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1º BIMESTRE Bases Administrativas Formas de intervenção na propriedade O estado brasileiro é social liberal, pois ao mesmo tempo que garante o direito à propriedade e a livre iniciativa, ele também assegura uma gama de direitos sociais intervindo se necessário na propriedade para efetivar a função social e os direitos fundamentais. Transferência compulsória da propriedade Há duas modalidades de intervenção na propriedade em que o poder público transfere para si bem de terceiro de forma imperiosa, ou seja, não se trata de ato negocial, mas sim do exercício da supremacia do interesse público sobre o particular. Essas modalidades são a desapropriação e p confisco. Transferência compulsória da posse Diferentemente da intervenção anterior, o particular continua com a propriedade do bem, no entanto a posse desse bem temporariamente é transferida para a administração pública se precisar da anuência do particular. Essas duas modalidades são: - Ocupação - Requisição Restrição ao uso Aqui o particular permanece com a propriedade e com a posse, mas seu uso terá certas limitações ou ônus. Exemplos: - Servidão administrativa - Limitações administrativas - Tombamento Desapropriação/expropriação É o modo de transferir compulsoriamente a propriedade de terceiro para o ente público mediante o pagamento de indenização. A desapropriação se divide em duas espécies: 1. Desapropriação ordinária, também chamada de desapropriação por interesse público 2. Desapropriação extraordinária sancionatória ou por inconstitucionalidade Desapropriação ordinária ou por interesse público Nessa espécie o fundamento é o interesse público, ou seja, o particular não fez nada que levasse a esse ato da administração; é o benefício a coletividade que justifica o ato. A indenização deverá ser prévia, justa e em dinheiro. O interesse público se divide em necessidade ou utilidade pública ou ainda em interesse social. A necessidade pública é aquela imperiosa, necessária, como por exemplo a construção de um piscinão. Utilidade pública A desapropriação não é necessária, mas uma comodidade para coletividade, como o alagamento de uma via pública ou a criação de um estádio municipal. Interesse Social Tem como objetivo o assentamento de pessoas como a construção de casas populares. Desapropriação extraordinária sancionatória ou por inconstitucionalidade PESQUISAR: Programas que deram certo e que não deram certo (reforma agrária). É a forma de desapropriação em que a Adm. Pública sanciona o particular que não dá função social a sua propriedade. O proprietário será indenizado, porém se o imóvel for urbano receberá em títulos da dívida pública é resgatáveis em até 10 anos, e se o imóvel for rural em títulos da dívida agrária, resgatáveis em até 20 anos. Fases declaratória O poder público por meio de um decreto exproprietario declara um bem com objeto de desapropriação, o qual deverá conter os seguintes elementos: 1. A área a ser desapropriada; 2. O fundamento da desapropriação; 3. A destinação do bem; e 4. A proposta indenizatória. Se a destinação do bem não for mantida, mas, se manter o interesse público nenhuma repercussão jurídica nascerá, como no caso de construir uma escola ao invés de uma delegacia. No entanto, se houve desvio de finalidade e não for dada destinação pública ou bem surgem 3 teorias: · Fundada no art. 35 do Decreto Lei 3365/41, essa teoria sustenta que uma vez que o bem é incorporável à Fazenda Pública, ele não mais voltará aos apropriado, resolvendo-se em perdas e danos. · Com base no art 519 do Código Civil, ela afirma que é possível a retrocessão, ou seja, que os apropriados pode pedir a devolução do bem · Também com base no art. 519, afirma que os apropriados só terá preferência em caso de eventual leilão do bem. OBS: Esse fenômeno do desvio de finalidade é chamada de tedrestinação. 2a Fase Executiva Se o expropriado aceitar a proposta indenizatória ele recebe o valor e o processo se encerra administrativamente. Mas se ele recusar a proposta a Administração proporá a ação de desapropriação, a qual deverá conter os mesmos elementos do conceito exproprietatio, além da petição inicial está instruída com cópia deste decreto. Na contestação, o expropriado só pode alegar vício no processo judicial, oi discutir o valor a ser pago. A única prova possível é a perícia e o Juiz encerrar o processo se limitará a definir o valor. A administração se deposita a proposta indenizatória poderá pedir a imissão provisória da posse. Página 2 de 2
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