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Sedentarismo e doenças cardiovasculares e metabólicas versus exercício físico. INTRODUÇÃO Nos Estados Unidos, acredita-se que entre 54% e 60% dos adultos não sejam ativos o suficiente para desencadear benefícios à saúde, e 25% sejam sedentários. No Brasil, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e estatística (IBGE) revelam que 80,8% dos adultos sejam sedentários. Em São Paulo, esses índices alcançam 70% da população adulta, sendo mais prevalente do que o fumo (38%), a hipertensão arterial (22%) e a obesidade (18%). INTRODUÇÃO Com a realização de exercícios físicos regulares é possível modificar fatores de risco associados a doenças cardiovasculares, tais como hipertensão arterial, dislipidemia, obesidade e diabete melito e, melhorar o estado psicológico e social do indivíduo. EFEITOS DO EXERCÍCIO NA HIPERTENSÃO ARTERIAL Estudo longitudinal com 14.998 alunos da Universidade de Harvard demonstrou que a prevalência de hipertensão é inversamente relacionada à atividade física realizada. EFEITOS DO EXERCÍCIO NA DISLIPIDEMIA Estudos transversais e longitudinais envolvendo treinamento físico indicam que a concentração plasmática de triglicérides é usualmente, mas nem sempre, diminuída em pessoas que praticam exercício físico regular. Grande redução na concentração de triglicérides após o treinamento físico é frequentemente descrita em pessoas previamente inativas, com alta concentração de triglicérides. EFEITOS DO EXERCÍCIO NA DISLIPIDEMIA Em indivíduos com baixa concentração inicial de triglicérides, a sua redução após treinamento físico é modesta. O efeito protetor do exercício na dislipidemia tem sido parcialmente atribuído a um aumento na concentração do HDL-colesterol, principalmente o HDL2 que é induzido pela prática de exercício físico regular. EFEITOS DO EXERCÍCIO NA DISLIPIDEMIA A maior parte dos estudos tem mostrado modificações benéficas nos níveis e composição química das frações do HDL-colesterol e suas subfrações, o HDL2-colesterol, principal subfração antiaterogênica e o HDL3-colesterol, após um programa de exercícios aeróbicos com diferentes intensidades, durações e frequências, realizados por indivíduos de várias faixas etárias e níveis de aptidão cardiorrespiratória. EFEITOS DO EXERCÍCIO NA DISLIPIDEMIA A concentração plasmática de LDL-colesterol diminui após o treinamento aeróbico, embora essa alteração não tenha sido encontrada em todos os estudos. Entretanto, quando associado a uma dieta balanceada, o efeito do exercício sobre esse componente lipídico torna-se muito mais efetivo, podendo haver uma redução de 7,6% na concentração de LDL-colesterol para cada 10% de perda no peso corporal. EFEITOS DO EXERCÍCIO NA DISLIPIDEMIA A partícula de LDL-colesterol tem sido dividida em esferas de diferentes densidades, com cada uma delas apresentando um grau de risco para a doença arterial coronária. A concentração da mais densa partícula de LDL-colesterol (oxidada) tem se mostrado a mais aterogênica. EFEITOS DO EXERCÍCIO NA OBESIDADE O exercício físico regular tem efeitos favoráveis sobre as comorbidades da obesidade, particularmente naquelas relacionadas às doenças cardiovasculares e ao diabete tipo 2. Um programa de exercícios para um paciente obeso deve ser parte de um programa de controle de peso que inclua orientação nutricional em dieta hipocalórica individualizada. EFEITOS DO EXERCÍCIO NO DIABETE MELITO TIPO 2 O treinamento físico melhora consideravelmente o estado glicêmico, representando uma importante conduta no tratamento do diabete melito tipo 2. Primeiro, o treinamento físico aumenta o fluxo sanguíneo muscular, o que facilita a ação da insulina e a captação de glicose. EFEITOS DO EXERCÍCIO NO DIABETE MELITO TIPO 2 Segundo, o treinamento físico aumenta a agregação da insulina ao seu receptor, em consequência de um maior número de receptores e uma maior concentração de transportadores de glicose na membrana celular, o que melhora a captação de glicose. EFEITOS DO EXERCÍCIO FÍSICO E DOENÇA ARTERIAL CORONÁRIA (DAC) Os mecanismos propostos e aceitos para os benefícios do exercício físico na DAC são: 1)Aumento da circulação arterial; 2)Melhora da função endotelial; 3)Regressão da aterosclerose coronária; 4)Aumento da circulação colateral e; 5)Formação de novos vasos (vasculogênese). Recomendações