alienação e o valor contábil do bem ou direito.
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Receita Bruta compreende:
I – o produto da venda de bens nas operações de conta própria ( comércio, indústria ou seja refere-se a atividade da empresa):
II – o preço da prestação de serviços em geral;
III – o resultado auferido nas operações de conta alheia ( venda em consignação e comissão de representantes);
IV – as receitas da atividade ou objeto principal da pessoa não compreendidas nos incisos I e III. ( receita das holdings, aluguel, etc..)
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4.6.1 - Exclusões da Receita Bruta
Na receita bruta não se incluem as vendas canceladas, os descontos incondicionais concedidos e os impostos não cumulativos cobrados destacadamente do comprador ou contratante dos quais o vendedor dos bens ou o prestador dos serviços seja mero depositário - IPI. 
As receitas provenientes de atividade incentivada não comporão a base de cálculo do imposto na proporção do benefício a que a pessoa jurídica, submetida ao regime de tributação com base no lucro real, fizer jus. 
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4.7 - Acréscimos à Base de Cálculo
Serão acrescidos à base de cálculo, no mês em que forem auferidos, os ganhos de capital, as demais receitas e os resultados positivos decorrentes de receitas não compreendidas na atividade, inclusive:
 a) os rendimentos auferidos nas operações de mútuo realizadas entre pessoas jurídicas controladoras, controladas, coligadas ou interligadas;
 b) os ganhos auferidos na alienação de participações societárias permanentes em sociedades 
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4.7 - Acréscimos à Base de Cálculo
coligadas e controladas, e de participações societárias que permaneceram no ativo da pessoa jurídica até o término do ano-calendário seguinte ao de suas aquisições;
c) os ganhos auferidos em operações de cobertura (hedge) realizadas em bolsas de valores, de mercadorias e de futuros ou no mercado de balcão; 
 
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4.7 - Acréscimos à Base de Cálculo
d) os juros equivalentes à taxa do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic), para títulos federais, acumulada mensalmente, relativos a impostos e contribuições a serem restituídos ou compensados;
e) as variações monetárias ativas; 
f) a diferença entre o valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos recebidos de instituição isenta, a título de devolução de patrimônio, e o valor em dinheiro ou o valor dos bens e direito que tenha sido entregue para a formação do referido patrimônio;
g) os ganhos de capital auferidos na devolução de capital em bens e direitos.
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4.8 - Valores Não Integrantes da Base de Cálculo
Não integram a base de cálculo do imposto de renda mensal:
os rendimentos e ganhos líquidos produzidos por aplicação financeira de renda fixa e variável. 
Os rendimentos e ganhos líquidos produzidos por aplicações financeiras de renda fixa e variável serão considerados na determinação da base de cálculo do imposto de renda mensal quando não houverem sido submetidos à incidência na fonte ou ao recolhimento mensal previstos nas regras específicas de tributação a que estão sujeitos;
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4.8 - Valores Não Integrantes da Base de Cálculo
b) as recuperações de créditos que não representem ingressos de novas receitas;
 
c) a reversão de saldo de provisões anteriormente constituídas;
 
d) os lucros e dividendos decorrentes de participações societárias avaliadas pelo custo de aquisição e a contrapartida do ajuste por aumento do valor de investimentos avaliados pelo método da equivalência patrimonial;
 e) os juros sobre o capital próprio auferidos. 
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4.9 - Determinaçãodo Imposto de Renda Devido – Alíquotas
 a) 15% (quinze por cento) sobre o lucro real apurado pelas pessoas jurídicas em geral, seja comercial ou civil o seu objeto; 
4.9.1 – Adicional
 A parcela do lucro real que exceder ao resultado da multiplicação de R$20.000,00 (vinte mil reais) pelo número dos meses do respectivo período de apuração sujeita-se à incidência do adicional, à alíquota de 10% (dez por cento). 
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Também se encontra sujeita ao adicional a parcela da base de cálculo estimada mensal, no caso das pessoas jurídicas que optaram pela apuração anual do imposto de renda, que exceder a R$ 20.000,00 (vinte mil reais). 
A alíquota do adicional é única para todas as pessoas jurídicas, inclusive instituições financeiras, sociedades seguradoras e assemelhadas.
 O adicional incide, inclusive, sobre os resultados tributáveis de pessoa jurídica que explore atividade rural. 
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No caso de atividades mistas, a base de cálculo do adicional será a soma do lucro real apurado nas atividades em geral com o lucro real apurado na atividade rural. 
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5 - SUSPENSÃO OU REDUÇÃO DO PAGAMENTO DO IMPOSTO DE RENDA MENSAL 
A pessoa jurídica poderá suspender o pagamento do imposto, desde que demonstre que o valor do imposto devido, calculado com base no lucro real do período em curso, é igual ou inferior à soma do imposto de renda devido por estimativa, correspondente aos meses do mesmo ano-calendário, anteriores àquele a que se refere o balanço ou balancete levantado. 
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5 - SUSPENSÃO OU REDUÇÃO DO PAGAMENTO DO IMPOSTO DE RENDA MENSAL 
A diferença verificada, correspondente ao imposto de renda apurado a maior, no período abrangido pelo balanço de suspensão, não poderá ser utilizada para reduzir o montante do imposto devido em meses subseqüentes do mesmo ano-calendário, calculado com base na receita bruta e acréscimos.
Caso a pessoa jurídica pretenda suspender ou reduzir o valor do imposto devido, em qualquer outro mês do ano-calendário, deverá levantar novo balanço ou balancete do período em curso.
 
