Buscar

Aula 01 - (19_02) - BARRETO, M F M CAP 1 - Dinâmica de grupo_ breve histórico In Dinâmica de grupo_ história, prática e vivências

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

, 
\ 
51 
l 
/ 
\ 
, 
/ 
, 
/ 
{3)~ CI ~ rJ Mt@iffl!EJ 
~ ~ DiffiOOllff ~ ~ ~ 
) l l 
/ 
I 
-
,,, 
1 
111 11111111 
[ 23489839] 
5 Edição 
revisada e amp1iada 
Dinâmica de Grupo 
história, prática e vivências 
organizadora 
Maria Fernanda Mazziotti Barreto 
A 
~ '7 
Jr~ 
Alínea 
ED ITOR A 
.~.ss0ciaçàc1 IJnificada Pau!ist? de 
Cn~,:-i: RenMôdO Obie:ivo . As~uo~ro 
l 113 ta-! MI.o dE Chamada 
l J ~o!.,.. \$\ 
• ?\\\O~?~~~ ~ c-=\:>Ó 
·r ... 1 m D 0 Registrado oor 
Sumário 
Prefácio ..... .. ......................... ..... .......... ............. ....................................... 7 
Apresentação ................................ .................. ............... ........... .. ........... 11 
Capítulo I 
D. A • d G b h'sto' ·co l" 1nam1ca e rupo: reve 1 r1 . . . . . . . . . .. .. . ....... .. .. . ..... .. .. . . . ...... .. . .. .. .. .J 
Maria Fernanda Ma=ziotti Barreto 
Capítulo II 
Dinâmica de Grupo: o processo ensino-aprendizagem ... .. ... .......... ....... 31 
Maria Fernanda Mazziotti Barreto 
Capítulo III 
Psícodrama e Dinâmica de Grupo: recriando possibilidades 
para o ensino de psicologia na universidade ........... ...... .. .. .................... 55 
Li/iana Aparecida de Lima 
Capítulo IV 
Prática de F onn ação: 
relações i t · ~ ~ · ·t , · 85 n erpessoais e 1ormaçao umvers1 ana ..... .. ............ ...... .......... . 
Isabel Cristina Dib Bariani 
.Cae]tulo 1 
- -
Dinâmica de Grupo 
Breve histórico 
Maria Fernando Mozziotti Barreto 
F azer um levantamento histórico da Dinâmica de Grupo é neces-sário, a fim que se possa entender os seus fundamentos. Através 
do conhecimento de como se desenvolveu, que caminhos percorreram 
os teóricos que se interessavam pelo estudo da natureza dos grupos e 
de seus fenômenos e quais eram seus objetivos, 
pode-se avaliar a sua importância hoje, seja para a 
compreensão do comportamento grupal, seja para 
a sua aplicação. 
A temática dos grupos sociais foi objeto da 
preocupação dos sociólogos desde os primórdios 
da sociologia, embora com distinções a respeito 
de diferentes tipos de grupos e da preocupação 
com a análise das características essenciais dos 
grupos humanos, tendo, por pano de fundo, as 
antigas especulações dos filósofos sobre tal terna. 
A pesquisa e a teorização dos grupos à luz da 
Psicologia, por sua vez, são mais tardias e decor-
Fazer um 
levantamento 
histórico da 
Dinâmica de Grupo 
é necessário, 
para que se possa 
entender os seus 
fundamentos 
e avaliar a sua 
importância e 
aplicação. 
16 Dinâmica de Grupo 
P
rincipalmente, dos empenhos do Psicólogo Social alem;.: 
rem. ao, Kun 
Lewin. 
Foi em 1936 que, com Kurt Lewin, surgiu, nos Estados U . 
. . n1dos 
a Dinâmica de Grupo como campo de pesquisa. Aliás, foi Lewin ' 
. . . d G .. . . . quern 
introduziu O tenno Dmam1ca e rupo nas c,enc,as sociais. Este. lnteres 
Sava-se. mais particulannente, em conhecer, através de pesqu· · . . . . isas corn 
Pequenos grupos, os macrofenomenos sociais (Cartwright & z ander 
1967; Mailhiot, 1991). ' 
Kurt Lewin era alemão de origem, nascido na cidade de M . 
og,lno. 
em 9 de setembro de 1890, e por ser de uma família judia desd · 
' e cedo 
entrou em contato com o que se tornou, para ele, tema de seus estud 
osªº 
lonoo da vida: a minoria e suas consequências. 
::, 
Estudou nas Universidades de Friburgo, Munique e Berlim 
doutorando-se em Psicologia nesta última, em 1914, sob a orientação d~ 
Carl Stumpf, diretor do Laboratório de Psicologia dessa Universidade. 
Lewin estudou também matemática e fisica. Admitido como professor 
da Universidade de Berlim, fez parte do grupo de psicólogos gene-
ricamente designados como gestaltistas; realizou pesquisas sobre 
associação e motivação e começou a desenvolver suas concepções a 
propósito da teoria de campo. As ameaças do nazismo, no entanto, 
en~o em expansão na Alemanha, fizeram com que Lewin emigrasse 
para os Estados Unidos, em 1935, sendo acolhido primeiramente pela 
Universidade de Iowa. Suas pesquisas nas áreas de Psicologia Social e 
Desenvolvimento Humano granjearam-lhe grande prestígio nos meios 
académ icos. 
Datam da segunda metade dos ano!> 30 as suas investigações, que 
redundariam no nascimento e na expansão do movimento de Dinâmica 
de Grupo, primeiro nos EUA e, pow:riormente, em escala mundial. 
