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· PROCESSO
Processo é o método de atuação do estado para resolução de litigios.
· Procedimento: é o ato-complexo de formação sucessiva, porque é um conjunto de atos júridicos (atos processuais), relacionados entre si, que possuem como objetivo comum, no caso do processo judicial, a tutela jurisdicional.
· Procedimento comum: é aquele que não há procedimento especial previsto em lei para a solução da lide.
· Procedimentos especiais: São aqueles disciplinados pela lei. Há duas modalidades de procedimentos especiais, os de jurisdição contenciosa e os de jurisdição voluntária. Os de jurisdição contenciosa se referem à solução de litígios, enquanto os  de jurisdição voluntária apenas à administração judicial de interesses privados não litigiosos.
· Processo de conhecimento
O processo de conhecimento é a fase em que o juiz realiza ampla cognição, analisando os fatos e argumentos de direitos trazidos pelas partes. O juíz deverá conhecer a lide para formar sua convicção (se os fatos não se contradizem) e aplicar o direito material, acolhendo ou não a pretensão do autor na sentença. Neste processo, a cognição é exauriente em todos os aspectos, e tem como objetivo a sentença de mérito que irá resolver a lide. Esta sentença tem aptidao para produzir a coisa julgada e distinção com o processo de execução.
DIVISÃO DIDÁTICA DO PROCESSO DE CONHECIMENTO
· Fase Postulatória: é a fase inicial, onde a ação das partes é predominante. É o momento da petição inicial, onde o autor expõe sua causa de pedir, ingressando em juízo, considera-se proposta a ação e instaurado o processo (art. 312). Nessa fase, também ocorre a citação e a petição do réu. Essa fase vai da petição inicial em juízo, até a apresentação da contestação.
	
· Fase Ordinatória (Saneadora): é a segunda fase do prodecimento comum. É o momento em que o juíz cumpre providências preliminares para proferir o julgamento. Apresentada a proposta do réu, ou findo o prazo, os autos são conclusos e o juiz poderá determinar algumas provicências preliminares, como por exemplo, especificações de réplica ao autor. Ao final da fase saneatória, o juiz pode: Declarar extinto o processo sem resolução de mérito (art. 485) ou com resolução de mérito (art. 487); fazer o julgamento antecipado da lide ou promover o saneamento do feito.
· Fase Instrutória: após proferida a decisão de saneamento, abre-se a fase introdutória. Nessa fase tem a produção de prova pericial, prova oral e até a complementação da prova documental; Meios de prova; depoimento pessoal, confissão, exibição de documento ou coisa, prova documental, testemunhal, pericial, inspeção judicial...
· Fase Decisória: é na fase decisória do procedimento comum que é proferida a sentença de mérito.
· Coisa julgada: a coisa julgada está relacionada com a sentença judicial, sendo a mesma irrecorrível, ou seja, não admite mais a interposição de qualquer recurso, tornado esta imutável.
· PRINCÍPIOS
· Contraditório
O princípio do contraditório é a garantia que todas as partes serão ouvidas, que o processo não irá prosseguir sem que as partes tenha possibilidade de uma efetiva participação na formação judicial. (art 7° e 10)
· Iniciativa da Parte
O processo começa por iniciativa da parte, a função jurisdicional deve ser provocada pelo interessado para que possa atuar (impulso oficial). (art 2°)
· Impulso Oficial
Uma vez instaurado o processo, desenvolve-se por impulso oficial, independentemente de novas provocações da parte. (art. 2°)
· Razoável Duração de Processo
As partes tem o direito de obter em prazo razoavél a solução integral do mérito, incluída a atividade satisfeita. (art. 4°) 
· Efetividade do Processo
O princípio da efetividade do processo, volta-se mais especificamente aos resultados da tutela jurisdicional no plano material, exterior ao processo, sua efetividade.
· Vedação das Provas Ilícitas
São inadimissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos, o principio contido no art. 5°, LVI da CF, quer proteger a intimidade das pessoas nos termos amplos do inciso X do mesmo artigo. O referido inciso LVI permite a distinção entre “provas ilícitas” e entre provas obtidas por meios ilícitos.
· Oralidade e Imediação
CPC art. 361.
· Correspondência (Congruência)
Congruente é a narração que reflete o conjunto dos fatos ou, em outras palavras, a que estabelece uma ligação com o conjunto dos fatos provados. A melhor versão, além de ausente de contradições, deve ser a que realmente espelha os fatos provados. A congruência, nesse sentido, é um teste de verificação da correspondência entre a narrativa judicial e os fatos provados. (art. 141 e 492)
· Ordem Consecutiva Legal (preclusão)
A “preclusão” é fenômeno que merece ser compreendido como a perda da possibilidade da prática de algum ato processual pelo transcurso de um prazo (preclusão temporal), pela sua prática incompleta ou equivocada (preclusão consumativa), ou pela prática de algum ato incompatível com o que deveria ter sido praticado (preclusão lógica).
· Preclusão
Veda a prática de algum ato processual pelo transcurso de um prazo processual (temporal), pela sua prática incorreta (consumitiva) ou prática de ato incompatível com ato praticado anteriormente (lógica).
· Petição Inicial
Na petição deve constar os requisitos presentes no art. 319 do CPC, para que seja considerada apta. Representa o direito de ação.
 Consagra o princípio dispositivo. Contém os elementos da demanda.
I - O juízo (e não juiz) ou tribunal, a que é dirigida;
II - Os nomes, prenomes, estado civil (união estável), profissão, domicílio e residência, CPF ou CPNJ do autor e do réu, endereço eletrônico;
· Ações reais imobiliárias exigem o cônjuge como litisconsorte necessário. Parte autora pessoa jurídica, comprovação de existência e regularidade de representação;
III - O fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
· Denominada causa de pedir remota (fatos) e próxima (fundamento jurídico).
· Teoria da substanciação (o fato, de descrição obrigatória, qualifica o pedido).
IV - O Pedido Com As Suas Especificações
· Pedido
1. Conceito: O pedido é a conclusao da exposição dos fatos e dos fundamentos jurídicos, exprimindo aquilo que o autor pretende do Estado frente ao réu. Tem a função de obter a tutela jurisdicional do Estado (condenação, declaração) e fazer valer um direito subjetuvi frente ao réu.
2. Característica: O pedido deve ser certo (art. 322, caput), no sentido de o autor indicar com precisão o que pretende em termos de tutela jurisdicional. Além de certo, o pedido deve ser determinado, isto é, ele deve indicar a quantidade e qualidade do que pretende o autor (art. 324, caput).
3. Classificação:
· Pedido imediato: é um tipo de tutela jurisdicional que a parte deseja, ou seja, está relacionado ao que a parte quer e de que forma espera que o judiciário se manifeste a prestar a tutela jurisdicional.
Declaratória: eliminiar a incerteza sobre determinada relação jurídica.
Condenatória: condenar o réu ao cumprimento de uma obrigação.
Constitutiva: criar, extinguir ou modificar uma relação jurídica.
· Pedido mediato: é o resultado prático que a parte tenciona rer. Por 
isso, deve responder à pergunta sobre é o bem da vida que espera proteger com a tutela jurisdicional que a parte solicitou.(bem pretendido)
4. Interpretação do Pedido
I. O valor da causa;
II. As provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
III. A opção pela realização da audiência de conciliação ou mediação.
5. Julgamento fora do pedido: O juiz decidirá a lide nos limites em que foi proposta, sendo defeso conhecer de questão cujo respeito a lei exige a iniciativa da parte. Assim sendo, é vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa da pedida, bem como condenar a parte em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado (art. 492). O limite da sentença é o pedido, com a sua fundamentação e o afastamento desse limite caracteriza as sentenças citra petita, ultra petita e extra petita, o que constitui vícios e, portanto, acarreta a nulidade do ato decisório.→ Extra petita: A sentença é extra petita quando a providência jurisdicional deferida é diversa da que foi postulada; quando o juiz defere a prestação pedida com base em fundamento não invocado; quando o juiz acolhe defesa não arguida pelo réu, a menos que haja previsão legal para o conhecimento de ofício (art. 337, § 5º).
→ Ultra petita: Na sentença ultra petita, o defeito é caracterizado pelo fato de o juiz ter ido além do pedido do autor, dando mais do que fora pedido.• A sentença ultra petita, em vez de ser anulada pelo tribunal, deve ser reduzida aos limites do pedido. • Não constitui decisão ultra petita a que concede correção monetária ou que condena ao pagamento dos juros legais, das despesas e honorários de advogado ou das prestações vincendas (art. 322, § 1º).
→ Infra ou citra: Sentença citra petita é aquela que não examina em toda a sua amplitude o pedido formulado na inicial (com a sua fundamentação) ou a defesa do réu. Exemplos: (1) o autor pediu indenização por danos emergentes e lucros cessantes. O juiz julgou procedente o pedido com relação aos danos emergentes, mas não fez qualquer referência aos lucros cessantes;
6. Pedido Genérico: Além de certo, o pedido mediato deve ser também determinado (art. 324). Vale dizer: tem o autor de dimensionar o seu alcance na petição inicial. É lícito ao autor, no entanto, formular pedido genérico: I – nas ações universais, se não puder individuar os bens demandados; II – quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato; e III – quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu (art. 324, § 1.º). O mesmo vale para o réu que formula reconvenção (art. 324, § 2.º)
→ Ações universais: Constitui uma universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária, uma universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma mesma pessoa, dotado de valor econômico. Nesses casos, pode o autor formular pedido indeterminado, caso não tenha dados suficientes para individuar os bens demandados desde logo.
