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Alergia Alimentar: Histórico e Desenvolvimento

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ALERGIA ALIMENTAR 
Disciplina: Nutrição Funcional 
Profa. Alessandra Frasnelli Faria 
 
 
Histórico 
 Na Grécia há 2400 anos atrás, Hipócrates: 
 "Para mim parece que ninguém teria procurado por remédios, 
uma vez que o mesmo tipo de dieta tinha servido o homem na 
saúde e na doença“. 
 "Deixe sua comida ser seu remédio e seu remédio ser sua 
comida“. 
 
 Na mesma época, Lucrecius: 
 "O que é comida para um, é para outros amargo veneno“. 
 
Histórico 
 Em 1905 - Francis Hare, médico Australiano descreveu 
vários aspectos de alergia alimentar, incluindo alcoolismo, 
obesidade e adicção alimentar. 
 
 Definição original de Alergia (1906): 
 Qualquer reação alterada a uma substância normalmente 
inofensiva. 
 
 Dr. Arthur Coca, formulou o conceito de 
hipersensibilidade e usou a palavra "Atopia", para 
descrever reações mediadas por antígenos e anticorpos. 
Reações Adversas aos Alimentos (RAA) 
 Reação anormal à ingestão de alimentos ou aditivos 
alimentares, independente de sua causa. 
 São classificadas em: tóxicas e não tóxicas. 
 As reações não tóxicas são aquelas que dependem de uma 
susceptibilidade individual e podem ser classificadas em 
imuno-mediadas (alergia alimentar) e não imuno-mediadas 
(intolerância alimentar). 
 Há várias interpretações na identificação de alergias e 
intolerâncias alimentares. 
Alergias Alimentares (AA) 
 É a denominação utilizada para as RAA, que envolvem 
mecanismos imunológicos, resultando em grande 
variabilidade de manifestações clínicas. 
 Intolerâncias alimentares, como por exemplo, na 
intolerância à lactose, serão desencadeados sintomas 
pela incapacidade de se digerir a lactose (por falta da 
enzima lactase), ocorrendo a fermentação da lactose 
dando sintomas como formação de gases, cólicas, 
estufamentos, dores intestinais, mau hálito e até diarréia, 
porém, não houve intermediação do sistema 
imunológico. 
 
Desenvolvimento das alergias alimentares 
Sistema Imunológico 
 Composto por um conjunto de células, órgãos e 
estruturas especializadas e não especializadas, cuja 
função é identificar, destruir e eliminar invasores 
estranhos antes que qualquer mal seja feito ao 
organismo. 
 Defesa Orgânica: 
 Barreira física: Pele 
 Barreira de defesa inicial não imunológica 
 Barreira de defesa inicial imunológica inespecífica 
 Defesa imunológica específica 
Nas alergias alimentares 
 O primeiro elemento de defesa do sistema imunológico, ainda 
na superfície mucosa, é a Imunoglobulina A (IgA). Esta possui a 
capacidade de ligação com antígenos inalados ou ingeridos, 
impedindo-os de ser absorvidos e expondo-os a enzimas na 
superfície mucosa, que, por sua vez, realizam clivagem 
bacteriana ou neutralização de microrganismos e toxinas. 
 
Exposição à antígenos 
através da via entérica 
Resposta local, mediada 
por IgAs 
Supressão das respostas imunes 
mediadas por IgGs e IgEs (células 
T supressoras) 
Diminuição da capacidade de 
estimulação da resposta 
imunológica, tanto localmente, 
como em órgãos distantes do 
intestino 
Material antigênico 
absorvido por via entérica 
Não produz respostas imunes 
prejudiciais (reações alérgicas) 
e, consequentemente, somos 
capazes de nos alimentar, sem 
que ocorram reações 
indesejáveis 
Tolerância Oral 
Introdução precoce de alimentos e o desencadeamento de 
doenças crônicas não transmissíveis 
 Imaturidade do sistema imunológico ; 
 Mucosa intestinal com alteração de permeabilidade; 
 Microbiota intestinal em formação; 
 Inadequação de IgA - tolerância oral aos alimentos; 
 Produção insuficiente de enzimas digestivas 
 Inadequação do suco gástrico; 
 Imaturidade renal; 
 
Todos esses fatores são naturalmente controlados com o 
aleitamento materno adequado. 
IgA 
Responsável pela barreira imunológica 
Dificultando a penetração dos antígenos 
Neutralização de toxinas, bactérias e vírus 
Excreção de antígenos 
Alergia alimentar 
 Quando os antígenos passam para a corrente sanguínea, ainda existem 
defesas imunológicas inespecíficas compostas por glóbulos brancos que 
têm a função de fagocitar os invasores que, em conjunto com o sistema 
monocítico fagocitário e linfático, vão “limpar” o sangue destas substâncias 
estranhas, sejam elas quais for, preferencialmente sem causar danos ao 
organismo. 
 