Entre os trabalhos de Lewin geralmente apontados como decisivos 
ne;:>e S<,.-n tido, figuram a pesquisa experimental de Dinâmica de Grupo 
realizada com Ronald Líppítt sobre autocracía e democracia, publícada 
riã reví!:ta Súcfome1ry, em 1938. Nesta, os resultados mostraram que 
no<; grupo:, democní.tíc:o!> c1 orígínalídade dos indivíduos, o sentímento 
d~ nób e a cc,operaçiío entre seu~ membros eram muito maiores que nos 
grlJIVY., c:uí,, lt'd ' , ' 
, ... ~ ~v crera autoc:r~tJco. Nes tes últímos, quando era necessa-
Dinâmica de Grupo 1 7 
.. antes se reuniam em subgrupos 
. balho cooperativo, os part1c1p 1 !'der Já nos grupos demo-
no um tra d d ordem pe o 1 . 
apenas quando se lhes era a a a, ea e durava o dobro do tempo que a 
'ão era espontan 
crátícos, esta reuni . 
dos grupos autocráticos~ em colaboração com Lippitt e White, sobre um 
Seu famoso rela! ' . '·climas _ - - - - - - - - - - - - - - -
rtamento agressivo em 
estudo de compo . 
1 
ente'' foi divulgado, 
sociais criados expenmenta m , 
I ol'Social p5ychology. 
em 1939, no Journa 'l rta-
Esse estudo visava conhecer o compo .. 
como um todo e de cada part1c1-
mento do grupo . 1 sob a influência de diversos 
Pante em especia ' 1 F ' fi a orupa oram . os de liderança ou de atmos er ~ . 
t1p tmosferas demo-
Nos grupos 
democráticos 
a originalidade 
dos indivíduos, o 
sentimento de nós e 
a cooperação entre 
seus membros eram críadas, experimentalmente, a . 
cráticas, autocráticas e laissez-faire em grupos muito maiores 
de crianças, nos quais se tentou assegurar_ uma que nos grupos 
comparabilidade ínicial através de teste ~oc10mé- cujo líder era 
trico, observações, escolaridade, entrevista com autocrático. 
professores e com as próprias crianças, al~m de - - - - - - - - -
serem utilizadas as mesmas atividades coletivas e 
0 
mesmo ambiente físico. Os diferentes tipos de liderança, no entanto, 
não foram criados com a intenção de se reproduzir os existentes na socie-
dade. A investigação pretendia descobrir as variações de comportamento 
do líder e, conforme já descrito, sua influência no comportamento grupal 
e de cada um dos membros do grupo. Ou seja, visava-se criar ambientes 
para apreender a subjacente Dinâmica de Grupo. Segundo Cartwright e 
Zander ( 1967), esta parece ter sido a primeira vez que Lewin utilizou o termo 
Dinâmica de Grupo (p. 35). 
Tal trabalho mostra como crianças de grupos cuja liderança era 
autocrática, que se mostravam bastante submissas a esse tipo de líder, 
reagiam agressivamente quando recebiam um líder mais liberal. Ainda 
sob a liderança autocrática, em alguns momentos. reagiam agressiva-
mente uns com os outros ou com o material de trabalho, mas sempre 
que surgia alguma dificuldade, ape lavam para o líder em busca de solu-
ção. Sob a liderança /aissez-faire. os comportamentos agressivos entre os 
membros do grupo eram ai nda mais intensos. Eventualmente, reuniam-
18 Dinâmica de Grupo 
-se alauns deles para a execução de uma tarefa, mas em 
::, ~e~ 
de tempo essa união e a colaboração cediam lugar ao trabalb . 0 espaço 
. . J. d . . o IsoJad cada um dos part1c1pantes. a no grupo emocrat,co no o d 
' quaJ as d e 
eram tomadas em conjunto, líder e crianças. buscando u ecisôe 
ma solu s 
satisfizesse a todos, houve momentos de tensão, porém Çào que 
. , a agress· . 
ocorrida nunca se personalizou a ponto de criar um "bod . IV1dade 
e expiat .. 
Poderiamos aqui nos estender mais sobre os resultados d ºno''. 
· b' . A ' ~~~ sa, porém, não e esse nosso o ~etivo. Intenção é de em . . squj. 
' Pnmeir01 apontar uma pequena parte de wn trabalho considerado relev ugéll', 
marco históricodo nascimento da Dinâmica de Grupo N ante corno 
, . · o entanto , 
pode também deixar de destacar que esses climas de gru +'. ' nao se 
::. po iorarn e . 
artificialmente, o que, não necessariamente. corresponde . . nados 
. . · a reahdade 
O monitor, tremado para executar o papel de l 'd · 
. 1 er autorit . . 
determmava as tarefas ou os passos a serem executad ano, 
os, um a urn 
explicitar-lhes os objetivos, sem se preocupar com ' sern 
. o seu progress 
com o aperfeiçoamento da maneira pela qual os parf . 0 ou 
1c1pantes a real' 
vam. O comportamento que mantinha com maior ob ti ~ iza. 
s naçao era o d 
------------ -- - - - - - exercer o domínio sobre os seus comand d e 
a os Por 
outro lado, o líder democrático apre . Esses dois tipos 
de liderança, a 
autoritária e a 
democrática 
I 
quando exercidas 
na sociedade, não 
são tão simples de 
se realizar. 
sentava um 
comportamento amistoso e amável . . 
