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Resumo 
Tutoria 1 
Ciclo celular – compreende os processos que ocorrem desde a formação de uma célula até a sua própria divisão em duas células-filha
· Tem como funções o desenvolvimento do indivíduo, reposição de células mortas por envelhecimento ou apoptose e regeneração da parte danificada de tecidos ou órgãos 
· É controlado por:
· Pontos de checagem do DNA – checkpoint
· Complexo promotor da anafase ciclossomo (APC/C) – destruição das ciclinas a partir da anafase 
· Fosfatases – desfoforilação de Cdk’s e complexos ciclinas Cdk’s
Etapas do ciclo celular 
Interfase – processo entre duas divisões sucessivas em que a célula cresce e se prepara para uma nova divisão 
· Dividida em:
· G1 – é o intervalo de tempo desde o fim da mitose até a fase S
· Possui duração variável, média de 12 horas
· Sofre influência de fatores extracelulares
· Ocorre maior taxa de síntese de RNA (80% RNAr), síntese de proteínas, crescimento celular e decisão celular (que pode ser continuar proliferando ou retirar-se do ciclo e entrar em estado quiescente)
· S – onde ocorre a duplicação da cromatina e a síntese de histonas
· Ocorre também a síntese de DNA, que é realizada por enzimas (DNA-polimerases), é semi-conservativa e bidirecional
· Tem duração de 7-8 horas 
· G2 – necessita que a replicação tenha sido completada e os possíveis danos do DNA tenham sido reparados antes de passar para a mitose 
· Ocorre o acúmulo do complexo ciclina-Cdk (regulador da transição de G2 para M)
· Ocorre síntese de RNA e continuação da síntese de proteínas 
· Ocorre a permanência da célula até todo o genoma ser replicado e/ou reparado 
Mitose – divisão celular 
· Suas fases são:
· Prófase – caracterizada pela quebra do envelope nuclear e condensação gradual de fibras da cromatina (induzida pelo complexo ciclina-Cdk), que se tornam, mais curtas e espessas formando os cromossomos
· Metáfase – caracterizada pelo alinhamento dos cromossomos para a posição equatorial, formando a placa metafasica 
· Anafase – ocorre o checkpoint dos cromossomos e a separação e migração das cromátides-irmãs
· Telófase – inicia-se quando os cromossomos filhos alcançam os seus respectivos polos (total desaparecimento dos microtúbulos cinetocóricos)
· Ocorre reconstituição do núcleo, reorganização do nucléolo e descondensação dos cromossomos 
Diferenciação celular 
· Processo onde ocorre modificações moleculares e morfológicas com aumento da sua eficiência funcional 
· É o grau de especialização da célula – cada célula especializada trabalha principalmente na função que exerce com maior eficiência 
· É inversamente proporcional a potencialidade 
· Controlado por fatores:
· Extrínsecos – podem ser locais (matriz celular e mensageiros químicos de outras células) e ambientais (radiação ionizante, drogas e infecções virais)
· Intrínsecos – programação genica pré-estabelecida 
Sinalização celular
· Ocorre a transdução do sinal por meio das células sinalizadoras (1º mensageiro – proteínas, peptídeos, aminoácidos, nucleotídeos, ácidos graxos, esteroides), que emitem um sinal para a alteração comportamental da célula 
· A partir da sinalização celular as células devem decidir o que fazer, seja dividir-se, morrer, viver, proliferar
· A sinalização celular é necessária para que ocorra a comunicação intercelular 
Comunicação intercelular – consiste em um emissor, um receptor, uma mensagem e uma resposta de inibição ou ativação de algum processo bioquímico 
· Comunicação endócrina – longas distancias intercelulares
· Comunicação parácrina – entre células adjacentes
· Comunicação autócrina – da celula consigo mesma
· Comunicação neurócrina – por meio de sinapses 
· Comunicação de contato direto – por meio de junções comunicantes, que permitem transferência de ions e pequenas moléculas
Estímulos celulares – derivam da sinalização celular
Podem ser:
· Alterações genéticas, metabólicas ou adquiridas; lesão crônica – tem como resposta acúmulos intracelulares, calcificação
· Lesão subletal cumulativa ao longo da vida – tem como resposta envelhecimento celular
