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Luanda, 2019 MICROECONOMIA Instituto Superior Politécnico Metropolitano de Angola www.unimetroangola.com --------------------------------- DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÓMICAS E GESTÃO q u a r ta -f e ir a , 8 d e m a io d e 2 0 1 9 A U L A D E M IC R O E C O N O M IA P R O F E S S O R C A R L O S C O A 1 Luanda, 2019 MICROECONOMIA I Instituto Superior Politécnico Metropolitano de Angola www.unimetroangola.com --------------------------------- DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÓMICAS E GESTÃO q u a r ta -f e ir a , 8 d e m a io d e 2 0 1 9 A U L A D E M IC R O E C O N O M IA P R O F E S S O R C A R L O S C O A 2 Professor: Carlos Coa Telefone: 915 124 682 / 935 114 867 E-mail: coamorariel@gmail.com mailto:coamorariel@gmail.com DADOS PRELIMINARES q u a r ta -f e ir a , 8 d e m a io d e 2 0 1 9 A U L A D E M IC R O E C O N O M IA P R O F E S S O R C A R L O S C O A 3 Disciplina: Microeconomia I Ano Académico: 1º Semestre: 1º Aula nº 21 Cursos: Licenciatura em Economia (LEO), Licenciatura em Administração de Empresa (LAD), Licenciatura em Gestão Pública (LGP), Bacharelato em Gestão Bancária (BGB) q u a rt a -f e ir a , 8 d e m a io d e 2 0 1 9 A U L A D E M IC R O E C O N O M IA P R O F E S S O R C A R L O S C O A 4 O QUE TRATAMOS NA ÚLTIMA AULA? TEMA DA AULA: DEMANDA, OFERTA E EQUILÍBRIO DE MERCADO Preço de Mercado: Existe uma relação inversa entre preço e quantidade demandada (Lei da Demanda) P Q q u a rt a -f e ir a , 8 d e m a io d e 2 0 1 9 5 A U L A D E M IC R O E C O N O M IA P R O F E S S O R C A R L O S C O A O QUE TRATAMOS NA ÚLTIMA AULA? • Existe uma relação direta (positiva/ crescente) entre preço e quantidade. (Lei da Oferta) P Q q u a rt a -f e ir a , 8 d e m a io d e 2 0 1 9 6 A U L A D E M IC R O E C O N O M IA P R O F E S S O R C A R L O S C O A O QUE TRATAMOS NA ÚLTIMA AULA? q u a r ta -f e ir a , 8 d e m a io d e 2 0 1 9 A U L A D E M IC R O E C O N O M IA P R O F E S S O R C A R L O S C O A 7 • Lei da demanda: com tudo o mais mantido constante, quando o preço de um bem aumenta, a quantidade demandada deste diminui; quando o preço diminui, a quantidade demandada do bem aumenta. • Lei da Oferta: com tudo o mais mantido constante, quando o preço de um bem aumenta, a quantidade ofertada desse bem também aumenta, e, quando o preço de um bem diminui, a quantidade ofertada desse bem também diminui. O QUE TRATAMOS NA ÚLTIMA AULA? DETERMINANTES DA DEMANDA Preço de mercado; Renda do indivíduo; Preço de produtos similares; Gosto; Expectativa; Número de consumidores. q u a rt a -f e ir a , 8 d e m a io d e 2 0 1 9 8 A U L A D E M IC R O E C O N O M IA P R O F E S S O R C A R L O S C O A Determinantes da Oferta Número de produtores. Expectativa; Tecnologia; Preço dos insumos; Preço de mercado; q u a rt a -f e ir a , 8 d e m a io d e 2 0 1 9 9 A U L A D E M IC R O E C O N O M IA P R O F E S S O R C A R L O S C O A O QUE TRATAMOS NA ÚLTIMA AULA? q u a r ta -f e ir a , 8 d e m a io d e 2 0 1 9 A U L A D E M IC R O E C O N O M IA P R O F E S S O R C A R L O S C O A 10 Variável Uma mudança desta variável Preço Representa um movimento ao longo da curva de demanda Preço dos produtos similares Desloca a curva de demanda Renda Desloca a curva de demanda Gosto Desloca a curva de demanda Expectativas Desloca a curva de demanda Número de consumidores Desloca a curva de demanda O QUE TRATAMOS NA ÚLTIMA AULA? Deslocamento da curva de Demanda vs Movimento ao longo da curva de Demanda q u a r ta -f e ir a , 8 d e m a io d e 2 0 1 9 A U L A D E M IC R O E C O N O M IA P R O F E S S O R C A R L O S C O A 11 Variável Uma mudança desta variável Preço Representa um movimento