- ' evitava s1tua-
çoes de confronto e mesmo de diticuld d 
a es entre 
os membros, e entre estes e a tarefa a ser ex 
da E d • ecuta-
. sses ois tipos de liderança, a autoritária 
dem ·r e a 
ocra ica, quando exercidas na sociedad -
são e · e, nao ao simples de se realizar. 
. . Os seus esforços pioneiros de investigação 
c1ent1fica, confonne relatados até aqui fizeram 
. com que Lewin fi . ' 
organizar e dirioir o . . osse convidado, em 1944 para 
ó pnmerro centro de . . - ' 
no MJT (Massachusetts lnst'tu pesquisas em Dmamica de Grupo 
Após I te 0fTechnology) 
. sua morte, em 1947 ::, . 
Dy
Unive~idade de Michigan em A, o centro por ele criado mudou-se para a 
nam1cs" · nn Arbor O ''R 
:za • e uma divisão do .,1 . · esearch Center of Group çao autôno nstitute for s • 1 en . ma dentro da Univ .d oc1a Research", organi-
smo e aplica ã ers1 ade. Seus 
ç O se baseiam em . . . programas de pesquisa. 
pnnc1p10s de Din - . , 
am1ca de Grupo que 
Dinâmica de Grupo 19 
t belecidos independentemente dos propósitos das ativida-
podem ser es a (Krech Crutchfield & Ballachey, 1962; Ross, 
des específicas dos grupos ' . ) 
·tz 1966· Schultz, 1969; Gauquelm, J 984 . 
Alexander & Basow1 ' , . t 
d la
·ss1·cos de Lewin por sua vez, foram , postenom1en e 
Os estu os c ' 1 · 
. d . 1· os· Fie/d theo,y in the social science e Resa vrng 
resumidos em ois ivr . 
social conjlicts. B k (1984) 
Ao se historiarem as origens da Dinâmica de Gi:upo'. ac 
. 1 . d relevância da contribuição de outros p10nerros: os expe-
assma a am a a , . d 
rimentos de Mayo e Roethlisberger sobre grupos numa fabnca'. os e 
. fl't num grupo de acampamento e desenvolvimento Shenf sobre con I os 
de padrões grupais, e os estudos sociométricos de Moreno com ~upos 
·d · · A· da de acordo com Back os pioneiros citados cnaram res1 enc1a1s. m ' 
diferentes técnicas de pesquisa e contribuíram para propor diferentes 
locais ou contextos em que a Dinâmica de Grupo podia ser pesquisada. 
A Dinâmica de Grupo foi, assim, se desenvolvendo, tomando-
-se um campo de pesquisa, quer realizadas em laboratório, quer em 
campo, com o objetivo de estabelecer a relação de causa e efeito entre 
os fenômenos grupais e. desta forma, poder predizer sob que condições 
tais comportamentos podem ocorrer. Além disso, evoluiu também como 
campo de aplicação relacionado a uma larga variedade de problemas e 
contextos, evolução que se acha sintetizada em Zander ( 1979). Tal evolu-
ção ganhou a fonna de diferentes abordagens e uma grande multiplicida-
de de aspectos variáveis e direções de pesquisa, os quais fundamentam o 
trabalho dos que se dedicam ao seu estudo e à sua aplicação. 
Em uma de suas contribuições para o estabelecimento da 
Dinâmica de Grupo como área de pesquisa, teorização e aplicação, Kurt 
Lewin assinalou que: 
Ainda que o trabalho de investigação científica dos grupos tenha 
poucos anos, eu não hesito em predizer que o trabalho de grupos 
- isto é lidar com seres humanos não como indivíduos isolados, 
mas no meio de grupos sociais - será em breve um dos mais 
importantes campos teóricos e práticos ... Não é possível criar 
um mundo melhor sem uma compreensão científica profunda da 
função de liderança e da cultura e de outros aspectos essenciais 
da vida grupal (Lewin apud Zander, 1979, p. 418). 
20 Dinâm ica d~ Grupo 
A evolução da literalllra sobre Dinâmica de Gru . 
979) . 1 . Po. a,nd do com Zander (I , mc u, textos precursores sob a de ac 
re aspect or. 
gicos do grupo, que retrocedem até 1890. Mas a ex os Psico/ . 
pansão efi . o. 
lircratura só ocorre a partir da década de 1940, após . et,va dess 
os artigos d a 
O casal Knowles (1967), por sua vez exp e le1l'in 
, ressa sua s . 
conslatar que. apesar de o desenvolvimento do home Urpresa ao 
m se dar e 
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - o esllJdo da vida em pequ rn l5rupos "/ j . enos grupos ó , 
1 ... /Jdar com seres após séculos de es11Jdo dos s se deu 
- aspectos ma . 
humanos nao como da organização social. rs amplos 
individuas isolados, 
mas no meio de 
grupos sociais" 
(Lewin). 
O texto de KnowJes e KnowJ 
1 ? 19 . es, nas Pá . nas -- , crta filósofos europ g,. 
eus que n fi 
do século XVII, começaram a ' 0 ma/ 
. especular sobr 
natureza social do homem e sob e a 
re a relação 
-- -· · · - - · · - - - - - - - - - o indivíduo e a coletividade M . entre 
· enc1ona • d 
Comre e Spencer como os primeiros socióJooos ' am a, 
::o que, no século XIX 
passaram a eswdar movimentos de massa e com rt ' 
. po amentos coJet' 
acrescentando que for apenas na virada do sé / . , . rvos, 
, , cu o e no micro do é J 
XX que sociólogos começaram a se interessar J s cu o 
. pe os processos e 
n1smos de controle social exercidos pelo meca-
. . s pequenos grupos. 
