Buscar

revisão de direito do trabaho AV1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Revisão de Direito do 
Trabalho I para AV1 
 
 
 
 
 
 
➢ Lei 13.467/17 (Reforma trabalhista) 
• Consolidação das leis trabalhistas (CLT) 
▪ Consolidação é a unificação das leis ou atos normativos em um 
documento só, surgiu em 1 de maio de 1943, tem a função de 
regulamentar as relações trabalhistas, tanto do trabalho urbano 
quanto do rural. Leis esparsas são bem parecidas com a CLT, 
porém são diversas leis que tratam de assuntos específicos. 
 
➢ Decreto lei é um decreto com força de lei emanado do poder executivo, quando 
este acumula anormalmente as funções do legislativo. CF proibiu a criação de 
decreto lei. 
 
➢ A medida provisória é igual ao decreto lei, porém com vigência de 120 dias, para 
se tornar lei, o congresso deve aceitá-la. 
 
➢ Origem do Direito do trabalho 
• Até a revolução industrial não existia Direito do Trabalho propriamente 
dito, simplesmente porque não havia trabalhadores suficientes para que se 
constituísse pressão o bastante que ensejasse (possibilitasse) a conquista 
desses direitos protetivos. Com o advento desta, do capitalismo industrial 
e da consequente exploração sobre o trabalhador, o anseio por seus 
direitos ganhou corpo com o início da luta dos trabalhadores, que se viam 
num cenário de injustiça social. Concretiza-se, desta forma, as condições 
políticas e econômicas para o surgimento do Direito do Trabalho. 
 
➢ Conceito do Direito do trabalho: 
• O Direito do Trabalho visa proteger as condições de trabalho e sociais do 
trabalhador, visando assegurar, constituindo-se em princípios, regras e 
instituições próprias à relação de trabalho, conforme conceito exposto 
por Sergio Pinto Martins (2015, p. 18): 
"Direito do Trabalho é o conjunto de princípios, regras e instituições 
atinentes à relação de trabalho subordinado e situações análogas, 
visando assegurar melhores condições de trabalho e sociais ao 
trabalhador, de acordo com as medidas de proteção que lhes são 
destinadas." 
➢ Objeto do Direito do trabalho: 
• O objeto é a relação de emprego. O que identifica a relação de emprego é 
o vínculo jurídico estabelecido entre as partes, de um lado empregado, 
pessoa física, e de outro o empregador, que pode ser pessoa física ou 
jurídica. Para a existência desse vínculo, que une o empregado ao 
empregador na execução de uma obra ou prestação de serviços, deve 
haver a presença de alguns requisitos ou elementos, sem os quais não se 
configura o vínculo de emprego. A relação de emprego tem dois elementos, 
o elemento subjetivo que abriga o empregador e o empregado e o 
elemento objetivo que abrange contratos de trabalho. Existem 4 
características de relação de emprego. 
1. Subordinação 
• Traz à tona a ideia de sujeição, submetimento às ordens de terceira 
pessoa, ou seja, uma relação de dependência laboral. Aqui adentramos no 
campo do poder de direção, coordenação e fiscalização do empregador 
quanto à prestação laboral do empregado. A subordinação pode ser 
dividida em três, técnica, econômica e jurídica. Atualmente, a 
jurisprudência trabalhista estabelece que apenas a subordinação jurídica 
se aplica na relação de emprego. 
• Subordinação técnica: O conhecimento técnico é do empregador; 
• Subordinação econômica: O empregado é dependente economicamente do 
empregador para sobreviver; 
• Subordinação jurídica: o contrato de trabalho, assim como o poder de direção 
do empregador, tem respaldo jurídico, ou seja, legal. 
2. Habitualidade/Não eventualidade 
• A pessoa física deve trabalhar de forma permanente, mesmo que por um 
pequeno espaço de tempo, não podendo trabalhar de forma eventual, na 
hora que desejar. Deve ter dias certos, horas certas de prestação de 
trabalho. 
3. Remuneração 
• Deve-se ter em mente que a relação de emprego é essencialmente 
econômica, ou seja, a pessoa se submete as regras da relação de emprego, 
emprega grande parte de seu dia, de sua força para poder receber a 
contraprestação pelo serviço. A legislação pátria prevê várias formas de 
contraprestação ao serviço prestado, como, por exemplo: pagamento em 
dinheiro, utilidades, parcelas fixas ou variáveis, etc. 
4. Pessoalidade 
• A pessoalidade é encontrada naquela pessoa física que trabalha para o 
empregador não podendo se fazer substituir por terceiros, ou seja, aquela 
pessoa física contratada terá, ela mesma, que prestar o serviço. Dessa 
forma, temos que a prestação do serviço será intuitu personae. 
➢ Autonomia 
• Todo ramo do Direito para ser autônomo precisa ter 3 características: 
▪ Conceitos próprios; 
▪ Regras próprias; 
▪ Princípios próprios. 
• O Direito do trabalho é autônomo, pois possui as 3 características citadas 
acima. 
➢ Fontes do Direito do trabalho 
• Materiais 
• Formais 
▪ Heterônomas 
▪ Autônomas 
➢ Fontes Materiais seriam aquelas geradas por um conjunto de fenômenos 
sociais (revoluções, greves, manifestações, etc.) que dariam ensejo à formação 
da matéria do direito. Leva-se em consideração o conteúdo da norma. 
➢ As Fontes Formais são os meios (formas) onde se estabelece uma norma jurídica, 
nessa vertente, seria quando o direito toma forma. (CLT, Leis, Sentenças 
