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Unidade V - Provas - Confissão, prova testemunhal e depoimento pessoal

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Fonte: Doutrina Processual (Alexandre Câmara e outros) – ROTEIRO DE AULA 
Prof. Chrystyan Costa - DPC II – ESTACIO FAP 
 
PROVAS EM ESPÉCIE 
DEPOIMENTO PESSOAL 
1. Conceito: é o testemunho da parte em juízo. É um meio de prova com dupla 
finalidade: esclarecer o juiz sobre os fatos da prova; e, provocar a 
CONFISSÃO. 
 
2. Disposições para colheita do depoimento 
 
 O depoimento de uma parte pode ser requerido pela outra ou determinado de 
oficio pelo juiz. A parte não pode pedir seu próprio depoimento, o que ela 
desejar falar que o faça por escrito em petições subscrita por seu 
advogado. (art. 385 CPC); 
 O depoimento pessoal será colhida na AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E 
JULGAMENTO e, se residir fora da comarca onde tramita o processo, poderá 
ser colhido por CARTA PRECATÓRIA OU ROGATÓRIA; 
 Se o juiz dispor de equipamento que lhe permitam a colheita por 
videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e 
imagens em tempo real pode fazê-lo, durante a AIJ (art. 385, §3 CPC); 
 A parte deve ser INTIMADA PESSOALMENTE para comparecer a AIJ, sob 
pena de ser-lhe a aplicada a PENA DE CONFESSO, ou seja, CONFIÇÃO 
FICTA sobre os fatos que deveria declarar ou falar; 
 Na AIJ, em regra, primeiro deve-se colher o depoimento do autor, depois 
do réu (art. 361, II CPC). Aquele que ainda não prestou seu depoimento o juiz 
deve cuidar para não assista o depoimento dos outros (art. 385, § 2º CPC); 
 A parte perquirida deve responder ao que lhe fora perguntado, não podendo 
servir-se de escritos anteriormente preparados, salvo breves notas para 
completar o esclarecimento (art. 387 CPC); 
 Deixando a parte de responder sem justo motivo, ou se o juiz perceber 
que age com evasivas, apreciando ao circunstâncias e outros elementos, 
o juiz poderá declarar que a parte SE RECURSOU A DEPOR no que 
incidirá a PENA DE CONFESSO (Art.. 386 CPC); 
 
2.1. A parte não é obrigada a depor (art. 388 CPC) 
Art. 388. A parte não é obrigada a depor sobre fatos: 
I - criminosos ou torpes que lhe forem imputados; 
II - a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo; 
III - acerca dos quais não possa responder sem desonra própria, de 
seu cônjuge, de seu companheiro ou de parente em grau sucessível; 
IV - que coloquem em perigo a vida do depoente ou das pessoas 
referidas no inciso III. 
Parágrafo único. Esta disposição não se aplica às ações de estado e 
de família. 
 
Fonte: Doutrina Processual (Alexandre Câmara e outros) – ROTEIRO DE AULA 
Prof. Chrystyan Costa - DPC II – ESTACIO FAP 
 