As pnme1ras pesquisas experimentais tinham s d 
Borgana e Bales (apud Knowles & KnowJes 1967) ' egun o Hare, 
1 . 1 d . , como tema o c tr e soc,a o componamenro. ' on o-
O casal Know/es também cita Li d 
estudo especulativo dos s . ·1 n eman que, em 1920, desafiou o 
oc10 ogos propondo um 't d 
pesquisar grupos funcionais. ' me o o empírico para 
v·. 
anos estudos relevantes sobre 
de problemas d1·agn . . processos grupais como solução 
· osuco de p bl 
controle dos grupos e outros fei,;o emas. humanos nas organizações, 
Kolb e Warson, são citad ' s por El/101 e Sheffield, Follet, Freud 
vos da lit os por Know/es e Kn 1 ' 
_erarura de pesquisa típ . d ow es, como representati-
Amda nessa . ica os anos 20. 
l.tristicas de r epoca, numerosos estud 
mesmos iderança, embora pouc os foram feitos sobre carac-
. as conclusõe h 
E s ten am resultado dos 01re1an10 peq • apenas 
uenos YllP<>s co a Panir de J 930 é 
rneçou a tomar vuJ que o es11Jdo científico de 
to e deu-se a . 
criação de inúmeros 
Dinãmica de Grupo 21 
. ficamente para a ínvestígação dos 
. a voltados, cspec1 i . . d 
centros de pcsqu1s t aumento da literatura a respeito os 
. m consequen e 
fenômenos grupais co 
1 & Knowles. 1967). mesmos (K now cs b quentes à Seounda Grande Guerra um 
• da nos anos su se - "' . 
Houve. am . dos Unidos para a ímplementação de pesquisas 
J' favorável nos Es ta 
c ,rna ' . . . . de Grnpo, bem como uma - - - - - - - - - - - - - - - - -
no campo de D111am1ca . d t · 
• . de ínteresses. quer da sociedade e Apenas a par ir 
convergenc1a . ' . . . d 
d tcndêncías nas c1enc1as socia is. de 1930 eu-se fonna oeral, quer e 
::oG Federal como o mundo dos negó- a criação de Tanto o ovemo . 
. lé de ínstituições acadêmicac;, apoiaram inúmeros centros de 
CIOS, a 111 . . 
· te pesquisas que propiciaram O aper- p,,,squiso voltados finance1ramen . 1. 
feiçoamento das relações humanas (Cartwnght & especificamente 
zander, 1967). . . poro o investigação 
Zander ( 1979) nos relata que o clima v1v1do dos fenômenos 
40 de domínio das ditaduras europeias nos anos , grupois. 
que favoreciam a agressão internacional, e da forte - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
depressão econômica mundial, exigia das nações . . 
democráticas uma ação mais eficaz. Para tanto, muitos pensadorespedi-
ram mais pesquisas para o fortalecimento da democracia. Assim. 
Os cientistas, especialmente psicólogos sociais, começaram a 
conduzir estudos sobre discussão de grupo, produtividade de 
grupo, mudança de atitude ou problemas na liderança, e a testar 
suas teorias em programas de pesquisas. Por causa dos testes 
das teorias serem feitos através de experimentos controlados, 
o número de investigações de laboratório (necessariamente. 
com grupos relativamente pequenos) aumentou grandemente. 
Muitos estudiosos naqueles tempos acreditavam firmemente 
que o trabalho experimental logo forneceria maneiras de fortale-
cer os métodos democráticos (p. 419) . 
Paralelamente, uma outra abordagem surgiu nos anos 40, com 
o objetivo de aperfeiçoar os processos democráticos. Conhecido como 
111ovime1110 de "re/(tções l111ma11as", teve como foco principal o 
Laboratório Nacional de Treinamento em Desenvolvimento de Grupo 
nos EUA, fundado, em 194 7. com a ajuda do Centro de Pesquisa de 
Dinâmica de Grupo. 
22 Dinâmica de Grupo 
O ·todo exioia que cada participante examinasse e d' me t, 1scur 
d maneira bastante aberta, dentro do seu próprio 1sse 
eventos e grupo 1: 
d·mento por sua vez, gerou uma fonna de aconselhament · ai proce 1 , - . o Para 
0 . . antes e a ênfase na compreensão de s1 mesmo cheoou até s 
parnc1p º a desI 
líl. teresse inicial por grupos. Os adeptos dessa abordaoem 
0
-
car o ~ . 0 Prática 
desenvolveram, então, uma compreensao especial do valor dos eh 
d s ''!!Tupos de sensibilidade"' e "grupos de encontro", não base dama. o t> • a a elll 
resultados ·de pesquisa. 
Os principais aspectos considerados nesta última orient ~ 
. . . açao de 
trabalho com grupos (de sens_1b1hda~e e d_e ~ncontro), assim coino as 
Controvérsias e os problemas hgados a avahaçao de seus resultado • s, tem 
sido objeto de várias revisões detalhadas, entre as quais as de Moscovici 
( 1965, 1985). 
De acordo com Phares (1979), o movimento de encontro su . rg1u 
em meados do século XX, a partir dos grupos de treinamento em relações 
humanas (grupos T) e da Dinâmica de Grupo. Lewin organizou os Primei-
ros grupos T, em 1946, em virtude da necessidade de ajudar líderes comu-
nitários nos EUA a compreender e a aplicar dispositivos legais referentes 
à igualdade de oportunidades de trabalho. Foram organizados grupos de 
dez membros cada um, que passaram, então, a se reunir e a interagir por 
meio de discussão em grupo, role-playing e treinamento em soluções 
alternativas. Os líderes dos grupos, por sua vez, logo perceberam a vanta-
gem de compartilhar suas observações e análises do que acontecia durante 
as reuniões, além de apresentar essas observações e análises aos membros 
de cada grupo, a fim de ajudá-los a melhorar as relações humanas. 
