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República de Moçambique 
 
INSTITUTO INDUSTRIAL DE MAPUTO 
 
Construção de Estradas e Pontes 
 
Análise das Patologias dos Pavimentos Flexíveis de Tapete de mistura 
Betuminosa 
 
 
 
Trabalho de Fim de Curso para Obtenção 
Do Grau de Técnico Médio 
 
Nelson Francisco Neves Muzila 
 
Supervisor: Eng. José Ricardo 
 
 
Maputo, Agosto de 2016
I 
 
 
 
 
DECLARAÇÃO DE HONRA 
 
 
 
 
 
 
 
Eu Nelson Francisco Neves Muzila, declaro por minha honra que esse trabalho é da minha 
inteira autoria. 
 
 
 
 
 
 
 
 ___________________________________ 
 (Nelson Francisco Muzila) 
 
 
 
 
 
 
II 
 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Á Deus, minha família e a todos 
Que deforma directa ou indirecta 
Contribuíram para a realização deste 
Trabalho. 
 
 
 
 
 
 
ÍNDICE 
DECLARAÇÃO DE HONRA .................................................................................................................... I 
DEDICATÓRIA ......................................................................................................................................... II 
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 1 
1.1. Objectivos ..................................................................................................................................... 2 
1.1.1. Geral ...................................................................................................................................... 2 
1.1.2. Específicos ............................................................................................................................ 2 
1.2. Metodologia .................................................................................................................................. 2 
1.3. Organização do trabalho ............................................................................................................... 2 
1.4. Justificativa do interesse pelo tema ............................................................................................... 3 
2. DESENVOLVIMENTO ..................................................................................................................... 4 
2.1. Pavimento Rodoviário .................................................................................................................. 4 
2.1.1. Classificação dos pavimentos rodoviários ............................................................................ 5 
2.1.1.1. Pavimentos Flexíveis .................................................................................................... 6 
2.1.1.1.1. Revestimento Superficial Simples ............................................................................. 7 
2.1.1.1.2. Misturas Betuminosas ................................................................................................ 8 
2.1.1.1.3. Misturas Betuminosas a Frio ...................................................................................... 8 
2.1.1.1.4. Misturas Betuminosas a Quente ................................................................................. 8 
2.1.1.2. Deterioração e Patologias dos Pavimentos Flexíveis de Misturas Betuminosas ........... 9 
2.1.1.2.1. Ondulações ou corrugação ....................................................................................... 10 
2.1.1.2.2. Afundamento da trilha da roda ................................................................................. 12 
2.1.1.2.3. Fendas ...................................................................................................................... 14 
2.1.1.2.4. Inertes Polidos ou polimento dos agregados ............................................................ 18 
2.1.1.2.5. Refluimento .............................................................................................................. 19 
2.1.1.2.6. Perda localizada do agregado ................................................................................... 21 
2.1.1.2.7. Buracos..................................................................................................................... 24 
2.1.1.2.8. Bombeamento de finos ............................................................................................. 26 
2.1.1.2.9. Ruptura do bordo ..................................................................................................... 28 
2.1.1.2.10. Ligante oxidado (envelhecido) ............................................................................... 29 
2.1.1.2.11. Remendo ................................................................................................................ 30 
2.1.1.2.12. Escorregamento do bordo ...................................................................................... 31 
3. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ....................................................................................... 34 
3.1 . Conclusões ................................................................................................................................ 34 
3.2 . Recomendações ......................................................................................................................... 34 
 
 
 
Índice de Figuras 
Figura 2.1: Camadas estruturais de um Pavimento rodoviário ....................................................... 4 
Figura 2.2: Selagem com mistura betuminosa a frio rua José Carlos Lobo ................................... 8 
Figura 2.3: Resselagem da rotunda da praça da OMM com Mistura Betuminosa a Quente .......... 9 
Figura 2.4: Pavimento com ondulação, Av. Vladimir Lenin ........................................................ 11 
Figura 2.5: Pavimento com ondulações, Av. Vladimir Lenin ...................................................... 12 
Figura 2.6: Afundamento da trilha de roda ................................................................................... 13 
Figura 2.7: Fendilhamneto de camadas betuminosas ................................................................... 14 
Figura 2.8: Fendas lineares Av. Vladimir Lenin........................................................................... 15 
Figura 2.9: Fissuras de malha “pele de crocodilo” e buracos, Av. Joaquim Chissano ................. 16 
Figura 2.10: Fissuras de pele de crocodilo, Av. Joaquim Chissano ............................................. 17 
Figura 2.11: Agregado polido ....................................................................................................... 18 
Figura 2.12: Agregado polido (adaptado do manual de defeitos mais comuns de pavimentos de 
estradas revestidas) ....................................................................................................................... 18 
Figura 2.13: Refluimento do ligante em frente a LAM ................................................................ 20 
Figura 2.14: Refluimento do ligante ............................................................................................. 20 
Figura 2.15: Perda localizada do agregado consequente do envelhecimento do revestimento, 
AV.mo se tung .............................................................................................................................. 22 
Figura 2.16: Perda localizada do agregado devido a má qualidade da mistura. Av. Joaquim 
Chissano ........................................................................................................................................23 
Figura 2.17: Resselagem da curva da OMM ................................................................................ 23 
Figura 2.18: Buracos, Av. Eduardo Mondlane ............................................................................. 24 
Figura 2.19: Água estagnada no buraco, Av. Acordos de Lusaka ................................................ 25 
Figura 2.20: Limpeza do material danificado (tapamento de buraco) .......................................... 26 
Figura 2.21: Compactação do betão betuminoso .......................................................................... 26 
Figura 2.22: Bombeamento de finos, Av. Joaquim Chissano ....................................................... 27 
Figura 2.23: Pavimento envelhecido, fissuras de malha de pele de crocodilo ............................. 29 
Figura 2.24: Pavimento com remendos Av. de Angola ................................................................ 30 
Figura 2.25: Remendo mal executado Av. Joaquim Chissano ..................................................... 31 
Figura 2.26: Escorregamento do bordo ......................................................................................... 32 
Figura 2.27: Escorregamento do bordo Av. Joaquim Chissano.................................................... 33 
Análise das Patologias dos Pavimentos Flexíveis de Tapete Betuminoso 2016 
 