CONFISSÃO 
1. Conceito: é a admissão, por uma das partes, da veracidade de fato contrário 
ao seu interesse e favorável ao do seu adversário. (art. 389 CPC). Ato pelo 
qual a pessoa capaz reconhece espontaneamente e declara verdadeiro o fato 
que se lhe imputa ou contra ela é alegado. 
 A confissão é possível apenas em face de direitos DISPONÍVEIS. 
2. Classificação 
a. Judicial: realizada no processo, quando do depoimento da parte ou livremente 
exposta por si ou seu representante com poderes especiais. Poder ser: 
a.1. Espontânea: feita pessoalmente pela parte ou por seu representante com 
poderes especiais para tal (art. 390, § 1º CPC), sem provocação, sendo que, a 
confissão feita por meio de representante é eficaz até o limite que vincula o 
representando (§ 1º); 
a.2. Provocada: é que se obtém através de depoimento pessoal da parte devendo 
constar do termo de depoimento (art. 390, § 2º CPC); 
b. Extrajudicial (art. 394 CPC): é a confissão feita fora do processo, por escrito 
ou verbalmente à parte ou a quem a represente, ou ainda feita a terceiro. 
Pode ser: 
b.1.Escrita: apresentada aos autos na forma escrita. 
Ex: CONFISSÃO EXTRAJUDICIAL DE DÍVIDA DIRIGIDA AO CREDOR PELO 
DEVEDOR. 
b.2. Oral: falada à parte ou à terceiro que prestará esclarecimento em juízo. Se o fato 
depender por lei de forma escrita, esta confissão não terá eficácia. 
Ex: Dívida consignada em uma nota promissória (exige prova do título de crédito) 
 Ofensa a outrem. Alguém confessa a terceiro que realmente ofendeu e disse 
palavras de baixo calão ao outra pessoa (não precisa de prova escrita). 
 Segundo o artigo 391 CPC: a confissão faz prova contra o confitente. 
- Essa confissão é relativa e não prova absoluta; 
- A confissão pode não expressar um fato verdadeiro da parte, por isso, o juiz 
deve valorá-la no conjunto probatório na sentença; 
Art. 391. A confissão judicial faz prova contra o confitente, não 
prejudicando, todavia, os litisconsortes. 
 Litisconsórcio unitário: no qual a decisão do juiz necessariamente será igual 
para todos os litisconsortes em função da natureza da relação jurídica que não 
pode ser separada, tal como ocorre na ação de anulação de casamento, 
inventário e partilha, onde qualquer decisão dirá sempre respeito a ambos os 
interessados. 
 
Fonte: Doutrina Processual (Alexandre Câmara e outros) – ROTEIRO DE AULA 
Prof. Chrystyan Costa - DPC II – ESTACIO FAP 
 
Nesse caso a doutrina informa que, a confissão de um litisconsorte, nem a ele 
aproveita, pois como os fatos relevantes são os mesmos a todos os 
litisconsortes, não se pode admitir que um confesse prejudicando os 
demais e, nem que para ele saia uma decisão distinta dos demais, face a 
natureza do litisconsórcio unitário. 
 
 Litisconsórcio Simples: aqui a sentença tem resultados distintos ao 
litisconsorte conforme os fatos entre eles relacionados. 
 
Se, houver confissão por um litisconsorte sobre fato relativo somente a ele, 
não prejudica os demais; 
 
3. Confissão e bens Imóveis de casal (parágrafo único, artigo 391) 
 
 Nas ações que versarem sobre bens imóveis ou direitos reais sobre imóveis alheios, a 
confissão de um cônjuge ou companheiro não valerá sem a do outro, salvo se o 
regime de casamento for o de separação absoluta de bens. 
 
4. Características da confissão (artigo 393 e parágrafo único CPC) 
 
 Irrevogável: aquele que confessa não pode se arrepender do que confessou, 
sendo possível a anulação da confissão se foi obtida por vicio do 
consentimento (ex: coação, constrangimento); 
 Ação autônoma: a anulação da confissão depende de ação autônoma, 
proposta pelo confitente, podendo haver sucessão processual se ele falecer 
APÓS O AJUIZAMENTO DA AÇÃO; 
 Indivisível: a parte que confessa não pode querer aproveitar somente a parte 
em seu favor e rejeitar aquela que lhe é desfavorável, mas existem fatos 
confessados e meras alegações ou fatos novos, que é a chamada CISÃO DA 
CONFISSÃO. 
Ex: o réu de um demanda de cobrança de dívidas resultante de um empréstimo 
confessa ter recebido o valor emprestado, mas a confissão acrescenta que já pagou o 
valor devido. O RECEBIMENTO DO VALOR É FATO CONFESSADO, POR SER 
DESFAVORÁVEL AO RÉU – CONFITENTE e, o pagamento é outro fato que lhe é 
favorável sendo uma ALEGAÇÃO. 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Doutrina Processual (Alexandre Câmara e outros) – ROTEIRO DE AULA 
Prof. Chrystyan Costa - DPC II – ESTACIO FAP 
 
PROVA TESTEMUNHAL 
1. Conceito: é terceiro estranho ao processo, que depõe narrando o que sabe 
sobre fatos da causa. 
 