· Estímulos nocivos não letais:
· Demanda aumentada, estimulação aumentada (fatores de crescimento e hormônios) – tem como resposta hiperplasia e hipertrofia 
· Decréscimo de nutrientes e estimulação diminuída – tem como resposta atrofia 
· Irritação crônica (física ou química) – tem como resposta metaplasia 
· Redução do oxigênio, lesão química, infecção microbiana:
· Aguda e transitória – tem como resposta lesão aguda reversível, tumefação celular e degeneração gordurosa 
· Progressiva e grave (incluindo lesão de DNA) – tem como resposta lesão irreversível (morte celular e necrose)
Lesão celular 
· Reversível – não ultrapassa o limiar de capacidade regenerativa da célula 
· Irreversível – necrose ou apoptose
· Necrose – morte celular causando processo inflamatório por conta da ruptura da membrana (patológica). Possui 4 tipos:
· Liquefação – enzimática 
· Coagulação – desnaturação
· Caseosa – tuberculose 
· Gordurosa – saponificação 
· Apoptose – morte celular programada com degeneração do DNA, geralmente não inflamatória, pode ser patológica ou fisiológica 
Adaptação celular 
· Metaplasia – substituição adaptativa de células 
· Hipertrofia – aumento do tamanho da célula
· Atrofia – diminuição do tamanho da célula 
· Displasia – alteração da geometria da célula 
· Hiperplasia – aumento do número de células 
· Hipoplasia – diminuição do número de células 
A adaptação celular é influenciada pela expressão genica 
Expressão genica 
· Consiste em abordar sobre RNAm e proteínas 
· O DNA que contém informação genética do indivíduo será transcrito em molécula de RNAm e traduzido em uma proteína 
Possui 4 fases:
· Processamento 
· Ativação 
· Transcrição 
· Tradução 
A falha na expressão genica leva a protoncogenese 
Protoncogenese – genes que regulam o crescimento e a diferenciação celular 
· Basta apenas uma cópia do oncogene no genoma para a célula normal ser transformada em uma célula cancerosa 
· É ativado quando sofre mutações, passando a codificar e produzir oncoproteínas, as quais são ligadas a proteína P53 e são antiapoptose e favoráveis ao crescimento e proliferação celular 
Antioncogense – são recessivos e supressores de tumor
· Atuam inibindo a divisão celular e reparando erros de DNA, através da P21 e da P53:
· Parando o ciclo celular no ponto de checagem, desencadeando produção de inibidores de CDK, que se ligam as CDK-ciclinas e bloqueiam sua atividade 
· Ativando enzimas de reparo de DNA
· Caso o dano não seja reversível, ela ira ativar a morte celular programada 
Tutoria 2 
Epiderme – confere proteção contra atrito, perda de H2O, invasão de microorganismos e radiação UV. Também confere percepção sensorial, excreção de ions, secreção de lipídeos protetores e de leite 
· É composta de epitélio estratificado pavimentoso queratinizado e possui 4 camadas:
· Estrato basal ou germinativo – contém células tronco, elevada atividade mitótica e células colunares devido a pressão maior nas faces laterais
· Melanocitos – oxidam a tirosina em DOPA, através da enzima tirosinase e a transformam em melanina 
· Células de Merkel – podem se ligar aos queratinócitos por desmossomos, possui núcleos volumosos, filamentos de queratina e vesículas neuroendócrinas. São mecanorreceptores e abundantes nas pontas dos dedos e na base dos folículos pilosos
· Estrato espinhoso – são células apresentadoras de antígenos, originam-se de precursores da medula óssea. Possuem citoplasma claro e núcleo ovoide 
· Células de Langerhans – apresentam antígenos aos linfócitos T na própria epiderme ou nos linfonodos regionais. Participam das dermatites alérgicas por contato e da rejeição de transplantes cutâneos 
· Estrato granuloso – formado por uma ou várias camadas de células romboides ou pavimentosas que possuem grânulos de cerato-hialina, risco em filagrina, que atua como substância interfibrilar de ceratina mole, permitindo a agregação 
· Estrato córneo – células mostas, pavimentosas, anucleadas e queratinizadas, conferemproteção contra o atrito, a invasão de microorganismos e a perda de água.