ao longo da curva de oferta Preço dos insumos Desloca a curva de oferta Tecnologia Desloca a curva de oferta Expectativas Desloca a curva de oferta Número de vendedores Desloca a curva de oferta O QUE TRATAMOS NA ÚLTIMA AULA? Deslocamento da curva de Oferta vs Movimento ao longo da curva de Oferta q u a r ta -f e ir a , 8 d e m a io d e 2 0 1 9 A U L A D E M IC R O E C O N O M IA P R O F E S S O R C A R L O S C O A 12 O QUE TRATAMOS NA ÚLTIMA AULA? SUMÁRIO: 1. Elasticidade da demanda 2. Elasticidade da oferta q u a rt a -f e ir a , 8 d e m a io d e 2 0 1 9 A U L A D E M IC R O E C O N O M IA P R O F E S S O R C A R L O S C O A 13 ELASTICIDADE TEMA DA AULA: OBJECTIVO GERAL DA AULA q u a r ta -f e ir a , 8 d e m a io d e 2 0 1 9 A U L A D E M IC R O E C O N O M IA P R O F E S S O R C A R L O S C O A 14 INSTRUTIVO: • Compreender a elasticidade da demanda e da oferta para garantir o equilíbrio de mercado • EDUCATIVO: • Sentir que quando determinamos a elasticidade, garantimos sua aplicação. HABILIDADES q u a r ta -f e ir a , 8 d e m a io d e 2 0 1 9 A U L A D E M IC R O E C O N O M IA P R O F E S S O R C A R L O S C O A 15 • Dominar o conceito de elasticidade; • Diferenciar os tipos de elasticidade; • Calcular a elasticidade; • Determinar a receita total; • Explicar os factores determinantes da elasticidade; VALORES q u a r ta -f e ir a , 8 d e m a io d e 2 0 1 9 A U L A D E M IC R O E C O N O M IA P R O F E S S O R C A R L O S C O A 16 • Desenvolvimento de sentimentos éticos, tais como: • A disciplina, • Responsabilidade, • Honestidade • e Sentido do dever. ELASTICIDADE E SUA APLICAÇÃO q u a r ta -f e ir a , 8 d e m a io d e 2 0 1 9 A U L A D E M IC R O E C O N O M IA P R O F E S S O R C A R L O S C O A 17 • Se um evento provocar aumento no preço da gasolina, como os consumidores reagiriam a este aumento? • De maneira geral,é fácil responder a esta questão:os consumidores comprariam menos (Lei da demanda). • Talvez queiramos uma resposta exacta. Em quanto realmente o consumo da gasolina seria reduzido? • Muitos estudos examinaram que um aumento de 10% no preço da gasolina reduz o consumo em aproximadamente2,5%, após um ano e, cerca de 6%, após 5 anos. ELASTICIDADE E SUA APLICAÇÃO q u a r ta -f e ir a , 8 d e m a io d e 2 0 1 9 A U L A D E M IC R O E C O N O M IA P R O F E S S O R C A R L O S C O A 18 • Esta resposta se reflecte na curva de demanda e sua elasticidade. • A elasticidade é uma medidada do tamanho da resposta dos compradores e vendedores às mudanças das condições do mercado. • Ao estudarmos como um acontecimento ou política pública qualquer afecta um mercado, podemos discutir, não apenas a direcção dos efeitos, mas também a sua magnitude. Elasticidade… • … é uma medida de como compradores e vendedores reajem a uma mudança nos preços; … nos permite analisar a oferta e a demanda com muito mais precisão. Sensibilidade = Elasticidade ELASTICIDADE E SUA APLICAÇÃO q u a r ta -f e ir a , 8 d e m a io d e 2 0 1 9 A U L A D E M IC R O E C O N O M IA P R O F E S S O R C A R L O S C O A 20 • ELASTICIDADE DA DEMANDA • Quando falamos sobre a demanda, observamos que os consumidores geralmente compram mais de um bem quando o preço deste está mais baixo, quando a renda deles é maior, quando o preço dos bens substitutos do bem estão elevados ou quando o preço dos bens complementares estão baixos. • Esta abordagem sobre a demanda é qualitativa, não quantitativa, ou seja, apontamos a direcção em que a demanda se move, mas não a dimensão do movimento. ELASTICIDADE E SUA APLICAÇÃO q u a r ta -f e ir a , 8 d e m a io d e 2 0 1 9 A U L A D E M IC R O E C O N O M IA P R O F E S S O R C A R L O S C O A 21 • ELASTICIDADE DA DEMANDA • Nesta aula estudaremos três tipos de