Normativas, Convenções Coletivas, etc.). 
➢ Fontes Formais Autônomas seriam aquelas criadas pelo próprio destinatário, tais 
como o Acordo Coletivo, Convenção Coletiva, etc. 
➢ Fontes Formais Heterônomas são as criadas pelo Estado. (Lei, Decreto Lei, etc.) 
➢ Formas heterônomas: 
• Constituição federal 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
• Leis infraconstitucionais 
▪ São as leis que estão abaixo da CF, hierarquicamente falando. 
• Atos normativos 
▪ São aqueles que têm efeitos gerais, atingindo todos os que se 
encontram na mesma situação por ele regulada. Por exemplo: 
decretos regulamentares, regimentos, resoluções, deliberações e 
portarias 
• Sentença normativa 
▪ Sentença normativa é uma decisão proferida pelos Tribunais 
Regionais do Trabalho (TRT) ou pelo Tribunal Superior do 
Trabalho (TST) no julgamento dos dissídios coletivos. A sentença 
normativa cria normas e condições de trabalhos a uma categoria 
sindical. 
• Sentença arbitral 
▪ Sentença arbitral é o comando privado emitido por árbitro ou 
tribunal arbitral constituído legitimamente e com jurisdição para 
prolação da decisão. 
• Regulamento da empresa 
▪ O Regulamento Interno das empresas é o instrumento pelo qual 
o empregador pode se valer para estabelecer regras (direitos e 
obrigações) aos empregados que a ela presta serviços. 
• Jurisprudência 
➢ Formas Autônomas: 
• Costumes 
• Acordos e convenções coletivas 
▪ A Convenção Coletiva de Trabalho é um acordo de caráter 
normativo (gera obrigações entre as partes) assinado entre o 
Sindicato dos Trabalhadores (empregados) e o Sindicato da 
Categoria Econômica (empregadores), obrigando todas as 
pessoas que compõem a base territorial dos respectivos 
sindicatos. 
• Mediação 
➢ Princípios do Direito do trabalho 
• Constitucionais 
▪ Proteção da relação de emprego: 
A proteção à relação de emprego é um dos temas mais sensíveis 
e debatidos no estudo do Direito do Trabalho. De um lado, é 
encarado como um importante instrumento de respeito à 
dignidade do trabalhador, que estaria resguardado das 
arbitrariedades cometidas pelo empregador. De outro lado, é 
visto como um engessamento da máquina produtiva, uma vez 
que restringiria em demasia a capacidade diretiva do ente 
econômico. 
▪ Proteção do salário: 
De igual modo, o artigo 7º, inciso X da CF, 
confere proteção ao salário dos trabalhadores, estabelecendo 
que seja crime sua retenção dolosa. Desse modo, se faz 
indispensável à ênfase nos princípios que o protegem, quais 
sejam: irredutibilidade, intangibilidade, impenhorabilidade, 
isonomia e substituição salarial. 
▪ Proteção do trabalho da mulher: 
A Constituição Federal estabelece no seu art. 5º, inciso I que 
homens e mulheres são iguaisem direitos e obrigações. No art. 
7°, inciso XX prevê incentivos específicos, visando à proteção do 
mercado de trabalho da mulher, no XXX existe a proibição da 
diferença de salários, de exercício de funções e de critério de 
admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil. 
▪ Proibição do trabalho infantil: 
O trabalho infantil, segundo a legislação brasileira, se refere 
às atividades econômicas e/ou atividades de sobrevivência, com 
ou sem finalidade de lucro, remuneradas ou não, realizadas por 
crianças ou adolescentes em idade inferior a 16 anos, ressalvada 
a condição de aprendiz a partir dos 14 anos, independentemente 
da sua condição ocupacional. 
▪ Proibição da discriminação 
https://jus.com.br/tudo/direito-do-trabalho
▪ Reconhecimento dos acordos e convenções coletivas 
• Infraconstitucionais 
▪ “In dubio pro operário” 
O princípio do In Dubio Pro Operário trata-se de uma regra que 
tem por objetivo proteger a parte presumidamente mais frágil da 
relação jurídica e, em se tratando de Direito do Trabalho, resta 
claro que a parte mais fraca é o empregado, credor da relação. 
▪ Norma mais favorável 
No direito do trabalho, o “vértice” da pirâmide é ocupado 
pela norma mais favorável ao trabalhador. Este princípio informa 
que havendo conflito entre duas ou mais normas vigentes e 
aplicáveis à mesma situação jurídica, deve-se preferir 
aquela mais vantajosa ao trabalhador. 
▪ Condição mais benéfica 
Este princípio determina que se houver alguma alteração no 
contrato que o torne menos favorável ao empregado, tal 
alteração não irá produzir efeitos, tendo em vista que o 
empregado tem direito adquirido à norma mais favorável. 
▪ Irrenunciabilidade 
O princípio da irrenunciabilidade é a impossibilidade jurídica de 
privar o empregado de uma ou mais vantagens concedidas pelo 
Direito do Trabalho. Isto significa que as partes não podem abrir 
mão de direitos de ordem pública os quais, para protegerem o 
empregado, foram criados como um conteúdo mínimo a ser 
estabelecido no contrato. 
▪ Continuidade da relação de emprego 
▪ Primazia da realidade 
O princípio da primazia da realidade destaca justamente que o 
que vale é o que acontece realmente e não o que está escrito. 
Neste princípio a verdade dos fatos impera sobre qualquer 
contrato formal, ou seja, caso haja conflito entre o que está 
escrito e o que ocorre de fato, prevalece o que ocorre de fato. 
 