1 Nelson Francisco Neves Muzila 
 
1. INTRODUÇÃO 
Segundo SANTANA (1993), citado por MARQUES (2007), o Pavimento é uma estrutura 
construída com a máxima qualidade e o mínimo custo possível, sobre uma superfície obtida 
pelos serviços de terraplanagem e que tem como primordial função, a de fornecer ao usuário 
segurança e conforto, sendo que, isto só é possível com o auxílio da engenharia. Esta estrutura, 
de acordo com SOUZA (1980), também citado por MARQUES (2007), é construída por meio de 
camadas de vários materiais de diferentes características de resistência e deformabilidade. 
Os pavimentos são classificados em Flexíveis, Rígidos e Semi-Rígidos, sendo que estes 
diferenciam-se entre si de acordo com a consistência e camadas patentes nestas (MARQUES, 
2007). 
Os pavimentos flexíveis, tem a sua constituição baseada nos seguintes componentes: camadas 
estabilizadas com ligantes (hidrocarbonados), na parte superior, e camadas granulares, 
estabilizadas mecanicamente, em regra, na parte inferior (VICENTE, 2006). Ainda segundo esta 
autora, os pavimentos flexíveis podem ser divididos segundo o seu revestimento, sendo que 
podem existir revestimentos superficial e de tapete de mistura betuminosa. 
O revestimento superficial consiste na aplicação de uma película de ligante betuminoso e uma 
camada de brita sobre uma superfície devidamente tratada, e por seu turno, o tapete de mistura 
betuminosa consiste na aplicação de uma mistura de agregado e ligante betuminoso (DNEP, 
2004). 
Os pavimentos flexíveis, são susceptíveis de ocorrerem patologias de diversos géneros DNEP 
(2004). Nesse contexto, GONÇALVES (1999) afirma que, controle dos mecanismos principais 
de deterioração e o estabelecimento de modelos de previsão de desempenho dos pavimentos são 
actividades extremamente importantes para a eficácia da gerência de uma determinada rede 
pavimentada, na medida em que, busca, identificar de maneira objectiva a sua condição actual e 
futura, possibilitando definir de forma racional as acções que compõe um Sistema de Gerência 
de Pavimentos, surgindo desta forma a necessidade do presente estudo que visa analisar as 
patologias inerentes aos pavimentos flexíveis da cidade de Maputo e que apresenta os objectivos 
listados abaixo. 
Análise das Patologias dos Pavimentos Flexíveis de Tapete Betuminoso 2016 
 
2 Nelson Francisco Neves Muzila 
 
1.1. Objectivos 
1.1.1. Geral 
 Analisar as patologias dos pavimentos flexíveis com tapetes de misturas betuminosas na 
cidade de Maputo. 
1.1.2. Específicos 
 Identificar as avenidas com pavimentos flexíveis de misturas betuminosas 
 Identificar das avenidas supracitadas, quais as que possuem patologias 
 Descrever as patologias encontradas nas avenidas identificadas 
 Acompanhar o processo de manutenção das patologias 
 Recomendar novas propostas face o processo de manutenção vigente 
 
1.2. Metodologia 
A realização deste trabalho de fim de curso que tem como tema Análise das Patologias dos 
Pavimentos Flexíveis de Tapete Betuminoso, teve como principal método a observação 
participativa, tendo em vista a análise e avaliação das patologias e procedimentos de correcção. 
Isto foi possível através de: 
 Visitas às estradas e avenidas ao longo da cidade de Maputo durante o estágio que fora 
realizado no Conselho Municipal; 
 Visitas à bibliotecas; 
 Entrevistas não estruturadas com técnicos, engenheiros e trabalhadores do Direcção 
Municipal de Estradas e Pontes, responsáveis pela manutenção rodoviária das estradas do 
Município de Maputo e 
 Pesquisas electrónicas. 
 
1.3. Organização do trabalho 
O presente trabalho está organizado em três capítulos, dos quais temos a Introdução, Objecto do 
trabalho e as Conclusões e Recomendações. 
Análise das Patologias dos Pavimentos Flexíveis de Tapete Betuminoso 2016 
 
3 Nelson Francisco Neves Muzila 
 
O primeiro capítulo fala do trabalho de forma resumida e integra os objectivos do trabalho e os 
métodos usados para execução do mesmo. 
O segundo capítulo desenvolve o tema, apresentando de forma minuciosa e clara assuntos a volta 
do tema análise das patologias, para além de abordar as causas e as possíveis soluções. Este 
capítulo encontra-se dividido em dois principais subcapítulos, pavimento rodoviários e 
deterioração e patologias dos pavimentos flexíveis de mistura betuminosa. 
O último e terceiro capítulo integra as conclusões e as possíveis recomendações relativas ao tema 
em causa. 
 
1.4. Justificativa do interesse pelo tema 
O interesse pelo tema análise das patologias dos pavimentos flexíveis, foi gerada com base na 
necessidade de saber quais as principais causas dos defeitos encontrados nas estradas da cidade 
de Maputo, defeitos esses que de certa forma perigam a vida dos utentes e colocam em causa a 
Segurança e Comodidade dos utentes. Deste modo, o trabalho pretende procurar as causas dos 
defeitos, possíveis soluções e recomendações para se estancar essa problemática, contribuído de 
certa forma para uma melhor gerência das estradas para estarem isentas desses defeitos. 
Análise das Patologias dos Pavimentos Flexíveis de Tapete Betuminoso 2016 
 
4 Nelson Francisco Neves Muzila 
 
2. DESENVOLVIMENTO 
2.1.Pavimento Rodoviário 
O pavimento rodoviário é uma estrutura constituída por uma série de camadas destinadas a 
resistir e distribuir os esforços verticais assim como horizontais das cargas introduzidas pelos 
veículos, melhorar as condições de rolamento quanto a comodidade e segurança dos usuários 
durante o período de vida útil do pavimento (MARQUES, 2007). Neste contexto, estão quase na 
sua totalidade, as vias da zona metropolitana de Maputo, pavimentadas, cenário observado 
durante os primeiros dias da visita de estágio. 
 Segundo FRANCISCO (2012) a comodidade e segurança de circulação rodoviária são 
asseguradas pelo papel estrutural e funcional das camadas constituintes do pavimento. A função 
estrutural está ligada à capacidade que o conjunto das diversas camadas tem para resistir às 
cargas aplicadas pelos veículos e às acções climáticas, sem sofrer degradações que ponha em 
risco a funcionalidade do pavimento. 
De um modo geral, os pavimentos rodoviários são constituídos por três camadas: Camada de 
revestimento, camadas granulares e o solo de fundação assim como mostra a figura abaixo. 
 
Figura 2.1: Camadas estruturais de um Pavimento rodoviário, fonte: Manual de Comportamento Estrutural 
dos Pavimentos Rodoviários Flexiveis, 2012 
 
 
As camadas de revestimento são constituídas por camadasligadas e têm na sua constituição 
materiais granulares estabilizados com um ligante, que pode ser hidráulico para pavimentos 
Análise das Patologias dos Pavimentos Flexíveis de Tapete Betuminoso 2016 
 
5 Nelson Francisco Neves Muzila 
 
rígidos e o betume asfáltico para os pavimentos flexíveis. As camadas granulares são camadas 
com agregados, britados ou naturais e são estabilizadas mecanicamente. O solo de fundação é 
constituído pelo solo natural, sendo que, em alguns casos, quando o solo de fundação não 
apresenta as características mecânicas desejadas, pode ser submetido a estabilização ou até 
adicionado de uma camada de melhor qualidade, constituindo no final o designado “leito do 
pavimento (PIMENTA, 1996). 
 