elasticidade da demanda: • Elasticidade – preço da demanda; • Elasticidade – renda da demanda; • Elasticidade – preço cruzada da demanda. • ELASTICIDADE – PREÇO DA DEMANDA • A elasticidade – preço da demanda mede o quanto a quantidade demandada reage a uma mudança no preço. ELASTICIDADE E SUA APLICAÇÃO q u a r ta -f e ir a , 8 d e m a io d e 2 0 1 9 A U L A D E M IC R O E C O N O M IA P R O F E S S O R C A R L O S C O A 22 • ELASTICIDADE – PREÇO DA DEMANDA • Mede a sensibilidade da demanda de determinado bem quando ocorrem variações no preço desse bem. • CLASSIFICAÇÃO • A demanda por um bem pode ser: Elástica, e Inelástica. • Elástica – uma variação no preço do bem provoca uma variação mais que proporcional na quantidade demandada deste bem. •Elástica A quantidade demandada responde com muita intensidade a alterações nos preços; EPd > 1 • ELASTICIDADE – PREÇO DA DEMANDA • CLASSIFICAÇÃO ELASTICIDADE E SUA APLICAÇÃO • Com uma curva de demanda ELÁSTICA, um aumento nos preços leva a uma diminuição na quantidade demandada, em maior proporção que o aumento nos preços; Ex: Manteiga, queijo, etc. ELASTICIDADE E SUA APLICAÇÃO • ELASTICIDADE – PREÇO DA DEMANDA • CLASSIFICAÇÃO ELASTICIDADE E SUA APLICAÇÃO q u a r ta -f e ir a , 8 d e m a io d e 2 0 1 9 A U L A D E M IC R O E C O N O M IA P R O F E S S O R C A R L O S C O A 25 • ELASTICIDADE – PREÇO DA DEMANDA • CLASSIFICAÇÃO • Inelástica – uma variação no preço do bem provoca uma variação menos que proporcional na quantidade demandada deste bem. • Com uma curva de demanda INELÁSTICA, um aumento nos preços leva a uma diminuição na quantidade demandada, em menor proporção que o aumento nos preços. • Ex: alimento, combustível, serviços de saúde, etc. •Inelástica A quantidade demandada não responde com muita intensidade a alterações nos preços. EPd < 1 ELASTICIDADE E SUA APLICAÇÃO • ELASTICIDADE – PREÇO DA DEMANDA • CLASSIFICAÇÃO •Unitária A quantidade demandada muda na mesma proporção que o preço se altera. EPd=1 ELASTICIDADE E SUA APLICAÇÃO • CASOS ESPECÍFICOS 28 A elasticidade- preço da demanda varia, ao longo de uma mesma curva de demanda. Quanto maior o preço do bem, maior a elasticidade. Preço do Bem (R$) Quantidade demandada a b c |Epd|ponto b > 1 (elástica) |Epd|ponto a = 1 (unitária) |Epd|ponto c < 1 (inelástica) ELASTICIDADE E SUA APLICAÇÃO • ELASTICIDADE – PREÇO DA DEMANDA ELASTICIDADE E SUA APLICAÇÃO q u a r ta -f e ir a , 8 d e m a io d e 2 0 1 9 A U L A D E M IC R O E C O N O M IA P R O F E S S O R C A R L O S C O A 29 • VARIEDADE DAS CURVAS DE DEMANDA • Os economistas classificama s curvas de demanda de acordo com sua elasticidade. • A demanda é considerada Elástica quando a elasticidade é maior que 1, o que significa que a quantidade varia proporcionalmente mais do que o preço. • A demanda é consideranda Inelástica quando a elasticidade é menor que 1, o que significa que a quantidade varia proporcionalmente menos do que o preço. • CASOS ESPECÍFICOS ELASTICIDADE E SUA APLICAÇÃO q u a r ta -f e ir a , 8 d e m a io d e 2 0 1 9 A U L A D E M IC R O E C O N O M IA P R O F E S S O R C A R L O S C O A 30 • VARIEDADE DAS CURVAS DE DEMANDA • Se a elasticidade é igual a 1, a variação da quantidade é proporcionalmente igual à variação do preço, diz-se que a demanda tem elasticidade unitária. • Como a elasticidade – preço da demanda mede o quanto a quantidade demanda responde a mudança no preço, está estreitamente relacionada com a inclinação da curva de demanda. • CASOS ESPECÍFICOS ELASTICIDADE E SUA APLICAÇÃO q u a r ta -f e ir a , 8 d e m a io d e 2 0 1 9 A U L A D E M IC R O E C O N O M IA P R O F E S S O R C A R L O S C O A 31 • VARIEDADE DAS CURVAS DE DEMANDA • Quanto mais horizontal for uma curva de demanda