➢ O trabalhador ele pode ser: 
• Empregado: É toda pessoa natural que contrate, tácita ou 
expressamente, a prestação de seus serviços a um tomador, a este 
efetuados com pessoalidade, onerosidade, não eventualidade e 
subordinação. 
• Trabalhador autônomo: Trabalhador Autônomo é todo aquele que
 exerce sua atividade profissional sem vínculo empregatício, 
por conta própria e com 
assunção de seus próprios riscos. Pessoa física, remunerado, não é 
habitual, não é subordinado e tem pessoalidade, portanto, não existe 
relação de emprego, pois não cumpre os 4 requisitos da relação de 
emprego. 
• Trabalhador eventual: O trabalhador eventual nada mais é do que uma 
pessoa física que presta serviços em caráter esporádico, ou seja, de curta 
duração (urbano ou rural). Além desta característica, o mesmo exerce 
atividade não relacionada com a atividade-fim da empresa tomadora. 
Também chamado de ocasional, ou temporário, é aquele que é exigido 
em caráter absolutamente temporário, ou transitório, cujo exercício não 
se integra na finalidade da empresa. Eventual é a forma típica do 
trabalhador que não recebe serviços habitualmente, com alguma 
constância. Desfigura-se o eventual quando ele passa a ter serviço 
repetidamente, de tal maneira que se forme o hábito de vir procurar 
trabalho na empresa, com a vinda da pessoa para atribuir-lhe tarefas; 
quando isso acontece, surge a figura do empregado. O hábito gera 
relação de emprego. 
• Trabalhador avulso: Trabalhador avulso é aquele que, sindicalizado ou 
não, presta serviços de natureza urbana ou rural, sem vínculo 
empregatício, a diversas empresas, com intermediação obrigatória do 
sindicato da categoria ou, quando se tratar de atividade portuária, do 
Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO). Operador Portuário: É uma 
Pessoa Jurídica pré-qualificada para a movimentação e armazenagem de 
mercadorias destinadas ou provenientes de transporte aquaviário, 
realizada no Porto Organizado. Além disso, representa o Armador – 
denomina-se aquele que física ou juridicamente, com recursos próprios, 
equipa, mantém, realiza e explora comercialmente as embarcações 
mercantis. Trabalhador Portuário Avulso: Realiza o trabalho de capatazia, 
estiva, conferência e conserto de carga, bloco e vigilância de 
embarcações, não existindo vínculo permanente entre o trabalhador 
avulso, o tomador, o armador ou o operador portuário. 
• Trabalhador temporário: Considera-se trabalho temporário o serviço 
prestado por Pessoa Física a uma determinada empresa, para atender à 
necessidade transitória de substituição de pessoal, regular e 
permanente, ou motivado pelo acréscimo extraordinário de serviços. 
Ademais, o trabalho temporário é regido pela Lei nº 6.019/74, sendo a 
única forma de intermediação de mão-de-obra subordinada permitida 
pela legislação trabalhista, ou seja, é a única forma legal de uma empresa 
contratar outra para fornecer trabalhadores que exerçam suas atividades 
dentro da estrutura da empresa contratante, sob suas ordens e 
subordinação direta. Quais as características principais do trabalho 
temporário? 
1. O trabalhador temporário pode ser contratado para exercer as 
mesmas funções dos empregados da empresa tomadora de serviços, 
hipótese em que possui direito a receber salário igual; 
2. O temporário pode ser contratado para atuar na atividade-meio ou 
na atividade-fim da empresa tomadora de serviços; 
3. O trabalhador temporário trabalha com pessoalidade e sob direção 
da empresa tomadora de serviços; 
4. Quem paga a remuneração do temporário é a empresa prestadora de 
serviços que o contrata e registra na Carteira de Trabalho e 
Previdência Social – CTPS (nas anotações gerais da CTPS); 
5. O prazo da contratação do temporário não pode ser superior a 03 
(três) meses, salvo autorização conferida pelo órgão local do 
Ministério do Trabalho e Emprego – MTE; 
6. A empresa tomadora pode autorizar ou não a realização de trabalho 
extraordinário por parte do temporário, já que tem o poder de 
comando sobre a prestação de serviços; 
 Por fim, o trabalhador temporário não pode substituir um empregado da 
empresa contratante que foi dispensado e nem pode ser utilizado esse 
tipo de contrato como período de experiência na empresa contratante, 
em substituição ao contrato de experiência previsto na Consolidação das 
Leis do Trabalho – CLT. 
• Empregado doméstico: Entende-se por empregado doméstico aquele 
que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa, e pessoal 
e de finalidade não lucrativa a pessoa ou família, no âmbito residencial 
destas, por mais de 2 (dois) dias por semana, conforme dispõe o art. 1º 
da Lei Complementar nº 150/2015, que dispõe acerca do contrato de 
trabalho doméstico. Deste conceito, destacamos os seguintes 
elementos: Prestação de serviço de natureza não lucrativa; À pessoa 
física ou à família, no âmbito residencial das mesmas; Continuadamente. 
O empregador doméstico não é regido pela CLT, e sim por uma Lei 
especifica LC 150/15. 
➢ Empregador: 
• Conceito: 
De acordo com o artigo 2º da CLT, “Considera-se empregador a 
empresa, individual ou coletiva, que assumindo riscos da atividade 
econômica, admite, assalaria e dirige pessoal de serviços”. 
Equiparam-se ao empregador, para efeitos exclusivos da relação de 
emprego, os profissionais liberais, a instituições beneficentes, 
associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que 
admitirem trabalhadores como empregados. E em um conceito mais 
atual podemos conceituar como sendo pessoa física ou jurídica,que 
assumindo riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a 
prestação de pessoal e serviços. 
• Grupo econômico – Solidariedade: 
A Consolidação das Leis do Trabalho determina que as empresas 
pertencentes de um grupo econômico são solidárias para os efeitos 
da relação de emprego, mas existe discussão doutrinária e 
jurisprudencial sobre a espécie de solidariedade existente. Assim, são 
duas as correntes de entendimento existentes quanto ao tema: 
Corrente da Solidariedade Exclusivamente Passiva e Corrente da 
Solidariedade Ativa e Passiva. A Corrente da Solidariedade 
Exclusivamente Passiva entende que empregador é a empresa que 
contratou o empregado, e não o grupo econômico. Porém, as demais 
empresas do grupo econômico respondem solidariamente pelas 
dívidas trabalhistas da empresa que contratou. Isso significa que o 
empregado de uma empresa que é parte de grupo econômico pode 
cobrar seus créditos trabalhistas de qualquer uma das empresas que o 
compõem. Esta regra demonstra o caráter protecionista do Direito 
Individual do Trabalho, pois visa à proteção ao crédito do empregado. 
A solidariedade passiva é uma situação excepcional, pois uma pessoa 
que não contratou responderá pelas obrigações de outra pessoa que 
contratou. Segundo dispõe o Código Civil, em seu artigo 265, a 
solidariedade não se presume, devendo ter previsão no contrato ou 
na lei. Para os defensores dessa corrente, a mesma trata-se de uma 
hipótese de solidariedade passiva prevista em lei. Quanto à Corrente 
da Solidariedade Ativa e Passiva, a mesma sustenta que, além da 
solidariedade passiva, nos termos expostos acima, há também a 
solidariedade ativa entre as empresas do grupo. Isso significa que o 
grupo econômico é o empregador único, ou seja, empregador não é 
somente a empresa que contratou, mas o grupo. Sendo assim, todas 
as empresas do grupo atuam ativamente no contrato de trabalho. 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10634319/artigo-2-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10712030/artigo-265-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
• Responsabilidade do empreiteiro: 
Do contrato de empreitada resultam obrigações recíprocas para os 
contratantes, e da execução da obra podem advir responsabilidade 
com terceiros. A obrigação do empreiteiro conforme já dito, é de 
resultado, portanto, deve ele garantir ao dano da obra sua capacidade 
para servir ao destino para que foi encomendada. Neste sentido, Sergio 
Cavalieri Filho versa que “a responsabilidade do construtor é de 
resultado porque se obriga pela boa execução da obra, de modo a 
garantir sua solidez e capacidade para atender ao objetivo para o qual 
foi encomendada. Defeitos na obra, aparentes ou ocultos, que 
importem sua ruína total ou parcial configuram violação ao dever de 
segurança do construtor, verdadeira obrigação de garantia (ele é o 
garante da obra), ensejando-lhe o dever de indenizar 
independentemente de culpa. Essa responsabilidade só poderá ser 
afastada se o construtor provar que os danos resultaram de uma causa 
estranha – força maior, fato exclusivo da vítima ou de terceiro” (2006, 
p. 366). 
• Sucessão: 
Dois são os dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho que tratam 
da sucessão trabalhista, os arts. 10 e 448, que assim dispõem: 
"Art. 10. Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não 
afetará os direitos adquiridos por seus empregados". 
Art. 448. A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa 
não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados". 
• Poderes: 
O empregador possui poderes para dirigir a prestação de serviços de 
seus empregados, porém tais poderes não são absolutos, possuindo 
algumas limitações. Os poderes do empregador se dividem em quatro 
categorias, sendo elas: poder de direção, poder de controle, poder de 
organização e poder disciplinar. O poder de direção é o que permite ao 
empregador determinar aos empregados como as tarefas deverão ser 
exercidas. Já o poder de controle permite ao empregador a fiscalização 
das atividades profissionais de seus empregados. O poder de 
organização consiste na ordenação das atividades dos empregados, 
aspirando melhores resultados para empresa. Neste sentido, o 
empregador pode desenvolver regulamentos e políticas internas às 
quais os empregados deverão aderir para que todos caminhem na 
mesma direção e em busca dos melhores resultados. E por último, o 
poder disciplinar, que consiste na prerrogativa do empregador de impor 
sanções disciplinares aos seus empregados diante da prática de atos 
faltosos. 
➢ Teletrabalho: 
Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT) o teletrabalho é "a forma 
de trabalho realizada em lugar distante do escritório e/ou centro de produção, que 
permita a separação física e que implique o uso de uma nova tecnologia facilitadora 
da comunicação”. Portanto, com base na definição da OIT, podemos conceituar 
o teletrabalho (ou trabalho remoto) como uma espécie de trabalho performado em 
local diverso ao local central do empregador e/ou do centro de produção, 
implicando na utilização de tecnologias que amplifiquem e facilitem a comunicação 
e, consequentemente, induzem ao distanciamento físico. Em síntese, 
o teletrabalho consiste no trabalho realizado a distância, feito através do manejo 
de tecnologias da informação e de comunicação. 
 