Derme – composta pelas camadas papilar e reticular 
Lesões de pele benignas 
· Tumor arredondado ou lobulado 
· Limites bem definidos 
· Presença de pseudocapsula 
· Destaca-se do vizinho normal 
· Consistência firme-elástica 
· Aspecto homogêneo 
· Raramente tem hemorragia e necrose 
· Crescimento expansivo, empurrando o tecido vizinho 
· Tumor localizado sem disseminação a distância 
· Geralmente mantem a função celular
Acantose nigricans – hipercromia, acúmulo de queratina, associada as disfunções endócrinas, pode ser uma manifestação para síndrome paraneoplasica 
Nevos – são superficiais ou elevados, derivados de exposição crônica ao sol, são papulares, delimitados e hipercromicos 
Cerato acantoma – lesão cupiniforme de centro ceratótico, de progressão rápida 
Lentigo – hiperplasia melanocitica linear, não forma ninhos e não muda de cor com o sol 
Sardas – maculas vermelhas ou marrons que escurecem com o sol 
Lesões de pele malignas 
· Tumor irregular ou estrelado 
· Limites imprecisos
· Ausência de pseudocapsula 
· Aderência ao tecido vizinho 
· Consistência dura 
· Aspecto heterogêneo 
· Hemorragias e necroses frequentes 
· Crescimento rápido com tamanho variado 
· Crescimento infiltrativo e invasivo, destruindo o tecido vizinho
· Células bem, moderadamente ou pouco diferenciadas 
· Pode ou não ser funcionante 
· Presença de metástase 
Melanoma – é o mais maligno 
· Heterocromico, assimétrico e crescente 
· Mais agressivo em homens 
· Prognostico ruim quando diagnosticado tardiamente
· Metastático 
· Centralizado – mais fácil de se tornar um tumor generalizado 
· Periféricos – melhor prognóstico, devido a distância dos órgãos vitais 
Fatores de risco 
· Fototipo de pele I e II (claro)
· Antecedentes familiares de câncer de pele
· Antecedentes pessoais de câncer de pele
· Exposição crônica ao sol
Tipos 
· Disseminativo superficial – exposição sazonal ao sol 
· Nodular – coloração escura, azulada ou acastanhada, ulcerativa 
· Lentigo – in situ, possui crescimento linear, heterocromico, favorecido pela exposição solar crônica 
· Acral – mais frequente, tem afinidade por extremidades, mas pode atingir mucosas, enegrecido 
· Melanoma amelanótico – pode se transformar em melanoma, é apigmentado 
Carcinoma basocelular
· Soluções peroladas 
· Raramente metastático 
· Progressão lenta 
· Agressivo localmente 
· Presença de telangectasias 
· Mutações na sinalização PTCH favorecem esse tipo 
· Pode ser reincidente
Carcinoma espinocelular 
· Influenciado por exposição solar crônica 
· Acomete mais os homens 
· Maior chances de metástase na boca
· Falha no P53 pode levar ao seu desenvolvimento 
· Lesões ceratóticas, descamativas, ulceradas, vegentantes e com necrose 
· Causa mais importante é a lesão do DNA pelos raios UV
Metástase 
As vias de disseminação são a linfática e a hematogênica 
· Ocorre mudança na matriz celular para a não rigidez da mesma, favorecendo a disseminação tumoral 
· Ao adentrar os vasos sanguíneos o tumor torna-se agregado as células e tornam-se não identificáveis pelas células de defesa 
Características:
· Atinge órgãos vizinhos 
· Substituição dos tipos celulares 
· Displasia (crescimento desordenado) ocorre com frequência no epitélio metaplasico 
· Quanto maior o crescimento maior a lesão 
Diagnostico 
· Exame clínico (epidemiologia)
· Dermatocospia 
· Microscopia focal 