Tabela 1: Camadas de Pavimento e as suas funções adaptado de DNER, Manual de Pavimentação, 1996 
Camadas do pavimento Função 
Camadas 
superiores 
 
 
Desgaste 
 Adequada circulação do tráfego com conforto e 
segurança 
 Drenagem e impermeabilidade 
 Distribuição das tensões induzidas pelo tráfego 
 
Regularização 
 Camada estrutural 
 Regularizar a superfície da camada de base 
 
Base betuminosa 
 Camada estrutural 
 
 
Camadas 
granulares 
 
Base 
 Camada estrutural 
 Degradação das cargas induzidas pelo tráfego 
 
Sub-base 
 Proteger durante a fase construtiva as camadas 
inferiores 
 Proteger a base da subida de água capilar 
 Drenagem interna do pavimento 
 Resistência a erosão 
 
Solo de 
fundação 
 
Leito do pavimento 
 Evitar deformação do solo 
 Homogeneidade das características mecânicas da 
fundação 
 Plataforma construtiva 
 Possibilidade de compactação das camadas 
sobrejacentes em adequadas condições 
 
Terreno de fundação 
 
 Suporte do pavimento 
 São as suas características que condicionam o 
dimensionamento. 
 
2.1.1. Classificação dos pavimentos rodoviários 
Os pavimentos rodoviários classificam-se em três tipos a saber pavimentos rígidos, semi-rígidos 
e flexíveis, normalmente a escolha de um desses pavimentos tem sido em função do tráfego na 
Análise das Patologias dos Pavimentos Flexíveis de Tapete Betuminoso 2016 
 
6 Nelson Francisco Neves Muzila 
 
qual a via irá servir, a qualidade dos solos de fundação e também do material que se tem 
disponível (AZAMBUJA, 2009). 
2.1.1.1. Pavimentos Flexíveis 
Em relação aos pavimentos flexíveis segundo a DNER (1996), são pavimentos cujas camadas 
ligadas são constituídas por materiais betuminosos que conferem uma considerável 
deformabilidade ao pavimento. As camadas superiores (camadas betuminosas), constituídas pela 
camada de desgaste, camada de regularização e, em alguns casos, camada de base, são camadas 
que conferem resistência à tracção, por serem materiais ligados e, como tal, asseguram uma 
resistência à fadiga. Já as camadas inferiores (não ligadas) são constituídas por material granular 
estabilizado ou não e juntamente com o solo de fundação, conferem ao pavimento resistência às 
tensões de compressão. 
Na cidade de Maputo, boa parte das avenidas pavimentadas, estão equipadas de pavimentos 
flexíveis, sendo exemplos destas, a Avenida Joaquim Chissano, Julius Nyerere e Avenida 
Acordos de Lusaka. É de salientar, que estas avenidas foram reabilitadas num passado não muito 
longínquo, pelo que permite-nos perceber que esta é uma tendência actual, surgindo até em 
substituição dos pavimentos rígidos e semi-rígidos nas zonas metropolitanas. 
Os aglutinantes usados nesta pavimentação rodoviária em Moçambique são na sua maioria de 
origem betuminosa, dos quais destacam-se: betume puro, betume fluidificado e emulsões 
betuminosas. 
 
Betume 
Segundo MAGUMANE (2014) é uma mistura orgânica complexa de hidrocarbonetos, obtido da 
destilação do petróleo bruto. O betume é um produto negro que apresenta boas qualidades 
adesivas, a sua consistência varia muito com a temperatura ficando mole quando aquecido e 
endurecido quando arrefece, é um aglomerante como cal, ou cimento mas não precisa de água 
para fazer presa. O betume é o ligante mais usado em trabalhos de pavimentação rodoviária. 
 
Betumes Fluidificados 
São ligantes constituídos por betumes asfálticos dissolvidos em gasóleo, petróleo ou gasolina, a 
ligação do betume aos agregados é conseguida após a volatilização do solvente, podendo este 
Análise das Patologias dos Pavimentos Flexíveis de Tapete Betuminoso 2016 
 
7 Nelson Francisco Neves Muzila 
 
processo (geralmente designado por cura) desenvolver-se de uma forma mais rápida ou menos 
rápida, consoante a rapidez da evaporação do solvente. Assim designam-se por betumes de cura 
lenta SC, média MC ou rápida RC, se os solventes usados forem gasóleo, petróleo e gasolina 
respectivamente (SILVA, 2005). 
 
Emulsões Betuminosas 
São sistemas heterogéneos de duas fases, constituídos em dois líquidos imiscíveis: betume e 
água. Para fins rodoviários utilizam-se, fundamentalmente dois tipos de emulsões as aniónicas e 
catiónicas, no nosso país a emulsão mais usada é a aniónica, porque essas apresentam facilidade 
e flexibilidade de aplicação e muita adesão as superfícies motivo pelo qual é muito usada em 
remendos e impermeabilização de camadas. A designação das emulsões dependem também da 
rapidez da rotura, existem emulsões de rotura lenta SS (ate 4 horas), de rotura média MS (até 2 
horas) e de rotura rápida (40min), rotura é o tempo que a água leva para evaporar ao ar livre. 
(MAGUMANE, 2014). 
 
Segundo a DNER (1996) os revestimentos dos pavimentos flexíveis são constituídos por 
associação de agregados e materiais betuminosos, essa associação pode ser feita de duas 
maneiras: por penetração (revestimentos superficiais) e também através de misturas betuminosas 
(quente e frio). 
 
2.1.1.1.1. Revestimento Superficial Simples 
Consiste na aplicação de uma película de ligante betuminoso sobre uma superfície devidamente 
tratada, seguida do espalhamento e compactação de uma camada de brita, de uma só partícula de 
espessura. Se aplicar-se nova regra de ligante e se fizer novo espalhamento de brita obtêm-se um 
revestimento superficial duplo. Em Moçambique tem-se usado unicamente o betume de 
penetração B80-100 como ligante para revestimentos superficiais. A colocação de revestimentos 
superficiais permite atribuir ao pavimento uma superfície desempenhada, impermeável e com 
uma certa rugosidade, eliminado os problemas de atrito e a projecção de água, permitindo que os 
condutores circulem com segurança e comodidade (DNEP, 2004). 
 
Análise das Patologias dos Pavimentos Flexíveis de Tapete Betuminoso 2016 
 
8 Nelson Francisco Neves Muzila 
 
2.1.1.1.2. Misturas Betuminosas 
Consiste numa mistura de agregado e ligante betuminoso. As misturas betuminosas podem ser 
feitas a quente assim como a frio (DNEP, 2004). 
 
2.1.1.1.3. Misturas Betuminosas a Frio 
São misturas cujos materiais usados no seu fabrico, são agregados, emulsão betuminosa e 
eventuais aditivos, podendo ser fabricadas, espalhadas e compactadas a temperatura ambiente 
VICENTE (2006). Esta técnica a frio diminui os custos energéticos e apresenta custos 
satisfatórios uma vez que atribui ao pavimento boas características superficiais 
 
Figura 2.2: Selagem com mistura betuminosa a frio rua José Carlos Lobo 
 
 
 
2.1.1.1.4. Misturas Betuminosas a Quente 
São misturas de um ligante, agregados, filler e aditivos, fabricada de modo a que todas partículas 
de agregado sejam cobertas com uma película de ligante. O seu processo de fabrico implica o 
aquecimento do ligante e dos agregados numa temperatura não inferior a 150°C e não superior a 
180°C,e a sua aplicação em obra é realizada a temperaturas significativamente superiores a 
temperatura ambiente (90 a 120°C). As condições de transporte e colocação do betão betuminoso 
são essências para se conseguir uma camada resistente a várias solicitações, conseguindo-se 
Análise das Patologias dos Pavimentos Flexíveisde Tapete Betuminoso 2016 
 
9 Nelson Francisco Neves Muzila 
 
assim retardar o aparecimento de diversas patologias (VICENTE, 2006). Para manutenção de 
estradas da cidade de Maputo a mistura betuminosa a quente tem sido a mais usada, 
principalmente a mistura feita na central, isto deve-se a praticidade que este apresenta, e o uso 
imediato da zona que foi feita a manutenção. 
 
