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Protozoários Família Trypanosomatidae DOENÇA DE CHAGAS Histórico Carlos Chagas; Equipe de Oswaldo Cruz; Cidade de Lassance, MG; Berenice (2 anos); Primeiro caso clínico descrito, agente etiológico, biologia, hospedeiros, reservatórios, patogenia e sintomatologia da fase aguda. Primitivamente restrita aos pequenos mamíferos das matas e campos da América, desde a Patagônia até o sul dos Estados Unidos. Reservatório animal silvestre (tatus, gambás, roedores) Reservatório invertebrado silvestre (barbeiro- Triatomíneo) Agente etiológico: Trypanosoma cruzi. DOENÇA DE CHAGAS Epidemiologia Estima-se que existam aproximadamente 12 milhões de portadores da doença crônica nas Américas, cerca de dois a três milhões no Brasil; Antes uma Zoonose; Ciclo silvestre (tatu, gambá - triatomíneo) Hoje uma Antroponose Ciclo peridoméstico (gato, rato e cão - triatomíneo Ciclo doméstico (homem – triatomíneo) I. Regiões originalmente de risco para a transmissão vetorial (AL, BA, CE, DF, GO, MA, MG, MS, MT, PB, PE, PI, PR, RN, RS, SE, SP, TO): vigilância epidemiológica visa detectar a presença e prevenir a formação de colônias domiciliares do vetor; II. Amazônia Legal (AC, AM, AP, RO, RR, PA, parte do TO, MA e do MT): vigilância centrada na detecção precoce de casos agudos e surtos e apoiada na Vigilância Epidemiológica da Malária, através da capacitação de microscopistas para identificação de T. cruzi nas lâminas para diagnóstico da malária. Biologia do parasito Ciclo heteroxênico Multiplicação intracelular no hospedeiro (células de schwan, macrófagos, micróglia, fibroblastos, células musculares...)-amastigota; Extracelular sanguínea - tripomastigotas Extracelular no inseto (estômago e intestino)- esferomastigotas, epimastigotas e tripomastigotas metacíclicas (infectante) (Tripomastigota) (Amastigota) (Epimastigota) tripomastigota tripomastigota epimastigota tripomastigota amastigota Transmissão Oral; Vetorial (Triatomíneo); Vertical Transfusão sanguínea; Transplante; Acidental laboratorial; Fase aguda Sinais de porta de entrada (de 4 a 6 dias): Sinal de Romaña ou Chagoma- penetração na conjuntiva (edema bipalpebral unilateral e linadenite) pele (geralmente nos braços, pernas ou rosto)- assemelhar-se a um furúnculo ou a uma mancha avermelhada quase sempre dolorosa, mas que não vem a purgar, acompanhado de "ínguas" (linfodenopatia) Sinal de Romanã Fase Aguda Sinais de fase aguda: Febre baixa e contínua, com duração prolongada (semanas); Falta de apetite; Aceleramento dos batimentos do coração (insuficiência cardíaca congestiva- ICC); Aumento do fígado e do baço (hepatoesplenomegalia); Inchações da face e do corpo inteiro (edemas); Perturbações neurológicas; Fase Crônica Assintomática (10-30 anos)parasitologia e sorologia positiva, ausência de sintomas; Sintomática: Forma cardíaca- dilatação e crescimento do coração, ICC ("fraqueza" e "canseiras) e formação de trombos que podem causar morte súbita, destruição do sistema nervoso simpático; Forma digestiva- aumento de calibre do esôfago ou das porções finais do intestino (dificuldade de deglutição), megaesôfago e megacolón, obstrução intestinal e perfurações. CORAÇÃO CHAGASICO Importante saber Grande parte dos chagásicos, mais da metade, não chega a desenvolver formas graves da doença. São pessoas que poderão passar uma vida praticamente normal, pois seu organismo foi capaz de entrar em equilíbrio com Trypanosoma cruzi. Diagnóstico Fase aguda: Clínico; Parasitológico direto (pesquisa do parasito em esfregaço sanguíneo; Imunológico (ELISA, RIFI); Fase crônica: Parasitológico indireto; Imunológico (ELISA, RIFI); Tratamento Dificuldades: Diversidade do parasito; Determinar cura clínica; Medicamento age nas formas sanguíneas; Medicamento Quimioterápico: Benzonidazol (Rachagan- formas sanguíneas, via oral, 5-8mg/kg/dia durante 60 dias; anorexia, vertigem, dermatite, hiperexcitabilidade, polineuropatia...) Profilaxia Melhoria das habitações; Combate ao inseto vetor; Controle de transfusões de sangue em áreas endêmicas (adição de violeta-de-genciana); Pesquisas: Diferenças moleculares que distinguem as cepas e correlacionam com a sintomatologia e a biologia do parasito; Vacinação; Imunoquimioterapia: derivados azólicos juntamente com citocinas que estimulam a resposta do hospedeiro Outros Tripanossomos Trypanosoma rangeli (picada do inseto vetor- Rhodinus)- não causa doença no mamífero Trypanosoma brucei, T. gambiense, T. rhodesienesi ( agentes da doença do sono na África- transmitido pela mosca tsé-tsé Glossina)
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