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RELAÓRIO DE ESTÁGIO EM NUTRIÇÃO CLINÍCA

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5
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINASSAU
UNIDADE REDENÇÃO
BACHARELADO EM NUTRIÇÃO
JULIANA PAZ PEREIRA DA SILVA
JUSSILENE ALVES AMORIM
RHYAN PETTERSON CARVALHO DOS SANTOS
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM NUTRIÇÃO CLINÍCA HOSPITAL DIRCEU ARCOVERDE DA POLÍCIA MILITAR DO PIAUÍ - HPMP
TERESINA – PIAUÍ
2019
JULIANA PAZ PEREIRA DA SILVA
JUSSILENE ALVES AMORIM
RHYAN PETTERSON CARVALHO DOS SANTOS
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM NUTRIÇÃO CLINÍCA HOSPITAL DIRCEU ARCOVERDE DA POLÍCIA MILITAR DO PIAUÍ - HPMP
Trabalho apresentado como pré-requisito à disciplina estágio supervisionado III do Centro Universitário Uninassau, sob supervisão da Profª. Dra. Luana Mota Martins e preceptora Gardenia Maria Sampaio Pinheiro.
TERESINA – PIAUÍ
2019
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	4
2 APRESENTAÇÃO DO ESTÁGIO	5
2.1 Estrutura organizacional e funcional.	6
3 OBJETIVOS	7
3.1 Geral	7
3.2 Específicos	7
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO	8
4.1 Realização de visitas diárias aos pacientes das clínicas em atuação para proceder diagnóstico nutricional e de outras atividades de rotina do serviço designadas pelos preceptores e nutricionistas.	8
4.1.1 Descrição da rotina, procedimentos e protocolos	9
4.1.2 Caracterização das dietas de rotina e especiais oferecidas pelo serviço	14
4.1.3 Caracterização dos pacientes internados por clínica.	24
4.3 Realização de estudos de casos clínicos.	25
4.3.1 Caso Clínico I – Hérnia Inguinal	25
4.3.2 Caso Clínico II – Ortopédica	32
4.3.3 Caso Clínico III – Laqueadura	40
4.5.4 Caso Clínico IV – Mioma	47
4.3.5 Caso Clínico V – Colecistectomia	53
4.4 Atividades Específicas desenvolvidas designadas pelos preceptores e nutricionistas.	60
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS	62
REFERÊNCIAS	63
APÊNDICES	65
ANEXOS	67
1 INTRODUÇÃO 
O estágio é um ambiente no qual os estudantes aplicam seus conhecimentos teóricos de maneira prática, oportunizando o processo de aprendizagem, aliando conhecimentos acadêmicos com experiências adquiridas no ambiente de estágio. Consequentemente, o aluno terá melhor desempenho na profissão escolhida, uma vez que o programa de estágio fornece a simulação do ambiente profissional. o estágio visa introduzir competências da atividade profissional ao estudante e promove contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho (BRASIL, 2008).
O nutricionista é o profissional que está diretamente relacionado às patologias de origem nutricional, para as quais a atenção especializada em nutrição é fundamental na recuperação do paciente, por tanto, torna-se indispensável no ambiente hospitalar, nesse contexto, o nutricionista deve ter competências para execução de seu trabalho com excelência. As competências essenciais para os profissionais de nutrição têm envolvido práticas como: Ética e Profissionalismo; Comunicação; Liderança; Tomada de Decisão; Informática; Gestão de Segurança e Risco; Cuidados (GONÇALVES, 2017).
A assistência nutricional e dietoterápica prestada pelo nutricionista visa através da alimentação adequada o tratamento dos indivíduos acometidos com diversas patologias existentes, considerando os aspectos relacionados ao processo patológico e as condições associadas (SETA, 2010).
Segundo a Resolução CFN nº 600 de 25 de fevereiro de 2018 que dispõe sobre a definição das áreas de atuação do nutricionista e suas atribuições. Na área de nutrição clínica são atribuições do nutricionista: prestar assistência nutricional e dietoterápica, promover educação nutricional; prestar auditoria, consultoria e assessoria em nutrição e dietética; planejar, coordenar, supervisionar e avaliar estudos dietéticos; prescrever suplementos nutricionais; solicitar exames laboratoriais entre outras atribuições.
Diante do exposto, é evidente a importância do profissional nutricionista no âmbito hospitalar, bem como a importância que o programa de estágio tem na vida acadêmica, proporcionando preparação para a introdução e inserção no mercado de trabalho, mediante ambiente de aprendizagem adequado e acompanhamento pedagógico supervisionado.
2 APRESENTAÇÃO DO ESTÁGIO
O Hospital Dirceu Arcoverde da Polícia Militar do Piauí (HPMP) foi designado como campo de estágio para a realização do estágio supervisionado em nutrição clínica. O referido estágio foi realizado no período de 04 de novembro a 20 de dezembro, quatro vezes na semana, no horário de 07:00 ás 12:00 da manhã. Sob supervisão da Profª. Dra. Luana Martins Mota e preceptora Gardenia Maria Sampaio Pinheiro.
O HPMP fica entre a maternidade Evangelina Rosa e Quartel do Comando Geral da PMPI. Situado na Avenida Higino Cunha nº 1642, Ilhotas (APÊNDICE 1). Atualmente, o HPMPI é Centro de Excelência no atendimento à saúde da população do Piauí. O hospital é especializado no atendimento médico-assistencial, com finalidade de prevenir doenças, restaurar a saúde, estimular a educação e promover pesquisas. 
Fundado em 21 de abril de 1972, funcionava no antigo quartel da Praça Pedro II.  A sua primeira estrutura foi construída em agosto de 1978, no governo do Doutor Dirceu Mendes Arcoverde, de quem herdou o nome, mas com funcionamento efetivo em 1986, sob a direção do Cel QOSPM Doutor Isânio Lemos de Mesquita. Atualmente sob a administração do diretor geral Cel. José Denilson do Rêgo Marques e diretor administrativo Ten. Cel. Iran Moura Soares. 
Com atendimento de média complexidade, possui especialidades nas áreas de ortopedia (80%), cirurgia buco-maxilofacial, cirurgia geral e ginecológica, com atendimento odontológico de excelência. Além do atendimento aos policiais militares e familiares, e integra o sistema universal de atenção à saúde no Estado.
O hospital conta com noventa e nove leitos e recentemente obteve notáveis melhorias em sua estrutura física com vistas à modernização de seus equipamentos médico-hospitalares. A instituição possui uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), ainda não funcionante, que permitirá maior ampliação de atendimentos ao público. Prestando assim serviço à comunidade piauiense em geral. O HPM atende as seguintes modalidades de convênios: SUS, IAPEP, PAIS, PLAMTA. 
2.1 Estrutura organizacional e funcional.
Segundo Teixeira (2007), a estrutura organizacional do serviço de nutrição é um elemento que fornece o suporte ao desenvolvimento de atividades de rotina que fazem parte do serviço de nutrição. O objetivo é apresentar uma departamentalização e organização na prestação de serviços hospitalares, fornecendo atividades de ensino e pesquisa, além de prestar assistência nutricional, com vista a contribuir para a prevenção, recuperação e manutenção da saúde em consonância com o objetivo do hospital. Para melhor compreensão segue a estrutura organizacional do serviço de nutrição clínica:
Diretoria Geral
Diretoria Administrativa
Coordenação de Nutrição
Nutrição e Dietética
Nutrição - UAN
Auxiliar Dietética
Copeira
Estoquista
Cozinheira
Aux. de Serv. Gerais
Fonte: HPMPI
3 OBJETIVOS
3.1 Geral
Proporcionar ao acadêmico a oportunidade para aplicação dos conhecimentos adquiridos no decorrer do Curso de Nutrição, em atendimento às normas legais exigidas e em conformidade com as Diretrizes Curriculares para a formação do Nutricionista.
3.2 Específicos
· Possibilitar uma visão critica e reflexiva sobre a teoria desenvolvida no curso; 
· Orientar o desenvolvimento de atitude profissional e ética; 
· Ampliar o referencial bibliográfico disponível; 
· Propiciar a avaliação do trabalho acadêmico desenvolvido; 
· Desenvolver capacidades, como a de cooperação e de iniciativa; 
· Identificar as possibilidades e limitações do campo de atuação da Nutrição;
· Aplicar na prática as orientações nutricionais aos pacientes relacionados às diversas patologias.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Realização de visitas diárias aos pacientes das clínicas em atuação para proceder diagnóstico nutricional e de outras atividades de rotina do serviço designadas pelos preceptores e nutricionistas.
Após a internação hospitalar o paciente é acompanhado por atendimento multiprofissional,dentre estes profissionais ficam inseridos os nutricionistas responsáveis pelo setor clínico de nutrição do hospital, é realizada a coleta de informações a respeito de hábitos de vida, onde também são coletadas informações sobre aversões alimentares, alergias e patologias em que o paciente é acometido além daquela que o levou ao hospital, após esse procedimento o nutricionista clínico fica munido de informações para prosseguir com a prestação da assistência nutricional, para posterior elaboração da dieta fornecida no hospital, fazendo acompanhamento durante toda a evolução dietoterápica do paciente, ao receber alta hospitalar o paciente recebe orientação nutricional de acordo com as necessidades individuais dos mesmos.
Passar mapa a limpo
Visita aos leitos
Encaminhar o mapa ao setor de produção
Atualização do mapa
Nutricionista clínico
Estagiários
Posto 2 (Cirurgia Geral)
Posto 1 (ortopedia)
 
Posto 3 (Cirurgia Geral)
 