da OMS dos níveis de atividade física para todas as faixas etárias Atividade física é uma das formas de retardar o desenvolvimento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). A Organização Mundial da Saúde (OMS) vem sensibilizando os diferentes países membros quanto à necessidade emergencial de modificar o estilo de vida sedentário e praticar atividade física regular, a fim proporcionar maior qualidade de vida. NÍVEIS DE ATIVIDADE FÍSICA RECOMENDADOS PARA CRIANÇAS E DE 5 A 17 ANOS Para crianças e jovens, a atividade física inclui brincadeiras, jogos, esportes, transporte, tarefas, recreação, educação física, ou exercício programado, no contexto de atividades da família, escola e comunidade. A fim de melhorar a aptidão cardiorrespiratória e muscular, a saúde óssea, cardiovascular e metabólica crianças e jovens com idades entre 5 a 17 devem acumular pelo menos 60 minutos de moderada a vigorosa, atividade física diária. Valores de atividade física maior do que 60 minutos fornecer benefícios adicionais de saúde. A maior parte da atividade física diária deve ser aeróbica. A intensidade vigorosa de atividades devem ser incorporadas, incluindo aquelas que estimulem a musculatura e ossos, pelo menos 3 vezes por semana. Para essa faixa etária, carga de atividades podem ser realizadas como parte de jogos, brincadeiras,corridas,saltos, etc. NÍVEIS RECOMENDADOS DE ATIVIDADE FÍSICA PARA ADULTOS COM IDADES ENTRE 18 E 64 ANOS ♥ Em adultos entre 18 e 64 anos de idade, a atividade física inclui atividades de lazer (por exemplo: dança caminhada, jardinagem, caminhadas, natação), transporte (por exemplo, caminhar ou andar de bicicleta), trabalho (ou seja, trabalho), domésticas, brincadeiras, jogos, esporte ou exercício planejado, no contexto das atividades da família, diariamente, e da comunidade. ♥ A fim de melhorar funções cardiorrespiratórias e musculares, ossos, reduzir o risco de DNT e depressão deve-se realizar no mínimo 150 minutos de intensidade moderada de atividade física aeróbica por semana ou pelo menos 75 minutos de intensidade vigorosa de atividade física aeróbica por semana. Pode ser também uma combinação equivalente de atividade moderada e de intensidade vigorosa. ♥ Para benefícios adicionais de saúde, os adultos devem aumentar a sua atividade de intensidade moderada aeróbica para 300 minutos por semana, ou 150 minutos de intensidade vigorosa por semana, ou uma combinação equivalente de atividade moderada e de intensidade vigorosa. ♥ Atividades de fortalecimento muscular deve ser feito envolvendo grandes grupos musculares em 2 ou mais dias por semana. NÍVEIS RECOMENDADOS DE ATIVIDADE FÍSICA PARA ADULTOS MAIORES DE 64 ANOS ♥ Em adultos com 65 anos ou acima, a atividade física inclui atividades de lazer (por exemplo: caminhar, dançar, jardinagem, caminhadas, natação), transporte (por exemplo, caminhar ou andar de bicicleta), profissional (se o indivíduo ainda está trabalhando), tarefas domésticas, jogo, esportes ou exercícios planejado, no contexto de atividades familiares, diariamente, e da comunidade. ♥ A fim de melhorar função cardiorrespiratória e muscular, a saúde dos ossos, reduzir o risco de DNT, depressão e declínio cognitivo: ♥ Os idosos devem fazer pelo menos 150 minutos de intensidade moderada atividade física aeróbica durante a semana ou fazer pelo menos 75 minutos de intensidade vigorosa atividade física aeróbica durante a semana ou uma combinação equivalente de atividade moderada e de intensidade vigorosa. ♥ Para benefícios adicionais de saúde,os idosos devem aumentar a sua atividade aeróbica de intensidade moderada para 300 minutos por semana, ou se envolver em 150 minutos de atividade física aeróbica de intensidade vigorosa por semana, ou uma combinação equivalente de atividade moderada e de intensidade vigorosa. ♥ Os adultos mais velhos, com mobilidade comprometida, devem realizar atividade física para melhorar o equilíbrio e evitar quedas em 3 ou mais dias por semana. ♥ Atividades de fortalecimento muscular, envolvendo grandes grupos musculares, deve ser feito em 2 ou mais dias por semana. ♥ Quando o idoso não pode fazer as quantidades recomendadas de atividade física, devido às condições de saúde, eles devem ser tão fisicamente ativos quanto as suas capacidades e as condições permitirem.
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