Como resultado dessas experiências, deu-se a fundação dos 
"National Training Laboratories" (NTL), em 1950, que desempenharam 
um papel decisivo na intensificação do trabalho em Dinâmica de Grupo 
com o uso quase terapêutico junto a pessoas "nonnais". Os grupos T, 
sob a liderança dos NTL antes mencionados, passaram a ser um veículo 
importante de crescimento pessoal e autoconsciência e à influência da 
Dinâmica de grupo lewiniana foram acrescidas as ideias humru1ísticas 
de Rogers e Maslow e, mais tarde, gestálticas (Perls) e transacionais 
(Beme), de modo que os grupos T se converteram. em grande parte, em 
grupos de encontro e grupos de sensibilidade (pp. 431-432). 
Dinâmica de Grupo 23 
ões sobre o trabalho com 
d.D rentes concepç · J • rico 
Atualmente, há 1 e etodologia e o referencia teo 
. de acordo com a m 
os que vanam 
grup . . Z nder ( 1967) propõem 
adotados. tradicional, Cartwnght e a 
Numa abordagem 
Dinâmica de Grupo 
que a . d d' cado ao conhecimen-
o de pesquisa e , 1 
defina como um camp das leis de seu desenvo -
se reza dos grupos, 
to progressivo da natu - m indivíduos, outros grupos e 
. ter-relaçoes co 
vimento_e de s~as in las. Pode ser identificada por quatro carac-
instituiçoes mais amp 
terísticas distintivas: . 'rica teoricamente signifi-
ação da pesquisa emp1 ' 
a) uma acentu 
cativa; . , . e pela interdependência entre os 
b) um interesse pela dinam1ca 
fenômenos; das as ciências sociais; e 
, ·a geral para to 
c) uma importanc1 . 1 d resultados nas tentativas de 
. bT d de potencia os . d' d) a aplica , , a qüências nos in ,_ 
. balho dos grupos e suas conse 
aperfeiçoar o tra 
víduos e na sociedade (p. 1 O). 
Numa abordagem dialética, Lapassade (1977) vê que a 
Dinâmica de Grupo leva, na realidade, a uma dialética dos grupos. 
re o do termo dialética justifica-se desde que por ele se 
O emp g d - pre recome-
entenda uma lógica do inacabamento, a açao sem 
çada (p. 227). 
· amais che0 a-
Seoundo ele, o grupo se organiza num processo que J º . 
0 
• d d Essa organi-
rá a uma totalização, não havendo matunda e os grupos. . . 
Se da. no movimento do grupo contra a senahdade, zação, por sua vez, 
isto é, na fusão. . 
Lane (1985), numa visão materialista histórica, entretanto, diz 
que 
o estudo de pequenos grupos se torna necessário para en~e~-
dermos a relação indivíduo-sociedade, pois é o grupo cond1çao 
para que ele supere a sua natureza individualista, se tornando um 
agente consciente na produção da história social (p. 90). 
2 4 Dinâmica de Grupo 
Os últimos anos testemunharam pr e: o,undas tra 
caráter mundial. com desdobramentos e im 1. nsfonnaçõ . P icações e es d 
todos os setores, afetando a sociedade em esc 1 • m Pl"atica e . a a sensrveln lller11e 
que no passado, confonne reo1strnm os est d' 
1
en1e ma· • t> u rosos da I iord 
global'', "sociedade infonnatizada'' e ·'socied d d iova "soe; d 
0 
a e asmud e Ude 
(Ohmae. 1991: Cetron & Davies 1989 199 I . N . . anças de p d ' ' , a1sb1t1 &A O er" 
Tofller. 1991: Drucker. 1989 199?) Ainda ã burdene ,99 ' - . n o se acham b ' O· 
nesse novo contexto mundial de mudanças . em definict ' . . nas sociedades os, 
a D111âm1ca de Grupo poderá tomar mas é 11 . ' os rurnos . . , • crto supor que . que 
limiar de sénas revisões e transformações t b e
5
leJarn0s . . . , . am ém neste e no 
os 111dícros d1spon1vers apontam para 8 1·rite 'fi ontexto po· , . . ' nsr reação da im , ' rs 
relevanc1a soem! das pesquisas a esse respeito. portancia e da 
No Brasil, mesmo antes do surgimento fí· • 1 . ól . . o ,era da pr fi 
ps1c ogo e dos pnme1ros cursos superiore t· . o issão de . s on11a1s de Psi . 
pais. eram realizados cursos, seminários e: ·ê . . colog1a no 
d 
. . ' con,e, "ncras et 
e D111âm1ca de Grupo. Sabe-se por exe 1 . e. a respeito d . ' , mp o, que no micio d 
e 1960, entidades como O Centro de p.. 1 . . a década 1 • • s1co ogra Aplicada . 
· uneiro. promoviam seminários de o· , . ' no Rio de 111a1111ca de Grupo p . 
sob a coordenaçao de Pierre Wer·1 1 d e srcodrama ' va en o-se de Lé . ' 
como Inspiradas no T Group de B h I cn,cas anunciadas et e e no Pslcodrama de M 
são feitos nos Estados Unidos F oreno, tal como e na rança (CEPA 1963) E 
rem documentos que provem oco 1 ·á .· é , . nquanto não surgi-
. n, "º· bem pos ·' ·I 
sido o pioneiro. no pais. na introd ·"' d· . . srve que Weil tenha · uçao u D111â111rca de G. 