Fonte: HPMPI
4.1.1 Descrição da rotina, procedimentos e protocolos
A rotina inicia-se todos os dias às 07:00 com atualização de mapa nutricional, referente aos pacientes que ainda se encontravam hospitalizados, posteriormente encaminhando o mapa para o setor de produção, às 08:30 horas eram realizadas visitas nos postos 1, 2 e 3, para atualização do mapa nutricional caracterizando cada tipo de dieta e suas evoluções de acordo com a patologia específica e realização da evolução do paciente na ficha de evolução multidisciplinar que encontras no portuário de cada paciente, desta forma também eram introduzidos os pacientes admitidos naquele dia e retirados do mapa os pacientes que receberam alta hospitalar ou transferência tendo como base o senso que encontra-se disponível nos postos. Em seguida eram realizadas visitas em todos os leitos com orientação nutricional individual. O estágio se finalizava às 12:00 horas. 
Protocolo de Redução do Tempo de Jejum Prolongado
Responsável pela elaboração: Gardenia Maria Sampaio Pinheiro
Responsável pela aprovação: Leandro Ponce Leal 
Responsável pela revisão: Francisco José Lima
Data da 1ª versão: 01/10/2017
Definição: 
	É um método utilizado que serve para assegurar que todos os pacientes recebam a dieta, prescrita em prontuário no pré e pós-operatório.
Objetivo:
	Garantir a adequação do tempo de jejum para pacientes que serão submetidos à procedimento cirúrgico.
Introdução
	O jejum operatório adequado implica diretamente diminuição no número de complicações relacionadas ao paciente de estômago cheio. Sabe-se que o esvaziamento gástrico para líquidos não calóricos é extremamente rápido e em aproximadamente 10 minutos metade da quantidade já estou para o duodeno, quando líquido é enriquecido com glicose o esvaziamento é mais lento inicialmente, porém decorridos 90 minutos, não existe diferença para sólidos o esvaziamento inicia-se em 01 hora, com 02 horas aproximadamente 50% já passou para o duodeno independente da quantidade ingerida, mas é dependente da densidade calórica. Os preparados que incluem leite ou outra forma de gordura precisão de 06 horas assim como alimentos sólidos. Nos últimos anos tem-se utilizado líquidos enriquecidos com carboidratos no pré-operatório e demonstrou-se que além de seguro ainda diminui a resistência à insulina. Devido á relativa baixa osmolaridade essa solução promovem esvaziamento gástrico rápido, semelhante ao da água. Também reduz a sede, a fome, a ansiedade e os vômitos. Faz exceção para os casos de refluxo gastresofágico, obstrução intestinal ou esvaziamento gastresofágico retardado (Ex: gastroparesia ou estenose pilórica).
Etapas do processo
1.1 O período mínimo de jejum para o pré-operatório é de duas horas, para administração de líquidos claros (chá, água maltodextrina);
1.2 O período mínimo de jejum para o pré-operatório é de seis horas, para refeições leves; 
1.3 O período mínimo de jejum para o pré operatório é de oito horas, para dieta geral; 
1.4 Paciente admitido para cirurgia eletiva receberá alimentação no pré-operatório de acordo com horário da cirurgia definida pela equipe médica;
1.5 Paciente com cirurgia marcada a realizar-se no período matutino receberá dieta branda e deverá iniciar o jejum a partir das 22:00 horas da noite anterior ao procedimento cirúrgico;
1.5.1 Paciente de ortopedia com cirurgia marcada a realizar-se no período vespertino receberá até às 22:00 horas e líquida às 06:00 horas do dia do procedimento cirúrgico, iniciando logo em seguida o jejum;
1.5.2 Paciente de ortopedia advindo de regulação com admissão em dia útil ficará em jejum a partir das 22 horas do mesmo dia, até às 09:00 horas do dia seguinte aguardando definição de cirurgias;
1.6 O serviço de nutrição deverá sempre atualizar o mapa de admissão nutricional e dieta prescritas em prontuário; 
1.7 A enfermagem em centro cirúrgico deverá sempre informar ao setor de nutrição, cirurgias suspensas ou reagendada;
 1.8 Os cirurgiões, prescrevem em prontuário a dieta no pós-operatório a fim de evitar período prolongado e desnecessário de jejum ao paciente.
Responsável:
· Nutrição;
· Equipe de Enfermagem;
· Centro Cirúrgico;
· Equipe Médica.
POP de atendimento nutricional 
Responsável pela elaboração: Isabela Cristina Rodrigues Azevedo
Responsável pela aprovação: Coordenação de nutrição 
Responsável pela revisão: coordenação de nutrição
Data da 1ª versão: 25/09/2017
Definição: 
É o método utilizado para padronizar a assistência prestada pelo nutricionista ao paciente hospitalizado 
Objetivo: 
Assegurar a padronização na prestação de serviços do profissional da nutrição na área clínica. 
Etapas do processo 
1.1 A primeira visita é executada por meio de anamnese alimentar, registrada em prontuário, no formulário Folha de Evolução e realizada pelo nutricionista em até 48 Horas da internação;
1.2 A anamnese alimentar é composta pelas seguintes indagações: presença de comorbidades (diabetes mellitus/hipertensão); presença de aversão, intolerância ou alergia alimentar; funcionamento intestinal (lento, regular ou acelerado); presença de episódio médico como (náuseas/vômitos); preservação do apetite (regular, aumentado, anorexia ou hiporexia); adequação da mastigação (quando se observa uma dentição comprometida); adequação da deglutição (quando se observa o estado geral comprometido) e perda de peso recente (quando se observa o estado nutricional deficitário).
1.3 As visitas subsequentes são realizadas junto aos pacientes que apresentam comprometimento do estado nutricional, motivado por patologia espoliativa das reservas nutricionais, detectadas na anamnese. Estas visitas ocorrem 03 dias após a primeira visita e a cada 03 dias (na vigência de queixas apontadas durante o monitoramento). As visitas subsequentes são compostas pelo monitoramento e avaliação nutricional.
1.4 No monitoramento há indagações quanto as queixas alimentares e gastrintestinais. Nas queixas alimentares, o nutricionista complementa a indagação questionando acerca da dieta ofertada e, em seguida, registra os achados na evolução nutricional que é realizada no formulário Folha de Evolução, no prontuário do paciente. Na evolução registra-se a boa aceitação ou a causa apontada pelo paciente sobre aceitação precária tais como, sabor, monotonia e hábito alimentar. Nas queixas gastrointestinais, pergunta-se se o paciente tem apresentado dificuldades com o apetite e com trânsito intestinal (diarreia/constipação). Mediante a queixa quanto ao apetite, o nutricionista busca informações a respeito da causa junto ao paciente (dor no horário da alimentação, dieta não atrativa, presença de episódios e eméticos) e também junto ao prontuário (medicamentos/presença de infecção) esses achados são registrados em prontuário no formulário Folha de Evolução;
1.5 A avaliação do estado nutricional é realizada nos pacientes em tratamento de patologia espoliativa do estado nutricional com internação superior a 07 dias, repetida num intervalo de 07 dias (se tratar de desnutrição leve) e num intervalo de 05 dias (se tratar de desnutrição moderada ou grave). Para realização destaavaliação, utiliza-se um método objetivo chamado antropometria, que consiste na medida do tamanho corporal e de suas proporções. Este indicador do estado nutricional inclui medidas, tais como: peso e altura, os quais são técnicas de aferição de medidas antropométricas essenciais para a definição do IMC (método de antropometria aqui utilizado). O IMC (Índice de Massa Corporal) consiste na relação entre o peso e a altura quadrática do indivíduo (IMC= Peso (Kg)/altura²). A classificação do IMC para idoso é: Baixo Peso (IMC: <22), Eutrófico (IMC: 22 a 27) e Sobrepeso (IMC: >27). A classificação para adultos é: Magreza grau III (IMC: <16,00), Magreza grau II (IMC: 16,00 a 16,99), Magreza grau I (IMC: 17,00 a 18,49), Eutrófico (IMC: 18,50 a 24,99), Sobrepeso (IMC: 25,00 a 29,00), Obesidade grau I (IMC: 30,00 a 34,99), Obesidade grau II (IMC: 35,00 a 39,99) e Obesidade grau III (IMC: ≥40). A aferição do peso deve ocorrer da forma a seguir, conforme Lohman et al, (1988) o número de vezes a realizar (02), equipamento (balança digital), técnica (instalar a balança em superfície plana, firme e lisa), afastada da parede e ligada antes de o avaliado ser colocado sobre ela, colocar o avaliado no centro do equipamento com o mínimo de roupa possível, descalço, ereto, pés juntos e braços estendidos ao longo do corpo (deve ser mantido parado nesta posição). Realizar a leitura quando o valor do peso estiver faixado no visor. Registrar o valor mostrado no visor, sem arredondamento (ex: 75,2 Kg). A aferição da altura, deve ocorrer da seguinte forma: número de vezes a realizar a medida (02), equipamento: estadiômetro, técnica (o individuo deve estar descalço e ter o peso igualmente distribuído entre os pés, os braços estendidos ao longo do corpo e calcanhares juntos, tocando a haste vertical do estadiômetro);
1.6 A evolução nutricional é registrada em prontuário, no impresso Folha de Evolução, junto ao registro dos demais profissionais de equipe multidisciplinar. Contempla informações sobre as etapas supracitadas, além do dia da internação em que se encontra o paciente e o objetivo da mesma. Assim, numa primeira evolução nutricional ocorrerá o registro de: data da internação, motivo da internação, presença de co-morbidades, presença de alergia/aversão ou intolerância alimentar, presença de episódios eméticos, funcionamento intestinal, apetite, aceitação alimentar e conduta nutricional. Segue um exemplo de evolução nutricional: “Paciente admitida hoje. Em pré-operatório de histerectomia abdominal, refere HAS, desconhece DM e alergia alimentar. Nega náuseas e vômitos. Refere funcionamento intestinal regular, apetite preservado e boa aceitação alimentar. Conduta nutricional: dieta oral brando hipossódica, zero a partir das 22 horas”;
1.7 A orientação nutricional é efetuada quando solicitada pela equipe médica ou quando o paciente é submetido a uma cirurgia que envolve o trato gastrointestinal. É efetuada junto ao paciente e acompanhante (quando este se encontra presente) sendo sua execução registrada em prontuário, no impresso Folha de Evolução;
1.8 As informações colhidas durante a anamnese alimentar são registradas no mapa diário de dietas, o qual serve para: realizar a comunicação entre as nutricionistas otimizando as visitas subsequentes; orientar o trabalho das auxiliares dietéticas no momento de definir o quantitativo de cada tipo de dieta a ser elaborada e nortear o trabalho das copeiras no momento da distribuição das refeições, checando com as etiquetas que contêm os dados dos pacientes. Desta forma, no mapa de dietas devem ser registradas a data da próxima visita com intuito de facilitar o acompanhamento nutricional. Neste mapa também constam informações sobre dieta do paciente, presença de acompanhante, data de nascimento, nome completo, diagnóstico ou procedimento cirúrgico pelo qual o paciente será submetido.
1.9 A identificação correta da dieta do paciente visa a assegurar que a mesmo será ofertada para a pessoa para a qual se destina. Para tanto, alguns cuidados são tomados, tais como, os recipientes nos quais as dietas são ofertadas (copos e quentinhas) recebem uma etiqueta, na qual constam as seguintes informações: nome completo do paciente, data de nascimento, apartamento ou enfermaria com o leito e tipo de dieta. No momento da entrega, a copeira pergunta o nome completo do paciente e a data de nascimento do paciente a fim de conferir com as informações registradas na etiqueta que está em cada recipiente. Após verificação e conformidade das informações colhidas com as registradas nas etiquetas, a copeira entrega à dieta ao paciente.
Responsável:
· Nutricionista da Área Clínica;
4.1.2 Caracterização das dietas de rotina e especiais oferecidas pelo serviço
	O serviço de nutrição fornece ao ambiente hospitalar diversas terapias nutricionais que são essenciais para manutenção e recuperação da saúde do individuo de acordo com suas necessidades individuais (WAITZBERG, 1995). Observe na tabela 1 e 2 as dietas ofertadas aos pacientes e as suas características. 
Tabela 1. Tipos de dietas fornecidas e suas indicações.
	DIETAS
	INDICAÇÕES
	DIETA LIVRE OU GERAL*
	Para pacientes que não necessitam de restrições específicas e que apresentam funções de mastigação e gastrintestinais preservados. O objetivo é manter o estado nutricional de pacientes com ausências metabólicas ao risco nutricional.
· Características: dieta suficiente harmônica, consistência normal, distribuição e quantidades normais de todos os nutrientes, ou seja, normoprotéica, normolipídica, normoglicídica, balanceada e completa.
· Alimentos recomendados: pães, cereais, arroz, massas e leguminosas e seus produtos integrais, pobres em gorduras; hortaliças e frutas frescas; leite, iogurte, queijo com pouca gordura e sal, carnes, aves, peixes e ovos magros (sem pele e gordura) óleos e açúcares com moderação.
· Alimentos evitados: pães, cereais, arroz, massas, leguminosas ricos em gorduras e açúcares; hortaliças e frutas, enlatadas com sal e óleo, e conservas com calda de açúcar respectivamente; leite, iogurte, queijos ricos em gordura e sal, carnes, aves, peixes e ovos ricos em gordura e sal, como os frios em geral; e gorduras óleos e açúcares em excesso.
	DIETA BRANDA*
	Para crianças e idosos com alterações e/ou perturbações orgânicas e funcionais do TGI. O objetivo é fornecer calorias e nutrientes para manter o estado nutricional, além de melhorar a mastigação, deglutição e digestão.
· Características: normoglicídica, normaprotéica, normolipídica, balanceada e completa, consistência branda, 5 a 6 refeições diárias, tempo indeterminado, pobres em resíduos celulósicos e tecido conjuntivo, modificadas por corrupção e/ou subdivisão.
· Alimentos recomendados: salada cozida; carnes frescas cozidas, assadas, grelhadas; vegetais cozidos no forno, água, vapor e refogados; ovo cozido, pochê ou quente; frutas (sucos, em compostas, assadas, ou bem maduras, sem a casca); torradas, biscoitos, pães enriquecidos (não integrais); pastel de forno, bolo simples, sorvete simples; sopas, óleos vegetais; margarina; gordura somente para cocção, não para frutas frituras. 
· Alimentos evitados: cereais e derivados integrais; frituras em geral; frutas oleaginosas; vegetais do tipo A, exceto em sucos em cremes; frutas de tipo A, exceto em sucos; leguminosas inteiras; doces concentrados; condimentos fortes, picantes, queijos duros e fortes.
	DIETA PASTOSA*
	Para os casos em que haja necessidade de facilitar a mastigação, ingestão, deglutição e de permitir certo repouso operatório e pós-operatório em alguns pós-operatórios.O objetivo é fornecer uma dieta que possa ser mastigada e deglutida com pouco ou nenhum esforço.
· Características: normoglicídicas, normaprotéicas e normolipídica, consistência pastosa ou abrandada pela cocção e processos mecânicos.
· Alimentos recomendados: todos os alimentos que possam ser transformados em purê. Mingaus de amido de milho, aveia, creme de arroz. Alimentos sem casca ou pele, moídos, liquidificados e amassados.
· Alimentos evitados: alimentosduros, secos, crocantes, empanados, fritos, cruas com semente, casca, pele. Preparações contendo azeitona, passas, nozes (outras frutas oleaginosas) coco e bacon. Iogurte com pedaços de frutas, hortaliças folhosas cruas, com sementes, biscoitos amanteigados e pastelarias.
	DIETA LÍQUIDA-PASTOSA OU PASTOSA LIQUIDIFICADA*
	Para pacientes com problemas de mastigação, deglutição e digestão, com TGI com moderadas alterações e pós-operatórios do TGI. O objetivo é fornecer ao paciente uma dieta que permite minimizar o trabalho do TGI e a presença de resíduos no cólon.
· Características: Dietas normolipídicas, normoglicêmicas, normoprotéicas com consistência semilíquida. Volume de 200 a 400 ml por refeição por tempo indeterminado de 5 a 6 refeições.
· Alimentos recomendados: Preparações com alimentos liquidificados e amassados.
· Alimentos evitados: leguminosas e grãos, alimentos crus e inteiros.
	DIETAS DE ROTINA
	As dietas de rotinas são aquelas que não necessitam de restrições ou modificações em sua composição. Podem sofrer modificações quanto á consistência, possibilitando melhor adaptação em períodos de maior dificuldade na aceitação alimentar ou em fase de transição relativamente curtas, adaptando a dieta ás condições do indivíduo, como, por exemplo, nos períodos pós-operatórios (ISOSAKI et al., 2009).
	DIETA LAXATIVA
	Dieta indicada para pacientes com dificuldade de evacuação, nos pós-cirúrgicos ginecológicos, para a promoção de formação do bolo fecal e alívio da obstipação. As fibras alimentares estimulam o peristaltismo intestinal, além de auxiliar na formação de fezes macias, contribuindo para normalização de trânsito intestinal. As dietas podem ser enriquecidas com alimentos fontes de ácido diidrofenil-isolina (ameixa preta). Contudo as dietas com alto teor de fibras não devem ser usadas em indiscriminadamente, quando os sintomas persistirem outras causas devem ser investigadas.
· Consistência - normal 
· Orientações nutricionais - maior oferta hídrica com enriquecimento da dieta com os seguintes alimentos ou preparações laxativas: suco laxante (receita padrão) mingau de aveia, acréscimo de alimentos integrais (conforme aceitação), maior oferta de mamão e folhosos.
	DIETA CONSTIPANTE
	Indicação a dieta obstipante promove repouso do trato gastrointestinal e melhora a absorção dos alimentos. Ela também forma menor quantidade de fezes e as torna mais consistentes. Indicada em caso de diarreia.
Alimentos Permitidos: Chás claros (erva-doce, camomila, hortelã) sem açúcar, sucos de frutas diluídos em água e coados (limão, caju, goiaba, maçã); frutas cozidas ou amassadas sem a casca (maçã e pera) ou banana prata ou maçã; legumes e tubérculos bem cozidos ou na forma de purê; carnes magras, frango sem pele, filé de peixes cozidos ou assados; bolachas cream cracker, maizena ou torradas; arroz bem cozido, macarrão sem molho, sopas de legumes, carnes magras ou canja; gelatina.
Alimentos Proibidos: Alimentos ricos em fibras (arroz integral, pães integrais e cereais matinais); vegetais crus ou cozidos (alface escarola espinafre); leguminosas (feijão, ervilha, lentilha e grão-de-bico); frutas como laranja, mamão, abacate, uva, manga e seus sucos; leite integral e seus derivados; embutidos (salsicha, salame, presunto) e enlatados (milho, picles, azeitona e cebolinha); carnes gordas em geral; massas recheadas e molhos; maionese e condimentos; doces concentrados (doce de leite, leite condensado e goiabada) creme de leite, amendoim e chocolate.
- Análise quantitativa dos nutrientes de cardápio padrão, Descrição da rotina e roteiro, Análise de custos (processo de compra de gêneros e controle de gastos; tipos de custos) Tipos e quantidades de comensais.
Fonte: Manual de dietas do HPM-PI, 2019.
* Dietas mais utilizadas
Tabela 2. Características das dietas quanto às alterações de nutrientes específicos.
	CARACTERÍSTICA
	ALTERAÇÕES
	Dieta Hipercalórica
	Dieta indicada para paciente que necessitam de reposição de proteínas e calorias, devido a perda de massa corpórea, hipercatabolismo, queimaduras ou pacientes que estejam com o estado imunológico diminuído
Alimentos que devem ser evitados: Nenhum;
Alimentos Permitidos: pode ser enriquecida com módulos nutricionais ou suplementos hipercalóricos.
	Dieta Hiperprotéica
	Dieta rica em proteínas, usada também nos casos de desnutrição, em pacientes traumatizados como queimados e no caso de hiperplasia tecidual em casos de tecidos lesionados.
Alimentos que devem ser evitados: Nenhum
Alimentos Permitidos: pode ser enriquecida com módulos nutricionais ou suplementos hiperprotéicos.
	Dieta Hiperglicídica
	Por vezes uma carga glicêmica alta se faz necessário, aplicada em casos específicos de atletas e também em caso de intoxicação alcoólica. Em terapêutica de cirrose hepática é necessário restringir gorduras e proteínas, o que torna a dieta naturalmente hiperglicídica
Características: O nutricionista pode adaptar a dieta com os alimentos disponíveis, reduzindo as proteínas e os lipídeos, assim podendo fazer uma dieta hiperglicídica.
	Dieta Hiperlipídica
	Dieta com uma boa quantidade de gorduras, principalmente de triglicerídeos de cadeia média (TCMs), geralmente indicada para tratamento de desnutrição grave e portadores de fibrose cística. Nem sempre pode ser associada a dieta hipercalórica. Pode ter apenas o foco de modificar a qualidade das gorduras na dieta.
Alimentos que devem ser evitados: Carnes fritas
Alimentos Permitidos: Abacate, Castanhas, Azeite de oliva extra virgem.
	Dieta Normocalórica*
	Dieta com quantidades normais de calorias.
Características: Dieta com quantidades adequadas de todos os nutrientes, favorecendo a adequação de calorias para pessoas sem necessidades especiais.
	Dieta Normoproteica*
	Dieta com quantidades normais de proteínas.
Características: Dieta com quantidades adequadas de proteínas, para pessoas sem necessidades especiais
	Dieta Normoglicídica*
	Dieta com quantidades normais de carboidratos
Características: Dieta com quantidades adequadas de carboidratos, para pessoas sem necessidades especiais.
	Dieta Normolipídica*
	Dieta com quantidades normais de gordura.
Características: Dieta com quantidades adequadas de lipídeos, para pessoas sem necessidades especiais
	Dieta Hipocalórica
	Esta dieta é indicada para pacientes que necessitem redução calórica para a obtenção de um peso saudável. Contudo o cálculo das necessidades nutricionais do paciente deve ser individualizado e o mesmo deve ser acompanhado. Para alcançar o peso saudável é importante a programação da redução ponderal, com planejamento individual das necessidades nutricionais, estabelecendo a reeducação nutricional.
	Dieta Hipoprotéica
	Dieta pobre em proteínas, indicada para pacientes com ingestão controlada de proteínas, como os portadores de insuficiência renal e cirrose hepática.
Alimentos que devem ser evitados: Nenhum alimento específico, alimentos ricos em proteína serão restringidos de acordo com a gramatura de proteína prescrita na dieta
Alimentos Permitidos: Todos
	Dieta Hipoglicídica
	Dieta pobre em glicídios (carboidratos e açúcares), que tem como principal objetivo diminuir a quantidade destes, sem diminuir necessariamente as calorias. Como no caso da dieta para portadores de diabetes, pobre em sacarose, o tradicional açúcar de mesa.
Alimentos que devem ser evitados: Alimentos processados, embutidos, enlatados, em conserva, açúcares como frutose e maltodextrina deve-se ter cuidado ao uso pois pode ter efeito no controle glicêmico.
Alimentos Permitidos: Frutas, hortaliças, verduras, temperos naturais, pães integrais, açúcares como aspartame, sacarina, sucralose.
	Dieta Hipolipídica
	Dieta pobre em gorduras, principalmente nas gorduras saturadas, indicada para pacientes com hipercolesterolemia, cirrose, cardiopatas e obesos.
Alimentos que devem ser evitados: Frituras, Molhos gordurosos (azeite de oliva), Leite integral, creme de leite, leite condensado, nata, queijos, manteiga, doces de chocolate, tortas, bolo
Alimentos Permitidos:Preferir preparações assadas, grelhadas, cozidas que não levem gordura e
alimentos integrais.
	Dieta Hipossódica*
	Dieta pobre em sódio (Na), que se concentra em especial no sal de cozinha (cloreto de sódio Nacl). Indicada para pacientes hipertensos, cardiopatas, com retenção de líquidos (edema), dentre outros.
Alimentos que devem ser evitados: Embutidos, industrializados e outros alimentos que contém excesso de sal.
Alimentos Permitidos: Todos com baixo teor de sódio e os in atura.
	Dieta Hipocalêmica
	Dieta com quantidades reduzidas de potássio.
Alimentos que devem ser evitados: Amendoim, avelã, castanha de caju, Castanha do pará, nozes, rapadura, melados, chá mate, chá preto, fava, café e outros.
Alimentos Permitidos: Abóbora, abobrinha, acelga, agrião, alface, alho, berinjela, brócolis cozido, couve flor, mostarda, repolho, palmito, pepino, chuchu, milho verde, abacaxi, acerola, ameixa fresca, maça e outros.
Fonte: Manual de dietas do HPM-PI, 2019.
* Dietas mais utilizadas
Descrição dos tipos de dietas e modificação consistência e nutrientes ou restrição de alimentos de acordo com Waitzberg (1995).
DIETA NORMAL
Caraterísticas: conhecida também como dieta geral ou livre, a dieta caracteriza-se pela consistência normal e quantidade suficiente de energia, proteína, carboidratos, lipídios, vitaminas, minerais, entre outros nutrientes, com a finalidade de manutenção da saúde e estado nutricional adequado.
Fracionamento: 5-6 refeições/dia
Valor calórico: 2.000-2.200 kcal/dia
Indicações: Pacientes com ausências de alterações metabólicas importantes ou que não estejam em risco nutricional, portanto, não necessitam de modificações dietéticas específicas.
DIETA BRANDA
Características: Dieta com valor nutricional similar à dieta normal, caracteriza-se, principalmente, pela atenuação da textura através do processo de cocção das fibras e de verduras/legumes/frutas e tecido conectivo das carnes com a finalidade de facilitar o trabalho digestivo (mastigação/deglutição/digestão/absorção).
Fracionamento: 5-6 refeições/dia
Valor calórico: 1.8000-2.200 kcal/dia
Indicações: indicada para pacientes no pré e pós-operatórios imediatos de diversos procedimentos cirúrgicos (exceto de cirurgias do sistema digestório, para qual é indicada apenas no pós-operatório tardio), afecções gástricas (úlceras e gastrites) e dificuldades em outras funções digestivas. Utilizada na transição entre a dieta pastosa e a normal.
LIQUIDA PASTOSA OU PASTOSA LIQUIDIFICADA
Características: conhecida como dieta leve ou semilíquida, caracteriza-se pelas preparações de consistência espessada (presença de farináceos ou espessantes artificiais), constituídas de líquidos e alimentos semissólidos, cujos pedaços encontram-se em emulsão. Permite repouso do digestivo, porém apresenta valor nutricional reduzido quando comparada às dietas anteriores. Recomenda-se, se necessário, orientar suplementação.
Fracionamento: 5-6 refeições/dia
Valor calórico: 1.300-1500 kcal/dia
Indicações: Pacientes com função gastrointestinal moderadamente reduzida, intolerâncias aos alimentos sólidos devido à dificuldade de mastigação e deglutição, e evolução de pós-operatório. Utilizada na transição entre dieta líquida pastosa.
DIETA LÍQUIDA
Características: conhecida também como liquida completa. A dieta apresenta todos os alimentos/preparações na forma líquida e é prescrita para os pacientes que necessitam de mínimo esforço digestivo e pouco resíduo. Devido ai valor nutricional reduzido, geralmente além dos pacientes, deve-se oferecer suplementos alimentares com o intuito de melhorar o aporte energético, proteico, vitamínico e de minerais, e evoluir o mais breve a dieta via oral. Caso não seja possível, recomenda-se a terapia nutricional.
Fracionamento: a cada duas horas em ou intervalo menor. Aconselha-se o controle do volume da dieta para evitar distensão abdominal.
Valor calórico: 750-1.500 kcal/dia
Indicações: pacientes no pós-operatório de cirurgias na boca, plástica de face e pescoço entre outras evoluções de pós-operatórios, fratura de mandíbula, estreitamento esofágico e intolerâncias aos alimentos sólidos. Utilizada na transição entre a dieta liquida restrita e a leve.
DIETA ZERO
Características: conhecida também como jejum caracteriza-se pela ausência da ingestão de alimentos via oral.
Indicações: pacientes em pré e pós-operatório ou preparo de exames agendados, que exijam tal procedimento. Deve-se conhecer/controlar e duração exata do tempo de jejum, evitando que o paciente permaneça com dieta zero além do necessário.
 