Devido a quantidade excessiva do betão relativamente ao número de trabalhadores no Conselho 
Municipal, o betão perde a sua trabalhabilidade com a perda de temperatura, porque por vezes 
devido a quantidade que o Município adquire, o betão acaba até ao fim da tarde, betão esse que 
chega nas primeiras horas á uma temperatura máxima de 120 °C que por vezes não vem coberto 
da central, perdendo assim uma percentagem da temperatura, consequentemente a sua boa 
trabalhabilidade. 
 
Figura 2.3: Resselagem da rotunda da praça da OMM com Mistura Betuminosa a Quente 
 
 
2.1.1.2. Deterioração e Patologias dos Pavimentos Flexíveis de Misturas Betuminosas 
Os pavimentos não são concebidos para durarem eternamente, mas apenas para um determinado 
período. Durante cada um destes períodos ou ciclo de vida o pavimento inicia numa condição 
óptima ate alcançar uma condição nada favorável. Os pavimentos na sua maioria tendem a sofrer 
deterioração por motivos relacionados com o tráfego, relacionado com as causas ambientais e 
também com os materiais assim como métodos de construção. Está claro enquanto não se olhar 
de forma severa para o factor conservação das estradas durante a sua vida útil o seu 
Análise das Patologias dos Pavimentos Flexíveis de Tapete Betuminoso 2016 
 
10 Nelson Francisco Neves Muzila 
 
envelhecimento será rápido consequentemente isso poderá acarretar muitos mais custos 
relativamente a aqueles que se poderia gastar com a sua conservação. 
Tem se notado de forma clara uma série de defeitos ao longo das estradas da cidade de Maputo, 
patologias essas que tem como principal causa a falta de conservação, mau funcionamento de 
sistema de drenagem causando assim um acumulo de água ao longo da via, para além da falta da 
limpeza a falta da fiscalização intensiva ao longo das avenidas, tem contribuído para a rápida 
degradação do pavimento. A passagem de veículos pesados em estradas para qual não foram 
dimensionadas a suportar os mesmos, é um exemplo da reflexão disso. 
Os pavimentos deterioram-se mais lentamente nos anos inicias, mas a medida que se vai 
aproximando o fim da sua vida, a taxa da sua deterioração aumenta, motivo pelo qual as 
entidades responsáveis pelas estradas municipais (no caso da cidade de Maputo temos o 
Conselho Municipal) tem realizado actividades de manutenção rotina, de emergência e 
periódicas, apesar de a de rotina ser o tipo de manutenção mais executada. Essas manutenções 
são feitas para corrigir os defeitos ao longo da faixa de rodagem e proporcionar aos usuários uma 
superfície de rolamento confortável. Defeitos esses abaixo mencionados e caracterizados. 
 
 
2.1.1.2.1. Ondulações ou corrugação 
A ondulação é a sucessão regular ou não de saliências transversais, podendo ocorrer nas zonas 
fortemente solicitadas por efeitos tangenciais, essas deformações se repetem com determinada 
frequência ao longo do pavimento, Ocorrem nas camadas de desgaste constituídas por 
revestimentos superficiais ou betão betuminoso pouco espesso, segundo a DNER (1996) estes 
defeitos são muito comuns em subidas, zonas com fortes rampas, zonas com um tráfego pesado e 
intenso, zonas de frenagem constantes e aceleração, curvas e intersecções como mostra figura a 
baixo na rampa da Av. Vladimir lenin em frente a Procuradoria-Geral da República. 

 
Análise das Patologias dos Pavimentos Flexíveis de Tapete Betuminoso 2016 
 
11 Nelson Francisco Neves Muzila 
 
Figura 2.4: Pavimento com ondulação, Av. Vladimir Lenin 
 

Causas 
 Deficiência construtiva; 
 Má distribuição do ligante; 
 Arrastamento da mistura por excessiva deformação plástica; 
 Deformação da fundação, esta deriva de assentamentos por consolidação diferencial dos 
solos ou deficiências de compactação de aterros; 
 Contaminação da mistura asfáltica por materiais estranhos; 
 Instabilidade da mistura betuminosa da camada de revestimento ou na base de um 
pavimento; 
 Excesso de humidade das camadas subjacentes. 
 
 
Consequências 
 Desconforto devido as corrugações ou ondulações na via 
 Dificuldade de drenagem das águas no pavimento, devido a falta de uniformidade na 
superfície 
 
 
Análise das Patologias dos Pavimentos Flexíveis de Tapete Betuminoso 2016 
 
12 Nelson Francisco Neves Muzila 
 
Figura 2.5: Pavimento com ondulações, Av. Vladimir Lenin 
 
 
2.1.1.2.2. Afundamento da trilha da roda 
Segundo DNEP (2004) o afundamento da roda é a irregularidade na forma da superfície do 
pavimento provocado pelas passagens dos veículos, resultam da rotura do pavimento numa 
pequena área do mesmo, formando depressões, originadas pela acumulação de águas decorrente 
do défice de elementos de drenagem, e falta de capacidade do solo de fundação. Essa patologia 
tem surgido muita das vezes também pela negligência das entidades que tutelam as estradas 
Municipais (Conselho Municipal de Maputo), que permitem a passagem de veículos de alta 
pesagem, sendo que muitas das vezes tais estradas foram dimensionadas a um tráfego ligeiro. 
Tem-se notado também ao longo das estradas da nossa cidade camiões de grande porte 
estacionados ao longo das estradas durante muito tempo, factor esse que contribui para as 
deformações localizadas do pavimento. 
 
Análise das Patologias dos Pavimentos Flexíveis de Tapete Betuminoso 2016 
 
13 Nelson Francisco Neves Muzila 
 
Figura 2.6: Afundamento da trilha da roda 
 
Causas 
 
 O estacionamento prolongado de veículos pesados é um factor que contribui para o 
desenvolvimento desta patologia; 
 As misturas betuminosas de estabilidade reduzida; 
 Falta de capacidade de suporte do pavimento relativamente ao tráfego existente; 
 Compactação insuficiente de uma ou mais camadas durante a construção; 
 Assentamento do solo de fundação. 
 