→ Conseqüencias de ato ou fato ilícito: Também é possível formular pedido indeterminado quando não for possível desde logo determinar as consequências do ato ou do fato e quando o objeto ou o valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu. (arts. 550 e ss.). Nesse caso, é possível ao autor formular pedido para que o réu arque com o saldo que se apurar em sentença, após a apresentação das contas (art. 552).
→ Extensão da condenação depende de ato do réu
7. Tipos de pedidos:
a) Pedido cominatório: Toda obrigação que o réu tenha o dever de fazer ou não fazer alguma coisa ou entregar algum bem, o pedido pode conter, além do cumprimento efetivo, a cominação de uma multa pecuniária por dia de não-cumprimento.
b) Pedido alternativo: Quando, pela natureza da obrigação, o réu puder cumprir a obrigação por mais de um modo. Os pedidos têm a mesma hierarquia, pois, cumprindo de qualquer maneira, o réu se exime da obrigação. A escolha cabe ao réu.
c) Prestações periódicas: As obrigações de uma pessoa para com outra poderão se dar, por vezes, não apenas em uma parcela, mas em várias. Nesses casos, se o autor formular um pedido, os demais que se vencerem no curso da lide são devidos automaticamente. É a espécie de pedido implícito, ou seja, aquele que não está formulado expressamente na petição inicial, contudo, encontra-se subentendido. Nesse caso, o Juiz poderá conceder todas as parcelas mesmo que se tenha pedido apenas a primeira (relações de trato sucessivo).
d) Pedidos cumulados: De maneira geral, a lei a permite que haja a cumulação de pedidos quando as demandas estão relacionadas entre si, contanto que se justifique um julgamento conjunto, seja por economia processual, seja para evitar a desarmonia dos julgados.
Espécies de cumulações:
I. Simples ou de ações (Art. 327): O autor formula, em face do mesmo réu, dois ou mais pedidos somados, pretendendo obter êxito em todos. Para que a cumulação seja simples, é preciso que os pedidos sejam interdependentes, e que o resultado de um não dependa do outro. Procedência parcial da demanda.
II. Sucessiva acolhido o primeiro decorrem os demais (Art. 326): Aqui o autor também formula ao juiz mais de um pedido, buscando obter êxito em todos. Tal como na simples, ele tem mais de uma pretensão, que pretende ver acolhida, em relação ao mesmo réu. Mas a diferença é há relação de prejudicialidade entre um pedido e outro.
III. Alternativa (Art. 326, parágrafo único): O autor formula dois ou mais pedidos, postulando o acolhimento de apenas um deles, sem estabelecer uma ordem de preferência, O acolhimento de um exclui o outro. Para o autor é indiferente qual das suas pretensões seja acolhida, desde que ele tenha êxito em uma delas.
IV. Eventual ou subsidiário (principal) (Art. 326): É aquela em que o autor formula dois ou mais pedidos, esperando que apenas um deles seja acolhido, em detrimento dos demais, mas estabelecendo uma ordem de preferência. A soma de pedidos e acolhimento de um, implica na exclusão dos demais. Deve o juiz apreciar primeiro aquele pedido que foi formulado preferencialmente, se não for acolhido, o juiz apreciarar os demais em ordem de preferência.
Requisitos para a cumulação (art. 327):
→ Compatibilidade
→ Competência
→ Procedimento adequado
Fundamentos: para a ação pode haver mais de um fundamento jurídico, zse o juiz não acolher pode acolher o outro (Art.508, deduzido e do dedutível).
O art. 508, proíbe que argumentos ou fundamentos que poderiam ser levantados pelo autor e/ou pelo réu para secundar o acolhimento do pedido diante de dada causa de pedir ou sua rejeição diante de dada causa de resistir sejam utilizados para dar ares de nova a postulação idêntica (mesmas partes, mesmo pedido e mesma causa de pedir).
8. Aditamento ou modificação do pedido art. 329°
Exceto os casos em que se admite o pedido implícito, cabe ao autor formular na petição inicial todos os pedidos que puder contra o réu. Pode o autor aditar a petição inicial antes da citação, desde que arque com as despesas do aditamento. Após a citação do réu e até o saneamento do processo, o autor pode aditar a demanda, desde que o réu consinta e também há o direito do réu de defender-se em relação ao novo pedido.
9. Interpretação do pedido art. 322
O pedido deve ser interpretado de acordo com o conjunto de postulado e com o princípio da boa-fé. Trata-se de regra indispensáel à delimitação do objeto litigioso do processo. A postulação inicial é uma declaração de vontade, precisa ser interpretada. Desta declaração surgirão diversas consequências jurídicas processuais: i) escolha do juízo a quem a petição é dirigida - dado necessário para o exame da competência; ii) escolha do procedimento a ser adotado; iii) fixação do objeto litigioso - e, portanto, a delimitação do exercício da função jurisdicional; iv) definição de quem está sendo demandado etc.
10. Valos da causa e sua impugnação
Qualquer petição inicial (art. 319, V) e a reconvenção deverão indicar o valor da causa (art. 292, caput). Este valor, em geral, corresponde à expressão econômica do direito reclamado pelo autor (ou pelo réu-reconvinte). A exigência prevalece mesmo quando o direito sobre o qual o autor requer que recaia a tutela jurisdicional não tenha expressão econômica imediata (art. 291). Seja quando se tratar de direito que não tem expressão patrimonial, nas indenizações por dano moral, ou quando não for possível ao autor, desde logo, precisar as consequências do dano ou, do ilícito, e consequentemente, sua expressão econômica. Nestes casos, cabe ao autor estimar o valor da causa, justificando-o, o que viabilizará adequada manifestação do réu e do próprio magistrado a este respeito (art. 293).
 Art. 291. Toda causa terá um valor mesmo que não tenha conteúdo econômico imediato; Art. 292. Regras para o valor da causa conforme o pedido: - cobrança de dívida: a soma principal e a acessórios; - Cumulação simples:soma de todos; - Alternativo ou subsidiário: o de maior valor; - Discussão sobre contrato (validade, cumprimento, modificação, rescisão): o valor do ato ou sua parte controvertida; - Alimentos: a soma de 12 prestações pedidas; - Ações de divisão e demarcação o valor da avaliação; - Prestações periódicas: Vencidas e vincendas (uma prestação anual); - Indenização por dano moral o valor pretendido.
11. Impugnação ao valor da causa
Não estando o réu de acordo com o valor atribuído à causa, poderá impugná - lo em preliminar de contestação (art. 293). Não o fazendo, incide a preclusão. Perceba-se, portanto, que o direito vigente eliminou o incidente de impugnação ao valor da causa, seguindo uma linha de simplificação formal que visa à economia processual e daí à duração razoável do processo. O juiz decidirá a respeito, preferencialmente no saneamento da causa (art. 357, I), impondo, se for o caso, a complementação das custas.
12. Novidades do novo CPC:
Na petição inicial deve constar o CPF ou CPNJ das partes, estado civil (incluindo união estável), endereço eletrônico e opção do autor pela realização de audiência de conciliação ou mediação. Reiterou-se a o requerimento do pedido de citação do réu. Caso o autor não possua as informações do réu para indicar na petição inicial poderá requerer ao juiz diligencias necessárias à sua obtenção.
· Tutelas provisórias Arts. 294 a 311
É o conjunto de técnicas que permite ao magistrado, na presença de determinados pressupostos, que gravitam em torno da presença da “urgência” ou da “evidência”, prestar tutela jurisdicional, antecedente ou incidentalmente, com base em decisão instável (por isto, provisória) apta a assegurar e/ou satisfazer, desde logo, a pretensão do autor.
· Noções gerais:
→ Tutela de urgência: antecipada e cautelar
A tutela provisória poder satisfazer ou apenas assegurar o direito (material) do requerente. Satisfazendo-o, é antecipada; assegurando-o, é cautelar.
→ Tutela de evidência
A expressão merece ser compreendida no sentido de que, à luz dos elementos apresentados, tudo indica que o requerente da medida é o merecedor da tutela jurisdicional.
→ Tutela significa proteção ao bem da vida que se postula na ação.
→ A tutela jurisdicional pode ser subdivida em: plena (sentenças definitivas que resolvem o mérito) e de menor intensidade (sentenças que não resolvem o mérito) e; tutela final (fundada em cognição euxariente) e provisória (fundada em cognição sumária).
→ Função das tutelas de urgência: evitar que ocorra o dano ou o risco de dano, ou o resultado inutil do processo causado pela duração irregular do processo.
→ Fundamentos constitucionais: ordem júridica justa, tutela adequada, célere e efetiva; razoável duração do processo.
· Momentos do requerimento das tutelas provisórias
→ Tutelas de urgência: incidental (após o pedido princial) e antecedente (antes do pedido principal)
→ Tutela de evidência: somente pode ser requerida incidentalmente.
· Momentos de concessão
→ Liminarmente e inaudita altera pars ou in limine litis no curso do processo, em sentença e fase recursal.
→ Revogação ou modificação das tutelas a quelquer tempo (art. 296).
→ Efetivação da tutela provisória (art. 297): juiz pode determinar medidas adequadas e submete-se às regras da execução provisória.
· Requisitos para a concessão das tutelas de urgência (art. 300)
1. Fumus boni juris
2. Periculum in mora
3. Irreversibilidade dos efeitos da decisão.
A concessão da “tutela de urgência” pressupõe: (1) probabilidade do direito e (2) perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo 
· Requisitos para a tutela de evidência (art. 311):
1. Abuso do direito de defesa ou manifesto propósito protelatório;
2. Alegações de fato provados por documentos com tese firmada em precedente e súmula vinculantes.
· Documentos indispensáveis a propositura da demanda.