2. Disposições 
 
 Trata-e de prova admissível em qualquer processo de conhecimento, salvo se 
a lei dispor de forma diferente (art. 442 CPC); 
 
Ex: Mandado de segurança e Inventário e Partilha 
 
 Deverá ser INDEFERIDA a prova testemunhal sobre fatos já provados nos 
autos por documento, por confissão, ou aquele que somente por documento 
ou perícia puderem ser provados (artigo 443 CPC); 
 
Ex: Acidente de trabalho – exame médico dos danos 
 Ação reivindicatória da propriedade – registro de imóveis 
 Contrato de deposito voluntário (art. 646 CC) 
 
Aqui, a prova testemunhal será admitida na condição de “COMEÇO DE 
PROVA ESCRITA”, quando serve para complementar o teor de uma prova 
escrita. (art. 444 CPC) 
 
 PROVA EXCLUSIVAMENTE TESTEMUNHAL. Cabe quando o credor não 
podia,moral ou materialmente obter a prova escrita de uma obrigação (ex: 
relações de parentesco); depósito necessário ou hospedagem de hotel; ou 
praticas comerciais do local onde foi contraída a obrigação (art. 445 CPC). Ex: 
famoso caderninho do fiado. 
 
 Cabe a prova testemunhal para provar em CONTRATOS SIMULADOS, a 
divergência entre a vontade real e a aparente; ou em casos de VÍCIO DO 
CONSENTIMENTO nos negócios jurídicos (Art. 446 CPC); 
 
 INCAPAZES, IMPEDIDOS E SUSPEITOS DE DEPOR COMO TESTEMUNHA 
EM JUÍZO (447 CPC): 
 
§ 1
O
 SÃO INCAPAZES: 
I - o interdito por enfermidade ou deficiência mental; 
II - o que, acometido por enfermidade ou retardamento mental, ao 
tempo em que ocorreram os fatos, não podia discerni-los, ou, ao 
tempo em que deve depor, não está habilitado a transmitir as 
percepções; 
III - o que tiver menos de 16 (dezesseis) anos; 
IV - o cego e o surdo, quando a ciência do fato depender dos sentidos 
que lhes faltam. 
Fonte: Doutrina Processual (Alexandre Câmara e outros) – ROTEIRO DE AULA 
Prof. Chrystyan Costa - DPC II – ESTACIO FAP 
 
 O MENOR DE 16 ANOS (TESTEMUNHA NÃO COMPROMISSADA OU 
INFORMANTE) 
- Afirma a doutrina que, a criança poderá ser ouvida, em particular, em todo processo judicial 
ou administrativo, que afete a mesma, sendo, segundo a doutrina brasileira conhecida como 
TESTEMUNHA NÃO COMPROMISSADA OU INFORMANTE (TERMOS SINÔNIMOS); 
- Se não houver interesse que afete o menor, É VEDADA SUA PARTICIPAÇÃO NO 
PROCESSO, NÃO PODE TESTEMUNHAR. 
§ 2
O
 SÃO IMPEDIDOS: 
I - o cônjuge, o companheiro, o ascendente e o descendente em 
qualquer grau e o colateral, até o terceiro grau, de alguma das partes, 
por consanguinidade ou afinidade, salvo se o exigir o interesse público 
ou, tratando-se de causa relativa ao estado da pessoa, não se puder 
obter de outro modo a prova que o juiz repute necessária ao 
julgamento do mérito; 
II - o que é parte na causa; 
III - o que intervém em nome de uma parte, como o tutor, o 
representante legal da pessoa jurídica, o juiz, o advogado e outros que 
assistam ou tenham assistido as partes. 
§ 3
O
 SÃO SUSPEITOS: 
I - o inimigo da parte ou o seu amigo íntimo; 
II - o que tiver interesse no litígio. 
 Pessoas impedidas ou suspeitas no processo, somente poderão ser 
ouvidas no processo como INFORMANTES, não tendo compromisso de dizer 
a verdade, que pese não poderem mentir em juízo (art. 447, §§ 4º e 5º CPC); 
 