Consequências 
 Diminuição das condições de segurança de circulação; 
 Destruição do pavimento nessa área; 
 Deficiência na drenagem das águas pluviais; 
 
Correcção 
As deformações são normalmente reparadas por meio da actividade de manutenção chamada de 
tapamento de deformação, ou por meio de uma actividade para tapamentos de buracos. Se a 
deformação não for profunda, e o revestimento não apresentar sinais de fissuração ou 
degradação, é normalmente executada a actividade de tapamentos de deformações, mas se esta 
Análise das Patologias dos Pavimentos Flexíveis de Tapete Betuminoso 2016 
 
14 Nelson Francisco Neves Muzila 
 
dar-nos sinais de ruptura, inicio de uma degradação a sua reparação deve ser feita assim como é 
feito o tapamento de buracos. 
2.1.1.2.3. Fendas 
 
As fendas são aberturas na camada de desgaste, classificadas como fissuras quando a abertura é 
perceptível a olho desarmado, a uma distância inferior a 1,5m ou como fendas, quando abertura é 
superior à da fissura. (PACHECO, 2011) 
Os revestimentos betuminosos tendem a fissurar em algum estágio de suas vidas sob as acções 
combinadas do tráfego e das condições ambientais. Uma vez iniciada a fissura tende aumentar a 
sua extensão conduzindo eventualmente a desintegração do revestimento. As fissuras podem 
originar de factores como fadiga envelhecimento do ligante. Infelizmente o Conselho Municipal 
não executa o processo de tapamento de fissura, reflectindo-se nas consequências que abaixo são 
citadas. 
Abaixo apresenta-se uma figura do fendilhamento das camadas betuminosas (fendilhamento por 
fadiga, com inicio na base das camadas betuminosas pela passagemdos rodados dos veículos 
Figura 2.7: Fendilhamneto de camadas betuminosas, fonte: manual de análise estrutural de pavimentos 
flexíveis 
 
Na avaliação das degradações superficiais dos pavimentos, o fendilhamento pode apresentar-se 
em diferentes estados de desenvolvimento, fendas lineares (longitudinais ou transversais à via), e 
fendas de malha, a do tipo “Pele de Crocodilo”. 
 
Análise das Patologias dos Pavimentos Flexíveis de Tapete Betuminoso 2016 
 
15 Nelson Francisco Neves Muzila 
 
2.1.1.2.3.1. As Fendas lineares 
Relativamente às fendas lineares (longitudinais e transversais), estas apresentam-se em direcção 
paralela e perpendicular ao eixo da via onde se inserem. Conforme ilustra a figura abaixo da 
avenida Vladimir lenin, em frente da Procuradoria-Geral da República. 
 
Figura 2.8: Fendas lineares Av. Vladimir Lenin 
 
. 
Causas 
 Retracção térmica da camada de desgaste ou da base (é habitual em casos em que a base 
é de solo cimento); 
 Falta de capacidade de suporte do pavimento para tráfego existente; 
 A fadiga estrutural por solicitações excessivas do tráfego na camada de base; 
 Sob dimensionamento das camadas, também pode estar na causa do aparecimento desta 
patologia 
 
2.1.1.2.3.1. Fendas do tipo “pele de crocodilo” 
 
Trata-se de fendilhamento excessivo à superfície do pavimento pois, resulta, quase sempre, do 
desenvolvimento de diferentes estados de uma ou várias fendas, da rotura por fadiga, em tracção 
das camadas betuminosas. Esta patologia está associada ao estado limite de ruína (vida útil) de 
Análise das Patologias dos Pavimentos Flexíveis de Tapete Betuminoso 2016 
 
16 Nelson Francisco Neves Muzila 
 
um pavimento (DNER, 1998), umas das avenidas no qual pude notar maior número desse 
defeito, ao longo do estágio por mim efectuado foi a avenida Joaquim Chissano como mostra as 
demais figuras abaixo. 
Figura 2.9: Fissuras de malha “pele de crocodilo” e buracos, Av. Joaquim Chissano 
 
 
Causas 
 Rotura da camada de desgaste devido à solicitação do tráfego; 
 Espessura das camadas subdimensionada em relação à necessária, projecto estrutural 
inadequado; 
 Fadiga e envelhecimento natural do ligante e consequente perda de flexibilidade; 
 Falta de capacidade de suporte do conjunto pavimento, causado por vários factores: 
perda de capacidade da base, sub-base ou leito do pavimento, deficiência nos elementos 
de drenagem, 
 Construção de baixa qualidade (compactação inadequada, deficiente qualidade dos 
materiais, deficiente formulação da mistura betuminosa, falta de estabilidade entre os 
materiais). 
 
Consequências 
 Quando um pavimento apresenta uma fissura ramificada ou linear em estado inicial ou 
avançado, aumenta a probabilidade da entrada de água (assim como mostra a figura 
Análise das Patologias dos Pavimentos Flexíveis de Tapete Betuminoso 2016 
 
17 Nelson Francisco Neves Muzila 
 
2.10) contribuindo para o enfraquecimento das camadas granulares e do solo de 
fundação do pavimento, também aumenta a severidade da acção do tráfego e assim, a 
degradação do pavimento é acelerada. 
 
Figura 2.10: Fissuras de pele de crocodilo, Av. Joaquim Chissano 
 
 
Correcção 
Se não há sinais visíveis de desagregação do revestimento ou perda de capacidade de suporte do 
pavimento, segundo DNEP (2004) a actividade de manutenção de fissuras deve ser executada 
para reparar fissuras de dimensão média, isto é, fissuras cuja abertura varia entre 3 e 12 mm, nos 
casos em que a existência das fissuras ainda não provocou perda de carga significativa do 
pavimento da estrada. Mas se o pavimento estiver deformado na zona fissurada isso significa 
que, uma ou mais camada subadjacente ao pavimento já tiveram uma perda de capacidade de 
carga considerável, então o tapamento de fissura não ira resolver. Neste caso deverá se tratar essa 
fissura como um buraco, isto é, será necessário executar um tapamento de buraco sobre a fissura. 
 
 
 
Análise das Patologias dos Pavimentos Flexíveis de Tapete Betuminoso 2016 
 
18 Nelson Francisco Neves Muzila 
 
2.1.1.2.4. Inertes Polidos ou polimento dos agregados 
 
Figura 2.11: Agregado polido 
 
 
 
Figura 2.12: Agregado polido (adaptado do manual de defeitos mais comuns de pavimentos de estradas 
revestidas) 
 
 
É perda da micro textura superficial dos agregados, por desgaste, que provoca a redução do 
coeficiente de atrito entre os pneus e o pavimento, com evidentes consequências na segurança da 
circulação dos veículos (MAIA, 2012).A superfície da via apresenta-se lisa e polida por desgaste 
dos inertes devido ao efeito abrasivo decorrente da acção do tráfego, com o aparecimento desta 
patologia diminui a resistência à derrapagem dos rodados dos veículos (aderência), outra 
característica exigida às misturas betuminosas. Esta patologia foi possível notar ao longo das Av. 
Eduardo Mondlane e Av. Moçambique, causadas pelo tráfego muito intenso que essas albergam 
diariamente, felizmente nas avenidas supracitadas os agregados não se encontram num estágio de 
polimento avançado. 
 