A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação (art. 320). Os documentos indispensáveis, a que alude o art. 320, do CPC, não se confundem com a prova documental eventualmente anexada à petição inicial. Veja-se que a ausência desses “documentos indispensáveis” pode importar no indeferimento da petição inicial (art. 321, pu)
· Classificação doutrinária quanto aos documentos que instruem a ação:
· SUBSTANCIAIS: necessários para que o pedido seja julgado.
· Ex. doc. SUBSTANCIAL: procuração, docs. representação pessoa jurídica, certidão de casamento no processo de divórcio.
· FUNDAMENTAIS: referidos pelo autor como fundamento de seu pedido ou prova;
· Ex. de documento FUNDAMENTAL é o comprovante de pagamento em ação que se pede devolução do valor pago e rescisão de contrato, o próprio contrato.
· JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE DA PETIÇÃO INICIAL
· Pode ser:
· Positivo: petição inicial está em ordem e juiz determina a citação do Réu
· Ordinatório: vícios sanáveis 15 dias, sob pena de indeferimento
· Negativo: vícios insanáveis art. 330, indeferimento.
· NOVO CPC: alteração - o prazo de emenda será de 15 dias e o juiz deverá indicar com precisão o motivo da correção ou complementação.
 CONDUTAS DO RÉU APÓS A CITAÇÃO
- Reações do réu após a citação:
→ Defesa propriamente dita (contestação)
· A contestação pode e deve ser compreendida como a contraposição formal ao direito de ação tal qual exercido pelo autor e materializado na petição inicial. A contestação, neste sentido, contrapõe-se à petição inicial. A contestação é
que veicula o direito de defesa, é ela que exterioriza perante o Estado-juiz o exercício daquele direito, tanto quanto o “direito de ação” do autor é veiculado pela petição inicial. Ela se justifica, portanto, não só em função dos princípios da “ampla defesa” e do “contraditório”, mas também pelo próprio princípio da “isonomia” e do “acesso à justiça”. (S)
→Omitir-se
→ Reconhecer juridicamente o pedido
→ Apresentar exceções de impedimento e suspeição (em petição apartada).
· A DEFESA é um ônus se não praticado o réu sofrerá a consequência
desfavorável (revelia).
· O reú não é obrigado a se defender, mas caso não o faça o processo vai correr a revelia.
· CONTESTAÇÃO:
· É a peça processual onde o réu apresenta sua matéria de defesa, seja processual ou de mérito.
· A contestação é a forma mais ampla da defesa do réu; é, por excelência, o instante procedimental em que se espera que ele traga concomitantemente todas as alegações, de ordem processual e de ordem material, que possam ser significativas para convencer o magistrado a não prestar a tutela jurisdicional pretendida pelo autor, seja por reconhecer a presença de algum defeito insanável no processo, que justifica a sua extinção, seja por rejeitar o(s) pedido(s) formulado(s) na inicial. (S)
· PRINCÍPIOS QUE REGEM A CONTESTAÇÃO:
· A contestação é regida pelos princípios da “concentração da defesa”, da “eventualidade” e da “impugnação especificada”, no que são claros os arts. 336, 337 e 341. (S)
· Princípio da concentração da defesa.
· O princípio da concentração da defesa significa que o réu deve alegar toda a matéria de defesa, seja ela de cunho processual ou substancial (art. 337), na contestação (art. 336). Trata-se de inequívoca decorrência do princípio constitucional da ampla defesa, que, associado ao princípio constitucional da eficiência processual, otimiza as defesas a serem apresentadas pelo réu, advertindo-o, porque expresso, que deve fazê-lo. (S)
· O réu deve apresentar toda sua matéria de defesa, sob pena de preclusão (art. 336 NCPC)
· O réu deve alegar TODA matéria de defesa. Não é possível fazer posteriormente, pois há preclusão. O réu não pode deixar de alegar, mesmo que não tenha prova.
· Princípio da eventualidade.
· O “princípio da eventualidade” significa a possibilidade (e a recomendação) de o réu arguir toda a defesa possível caso uma ou alguma delas seja rejeitada pelo magistrado. Concentra-se a defesa na eventualidade de alguma alegação não vir a ser acolhida pelo Estado-juiz. É esta a razão pela qual o art. 337, buscando ordenar as defesas, impõe ao réu que suscite, antes das defesas de mérito (relativasa saber se o autor é, ou não, merecedor de tutela jurisdicional), as defesas processuais que entender cabíveis (relativas à possibilidade de o magistrado analisar, ou não, o mérito). (S)
· Deve deduzir todas as alegações de defesa, inclusive em caráter sucessivo (art. 336).
· Ônus da impugnação específica.
· O princípio da impugnação especificada, que se relaciona às defesas de mérito, exige do réu que se manifeste especificamente, precisamente, sobre todos os fatos alegados pelo autor. Fato não controvertido, friso, é fato passível de ser reputado verdadeiro (Arts. 341, caput, e 374, III) e, como tal, passível de ser acolhido pelo magistrado. (S)
· Se não há impugnação não há controvérsia (manifestar-se sobre todos os fatos narrados). (art. 341 do NCPC)
· Os fatos devem ser impugnados ponto a ponto. Todos os fatos devem ser impugnados. O que não for impugnado torna-se incontroverso.
· NÃO CABE A NEGATIVA GERAL – EM QUE AFIRMA QUE OS FATOS NÃO SÃO VERDADEIROS.
· Esta regra não se aplica aos fatos que não se aplica a confissão, em relação ao advogado dativo, ao curador especial e defensor público (art. 314, parágrafo único).
· Exceções quanto ao ônus da impugnação:
· Mesmo que haja negativa geral, em caráter excepcional, haverá incontroversa.
· Exemplos de quando não há incontroversa:
I - Se não for admissível, a seu respeito, a confissão (direitos indisponíveis são os personalíssimos e tratados nas ações de estado - família e incapaz);
II - Se a petição inicial não estiver acompanhada do instrumento público que a lei considerar da substância do ato;
III - Se estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto.
· CONTEÚDO DA CONTESTAÇÃO
· O réu pode alegar a defesa processual (própria ou imprópria) e defesa de mérito (direta ou indireta), dirigida ao juiz da causa, com nome das partes, se a qualificação estiver errada deve-se corrigir, e onde deverá constar o endereço para intimação do advogado.
· Deve constar o requerimento de provas e juntar documentos.
· Classificação:
· Desta forma, quando o réu responde ao autor, poderá defender-se no plano da relação processual (preliminares), assim como no plano do direito material (questão de mérito).
Daí decorre a classificação das defesas em:
→ Defesa Processual.
→ Defesa de Mérito.
I - Defesa Processual (devem ser arguidas como preliminar na contestação): visa impedir ou protelar a sentença de mérito e ataca o processo – a relação jurídica processual.
· Preliminar é o que vem antes do mérito.
I.1) Própria – Peremptória: se acolhida leva à extinção.
· São defesas processuais peremptórias as que, uma vez acolhidas, levam o processo à extinção, como a de inépcia da inicial, ilegitimidade de parte, litispendência, coisa julgada, perempção etc. (art. 267 – CPC). (S)
I.2) Imprópria – Dilatória: se acolhidas não ocasionam a extinção (acertamento da relação jurídica processual.
· São defesas processuais dilatórias as defesas processuais que, mesmo quando acolhidas, não provocam a extinção do processo, mas apenas causam ampliação ou dilatação do curso do procedimento. (S)
 (
8
)
· Defesa dilatória é aquela capaz de sanar vício processual, não levando ao fim do processo.
· Preliminares
· Matérias devem ser alegadas antes do mérito.
· Art. 337/CPC. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:
I - inexistência ou nulidade da citação; é dilatória pois não leva à extinção do processo.
II - incompetência absoluta e relativa; é dilatória pois não leva à extinção do processo. Só pode ser arguida pelo réu.
III - incorreção do valor da causa; é dilatória pois não leva à extinção do processo. Pode ser fixado pelo juiz ou corrigido pelo réu.
IV – inépcia (Art 330, quando a petição inicial tem vícios, defeitos. Pode haver emenda desde que o réu concorde) da petição inicial; é dilatória pois não leva à extinção do processo. Caso o réu não concorde com a emenda há vício insanável e o processo é extinto.
V - perempção; é peremptória, pois leva à extinção do processo.
VI - litispendência; mesma causa de pedir, já existe outra causa e essa deve ser extinta. é peremptória, pois leva à extinção do processo.
VII - coisa julgada; é peremptória, pois leva à extinção do processo.
VIII - conexão; quando há duas ações ou mais com a mesma causa de pedir, são reunidas para julgamento em comum. é dilatória, pois não leva à extinção do processo.
IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; a parte pode suprir o a falha. é dilatória, pois não leva à extinção do processo. Se não houver a correção passa a peremptória.
X - convenção de arbitragem; quando é reconhecida a convenção de arbitragem há extinção do processo, portanto peremptória.
XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual; dilatória, mas pode se tornar peremptória.
XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar; ocorre quando estrangeiro tem que peticionar no Brasil. É dilatória, mas torna- se peremptória caso o autor não cumpra a ordem de caução.
XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça. Se a parte não tem condições econômicas de pagar as custas, pode pedir a gratuidade. É contestável pelo réu. É dilatória, mas torna-se peremptória se a parte for comprovadamente adimplente e não houver pagamento das custas.
· Ver Art. 485, que elenca as hipóteses de extinção do processo. Para ser peremptória deve estar elencada nesse artigo.