· Biopsia 
Tipos de biopsia 
· Incisional – retira um fragmento do tumor 
· Punch – semelhante a biopsia incisional (método diagnostico)
· Excisional – remove todo o tumor 
· Shaving – superficial 
Profilaxia – uso de protetor solar, evitar exposição solar e bronzeamento artificial
Tutoria 3
Histologia do colo do útero 
· Ectocervice – porção externa, composta de epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado (escamoso), podendo apresentar lesões escamosas. Subdivide-se em três camadas:
· Camada basal – células imaturas
· Camada intermedia – maturação 
· Camada superficial – mais resistente 
· Zona de transição (JEC) – área de metaplasia fisiológica, apresenta maior vulnerabilidade ao câncer
· Endocervice – porção interna, composta por epitélio cilíndrico simples muco produtor. Há formação de glândulas, que podem sofrer lesões 
Alterações no colo do útero 
Metaplasia – alteração benigna do tecido de revestimento, o qual deixa de ter apenas uma camada com células alongadas e passa a ter várias camadas 
· Surge na gravidez ou na adolescência, quando há alteração do pH vaginal 
Displasia – órgãos com desenvolvimento e crescimento anômalo ou epitélios com desorganização estrutural e neoplásica 
· Pode ser leve, moderada ou grave 
Cervicite – pode ser aguda ou crônica 
· Aguda – inflamação por bactéria ou parasita, ocorre devido a relação sexual precoce ou menarca precoce 
· Crônica – inflamações recorrentes
Pólipos endocervicais – são massas benignas formadas na região endocervical, com crescimento exofidico 
· Causam sangramentos vaginais irregulares e intensos 
Carcinoma in Situ – quando as células cancerígenas ainda estão na superfície do colo do útero 
Neoplasia intraepitelial cervical 
· Apresenta hipercromasia 
· Aumento da relação núcleo-citoplasma e atipia nuclear
· Podendo haver coilocitose 
· Papilomatose, acantose e disceratose 
NIC I (leve)
· Tumor limitado a cérvice
· Atinge 1/3 do epitélio 
· Passível de cura por radioterapia ou quimioterapia 
NIC II (moderada)
· Estende-se além da cérvice sem envolver a parede pélvica 
· Atinge 2/3 do epitélio 
· Pode haver hidronefrose ou um rim não funcionante
· A sobrevida é de cerca de 3 anos 
NIC III (grave)
· Células com maior heterogeneidade que podem se estender além da pelve
· Envolve a mucosa da bexiga ou do reto resultando em carcinoma invasivo 
· Atinge todo o epitélio 
O tratamento das NICs consiste em conização do colo uterino, laser de CO2 e eletrocauterização radial 
Carcinoma escamoso invasor 
· Exofiticos, ulcerados e invasivos 
· Formação de pérolas córneas 
· Pode ser pouco diferenciado, muito diferenciado ou moderadamente diferenciado
· O tratamento consiste em histerectomia total ou parcial e radioterapia
Adenocarcinoma invasor 
· Forma padrão galndular e atinge o epitélio glandular da endocervice 
Fatores de risco para neoplasias malignas do colo do útero 
· Iniciação sexual precoce
· Múltiplos parceiros sexuais 
· Multiplas gestações 
· Exposição ao fumo e contraceptivos orais 
· Infecções genitais (Clamídia)
· Infeccção por HPV
· Hereditariedade e etnia
· Pólipos endocervicais 
HPV – é o Papiloma Virus Humano, que infecta a pele e as mucosas, podendo causar verrugas e lesões precursoras do câncer 
· Alto risco – tipos 16 e 18 (estão associados a displasia moderada e acentudada, carcinoma in situ e carcinoma invasor)