3. Situação em que a testemunha não é obrigada a depor 
Art. 448 CPC. A testemunha não é obrigada a depor sobre fatos: 
I - que lhe acarretem grave dano, bem como ao seu cônjuge ou 
companheiro e aos seus parentes consanguíneos ou afins, em linha 
reta ou colateral, até o terceiro grau; 
II - a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo. 
Ex: sacerdote católico que não é obrigado a depor sobre fatos que tenha 
tomado conhecimento em confissão 
4. Local da colheita da prova testemunhal 
Art. 449. Salvo disposição especial em contrário, as testemunhas devem ser 
OUVIDAS NA SEDE DO JUÍZO. – grifo nosso 
Parágrafo único. Quando a parte ou a testemunha, por enfermidade ou por outro 
motivo relevante, estiver impossibilitada de comparecer, mas não de prestar 
depoimento, o juiz designará, conforme as circunstâncias, dia, hora e lugar 
para inquiri-la. Grifo nosso 
Ex: testemunho de um desembargador (em seu gabinete ou sua residência) 
 
Fonte: Doutrina Processual (Alexandre Câmara e outros) – ROTEIRO DE AULA 
Prof. Chrystyan Costa - DPC II – ESTACIO FAP 
 
5. Testemunho de autoridade (artigo 454 CPC) 
Art. 454. São inquiridos em sua residência ou onde exercem sua função: 
I - o presidente e o vice-presidente da República; 
II - os ministros de Estado; 
III - os ministros do Supremo Tribunal Federal, os conselheiros do Conselho Nacional de 
Justiça e os ministros do Superior Tribunal de Justiça, do Superior Tribunal Militar, do 
Tribunal Superior Eleitoral, do Tribunal Superior do Trabalho e do Tribunal de Contas da 
União; 
IV - o procurador-geral da República e os conselheiros do Conselho Nacional do 
Ministério Público; 
V - o advogado-geral da União, o procurador-geral do Estado, o procurador-geral do 
Município, o defensor público-geral federal e o defensor público-geral do Estado; 
VI - os senadores e os deputados federais; 
VII - os governadores dos Estados e do Distrito Federal; 
VIII - o prefeito; 
IX - os deputados estaduais e distritais; 
X - os desembargadores dos Tribunais de Justiça, dos Tribunais Regionais Federais, dos 
Tribunais Regionais do Trabalho e dos Tribunais Regionais Eleitorais e os conselheiros 
dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal; 
XI - o procurador-geral de justiça; 
XII - o embaixador de país que, por lei ou tratado, concede idêntica prerrogativa a agente 
diplomático do Brasil. 
 Nesses casos, o juiz intima a autoridade para informar, dia, hora e local 
poderá ser inquirida, remete copia da inicial ou defesa oferecida, 
conforme a parte que a tenha arrolado; 
 
 A autoridade tem 01 mês para se manifestar, que passados, será intimada 
pelo juiz a comparecer preferencialmente na sede do juízo, em dia e hora 
marcado para inquirição; 
 
 Se no dia, local e data informados pela autoridade, a mesma, sem justo 
motivo não comparecer, o juiz designa o ato e a intima; 
 
6. Modo de produção da prova testemunhal (artigo 450 a 463 CPC) 
 
 Cada parte deve arrolar as testemunhas que pretende ouvir nos autos, 
informando–as com a qualificação completa, inclusive endereço 
residencial e profissional; 
 As partes devem apresentar o rol de testemunhas no prazo assinalado pelo 
juiz, nunca superior a 15 dias da data em que as partes tenham sido 
intimadas da decisão que proferiu a produção de prova testemunhal (artigo 
357, §§ 4º e 5º CPC); 
 A parte só pode requerer a substituição da testemunha que tenha arrolado se 
a mesma FALECEU, ou por motivo de doença não tiver em condições de 
Fonte: Doutrina Processual (Alexandre Câmara e outros) – ROTEIRO DE AULA 
Prof. Chrystyan Costa - DPC II – ESTACIO FAP 
 
depor; ou se tiver mudado de endereço não tenha sido encontrada (art. 451 
CPC); 
 