· Art. 485/CPC. O juiz não resolverá o mérito quando:
I – indeferir a petição inicial;
II – o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes;
III – por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias;
IV – verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo;
V – reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada;
VI – verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual;
VII – acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua competência;
VIII – homologar a desistência da ação;
IX – em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; e
X – nos demais casos prescritos neste Código.
§ 1o Nas hipóteses descritas nos incisos II e III, a parte será intimada pessoalmente para suprir a falta no prazo de 5 (cinco) dias.
§ 2o No caso do § 1o, quanto ao inciso II, as partes pagarão proporcionalmente as custas, e, quanto ao inciso III, o autor será condenado ao pagamento das despesas e dos honorários de advogado.
§ 3o O juiz conhecerá de ofício da matéria constante dos incisos IV, V, VI e IX, em qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não ocorrer o trânsito em julgado.
§ 4o Oferecida a contestação, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, desistir da ação.
§ 5o A desistência da ação pode ser apresentada até a sentença.
§ 6o Oferecida a contestação, a extinção do processo por abandono da causa pelo autor depende de requerimento do réu.
§ 7o Interposta a apelação em qualquer dos casos de que tratam os incisos deste artigo, o juiz terá 5 (cinco) dias para retratar-se.
· Incompetência relativa e convenção de arbitragem são as únicas que o juiz não pode reconhecer de ofício.
· Excetuando a incompetência relativa e a convenção de arbitragem o juiz conhecerá de ofício as demais matérias.
· REGIME PARA A ALEGAÇÃO DE ILEGITIMIDADE PASSIVA (Arts. 338 e 339)
· De acordo com o art. 338, se o réu alegar – e o fará em preliminar de contestação – que não é parte legítima ou que não é o responsável pelo prejuízo invocado, o magistrado permitirá ao autor que altere a petição inicial para “substituição” do réu no prazo de quinze dias. Se o autor efetivar aquela substituição – na verdade, a sucessão, excluindo-se do processo o réu originário e citando para o processo o novo réu –, deverá reembolsar as despesas e pagar honorários de sucumbência do réu originário (excluído), de três a cinco por cento do valor da causa ou, se ele for irrisório, observandoo art. 85, § 8º. (S)
· Se o réu alegar sua ilegitimidade o juiz concederá prazo de 15 dias para que o autor o substitua o réu, se concordar com a alegação, o autor pagará os honorários do advogado do réu excluído a ser fixado em 3 e 5% do valor da causa;
· O réu deverá indicar o sujeito passivo (caso ele saiba quem é a parte legítima), se tiver conhecimento, sob pena de arcar com as despesas processuais e indenizar o autor pelos prejuízos decorrentes da falta de indicação. Isso caso ele saiba quem é o réu legítimo e não indique.
O art. 339 complementa a regra anterior – e dá maior efetividade a ela – ao determinar ao réu que,
“sempre que tiver conhecimento”, indicar o sujeito passivo da relação jurídica discutida (quem tem
legitimidade para figurar como réu). Para evidenciar que se trata de dever seu, o dispositivo determina
que o réu responde pelas despesas processuais, sem prejuízo de indenizar o autor pelos prejuízos que
ele sofrer, quando não fizer a indicação.
· O art. 339 complementa a regra anterior – e dá maior efetividade a ela – ao determinar ao réu que, “sempre que tiver conhecimento”, indicar o sujeito passivo da relação jurídica discutida (quem tem legitimidade para figurar como réu). Para evidenciar que se trata de dever seu, o dispositivo determina que o réu responde pelas despesas processuais, sem prejuízo de indenizar o autor pelos prejuízos que ele sofrer, quando não fizer a indicação.
· Caso o autor aceite a indicação, alterará, no prazo de quinze dias, a petição inicial para a “substituição” do réu, reembolsando-o das despesas processuais e pagando os honorários sucumbenciais (art. 339, § 1º). Pode o autor também, no mesmo prazo, limitar-se a alterar a petição inicial para incluir o indicado como litisconsorte passivo, isto é, preservando o réu originário além de providenciar a citação do, até aquele instante, terceiro ao processo (art. 339, § 2º). (S)
· Alegada a incompetência relativa ou absoluta o réu poderá protocolar a contestação no foro de domicílio do réu, comunicando-se ao juiz da causa (Art.
340) A ação de contestação pode ser protocolada onde deveria ser, no domicílio correto, porém é o juiz que recebeu a ação que decide se vai acontecer a nova distribuição ou não.
· A contestação será distribuída livremente e se for acolhida.
· Arguição de Incompetência o processo será remetido do juízo para onde foi distribuída a contestação, considerado prevento.
II - Defesa De Mérito
· Dá-se a defesa de mérito quando o réu ataca o fato jurídico que constitui o mérito da causa (causa petendi). (S)
· Ataca os fatos e a defesa do bem da vida.
· Será arguida pelo réu.
· O réu resiste ao pedido mediato (pretensão do bem da vida), demonstra que o autor não tem razão naquilo que postula.
· Direta: o réu nega a ocorrência dos fatos que o autor alegou na petição inicial ou que ocorreram diferentemente do que consta da inicial. O autor da ação deve comprovar os fatos.
· O ônus da prova depende da defesa apresentada pelo réu.
· Denomina-se direta, por voltar-se contra a pretensão do autor e tendo por escopo destruir-lhe os fundamentos de fato ou de direito. (S)
· Indireta: Admite os fatos, mas a eles contrapõem outros. FATOS NOVOS, modificativos, extintivos ou impeditivos do direito do autor. O réu admite a existência dos fatos, mas alega outros fatos, fatos novos. Geralmente é um fato extintivo do direito do autor.
· A defesa de mérito poderá ser indireta, quando, o réu, reconhecendo o fato em que se fundou a ação, outro lhe opuser impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, este será ouvido no prazo de 10 (dez) dias, facultando-lhe o juiz a produção de prova documental. (Art. 326/CPC) (S)
· A importância dessa classificação é saber quem tem o ônus da prova.
- Novo CPC
· Art. 373/CPC. O ônus da prova incumbe:
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.
· O caput do art. 373 assegura a regra clássica de atribuição do ônus da prova: ao autor, cabe o ônus da prova do fato constitutivo de seu direito; ao réu, o ônus da prova da existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. Havendo reconvenção, o réu passa a ser autor e, neste sentido, ele, como reconvinte, terá o ônus da prova do fato constitutivo, e o autor, na qualidade de reconvindo (réu na reconvenção), do fato modificativo, impeditivo e extintivo, naquilo que sejam novos em relação ao pedido do autor e ao seu respectivo fundamento e forneçam substrato ao pedido reconvencional. (S)
· Forma: a defesa é apresentada por escrito.
· PRAZO PARA RESPOSTA: (Art. 219)
· 15 dias:
· O prazo para o réu contestar é de quinze dias. O seu termo inicial depende de variadas hipóteses indicadas no art. 335. (S)
· Termo inicial: (Art. 335)
· Há várias regras para contestação. Depende de se houve ou não audiência de contestação. Se houve começa a contar o prazo de 15 dias. Se não houve, conta o prazo a partir da manifestação da falta de interesse.
· Art. 335/CPC. O réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial será a data:
I – da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de conciliação, quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver autocomposição;
II – do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou de mediação apresentado pelo réu, quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4o, inciso I;
III – prevista no art. 231, de acordo com o modo como foi feita a citação, nos demais casos.
§ 1o No caso de litisconsórcio passivo, ocorrendo a hipótese do art. 334, § 6o, o termo inicial previsto no inciso II será, para cada um dos réus, a data de apresentação de seu respectivo pedido de cancelamento da audiência.
· RECONVENÇÃO: (Art. 343)
· Trata-se da possibilidade de o réu, no mesmo processo em que demandado, demandar o autor, pedindo em face dele tutela jurisdicional de qualidade diversa daquela que pretende obter com a rejeição do pedido do autor. O réu, ao contestar, quer afastar a pretensão do autor; não quer se sujeitar ao pedido do autor e à tutela jurisdicional pretendida por ele. Quando reconvém, o réu passa a aspirar algo que vai além da tutela jurisdicional que obterá caso a sua defesa seja acolhida com a rejeição do pedido formulado pelo autor. (S)
· É um contra-ataque, é a reação do réu dentro da relação jurídica estabelecida. Ex: O réu alega que o culpado da ação é o autor da ação. Na reconvenção o réu narra sua versão dos fatos e formula novos pedidos. É uma ampliação da ação.
· O pedido contraposto, existente nos juizados especiais, é equivalente à reconvenção.
· É possível o réu ser revel e apresentar apenas a reconvenção, não a defesa.
· Não é obrigatória, é uma medida de economia processual.
· Caso não opte pela reconvenção, o réu pode entrar com outra ação contra o proponente.
· Conceito: é uma nova ação, do réu contra o autor, proposta no procedimento deduzir em face do autor, exerce o direito de ação no mesmo procedimento em que está sendo demandado.
· Trata-se, como é comum referir-se, de verdadeiro contra-ataque do réu em face do autor no mesmo processo; de, ainda é o que, em geral se diz a respeito da reconvenção, de nova ação do réu em face do autor, valendo-se do mesmo processo. (S)
· A reconvenção não substitui a defesa. Há duas lides: do A e R e deste contra o A. E serão julgadas na mesma sentença.
· Não é obrigatória: Funda-se no princípio da economia processual.
· Nominação: Réu é denominado Reconvinte e Autor é denominado Reconvindo.