· Baixo risco – tipos 6 e 11 (estão associados a lesão de baixo grau, planas ou condilomas)
Patogenia 
· O HPV insere seus genes no DNA do hospedeiro 
· Há produção dos genes E6 e E7 que se ligam a proteína Rb, que leva a alteração do ciclo celular 
· E6 inativa a P53 e E7 interrompe o processo de morte celular ao se ligarem ao gene P53
· Promovem o aumento da suscetibilidade a mutações celulares e podem levar a carcinogênese 
Resposta imunológica 
· Ocorre o reconhecimento celular do TLR9 e TLR3
· Mecanismo de evasão 
· Resposta Th1 nas lesões NIC I
· Em NIC III os linfócitos terão ação apenas da IL-10
· Inibem interferons do tipo alfa e beta, que tem propriedades antivirais e fazem transição da imunidade inata para a adaptativa, ativando células dendríticas imaturas 
Prevenção do HPV
· Uso de preservativos, vacinas e exame preventivo em dia 
Exames diagnósticos e preventivos (colposcopia)
O exame preventivo tem como função avaliar a citologia cervical, que detecta lesões pré-canserosas
· É indicado para mulheres entre 25 e 60 anos ou que já sejam sexualmente ativas 
· Após dois exames anuais com resultado negativo, a mulher pode realizar o exame a cada três anos 
1. Faz-se a avaliação da genitália externa 
2. Colocação do especulo para visualizaçãototal do colo uterino, em busca de alterações 
3. Coleta de ectocérvice e endocérvice 
Colposcopia alterada 
· Visualiza-se os vasos sanguíneos anormais, contorno irregular da superfície com perda de epitélio e alteração da tonalidade 
· Pode ser acompanhada de biopsia, que avalia a arquitetura do tecido, avaliando a presença de células malignas 
Tutoria 4 
Anatomia da próstata 
· Seu tamanho é comparado ao de uma noz 
· Pesa cerca de 20g
· É composta por:
· Lobo anterior – zona de transição 
· Lobos laterais – abrange todas as zonas 
· Lobo mediano – zona central 
Histologia da próstata
· Constituída por glândulas tubo alveolares de epitélio cuboide ou pseudo-estratificado colunar, cercado por um estroma fibro muscular (musculo liso)
· Também possui células neuroendócrinas com função regulatória por meio de peptídeos como a somatostatina, calcitonina e neurotensina e células luminais com função de secretar PSA, fosfatase acida prostática e parte do plasma seminal 
· É dividida em zonas:
· Zona central – corresponde ao local de 25% de incidência do câncer de próstata e situa-se entre os ductos ejaculatórios 
· Zona de transição – mais propensa a hiperplasia e faz ligação da uretra proximal com a próstata 
· Zona anterior – porção vascular da glândula, é formada por fibras musculares lisas 
· Zona periférica – corresponde a 75% da próstata, é palpável no exame de toque retal, constituída por glândulas e um estroma frouxo e é o local mais propenso a desenvolver o adenocarcinoma 
Fisiologia da próstata 
· Glândula exócrina 
· Produz o liquido prostático que tem como função impedir a coagulação do sêmen 
· Neutraliza o Ph vaginal que é acido (facilitando a fertilização)
· Nutre os espermatozoides 
Alterações na próstata 
Prostatite 
· Inflamatória assintomática – identificação de leucócitos nas secreções prostáticas, sem uropatogenos 
· Bacteriana aguda – possui sintomas como febre, disúria e calafrios. Causada por bactérias Gram negativas e ao exame a próstata se encontra sensível e mole