Análise das Patologias dos Pavimentos Flexíveis de Tapete Betuminoso 2016 
 
19 Nelson Francisco Neves Muzila 
 
 Causas 
 Inertes da superfície da via polidos por acção do tráfego; 
 Inertes pouco apropriados para a intensidade do tráfego em causa. 
 Repetidas aplicações de tráfego. Geralmente com o tempo o pavimento apresenta 
algumas saliências e as partículas ficam polidas. Isso pode ocorrer mais rápido se o 
agregado for susceptível à abrasão ou sujeitos a excessivo desgaste dos pneus 
 
Consequência 
 Agregado polido torna a superfície de rolamento muito escorregadia principalmente 
quando molhada, dificultando a frenagem dos veículos, colocando assim a segurança dos 
automobilistas em causa. 
 
Correcção 
A aplicação de um revestimento superficial simples com o agregado mais resistente ao 
polimento, é uma solução simples e eficiente, para além de económica. É conveniente não 
utilizar betume em excesso, para que este não reflua, de modo a originar uma superfície 
demasiadamente lisa. É também importante escolher agregados com textura superficial rugosa e 
que tenham boa resistência ao desgaste, de modo a manterem essa rugosidade. 
 
2.1.1.2.5. Refluimento 
 
É o aparecimento localizado do ligante na superfície do pavimento, criando manchas de 
dimensões variadas que apresentam um brilho de cor preta, e uma superfície lisa de baixa 
resistência a derrapagem. Podendo ocorrer nas trilhas de roda ou em qualquer porção da 
superfície do pavimento (MAIA, 2012). Conforme mostram as figuras (2.13 e 2.14) abaixo de 
um refluimento registado em frente da LAM na cidade de Maputo. Essa patologia é pouco 
tratada no Conselho Municipal, ou quase não tratada reflectindo-se nas consequências abaixo 
citadas. 
Análise das Patologias dos Pavimentos Flexíveis de Tapete Betuminoso 2016 
 
20 Nelson Francisco Neves Muzila 
 
Figura 2.13: Refluimento do ligante em frente a LAM 
 
 
Figura 2.14: Refluimento do ligante 
 
 Causas 
 
 Deficiente composição da mistura betuminosa; 
 Excesso do ligante na camada de revestimento assim como nas camadas subjacentes; 
 Devido à acção do tráfego e de altas temperaturas, o cimento asfáltico expande e 
preenche os vazios da mistura. Com isso, ocorre a ascensão e concentração do ligante na 
superfície do revestimento. 
 Baixo volume de vazios 
 
 
 
Análise das Patologias dos Pavimentos Flexíveis de Tapete Betuminoso 2016 
 
21 Nelson Francisco Neves Muzila 
 
Consequências 
 Superfície de rolamento muito escorregadia principalmente em tempo chuvoso ou quando 
a superfície encontra-se molhada; 
 Arrancamento do ligante e do inerte pelas rodas dos veículos devido a tensão que esse vai 
exercer ao pavimento; 
 Deformaçãodo pavimento; 
 
Correcção 
 Espalhamento do inerte fino 
 
Relativamente a esta solução segundo (DNEP, 2004) deve-se ter em conta os aspectos seguintes: 
brita bem fina e limpa costuma ser uma solução eficiente, se o betume refluído tiver dificuldades 
de fixar a brita fina, pode-se pré-envolver esta com um ligante (misturado esta com 3-4% de 
emulsão ou B80-100), antes de espalhar sobre a área afectada. 
 
 Revestimento superficial na zona referente ao defeito 
Caso se opte um revestimento superficial é preciso ter em conta que a taxa de aplicação do 
ligante tem que ser significativamente reduzida para fazer face ao excesso do ligante existente no 
revestimento. 
 
2.1.1.2.6. Perda localizada do agregado 
É a separação agregado do revestimento sob acção das rodas dos veículos, arrancamento esse 
facilitado pelo envelhecimento do pavimento ou a deficiente ligação entre os diferentes materiais, os 
quais constituem as misturas betuminosas. 
Este defeito foi notório nas avenidas e estradas da cidade de Maputo, a maior parte da perda 
localizada sucedeu-se após a manutenção de buracos numa das avenidas, uma das causas foi a 
má qualidade do betão que o município adquiriu, estava mais que notório a presença de 
impurezas nos agregados provocando assim a desagregação do betão assim como mostra a figura 
2.16. 
 
Análise das Patologias dos Pavimentos Flexíveis de Tapete Betuminoso 2016 
 
22 Nelson Francisco Neves Muzila 
 
Figura 2.15: Perda localizada do agregado consequente do envelhecimento do revestimento, AV.mo se tung 
 
 
 
 
 
Causas 
 
 Oxidação natural, envelhecimento do ligante; 
 Mistura betuminosa mal produzida ou mal aplicada 
 Drenagem insuficiente 
 Presença de água no interior do revestimento que geram pressões hidrostáticas capazes de 
causar o deslocamento da película betuminosa; 
 Redução da ligação entre o agregado e o ligante devido à oxidação do ligante e pela acção 
combinada do tráfego e dos agentes intempéricos 
 Má qualidade dos materiais, deficiências associadas à formulação das misturas betuminosas 
(betume deficiente, temperatura das misturas por vezes desfavoráveis na sua aplicação assim 
como na cozedura). 
 
Consequências 
Segundo a DNEP (2004) aumento progressivo da perda de agregado conduzira a ruína localizada 
de revestimento e do próprio pavimento. 
 
Análise das Patologias dos Pavimentos Flexíveis de Tapete Betuminoso 2016 
 
23 Nelson Francisco Neves Muzila 
 
Figura 2.16: Perda localizada do agregado devido a má qualidade da mistura. Av. Joaquim Chissano 
 
 
Correcção 
Para superar este problema recomenda-se uma resselagem no revestimento, isso se a base não 
tiver sido atingida, no caso de a base ter sido atingida aconselha-se fazer um tratamento na base 
colocação de um material granular novo, isto é, deverá se tratar desta patologia como se fosse um 
buraco. 
 
Figura 2.17: Resselagem da curva da OMM 
 
 
Análise das Patologias dos Pavimentos Flexíveis de Tapete Betuminoso 2016 
 
24 Nelson Francisco Neves Muzila 
 
2.1.1.2.7. Buracos 
 
Conforme DNEP (2004) esta patologia resulta da destruição localizada do revestimento e da 
camada de base, esse defeito tem sido o mais comum na nossa cidade e nas estradas das mesmas, 
elas aparecem em consequência da deterioração máxima de diversas patologias, geralmente 
quando o pavimento não tem mais elasticidade para suportar os esforços e se rompe expondo as 
camadas inferiores do pavimento. Esta patologia pode ser superficial assim como pode ser 
profundo e o tratamento para os dois casos são completamente diferenciados. Na cidade de 
Maputo esse é o defeito mais comum, originado de vários factores a baixos citados, e 
semanalmente o Conselho Municipal gasta toneladas de betão asfáltico para a manutenção de 
vias esburacadas ao longo do Município. 
 