Art. 75-A. A prestação de serviços pelo empregado em regime de teletrabalho 
observará o disposto neste Capítulo. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 
(Vigência) 
Art. 75-B. Considera-se teletrabalho a prestação de serviços preponderantemente 
fora das dependências do empregador, com a utilização de tecnologias de 
informação e de comunicação que, por sua natureza, não se constituam como 
trabalho externo. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência) 
Parágrafo único. O comparecimento às dependências do empregador para a 
realização de atividades específicas que exijam a presença do empregado no 
estabelecimento não descaracteriza o regime de teletrabalho. (Incluído pela Lei nº 
13.467, de 2017) (Vigência) 
Art. 75-C. A prestação de serviços na modalidade de teletrabalho deverá constar 
expressamente do contrato individual de trabalho, que especificará as atividades 
que serão realizadas pelo empregado. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 
(Vigência) 
§ 1o Poderá ser realizada a alteração entre regime presencial e de teletrabalho 
desde que haja mútuo acordo entre as partes, registrado em aditivo contratual. 
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência) 
§ 2o Poderá ser realizada a alteração do regime de teletrabalho para o presencial 
por determinação do empregador, garantido prazo de transição mínimo de quinze 
dias, com correspondente registro em aditivo contratual. (Incluído pela Lei nº 
13.467, de 2017) (Vigência). 
➢ Contrato de trabalho 
Art. 442 - Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, 
correspondente à relação de emprego. 
Parágrafo único - Qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade cooperativa, 
não existe vínculo empregatício entre ela e seus associados, nem entre estes e os 
tomadores de serviços daquela. (Incluído pela Lei nº 8.949, de 9.12.1994). 
Art. 442-A. Para fins de contratação, o empregador não exigirá do candidato a 
emprego comprovação de experiência prévia por tempo superior a 6 (seis) meses no 
mesmo tipo de atividade. (Incluído pela Lei nº 11.644, de 2008). 
Art. 442-B. A contratação do autônomo, cumpridas por este todas as formalidades 
legais, de forma contínua ou não, afasta a qualidade de empregado prevista no art. 
3º desta Consolidação. (Redação dada pela Medida Provisória nº 808, de 2017). 
• Conceito: 
É umacordo que pode ser feito de forma verbal ou tácito, escrito ou 
expresso* e que trata das relações de emprego, entre empregado e 
empregador. Há, portanto, um vínculo empregatício, que é a relação 
entre ambas às partes, definida por meio de um contrato de trabalho 
que mostra a prestação dos serviços que serão oferecidos à empresa. 
Tácito ou Verbal - É o tipo de acordo feito com base na confiança entre 
empregado e empregador e não há um documento para comprová-lo; 
Escrito ou Expresso - É o acordo representado pelo contrato de trabalho 
que deverá conter todas as obrigações e deveres de empregado e 
empregador. As cláusulas do contrato não devem ser contrárias à 
Constituição, a CLT ou às regras coletivas. 
• Características: 
1. Bilateral: Pois envolve obrigações tanto do Empregador quanto 
do empregado, tendo reciprocidade no conjunto de prestações. 
(Sinalagmático) 
2. Comutativo: As prestações são conhecidas desde o início da 
contratação. 
3. Oneroso: Pela prestação do empregado, corresponde uma 
remuneração paga pelo Empregador. 
4. Consensual: Pois depende da manifestação de vontade 
(expressa ou tácita), não exigindo formalidade ou solenidade 
para manifestação da vontade. Livre consentimento entre 
Empregador e empregado. 
5. Tratado sucessivo: É a continuidade no tempo, de forma que 
não é instantâneo, ainda que por prazo determinado, se da com 
atos que se repetem. 
6. De adesão: As cláusulas contratuais já são previamente 
estabelecidas pelo empregador. 
7. Intuito personae: Possui caráter pessoal com relação ao 
empregado, somente este empregado pode prestar a prestação 
de serviços. Para o Empregador não se exige o caráter da 
pessoalidade. 
• Elementos (Arts. 104 e 105 do CC): 
Art. 104. A validade do negócio jurídico requer: 
I - agente capaz; 
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável; 
III - forma prescrita ou não defesa em lei. 
Art. 105. A incapacidade relativa de uma das partes não pode ser invocada 
pela outra em benefício próprio, nem aproveita aos co-interessados capazes, 
salvo se, neste caso, for indivisível o objeto do direito ou da obrigação 
comum. 
 