que passa por determinado ponto, maior será a elasticidade – preço da demanda; • Quanto mais vertical for uma curva de demanda que passa por um determinado ponto, menor será a elasticidade – preço da demanda. • CASOS ESPECÍFICOS ELASTICIDADE E SUA APLICAÇÃO q u a r ta -f e ir a , 8 d e m a io d e 2 0 1 9 A U L A D E M IC R O E C O N O M IA P R O F E S S O R C A R L O S C O A 32 • VARIEDADE DAS CURVAS DE DEMANDA Perfeitamente Elástica A quantidade demandada muda infinitamente com uma alteração nos preços. A medida que aumenta a elasticidade, a curva de demanda se torna mais horizontal, sendo a demanda perfeitamente elástica. Isto ocorre à medida que a elasticidade – preço da demanda se aproxima do infinito, tornando a curva de demanda horizontal. • CASOS ESPECÍFICOS ELASTICIDADE E SUA APLICAÇÃO q u a r ta -f e ir a , 8 d e m a io d e 2 0 1 9 A U L A D E M IC R O E C O N O M IAP R O F E S S O R C A R L O S C O A 33 • VARIEDADE DAS CURVAS DE DEMANDA Perfeitamente Elástica A quantidade demandada muda infinitamente com uma alteração nos preços. Isto reflecte o facto de que mudanças muito pequenas do preço levam a grandes variações na quantidade demandada. • CASOS ESPECÍFICOS ELASTICIDADE E SUA APLICAÇÃO q u a r ta -f e ir a , 8 d e m a io d e 2 0 1 9 A U L A D E M IC R O E C O N O M IA P R O F E S S O R C A R L O S C O A 34 • VARIEDADE DAS CURVAS DE DEMANDA Perfeitamente Inelásica A quantidade demandada não muda se houver uma alteração nos preços. Neste caso, a elasticidade é igual a zero e a curva de demanda é vertical, reflectindo que a quantidade demandada se mantém a mesma qualquer que seja o preço. • CASOS ESPECÍFICOS 35 Preço do Sal (R$) Qtd adquirida de sal Preço do CD´s (R$) Qtd adquirida de CD´s Inclinação acentuada: as compras variam pouco com o aumento dos preços. (Insensível aos preços: inelástica) Inclinação pequena: as compras variam muito com o aumento dos preços. (Sensível aos preços: elástica) ELASTICIDADE E SUA APLICAÇÃO • CASOS ESPECÍFICOS • VARIEDADE DAS CURVAS DE DEMANDA 36 Preço do Bem (R$) Qtd adquirida do Bem Inclinação infinita: as compras não variam com o aumento dos preços. Perfeitamente Inelástica: Epd=0 (Ex.: Bens Essenciais) Inclinação zero: as compras variam muito com o aumento dos preços. Sensível aos preços. Perfeitamente Elástica: Epd= (Ex.: Mercados perfeitamente competitivos) Elasticidade-preço da demanda: casos extremos Preço do Bem (R$) Qtd adquirida do Bem ELASTICIDADE E SUA APLICAÇÃO • CASOS ESPECÍFICOS • VARIEDADE DAS CURVAS DE DEMANDA Demanda Inelástica (EPd<1) Quantidade Preço $4 Demanda 100 90 $6 PONTO ESPECÍFICO 10% 50% EPd=%Q/%P 10/50=0,20 RT = P x Q 4 x 100 = 400 6 x 90 = 540 Demanda Inelástica (EPd<1) Quantidade Preço 4 Demanda 100 90 $6 40% 11% PONTO MÉDIO EPd=%Q/%P 11/40= 0,28 Demanda Perfeitamente Inelástica (EPd=o) Quantidade Preço $5 $4 Demanda 20 Demanda Elástica (EPd>1) Quantidade Preço $8 Demanda 20 12 $10 PONTO ESPECÍFICO 25% 40% EPd=%Q/%P 40/25= 1,6 RT = P x Q 8 x 20 = 160 10 x 12 = 120 Demanda Elástica (EPd>1) Quantidade Preço $4 Demanda 100 50 $5 22% 67% EPd=%Q/%P 67/22= 3,7 PONTO MÉDIO Demanda Unitária (EPd=1) Quantidade Preço 4 Demanda 100 75 $5 PONTO ESPECÍFICO 25% 25% EPd=%Q/%P 25/25= 1 Demanda Unitária (EPd=1) Quantidade Preço 4 Demand 100 80 $5 22% 22% PONTO MÉDIO EPd=%Q/%P 22/22 = 1 ELASTICIDADE E SUA APLICAÇÃO q u a r ta -f e ir a , 8 d e m a io d e 2 0 1 9 A U L A D E M IC R O E C O N O M IA P R O F E S S O R C A R L O S C O A 44 • CÁLCULO DA ELASTICIDADE – PREÇO DA DEMANDA PONTO ESPECÍFICO O valor da elasticidade-preço da demanda EpD = Variação percentual de P Variação percentual Qd • Um aumento de 10% no preço do feijão causa uma queda de 20% na sua demanda. • Epd = 20% = 2 10% Neste