· Bacteriana crônica – síndrome da dor pélvica. Apresenta sintomas locais, sem identificação do uropatogeno 
Hiperplasia nodular – hiperplasia das células estromais e epiteliais da próstata
· Benigna 
· Ocorre na zona de transição e na zona central 
· Ocorre de acordo com a idade 
· Pode ser causado por um desequilibro da fase de manutenção prostática 
· Inibe a morte celular 
· Os nódulos obstruem o canal da uretra, causando nicturia, disúria, infecção, gotejamento, irritabilidade, insônia, frequência e urgência micciconal 
O tratamento pode ser cirúrgico (ressecção transuretral da próstata) ou clínico (uso de drogas bloqueadoras)
Adenocarcinoma prostático 
Fatores de risco 
· Idade 
· Hereditariedade 
· Obesidade
· Fatores étnicos 
· Andrógenos 
· Fatores alimentares 
Políticas publicas 
· Lei nº 10.298 de 2001 instituiu o programa nacional de controle do câncer de próstata 
· Novembro azul 
Rastreio – por dosagem do PSA e toque retal 
PSA
· A produção do PSA pode aumentar com a idade do paciente 
· É uma proteína produzida pelo tecido prostático 
· Sua dosagem pode variar por diversos motivos como: idade, tamanho da próstata presença de nódulos, inflamação, ejaculação e biopsia 
· Pode indicar câncer de próstata
· É um marcador tumoral – são substâncias produzidas pelo tumor ou pelo próprio organismo em resposta ao tumor, são indicadores de câncer 
Toque retal 
· Identifica presença de nódulos 
· Identifica alteração na consistência e sensibilidade 
Patogenia 
· Variantes genéticas 
· Oncogenese
· Fator de crescimento insulin-like 
· Variação do CAG
· Fusão dos genes 552 e COMERG
· Reorganização na família ETS
· Alteração nos genes: HPC-1, BRCA1, BRCA2 e CTNNB-1
Morfologia 
· Células com nucléolos evidentes de cor pálida clara 
· Acinos glandulares pequenos 
· Glândulas sem a camada mioepitelial 
· Glândulas justapostas e pequenas 
· Tecido neoplásico granuloso e firme 
· Ausência de papilas 
Metástase – células se multiplicam e circundam o estroma, formando o tumor 
· Possui disseminação linfática, hematogênica e perineural
· As principais regiões acometidas são os ossos, o cérebro, a bexiga e o reto 
Diagnostico 
· USG transretal – acompanha a biopsia 
· Ressonância magnética
· Tomografia 
· Cintilografia óssea 
Grau de Gleason 
· Grau 1 – células uniformes e pequenas formam glândulas regulares com pouca variação de tamanho e forma, com bordos bem definidos, densamente agrupados, distribuição homogênea com pouco estroma entre si
· Grau 2 – células variam mais em tamanho e forma e as glândulas uniformes estão frouxamente agrupadas com bordos irregulares 
· Grau 3 – células variam mais de tamanho e forma, constituindo glândulas muito pequenas, uniformes, anguladas ou alongadas individualizadas e anarquicamente espalhadas pelo estroma. Podem formar massas fusiformes ou papiliferas, com bordas lisas 
· Grau 4 – células fusionadas em massas amorfas ou formando glândulas irregulares, distribuídas anarquicamente, exibindo infiltração irregular e invadindo os tecidos adjacentes. As glândulas podem apresentar células pálidas e grandes, com padrão hipernefróide 
· Grau 5 – tumor anaplasico. Células estão agrupadas em grandes massas que invadem os órgãos e tecidos vizinhos. As massas de células podem exibir necrose central, com padrão comedocarcinoma. A diferenciação glandular pode não existir: padrão infiltrativo tipo cordonal ou de células soltas.