1. Agente capaz; 
2. Objeto de contrato: Aquilo para qual o contrato se propõe. Tem que 
ser lícito, possível, determinado ou determinável. 
3. Forma prescrita ou não defesa em lei: Maneira como um contrato é 
realizado, o contrato tem que estar prescrito ou não proibido em lei. 
4. Consentimento: Ninguém pode ser contratado contra a sua vontade. 
 
• Nulidades (Art. 166 (absoluta) Art. 171 (relativa)) 
Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando: 
I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz; 
II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto; 
III - o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito; 
IV - não revestir a forma prescrita em lei; 
V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua 
validade; 
VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa; 
VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar 
sanção. 
 
Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o 
negócio jurídico: 
I - por incapacidade relativa do agente; 
II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou 
fraude contra credores. 
▪ O código civil estabelece que o contrato é nulo quando não tem 1 ou 
mais elementos citados anteriormente em “Elementos”. 
▪ Nulidade relativa: 
❖ Erro; 
❖ Dolo; 
❖ Coação; 
❖ Lesão; 
❖ Estado de perigo; 
❖ Fraude contra credores. 
➢ Contrato de trabalho 
• Contratos Afins 
Locação ou prestação de serviços: Trabalho Autônomo, prestado por 
pessoa física ou jurídica até mesmo de forma gratuita. (Art. 594 a 609 
CC). 
Art. 594. Toda a espécie de serviço ou trabalho lícito, material ou 
imaterial, pode ser contratada mediante retribuição. 
Art. 595. No contrato de prestação de serviço, quando qualquer das 
partes não souber ler, nem escrever, o instrumento poderá ser assinado 
a rogo e subscrito por duas testemunhas. 
Art. 596. Não se tendo estipulado, nem chegado a acordo as partes, fixar-
se-á por arbitramento a retribuição, segundo o costume do lugar, o 
tempo de serviço e sua qualidade. 
Art. 597. A retribuição pagar-se-á depois de prestado o serviço, se, por 
convenção, ou costume, não houver de ser adiantada, ou paga em 
prestações. 
Art. 598. A prestação de serviço não se poderá convencionar por mais de 
quatro anos, embora o contrato tenha por causa o pagamento de dívida 
de quem o presta, ou se destine à execução de certa e determinada obra. 
Neste caso, decorridos quatro anos, dar-se-á por findo o contrato, ainda 
que não concluída a obra. 
Art. 599. Não havendo prazo estipulado, nem se podendo inferir da 
natureza do contrato, ou do costume do lugar, qualquer das partes, a seu 
arbítrio, mediante prévio aviso, pode resolver o contrato. 
Parágrafo único. Dar-se-á o aviso: 
I - com antecedência de oito dias, se o salário se houver fixado por tempo 
de um mês, ou mais; 
II - com antecipação de quatro dias, se o salário se tiver ajustado por 
semana, ou quinzena; 
III - de véspera, quando se tenha contratado por menos de sete dias. 
Art. 600. Não se conta no prazo do contrato o tempo em que o prestador 
de serviço, por culpa sua, deixou de servir. 
▪ Características: 
a) O tomador “compra” o resultado do trabalho; 
b) O prestador pode contratar auxiliares; 
c) O prestador assume o risco da atividade. 
• Empreitada 
Contrato mediante o qual uma das partes se obriga a fazer ou mandar 
fazer determinado serviço ou certa obra, recebendo em contrapartida 
remuneração determinada ou proporcional ao serviço executado. (Art. 
610 a 626 CC). 
❖ Distinção entre empreitada e prestação de serviço: 
Na prestação de serviço, o risco é do tomador; na empreitada, do 
empreiteiro, que é o responsável pela entrega da obra terminada. 
Na prestação de serviço, o pagamento se determina pelo tempo 
de trabalho (dias, horas etc.); na empreitada, é proporcional à 
obra contratada, independentemente do tempo consumido na 
execução. 
❖ Distinção entre contrato de trabalho e empreitada: 
a) Modo de remuneração: Unidade de tempo/Unidade de 
Obra; 
b) Fim do contrato: Trabalho Desenvolvido/Obra; 
c) Profissionalidade do Tomador de Serviço: Geralmente 
organizado sob a forma de empresa/Público em geral; 
d) Autonomia: O empreiteiro assume os riscos da 
atividade/Subordinação. 
▪ Espécies: 
a) Lavor: O empreiteiro assume a obrigação de prestar o 
trabalho, fornecendo apenas mão-de-obra. 
b) Mista: O empreiteiro fornece mão-de-obra e materiais. 
▪ Sujeitos: 
Empreitante (Comitente (aquele que designa a tarefa alguém, 
mediante o pagamento de uma comissão, de executar 
certos atos em seu nome e sob sua direção e 
responsabilidade), Dono da obra) e Empreiteiro. 
▪ Sociedade: 
O elemento fundamental é a affecto societatis. Todos os sujeitos 
são denominados de sócios, os quais assumem os riscos do 
empreendimento. 
a) Sociedade Cooperativa: Cooperação recíproca entre pessoas 
que juntam seus esforços para a consecução de um objetivo 
comum, atuando todos em situação de igualdade. 
Art. 442 - Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou 
expresso, correspondente à relação de emprego. 
Parágrafo único - Qualquer que seja o ramo de atividade da 
sociedade cooperativa, não existe vínculo empregatício entre 
ela e seus associados, nem entre estes e os tomadores de 
serviços daquela. (Incluído pela Lei nº 8.949, de 9.12.1994) 
 
❖ Espécies de sociedade cooperativa: 
 
a) De produção: Cada sócio contribui com seu trabalho para 
a produção comum de bens e a cooperativa detém os 
meios de produção; 
b) De serviço: Cada sócio atua na prestação de serviços 
especializados a terceiros, sem a presença dos 
pressupostos da relação de emprego. Os sócios são 
dotados de autonomia e autogestão. (Arts. 3° e 7° da Lei 
12.690/12). 
 
Art. 3º A Cooperativa de Trabalho rege-se pelos seguintes 
princípios e valores: 
I - adesão voluntária e livre;II - gestão democrática; 
III - participação econômica dos membros; 
IV - autonomia e independência; 
V - educação, formação e informação; 
VI - intercooperação; 
VII - interesse pela comunidade; 
VIII - preservação dos direitos sociais, do valor social do 
trabalho e da livre iniciativa; 
IX - não precarização do trabalho; 
X - respeito às decisões de asssembleia, observado o 
disposto nesta Lei; 
XI - participação na gestão em todos os níveis de decisão 
de acordo com o previsto em lei e no Estatuto Social. 
 
Art. 7º A Cooperativa de Trabalho deve garantir aos sócios 
os seguintes direitos, além de outros que a Assembleia Geral 
venha a instituir: 
I - retiradas não inferiores ao piso da categoria profissional e, 
na ausência deste, não inferiores ao salário mínimo, 
calculadas de forma proporcional às horas trabalhadas ou às 
atividades desenvolvidas; 
II - duração do trabalho normal não superior a 8 (oito) horas 
diárias e 44 (quarenta e quatro) horas semanais, exceto 
quando a atividade, por sua natureza, demandar a prestação 
de trabalho por meio de plantões ou escalas, facultada a 
compensação de horários; 
III - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos 
domingos; 
IV - repouso anual remunerado; 
V - retirada para o trabalho noturno superior à do diurno; 
VI - adicional sobre a retirada para as atividades insalubres 
ou perigosas; 
VII - seguro de acidente de trabalho. 
§ 1º Não se aplica o disposto nos incisos III e IV do caput 
deste artigo nos casos em que as operações entre o sócio e a 
cooperativa sejam eventuais, salvo decisão assemblear em 
contrário. 
§ 2º A Cooperativa de Trabalho buscará meios, inclusive 
mediante provisionamento de recursos, com base em 
critérios que devem ser aprovados em Assembleia Geral, para 
assegurar os direitos previstos nos incisos I, III, IV, V, VI e VII 
do caput deste artigo e outros que a Assembleia Geral venha 
a instituir. 
§ 3º A Cooperativa de Trabalho, além dos fundos 
obrigatórios previstos em lei, poderá criar, em Assembleia 
Geral, outros fundos, inclusive rotativos, com recursos 
destinados a fins específicos, fixando o modo de formação, 
custeio, aplicação e liquidação. 
§ 4º (VETADO). 
§ 5º A Cooperativa de Trabalho constituída nos termos do 
inciso I do caput do art. 4º desta Lei poderá, em Assembleia 
Geral Extraordinária, estabelecer carência na fruição dos 
direitos previstos nos incisos I e VII do caput deste artigo. 
§ 6º As atividades identificadas com o objeto social da 
Cooperativa de Trabalho prevista no inciso II do caput do art. 
4º desta Lei, quando prestadas fora do estabelecimento da 
cooperativa, deverão ser submetidas a uma coordenação com 
mandato nunca superior a 1 (um) ano ou ao prazo estipulado 
para a realização dessas atividades, eleita em reunião 
específica pelos sócios que se disponham a realizá-las, em 
que serão expostos os requisitos para sua consecução, os 
valores contratados e a retribuição pecuniária de cada sócio 
partícipe. 
 