DIETA HIPOGLICÍDICA:
Características: dieta com consistência de acordo com as necessidades do paciente, adequada em todos os nutrientes, para manter o controle metabólico de glicose evitando alterações dos níveis glicêmicos. 
Indicação: Pacientes diabéticos tipos I e II.
Composição: 1.200-2.600 kcal/dia
Carboidrato: mínimo 130 g/dia
Proteínas: 15-20% do vet total
Lipídeo: 30% do vet total
Colesterol: <300 mg
Gordura saturada: <7%
Fibra: >20%
Consumo mínimo de trans.
Fracionamento: 5-6 refeições/dia
Alimentos permitidos: Hortaliças, leguminosas, frutas, temperos naturais, pão integral, leite desnatado ou semidesnatado, preparações gralhadas, podem ser utilizados adoçantes, como: acesulfame K, aspartame, sacarina, sucralose.
Alimentos que devem ser evitados: açúcar refinado e doce em geral, alimentos processados como enlatados, conservas e defumados, carnes ricas em gordura como bacon, pele de galinha e gordura hidrogenada, frituras, confeitarias, recheios e coberturas.
DIETA HIPOSSÓDICA
Características: dieta composta de alimentos com baixo teor de sódio
Indicações: situações clínicas que exijam restrições de sódio, como edema, ascite e doença cardiovascular.
Composição: 1.800-2.200 kcal/dia
Sódio: 1-3 g/dia intrínseco e extrínseco.
Proteína: 70-95 g/dia
Fracionamento: 5-6 refeições/dia
Alimentos permitidos: todos os alimentos com baixo teor de sódio, alimentos in natura.
Alimentos proibidos: embutidos, conservas doces e salgadas, preparações com sal e tempero industrializado, caldo, extrato de carne, carne defumada, queijos, bolachas com sal, aditivos a base de sódio.
4.1.3 Caracterização dos pacientes internados por clínica.
Os pacientes são alocados em três enfermarias, sendo duas para setor público (SUS) e uma para setor privado (Convênios), as mesmas são divididas em enfermaria ortopédica, duas enfermarias para cirurgia geral, quanto à separação, ela é feita apenas por sexo. A caracterização do diagnóstico nutricional não foi realizada devido à alta rotatividade dos pacientes no hospital e em razão de não ter uma subdivisão por idade, podendo dificultar o processo de diagnóstico nutricional.
4.3 Realização de estudos de casos clínicos. 
4.3.1 Caso Clínico I – Hérnia Inguinal
	Identificação do Paciente
	Nome: J. H. N. S.
	Renda familiar: 2 Salários mínimos
	Data de Nasc.: 11/04/1957
	Cidade onde reside: Teresina
	Sexo: Feminino
	Data de admissão: 19/11/2019
	Ocupação: Proprietário/ Cozinheira
	Enfermaria: 117 L 3
	Estado civil: Casada
	Diagnóstico principal: Hérnia Inguinal
	Escolaridade: Fund. Incompleto
	Doenças associadas: DM e HAS
Doença Principal: Hérnia Inguinal
Órgão em estudo: Não existe um órgão especifico em estudo. A hérnia de órgãos intra-abdominais ou extraperitoneais ocorrem em uma abertura na planície miofascial dos músculos oblíquo e transversal (GOULART; MARTINS, 2015).
Etiopatogenia e fisiopatologia: 
	Estudos indicam que a o aumento da pressão intra-abdominal não da origem a hérnia inguinal, mas tonaria sintomática. A formação das hérnias inguinais relacionam principalmente os defeitos da sua matriz extra-celular aos defeitos das fibras colágenas e elásticas (TRINDADE, 2016).
Manifestações clínicas:
	A hérnia inguinal desenvolver-se repentinamente ou manifestar-se de forma gradual ao longo do tempo, além disso, pode ser encontrada incidentalmente em exame físico de rotina em pacientes assintomáticos. Os pacientes sintomáticos geralmente relatam dor na virilha e podem sentir uma sensação pesada ou arrastadana virilha. O aumento protuberância da hérnia pode ocorrem com atividade que aumentam a pressão intra-abdominal (LEBLANC; LEBLANC; LEBLANC, 2013).
Tratamento:
O tratamento da hérnia inguinal sempre que possível ocorre através de reparo cirúrgico para os casos sintomáticos. Estudos recentes indicam que nos casos de pequenas hérnias de primeira ocorrência (assintomáticas ou minimamente sintomáticas) o reparo cirúrgico pode ser dispensado desde que os pacientes sejam orientados sobre os sintomas de estrangulamento e encarceramento e sejam acompanhados regularmente. Diferentes técnicas podem ser utilizadas para o reparo da hérnia como, por exemplo, reparos laparoscópicos e abordagem aberta (LEBLANC; LEBLANC; LEBLANC, 2013). No caso da referida paciente, para a realização do procedimento de hérnioplastia inguinal utilizou-se a abordagem aberta.
	Hábitos de Vida
	Consumo de Álcool:
( ) Sim (x) Não
	Se sim, qual tipo:
	