· Autonomia:
· Embora formulada dentro de um processo que já se encontra em curso, a reconvenção carrega uma pretensão autônoma do réu contra o autor – que poderia, por essa razão, ser objeto de um processo autônomo. Por assim dizer, o réu -reconvinte propõe uma ação embutida em outra contra o autor- reconvindo. Essa peculiaridade processual, no entanto, não apaga a autonomia do direito afirmado em juízo e a necessidade de o pedido de tutelajurisdicional do direito formulado pelo réu seja respondido pelo juiz. Por essa razão, a desistência da ação originária ou a ocorrência de qualquer causa extintiva que impeça o seu exame de mérito não obsta ao prosseguimento do processo quanto à reconvenção, art. 343, § 2.º). (M)
· É autônoma não estando sujeita ao mesmo destino da ação principal, unidas apenas pela conexão. Assim, se o autor desistir da ação, o réu pode prosseguir na reconvenção e ao contrário. Como são autônomas podem ser ambas julgadas procedentes.
· Requisito:
Conexão com a ação principal ou com o fundamento da defesa: o pedido deve apresentar um liame jurídico em relação ao pedido ou causa de pedir (conexão).
· A conexão que autoriza a reconvenção, contudo, não é apenas aquela mencionada pelo legislador no art. 55. É claro que, havendo conexão pela identidade de causa de pedir ou de pedido, cabe reconvenção, mas é certo que basta uma ligação mais tênue entre as demandas para que seja possível a reconvenção. Como observa a doutrina, a reconvenção deve ser admitida sempre que a ponderação dos “interesses em jogo” sugira essa solução: vale dizer, sempre que por intermédio da reconvenção possa se obter a diminuição de despesas processuais, a simplificação da atividade processual e o aproveitamento do mesmo material probatório para o julgamento de ambas as demandas. (M)
· Procedimento:
· Proposta a reconvenção, o autor será intimado (não há necessidade de nova citação), por intermédio de seu procurador, para responder em quinze dias (art. 343, § 1º). Com (ou sem) esta resposta, o magistrado deverá observar, em seguida, o que, diante das peculiaridades do processo, é disciplina pelas chamadas “providências preliminares”. (S)
· 15 dias para reconvir e 15 dias para contestar a reconvenção. Será arguida na própria contestação.
· Regulada pelo artigo 343 do NCPC.
· EXCEÇÃO DE IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO
· É a forma de se arguir a parcialidade do juiz. Tanto o autor quanto o réu podem arguir o impedimento e suspenção do juiz.
· Meio processual para se arguir as causas de impedimento e suspeição. (Arts. 144 e 145. Tratam das causas de impedimento e suspeição do juiz.)
· São arguidas em peça apartada da ação principal.
· Legitimidade Ativa e Passiva:
· A exceção de impedimento ou suspeição será oferecida pela parte.
· É dirigido contra a pessoa do juiz e não do órgão, além de testemunhas deve constar prova documental.
· A petição é dirigida ao juiz da causa, que não poderá indeferi-la porque não pode ele mesmo julgar a sua parcialidade.
· Quem juga a parcialidade do juiz é o tribunal.
· É necessário mencionar o motivo (presente nos artigos 144 e 145).
· Forma: (Art. 146)
· A arguição de impedimento ou suspeição pode ser formulada por qualquer das partes, em petição específica dirigida ao juiz da causa, na qual indicará os fundamentos da recusa e que será instruída com documentos e, se for o caso, o rol de testemunhas. (D)
· Em petição escrita demonstrando os motivos da recusa do juiz (arrolando as hipóteses de suspeição e impedimento) no prazo de 15 (quinze) dias a contar do conhecimento do fato. A partir do momento em que a parte tem conhecimento de que aquele juiz irá presidir o processo, começa a contar o prazo de 15 dias. Mesmo que passe o prazo é possível arguir, até mesmo depois de já haver trânsito em julgado. Isso em caso de impedimento. A suspensão preclui.
· É dirigido ao juiz da causa para que ele mesmo verifique a sua parcialidade.
· Se não ocorrer, dentro de 15 (quinze) dias dará as suas razões acompanhadas de documentos e rol de testemunhas, ordenando a remessa ao Tribunal.
· O juiz acusado de suspeito ou impedido receberá a petição do incidente.
· Acolhendo a alegação, remeterá os autos ao juiz substituto; caso não a acolha, determinará a autuação apartada da alegação e, em quinze dias, apresentará as suas razões, acompanhadas de documentos que reputar convenientes e o rol de testemunhas para provar o que alega; em seguida, ordenará a remessa do incidente ao tribunal. (D)
· Procedimento No Tribunal:
· Relator poderá conferir efeito suspensivo até o julgamento do incidente;
· Caso o relator considere procedente, o processo é suspenso.
· Não conferir efeito suspensivo, processo volta a correr.
· Se a exceção não tiver fundamento, o tribunal determinará o seu arquivamento.
· Ao contrário, se tiver, condenará o juiz nas custas do incidente e determinará a remessa dos autos ao seu substituto legal. O juiz assume papel de parte passiva. O juiz remete o processo ao juiz substituto e assume o papel de réu.
· Se a arguição for acolhida, o tribunal:
a) fixará o momento a partir do qual o juiz atuou com parcialidade - o termo da suspeição ou impedimento (art. 146, § 6°, CPC);
h) decretará a invalidade dos atos do juiz, se praticados quando já presente o motivo de impedimento ou suspeição - enfim, se praticados dentro do termo da suspeição ou impedimento (art. 146, § 7', CPC);
c) no caso de acolhimento da alegação de impedimento ou de manifesta suspeição, condenará o juiz ao pagamento das custas processuais; o juiz poderá recorrer dessa decisão (art. 146, § 5', CPC).
d) remeterá os autos ao substituto legal (art. 146, § 5', CPC). (D)
· REVELIA (Art. 344)
· Art. 344/CPC. Se o réu não contestar a ação, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pelo autor.
· Conceito:
· Pode ocorrer de o réu, a despeito de hígida citação, não se manifestar no processo de nenhuma forma ou, quando menos, não contestar.
· Neste caso, em que o réu não contesta ou o que, para este fim, deve ser considerado o mesmo, o faz a destempo, ele será considerado revel e, diante deste estado processual (de revelia), é possível que os fatos alegados pelo autor sejam presumidos verdadeiros. (S)
· É Situação de fato, jurídica consistente na verificação objetiva da ausência de contestação (dentro do prazo legal e atendendo aos requisitos legais).
· Alguns consideram a revelia como ausência de qualquer das modalidades de resposta do réu (p. ex. se apresentada reconvenção).
· A revelia pressupõe que o réu tenha sido validamente citado e não tenha oferecido contestação na forma e no prazo legal.
· Ao réu citado por edital ou hora certa que não contesta a ação, após escoado o prazo fixado pelo juiz, será nomeado curador especial (Art. 72, II), enquanto não constituído advogado.
· Prazo Para Contestar:
· É de 15 dias, contados da audiência de conciliação ou mediação ou pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou de mediação apresentado pelo réu (se o autor também já manifestou desinteresse no ato).
· Consequências ou Efeitos da Revelia:
· Presunção de veracidade dos fatos alegados pelo autor.
· Não intimação do réu quanto aos atos do processo, se não tiver advogado constituído nos autos.
· Revelia não se confunde com seus efeitos.
· Situações que configuram revelia:
1. Total omissão do réu, embora regularmente citado não contesta no prazo e forma legal.
2. Comparece e apresenta apenas reconvenção, podem não ocorrer os efeitos da revelia se com os fatos alegados pelo réu não reconvenção o juiz puder concluir pela improcedência do pedido do autor;
3. Oferecimento de contestação depois de ultrapassado o prazo legal (contestação intempestiva). Se comparece apenas para alegar nulidade de citação, o prazo começará a contar a partir da declaração de nulidade da citação pelo juiz, restituindo-se o prazo.
4. Apresentação de contestação sem advogado ou advogado sem mandato não o junta no prazo de 15 dias (CPC art. 104);
5. Contestação por negativa geral ou genérica nominada por Nelson Nery de revelia substancial. Se o réu não impugna ou expõe as suas razões de fato e/ou direito. Pode ocorrer parcialmente;
6. Réu embora intimado deixa de sanar vício quanto a sua capacidade (Art. 76), vg menor que postula em juízo sem estar assistido ou representado ou representação de empresa.
· Não Ocorrência dos Efeitos da Revelia (Art. 345)
1. Havendo pluralidade de réus alguns deles contestar a ação (no litisconsórcio unitário ou no simples se os fatosforem comuns).
2. Se o direito versar sobre direitos indisponíveis (ações de estado, menores e direitos personalíssimos).
· Direitos indisponíveis: A priori, impende frisar que a indisponibilidade no direito se verifica comumente em duas situações, o que por vezes pode causar confusão: nas que se referem ao próprio direito do titular (ex. direitos da personalidade, direito à vida, direito às férias – no âmbito trabalhista, etc.), daí se fala direito indisponível; como quando se refere a um bem (que não se pode vender, alienar), tratado usualmente como bem indisponível.