Figura 2.18: Buracos, Av. Eduardo Mondlane 
 
 
 
 
Causas 
 
 Infiltração da água 
 Qualidade inadequada de uma ou mais camadas; 
 Passagem de veículos com cargas muito pesadas relativamente a capacidade de suporte 
do pavimento; 
 Desintegração localizada na superfície do pavimento 
Análise das Patologias dos Pavimentos Flexíveis de Tapete Betuminoso 2016 
 
25 Nelson Francisco Neves Muzila 
 
 Estágio final do desenvolvimento de deformações de desagregação de fissuras. Este tem 
sido uma das principais causas do surgimento de buracos no Município de Maputo, a 
negligência do Município relativamente a patologias como fissuras. O município não 
trata esses defeitos, esses defeitos só são tratados após dos mesmos virarem buracos. 
 
Consequências 
 
 Aumento rápido da área danificada obrigando operações muito dispendiosas; 
 Desconfortos dos automobilistas; 
 Diminuição de condições de seguranças; 
 Diminuição de velocidades de circulação; 
 Permite o acesso de águas superficiais às camadas de revestimento e subjacentes do 
pavimento (afectando-o estruturalmente). 
 
Figura 2.19: Água estagnada no buraco, Av. Acordos de Lusaka 
 
 
 
Correcção 
Reconstrução localizada do pavimento através de tapamento de buracos com misturas 
betuminosas assim como ilustram as figuras 2.20 e 2.21. 
Mas é sempre necessário saber da origem do buraco antes de exercer actividade porque pode-se 
dar o caso da origem do mesmo estar ligado a um problema do sistema de drenagem, se 
negligenciar-se esse aspecto relativamente a origem do buraco pode voltar-se a ter o buraco 
semanas depois do tapamento. Esse tem sido uma das principais causas de termos a estradas 
Análise das Patologias dos Pavimentos Flexíveis de Tapete Betuminoso 2016 
 
26 Nelson Francisco Neves Muzila 
 
constantemente esburacadas mesmo após uma manutenção realizada num buraco, porque o 
Conselho Municipal está mais preocupado em tampar buracos que resolver esse problema por 
um bom tempo. 
 
Figura 2.20: Limpeza do material danificado (tapamento de buraco) 
 
 
Figura 2.21: Compactação do betão betuminoso 
 
 
2.1.1.2.8. Bombeamento de finos 
 
É a subida à superfície por meio de fendas de material fino, devido a presença de água sob 
pressão causada pela acção do tráfego e rapidamente aliviada após solicitar a ascensão de finos 
(PACHECO, 2011). 
Esse defeito nas estradas da cidade de Maputo são muito frequentes, um dos principais factores é 
a falta do Município entidade responsável pela manutenção das estradas da cidade, não exercer o 
Análise das Patologias dos Pavimentos Flexíveis de Tapete Betuminoso 2016 
 
27 Nelson Francisco Neves Muzila 
 
processo de tapamentos de fissuras. Com tempo a água vai entrado no interior do revestimento, 
como a base encontra-se impermeabilizada a água fica estagnada entre a base e revestimentos, 
pela acção das rodas do veículo é causado este efeito. Obrigando assim a fazer-se uma 
manutenção mais dispendiosa (relativamente a que poderia ter sido feita no surgimento da 
fissura), devido ao outro tipo de degradação no qual pode surgir, se esta não for tratada á tempo. 
 
Consequências 
Esta patologia tem como consequência a desagregação da mistura betuminosa no revestimento, 
quando não solucionado a tempo este defeito pode alastrar-se afectando uma maior área no 
pavimento. 
 
Figura 2.22: Bombeamento de finos, Av. Joaquim Chissano 
 
 
 
Correcção 
Em caso de fissuras onde nota-se a presença de materiais finos provenientes da base do 
pavimento, a solução prevista em projectos muitas vezes não é eficiente, pois o contacto da base 
com águas que infiltraram pelas fissuras pode ter causado danos estruturais ao pavimento. Neste 
caso pode ser feito um remendo profundo ou reciclagem da base do pavimento seguida da 
execução de uma nova camada de rolamento (MARQUES G. B., 2014). 
 
Análise das Patologias dos Pavimentos Flexíveis de Tapete Betuminoso 2016 
 
28 Nelson Francisco Neves Muzila2.1.1.2.9. Ruptura do bordo 
 
Como o próprio nome diz é o rompimento do bordo do pavimento sob acção das rodas dos 
veículos, caracterizado por uma fenda rectilínea ou por uma área fissurada, próximo da junção da 
pista e do acostamento ou berma, a ruptura do bordo pode ser acompanhado por desintegração ou 
desagregação ao longo da borda (FRANCISCO, 2012). 
 
Causas 
 
 Desgaste das bermas 
 Compactação insuficiente dos bordos dos pavimentos 
 Drenagem insuficiente 
 Faixa de rodagem demasiado estreita 
 
Consequências 
 
 Destruição progressiva do pavimento em direcção do eixo da estrada 
 Diminuição das condições de segurança da circulação devido ao estreitamento da estrada 
 
Correcção 
Reconstrução do pavimento e da berma executando as actividades para isso indicadas 
(recarga das bermas e tratar os bordos como um buraco) DNEP (2004). Como forma de 
prevenir esse defeito relativamente o factor paragem de transporte colectivo e as entradas das 
estradas não revestidas, deverá se revestir os locais de paragem frequentes e 2 metros de 
entrada das estradas não revestidas, evitando assim uns desníveis da estrada revestida e a 
estrada não revestida. 
 
 
Análise das Patologias dos Pavimentos Flexíveis de Tapete Betuminoso 2016 
 
29 Nelson Francisco Neves Muzila 
 
2.1.1.2.10. Ligante oxidado (envelhecido) 
 
A exposição prolongada do pavimento segundo REIS (2009) provoca problemas de durabilidade, 
resultando o seu envelhecimento. Esta exposição aumenta a velocidade do envelhecimento 
influenciadas pelos agentes envelhecedores tais como a temperatura, o oxigénio e os raios 
ultravioleta, provocando um aumento da viscosidade do betume para uma dada temperatura, que 
se traduz no aumento do módulo de rigidez e na consequente fragilização e perda da elasticidade 
da mistura betuminosa. Devido a esta situação, ao longo do seu período de vida um pavimento 
torna-se mais rígido e por conseguinte mais susceptível a ocorrência de fendilhamento, 
principalmente de origem térmica. Como ilustra a figura a baixo. 
 
Figura 2.23: Pavimento envelhecido, fissuras de malha de pele de crocodilo 
 
 
Causas 
 Perda de voláteis do ligante betuminoso, provocada pela radiação solar e pelo calor ao 
longo dos anos, ou provocada pelo sobreaquecimento durante a aplicação; 
 
Consequências 
 Aparecimento de fissuras devido a perda de flexibilidade do ligante 
 Um pavimento envelhecido está susceptível a várias patologias causadas pela fadiga tais 
como: degradações, fissuras de malha apertada e desagregação dos materiais betuminosos 
 
Análise das Patologias dos Pavimentos Flexíveis de Tapete Betuminoso 2016 
 
30 Nelson Francisco Neves Muzila 
 
Correcção 
 Rega de rejuvenescimento, se o envelhecimento do ligante não provocou ainda uma 
perda significativa do agregados se o pavimento ainda tem capacidade de suporte do 
tráfego existente naquela via. 
 Revestimento superficial ou com tapete de mistura betuminosa, se o pavimento existente 
já se encontra num estado avançado de degradação, isto é, o pavimento já encontra-se 
muito rugoso e apresenta uma perda significativa dos agregados 
 
2.1.1.2.11. Remendo 
 
Figura 2.24: Pavimento com remendos Av. de Angola 
 
 
Segundo a DNER (1998) remendo é uma porção de revestimento onde o material original foi 
removido e outro material, similar ou diferente, foi colocado em seu lugar de acordo com a 
técnica apropriada ou o simples enchimento do buraco. 
Embora o remendo seja uma correcção de defeitos na maioria dos casos ele compromete a 
funcionalidade do pavimento por causar desconforto ao usuário e quando em grandes 
quantidades num determinado troço dá origem a uma superfície irregular, e consequentemente 
compromete o abaulamento originando um deficiente escoamento das águas ao longo do 
pavimento para as valetas, contribuindo assim, para uma rápida degradação do pavimento. 
 