	Frequência:
	Tabagista:
( ) Sim ( ) Não (x) Ex fumante
	Se ex fumante, há quanto tempo?
25 anos
	Pratica exercício físico:
( ) Sim (x) Não
	Se sim, qual tipo:
	
	Frequência:
	Horas de sono por noite: 
	Consumo de Óleo e Sal:
Não foi possível avaliar o consumo da paciente, pois a mesma relata realizar suas refeições no trabalho.
	Qualidade do sono:
(x) Dorme rápido
( ) Demora a dormir
(x) Não acorda á noite
( ) Acorda durante a noite
(x) Acorda disposto
( ) Acorda cansado
	
	Ingestão hídrica: Relata ingerir cerca de 2,5L
	Horário de maior disposição alimentar: Horário
	Alergia ou intolerância alimentar:
Não apresenta.
	Aversão Alimentar:
Não apresenta.
 
Avaliação Clínico-Nutricional
Queixa principal: Relata ter procurado assistência médica após notar protuberância assintomática na região da virilha.
História da doença atual: Diagnosticada com hérnia inguinal dois anos após realizar procedimento cirúrgico de histerectomia, paciente encontra-se internada para correção da patologia através de procedimento cirúrgico.
História patológica pregressa: Diabetes Mellitus tipo 2, Hipertensão Arterial Obesidade.
História de doença familiar: Paciente relata desconhecer histórico de doença familiar. 
	Evolução do paciente
	19/11/2019
	Admitida para procedimento cirúrgico de hernioplastia inguinal, consciente, orientada, calma, receptiva ao dialogo, afebril e eupneiaca.
	20/11/2019
	Paciente submetida a procedimento cirúrgico.
	21/11/2019
	Paciente permanece em observação pós cirurgia com acompanhamento multiprofissional.
	22/11/2019
	Alta hospitalar médica e nutricional.
Medicamentos prescritos: Ácido acetilsalicílico (AAS), Glimepirida, Ramipril, Hidroclorotiazida e Metformina.
Interação droga x nutriente
	Nome
	Propriedade terapêutica
	Interação com o alimento
	Ácido acetilsalicílico (AAS)
	Anti-inflamatório, Anti-plaquetário é indicado para diminuição da aglutinação plaquetária.
	Depleção das vitaminas C e K e aumento da excreção renal de tiamina e acido fólico
	Glimepirida
	Antidiabético, hipoglicemiante oral promove a liberação de insulina das células β do pâncreas.
	Quando administrado com alimentos em geral obtém-se um pico de insulina satisfatório para reduzir a glicemia proveniente da alimentação
	Ramipril
	Anti-hipertensivo, do tipo IECA (inibidor da enzima conversora de angiotensina) diminuem a pressão arterial e os níveis de angiotensina II
	Não há indicação de interação.
	Hidroclorotiazida
	Diurético, anti-hipertensivo 
	Alimentos de modo geral aumentam sua absorção e depleção de sódio.
	Metformina
	Antidiabético aumenta a captação e o uso de glicose pelos tecidos-alvo, diminuindo, assim, a resistência à insulina.
	Diminui a absorção de vitamina B12 
	