 Se o juiz da causa for arrolado como testemunha, deve JULGAR-SE 
IMPEDIDO, pois seu conhecimento privado não pode influenciar em sua 
decisão, visto que as provas são construídas em contraditório pelas partes. 
Caso, o juiz NADA SAIBA SOBRE FATOS RELEVANTES SOBRE A CAUSA, 
MANDARÁ EXCLUIR SEU NOME DO ROL. Uma vez arrolado como 
testemunha, a PARTE NÃO PODE DESISTIR DO JUIZ (artigo 452 do CPC); 
 
 A testemunha arrolada pela parte deverá ser INFORMADA OU INTIMADA a 
comparecer em data, local e hora da oitiva, pelo ADVOGADO DA PARTE QUE 
A ARROLOU, dispensando INTIMAÇÃO JUDICIAL. A intimação do 
advogado será feita via postal com AVISO DE RECEBIMENTO, e, este, com 
03 dias de antecedência à data da audiência, deverá juntar aos autos CÓPIA 
DA CORRESPONDÊNCIA ENVIADA E SEU RECEBIMENTO. (artigo 455 
CPC); 
 
 A parte pode se COMPROMETER EM LEVAR A TESTEMUNHA NA 
AUDIÈNCIA, o que dispensa a intimação, mas não o fazendo, a AUSÊNCIA 
ACARRETA A PERDA DA PROVA, que também ocorre se a parte NÃO 
INTIMAR A TESTEMUNHA POR MEIO DE SEU ADVOGADO (art. 455 CPC); 
 
 INTIMAÇÃO DA TESTEMUNHA VIA JUDICIAL: 
Art. 455 CPC. § 4
o
 A INTIMAÇÃO SERÁ FEITA PELA VIA JUDICIAL 
quando: 
I - for frustrada a intimação prevista no § 1
o
 deste artigo; 
II - sua necessidade for devidamente demonstrada pela parte ao juiz; 
III - figurar no rol de testemunhas servidor público ou militar, hipótese 
em que o juiz o requisitará ao chefe da repartição ou ao comando do 
corpo em que servir; 
IV - a testemunha houver sido arrolada pelo Ministério Público ou pela 
Defensoria Pública; 
V - a testemunha for uma daquelas previstas no art. 454. 
(AUTORIDADES) – GRIFO NOSSO 
 Condução da testemunha SOB VARA: 
§ 5
o
 A testemunha que, intimada na forma do § 1
o
 ou do § 4
o
, deixar de 
comparecersem motivo justificado será conduzida e responderá pelas 
despesas do adiamento. 
 Regra geral a testemunha é inquirida na AIJ, na sede da comarca do juízo 
competente, salvo, as autoridades; as que prestaram antecipadamente seu 
testemunho; as inquiridas por carta por não residirem na comarca ou seção 
judiciária, estas que também podem ser inquiridas por videoconferência ou outro 
recurso tecnológico que devem dispor os órgãos judiciários (artigo 453 do CPC); 
Fonte: Doutrina Processual (Alexandre Câmara e outros) – ROTEIRO DE AULA 
Prof. Chrystyan Costa - DPC II – ESTACIO FAP 
 
 
 ORDEM DA OITIVA. Primeiro se ouve as do autor, depois as do réu, 
sucessivamente. Esta ordem pode ser alterada por consenso entre as partes e, o juiz 
deve cuidar para as que não foram ouvidas não participem da oitiva de outras 
testemunhas (artigo 456 CPC); 
 
 QUALIFICAÇÃO DA TESTEMUNHA. Antes de das perguntas a testemunha, o juiz 
deve lhe qualificar onde será declarado ou confirmado seus dados e, SE TEM 
ALGUMA RELAÇÃO DE PARENTESCO OU AMIZADE COM A PARTE, INTERESSE 
NO PROCESSO (Artigo 457 CPC). 
 
