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PLANEJAMENTO DE CARDÁPIO CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO DISICIPLINA: TÉCNICA DIETÉTICA AVANÇADA Docente: Ísis Maria Pereira Borges 2019.1 DEFINIÇÕES Planejamento → “ É a forma de relacionar os objetivos com as condições disponíveis e determinar a melhor forma de execução das tarefas” Planejamento alimentar → Estabelecimento de critérios alimentares baseados nas condições fisiológicas, sócio- econômicas e culturais de um indivíduo ou coletividade, objetivando manutenção ou recuperação da saúde ou ainda tratamentos específicos. DENIFIÇÕES Cardápio “Também pode ser chamado menu, lista ou carta. É um veiculo de informação (...) que tem por finalidade auxiliar os clientes na escolha de alimentos e bebidas” Lista de preparações culinárias que compõem uma refeição ou lista de preparações que compõem todas as refeições de um dia ou período determinado (SILVA e MARTINEZ, 2008) França é chamado de “Carte de Mets” (Cartas de comidas); Brasil → Cartas para lista de bebidas ou vinhos x Cardápio ou Menu para refeições; Cardápio X Dieta Tipos de cardápios: Comercial → Público flutuante Institucional → Público mais fixo Hospitalar (sadios, enfermos) Industrial DENIFIÇÕES FUNÇÕES DO CARDÁPIO Informar a equipe sobre as preparações a serem elaboradas; Informar aos clientes as preparações oferecidas; Publicitária → Faz parte da imagem do restaurante; Instrumento Administrativo → Planejamento; Instrumento de venda → Comercial; Planejamento de Cardápios Consumidores: Nível socioeconômico; Hábitos alimentares, cultura, religião; Estado nutricional fisiológico e necessidades nutricionais Número de comensais atendidos, expectativa de consumo; Tempo disponível para as refeições Alimentos/preparções: Safra, disponibilidade no mercado, Mercado fornecedor, Aceitação do cliente, Combinação e monotonia dos ingredientes Técnicas de preparo Planejamento de Cardápios UAN: Custos e padrão do cardápio; Tipo de serviço; Número de refeições; Horário de atendimento; Equipamentos, utensílios e mão-de-obra; Qualificação e nº de funcionários Sistema de compras e estocagem (ingredientes no estoque – mudança no cardápio). Composição do Cardápio Padrão Brasileiro Desjejum Almoço Lanche Jantar Ceia 1) Entrada (Fria/Quente) 2) Prato principal 3) Opção 4) Guarnição 5) Acompanhamentos (Prato Base) 6) Bebida 7) Sobremesa 8) Complementos Desjejum • Bebidas (quentes e frias), Frutas, pães, bolos, Complementos (manteiga, requeijão) Colação/Lanches • Suco, frutas, sanduiche, bolos, biscoito Jantar • Entrada quente (sopa), café, leite, cereal ou massa, prato principal, guarnição, sobremesa (fruta ou doce) Ceia Entrada quente, Bebida, Fruta, Carboidrato (pão ou raízes), derivados do leite Composição do Cardápio Entradas Sopas Antepastos; Salgadinhos Saladas: Fria + Quente • Preparações ricas em proteína. • Geralmente não fracionados Prato principal Preparações ricas em proteína, geralmente com custo mais baixo Opção Acompanha o prato principal; Massas = nhoque, espaguete, talharim; Preparações a base de legumes cozidos refogados, gratinados ou corados, geralmente servidos quentes Farofas; Purês; Guarnição Acompanhamentos / Prato base Aquelas preparações que são comumente servidas todos os dias, como por exemplo arroz e feijão. É importante para ajuste de energia no cardápio. Pode também ser usado qualquer outra leguminosa; Cabe ao nutricionista introduzir novos hábitos no consumo de leguminosas. Reduzir per capta quando houver preparação com massa. Complementos • Aquelas preparações que são comumente servidas todos os dias, como farinha, pimenta; • Alguns autores colocam bebidas neste grupo ou o arroz e feijão Sobremesa BEBIDAS Bebidas não alcoólicas podem ser usadas para anteceder, acompanhar e/ou encerrar