Exames solicitados e avaliação bioquímica
	Data
	Exame bioquímico
	Resultado
	Valor de referência
	Diagnóstico
	06/09
	Glicose
	145
	60 - 99 
	Alterado
	06/09
	Hemoglobina Glicada
	7,90 %
	4 – 6 %
	Alterado
	06/09
	Ureia
	33 mg/DL
	15 – 36 mg/DL
	Adequado
	06/09
	Creatinina
	0,60
	0,52 – 1,04
	Adequado
	06/09
	Total de Coagulação
	9:30 min.
	10:00 min.
	Adequado
	06/09
	Total de Sangramento
	1 min.
	Até 4 min.
	Adequado
	06/09
	Prova do Laço
	Negativo
	Negativo
	Adequado
	06/09
	Retratação do Coagulo
	Completo
	Completo
	Adequado
	Evolução Dietoterápica 
	19/11/2019
	Paciente admitida com dieta de consistência branda, hipossódica, com indicação de jejum a partir das 22 horas.
	20/11/2019
	Paciente permaneceu em dieta zero para realização de procedimento cirúrgico.
	21/11/2019
	Dieta de consistência branda, hipossódica e hipolipídica prescrita a partir das 16 horas.
	22/11/2019
	Paciente recebe alta hospitalar permanecendo em dieta branda.
Avaliação antropométrica
	Parâmetro
	Valor
	Classificação
	Peso Atual (Kg)
	86,7
	-
	Peso Usual (Kg)
	88,0
	-
	Peso Ideal (Kg)
	50,82
	-
	Adequação do Peso (%)
	138,98
	Obesidade
	Peso Ajustado
	77,73
	-
	Altura (cm)
	1,52
	-
	IMC
	37,52
	Excesso de Peso
	CB (cm)
	40
	>p95 - Obesidade
	Adequação da CB (%)
	125,0
	Excesso de Peso
	CMB (cm)
	29,54
	>p95 - Obesidade
	Adequação da CMB (%)
	131,28
	Excesso de Peso
	PCT (mm)
	33,3
	p75-p85 - Eutrofia
	Adequação da PCT (%)
	128,08
	Excesso de Peso
	CC
	107
	Risco muito elevado
	CQ
	123
	-
	RCQ
	0,86
	Risco
Diagnóstico Nutricional: Em decorrência do quadro de obesidade, DM2, HAS e parâmetros antropométricos alterados a paciente apresenta síndrome metabólica. O diagnóstico foi realizado através da National Cholesterol Education Program - Adult Treatment Panel III (NCEP-ATPIII).
Anamnese Alimentar
	Inquérito da dieta habitual
	Horário
	Refeição
	Alimentos
	Medida Caseira
	8:30
	Café da Manhã
	Pão francês
Queijo Mussarela 
Margarina
Café c/ Leite
	2-3 Unidades
3 Fatias
6 Pontas de faca
1 Xícara de Chá 
	11:00
	Lanche
	Manga (manguita)
	10 - 15 Unidades
	14:00
	Almoço
	Maria Izabel ou Baião
Carne de Gado c/ Caldo
Salada cozida c/ maionese
	3 Escumadeiras
1 Pedaço (M)
1 Col. Sopa cheia
	21:00
	Jantar
	Nescau + Leite ou
Pão ou Bolo ou Biscoito
	1 Xícara de Chá
Comentário da dieta habitual:
	Através do inquérito alimentar é possível verificar que a dieta habitual da paciente é baseada em alimentos ricos em gorduras e fontes de carboidratos simples. Os carboidratos simples estariam relacionados às alterações dos parâmetros bioquímicos (Glicose e HbA1c) apresentados em seu ultimo exame que são de suma importância para a paciente que é diabética. É possível perceber ainda que a dieta é pobre em fibras e tem pouca variedade de frutas. 
Prescrição Dietoterápica
Tipo e características da dieta 
Dieta oral de consistência branda, fracionada em 6 refeições/dia com volume por refeição diminuído. Hipocalórica, para propiciar a perda de peso; Normoproteíca, para manutenção da massa magra; Hipoglicidica, para oferta de energia. Preferência por carboidratos complexos, para evitar a hiperglicemia pós-prandial; Hipolipídica com preferência pelos ácidos graxos mono e poliinsaturados, restrição de ácidos graxos saturados e de colesterol dietético; Hipossódica para auxílio no controle pressórico.
Cálculo do VET e macronutrientes
GEB= 655,1 + 9,56 x 77,73 + 1,85 x 1,52 – 4,68 x 62
GEB= 655,1 + 743,09 + 2,812 – 290,16
GEB= 1.110,84 Kcal
NET= 1.110,84 x 1,2 x 1,2 x 1,1
NET= 1.759,59 Kcal
Proteína: 1g x 77,7kg = 77,7g x 4 Kcal = 310,9 Kcal
	1.759,59
	___
	100%
	310,9
	___
	X
	x = 17,62%
Lipídeos: 25% do VET (439,89 Kcal / 9 Kcal = 48,97g)
	100%
	___
	1.759,59
	25%
	___
	X
	x = 439,89 Kcal
Carboidratos: 57,38% do VET (1.009,64 Kcal / 4 Kcal = 48,97g)
	100%
	___
	1.759,59
	57,38%
	___
	X
	x = 1.009,64 Kcal
	MACRONUTRIENTES
	Nutriente
	g/Kg/Dia
	g/Dia
	Kcal
	%
	Proteína
	1
	77,7
	310,9
	17,62
	Carboidratos
	3,24
	252,4
	1009,69
	57,38
	Lipídios
	0,63
	48,87
	437,89
	25
Quantidade recomendada de fibras e micronutrientes 
	Micronutrientes
	Valores encontrados na Dieta
	Recomendação
	Fibras
	38,88g
	30 – 50g
	Sódio
	1.124,89mg
	Até 2.000mg
	Cálcio
	1.026,53mg
	1,200mg
	Magnésio
	303,7mg
	320mg
	Potássio
	2790,5mg
	4,7g
	Vitamina C
	332,56mg
	75mg
	Vitamina B1
	1,01mg
	1,1mg
	VitaminaB9
	175,9mcg
	400mg
	Vitamina B12
	4,58mcg
	2,4mg
Cardápio qualitativo e quantitativo
	Horário
	Refeição
	Preparação
	Alimentos
	Medida Caseira
	07:30
	Café da Manhã
	Sanduiche
	Pão Integral
	2 Fatias
	
	
	
	Queijo Ricota
	1 Fatia
	
	
	
	Margarina
	1 Colher de chá
	
	
	Café
	Café preto
	1 Xícara de Chá
	
	
	Fruta
	Manga
	1 Und. Pequena
	9:30
	Lanche da Manha
	Vitamina de Abacate
	Leite desnatado
	1 Copo Americano
	
	
	
	Abacate
	1 Fatia pequena
	
	
	Torrada
	Torrada Integral
	4 Unid.
	13:00
	Almoço
	Salada Cozida
	Cenoura
Beterraba
Batata doce
	1 Colher de servir cheia
	
	
	Baião de Dois
	Arroz Branco + Feijão
	3 Colheres de Servir
	
	
	Filé Grelhado
	Carne Bovina Magra
	1 Pedaço pequeno
	
	
	Suco Natural
	Suco de Laranja
	1 Copo Americano
	15:00
	Lanche da Tarde
	Salada de Frutas
	Banana (nanica)
Mamão
Maçã
Laranja
	1 Unid. Pequena
1 Fatia Média
1 Und. Pequena
1 Unid. Pequena
	20:00
	Jantar
	Panqueca
	Aveia
	2 Colheres de sopa cheia
	
	
	
	Leite desnatado
	2 Colheres de sopa cheia
	
	
	
	Ovo
	1 und
	
	
	
	Orégano*
	*A gosto
	
	
	Achocolatado
	Achocolatado sem açúcar
	2 Colheres de sopa cheia
	
	
	
	Leite desnatado
	1 Copo Americano
	
	
	Fruta
	Laranja
	1 Unid.
	22:00
	Ceia
	Fruta
	Maça
	1 Unid.
	Análise da dieta do cardápio quantitativo
	Nutrientes/VET
	Valor Encontrado (Kcal)
	Valor Recomendado (Kcal)
	Adequação (%)
	Energia
	1.749,9 
	1.759,5 
	99,5
	Proteína
	329,3 
	310,8 
	105,9
	Carboidratos
	1.060,4 
	1.009,6 
	105
	Lipídeos
	383,6 
	439,8 
	87,3
Comentários da prescrição dietoterápica
 	Os alimentos prescritos no plano alimentar visam suprir as necessidades nutricionais do paciente e contribuir no pós-operatório, com o intuito de promover um melhor controle glicêmico e priorizar nutrientes no processo de cicatrização. 
ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL
Preferir:
· Carnes magras em preparações assadas, grelhadas ou cozidas;
· Alimentos integrais como pão, arroz e macarrão;
· Leite / Iogurte / Coalhada desnatados, queijos brancos (frescal ou riccota);
· Óleos Vegetais: azeite de oliva, soja, girassol e milho;
· Alimentos ricos em potássio: inhame, feijão preto, lentilhas, couve flor, espinafre;
· Temperos como alho, salsa, coentro, cebola, cebolinha;
· Peixes: sardinha, atum, cavala e salmão.
Evitar:
· Carnes gordas e frituras;
· Embutidos: linguiça, mortadela, salame, calabresa;
· Enlatados: molhos de tomate, azeitonas, picles, salsicha;
· Produtos industrializados;
· Salgados: carne-seca, toucinho, bacon, aves/peixes defumados;
· Leite Integral, Iogurte Integral, queijos amarelados.
As refeições devem ser fracionadas e apresentar volume diminuído a fim de evitar grandes picos de hiperglicemia, ainda, deve ser realizado em ambiente tranquilo sem distração com aparelhos eletrônicos. É recomendada a prática de atividade física aliada à reeducação alimentar para o controle de peso, DM e HAS. Quanto à ingestão hídrica recomenda-se o consumo de no mínimo 3,5L de água. 
4.3.2 Caso Clínico II – Ortopédica
	Identificação do Paciente
	Nome: M. D. S. O.
	Renda familiar: 1 Salário mínimo
	Data de Nasc.: 25/02/1965
	Cidade onde reside: Teresina
	Sexo: Feminino
	Data de admissão: 18/11/2019
	Ocupação: Dona de casa
	Enfermaria: 208 L 2
	Estado civil: Viúva
	Diagnóstico principal: Cirurgia ortopédica
	Escolaridade: Fund. Incompleto
	Doenças associadas: Gastrite e depressão.
Doença Principal: Gastrite crônica
Órgão em estudo: Estômago
Etiopatogenia e fisiopatologia: 
A Gastrite crônica é uma das inflamações mais comuns com apresentando-se ou não com sequelas graves, como ulceras péptica e câncer gástrico, a maioria dos indivíduos acometidos tem como fator desencadeador a helicobacter pylori que associados variação da microbiota estomacal e a hábitos de vida como dieta e influencias dos fatores genéticos podem potencializar o surgimento da doença (SIPPONEN; MAAROOS, 2016).
Ainda de acordo com CUPPARI, L (2014), a Inflamação da mucosa apresenta-se como curta duração e desaparece na maioria das vezes sem deixar sequelas. Pode ser provocada por diversos fatores como uso de medicamentos, ingestão de bebidas alcoólicas, fumo, situações de estresse. A mesma tem como ponto central o desequilíbrio entre os fatores que agridem a mucosa como ácido clorídrico, pepsina, bile, medicamentos ulcerogênicos, e os que a protegem, como barreira mucosa, prostaglandinas e secreção mucosa, sendo este desequilíbrio o ponto de partida para a lesão da mucosa.
Manifestações clínicas: Dor na região do estomago, vômitos, refluxo, sensibilidade a maioria dos alimentos nos momentos de crise.
Tratamento:
Dietoterápico: Evitar consumo de alimentos flatulentos e fermentáveis, alimentos picantes e irritantes. 
Medicamentoso: Antiácidos e outros para tratar as úlceras ou H. pylori quando houver associação.
	Hábitos de Vida
	Consumo de Álcool:
(x) Sim ( ) Não
	Se sim, qual tipo: Cerveja
	
	Frequência: 1x por semana
	Tabagista:
(x) Sim ( ) Não ( ) Ex fumante
	Se fumante, há quanto tempo?
40 anos
	Pratica exercício físico:
(x) Sim ( ) Não
	Se sim, qual tipo: Caminhada
	
	Frequência: 5x por semana
	Horas de sono por noite: 8 horas
	Consumo de Óleo:
1,5 L por mês
	Qualidade do sono:
(x) Dorme rápido
( ) Demora a dormir
(x) Não acorda á noite
( ) Acorda durante a noite
(x) Acorda disposto
( ) Acorda cansado
	
	
	Consumo de Sal:
600 – 800 g por mês
	Ingestão hídrica: Relata ingerir cerca de 2,0L
	Horário de maior disposição alimentar: Horário do almoço
	Alergia ou intolerância alimentar:
Não apresenta.
	Aversão Alimentar:
Não apresenta.
 