 CONTRADITA. A parte adversária pode arguir a INCAPACIDADE, IMPEDIMENTO OU 
SUSPEIÇÃO DA TESTEMUNHA, caso em que, se a testemunha negar os fatos 
imputados, a parte que arguiu deverá apresentar no ATO, DOCUMENTOS E 
TESTEMUNHAS ATÉ 03 PESSOAS, que serão inquiridas imediatamente e em 
separado. PROVADOS ou CONFESSADOS os fatos alegados em face da 
testemunham o juiz a DISPENSARÁ OU DECIDIRÁ SE VAI OUVÍ-LA SEM QUE 
PRESTE COMPROMISSO COM A VERDADE À TÍTULO DE INFORMANTE (artigo 
457, §§ 1º e 2º CPC); 
 
 A testemunha pode no ato da audiência requerer ao juiz que lhe dispense de 
depor, alegando motivos de impedimento, suspeição (artigo 448 CPC), devendo o 
juiz ouvir as partes imediatamente e em seguida DECIDIR (artigo 457, § 3º CPC); 
 
 COMPROMISSO DA TESTEMUNHA. O juiz antes de inquirir a testemunha deverá lhe 
fazer o compromisso de falar a verdade sobre o que lhe for perguntado, ADVERTINDO 
QUE, NÃO AGINDO ASSIM, COMETERÁ CRIME DE FALSO TESTEMUNHO, CALA 
OU OCULTAÇÃO DA VERDADE (artigo 458 do CPC e art. 342 do CP); 
 
 DEVER DE URBANIDADE. A testemunha deve ser tratada com URBANIDADE; as 
perguntas são feitas pela testemunha diretamente pelas partes, começando pela que 
lhe ARROLOU; o juiz pode formular perguntas, antes ou depois das perguntas das 
partes; o juiz pode indeferir perguntas que não tenham relação com os fatos da 
demanda, que importem em repetição das que já foram respondidas, julgadas 
impertinentes, capciosas ou vexatórias, sendo todos os INDEFERIMENTOS 
CONSIGNADOS NO TERMO DE AUDIÊNCIA, SE REQQUERIDO PELAS PARTES 
(artigo 459 CPC); 
 
 REGISTRO DO DEPOIMENTO TESTEMUNHAL. A oitiva da testemunha pode ser 
GRAVADA; DIGITADO; REGISTRADO POR TAQUIGRAFIA; ESTENOPIA ou outro 
meio idôneo de documentação. Tais registros terão assinaturas das partes, dos 
advogados e do juiz. (art. 460 CPC); 
 
 AUTOS NÃO ELETRÔNICOS E ELETRÔNICOS. Se os autos forem físicos, o 
depoimento gravado da testemunha deverá ser DEGRAVADO (digitado) se não for 
possível o envio eletrônico da prova. Nos autos eletrônicos seguem as disposições 
do mesmo no CPC. (Artigo 460, § 3º CPC e Lei n. 11.419/2006); 
 
 DEPOIMENTO DETERMINADO DE OFÍCIO DA TESTEMUNHA. O juiz pode 
determinar o depoimento de ofício de TESTEMUNHA CONSTANTE EM 
DECLARAÇÃO DA PARTE NOS AUTOS, ou de outra TESTEMUNHA. (artigo 461 
CPC); 
Fonte: Doutrina Processual (Alexandre Câmara e outros) – ROTEIRO DE AULA 
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 ACAREAÇÃO. De oficio ou por requerimento da parte, o juiz pode determinar nos 
autos a ACAREAÇÃO DE TESTEMUNHAS ou de TESTEMUNHA COM UMA DAS 
PARTES, sobre fatos que podem influir na decisão e que sejam divergentes. Esta 
acareação pode ocorrer na SEDE DO JUÍZO OU POR VIODECONFERÊNCIA, OU 
OUTRO MEIO TECNOLÓGICO DE TRANSMISSÃO DE SONS E IMAGENS DE 
TEMPO REAL. Os acareados são REPERGUNTADOS sobre pontos divergentes já 
declarados nos autos (artigo 461 CPC); 
 
 NÃO DESCONTO SALARIAL. O ato de testemunhar no processo é SERVIÇO 
PÚBLICO, por isso a testemunha em regime celetista não sofre desconto ou falta 
em seu salário ou tempo de serviço, por comparecer em audiência (art. 463 CPC); 
 
 REEMBOLSO DE DESPESAS. A testemunha se requerer ao juiz o pagamento das 
despesas que pagou para comparecer em juiz, poderá ter tal deferimento, devendo a 
parte que a arrolou pagar ou depositar em juízo o valor no PRAZO DE 03 DIAS. 
(artigo 462 CPC).

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