 
• Representação comercial 
Pode ser Empregado ou Autônomo. 
Exerce a representação comercial autônoma a pessoa jurídica ou pessoa 
física, sem relação de emprego, que desempenha, em caráter não 
eventual, por conta de uma ou mais pessoas, a mediação para a 
realização de negócios mercantis, agenciando propostas ou pedidos, 
para transmiti-los aos representados, praticando ou não atos 
relacionados com a execução dos negócios. (Art. 1° da Lei 4.886, de 
09/12/1965). 
 
Art. 1º Exerce a representação comercial autônoma a pessoa jurídica ou 
a pessoa física, sem relação de emprego, que desempenha, em caráter 
não eventual por conta de uma ou mais pessoas, a mediação para a 
realização de negócios mercantis, agenciando propostas ou pedidos, 
para, transmiti-los aos representados, praticando ou não atos 
relacionados com a execução dos negócios. 
Parágrafo único. Quando a representação comercial incluir poderes 
atinentes ao mandato mercantil, serão aplicáveis, quanto ao exercício 
deste, os preceitos próprios da legislação comercial. 
 
• Mandato 
Contrato mediante o qual alguém recebe de outrem poderes, para, em 
seu nome, praticar atos ou administrar interesses. A procuração é o 
instrumento do mandato. 
Pode ser expresso ou tácito, verbal ou escrito, gratuito ou oneroso. 
A relação é tríplice: Mandante, mandatário e terceira pessoa. 
 
• Parceria Rural 
Abrange a parceria agrícola, pecuária, agroindustrial e extrativa. (Arts. 
96 da Lei 4.504/64 – Estatuto da Terra). 
 
Contrato agrário pelo qual uma pessoa se obriga a ceder à outra, por 
tempo determinado ou não, o suo específico de imóvel rural, de parte 
ou partes do mesmo, incluindo ou não, benfeitorias, outros bens e/ou 
facilidades, com o objetivo de nele ser exercida atividade de exploração 
agrícola, pecuária, agroindustrial, extrativa vegetal ou mista; e/ou lhe 
entrega animais para cri, recria, invernagem, engorda ou extração de 
matérias-primas de origem animal, mediante partilha de riscos do caso 
fortuito ou força maior do empreendimento rural, e dos frutos, 
produtos ou lucros havidos nas proporções que estipularem, 
observados os limites percentuais da lei, variações de preço dos frutos 
obtidos na exploração do empreendimento rural. 
 
• Trabalho Voluntário 
Atividade não remunerada prestada por pessoa física a entidade pública 
de qualquer natureza ou a instituição privada de fins não lucrativos que 
tenha objetivos civis, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou 
de assistência à pessoa. (Lei 9.608, de 18/02/1998). 
 
• Contrato de Comissão 
Aquisição ou Venda de Bens pelo Comissário, em seu próprio nome, à 
conta do Comitente. (Arts. 693 a 709 CC). 
O comissário deve agir com cuidado e diligência, para evitar prejuízos ao 
comitente, bem como lhe proporcionar o lucro razoavelmente 
esperado. 
O comissário não responde pela insolvência das pessoas com quem 
contratar, salvo nos casos de culpa ou se contiver no contrato a cláusula 
del credere, segundo a qual o Comissário responde solidariamente com 
as pessoas com que tiver contratado. 
 
• Contratos de agência e distribuição 
Pelo Contrato de agência, uma pessoa assume, em caráter não eventual 
e sem vínculo de dependência, a obrigação de promover, à conta de 
outra, mediante retribuição, a realização de certos negócios, em zona 
determinada, caracterizando-se a distribuição quando o agente tiver à 
sua disposição a coisa a ser negociada. (Art. 71 CC) 
 
Art. 710. Pelo contrato de agência, uma pessoa assume, em caráter não 
eventual e sem vínculos de dependência, a obrigação de promover, à 
conta de outra, mediante retribuição, a realização de certos negócios, 
em zona determinada, caracterizando-se a distribuição quando o agente 
tiver à sua disposição a coisa a ser negociada. 
Parágrafo único. O proponente pode conferir poderes ao agente para 
que este o represente na conclusão dos contratos. 
 
• Contrato de corretagem 
Uma pessoa, não ligada a outra em virtude de mandato, de prestação 
de serviços ou por qualquer relação de dependência, obriga-se a obter 
para a segunda um ou negócios, conforme instruções recebidas. (Arts. 
772 a 729 CC) 
➢ Modalidades de contratos de trabalho 
• Quanto à espécie: Contrato individual de trabalho (art. 442 CLT) ou 
Contrato coletivo de trabalho (art. 611 CLT); 
• Quanto à duração: Contrato por tempo determinado (Art. 443, §§ 1° e 
2°) ou Contrato por tempo indeterminado (Art. 443, caput); 
• Quanto à Qualidade do trabalho: Manual, Técnico ou Intelectual; 
• Quanto à manifestação de vontade: Tácito ou Expresso (Art. 442); 
• Quanto à forma: Verbal ou por escrito (Art. 43); 
• Quanto ao fim econômico do empregador: Lucrativo ou não; 
• Quanto aos sujeitos: Contrato individual ou de equipe; 
• Quanto ao lugar da prestação: Em domicílio ou a distância ou em local 
designado pelo empregador; 
• Quanto ao modo de remuneração: Salário fixo, salário variável, salário 
fixo e variável. 
 
 
• Contrato por tempo indeterminado 
É o que se realiza semfixação prévia de sua duração. É a regra. 
 
• Contrato por tempo determinado 
Possui termo final fixado: celebrado para realização de obra certa; para 
durar até o advento de fato suscetível de previsão aproximada. Deve ser 
escrito e com prazo máximo de 2 anos. 
 