· Nesta esteira, vislumbra-se que o direito deve ser tido como indisponível quando o seu titular não puder se desfazer dele por sua vontade própria, há uma ingerência estatal. E, no que tange ao bem, é indisponível porque não é alienável, ou porque a lei (Estado, novamente) determina que seja esse o regime, de forma temporária ou definitiva. (S)
3. Se a petição inicial não tiver acompanhada do instrumento público que a lei considere indispensável à prova do ato.
4. Alegações de fato do autor forem inverossímeis ou em contradição com prova constante dos autos.
· A presunção deve ser afastada de acordo com a ocorrência das hipóteses previstas no art. 345, que são as seguintes: (i) quando houver litisconsórcio passivo e pelo menos um deles apresentar contestação; (ii) quando o litígio disser respeito a direitos indisponíveis; (iii) quando a petição inicial estiver desacompanhada de instrumento que a lei considere indispensável à prova do ato ou (iv) quando as alegações de fato formuladas pelo autor forem inverossímeis ou estiverem em contradição com prova constante dos autos. (S)
· Art. 345/CPC. A revelia não produz o efeito mencionado no art. 344 se: I – havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação;
II – o litígio versar sobre direitos indisponíveis;
III – a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere indispensável à prova do ato;
IV – as alegações de fato formuladas pelo autor forem inverossímeis ou estiverem em contradição com prova constante dos autos.
· Ciência Do Réu Dos Efeitos Na Citação (Art. 250, II)
· Para que ocorram os efeitos da revelia é necessário que na carta ou mandado de citação ao réu conste expressamente a advertência de que na ausência de contestação presumir-se-ão verdadeiros os fatos alegados.
· Prazos Contra O Réu Revel (Art. 346)
· Os prazos contra o revel fluirão da data da publicação do ato decisório no órgão oficial.
· Se tiver advogado constituído nos autos, será intimado de todos os demais atos.
· O réu pode intervir no processo a qualquer momento, mas não poderá praticar os atos acobertados pela preclusão (recebe-o no estado em que sem encontra).
· Alteração do pedido contra o réu revel:
· Mesmo sendo revel, ao réu é garantido o contraditório havendo aditamento do pedido (permitido até a fase de saneamento do processo) CPC art. 329, II.
· Reconhecimento Jurídico Do Pedido (Art. 487, III, a)
· Réu deixa de opor resistência ao pedido de forma ativa: aceita os fatos e as consequências jurídicas. É a admissão expressa do réu do direito do autor.
· O reconhecimento jurídico do pedido leva à extinção do processo com resolução do mérito. Pode ser parcial.
· Não cabe se a lide versar sobre direitos indisponíveis.
· Diferença entre reconhecimento jurídico do pedido e revelia
· O reconhecimento jurídico do pedido tem como consequência o julgamento do processo com resolução de mérito (acolhimento do pedido), e não atinge apenas os fatos (revelia) ou confissão que é meio de prova.
· Mesmo ocorrendo a revelia o juiz poderá julgar improcedente o pedido, pois mesmo considerando verdadeiros os fatos, por presunção, poderá não ocorrer a consequência jurídica pretendida pelo autor.
· DA IMPROCEDÊNCIA LIMINAR DO PEDIDO
· O magistrado poderá indeferir o pedido com análise do mérito, quando verificar antecipadamente a impertinência da postulação. Então, não será necessário nem mesmo ouvir o réu. (S)
· Art. 332-CPC/2016. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:
I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça;
II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.
· A improcedência liminar do pedido é possível, de acordo com o art. 332, quando a fase instrutória for dispensável e desde que (i) o pedido contrarie enunciado de súmula do STF ou do STJ; (ii) ou acórdão proferido pelo STF ou pelo STJ em julgamento de recursos repetitivos; (iii) ou entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; ou, ainda, (iv) enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.
· Nestes casos: precedentes e reconhecimento de prescrição e decadência há “em comum a circunstância de que é absolutamente desnecessária a produção de qualquer prova para um julgamento contrário ao autor.” (Wambier e Talamini).
· Não há necessidade de produção de outras provas. (Art. 487)
· Art. 485. Sentenças de mérito se diferenciam porque transitaram em julgado. A parte não pode entrar com a mesma ação.
· Qualquer súmula hoje tem efeito vinculante para o juiz e para o tribunal.
· Se houver questões fáticas a serem esclarecidas mesmo para apreciação da definição do enquadramento do precedente ou da questão prescricional ou decadencial, não se aplica a técnica de improcedência liminar.
· Apenas pode ser proferida contra o Autor, se for contra o Réu, haveria ofensa ao contraditório e ampla defesa.
I - Em enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça.
· Direito local = estadual e municipal.
Em casos de súmula vinculante do STF, quanto aos de súmulas persuasivas do STF e do STJ;
II - Em acórdão proferido pelo STF ou pelo STJ em julgamento de recursos repetitivos.
· “O julgamento pelo STF ou STJ de uma tese que está reiterada em uma grande quantidade de recursos extraordinários ou especiais ("julgamento por amostragem") origina uma "decisão-quadro" que deve ser aplicada não apenas a todos os recursos pendentes de julgamento que versem sobre a mesma questão jurídica, como também a todas as demais ações em que ela igualmente se ponha” (Wambier e Talamini)
III - Em pronunciamento emitido em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência.
· Mesma hipótese anterior. A decisão proferida nesses incidentes tem força vinculante de precedente, aplicado de plano a outros processos; IV - Em enunciado de súmula de tribunal de justiça estadual ou do Distrito Federal sobre direito local.
· A mesma força que a súmula dos tribunais superiores tem relativamente a questões de direito federal constitucional e infraconstitucional a súmula do tribunal de justiça tem para as questões de direito local.
· Liminar porque acontece antes do processo.
· O citado entra com recurso de apelação. Neste caso o juiz pode ter que reformar a decisão, se retratar na sentença.
§ 1o O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição.
§ 2o Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença, nos termos do Art. 241.
· Aqui há ausência de apelação.
· Ocorre o trânsito em julgado.
§ 3o Interposta a apelação, o juiz poderá retratar-se em 5 (cinco) dias.
§ 4o Se houver retratação, o juiz determinará o prosseguimento do processo, com a citação do réu, e, se não houver retratação, determinará a citação do réu para apresentar contrarrazões, no prazo de 15 (quinze) dias.
· O prazo para retratação é incerto, a cargo do juiz. O juiz pode se retratar ou não.
· Nesse caso o próprio juiz analisa e abre prazo para o réu apresentar contrarazões.· Contrarazão é o recurso desse caso. O contraditório do recurso é obrigatório.
· Caso o juiz não se retrate a apelação vai ser julgada por um tribunal superior.
· Art. 241-CPC/2016. Transitada em julgado a sentença de mérito proferida em favor do réu antes da citação, incumbe ao escrivão ou ao chefe de secretaria comunicar-lhe o resultado do julgamento.
· FASE DE SANEAMENTO (ORDINATÓRIA)
· Apresentada ou não a resposta do réu, inicia-se uma fase do procedimento comum que se denomina de fase de saneamento ou fase de ordenamento do processo. Durante este período, o magistrado, se for o caso, deve tomar providências que deixem o processo apto para que nele seja proferida uma decisão, chamada de julgamento conforme o estado do processo (art. 347 do CPC). (D)
· O juiz se concentra na verificação da regularidade do processo. O juiz ordena o processo.
· Fase de Saneamento é a fase seguinte à postulatória.
· A fase de saneamento inicia-se após o escoamento do prazo de contestação.
· No entanto, é possível que, após esse momento, a fase postulatória (que é aquela em que se define o objeto litigioso do processo se prolongue, pois o réu pode ter reconvindo ou denunciado a lide a um terceiro. É possível, ainda, que o autor requeira o aditamento ou a alteração do pedido ou da causa de pedir; com o consentimento do réu, com base no art. 329, 11, do CPC. Os primeiros atos da fase de saneamento podem coincidir, portanto, com a prática dos últimos atos da fase postulatória.
· Providências Preliminares: escoado o prazo para resposta do réu o juiz poderá determinar as seguintes providências:
· As providências preliminares são medidas tomadas pelo juiz logo após a resposta do réu, encerrando a fase postulatória e preparando para a fase saneadora. Com o objetivo de assegurar o contraditório, estas providências permitem que as partes tenham a mesma chance de defesa. (S)
· Providências do juiz da causa.
· O juiz verifica se houve contestação ou não.
· Ocorre a revelia, mas não seus efeitos (principalmente quando há direitos personalíssimos).
1) Ao autor para especificar provas (se ocorreu a revelia, mas não os seus efeitos (CPC, art. 348);
2) Permitir a produção de contraprova pelo réu mesmo que tenha ocorrido a revelia (CPC, art. 349);
· Ocorrem a revelia e os efeitos da revelia. O réu pode apresentar contraprova. O réu pode apresentar documentos. Ex: comprovante de pagamentos, mas não pode contestar os fatos, pois já precluiu o prazo para tanto.
3) Réplica de fato extintivo, modificativo ou impeditivo (se houver defesa indireta na contestação) no prazo de 15 dias (CPC, art. 350);
· O réu concorda com os fatos mas apresenta fatos novos. Sobre os fatos novos há contraditório = direito de réplica para o autor.
· Réplica é a manifestação do autor sobre os fatos novos apresentados pelo réu revel.
· Não existe impugnação a contestação, mas sim réplica.
· O juiz nessa fase também verifica a regularidade do processo.
4) Réplica das preliminares (qualquer das matérias enumeradas no artigo 337), no prazo de 15 dias (CPC, art. 351);
5) Para as partes sanarem irregularidades ou nulidades sanáveis em prazo não superior a 30 dias (CPC, art. 352);
· Se fluiu o prazo de contestação o juiz decide o que fazer.
· É desnecessária qualquer providência preliminar se o réu haja contestado sem formular as alegações previstas nos Arts. 350 a 351, inexistindo nulidade ou irregularidade a ser sanada.
· Se o autor na sua réplica houver juntado prova documental o juiz mandará ouvi-lo em 15 dias.