Análise das Patologias dos Pavimentos Flexíveis de Tapete Betuminoso 2016 
 
31 Nelson Francisco Neves Muzila 
 
Figura 2.25: Remendo mal executado Av. Joaquim Chissano 
 
 
Infelizmente no Conselho Municipal tem-se feito mais remendo que resselagem, e segundo o 
método frequentemente usado, esse remendo resiste pouco tempo pelo que é possível no 
Conselho Municipal fazer-se um remendo num determinado buraco, três meses depois voltar-se 
para o mesmo ponto e refazer-se-o novamente. Devido aos procedimentos frequentemente 
usados nota-se claramente um maior gasto de material, relativamente ao que poderia ser gasto se 
recorressem a procedimentos correctos. 
 
2.1.1.2.12. Escorregamento do bordo 
 
Escorregamento é a deslocação do revestimento em relação à camada subjacente do pavimento. 
Ele é caracterizado também pelo aparecimento de fendas em forma de meia-lua. (PACHECO, 
2011). 
Análise das Patologias dos Pavimentos Flexíveis de Tapete Betuminoso 2016 
 
32 Nelson Francisco Neves Muzila 
 
 
Figura 2.26: Escorregamento do bordo 
 
 
Causas 
 Ligação inadequada entre o revestimento e sua camada subjacente (deficiência na rega de 
colagem); 
 Inércia limitada do revestimento asfáltico em virtude de sua reduzida espessura; 
 Compactação inadequada das misturas asfálticas ou da porção superior da camada de 
base; 
 Fluência plástica do revestimento devido a temperaturas elevadas. 
 
Inicialmente o escorregamento é caracterizado pela presença de fissuras em forma de meia-lua 
(fendas parabólica) que surgem em regiões de aplicação dos esforços de tracção das cargas de 
roda. Com o passar do tempo surge o escorregamento do revestimento, expondo as camadas 
inferiores do pavimento. 
Este defeito é mais comum de ser encontrado em regiões de aceleração e desaceleração, como: 
rampas acentuadas, curvas horizontais de raio pequeno, intersecções e próximo a paragem de 
transportes semi-colectivos (chapas) ou obstáculos assim como mostra a figura de um 
deslocamento de bordo ocorrido numa pequena área da Avenida Joaquim Chissano. 
Análise das Patologias dos Pavimentos Flexíveis de Tapete Betuminoso 2016 
 
33 Nelson Francisco Neves Muzila 
 
Figura 2.27: Escorregamento do bordo Av. Joaquim Chissano 
 
 
Correcção 
Formata-se a área defeituosa, se a base tiver sido afectada, aconselha-se efectuar uma formatação 
profunda da zona em causa para se executar um tapamento de buraco. Em caso de uma 
manutenção provisória pode ser feita o tapamento de fissura na zona fissurada. 
 
Análise das Patologias dos Pavimentos Flexíveis de Tapete Betuminoso 2016 
 
34 Nelson Francisco Neves Muzila 
 
3. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES 
3.1 . Conclusões 
Após o estágio realizado, entre os dias 23 de Junho a 23 de Agosto, no Conselho Municipal da 
Cidade de Maputo, foi possível concluir que: 
 Um bom número de Avenidas da cidade de Maputo apresenta patologias; 
 Maior parte das patologias das Avenidas supracitadas apresenta patologias causadas por 
factores externos tais como: intempéries e factores humanos. 
 Os procedimentos usados na correcção das patologias não seguem as sugestões técnicas 
pré-estabelecidas 
 O tipo de equipamento usado na sinalização durante os trabalhos não é adequado 
 A maioria das patologias ao longo da cidade são resultantes de um longo estágio de 
deformação de Pavimento, por esta não ser tratada atempadamente. Se o defeito fosse 
tratado logo após o seu aparecimento, acarretaria menos custo do que acontece hoje em 
dia, em que só se repara um defeito quando a estrada se torna intransitável. 
 A acumulação de resíduos sólidos nos sistemas de drenagem, faz com que os mesmos 
funcionem mal, não conseguindo desempenhar as funções pelas quais elas foram 
concebidas, que é escoamento rápido das águas acumuladas na faixa de rodagem, e 
consequentemente a acumulação de água na via, o que provoca uma rápida desagregação 
do revestimentoe consequente fragilização das camadas subjacentes. 
 
3.2 . Recomendações 
Para o Concelho Municipal de Maputo 
 Execução de procedimentos correctos no processo de tapamento de buraco (desde da 
sinalização, marcação, corte até a compactação da mistura betuminosa) 
 Redução da quantidade de betão betuminoso que o Município recebe diariamente (25 
toneladas) para usar à temperaturas recomendadas ou aumento do número de 
trabalhadores de forma a que o betão não perca a sua trabalhabilidade. 
Análise das Patologias dos Pavimentos Flexíveis de Tapete Betuminoso 2016 
 
35 Nelson Francisco Neves Muzila 
 
 Melhorar ou adquirir equipamentos de sinalização para execução de tapamento de buraco 
para uma melhor segurança dos trabalhadores assim como aos utentes e para um melhor 
controle de tráfego 
 Execução de manutenção de outro tipo de patologia que não seja buraco (porque muitas 
das vezes o buraco é efeito da propagação de muitos outros defeitos) 
 Manutenção de troços (Av. Joaquim Chissano, Av. de Moçambique na entrada do 
viaduto de jardim, AV. Vladimir Lenin em frente a procuradoria geral da república) a fim 
de retirar o betão de cimento derramado por cima do revestimento, betão esse que além 
de afectar a estética da estrada, pode contribuir para uma má drenagem das águas pluviais 
e consequentemente uma rápida degradação do pavimento, não só, mas também põe em 
causa a segurança dos automobilistas. 
Para os utentes e/ou munícipes 
 Aos munícipes uma maior responsabilidade relativamente a passagem de veículos 
pesados em vias a qual não permitem a circulação dos mesmos, porque este é um factor 
que contribui para rápida degradação dos pavimentos na nossa cidade; 
 Evitar jogar resíduos sólidos para as valas de drenagem e outros sistemas de escoamento 
de águas. 
 
 
Análise das Patologias dos Pavimentos Flexíveis de Tapete Betuminoso 2016 
 
36 Nelson Francisco Neves Muzila 
 
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