a refeição; Geralmente serve-se sucos ou refrigerantes. Cafezinho, chocolate, cappucino, café-com-leite; Chá – quente ou gelado e aromatizado; Não esquecer da água (com ou sem gás); PADRÕES DE CARDÁPIOS Básico Pratos de menor custo; Menor exigência de mão-de-obra especializada Menor variedade e complexidade de preparações; Atendem maior número de comensais – maior volume Intermediário Custo intermediário dos ingredientes; Geralmente duas entradas; Opção mais elaborada; Atendem menor número de comensais PADRÕES DE CARDÁPIOS Especial ou Padrão Superior Sem restrição de ingredientes; Mão-de-obra especializada; Preparações variadas em número e tipos de alimentos Possibilidade de aquisição de alimentos pré- processados ou prontos. Geralmente número restrito de usuários e maior disponibilidade de recursos materiais CARDÁPIO BASICO Entrada: Escarola com pepino P. principal: almôndegas ao sugo Opção: ovos fritos Guarnição: batata assada Acompanhamentos: arroz + feijão Sobremesa: fruta ou doce Bebida: suco CARDÁPIO INTERMEDIÁRIO Entrada: torradas de alho + escarola com cebola P. principal: filé mignon ao molho Opção: rolê de frango ao sugo Guarnição: batatas coradas Acompanhamentos: arroz + feijão Sobremesa: mamão em fatias ou pudim de leite Bebida: sucos CARDÁPIO SUPERIOR Entrada: casquinha de siri + alface americana com rabanete + beterraba ralada com ervilhas P. principal 1: peito de peru com champignon P. principal 2: filé à parmegiana P. principal 3: badejo no vapor com alecrim Guarnição 1: quiche de espinafre Guarnição 2: jardineira de legumes Acompanhamento: arroz com brócolis Sobremesa 1: manga fatiada Sobremesa 2: merengue de morango com chantilly Sobremesa 3: sorvete Bebida: Águas com e sem gás, sucos, água de coco, café, chocolate... No caso de servir um prato principal de baixa aceitabilidade, oferecer opção mais elaborada (dobradinha, rabada e língua bovina, peixes ...); Não estipular preparações em dias da semana, ou seja, evitar as chamadas repetidas semanais (caruru na sexta). Não servir mais de um alimento frito por dia; Observar a textura do prato: tudo cozido, tudo pastoso; Não colocar alimentos da mesma cor: OBSERVAÇÕES OBSERVAÇÕES Não introduzir mais de um prato novo por dia; Segunda feira usar preparações mais simples, em função do pré-preparo; Observar a padronização das receitas e utensílios. Nutricionistas devem estar familiarizadas com a nomenclatura clássica das preparações. Ex: frango à milanesa OBSERVAÇÕES Erro cometido: variar no tipo de carne, porém repetir o tipo de preparação Segunda → Frango Assado Terça → Carne assada Quarta → Pernil assado Quinta → Assado a vianense Sexta → Peixe ao forno OBSERVAÇÕES Não oferecer no mesmo dia, ou e dias alternados, ou em curto espaço de dias.... Preparações gordurosas: Terça: Feijoada, Quinta: Dobradinha Preparações com ingredientes comuns: Segunda; Bife a camões (com ovos) Terça: Virado paulista (com ovos) Quarta: Omelete mista (com ovos) OBSERVAÇÕES Não oferecer no mesmo dia, ou e dias alternados, ou em curto espaço de dias.... Preparações excessivamente calórica: Segunda: Salada de maionese + Lazanha + bife a milanesa Terça: Panqueca de carne + farofa de bacon Quarta: Torta de frango + macarrão ao sugo Quinta: Panqueca de carne + nhoque Técnicas para Escrita do Cardápio Usar iniciais maiúsculas em todas as palavras, exceto preposições e conjunções. Ex: Salada de Frutas; Arroz à Grega; Filé de Peixe ao Molho. Agrupar as preparações do cardápio na ordem em que serão apresentadas. Apresentar o método de preparação. Ex: Carne Assada; Frango à Milanesa, Feijão Tropeiro. AVALIAÇÕES DO CARDÁPIO Aspectos qualitativos: Cor e Textura Valor calórico e nutricional Harmonia Sabores, temperos e ingredientes; Tipos de preparo Frequência das preparações: Contratos específicos. Atenção