exemplo, a elasticidade é 2, indicando que a variação da quantidade demandada é duas vezes maior do que a variação do preço. ELASTICIDADE E SUA APLICAÇÃO • CÁLCULO DA ELASTICIDADE – PREÇO DA DEMANDA • Exemplo 1: PONTO ESPECÍFICO A variação percentual do preço: P1 – P0 P0 A variação percentual da quantidade demandada: Q1 – Q0 Q0 X 100 X 100 CÁLCULO DA ELASTICIDADE – PREÇO DA DEMANDA ELASTICIDADE E SUA APLICAÇÃO Epd = % qd % preço = q1 – q0 q0 p1 – p0 p0 qd qd p p = = p qd qd p x ELASTICIDADE E SUA APLICAÇÃO CÁLCULO DA ELASTICIDADE – PREÇO DA DEMANDA PONTO ESPECÍFICO Epd = • Dada a função de demanda de iogurtes QD = 50 – 2p, calcular a elasticidade-preço da demanda de P0=15,00 para P1= 18,00. • P0 = 15,00 e a Qd0 = 50 – 30 = 20 • P1 = 18,00 e a Qd1 = 50 – 36 = 14 • Variação de q = 14 – 20/20 = -6/20 = -3/10 • Variação de p = 18 – 15/15 = 3/15 = 1/5 • Epd = (-3/10).5 = -15/10 = -1,5 ELASTICIDADE E SUA APLICAÇÃO • CÁLCULO DA ELASTICIDADE – PREÇO DA DEMANDA • Exemplo 2: • Dada a função de demanda de iogurtes QD = 50 – 2p, calcular a elasticidade-preço da demanda no ponto P0=2,00 e P1= 3,00. • P0 = 2,00 e a Qd0 = 50 – 4 = 46 • P1 = 3,00 e a Qd1 = 50 – 6 = 44 • Variação de q = 44 – 46/46 = -2/46 • Variação de p = 3 – 2/2 = ½ • Epp = (-1/23).2 = -2/23 = - 0,09 ELASTICIDADE E SUA APLICAÇÃO • CÁLCULO DA ELASTICIDADE – PREÇO DA DEMANDA • Exemplo 3: Calculando a Elasticidade-Preço da Demanda (método do ponto médio) • A fórmula do ponto médio é preferível pois o resultado será o mesmo independente da direção (positiva ou negativa) da mudança. (p1 – p0) X X 100 (q1 – q0) X X 100 Epd = Variação Q Variação P Epd = (q2 – q1) / [(q2 + q1) / 2] ELASTICIDADE E SUA APLICAÇÃO CÁLCULO DA ELASTICIDADE – PREÇO DA DEMANDA MÉTODO DO PONTO MÉDIO (p2 – p1) / [(p2 + p1) / 2] ELASTICIDADE E SUA APLICAÇÃO q u a r ta -f e ir a , 8 d e m a io d e 2 0 1 9 A U L A D E M IC R O E C O N O M IA P R O F E S S O R C A R L O S C O A 52 • ELASTICIDADE – PREÇO DA DEMANDA E SEUS DETERMINANTES • Uma vez que a curva de demanda refecte as várias forças económicas, sociais e psicológicas que moldam as preferências dos consumidores, não há uma regra simples e universal para o que determina a elasticidade da curva de demanda. • Com base na experiência, os Economistas apresentam apresentam algumas regras básicas sobre o que influencia a elasticidade – preço da demanda: ELASTICIDADE E SUA APLICAÇÃO q u a r ta -f e ir a , 8 d e m a io d e 2 0 1 9 A U L A D E M IC R O E C O N O M IA P R O F E S S O R C A R L O S C O A 53 • ELASTICIDADE – PREÇO DA DEMANDA E SEUS DETERMINANTES • Disponibilidade de substitutos próximos • Bens com substitutos próximos tendem a ter demanda mais elástica porque é mais fácil para os consumidores troca-los por outros. • Por exemplo, manteiga e queijo são facilmente substituíveis uma pela outra. • Um pequeno aumento no preço do queijo, supondo que o preço da manteiga se mantenha constante, fará com que a quantidade vendida de queijo tenha uma grande diminuição. ELASTICIDADE E SUA APLICAÇÃO q u a r ta -f e ir a , 8 d e m a io d e 2 0 1 9 A U L A D E M IC R O E C O N O M IA P R O F E S S O R C A R L O S C O A 54 • ELASTICIDADE – PREÇO DA DEMANDA E SEUS DETERMINANTES • Disponibilidade de substitutos próximos • Entretanto, como os ovos não têm substitutos próximos, a demanda por ovos é menos elástica que a demanda por queijo. ELASTICIDADE E SUA APLICAÇÃO q u a r ta -f e ir a , 8 d e m a io d e 2 0 1 9 A U L A D E M IC R O E C O N O M IA P R O F E S S O R C A R L O S C O A 55 • ELASTICIDADE – PREÇO DA DEMANDA E SEUS DETERMINANTES • Bens necessários vs Bens supérfluos • Os bens necessários tendem a ter demanda inelástica, enquanto a demanda por bens de luxo (ou supérfluos)tendem a ser