Avaliação Clínico-Nutricional
Queixa principal: Dor escapular fratura necessitando de cirurgia de clavícula, apresenta quadro de ansiedade associada à depressão e gastrite crônica.
História da doença atual: A paciente se envolveu em um acidente pelo qual comprometeu a clavícula, passou cinco dias aguardando transferência do HUT para o HPM, a mesma encontra-se em observação para realização de procedimento cirúrgico para corrigir a fratura, quando admitida observou-se diagnóstico de depressão e gastrite.
História patológica pregressa: Paciente diagnosticada com depressão e gastrite.
História de doença familiar: Paciente relata desconhecer histórico de doença familiar. 
	Evolução do paciente
	18/11/2019
	Admitida para tratamento cirúrgico de fratura de clavícula, consciente, orientada, calma, receptiva ao diálogo, deambulando sem o auxilio, nega outras comorbidades.
	19/11/2019
	Permaneceu em observação, aguardando o procedimento cirúrgico.
	21/11/2019
	 Realizou procedimento cirúrgico
	22/11/2019
	Alta hospitalar, médica, nutricional.
Medicamentos prescritos: 
Ranitidina (150 mg) 2 vezes ao dia;
Fluoxetina (10 mg) 2 cápsulas , vez ao dia; 
Clonazepam (20 mg) 2-3 vezes/ dia
Interação droga x nutriente
	Nome
	Propriedade terapêutica
	Interação com o alimento
	Ranitidina
	Indicada para o tratamento de úlcera no estômago ou no duodeno e para o tratamento de problemas relacionados com refluxo de ácido do estômago para o esôfago, excesso de ácido no estômago indigestão ou azia.
	Não há relato de interações fármaco x nutriente, porém o mesmo causa alterações no pH gástrico
	Fluoxetina
	Indicado para o tratamento da bulimia nervosa, do transtorno obsessivo compulsivo (TOC).
	Não há indicação de interação drogra x nutriente.
	Clonazepam
	Indicado no tratamento de crises epilépticas, espasmos infantis, transtornos de ansiedade e de humor, síndromes psicóticas.
	O suco de toranja pode contribuir para o aumento das concentrações plasmáticas do fármaco. A cafeína pode resultar na diminuição dos efeitos sedativos e ansiolíticos do Clonazepam.
	
Exames solicitados e avaliação bioquímica
Não foi possível observar os exames.
	Evolução Dietoterápica 
	18/11/2019
	Paciente admitida com dieta de consistência branda, sem irritantes gástricos.
	19/11/2019
	Paciente foi induzida a ficar de dieta zero para realização de procedimento cirúrgico.
	20/11/2019
	Dieta de consistência branda, sem irritantes gástricos.
	21/11/2019
	Paciente recebe alta hospitalarpermanecendo em dieta branda.
Avaliação antropométrica
	Parâmetro
	Valor
	Classificação
	Peso Atual (Kg)
	49,5
	-
	Peso Usual (Kg)
	51,5
	-
	Peso Ideal (Kg)
	48,84
	-
	Adequação do Peso (%)
	101,43
	Eutrófica
	Peso Ajustado
	-
	-
	Altura (cm)
	1,49
	-
	IMC
	22,29
	Eutrófica
	CB (cm)
	27,5
	p16-p85 - Média
	Adequação da CB (%)
	89,9
	Desnutrição leve
	CMB (cm)
	22,58
	p16-p85 - Média
	Adequação da CMB (%)
	67,60
	Desnutrição grave
	PCT (mm)
	15,67
	p5-p15 – Abaixo da média
	Adequação da PCT (%)
	61,45
	Desnutrição grave
	CC
	79
	Adequado
	CQ
	89
	-
	RCQ
	88
	Risco 
Diagnóstico Nutricional: 
Paciente diagnosticada com fratura escapular apresenta quadro de gastrite crônica e ansiedade associada à depressão, encontra-se em estado de desnutrição grave de acordo com os parâmetros antropométricos, e risco de desenvolver doenças cardiometabólicas de acordo com a RCQ, caracterizando-se como uma paciente atípica.
Anamnese Alimentar
	Inquérito da dieta habitual
	Horário
	Refeição
	Alimentos
	Medida Caseira
	8:30
	Desjejum
	Café preto, cuscuz, pão, bolo
	1 fatia M cuscuz;
1 unidade pão;
1 fatia grande de bolo.
	9:00
	Lanche da manhã
	Café preto, ou frutas: banana, maça, laranja.
	Xícara de café pequena cheia;
1 unidade de fruta
	10:30
	Almoço
	Carne de porco, frango cozido ou peixe, baião, salada crua, macarrão, banana.
	1 pedaço pequeno da proteína (pé, pescoço, costela);
5 colheres de arroz de servir cheias;
1 unidade de fruta 
	13:00
	1° Lanche da tarde
	Costuma repetir um pouco da mesma refeição ofertada no almoço
	-
	14:30
	2° Lanche da tarde
	costuma repetir o desjejum
	-
	20:00
	Jantar
	Ovo frito, sardinha, carne de sol, baião.
	1 unidade de ovo;
Metade da sardinha;
5 colheres de arroz de servir cheias. 
Comentário da dieta habitual:
Apresenta hábitos alimentares monótonos com alimentação restrita aos mesmos alimentos durante o dia, pouca variação nos alimentos consumidos, desregulação nos horários em que se alimenta, apresenta consumo diariamente de compostos irritantes como o café, dieta com pouca variedade de fibras, e permanecendo longos períodos sem se alimentar podendo estes hábitos influenciar na piora da gastrite.
Prescrição Dietoterápica
Tipo e características da dieta 
Dieta via oral branda normocalórica sem irritantes gástricos, hiperprotéica visando melhora do quadro de desnutrição grave, normoglicidica dando prioridade aos carboidratos de baixo índice glicêmico, normolipidica priorizando os ácidos graxos mono e poliinsaturados.
Cálculo do VET e macronutrientes
GEB=655,1+9,56+51,5+1,85x1,49-6,68x54
GEB=655,1+492,34+2.7565-360,72
GEB=1.150,20-360,72=789,47 kcal
NET=789,47x1,1x1,5x1,3
NET =1.693,42 Kcal/dia
PROTEÍNAS: 1,2x51,5=61,8x4=247,2kcal
	1.693,42
	___
	100%
	247,2
	___
	X
	x = 14,6%
 
LIPÍDEOS: 28,23% do VET (478,05 Kcal / 9 Kcal = 53,12g)
	100%
	___
	1.693,42
	28,23
	___
	X
	x = 478,05 Kcal
CARBOÍDRATOS: 57,17 % do VET (968,2 Kcal / 4 kcal = 242,05g)
	100%
	___
	1.693,42
	57,17%
	___
	X
	x = 968,2 Kcal
	Nutrientes
	g/kg/dia
	g/dia
	Kcal
	%VET
	Proteína
	1,2
	61,8
	247,2
	14,6
	Carboidratos
	4,7
	242,05
	968,2
	57,17
	Lipídeos
	1,03
	53,12
	478,05
	28,23
Quantidade recomendada de fibras e micronutrientes 
	Micronutrientes
	Valores encontrados na Dieta
	Recomendação
	Vitamina D
	0,37 mcg
	10 ug/d
	Vitamina B9
	141,12 mcg
	400 µg/d
	Magnésio
	188,49 mg
	320mg/d
	Zinco
	6,54 mg
	8mg/d
	Ferro
	6,73 mg
	8mg/d
	Sódio
	811,47 mg
	1,3g/d
	Cálcio
	664,61 mg
	1.200 mg/d
	Vitamina B12
	1,35 mcg
	2.4 µg/d
Cardápio qualitativo e quantitativo
	Horário
	Refeição
	Preparação
	Alimentos
	Medida Caseira
	07:30
	Café da Manhã
	Café com
Leite
	Café preto
	Xicara De Cha: 1
	
	
	
	Leite desnatado
	 1 Colher de sopa
	
	
	Pão
	Pão, trigo, forma, integral.
	2 unidades
	
	
	Margarina
	Margarina s/ sal
	1 Colher de chá rasa
	
	
	Fruta
	Banana
	1 Und. Pequena
	10:30
	Lanche da Manha
	Salada de frutas simples com
Iogurte
	Laranja
	Xícara de chá
	
	
	
	Maçã
	
	
	
	
	Banana
	
	
	
	
	Mamão
	
	
	
	
	Iogurte de qualquer sabor
	4 colheres de sopa
	13:00
	Almoço
	Salada Crua
	Alface
Cenoura
Pepino
Tomate
	1 escumadeira cheia
	
	
	Azeite
	Azeite de oliva 
	1 fio de azeite sobre a salada
	
	
	Arroz Branco
	Arroz Tipo 1
	3 Colheres de Sopa Cheia 
	
	
	Frango cozido
	Sobrecoxa
	1 Pedaço
	
	
	Fruta
	Maça
	1 unidade
	16:00
	Lanche da Tarde
	Panqueca De Aveia
	Aveia
	2 Colheres de sopa cheia
	
	
	
	Leite desnatado
	2 Colheres de sopa cheia
	
	
	
	Ovo
	1 und.
	