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5.1 - Suspensão ou Redução em Janeiro
O pagamento do imposto de renda relativo ao mês de janeiro poderá ser efetuado com base em balanço ou balancete de suspensão ou redução, se ficar demonstrado que o imposto devido no período é inferior ao calculado sobre a base de cálculo estimada.
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5.2 – Diário
Os balanços ou balancetes de suspensão ou redução deverão ser levantados com observância das leis comerciais e fiscais e transcritos no livro Diário até a data fixada para pagamento do imposto do respectivo mês.
Esses balanços ou balancetes somente produzirão efeitos para fins de determinação do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido do período em curso.
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5.2 – Diário
Para os efeitos deste, considera-se período em curso aquele compreendido a partir de 1º de janeiro ou o do início de atividade até o último dia do mês a que se referir o balanço ou balancete. 
O imposto devido no período em curso é o resultado da aplicação da alíquota do imposto sobre o lucro real, acrescido do adicional, e deduzido, quando for o caso, dos incentivos fiscais de dedução e de isenção ou redução. 
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5.3 – Estoques
Para fins de determinação do resultado contábil, a pessoa jurídica deverá promover, ao final de cada período de apuração, levantamento e avaliação de seus estoques, segundo a legislação específica, dispensada a escrituração do livro “Registro de Inventário”. A pessoa jurídica que possuir registro permanente de estoques, integrado e coordenado com a contabilidade, somente estará obrigada a ajustar os saldos contábeis, pelo confronto com a contagem física, ao final do ano-calendário ou do encerramento do período de apuração, nos casos de incorporação, fusão, cisão ou extinção da pessoa jurídica. 
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5.4 - LALUR 
O resultado do período em curso deverá ser ajustado por todas as adições determinadas, exclusões e compensações de prejuízos fiscais admitidas pela legislação do imposto de renda.
 A demonstração do lucro real relativa ao período abrangido pelos balanços ou balancetes de suspensão ou redução deverá ser transcrita no Livro de Apuração do Lucro Real (Lalur). 
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5.4 – LALUR 
A cada balanço ou balancete levantado para fins de suspensão ou redução do imposto, o contribuinte deverá determinar um novo lucro real para o período em curso, desconsiderando aqueles apurados em meses anteriores do mesmo ano-calendário.
As adições, exclusões e compensações de prejuízos fiscais computadas na apuração do lucro real, correspondentes aos balanços ou balancetes, deverão constar, discriminadamente, na parte A do Lalur, para fins de elaboração da demonstração do lucro real do período em curso, não cabendo nenhum registro na parte B do referido livro. 
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5.4 – LALUR 
Ocorrendo apuração de prejuízo fiscal, a pessoa jurídica estará dispensada do pagamento do imposto correspondente ao mês em que foi levantado o balanço ou balancete de suspensão ou redução. 
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6 - DEDUÇÃO DO IMPOSTO DEVIDO
 A pessoa jurídica sujeita ao Lucro Real poderá deduzir do imposto devido os seguintes incentivos fiscais: 
Caráter Cultural e Artístico, 
Programa de Alimentação ao Trabalhador, Desenvolvimento Tecnológico Industrial/Agropecuário, Atividade Audiovisual,
Fundos do Direito da Criança e do Adolescente, Regionais de Redução e/ou Isenção do Imposto, e de Redução por Reinvestimento; 
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6 - DEDUÇÃO DO IMPOSTO DEVIDO
 Os incentivos fiscais citados acima, à exceção dos relativos a Desenvolvimento Tecnológico Industrial/Agropecuário, dos Regionais de Redução e/ou Isenção do Imposto, e dos de Redução por Reinvestimento, podem ser deduzidos do imposto devido calculado sobre base de cálculo estimada mensalmente. 
Podem ser deduzidos ainda:
 o imposto de renda pago ou retido na fonte sobre as receitas que integraram a base de cálculo do imposto devido; 
 o pago no exterior sobre lucros disponibilizados, rendimentos e ganhos de capital. 
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7 - COMPENSAÇÕES DO IMPOSTO DE RENDA DEVIDO 
A pessoa jurídica poderá efetuar as seguintes compensações: 
 pagamentos indevidos ou a maior de imposto de renda; 
 saldo negativo de imposto de renda de períodos anteriores;
 outras compensações efetuadas em conformidade com a IN SRF n° 21, de 1997, e IN SRF n° 73, de 1997.
 As compensações efetuadas deverão ser demonstradas na DCTF e PERD/COMP
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8 - CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO (CSLL) 
8.1 - Alíquotas 
A partir do ano-calendário 2001 a alíquota da CSLL é de: 9% (nove por cento)
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8.2 - Apuração Trimestral da CSLL 
As pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real trimestral deverão apurar trimestralmente a CSLL.
