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Uma licença ambiental é uma licença administrativa concedida pelo Poder Executivo, seja ele federal, estadual, distrital ou municipal. As licenças são concessões do Estado principalmente de forma preventiva permitindo a execução de atividades que legalmente a elas estejam sujeitas. Tratam-se de ferramentas de gestão pública que permitem à administração a obtenção de controle preventivo e adequação às exigências pré-estabelecidas à atividade. Para o Hely Lopes Meirelles, (MEIRELLES, 1999, p. 170): Licença é o ato administrativo vinculado e definitivo pelo qual o Poder Público, verificando que o interessado atendeu a todas as exigências legais, faculta-lhe o desempenho de atividades ou a realização de fatos materiais antes vedados ao particular, como, por exemplo, o exercício de uma profissão, a construção de um edifício em terreno próprio. Já Celso Antônio Bandeira de Mello, (MELLO, 2006, P. 418) afirma que: Licença é o ato vinculado, unilateral, pelo qual a Administração faculta a alguém o exercício de uma atividade, uma vez demonstrado pelo interessado o preenchimento dos requisitos legais exigidos. Pode-se conceituar, ainda, que a licença é o ato vinculado, pelo qual a administração pública se vê obrigada a concedê-la a todos aqueles que cumpram os requisitos pré-estabelecidos para sua obtenção e desejem, facultativamente, exercer a atividade objeto da licença. As licenças são atos da administração onde, por um lado há a obrigatoriedade da concessão pelo Estado a aqueles que cumprirem com os requisitos e, por outro lado, a faculdade do interessado em exercer ou não determinada atividade sujeita à licença. Importa ressaltar que a faculdade está no exercício da atividade e nunca na obtenção da licença, a qual, será obrigatória sempre que haja o exercício da referida atividade. Vale destacar, por exemplo, uma diferença crucial existente entre as licenças e as autorizações, onde a estas está permitida a discricionariedade da concedente, o que, como já dito, não ocorre com aquelas. Por discricionariedade, entende-se a possibilidade de analisar criticamente a oportunidade e viabilidade de determinada decisão. No caso das autorizações, mesmo cumprindo aquilo que seja necessário, a administração poderá negá-las com fundamento em seu poder discricionário. Com as licenças, não.
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