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Disciplina: PRR - Proteção do Meio Ambiente.
Tarefa 2 – 20 pontos
A atividade de recuperação visa verificar os conhecimentos do aluno de forma a englobar as principais áreas do curso de segurança do trabalho. Desta forma, você deverá escolher um dos 3 temas base para a elaboração do seu trabalho de recuperação.
Parte 1 – Escolha dos temas:
( ) Exposição do Trabalhador em Ambientes com Alta Concentração de Sílica.
( X ) Exposição do Trabalhador em Ambientes com Alta Concentração de Amianto.
( ) Exposição do Trabalhador em Ambiente de Metalurgia e Siderurgia.
Parte 2 – Faça uma breve pesquisa histórica a respeito da matéria-prima escolhida e quais as leis e regulamentos que acompanharam o uso desta matéria-prima tão presente nos ambientes de processamento e industriais do nosso país.
Embora haja relatos de extração de amianto já na década de 1920, o início da produção comercial brasileira remonta-se ao final da década de 30, na Bahia. Nos anos 60, houve exaustão da mina de Bom Jesus da Serra/BA e os investimentos passaram à mina de Cana Brava, em Minaçu/GO, maior produtora brasileira de amianto desde então. Além disso, houve exploração de amianto em pequena escala em Minas Gerais, Piauí, São Paulo e Alagoas até os anos 90.
O amianto foi incluído no grupo principal de substâncias cancerígenas pela Organização Mundial da Saúde. Segundo a organização, 125 milhões de pessoas estão expostas à substância em todo o mundo, e pelo menos 107 mil morrem anualmente de doenças associadas a ela. Por esse motivo, o amianto já foi banido em mais de 60 países. Até a proibição do uso de amianto no país em 2017, Brasil era o terceiro maior produtor e o segundo maior exportador mundial de amianto, notadamente da variedade crisotila. A aplicação da fibra de amianto na cadeia produtiva é proibida atualmente, em 66 países. Os bens inservíveis fabricados com fibra de amianto (que são os bens que terminaram sua vida útil, por exemplo) são classificados como resíduo perigoso classe 1.  O CONAMA enquadra como classe D, com normas técnicas específicas para transporte e armazenamento.
Parte 3 – Durante a pesquisa, apresente os resultados das concentrações dos agentes químicos presentes conforme a sua escolha.
Com base na pesquisa bibliográfica realizada, pode-se seguramente concluir que não
existem níveis seguros de amianto (asbestos) que possam ser manuseados com segurança, pois de forma direta ou indireta (difusa) os indivíduos terão algum momento algum tipo de contato com a “fibra”.
Os minerais asbestiformes, dos quais fibras de amianto podem ser extraídas, podem ser classificados em dois grupos:
As fibras de crisótilo são enroladas enquanto que as fibras de amianto de anfíbolas são cilíndricas. Os vários minerais do grupo das anfíbolas diferem uns dos outros nos teores de cálcio, magnésio, sódio e ferro neles contidos. Tanto os minerais do grupo da serpentina como os do grupo das anfíbolas ocorrem em variedades fibrosas e não fibrosas, sendo as variedades fibrosas designadas amianto. Têm sido identificadas variedades asbestiformes de várias outras anfíbolas. (Fonte: Wikipedia, Consultado em 11/04/2020)
Parte 4 – Quais as medidas de controle empregadas após a avaliação ambiental encontrada? Que tipo de medida você adotaria após analisar os resultados químicos?
O contato direto está relacionado com o trabalhador da indústria que aplica a fibra em sua cadeia de produtos comerciais, como por exemplo caixa de água, telhas, telhões, pastilhas de freio e etç. O contato difuso com a fibra de amianto ocorre no momento do descarte desse produto, e é muito difícil de controlar.
Hoje atualmente no Brasil, como mencionado anteriormente, a aplicação da fibra é proibida. Mas o uso indiscriminado no passado dessa substância deixou um legado: Os bens inservíveis e as vítimas que tiveram contato com a fibra.
De qualquer forma, a primeira medida a ser tomada é a tentativa da substituição desse material por um alternativo. Em se tratando de bens inservíveis, o problema persiste. Desta forma, deve ser utilizado um programa de proteção respiratória robusto e eficiente. Na prevenção e no controle das doenças ocupacionais provocadas pela inalação de ar contaminado com poeiras, o objetivo principal deve ser, minimizar até eliminar a contaminação do local de trabalho através da adoção de medidas de proteção coletiva. Entre as medidas de controle coletivo incluem-se a umidificação do ambiente com lavagem constante do piso, a exaustão localizada, a ventilação local ou geral, o enclausuramento total ou parcial do processo produtor de poeiras, mudanças de “layout” da empresa, substituição de matérias primas patogênicas por outras menos tóxicas, alterações do processo produtivo, entre outras. Quando as medidas de proteção coletiva não são viáveis, ou enquanto estão sendo implantadas, devem ser usados os protetores respiratórios (respiradores). As orientações e recomendações sobre seleção e uso de respiradores, além dos requisitos necessários para a implementação e melhoria de um “Programa de Proteção Respiratória” – PPR, estão contidas na Instrução Normativa Nº 1, de 11/04/94, que estabeleceu o Regulamento Técnico sobre uso de equipamentos de proteção respiratória. 