A base de cálculo da CSLL corresponde ao lucro líquido contábil ajustado pelas adições determinadas, pelas exclusões admitidas e pelas compensações de base de cálculo negativa até o limite definido em legislação específica vigente à época da ocorrência dos fatos geradores.
O valor da CSLL não poderá ser deduzido para efeito de determinação do lucro real e própria base de cálculo
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8.3 - Apuração Anual da CSLL, com recolhimentos mensais sobre a base de cálculo estimada 
As pessoas jurídicas tributadas na forma do lucro real anual deverão pagar a CSLL, mensalmente, determinada sobre a base de cálculo estimada.
Os valores de CSLL efetivamente pagos calculados sobre a base de cálculo estimada mensalmente, no transcorrer do ano-calendário, poderão ser deduzidos do valor de CSLL apurado anualmente (ajuste).
O valor da CSLL não poderá ser deduzido para efeito de determinação do lucro real e da própria base de cálculo (Lei n° 9.316, de 1996, art. 1°). 
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8.4 - Basede Cálculo
Nas atividades desenvolvidas por pessoas jurídicas de natureza comercial, industrial ou de prestação de serviços, a base de CSLL apurada por estimativa será a soma dos seguintes valores:
O valor correspondente a 12% (doze por cento) da receita bruta mensal, excluídas as vendas canceladas, as devoluções de vendas, os descontos incondicionais concedidos e os impostos não cumulativos cobrados destacadamente do comprador dos quais o vendedor dos bens ou prestador de serviços seja mero depositário;
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8.4 - Base de Cálculo
II. os ganhos de capital, as demais receitas e os resultados positivos decorrentes de receitas não compreendidas na atividade, inclusive: 
a) os rendimentos auferidos nas operações de mútuo realizadas entre pessoas jurídicas controladoras, controladas, coligadas ou interligadas;
 b) os ganhos de capital auferidos na alienação de participações societárias permanentes em sociedades coligadas e controladas, e de participações societárias que permaneceram no ativo da pessoa jurídica até o término do ano-calendário seguinte ao de suas aquisições; 
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8.4 - Base de Cálculo
c) os ganhos auferidos em operações de cobertura ("hedge") realizadas em bolsas de valores, de mercadorias e de futuros ou no mercado de balcão;
d) a receita de locação de imóvel, quando não for este o objeto social da pessoa jurídica, deduzida dos encargos necessários à percepção da mesma; 
e) os juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic), para títulos federais, acumulada mensalmente, relativos a impostos e contribuições a serem restituídos ou compensados;
f) as variações monetárias ativas;
g) os ganhos de capital auferidos na devolução de capital em bens e direitos; 
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8.4 - Base de Cálculo
h) a diferença entre o valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos recebidos de instituição isenta, a título de devolução de patrimônio, e o valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos que tenha sido entregue para a formação do referido patrimônio. 
III. os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras de renda fixa e renda variável. 
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8.5 - Efeito dos Balanços de Suspensão ou Redução no Pagamento da CSLL
 A mesma forma de tributação adotada, pela pessoa jurídica, para fins de apuração do imposto de renda, deverá ser adotada para fins de apuração da CSLL. 
Assim, a pessoa jurídica que levantou balanço ou balancete para suspender ou reduzir o pagamento do imposto de renda, em determinado mês do ano-calendário, deverá apurar a base de cálculo da CSLL sobre o lucro líquido apurado nesse mesmo balanço, ajustado pelas adições determinadas, pelas exclusões
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8.5 - Efeito dos Balanços de Suspensão ou Redução no Pagamento da CSLL
permitidas e pelas compensações de base de cálculo negativa da CSLL, observados os limites definidos na legislação pertinente, ainda que a base de cálculo apurada seja superior ao valor da base de cálculo estimada.
 A pessoa jurídica que levantar balanço ou balancete de suspensão ou redução do pagamento do IRPJ e da CSLL em 31 de dezembro deverá computar os lucros, oriundos do exterior, disponibilizados nos termos do art. 1° da Lei n° 9.532, de 1997. 
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8.5 - Efeito dos Balanços de Suspensão ou Redução no Pagamento da CSLL
A pessoa jurídica deverá computar também os rendimentos e ganhos de capital, auferidos no exterior, nesse balanço ou balancete, para fins de incidência da CSLL 
8.6 - Compensação de Base de Cálculo Negativa 
A pessoa jurídica poderá compensar a base de cálculo negativa, desde que mantenha os livros e documentos, exigidos pela legislação fiscal, comprobatórios do montante dessa base utilizado para a compensação.

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