▪ Espécies: 
1. Contrato por obra certa; 
2. Contrato de safra; 
3. Contrato de experiência; 
4. Contrato a prazo certo; 
5. Contrato do técnico estrangeiro; 
6. Contrato de atleta profissional; 
7. Contrato de artistas; 
8. Contrato de aprendizagem. 
 
▪ Validade do contrato por tempo determinado: 
1. Serviço cuja natureza ou transitoriedade justifiquem a 
predeterminação do prazo; 
2. Atividade empresarias de caráter transitório; 
3. Contrato de experiência – celebrado sob condição 
resolutiva, deve ser escrito e anotado na CTPS, com período 
inferior e prorrogado uma única vez, desde que não 
ultrapasse 90 dias. 
 
• Contrato por safra ou por temporada 
O contrato por safra tem sua duração dependente de variações 
estacionais da atividade agrária, entre o preparo do solo para o cultivo e 
a colheita. Já o contrato por temporada, também chamado sazonal 
abarca a atividade pecuária e a indústria rural, compreendendo tanto 
períodos curtos (colheita) como períodos extensos (entressafra). 
• Contrato a prazo previsto na lei 9.601/98 
Celebração de contrato mediante convenções e acordos coletivos de 
trabalho em qualquer atividade desenvolvida pela empresa ou 
estabelecimento, para admissões que representem acréscimo no 
número de empregados. 
 
• Contrato de aprendizagem 
É o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo 
determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao 
maior de 14 anos e menor de 24 anos inscritos no programa de 
aprendizagem formação técnico-profissional metódica, compatível com 
o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz a 
executar com zelo e diligência as tarefas necessárias a essa formação. 
(Art. 428 CLT). 
 
• Contrato de trabalho intermitente 
Contrato de trabalho no qual a prestação de serviços com subordinação, 
não é contínua, ocorrendo com alternância de períodos de prestação de 
serviços e de inatividade, determinados em horas, dias ou meses, 
independentemente do tipo de atividade do empregado e do 
empregador, exceto para os aeronautas, regidos por lei própria. 
 
➢ Contrato de trabalho temporário e terceirização 
• Contrato de trabalho temporário 
Regramento legal: Lei n° 6.109, de 03/01/1974, com as alterações 
promovidas pelas leis n° 13.429 e 13.467, ambas de 2017. 
Considera-se trabalho temporário aquele prestado por pessoa física 
contratada por uma empresa de trabalho temporário que a coloca à 
disposição de uma empresa tomadora de serviços, para atender à 
necessidade de substituição transitória de pessoal permanente ou à 
demanda complementar de serviços. 
Trabalhador temporário é aquele contratado por empresas de trabalho 
temporário, para prestação de serviço destinado a atender a demanda de 
serviços que seja oriunda de fatores imprevisíveis ou, quando decorrente de 
fatores previsíveis, tenha natureza intermitente, periódica ou sazonal de 
determinada empresa. 
Empresa prestadora de serviços contrata, remunera e dirige o trabalho 
realizado por seus trabalhadores, ou subcontrata outras empresas para 
realização desses serviços. 
Art. 4o-A. Considera-se prestação de serviços a terceiros a transferência feita 
pela contratante da execução de quaisquer de suas atividades, inclusive sua 
atividade principal, à pessoa jurídica de direito privado prestadora de 
serviços que possua capacidade econômica compatível com a sua execução. 
A parte final do Art. 4°-A da Lei 6.019/74 expressamente permite a chamada 
terceirização em cadeia, em que a empresa prestadora de serviços 
subcontrata outras empresas para a realização dos serviços contratados pela 
empresa tomadora. 
A rigor, essa hipótese pode se distinguir da quarteirização, na qual certa 
empresa é contratada para administrar e gerir os diversos contratos de 
prestação de serviços mantidos pela empresa contratante. 
O contrato celebrado pela empresa de trabalho temporário e a tomadora de 
serviços será por escrito, ficará à disposição da autoridade fiscalizadora no 
estabelecimento da tomadora de serviços e conterá: 
I. Qualificação das partes; 
II. Especificação do serviço a ser prestado; 
III. Prazo para realização do serviço, quando for o caso; 
IV. Valor. 
O contratante é a pessoa física ou jurídica que celebra contrato com 
empresa de prestação de serviços relacionados a quaisquer de suas 
atividades, inclusive sua atividade principal. 
Obrigações da empresa contratante: Garantir as condições de segurança, 
higiene e salubridade dos trabalhadores, quando o trabalho for realizado em 
suas dependências ou em local por ela designado. 
Prazo: O contrato de trabalho não poderá exceder a vigência ao prazo de 
180 dias, consecutivos ou não, podendo ser prorrogado por até 90 dias, 
consecutivos ou não, além do prazo de 180 dias, quando comprovada a 
manutenção das condições que o ensejaram. 
O trabalhador temporário que cumprir o período estipulado somente 
poderá ser colocado á disposição da mesma tomadora de serviços em novo 
contrato temporário, após noventa dias do término do contrato anterior. 
O empregado que for demitido não poderá prestar serviços para esta 
mesma empresa na qualidade de empregado de empresa prestadora de 
serviços antes do decurso de prazo de dezoito meses, contados a partir da 
demissão do empregado. 
Essas regras combatem a “pejotização” (mercantilização do trabalho 
humano. 
Os trabalhadores temporários terão os direitos de receberem remuneração 
dos empregados da mesma categoria da empresa tomadora u clientes 
calculados a base horária, garantindo em qualquer hipótese, a percepção do 
salário mínimo regional, jornada de 8 horas, as horas extraordinárias não 
excedentes de 2, com acréscimo de 20%, férias proporcionais, repouso 
semanal remunerado, adicional de trabalho noturno, indenização por 
dispensa sem justa causa ou termino normal do contrato, correspondente a 
1/12 (um doze avos) do pagamento recebido, seguro contra acidente do 
trabalho, proteção previdenciária, registro na CTPS e Previdência Social na 
condição de temporário. 
Estabilidade da gestante: No dia 18/11/2019, o Pleno do TST firmou a tese 
no sentido que é inaplicável ao regime de trabalho temporário, descrito na 
Lei n° 6.019/74, aa garantia de estabilidade provisória à empregada 
gestante, prevista no artigo 10, inciso II, alínea b, do ADCT. 
Súmula n° 244 do TST: Gestante. Estabilidade Provisória (redação do item III 
alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.201) – Res. 
185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 
[...] 
III – A empregada gestante tem direito à estabilidade provisória prevista no 
art. 10, inciso II, línea “b”, do Ato das Disposições Constitucionais 
Transitórias, mesmo na hipótese de admissão mediante contrato por tempo 
determinado. 
Segundo a Ministra Maria Cristina Peduzzi, o item III da Súmula 244 se refere 
ao contrato de experiência, instituto que tem disciplina na CLT, situação 
diversa do contrato temporário, regido pela lei 6.019/74. Argumentou: 
“No contrato de experiência, existe a expectativa legítima por um contrato 
por prazo indeterminado. No contrato temporário, ocorre hipótese diversa 
– não há perspectiva de indeterminação de prazo.” 
No caso de falência da empresa de trabalho temporário, a empresa 
tomadora ou cliente é solidariamente responsável pela remuneração, 
indenizações e pelo recolhimento das contribuições previdenciárias no 
tempo em que o trabalhador esteve sob suas ordens. 
Os estrangeiros com visto provisório de permanências no Brasil não poderão 
realizar trabalho temporário. (art. 17 da Lei 6.019/74) 
O trabalho temporário passou também ser permitido para o trabalhador 
rural, que agora pode ser terceirizado pela Lei 6.019/74. 
 