elástica. • Quando o preço de uma consulta médica aumenta, as pessoas não alteram drasticamente o número de vezes que vão ao médico, embora possam ir com menos frequência. ELASTICIDADE E SUA APLICAÇÃO q u a r ta -f e ir a , 8 d e m a io d e 2 0 1 9 A U L A D E M IC R O E C O N O M IA P R O F E S S O R C A R L O S C O A 56 • ELASTICIDADE – PREÇO DA DEMANDA E SEUS DETERMINANTES • Bens necessários vs Bens supérfluos • Entretanto, quando os preços dos telemóveis androide aumentam, a quantidade demande destes cai substancialmente. • Isto ocorre porque as pessoas encaram as consultas médicas como uma necessidade e os telemóveis androide como um luxo. • Os critérios para classificar um bem como necessário ou supérfluo depende não só de suas propriedades intrínsecas, mas também das preferências dos consumidores. ELASTICIDADE E SUA APLICAÇÃO q u a r ta -f e ir a , 8 d e m a io d e 2 0 1 9 A U L A D E M IC R O E C O N O M IA P R O F E S S O R C A R L O S C O A 57 • ELASTICIDADE – PREÇO DA DEMANDA E SEUS DETERMINANTES • Definição do mercado • A elasticidade da demanda em qualquer mercado depende de como traçamos os seus limites. • Mercados definidos de forma restrita tendem a ter demanda mais elástica do que os mercados definidos de forma ampla, uma vez que é mais fácil encontrar substitutos para bens definidos de forma restrita. ELASTICIDADE E SUA APLICAÇÃO q u a r ta -f e ir a , 8 d e m a io d e 2 0 1 9 A U L A D E M IC R O E C O N O M IA P R O F E S S O R C A R L O S C O A 58 • ELASTICIDADE – PREÇO DA DEMANDA E SEUS DETERMINANTES • Definição do mercado • Por exemplo, os alimentos, uma categoria ampla, têm demanda bastante inelástica, porque não há bons substitutos para eles. • Já o gelado, uma categoria restrita, tem demanda mais elástica, porque é fácil substitui-lo por outra sobremesa. ELASTICIDADE E SUA APLICAÇÃO q u a r ta -f e ir a , 8 d e m a io d e 2 0 1 9 A U L A D E M IC R O E C O N O M IA P R O F E S S O R C A R L O S C O A 59 • ELASTICIDADE – PREÇO DA DEMANDA E SEUS DETERMINANTES • Horizonte de tempo • Os bens tendem a apresentar demanda mais elástica em horizontes de tempo mais longos. • Quando o preço da gasolina sobe, a quantidade demandada desse combustível cai pouco nos primeiros meses. Com o passar do tempo, as pessoas compram carros que consomem menos gasolina, passam a utilizar transportes públicos e se mudam para mais perto do lugar onde trabalham. Em alguns anos, a quantidade demandada de gasolina cai substancialmente. Elasticidade e Receita Total • Receita Total é a quantidade de dinheiro paga por compradores e recebidas por vendedores após a venda de um bem; Ou seja, preço do bem vezes a quantidade vendida daquele bem: RT = P x Q O que pode acontecer com a receita total (RT), quando varia o preço de um bem? Resposta: vai depender da elasticidade-preço da demanda Elasticidade e Receita Total $4 Demanda Quant. P 0 Preço P x Q = $400 Receita Total) 100 Q 62 a) Se a Epd for elástica: % q d > % p •se p aumentar, qd cairá, e a RT diminuirá; •se p cair, qd aumentará, e a RT aumentará. b) Se Epd for inelástica: % q d < % p •se p aumentar, qd cairá, e a RT aumentará. •se p cair, qd aumentará, e a RT cairá. c) Se Epd for unitária: % q d = % p •Tanto faz p aumentar ou cair, que a receita total (RT) permanece constante. Elasticidades 63 Elasticidades Demanda inelástica É vantajoso aumentar o preço (ou diminuir a produção) Até onde Epd = -1 Pois, embora a quantidade caia, o aumento de preço mais que compensa a queda na quantidade, e a RT aumenta. Ex.: Produtos agrícolas (principalmente os essenciais). Se, o aumento do preço for muito elevado pode acabar caindo no ramo elástico da demanda e assim, gerando a queda na receita total (RT). Elasticidade e Receita Total • Com uma curva de demanda INELÁSTICA, um aumento nos preços leva a uma diminuição na quantidade demandada, em menor proporção que o aumento nos preços; DESSA FORMA, A RECEITA TOTAL AUMENTA. Elasticidade e Receita Total – Demanda Inelástica $3 Quant. 