	
	
	Orégano*
	*A gosto
	
	
	Queijo
	Queijo coalho
	1 fatia pequena
	
	
	Caldo de cana
	Caldo de cana
	1 caneca
	21:00
	Ceia
	Tapioca
	Tapioca de goma
	1 unidade pequena
	
	
	Peito frango cozido desfiado com cenoura
	Peito frango desfiado
	2 Colheres de sopa cheia
	
	
	
	Cenoura ralada
	1 Colher de sopa cheia
	
	
	Suco
	Suco de goiaba
	1 copo americano cheio
	
	
	Margarina sem sal
	Margarina
	1 colher de café
	ANÁLISE DA DIETA DO CARDÁPIO QUANTITATIVO
	Nutrientes/VET
	Valor Encontrado
(Kcal)
	Valor Recomendado (Kcal)
	Adequação (%)
	Energia
	1.704,78
	1.693,42
	100,7
	Proteína
	242,08
	247,2
	97,92
	Carboidratos
	1.065,92
	968,2
	110,0
	Lipídeos
	450,63
	478,8
	94,1
Comentários da prescrição dietoterápica
Os alimentos prescritos no plano alimentar visam suprir as necessidades nutricionais do paciente e contribuir no pós-operatório, com o intuito de promover uma melhor adequação de peso e priorizar nutrientes no processo de cicatrização, bem como contribuir para melhora no quadro da gastrite. É importante ressaltar que os alimentos inseridos no cardápio que possivelmente possam ser fatores irritantes devem ser consumidos de acordo com aceitação do paciente. 
ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL
PREFERIR:
· Verduras e legumes como: alface, cheiro-verde, espinafre, tomate, vegetais folhosos à vontade; 
· Comer alimentos ricos em proteínas como: clara de ovo, carnes magras, leite desnatado, queijos sem gorduras (frescal, minas, ricota).
EVITAR:
· Bebidas alcoólicas: irritante gástrico; 
· Café: aumenta a produção de ácido gástrico; 
· Chocolate: Contém as xantinas; 
· Refrigerantes a base de cola; 
· Aumento da produção ácida e distensão gástrica; 
· Pimenta vermelha: capsaina; pimenta preta: irritante; mostarda.
Evitar Alimentos fritos, gordurosos e ultraprocessados como: linguiça, picanha, bacon, presunto, feijoada, panelada, carne de porco, e outros. Não consumir condimentos e alimentos picantes como: pimenta-do-reino, pimenta malagueta, mortadela, molho inglês, pimentão, pois irritam o estômago. Preferir alimentos naturais e minimamente processados como frutas verduras e vegetais, priorizando inserir uma variedade de fibra na alimentação, evitar longos períodos em jejum, ingerir uma quantidade adequada de líquidos durante o dia (2,500ml/dia).
4.3.3 Caso Clínico III – Laqueadura
	Identificação do Paciente
	Nome: R. M. F. S.
	Renda familiar: 1 Salário mínimo 
	Data de Nasc.: 13/02/1981
	Cidade onde reside: Campo Maior
	Sexo: Feminino
	Data de admissão: 25/11/2019
	Ocupação: Dona de casa
	Enfermaria: 113 L 3
	Estado civil: União estável
	Diagnóstico principal: Laqueadura
	Escolaridade: Fund. Completo
	Doenças associadas: Não apresenta
Diagnostico Principal: Procedimento cirúrgico de laqueadura
Órgão em estudo: Útero 
Etiopatogenia e fisiopatologia: Não apresenta. 
Manifestações clínicas: Não apresenta. 
Tratamento:
Procedimento cirúrgico denominado laqueadura ou ligadura de trompas consiste em contar ou ligar as trompas que unem os ovários ao útero. É um método de esterilização cirúrgica feminina considerada seguro e irreversível, indicadas às mulheres que não desejam ter filhos ou não podem ter por motivos de saúde. Segundo a literatura médica este procedimento pode ser executado de diversas formas, tais como: colocando anéis de plástico nas trompas; queimando-as; cortando-as, realizando o ligamento das trompas com fio de sutura ou utilizando clipes de titânio.
	Hábitos de Vida
	Consumo de Álcool:
(x) Sim ( ) Não
	Se sim, qual tipo: Cerveja
	
	Frequência: SocialmenteTabagista:
( ) Sim (x) Não ( ) Ex fumante
	Se ex fumante, há quanto tempo?
	Pratica exercício físico:
( ) Sim (x) Não
	Se sim, qual tipo:
	
	Frequência:
	Horas de sono por noite: 6 horas
	Consumo de Sal:
Consume cerca de 300 a 350g/mês.
(Relatou que o pacote de 1kg dura cerca de 3 meses).
	Qualidade do sono:
(x) Dorme rápido
( ) Demora a dormir
(x) Não acorda á noite
( ) Acorda durante a noite
(x) Acorda disposto
( ) Acorda cansado
	
	
	Consumo de Óleo:
Consume cerca de 700ml/mês.
(Relatou que um 1L de óleo dura 2 meses e consome mais 1 garrafinha com cerca de 200ml de azeite de coco).
	Ingestão hídrica: de 2 à 3 litros por dia.
	Horário de maior disposição alimentar: Por volta do meio dia (horário do almoço).
	Alergia ou intolerância alimentar:
Não apresenta.
	Aversão Alimentar:
Relata não consumir peixe.
Avaliação Clínico-Nutricional
Queixa principal: Paciente procura assistência médica para realização de procedimento contraceptivo definitivo. 
História da doença atual: Paciente não apresenta comorbidades.
História patológica pregressa: Não apresenta.
História de doença familiar: Paciente relata desconhecer histórico de doença familiar. 
	Evolução do paciente
	25/11/2019
	Paciente admitida apresenta-se orientada, consciente, ambulante, calma, receptiva ao dialogo, afebril e eupnéiaca, para procedimento cirúrgico de laqueadura.
	25/11/2019
	Paciente submetida a procedimento cirúrgico.
	25/11/2019
	Paciente permanece em observação pós-cirúrgica com acompanhamento multiprofissional.
	26/11/2019
	Alta hospitalar médica e nutricional.
Medicamentos prescritos: 
Dipirona 3,0 cc via endovenosa; 
Plasil 01 ampola, via endovenosa (em caso de vômito);
Interação droga x nutriente
	Nome
	Propriedade terapêutica
	Interação com o alimento
	Norestin
	Anticoncepcional
	Não há dados de interação com alimentos
	Dipirona
	Analgésico, Apresenta propriedades antitérmicas
	Não há dados de interação com alimentos.
	Plasil
	Utilizado em distúrbios da motilidade gastrintestinal e em náuseas e vômitos de origem central e periférica
	Não há dados de interação com alimentos
Exames solicitados e avaliação bioquímica
	Data
	Exame bioquímico
	Resultado
	Valor de referência
	Diagnóstico
	26/09/2019
	Beta HCG
	<1,20 mUI/mL
	< 5,0 não gravida
	Não gravida
	26/09/2019
	Hemoglobina
	13,2 g/dL
	11,5–16,4g/dL
	Adequado
	26/09/2019
	Glicemia
	113
	70 – 99 mg/dL
	Alterado
	23/11/2019
	Beta HCG
	<2,39 mUI/mL
	< 25 mUI/mL
	Não gravida
	Evolução Dietoterápica 
	25/11/2019
	Paciente admitida com dieta zero, permanecendo até a realização do procedimento cirúrgico.
	25/11/2019
	Paciente permanece de dieta zero no pós-operatório.
	26/11/2019
	Paciente recebe alta hospitalar evoluindo para dieta branda.
Avaliação antropométrica
	Parâmetro
	Valor
	Classificação
	Peso Atual (Kg)
	65,4
	-
	Peso Usual (Kg)
	65,4
	-
	Peso Ideal (Kg)
	56,32
	-
	Adequação do Peso (%)
	116,12
	Sobrepeso
	Peso Ajustado
	63,13
	-
	Altura (cm)
	1,60
	-
	IMC (Kg/m²)
	25,54 
	Pré-obeso
	CB (cm)
	31
	p50-p75 = Média
	Adequação da CB (%)
	105,4
	Eutrofia
	CMB (cm)
	23,99
	-
	Adequação da CMB (%)
	110,04
	Eutrofia
	PCT (mm)
	22,33
	p25-p50 = Média
	Adequação da PCT (%)
	95,02
	Eutrofia
	CC
	94
	Risco Muito Elevado
	CQ
	99
	-
	RCQ
	0,94
	Risco
Diagnóstico Nutricional: 
	Segundo parâmetros antropométricos a paciente apresenta sobrepeso e risco muito elevado de complicações associadas à obesidade. 
Anamnese Alimentar
	Inquérito da dieta habitual
	Horário
	Refeição
	Alimentos
	Medida Caseira
	07:00 
	Café da Manhã
	Cuscuz de Milho
	1 Fatia Média
	
	
	Margarina
	1 Colher de sopa
	
	
	Café Preto
	2 Xícara de chá 
	
	
	Leite pó (Integral)
	2 Colheres de sopa
	09:00
	Lanche da Manhã
	Banana
	1 Unidade
	12:00
	Almoço
	Arroz
	1 e 1/2 Colher de Servir
	
	
	Feijão
	2 Colheres de Servir
	
	
	Carne bovina cozida
	2 Pedaços Grandes
	
	
	Salda Crua (alface, tomate e pepino)
	À vontade
	15:00
	Lanche da Tarde
	Melancia
	1 - 2 Fatias
	19:00
	Jantar
	Macarrão Instantâneo
	1 Pacote
	
	
	Ovo
	1 Unidade
	
	
	Coca-Cola
	2 Copos
 
Comentário da dieta habitual:
A dieta apresenta alimentos variados aparentemente equilibrados, porém observa-se a presença de produtos industrializados que podem em longo prazo acarretar deficiências nutricionais além do excesso de calorias vazias resultando no diagnostico atual de sobrepeso e consequentemente favorecendo o surgimento de doenças crônicas não transmissíveis.
Prescrição Dietoterápica
Tipo e características da dieta 
Dieta oral de consistência livre, fracionada em 6 refeições/dia. Normocalórica, para proporcionar aporte adequado de energia no pós-operatório; Hiperproteíca, para manutenção dos tecidos; Normoglicidica, para oferta adequada de energia (preferência por carboidratos complexos); Hipolipídica com preferência pelos ácidos graxos mono e poliinsaturados, restrição de ácidos graxos saturados e de colesterol dietético.
Cálculo do VET e macronutrientes
GEB= 655,1 + 9,56 x 63,13 + 1,85 x 1,60 – 4,68 x 38
GEB= 655,1 + 603,5 + 2,96 – 177,84
GEB= 1.083,7 Kcal
NET= 1.083,7 x 1,25 x 1,3 x 1,1
NET= 1.937,19 Kcal
Proteína: 1,1g x 63,13kg = 69,44g x 4 Kcal = 277,77 Kcal
	1.937,19
	___
	100%
	277,77
	___
	X
	x = 14,33%
Carboidratos: 60% do VET (1.937,19 Kcal / 4 Kcal = 290,57g)
	100%
	___
	1.937,19
	60%
	___
	X
	x = 1.162,31 Kcal
Lipídeos: 25,66% do VET (497,08 Kcal / 9 Kcal = 55,23g)
	100%
	___
	1.937,19
	25,66%
	___
	X
	x = 497,08 Kcal
	MACRONUTRIENTES
	Nutriente
	g/Kg/Dia
	g/Dia
	Kcal
	%
	Proteína
	1,1
	69,44
	277,77
	14,33%
	Carboidratos
	4,6
	290,57
	1.162,3
	60%
	Lipídeos
	0,87
	55,23
	497,08
	25,66%
Quantidade recomendada de fibras e micronutrientes 
	Micronutrientes
	Valores encontrados na Dieta
	Recomendação
	Fibras
	19,94 g
	25 g
	Sódio
	1.213,20 mg
	1,500 mg
	Magnésio
	241,11 mg
	320 mg
	Potássio
	2.370,84 mg
	4,700 mg
	Ferro
	9,04 mg
	18 mg
	Zinco
	8,96 mg
	8 mg
	Vitamina C
	196,94 mg
	75 mg
	Vitamina B1
	1,41 mg
	1,1 mg
	Vitamina B9
	201,16 mcg
	400 mcg
	Vitamina B12
	4,54 mcg
	2,4 mg
Cardápio qualitativo e quantitativo
	Horário
	Refeição
	Preparação
	Alimentos
	Medida Caseira
	07:30
	Café da Manhã
	Café com Leite
	Café preto
	1 Xícara de chá
	
	
	
	Leite em pó
	1 Colher De Sopa
	
	
	Cuscuz de Milho
	Cuscuz
	1 Fatia
	
	
	Fruta
	Banana
	1 Unidade 
	09:30
	Lanche da Manhã
	Biscoito
	Biscoito cream cracker
	3 Unidades
	
	
	Vitamina
	Vitamina de abacate
	1 Copo
	
	
	Fruta
	Maçã
	1 Unidade
	12:30
	Almoço
	Arroz
	Arroz integral 
	2 Colher de Servir Rasa
	