· Nesse caso ocorre a tréplica, novo contraditório (do autor).
· JULGAMENTO CONFORME O ESTADO DO PROCESSO
· O julgamento conforme o estado do processo indica os atos processuais a serem praticados após a tomada das providências preliminares ou, como se lê do art. 353, quando elas forem desnecessárias. (S)
· É o julgamento antecipado. Quando o juiz determina que não há necessidade probatória.
· Pode extinguir o processo sem a necessidade do mérito. Exemplo de hipótese para extinção do processo: quando já há precedente com coisa julgada.
· Se o juiz não resolve o mérito a parte pode entrar com outra ação. (Art. 485).
· Abreviação do procedimento comum se não houver necessidade da fase instrutória.
· Hipóteses de julgamento conforme o estado do processo (CPC, Arts. 354, 355 e 356):
· Em todas essas hipóteses haverá abreviação do processo.
1) Extinção do processo sem análise do mérito por sentença processual (CPC, art. 485), reconhecimento de prescrição e decadência (CPC, Art. 487, II), reconhecimento jurídico do pedido, transação ou renúncia (CPC, Art. 487, III);
· Nos casos de extinção do processo sem julgamento de mérito, o juiz verificará a possibilidade de julgar o mérito (improcedente), se for o caso (CPC, Art. 488).
· Se a preliminar leva a extinção, trata-se de liminar peremptória. O juiz pode extinguir de ofício o processo.
· Julgamento de mérito típico: o juiz acolhe ou rejeita o pedido do autor. Já no Art. 487 há outras possibilidades de resolução do mérito.
· Se for possível o juiz já analisa o mérito (Art. 488). É a primazia do mérito. Ex: quando há jurisprudência.
· Primazia do mérito: quando o juiz reconhece um vício processual grave e considera que não tem como julgar o mérito ele extingue o processo. Ao mesmo tempo, diz ao autor qual seria a resolução do mérito caso houvesse a possibilidade de tal. Isso gera economia processual, pois o autor pode saber que não tem direito ao pedido que formulou e não entrará com outra ação.
2) Proferirá sentença com resolução de mérito quando não houver necessidade de outras provas, além das já produzidas (documentais), o réu for revel, ocorrer os efeitos da revelia e não houver requerimento de provas pelo revel;
· O juiz verifica que não é necessária a prova produzida pelas partes.
· As provas servem para o convencimento do juiz em relação aos fatos.
· Quando já há comprovação dos fatos por documentos o juiz pode considerar que as provas produzidas não são necessárias.
· No caso de revelia também não há fase probatória.
· O juiz pode julgar o mérito e proferir sentença nesses casos. Ex: revelia. A revelia gera a ausência de contestação, tornando os fatos alegados pelo autor verdadeiros.
3) Julgamento antecipado parcial do mérito é novidade trazida pelo CPC (art. 356). O juiz decidirá parcialmente o mérito se um ou mais ou parcela dos
pedidos formulados mostrar-se incontroverso e se estiver em condições de imediato julgamento (Art. 355) ou causa madura.
· Quando o réu não contesta um dos pedidos da petição preliminar, este se converte em fato incontroverso e não requer provas. Assim ocorre o julgamento antecipado parcial do mérito. É uma decisão interlocutória. O processo vai prosseguir para tratar dos outros pedidos da petição inicial, mas o fato incontroverso recebe já a decisão de mérito. (Art. 356). Esse pronunciamento parcial do juiz é definitivo, transita em julgado. É a decisão interlocutória de mérito ou sentença interlocutória.
· Art. 520: cumprimento provisório de sentença.
· Decisão interlocutória de mérito (ou sentença interlocutória) impugnável via agravo de instrumento (Art. 356). Poderá ser liquidada ou executada imediatamente, ainda que seja impugnada.
· Não há mais sentença una.
· DECISÃO DE SANEAMENTO E ORGANIZAÇÃO DO PROCESSO
· Se não for caso de extinção do processo sem resolução do mérito, nem de extinção do processo com resolução do mérito (prescrição/decadência, autocomposição ou julgamento antecipado do mérito da causa), deverá o magistrado proferir uma decisão de saneamento e organização do processo (art. 357, CPC). (D)
· Quando o processo passa para a fase instrutória, que é o último ato da fase de saneamento, o juiz considera que não há vícios a serem sanados, que o processo está em ordem e que pode julgar o mérito. É uma decisão interlocutória. (Art. 357)
· O saneamento do processo se realiza desde o início do processo, pois o juiz poderá inferir a inicial por ausência de condições da ação ou pressupostos processuais.
· Nesta fase o juiz deve se concentrar em declarar queo processo está em ordem e poderá julgar o mérito.
· Na decisão saneadora, o juiz irá organizar a prova a ser produzida (Art. 357):
→ Delimitará as questões de fato sobre os quais a prova irá recair;
→ Especificará os meios de prova admitidos;
→ Distribuirá o ônus da prova;
· Quem tem que comprovar e o que.
→ Delimitará as questões de direito relevantes para a decisão de mérito;
→ Designará audiência de instrução e julgamento.
· O juiz houve as partes. O juiz precisa ter contato com as provas, é o princípio da imediação. Também há a oportunidade do contraditório para a outra parte.
· Saneamento compartilhado:
· Essa modalidade é uma das grandes inovações trazida pelo CPC/2015 de 2015 que embora, ainda, privilegie o saneamento e a organização processual na forma escrita, determina que nos processos em que houver complexidade quanto à matéria de fato ou de direito, o juiz designará audiência para que o saneamento seja realizado em cooperação com as partes, e ainda, se for o caso, convidará as partes para que integrem ou esclareçam suas alegações (art. 357, §3º do CPC). (S)
· Há duas formas de o juiz proferir a decisão: a decisão em gabinete e o saneamento compartilhado (para as causas complicadas). Artigo 357, parágrafo terceiro.
· Isso ocorre para que o juiz conte com a colaboração das partes, para evitar que hajam recursos posteriores. Existe uma composição processual, acordo entre as partes. O juiz irá mediar a decisão entre as partes.
· As partes terão 5 (cinco) dias para requererem ajustes ou esclarecimentos em relação a decisão saneadora, sob pena de se tornar estável.
· Isto para as decisões proferidas em gabinete.
· A decisão saneadora decidirá várias questões e apenas aquelas que se referem a exibição ou posse de documentos e redistribuição do ônus da prova é que serão impugnáveis via agravo de instrumento (Art. 1015).
· As demais questões probatórias serão impugnáveis apenas por apelação, mas as partes poderão expor seu inconformismo com o pedido de ajustes.
· TEORIA GERAL DA PROVA
· Sistema grego e romano: influência das divindades. Ordálias: prova das bebidas amargas, das serpentes, da água fria, juramento e duelo.
· Sistemas vigentes:
→ Common law - características diferentes da civil law:
a) presença de jurados;
b) oralidade;
c) interrogatório cruzado;
d) celeridade e ausência do MP no processo civil ;
e) limitação dos recursos.
· No sistema processual brasileiro, sempre são possíveis recursos, já nos países que adotam o sistema de comom law os recursos quase não existem.
· Sistema socialista: processo tem função social e assistencial, garantia igualdade de partes. Juízes eleitos pelo povo atuam para a busca da verdade.
· No sistema socialista, devido aos juízes serem eleitos, os juízes tem poderes ilimitados.
· Sistema atual brasileiro da civil law: tendência em atribuir poderes instrutórios ao juiz, oralidade, simplificação e ampliação dos meios de prova, inclusive a prova pericial.
· O Art. 370 do CPC aproxima o direito do Brasil ao dos países socialistas.
· Silogismo na Sentença: premissa maior, menor e conclusão.
· Conceito De Prova:
· É todo elemento que pode levar o conhecimento de um fato a alguém.
· A prova processual é todo o meio destinado a convencer o juiz a respeito da verdade de uma situação de fato.
· Objeto da prova é comprovar o fato.
· Classificação da prova:
→ Quanto ao objeto:
· Diretas: destinadas a demonstrar o próprio fato principal da demanda;
· Indiretas: fatos circunstanciais dos quais se extrai a convicção da existência do fato principal (indícios).
→ Quanto ao sujeito: podem ser pessoais ou reais
· Pessoais: depoimentos de testemunhas e das partes;
· Reais: em objetos ou coisas.
→ Quanto à preparação: podem ser pré-constituídas ou simples.
· Pré-constituídas: são as previamente criadas com a finalidade probatória em futura demanda.
· Simples: aquelas produzidas na própria demanda.
- Objeto da prova são os fatos:
1) fatos pertinentes e relevantes é que suscitam interesse da parte em demonstrá-los e irão influir no julgamento da causa;
· Os irrelevantes são em verdade impertinentes;
· Fatos notórios: são aqueles de conhecimento geral e por isso mesmo de prova desnecessária e inútil. Pode ser notoriedade regional ou local não precisa ser absoluta.
2) Serão objeto de prova os fatos controvertidos. Se incontroverso a parte não tem interesse em demonstrá-lo.
3) Independem de prova os fatos em cujo favor milita a presunção legal de existência ou veracidade.
4) Serão objeto de prova os fatos controvertidos. Se incontroverso a parte não tem interesse em demonstrá-lo.
5) Independem de prova os fatos em cujo favor milita a presunção legal de existência ou veracidade.
· Conclusão: objeto da prova em um processo serão os fatos pertinentes, relevantes, controvertidos, não notórios e não submetidos a presunção legal.
· Disciplina legal: art. 370 e 374 NCPC.