Data igualmente desse 111 , 'upo. d'~ , · esmo período a bl' 11und1u as noções de .. 
1 
b . . , pu 1caçno ele obra que 
u orntóno de s ' r . ·1 Td 1 ,. munento de sensibilidad , . . e is, " r uc e ' centradas no Irei-
. . ' e socwl, de grupo T d 1. r. assmnda pel11 Professo .. F 1 . ' e e mamica interpesso·il 
di ,• r . ic1 e a Moscovici qu ' , sc1p inu Dmâmicu de G. . ' e passou a se encarregar da 
da Funduçno Getú lio Varg'~'t'1"º,>~urso de Pós-graduaçOo em Psicologia 
A 1 
, 'o ·-iode Jan , · . (M . 
o ongo do ct , ·. . ' CIIO oscov,ci 1965) 
Zllçn . csenvolv11ncnt d· , ' . 
rnm od~· d~ ensino de Dinâmica de Gº· d pr~trcu, por sua vez, da leori-
' ncc1011 d rupo d1fe· acord nn ou utuaçao do pror , , rentes concepções surgi-
o com a CP . 1ss ronal que t • 1 11 
st• reterei cnça cin cadn umade , . , 
10 
)O 
18 
neste campo d!.! 
a um tipo de ld SSclS COllCCp '~ • f> 
e diraçAo d oologla polítl çc cs. ara alguns, elo 
os grupos· ca, Interessada ' pura outros . ' nas formas de organização 
• 1 e,ere-se ~ " um con) d unto e técnicas, tais 
Dinâmica de Grupo 25 
ho de papéis, discussões, observação e feedback de processos 
corno o desernpen 
1 
, os· ou ainda para outros 
co etrv , ' 
rnp
o de pesquisa dedicado a obter conhecimen-
reíere-se a um ca . ·to da natureza dos grupos, das leis, de seu desenvolVl· 
to a respe1 
d Uas 
inter-relações com os indivíduos. outros grupos e 
rnento e e s . . - s rna1·s amplas (Cartwright & Zander, 1967, p. 5). 
instrturçoe 
: Dinâmica de Grupo na formação 
: e no exercício profissional 
1 
Tendo por base, inicialmente, duas contribuições à literatura sobre 
a formação de psicólogos no Brasil, assinadas por Seminério e colabo-
radores ( 1987) e Witter e colaboradores (l 992), é de se destacar o papel 
que a disciplina Dinâmica de Grupo exerce, como parte do currlculo dos 
cursos de graduação em Psicologia. Embora. ainda, ela não seja mencio-
nada nas pesquisas de Seminério et ai. e de Witter et ai., os primeiros 
se referem a um ponto que se relaciona com a teorização, a pesquisa e a 
prática em Dinâmica de Grupo: a expansão da Psicologia comunitária como 
um dos campos aplicativos mais recentes (p. 42). Wítter e colaboradores, por 
sua vez, relatam que, entre as disciplinas incorporadas aos currículos 
cios cursos de graduação em Psicologia, figuram Introdução à Psicologia 
Comunitária, Psicologia Institucional, e Saúde Institucional e do Trabalho (p. 187). 
Depreende-se, desses estudos. a relevância que tem, para o profis-
sional em Psicologia, o conhecimento a respeito não só do trabalho com 
grupos, como das influenc ias que os grupos exercem, quer sobre o indivi-
duo, quer sobre a comunidade ou instituição das quais fazem parte. Como 
ressalta Gauquelin, Kurt Lcwin foi pioneiro a assinalar, com bastante 
clareza, a relevância aqui mencionada. Segundo suas próprias palavras, 
Não existe Indivíduo algum que não tente, consciente ou Incons-
cientemente, Influenciar a sua família, o seu grupo de amigos, 
o seu grupo profissional, e assim sucessivamente ... Temos de 
compreender que o próprio poder é um aspecto essencial de um 
grupo seja ele qual for .. . Um dos maiores serviços que a pesquisa 
26 mn.imica de Grupo 
social pode prestar à sociedade é o de che=r 
b- a uma noÇão 
exata dos aspeaos legítimos e ilegítimos do pod "1aís 
er (l<urt L 
apud Gauquelin, 1980, p. 67). ewin, 
A teoria da Gestalt, dessa fonna. marcou tod 
L · • • a a obra d ewm e, apos o aparecimento da Dinâmica de G e Kurr 
rupo, surgi . 
_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ sas abordagens teóricas que ho. fu ram diver-
, ~e. ndam 
"Temos de trabalho com ºrupos em vá . d. emam o 
compreender que o 
próprio poder é um 
aspecto essencial 
de um grupo seja 
ele qual for" 
. . º , nos omínios 
Riberro (J 985), em Gestalt-t . . 
d erap,a· r,r. o um caminho, ao rese:atar · f!:Jazen-
~ os pressupost 
cose filosóficos da gestalt-te . os teórj_ 
, . rapia, apresenta 
as Ires teorias que dão sustenta ~ ' entre çao a esse 
terapêutico, a teoria de campo de K pr~cesso 
d . - . . . urt Lewm. A 
ema1s sao. a propna PsicoJooia d G s 
. º a ~ili~ 
- - - - - - - - - - - - - - volvida por Max Wertbeimer WoV ' sen-
' igang Kohler 
(Kurt Lewin). 
. Kurt Koffka, como não poderia deix e 
Teona Holística de Kurt Goldstein Essas trA . ar de ser, e a 
( · es teonas, segundo Rib . 