Tipos de protetores respiratórios:
1. Aparelhos purificadores (máscara a filtro): estrutura facial dotada de um ou mais filtros específicos para poeiras ou substâncias químicas, e
2. Aparelhos de isolamento: usados em ambientes pobres em oxigênio (teor menor que 18% de volume) ou em ambientes contaminados a altas concentrações. Podem ser autônomos (cilindros de ar ou oxigênio) ou de adução de ar (bomba manual ou motorizada).
Monitoramento da exposição
De acordo com a Norma Regulamentadora nº 9 da Portaria nº 3214/78, para o monitoramento da exposição dos trabalhadores, deve ser realizada uma avaliação sistemática e repetitiva da exposição às poeiras (aerodispersóides). Essa avaliação ambiental consiste na aspiração de um volume de ar conhecido nos locais de trabalho, através do sistema de bomba de vácuo, sendo que esse ar é filtrado para análise quantitativa do material particulado retido. A todas e quaisquer atividades nas quais os trabalhadores estão expostos ao asbesto aplicam-se as recomendações do Anexo Nº 12 da NR-15 da Portaria 3214/78, que adota para o asbesto o limite de tolerância de 2 (duas) fibras por centímetro cúbico.
Controle médico
Para o controle médico dos trabalhadores expostos ao asbesto, utiliza-se a aplicação de questionário padronizado de sintomas respiratórios, exame físico periódico, radiografia do tórax e a espirometria. De acordo com o Quadro II da NR-7 da Portaria nº 3214/78, a radiografia do tórax deve ser realizada no exame admissional e posteriormente a cada ano. A espirometria é realizada no exame admissional e posteriormente a cada dois anos.
Parte 5 – Quais as consequências da exposição dos trabalhadores no ambiente escolhido por você?
É notório e claro que no Brasil e no resto do mundo, trabalhadores que tiveram contato com a fibra adquiririam doenças graves diretamente por conta do amianto, se afastando do trabalho precocemente. Na grande maioria das vezes, a doença proveniente do contato com a fibra de amianto incapacita totalmente o trabalhador, devido a severidade da mesma. Em resumo, a fibra em contato com o organismo humano causa diversos tipos de câncer. Um trabalhador que foi exposto ao trabalho com aplicações de fibra de amianto terá o seu tempo de contribuição para aposentadoria em 20 anos, a chamada aposentadoria especial. Os primeiros relatos de problemas causados por inalação da fibra datam do ano de 1898, na Inglaterra. Como mencionado acima, o amianto foi proibido no Brasil em alguns estados em 2008. Chama nossa atenção o tempo transcorrido entre os primeiros casos no mundo e a data que o Brasil decidiu abrir os olhos para o problema. A inalação de fibras de asbesto pode produzir cicatrização dos tecidos (fibrose) no interior do pulmão. O tecido pulmonar cicatrizado não se expande nem se contrai de forma normal e perde suaelasticidade. A severidade desta doença depende do tempo de exposição e da quantidade inalada. As enfermidades relacionadas com o asbesto incluem, ainda, as placas pleurais (calcificação) e tumor maligno denominado mesotelioma. Os mesoteliomas podem desenvolver-se depois de vinte a quarenta anos da exposição inicial, sendo que o hábito de fumar aumenta o risco de desenvolver esse tipo de câncer. O aparecimento da doença está relacionado ao tamanho e concentração das fibras de asbesto presentes no ambiente de trabalho, ao tempo de exposição e, ao tipo de atividade e intensidade do esforço físico desenvolvido pelo trabalhador na sua função laborativa. As fibras pequenas (com menos de 5 micrômeros de diâmetro e 200 micrômeros de comprimento) conseguem atingir o interior dos pulmões, chegando aos alvéolos, onde produzem reação inflamatória com formação de cicatrizes que impedem a função de troca gasosa pulmonar. Normalmente, o período de latência da asbestose é maior do que 10 anos, entretanto, em presença de elevados níveis de poeira, os trabalhadores poderão desenvolver a doença num prazo inferior a 5 anos de exposição.
Outro problema são os passivos ambientais deixados pelas empresas que faliram. Muitas vezes há inclusive contaminação do solo por conta do contato com a fibra. Não há dúvidas que o Brasil precisa aumentar a pressão contra o uso da fibra de amianto, e aumentar a fiscalização e inspeção das fontes difusas, para impedir a contaminação inclusive, daqueles que desconhecem o perigo. Vale salientar que o amianto pode ser substituído por outros materiais de equivalência na eficiência e viabilidade economicamente.
Parte 6 (Conclusão) – Atualmente, quais as medidas tomadas pelos órgãos competentes e quais as mudanças encontradas em nossa legislação?
Complementando a resposta da questão de número 2: Em 24/08/2017, em ação direta de inconstitucionalidade, onde se questionava a constitucionalidade da lei proibitiva de São Paulo, o Supremo Tribunal Federal a considerou constitucional e ainda declarou incidentalmente a inconstitucionalidade do Art. 2º da Lei Federal nº 9.055/95 que autorizava o uso do amianto crisotila de forma controlada. No dia 29 de novembro de 2017, o STF proibiu a extração, a industrialização e a comercialização do amianto em todo o país.
Cabe salientar que em 2012, o STF convocou uma audiência pública, em que o Ministério da Saúde, valendo-se das suas responsabilidades em defesa e promoção da saúde da população brasileira, recomendou a eliminação de qualquer forma de uso do amianto crisotila no território nacional, bem como a gestão ambiental de resíduos e o acompanhamento de populações expostas. Nessa audiência pública, tiveram participação diversos especialistas sobre o assunto. 
 
Bons estudos!

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