0 Preço 80 RT = $240 Demanda $1 Demanda Quant. 0 RT = $100 100 Preço Um aumento no preço de R$1,00 para R$3,00... …leva a um aumento na receita total de R$100 para R$240 Elasticidade e Receita Total • Com uma curva de demanda ELÁSTICA, um aumento nos preços leva a uma diminuição na quantidade demandada, em maior proporção que o aumento nos preços; DESSA FORMA, A RECEITA TOTAL DIMINUI. Elasticidade e Receita Total – Demanda Elástica Demanda Quant. 0 Preço $4 50 Demanda Quant. 0 Preço RT = R$100 $5 20 RT = R$200 Um aumento no preço de R$4,00 para $5,00... …leva a uma diminuição na receita total de $200 para $100 Exemplo 4: •D = 50 – 2p •P0 = 15 e P1 = 18 •RT = 15X20 = 300 •RT = 18X14 = 252 •Com o aumento de preço a RT caiu. Exemplo 5: •D = 50 – 2p •P0= 2 e P1=3 •RT= 2X46 = 92 •RT= 3X44=132 •Com o aumento de preço a RT cresceu. ELASTICIDADE E SUA APLICAÇÃO q u a r ta -f e ir a , 8 d e m a io d e 2 0 1 9 A U L A D E M IC R O E C O N O M IA P R O F E S S O R C A R L O S C O A 70 • RECEITA TOTAL E ELASTICIDADE – PREÇO DA DEMANDA • Quando a demanda é Inelástica (elasticidade – preço da demanda menor que 1), o preço e a receita total movem-se na mesma direção; • Quando a demanda é Elástica (elasticidade – preço da demanda maior que 1), o preço e a receita total movem-se em direções opostas; • Se a demanda tem elasticidade unitária (elasticidade preço da demanda igual a 1), a receita total permanece constante quando o preço varia. ELASTICIDADE E SUA APLICAÇÃO q u a r ta -f e ir a , 8 d e m a io d e 2 0 1 9 A U L A D E M IC R O E C O N O M IA P R O F E S S O R C A R L O S C O A 71 • ELASTICIDADE – RENDA DA DEMANDA • Mede a variação na quantidade demandada de um bem quando a renda do consumidor varia. • A elasticidade – renda da demanda de um bem pode ser: • Positiva: Quando a renda do consumidor aumenta, a quantidade demandada do bem também aumenta ( e vice-versa) / Bens normais. ELASTICIDADE E SUA APLICAÇÃO q u a r ta -f e ir a , 8 d e m a io d e 2 0 1 9 A U L A D E M IC R O E C O N O M IA P R O F E S S O R C A R L O S C O A 72 • ELASTICIDADE – RENDA DA DEMANDA • Negativa: Quando a renda do consumidor aumenta, a quantidade demandada do bem diminui ( e vice-versa) / Bens inferiores. Variação percentual na quantidade demandada Variação percentual da renda Elasticidade- renda da demanda = ELASTICIDADE E SUA APLICAÇÃO q u a r ta -f e ir a , 8 d e m a io d e 2 0 1 9 A U L A D E M IC R O E C O N O M IA P R O F E S S O R C A R L O S C O A 73 • ELASTICIDADE – PREÇO CRUZADA DA DEMANDA • Mede a variaçãona quantidade demandada de um bem quando preço de outro bem (substituto ou complementar ao bem em questão) varia. • A elasticidade – cruzada da demanda de um bem pode ser: • Positiva: aumento do preço de um bem causa aumento da demanda do bem substituto a este bem. ELASTICIDADE E SUA APLICAÇÃO q u a r ta -f e ir a , 8 d e m a io d e 2 0 1 9 A U L A D E M IC R O E C O N O M IA P R O F E S S O R C A R L O S C O A 74 • ELASTICIDADE – PREÇO CRUZADA DA DEMANDA • Negativa: aumento do preço de um bem causa queda na demanda do bem complementar a este bem. Variação percentual na quantidade demandada do bem 1 Variação percentual do preço do bem 2 Elasticidade- preço cruzada da demanda = • RESUMO DA AULA As lições fundamentais para aula de hoje são: A elasticidade – preço da demanda mede o quanto a quantidade demanda responde a variação do preço. A demanda tende a ser mais elástica se há substitutos próximos dispponíveis, se o bem é