1985), perfizeram o quadro científico do qual Frederick Perls . . erro 
ampliar a Psicologia da GestaJt criando a G tal . se ut,l,zou para 
. • es t-terap,a (p. 65). 
O Ps1codrama, criado por Moreno é defmido F 
(1984), na apresentação da edição bras;leira da ob:or _onseca Filho 
Psicodrama (Moreno, 1984 ), como H tpnodrama e 
a busca da verdade de um ru o h . 
seus probl É . g p umano que discute livremente 
ve outras emas. uma intensa experiência pessoa/ que envo/-
pessoas, como na vida A , . 
pode transm·o· . essenc,a do psiquismo não 
1 r-se somente por · . 
um todo que incl . me,o da hnguagem, e sim por 
u, o gesto, o toque e 
drama é sempre t • . o encontro ... O psico-
erapeutico e ped , • 
se proponha p d agog,co (dependendo do que 
o e-se encaminhá-lo m . 
desses aspectos) O . élls para um ou para outro 
. . ... psicodrama · .. 
Vivida para o grup e uma expenencia de grupo 
0 e pelo grupo (p. 1 O). 
Moreno ( 1984) E , no pr f.' · 
spontaneidade pubJ ' e ac10 de sua obra O ,,, t ,la 
d , 1cada pel . 1ea ro u, eclara qu a primeira v 
e e5ta é a única no . ez na Alemanha em 1923 
genero e diz: ' ' 
Dinâmica de Grupo 27 
. 'd labo aça-o das bases da 
tr'.buiça-0 princ,pal res, e na e r Sua con - d · 
. taneidade da técnica de atuaçao, e a comuni-
ceona da espon • _ , 
- . soai Abriu novos horizontes nao so para o teatro, 
caçao1nterpes • 
b 
, para o psicólogo experimental, para o educa-
como tarn em . 
Oc·,0·1ogo para o psicólogo soc,al, para o fonoau-dor para os , 
' psicólogo clínico para o psicoterapeuta e para 
diólogo, para O ' • . 
. . D margem a diversas caractenst,cas encontra-º ps1qu,atra.. . eu . . . 
ba'hos posteriores .. . Neste sentido, o hvro foi das em meus era . . 
do Sociograma do diagrama do atomo soc,al, do um precursor ' _ 
diagrama do papel, do sociograma de açao etc. (p. 7). 
Romanã ( 1987), professora da rede pública da Argentina, con_ta, ~m 
seu Psicodrama Pedagógico, que foi, em 1962, assistindo pela pn~e1ra 
vez a wna sessão psicodramática como paciente, que encontrou o metodo 
didático que buscava com uma concepção fenomenológica da educação. 
Após um curso de fonnação como psicodramatista de três anos de 
duração, cuja aplicação era específica para a clínica, sentiu necessidade 
de começar a construir, então, um marco teórico adequado para a apli-
cação em educação. Entre 1964 e 1966, passou a utilizar dramatizações 
com seus alunos de curso superior e, finalmente, a utilizá-las com crian-
ças que apresentavam problemas de aprendizagem. Entre 1966 e 1968, 
por sua vez, ao fazer demonstrações a colegas sobre o método, então 
denominado Técnicas Psicodramáticas Aplicadas à Educação, tanto as 
dificuldades encontradas ao explicar o que era feito como os progressos 
alcançados com os alunos foram considerados positivos. Entretanto, foi 
em 1969, ao orientar a formação psicodramática de educadores em São 
Paulo, que surgiu, pela primeira vez, segundo ela, ·'pelo menos entre 
nós", o tenno Psicodrama Pedagógico (pp. 17-19). 
Vê-se, desta fom1a, que o Psicodrama é wna das abordagens de 
grupo aplicada a, pelo menos, dois contextos de atuação do psicólogo: 
clí11ico e escolar. 
Não se pode deixar de _mencionar, entre outras, por um lado, as 
contribuições de Rogers e Maslow com o movimento humanista e, por 
outro, as de Pichon Riviere e o grupo operativo, que têm sido fecundas 
em suas aplicações, quer na clínica, na escola e no ensino, quer em outros 
contextos. 
28 Dinâmica de Grupo 
Recentemente, Bednar e Kaul ( 1994) registraram que nu b 
. , . ' ma usca 
da literatura cientifica a respeito de terapia de grupo, aconselham ento de 
_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ grupo, tratamento de grupo, processo de grupo, resul-
Pa ra a tados de grupo e líder de grupo, feita por intemiédio 
do Psychlit a pa1tir de publicações de l 983 a 
1990 
foram localizados nada menos do que 3826 arti ' 
compreensão do 
comportamento 
humano e do 
gos. 
Em contrapartida, Barreto (1994) constatou 
funcionamento 
da sociedade, o 
grupo é bastante 
importante para 
justificar que 
continue sendo 
objeto de pesquisa. 
a escassez de literatura assemelhada em duas revis-
ras brasileiras de Psicologia: Psicologia: Teoria e 
Pesqu,~w; e PSICO que, durante o período de 1989 
a 1994, publicaram apenas dez rutigos de trabalhos 
sobre grupo. Levine e Moreland ( 1990), citando 
Steiner, assinalam, aliás, que para a compreensãodo compom1mento humano e do funcionamento da 
sociedade, o grupo é bastante importante para justi-
ficar que continue sendo objeto de pesquisa. 