	
	Feijão
	Feijão 
	1 e ½ Colher de servir
	
	
	Carne Cozida
	Carne bovina Cozida
	2 Pedaços
	
	
	Salada
	Alface
Tomate
Pepino
	2 Colher 
	
	
	
	Azeite de oliva
	1 Colher de sopa
	
	
	Suco
	Suco de Laranja
	1 Copo
	16:30
	Lanche da Tarde
	Achocolatado
	Leite integral 
	1 Copo
	
	
	
	Nescau Nestlé
	2 Colheres
	
	
	Ovo
	Ovo Cozido
	2 Unidades
	
	
	Fruta
	Melancia
	1 Fatia
	20:30
	Jantar
	Macarrão com carne moída
	Macarrão com carne moída
	2 Colher de Servir
	
	
	Suco
	Suco de maracujá
	1 Copo médio
	
	
	Fruta
	Mamão Formosa
	1 Fatia Média
	Análise da dieta do cardápio quantitativo
	Nutrientes/VET
	Valor Encontrado (Kcal)
	Valor Recomendado (Kcal)
	Adequação (%)
	Energia
	1.885
	1.937,19
	97,3
	Proteína
	283,04
	277,77
	101,89
	Carboidratos
	1121,84
	1.162,3
	96,5
	Lipídeos
	491,13
	497,08
	98,8
Comentários da prescrição dietoterápica
 	 Os alimentos prescritos no plano alimentar visam suprir as necessidades nutricionais do paciente e contribuir no pós-operatório, com o intuito de promover adequado aporte energético e priorizar nutrientes no processo de cicatrização, porém não foi possível adequar quantitativamente o cardápio devido aos hábitos atuais já estabelecidos.
ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL
Preferir:
· Carnes magras em preparações assadas, grelhadas ou cozidas;
· Alimentos integrais como pão, arroz e macarrão;
· Leite / Iogurte / Coalhada desnatados, queijos brancos (frescal ou riccota);
· Óleos Vegetais: azeite de oliva, soja, girassol e milho;
· Alimentosricos em potássio: inhame, feijão preto, lentilhas, couve flor, espinafre;
· Temperos como alho, salsa, coentro, cebola, cebolinha;
· Peixes: sardinha, atum, cavala e salmão.
Evitar:
· Carnes gordas e frituras;
· Embutidos: linguiça, mortadela, salame, calabresa;
· Enlatados: molhos de tomate, azeitonas, picles, salsicha;
· Produtos industrializados;
· Salgados: carne-seca, toucinho, bacon, aves/peixes defumados;
· Leite Integral, Iogurte Integral, queijos amarelados.
As refeições devem ser fracionadas e apresentar volume diminuído, deve ser realizado em ambiente tranquilo sem distração com aparelhos eletrônicos. É recomendada a prática de atividade física aliada à reeducação alimentar para o controle de peso. Quanto à ingestão hídrica recomenda-se o consumo de no mínimo 3L de água/dia. 
4.5.4 Caso Clínico IV – Mioma
	Identificação do Paciente
	Nome: E. S. L.
	Renda familiar: 1 Salário mínimo
	Data de Nasc.: 29/04/1979 
	Cidade onde reside: Barro Duro (PI)
	Sexo: Feminino
	Data de admissão: 25/11/2019 
	Ocupação: Balconista
	Enfermaria: 113 L1
	Estado civil: Casada
	Diagnóstico principal: Mioma
	Escolaridade: Ens. Médio Completo
	Doenças associadas: Não Apresenta
Doença Principal: Mioma Submucoso
Órgão em estudo: Útero
Etiopatogenia e fisiopatologia: 
De acordo com a literatura, miomas são tumores dependentes estrogênio, podendo atingir um tamanho considerável sob a influência desse hormônio, isso foi observado pelo fato de que eles tendem a sofrer involução após a menopausa, assim como sob efeito do tratamento com agonistas do Gonadotropin Releasing Hormone (GnRH). Existem evidências de que a progesterona também exerça um papel de estímulo ao crescimento tumoral, 1,4 além de outros fatores de crescimento locais (AVELINO, 2016).
Manifestações clínicas: 
O mioma submucoso é o tipo de mioma que mais apresenta sintomas, principalmente sangramentos anormais que pode ser fora do período menstrual, anormal, anemia ferropriva, devido ao sangramento excessivo, Compressão de órgãos próximos (ALMEIDA et al. 2015).
Tratamento: Cirúrgico- Histerectomia
O tratamento para o mioma submucoso é estabelecido pelo ginecologista e é feito através da histeroscopia, que corresponde a um procedimento cirúrgico, feito sob anestesia ou sedação, e que tem como objetivo remover o mioma. Além disso, o ginecologista pode indicar o uso de alguns medicamentos para aliviar os sintomas a partir da redução do tamanho do mioma ou do sangramento, além de melhorar as condições gerais da mulher para que a cirurgia seja menos invasiva. 
	Hábitos de Vida
	Consumo de Álcool:
(x) Sim ( ) Não
	Se sim, qual tipo: cerveja.
	
	Frequência: socialmente
	Tabagista:
( ) Sim (x) Não ( ) Ex fumante
	Se ex fumante, há quanto tempo?
	Pratica exercício físico:
(x) Sim ( ) Não
	Se sim, qual tipo: musculação.
	
	Frequência: 5 vezes por semana
	Horas de sono por noite: 
	Consumo de Óleo:
5L de óleo por mês.
	Qualidade do sono:
( ) Dorme rápido
(x) Demora a dormir
( ) Não acorda á noite
(x) Acorda durante a noite
( ) Acorda disposto
(x) Acorda cansado
	
	
	Consumo de Sal:
1 kg por mês.
	Ingestão hídrica: 
3L por dia
	Horário de maior disposição alimentar: Horário do almoço.
	Alergia ou intolerância alimentar:
Não apresenta
	Aversão Alimentar:
Leite
 
Avaliação Clínico-Nutricional:
Queixa principal: Paciente relata procurar ter procurado assistência medica após vários episódios de sangramento e dores na região pélvica.
História da doença atual: Diagnosticada com mioma submucoso após realizar episódios de sangramento e realização de exame de ultrassonografia, paciente encontra-se internada para correção da patologia através de procedimento cirúrgico.
História patológica pregressa: Não apresenta.
História de doença familiar: Paciente relata que pai sofre de DM e HAS.
	Evolução do paciente
	25/11
	Paciente admitida para procedimento de histerectomia total, consciente, orientada, calma, receptiva ao dialogo, afebril, eupnéica, normotensa, normocorada.
	26/11
	06hr - Permanece aguardando cirurgia, em repouso, consciente, orientada e fasica;
12hr – Encaminhada para centro cirúrgico; 
17hr – Apresenta vômito.
	27/11
	Paciente permanece em observação pós cirurgia com acompanhamento multiprofissional.
	28/11
	Alta hospitalar médica e nutricional.
Medicamentos prescritos: 
Dipirona 500mg, Plasil 20mg, Tilatil 10mg e Ceftriaxona 1g. 
Interação droga x nutriente
	Nome
	Propriedade terapêutica
	Interação com o alimento
	Dipirona
	Analgésico, apresenta propriedades antitérmicas.
	Não há dados de interação com alimentos.
	Plasil
	Utilizado em distúrbios da motilidade gastrintestinal e em náuseas e vômitos de origem central e periférica.
	Não há dados de interação com alimentos.
	Tilatil
	Anti-inflamatório não esteroide (AINE) apresenta propriedades anti-inflamatórias, analgésicas, antipiréticas e também inibidoras da agregação plaquetária.
	Não há interação com alimentos.
	Ceftriaxona
	Antibiótico
	Não há dados de interação com alimentos.
	
Exames solicitados e avaliação bioquímica
	Data
	Exame bioquímico
	Resultado
	Valor de referência
	Diagnóstico
	23/09
	Glicose Jejum
	88 mg/dL
	66-99 mg/dL
	Adequado
	23/09
	Temp. de Coagulação
	6 min
	4 – 12 min
	Adequado
	23/09
	Temp de Sangramento
	1 min
	1 – 4 min
	Adequado
	23/09
	Retração do Coágulo
	Normal
	Normal
	Adequado
	23/09
	Prova do Laço
	Negativo
	Negativo
	Adequado
	23/09
	Hemácias 
	3,7 M/mm³
	4 – 5,9 M/mm³
	Adequado
	23/09
	Hemoglobina
	9,0 g/dL
	12 – 17,5 g/dL
	Alterado
	23/09
	Hematócrito
	30%
	35 - 53%
	Aterado
	Evolução Dietoterápica 
	25/11
	Paciente admitida com dieta de consistência branda, com indicação de jejum a partir das 22 horas.
	26/11
	Paciente permaneceu em dieta zero para realização de procedimento cirúrgico.
Dieta de consistência branda, prescrita a partir das 18 horas.
	27/11
	Paciente permaneceu de dieta de consistência branda.
	28/11
	Paciente recebe alta hospitalar com indicação de dieta livre.
Avaliação antropométrica
	Parâmetro
	Valor
	Classificação
	Peso Atual (Kg)
	68,6
	-
	Peso Usual (Kg)
	68,6
	-
	Peso Ideal (Kg)
	52,86
	-
	Adequação do Peso (%)
	129,78
	Obesidade
	Peso Ajustado
	56,8
	-
	Altura (cm)
	1,55
	-
	IMC
	28,55
	Sobrepeso
	CB (cm)
	33
	p16-p85 - Média
	Adequação da CB (%)
	100,68
	Eutrófia
	CMB (cm)
	24,94
	p16- p85 - Média
	Adequação da CMB (%)
	111,4
	Sobrepeso
	PCT (mm)
	25,67
	-
	Adequação da PCT (%)
	104,77
	Eutrófia
	CC
	87
	Risco Elevado
	CQ
	94
	-
	RCQ
	0,92
	Risco Muito elevado
Diagnóstico Nutricional: 
	Comparando todos os parâmetros antropométricos pode-se observar que a paciente encontra-se com sobrepeso próximo a desenvolver obesidade, além de já apresentar risco muito elevado para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
Anamnese Alimentar
	Inquérito da dieta habitual
	Horário
	Refeição
	Alimentos
	Medida Caseira
	7:00
	Café da manha
	Café adoçado 
	1 Xícara de café
	
	
	Tapioca 
	1 Unidade pequena
	
	
	Margarina
	½ Colher de sopa
	
	
	Melão
	1 Fatia media
	
	
	Suco de fruta
	1 copo de 250ml
	12:30
	Almoço
	Arroz
	3 Colheres de servir
	
	
	Feijão
	1 Colher de sopa
	
	
	Frango ao molho
	1 Pedaço(coxa)
	
	
	Salada crua
	3 Colheres de servir
	
	
	Suco de fruta
	1 Copo de 250ml
	15:00
	Lanche da tarde
	Fruta (manga, laranja, banana ou maça)
	1 Unidade
	22:00
	Jantar
	Arroz Branco
	2 Colheres de servir
	
	
	Bife grelhado
	1 Bife médio
 
Comentário da dieta habitual:
Paciente apresenta pouco fracionamento das refeições durante o dia, permanece períodos prolongados sem se alimentar, apresenta pouca variação no cardápio, hábitos esses que em longo prazo podem gerar um quadro de deficiências nutricionais e energéticas influenciando diretamente na qualidade de vida da paciente e no atual diagnostico nutricional.
Prescrição Dietoterápica
Tipo e características da dieta 
Dieta de consistência livre. Normocalórica: A fim de manter as necessidades nutricionais básicas do paciente; Hipolipidica: Priorizando os ácidos graxos poli e monoinsaturados; Normoglicidica: Priorizando

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