supérfluo em vez de essencial, se o mercado é definido de maneira restrita ou se os compradors têm bastante tempo para responder a uma mudança de preço. q u a rt a -f e ir a , 8 d e m a io d e 2 0 1 9 75 A U L A D E M IC R O E C O N O M IA P R O F E S S O R C A R L O S C O A • RESUMO DA AULA As lições fundamentais para aula de hoje são: • O valor da Elasticidade-preço da demanda permite- nos medir a reação da quantidade demandada face as variações ocorridas no preço do bem. Está pode ser Elástica, inelástica, unitária, perfeitamente inelástica e infinitamente elástica. • A Elasticidade – renda da demanda permite qualificar a relação que existe entre a variação do rendimento e a variação do consumo do bem. • A elasticidade – preço cruzada mede o efeito de uma alteração no preço do bem na quantidade procurada de outro bem. É uma elasticidade positiva no caso dos bens serem Substituto, e é uma elasticidade negativa, no caso dos bens complementares.. q u a rt a -f e ir a , 8 d e m a io d e 2 0 1 9 76 A U L A D E M IC R O E C O N O M IA P R O F E S S O R C A R L O S C O A GUIA DE ESTUDO 1. Defina elasticidade – preço da demanda, elasticidade – renda da demanda e elasticidade – preço cruzada da demanda. 2. Explique resumidamente os quatros determinantes da elasticidade – preço da demanda, abordados na aula. 3. Porquê que Elasticidade-preço da demanda de sal é proxima de zero? q u a rt a -f e ir a , 8 d e m a io d e 2 0 1 9 77 A U L A D E M IC R O E C O N O M IA P R O F E S S O R C A R L O S C O A TRABALHO INDEPENDENTE 1. Supomos que um produto tem os seguintes dados: P0=20 P1= 21 e Q0= 80 Q1= 64 a) Determine a Elasticidade-preço da demanda. b) Classifique e interprete o resultado q u a rt a -f e ir a , 8 d e m a io d e 2 0 1 9 78 A U L A D E M IC R O E C O N O M IA P R O F E S S O R C A R L O S C O A Leitura de apoio: • HALL, R. E. e LIBERMAN, M. (2003) • MANKIW, N. G. (2014), Cap. 4. TRABALHO INDEPENDENTE 2. Uma variação de preço provoca 25% de diminuição na quantidade demandada de determinado bem enquanto a receita total desse mesmo bem diminui em 10%. A curva de demanda é elástica ou inelática? Explique. q u a rt a -f e ir a , 8 d e m a io d e 2 0 1 9 79 A U L A D E M IC R O E C O N O M IA P R O F E S S O R C A R L O S C O A Leitura de apoio: • HALL, R. E. e LIBERMAN, M. (2003) • MANKIW, N. G. (2014), Cap. 5. BÁSICA: • HALL, R. E. e LIBERMAN, M. (2003), Microeconomia, princípios e aplicações, Thomson Learning Editora, São Paulo. • VARIAN, H. R. (2006), Microeconomia, Princípios Básicos, 7ª Edição, Elsevier Editora, Rio de Janeiro. COMPLEMENTAR: • CASTRO, A. e BARBOT, C. (1997), Microeconomia, 2ª Edição, McGraw-hill Editora, Lisboa. • FRANK, R. H. (2006), Microeconomia e comportamento, 6ª Edição, McGraw-Hill Editora, Lisboa. • SAMUELSON, P. A. e NORDHAUS, W. D. (2005), Microeconomia, 18ª Edição, McGraw-Hill Editora, Lisboa. • STIGLITZ, J. E. e WALSH, C. E. (2003), Introdução à Microeconomia, 4ª Edição, Campus Editora, Rio de Janeiro. BIBLIOGRAFIA q u a rt a -f e ir a , 8 d e m a io d e 2 0 1 9 A U L A D E M IC R O E C O N O M IA P R O F E S S O R C A R L O S C O A 80 q u a rt a -f e ir a , 8 d e m a io d e 2 0 1 9 A U L A D E M IC R O E C O N O M IA P R O F E S S O R C A R L O S C O A 81 ELASTICIDADE DA OFERTA (EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO) PRÓXIMA AULA q u a r ta -f e ir a , 8 d e m a io d e 2 0 1 9 A U L A D E M IC R O E C O N O M IA P R O F E S S O R C A R L O S C O A 82 NÃO ESTUDAR APÓS À AULA É JOGAR NO LIXO O TEMPO DA AULA q u a r ta -f e ir a , 8 d e m a io d e 2 0 1 9 A U L A D E M IC R O E C O N O M IA P R O F E S S O R C A R L O S C O A 83 AULA DADA, AULA ESTUDADA HOJE.
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