→ Excepcionalmente o direito pode ser objeto de prova. O direito federal em caráter absoluto o juiz é obrigado a conhecer. Em relação ao direito estadual ou municipal, pode o juiz desconhecê-los, cabendo à parte o ônus de prová-lo.
· Disciplina legal: art. 376 NCPC.
· O objeto das provas no processo são os fatos, não o direito (quando se refere a direito federal).
· Direito local (Municipal e Estadual) é preciso comprovar que esta legislação está em vigor.
- Meios De Prova:
· Os elementos trazidos ao processo para orientar o juiz na busca da verdade dos fatos são chamados de meios de prova.
O Código de Processo Civil elenca como meios de prova o depoimento pessoal (Art. 342 a 347), exibição de documentos ou coisa (Art. 355 a 363), prova documental (Art. 364 a 399), confissão (Art. 348 a 354), prova testemunhal (Art.
400 a 419), inspeção judicial (Art. 440 a 443) e prova pericial (Art. 420 a 439). (S)
· Qualquer meio material apresentado ao juiz que possa servir de prova.
· São os instrumentos pessoais ou materiais trazidos ao processo para revelar ao juiz a verdade dos fatos.
· Meios de prova: depoimento pessoal, confissão, exibição de documento ou coisa, prova documental, prova testemunhal, prova pericial e inspeção judicial, ata notarial.
· Rol não taxativo: outros meios desde que moralmente legítimos são hábeis a demonstrar a verdade.
· Características da prova:
· A prova destina-se ao juiz;
· Rege-se pelo princípio da aquisição processual ou comunhão da prova (art.
371 do CPC). Conteúdo: depois de produzida, a prova passa a integrar o acervo probatório;
· Depois de produzida a prova, ela faz parte do processo, e a parte não pode mais contesta-la.
· Art. 371/CPC. O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento.
· Apreciação da prova pelo juiz: princípio do livre convencimento motivado ou da persuasão racional (art. 371 - final).
· Juiz tem poderes instrutórios, mas não pode atuar como auxiliar da parte (art. 370):
· Art. 370/CPC. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao julgamento do mérito.
Parágrafo único. O juiz indeferirá, em decisão fundamentada, as diligências inúteis ou meramente protelatórias.
· O Art. 370 aproxima o direito brasileiro do dos países socialistas (amplos poderes para o juiz).
· Prova emprestada:
· A prova emprestada tornou-se tipificada em nosso ordenamento jurídico após a vigência da lei 13.105 de 2015, sendo considerada aquela que, não obstante ter sido produzida em outro processo, é transferida para demanda distinta, a fim de produzir os efeitos de onde não é originária. (S)
· Prova emprestada: é a prova produzida em um processo e utilizada em outra. (Só pode ser utilizada se ambas as partes concordarem).
· Art. 372/CPC. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório.
· Conceito de prova emprestada: transporte da prova de um processo para outro.
A prova, via de regra, é produzida dentro do processo onde os fatos foram alegados,mas nada obsta a utilização de prova produzida noutro processo.
→ Forma: cópia de toda a atividade probatória.
→ Valor: o juiz é livre para apreciar a prova emprestada (pode conferir o mesmo peso ou como prova documental).
· Admissibilidade: somente se a prova for legítima ou lícita, o juiz depende da atividade das partes, se não comprovarem – segundo a regra do ônus da prova.
· A prova emprestada só é aceita se for lícita.
· Deve obedecer ao contraditório no processo em que foi produzida;
· Não ofende ao princípio da oralidade (imediação, identidade física-mitigado no CPC).
· Aplicação do aproveitamento dos atos processuais e economia processual.
· ÔNUS DA PROVA.
· O caput do art. 373 assegura a regra clássica de atribuição do ônus da prova: ao autor, cabe o ônus da prova do fato constitutivo de seu direito; ao réu, o ônus da prova da existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. Havendo reconvenção, o réu passa a ser autor e, neste sentido, ele, como reconvinte, terá o ônus da prova do fato constitutivo, e o autor, na qualidade de reconvindo (réu na reconvenção), do fato modificativo, impeditivo e extintivo, naquilo que sejam novos em relação ao pedido do autor e ao seu respectivo fundamento e forneçam substrato ao pedido reconvencional. (S)
· Conceito:
Incumbência de provar fatos que lhe são favoráveis;
· Funções:
· Regra subjetiva: para as partes;
· Regra de julgamento: para o juiz se não há prova nos autos.
· A incumbência do ônus da prova gera consequência se não for cumprida.
· Non Liquet.
· Defese indireta: o réu aceita os fatos, mas modifica o conteúdo.
· Regras do ônus da prova:
· Art. 373/CPC. O ônus da prova incumbe:
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;
-É o fato que se comprovado gera consequência para ele.
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.
· Carga dinâmica do ônus da prova:
· § 1 Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.
· O juiz, dependendo do caso completo, pode alterar o ônus da prova. Para tanto o juiz precisa fundamentar. O juiz deve fazer antecipadamente, não apenas na sentença, para oferecer o contraditório para a outra parte. (deve fazer na fase saneadora)
· De acordo com o § 1º do art. 373, nos casos previstos em lei (como se dá, por exemplo, no inciso VIII do art. 6º do Código do Consumidor, em que o que há é, propriamente, uma inversão do ônus da prova) ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de produzir prova nos moldes do caput, ou, ainda, considerando a maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o magistrado atribuir o ônus da prova de modo diverso. Para tanto, deverá fazê-lo em decisão fundamentada (que justifique o porquê da incidência do § 1º e a inexistência dos óbices do § 2º), dando à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído. (S)
· Ônus da prova no CDC:
· Art. 6º/CDC. São direitos básicos do consumidor: (...)
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências;
· Estabelece a possibilidade da inversão do ônus da prova. A hipossuficiência não é econômica, mas sim técnica.
- Art. 373/CPC. O ônus da prova incumbe:
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.
§ 1o Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o
faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.
§ 2o A decisão prevista no § 1o deste artigo não pode gerar situação em que a desincumbência do encargo pela parte seja impossível ou excessivamente difícil.
· Prova ilícita:
· A prova ilícita é aquela obtida por meio de algum tipo de violação as limitações constitucionais ou infraconstitucionais. Sendo assim, é nula qualquer tipo de prova que seja constituída através da abusiva intromissão na vida privada, no domicilio, na correspondência ou telecomunicação do indivíduo Nesse sentido, a Constituição da República federativa do Brasil prevê no seu artigo 5º inciso LVI que são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos. (S)
· O ordenamento jurídico veda a utilização da prova obtida por meio ilícito (CF artigo 5o, LIV). (O correto é art. LVI).O conceito de meio ilícito deve ser obtido por exclusão, tendo em vista o disposto no artigo 369 do Código de Processo Civil, que dispõe a utilização das provas obtidas pelos meios legais e os moralmente legítimos ou seja, que não repugnam ao direito.
· Exemplos: documento obtido por furto, ou violência material ou física, testemunha que recebe dinheiro para depor dizendo a verdade, gravação obtida com violação do sigilo de comunicações telefônicas e reconstituição que atente contra os bons costumes.
· São três as correntes sobre a prova ilícita:
→ Obstativa: não admite a prova obtida por meio ilícito, em nenhuma hipótese. É conhecida como a “teoria do fruto da árvore envenenada”: considera que o ilícito na obtenção da prova contamina o resultado havido.
· Era a jurisprudência utilizada pelo STF até alguns anos atrás.
→ Permissiva: aceita a prova assim obtida por entender que o ilícito se refere ao meio de obtenção da prova não ao seu conteúdo;
· Admite atos ilícitos para chegar a verdade. Ex: tortura.
→ Intermediária: admite a prova ilícita, dependendo dos valores jurídicos e morais em jogo.
· STJ e STF não admite sequer nessas hipóteses (STF HC 80949 – 1ª T. Min. Sepulveda Pertence e STJ RMS 5352 – 6ª T. Min. Adhemar Maciel). Contrariamente à doutrina – vide Luiz Guilherme Marinoni).
· Aceita esta última corrente através do princípio da proporcionalidade que leva em conta os valores discutidos no processo. Em direito de família, a escuta telefônica não serve de prova na separação, mas se a questão é sobre a guarda de filhos poderá ser aceita.
· A Lei 9296/96 disciplinou a interceptação telefônica no âmbito penal.
→ A doutrina entende que se um terceiro grava a conversa telefônica é capaz de caracterizar ilícito.
· Art. 5º, XII da CF.
· Hierarquia entre as provas
· Não há no direito brasileiro a valoração das provas de maneira diferente. Ex: Uma prova não vale mais que outra. O juiz analisa o conjunto das provas.
· Pelo princípio da persuasão racional (art. 371 – parte final), nenhuma prova tem valor superior à outra, cabendo ao juiz sopesá-las ao formar seu convencimento.
· Momentos da prova:
· De modo geral, podemos considerar como três os momentos da prova:
· Requerimento: A princípio a Petição Inicial (por parte do autor) e a Contestação (por parte do réu);
· Deferimento: No saneamento do processo o juiz decidirá sobre a realização de exame pericial e deferirá as provas que deverão ser produzidas na audiência de instrução e julgamento;
· Produção: A prova oral é produzida na audiência de instrução e julgamento, porém provas documentais, por exemplo, podem ser produzidas desde a Petição Inicial. (S)
→ Requerimento:
· Inicial para autor (art. 319, VI)
· Contestação para o réu (art. 336)
→ Deferimento: decisão saneadora
· Produção: documental (inicial e contestação – art. 434. Exceção: art. 435)
· Demais provas: fase instrutória
·

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