 
• Terceirização 
É a transferênciafeita pela contratante (tomador) da execução de quaisquer 
de suas atividades, inclusive sua atividade principal, à pessoa jurídica de 
direito privado prestadora de serviços que possua capacidade econômica 
compatível com a sua execução. 
Admite-se de forma expressa a terceirização de forma ampla, ou seja, de 
quaisquer das atividades da contratante (tomadora), inclusive de sua 
atividade principal. Logo, fica superada a distinção entre atividades – fim e 
atividades – meio, anteriormente adotada pela jurisprudência, como se 
observa na Súmula 331, item III, do TST. 
Assim, antes da Reforma Trabalhista e para que as empresas não 
terceirizassem a atividade principal ou preponderante (atividade-fim), era 
importante que as mesmas observassem o parágrafo 2° do artigo 581 da CLT, 
que assim estabelece: 
“§ 2° Entende-se por atividade preponderante a que caracterizar a unidade 
de produto, operação ou objetivo final, para cuja obtenção todas as demais 
atividades convirjam, exclusivamente, em regime de conexão funcional.” 
Entende-se por atividade-fim da empresa aquela identificada no objeto 
social do contrato social, ou seja, aquela ligada diretamente ao produto final. 
As demais atividades intermediárias, que nada tem em comum com a 
atividade-fim, são consideradas como atividades-meio. 
Entretanto, a lei da Reforma Trabalhista (que vigora desde 11.11.2017) 
trouxe nova redação ao art. 4°-A da Lei 6.019/74. Estabelecendo que 
considera-se prestação de serviços a terceiros a transferência feita pela 
contratante da execução de quaisquer de suas atividades, inclusive sua 
atividade principal (atividade-fim), _a pessoa jurídica de direito privado 
prestadora de serviços que possua capacidade econômica compatível com a 
sua execução. 
SÚMULA N° 331 DO TST: CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. 
LEGALIDADE (nova redação do item IV e inseridos os itens V e VI à redação) 
– Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011 
I. A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, 
formando-se o vínculo diretamente com o tomador dos serviços, 
salvo no caso de trabalho temporário (Lei n° 6.019, de 03.01.1974). 
II. A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa 
interposta, não gera vínculo de emprego com os órgãos da 
Administração Pública direta, indireta ou funcional (art. 37, II, da 
CF/1988). 
III. Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de 
serviços de vigilância (Lei n° 7.102, de 20.06.1983) e de conservação 
e limpeza, bem como a de serviços especializados ligados à atividade-
meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a 
subordinação direta. 
IV. O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do 
empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos 
serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da 
relação processual e conste também do título executivo judicial. 
V. Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta 
respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso 
evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações 
da Lei n° 8.666 de 21.06.1993, especialmente nas fiscalizações do 
cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de 
serviço com empregadora. A aludida responsabilidade não decorre 
de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela 
empresa regularmente contratada. 
VI. A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas 
as verbas decorrentes da condenação referentes ao período da 
prestação laboral. 
➢ Cooperativas de serviços 
São sociedades de pessoas, com forma e natureza jurídica próprias, constituídas 
para prestar serviços aos associados. Elas podem adotar como objeto qualquer 
gênero de serviço, operação ou atividade. 
Art. 442 - Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, 
correspondente à relação de emprego. 
Parágrafo único - Qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade 
cooperativa, não existe vínculo empregatício entre ela e seus associados, nem 
entre estes e os tomadores de serviços daquela. (Incluído pela Lei nº 8.949, de 
9.12.1994) 
 
Distinções na prática o trabalho de um cooperado para um funcionário contratado 
em regime trabalhista: 
 
▪ Não subordinação do associado a ordens do tomador de serviços 
na sua atividade individual; 
▪ Impessoalidade, o serviço a ser prestado na tomadora não deve 
ser exercido sempre e obrigatoriamente pelo mesmo associado, 
mas por funcionários diversos com a mesma qualificação; 
▪ Os cooperadores devem estar cientes de seus diretos e deveres 
inerentes às suas condições – devem ter a mesma identidade 
profissional ou econômica; 
▪ Ausência de remuneração. 
 
A empresa tomadora do serviço não pode ter tido qualquer vínculo com ex-
empregados que ingressam na cooperativa nem com ex-empregados, agora sócios 
fundadores ou Diretores da Cooperativa contratada. Ainda, é vedada a 
contratação da cooperativa com exclusividade. 
 
As cooperativas diferem das demais sociedades por não serem intermediadoras 
de mão-de-obra. A relação entre uma cooperativa e uma empresa que deseja 
tomar os seus serviços deve ser uma relação firmada através de um contrato de 
prestação de serviços, no qual deve ser previsto preço, prazo, quantidade e 
qualidade dos serviços contratados. 
 
O pagamento da contraprestação não é feito diretamente aos cooperados, mas 
sim à cooperativa que deverá realizar ao final do exercício, mediante a realização 
de assembleia, a apuração das “sobras” (receitas maiores que as despesas), que 
serão divididas entre os sócios até o limite do valor da movimentação de cada um, 
ou destinadas ao fortalecimento da cooperativa. 
 
As cooperativas constituídas para prestação de serviços à terceiros atualmente 
são facilmente confundidas pelos juízes do trabalho como uma forma de 
intermediação ilegal de mão-de-obra, contrariando o disposto no parágrafo único 
do artigo 442 da CLT muito em razão de um histórico fraudulento dessa 
modalidade de reunião de pessoas para o desenvolvimento de alguma atividade 
remunerada. 
 
A tese levantada pela maioria dos cooperados é considerada por muitos 
julgadores para declarar o vínculo empregatício é no sentido de ter ocorrido vício 
de vontade quando da adesão ao cooperativismo. 
 
O reconhecimento do vínculo empregatício importa na nulidade do contrato de 
adesão à cooperativa, na consideração da cooperativa de trabalho como 
fraudulenta, bem como na condenação do tomador do serviço em reconhecer o 
vínculo empregatício formalmente com anotação na carteira de trabalho e 
pagamento das verbas trabalhistas não recebidas a esse título.

Continue navegando