à monotonia alimentar (hábitos individuais). PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR (PAT) Parâmetros PAT • § 3º Os parâmetros nutricionais para a alimentação do trabalhador estabelecidos nesta Portaria: Nutrientes e valores diários: • VALOR ENERGÉTICO TOTAL: 2.000 kilocalorias • CARBOIDRATO: 55 - 75% • PROTEÍNA: 10 – 15 % • GORDURA TOTAL: 15 – 30 % • GORDURA SATURADA: < 10 % • FIBRA: > 25 g • SODIO: ≤ 2.400 mg (6 g sal) PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR (PAT) I- Refeições principais (almoço, jantar e ceia) deverão conter de 600 a 800 kilocalorias, admitindo-se um acréscimo de 20% (400 Kcal) do VET 2000 calorias/dia. Deverão corresponder a faixa de 30 – 40 % do VET diário. II - as refeições menores (desjejum e lanche) deverão conter de 300 a 400 kilocalorias, admitindo-se um acréscimo de 20% (400 Kcal) do VET de 2000 calorias/dia. Deverão corresponder a faixa de 15 - 20 % do VET diário; BRASIL. Portaria Interministerial nº 66, de 25 de agosto de 2006. Altera os parâmetros nutricionais do Programa de Alimentação do Trabalhador – PAT. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 28 ago. 2006. IV - O percentual proteico - calorico (NdPCal) das refeicoes devera ser de no minimo 6 % e no maximo 10 % VI - Os cardápios deverão oferecer, pelo menos, uma porção de frutas e uma porção de legumes ou verduras, nas refeições principais (almoço, jantar e ceia) e pelo menos uma porção de frutas nas refeições menores (desjejum e lanche PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR (PAT) BRASIL. Portaria Interministerial nº 66, de 25 de agosto de 2006. Altera os parâmetros nutricionais do Programa de Alimentação do Trabalhador – PAT. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 28 ago. 2006. PNAE 3o Os cardápios deverão ser diferenciados para cada faixa etária dos estudantes e para os que necessitam de atenção especifica, e deverão conter alimentos variados, seguros, que respeitem a cultura, tradições e hábitos alimentares saudáveis, contribuindo para o crescimento e o desenvolvimento dos alunos e para a melhoria do rendimento escola § 4o Os cardápios deverão oferecer, pelo menos, três porções de Frutas e hortaliças por semana (200 g/aluno/semana) nas refeições ofertadas. Art. 17. A aquisição dos gêneros alimentícios com os recursos do FNDE: I – E proibida para as bebidas com baixo teor nutricional tais como refrigerantes, refrescos artificiais e outras bebidas similares. II – E restrita para os alimentos - enlatados, embutidos, doces, alimentos compostos (dois ou mais alimentos embalados separadamente para consumo conjunto), preparações semi prontas ou prontas) para o consumo, ou alimentos concentrados (em po ou para reconstituição) - com quantidade elevada de sodio (aqueles que possuem em sua composicao uma quantidade igual ou superior a 500 mg de sódio por 100 g ou ml) ou de gordura saturada (quantidade igual ou superior a 5,5 g de gordura saturada por 100 g, ou 2,75 g de gordura saturada por 100 ml). PNAE REFERÊNCIAS ABREU, E. S.; SPINELLI, M. G. N.; PINTO, A. M. S. Planejamento de Cardápio e Receituário Padrão. In.: Gestão de Unidade de Alimentação e Nutrição: um modo de fazer. ABREU, E. S. de. 3 ed. Editora Metha, 2009. MAGNÉE, H. M. Manual do self-service. São Paulo: Livraria Varela, 1996. REGGIOLLI, M. R. Planejamento de cardápios e receitas para unidades de alimentação e nutrição. São Paulo: Editora Atheneu,2000. TEIXEIRA, S. M. F. G. e cols. Administração aplicada às unidades de alimentação e nutrição. São Paulo: Atheneu, 2004. VASCONCELOS, F. Menu: como montar um cardápio eficiente. São Paulo: Roca, 2002 SILVA, S. M. C. S e MARTINEZ, S. Cardápio: Guia prática para elaboração. 2. ed. São Paul: Ed. Roca, 2008.
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