 Se houver sobrecarga dos antígenos no sangue e estas primeiras defesas 
não derem conta, outros tipos de glóbulos brancos entram em ação e 
atuam por diversas formas, sendo diretamente contra o invasor 
(fagocitose) e/ ou produzindo anticorpos específicos (imunoglobulinas) 
contra os mesmos, desencadeando reações que causarão a liberação de 
substâncias pró-inflamatórias, estresse oxidativo e a produção de 
substâncias químicas (histaminas e outros autacóides) para combatê-los. 
Alergia Alimentar 
 São essas reações intensas e frequentes que provocarão 
alterações funcionais em órgãos-alvo mais sensíveis, podendo 
causar reações imediatas, alergias, ou reações tardias que são 
as chamadas hipersensibilidades alimentares, alergias 
escondidas, alergias tardias ou alergias irreconhecidas. São 
essas reações intensas e frequentes que provocarão alterações 
funcionais em órgãos-alvo mais sensíveis, podendo causar 
reações imediatas, alergias, ou reações tardias que são as 
chamadas hipersensibilidades alimentares, alergias 
escondidas, alergias tardias ou alergias irreconhecidas. 
Reação de Hipersensibilidade (Segundo a classificação 
de Gell e Coombs) 
Tipos Característica Exemplos 
Tipo I Imediata e mediada por IgE (ação 
histamínica) 
As alergias respiratórias de etiologia inalatória 
(98%) pertencem essencialmente a este grupo e 
os sintomas são prurido, edema e vasodilatação, 
assim como 1 a 2% das alergias alimentares, com 
sintomas edema, vasodilatação e aumento da 
permeabilidade vascular. 
Tipo II ----- ----- 
Tipo III Tardia: Por imunocomplexos (IgGs, IgMs e 
C’), formados pela 
associação entre antígenos e anticorpos em 
vários estados de equilíbrio, 
dependentes de seu peso molecular e de 
sua concentração relativa no sangue 
e nos tecidos. 
Inflamação, a sintomatologia varia dentro de 
amplos limites, dependendo do órgão afetado. 
Tipo IV Reações tardias, mediadas por células T 
citotóxicas 
------ 
 Embora a classificação de Gell e Coombs constitui um sistema prático para 
a compreensão dos mecanismos imunológicos, estas reações nem sempre 
ocorrem isoladamente, podendo haver a co-participação ou 
simultaneidade de mais de um tipo e, as reações dos tipos I e III 
frequentemente podem coexistir. 
 Quando isto ocorre, geralmente à reação do Tipo I (ação histamínica), 
segue-se a reação do Tipo III (inflamatória por excelência), responsáveis em 
conjunto, por um grupo de manifestações clínicas ainda pouco estudadas 
pelo ângulo imunológico e confundidas com outras doenças e 
sintomatologias, sendo portanto tratadas de maneira incorreta. 
 Estes mecanismos provocam uma gama de sintomas, muitas vezes de difícil 
diagnóstico clínico. A coexistência dos mecanismos de hipersensibilidade é 
uma descoberta muito recente e explica uma imensa quantidade de 
patologias alérgicas de respostas tardias. 
Mediadores da Alergia e Hipersensibilidade à 
Alimentos 
O comportamento alimentar atual está diminuindo a capacidade do 
organismo modular as respostas de defesa aos agressores, pois os 
nutrientes determinam a formação e ação das células imunológicas. 
 Fatores como: 
 Falta da ingestão mínima recomendada pela OMS de legumes, verduras 
e frutas, assim como de cereais integrais e leguminosas, fundamentais, 
entre inúmeros fatores, para disponibilizar as fibras necessárias para a 
fermentação e desenvolvimento das bactérias probióticas, que: 
 Definem a integridade da mucosa intestinal; o pH adequado do lúmen intestinal; 
 A capacidade de absorver vitaminas e minerais; 
 A capacidade de inibir a passagem de macromoléculas; 
 A inibição do crescimento de bactériaspatogênicas (inclusive H. pylori), fungos, 
leveduras e vírus por competiçãode substrato e do sítio de adesão, alteração de 
pH intestinal e produção de antibióticos naturais e substâncias que inibem o 
crescimento de patógenos (peróxido de hidrogênio); modulam a atividade de 
fagócitos e linfócitos NK, além dos mecanismos de atuação do fator nuclear Kappa 
B (NF-kB); aumentam a expressão de citocinas antiinflamatórias e reduzem a 
inibição de citocinas pró-inflamatórias; a produção de TGF-ß, necessário à 
produção de IgA que determinará a tolerância oral, além de controlar as respostas 
alérgicas. 
Cont. 
 Carência de vitaminas e minerais necessários à formação, renovação e manutenção de todas 
as nossas células de defesa, hormônios reguladores, enzimas antioxidantes, enzimas e sucos 
digestivos, neurotransmissores, mucosas entre outros, além de executarem naturalmente as 
ações antiinflamatórias, antioxidantes, antialérgicas, destoxificantes e anticancerígenas; 
 Desequilíbrio entre os macro e micro nutrientes, causando má utilização dos mesmos; 
 Sobrecarga hepática, dificultando a destoxificação; 
 Carências de nutrientes necessários para equilíbrio do sistema nervoso central, predispondo 
o organismo à dificuldade de lidar com o estresse, desencadeando, entre outros fatores, 
respostas imunológicas; 
 Carência de fontes alimentares de ômega3, principal nutriente antinflamatório, antialérgico, 
imunomodulador e fundamental para a formação e ação de sistema nervoso central e 
periférico; 
 Carência de vitamina D, considerado um dos principais fatores que pode desencadear doenças 
auto-imunes, processos alérgicos, desequilíbrios da insulina, da tireóide, entre outros.

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