Merece ser assinalado que o termo descritor Dinâmica de Grupo 
consta tanto do Thesaums da UNESCO para a élJ'ea da Educação (UNESCO, 
1992) como do Thl'saurus da American Psychological Association desde 
a sua primeira edição, darnda de 1974 e baseada nos termos usados nos 
l\vchological Ahstrac/s em 1967. O mesmo tenno descritor é mruitido nas 
edições subsequentes do Thesaurus. Por exemplo, este figura na edição, 
datada de 1994 (pp. 93-94). um indicio respeitável de sua pennanência na 
Psicologia da atualidade. Nessa última edição. enlretrullo, são apresenta-
dos os diferentes tennos derivados, aparentados ou específicos, que têm por 
núcleo a Dinâmica de Grupo: coeslio g111pal, discussão em grupo, pmticipa-
ç~o.en~ grupo, desempenho grupal. tamanho do g111po. estrutura do grupo. 
d111tm11ca internrun11l b · . . . ::, ,.,... . ramstormmg, mudança de escolha, comportamento 
cole11vo grupos de el , " d . . . ' ~ e, açuo a consc1éncia, rnslrução em !!rnpo, solução 
de problemas em º ru . . -
1 :o po. ps,C'otemp,a de grupo, treinamento em relações n111u111us. componnn . . 
n:fi , . · . ienro Or<Ja111zac1onal. pressão dos pares, grupos de 
en:nc,a. tre1nainento de .b. . . 
R, . · sens, ihdade. sociometria e equipes (leams). 
esta acrescentar p f . 
çào do p~icól ' · or irn. que. alem de se relacionar com a arua-
- ogo nas três áreas · , · · 
t' organizacional- . d . . - prmc,pa,s dessa atuação ( clinica, escolar 
111 ustrrnJ) os co h . 
· - n ecnnemos e pr,11icas genericarnen-
29 
Dinâmica de Grupo 
demais, relevantes 
. d Grupo são, a 
ela rubrica Dinâmica e - e roblemas em numero-
te designados p ·ti sional e a compreensao d . p I gía Comunitária, o 
. ação pro ,s . o a Psico o . 
para a atu , . da Psicologia, com , . Criminológica. a 
domm1os . 1 ·a Jund1ca e sos outros nto Psicológico, a Psico_ ogl1 a· dos Esportes e outros. 
Aconselharne H ,·talar a Psico o,,1a , de e osp , 
Psicologia da Sau 
A • E c/onedia o/ Referencias . . R J et ai. ncy r 
. ln Cors1n1, · · 
, W. ( 1984 ). Grou_p dynam ics. . , . , 
Back, K. ew York : Wdey. . ões em dois penodllos 
f :,ychology. N . bre grupos: Publ1caç 
; ( i 994 ). Pesquisa so 
Barr~/to.'. M;1~.~ últimos anos. Mimco. exercício profissional.. Te~e 
bras1 eu os . . , . a formação e o . . . d PontJ fíc,a 
M F ( i 999). Ps1cologos. . 1 gia e Fonoaud1ologia a 
Barreto, · · . as · Instituto de Psico o ' 
rodo Campm . . 
de Dout~ . . 61' a de Campmas. . C the canon 
Universidade Cc1t ,e E . ·cntíal oroup rcscarch . an d 
Bednar, R. L. & K~ui,Z·/ [l 9i::tici~p~~'d.). H;ndbook o/ psychotherapy an 
lirc? ln A. E. Berg1n 1 66 ~) New York : Wiley. . ã 
behavior change (pp. 63 - i _, . . • . d, Grupo: Pesquisa e teoria. S o 
& Z der A ( I 967). !)111am1ca e Cartwright. D. an ' · 
Paulo: 1-lerder. . aissance. our li(e ai the turn ofthe 
& D 
. , 0 ( 1989). American ren · Cetron. M. avies. . . . 
N , York · St Martm 5• 21 si. ce11t11ry. C\\ · · , York . St. Martin ·s. 
. O (1991) Crvsra/C/obe.Ne,, . 
Cetron M. & Davuis. . . . . . 
. 1 · /, d . São Paulo· Pt0nc1ra . 
. . .. p F (1989) .As novas rl'a ,c.a es. . . . 
D, ucke1. . · São Paulo: Pioneira. 
-k·. p F ( 1992). Administrando para o futuro . 
Druc c:1 , . . & J M Enneís. /-lipnodrama e 
Fonseca Filho . .1 . ( 1984). ln J. L. Moreno ' . . . -
psicoclrama. São Paulo : Summus. . . 
. d grupo Lisboa· Verbo. 
Gauquelin. M. (Org.) t 1980). Psicoterap1as e · · · . . d 
. . . A ·T . dos aspectos estruturais e 
.lapur. M. ( I 996). Fonnaçào em Psicologia._ n,1 ,se . 
!" . , .. ,,1 147 FFCLRP-USP. um Curso de graduação . . me ew. -' - · . , 
- • d . • · 0 de ~rupos Rio di; · & L ' •I • J-1 ( 196 7) lntroduçao a 11wnuc ~ · Knowlcs. M. ! .--.no,, c:s. . · 
Janeiro: Lidador. ~ . 
li h . E L , ]961) 111diridual i11 :,oc1ery. Krcch. D .. Crutchfield. R. S. & Ba ac C:). · · , - · 
New York: McGrnw-Hill. 
S T ~1 ,,, C do \,\' (Oro ) ' 198 '- ). Psico/o(!ia social: O homem em Lam:. . . 1, . '-" o , • :::- · , ~ ~ 
111orime11;0. São Paulo: Brasiliense. 
Lapassadc. G. { 1977). Grupos. organi:::açàes e instituições. Rio de .iarn:iro: 
Li\'rnria Francisco AIYcs.

Outros materiais