Tutoria 5 
Trato gastrointestinal 
· Digestão
· Deglutição 
· Transporte
· Absorção
· Eliminação 
ESOFAGO 
· Porção cervical – C6
· Porção torácica – T4, T5
· Porção abdominal – T11
Anatomia 
· Órgão fibromuscular
· Conecta a faringe ao estomago 
· Através das atividades peristálticas leva o bolo alimentar ao estomago 
Histologia – possui 4 camadas 
· Mucosa – epitélio escamoso estratificado não queratinizado 
· Submucosa – glândulas esofágicas e papilas 
· Muscular externa – musculo estriado no terço superior, musculo estriado e liso no terço médio e musculo liso no terço inferior 
· Adventícia – fibroareolar 
Neoplasias malignas
Diagnostico 
· Endoscopia
· TC de tórax e abdome
· Biopsia 
· Esofagografia baritada 
· Ultrassom endoscópico 
· Laparoscopia 
· Hemograma
Esôfago de Barret – complicação da DRGE crônica 
· Acomete mais homens entre 40 e 60 anos 
· É uma displasia de baixo ou alto grau 
· Pode ser identificado por meio de endoscopia e biopsia 
Morfologia 
· Lesão reconhecida como várias manchas vermelhas de mucosa avermelhada 
· A mucosa metaplasica alterna com a mucosa escamosa (esofágica) lisa, pálida e conecta com a gástrica, marrom claro 
Adenocarcinoma esofágico 
· Mais comum em homens, caucasianos de países desenvolvidos 
Fatores de risco 
· Epitélio de Barret (DRGE)
· Tabagismo 
· Obesidade 
· Terapia de radiação previa 
· Bifosfonados orais 
Patogenia
· Crescimento polipoide ou exofilitico 
· Progressão do esôfago de Barret 
· Alterações genéticas e epigenéticas 
· Amplificação dos genes Rb e ciclina 
· Mutação ou superexpressão de p53 nos estágios iniciais 
· Expressão aumentada do TNF 
 Morfologia 
· Esôfago distal – pode invadir a cárdia gástrica adjacente 
· Fragmentos aplanados 
· Massas nodulares – padrão glandular atípico (produz muco)
· Crescimento intraesofagico, intragastrico e juncional 
· Ulcerado, infiltrativo e pode ser multicêntrico
Progressão tumoral 
· Refluxo ácido > metaplasia intestinal > displasia epitelial > neoplasia 
Manifestações clínicas 
· Disfagia progressiva
· Rouquidão 
· Odinofagia 
· Perda de peso 
· Dor torácica 
· Icterícia 
Carcinoma epidermoide 
· Mais prevalente em homens afro-descendentes com mais de 25 anos, moradores de áreas rurais e países subdesenvolvidos 
Fatores de risco 
· Etilismo 
· Tabaco 
· Infecção por HPV
· Deficiência nutricional 
· Obesidade 
· Dieta
· Genética 
· Consumo de bebidas quentes
· Antecedentes a lesão esofágica caustica 
· Acalasia 
Patogenia 
· Alterações genéticas e epigenéticas 
· Genes supressores p53 e p116
· Fatores ambientais
· Etilismo
· Tabagismo 
Morfologia 
· Acomete oterço médio do esôfago 
· Lesão in-Situ – displasia escamosa, espessamento pequeno branco ou cinza, semelhante a placas
· Carcinoma avançado – ulcerado, anular, exofitico, infiltrativo difuso
· Presença de pérolas córneas, núcleos hipercorados e pleomorfismo nuclear 
Manifestações clínicas 
· Disfagia 
· Odinofagia
· Dor torácica 
· Hematêmese 
· Perda de peso 
ESTOMAGO 
· Na muscular da cárdia, corpo e fundo, ocorre a produção do hidrogênio e do cloro, originando o ácido clorídrico 
Anatomia
· Dividido em 4 regiões – cardia, fundo, corpo e antro
· Situado no abdome, parcialmente coberto pelas costelas
· Localizado no quadrante superior esquerdo 
Histologia 
· Túnica mucosa – epitélio cilíndrico simples, lâmina própria e muscular da mucosa
· Submucosa – tecido conjuntivo + vasos e nervos 
· Muscular – fibras musculares longitudinal, circular e obliqua 
· Serosa (adventícia) – mesotelio e epitélio pavimentoso simples 
Neoplasias malignas 
· As complicações podem gerar uma anemia ferropriva, causando:
· Sangramentos 
· Diminuição da concentração de hemoglobina 
· Diminuição da quantidade de hemácias no sangue 
· Deficiência nutricional 
Adenocarcinoma gástrico 
· Acomete 60% do antro, 20% do antro e do corpo e de 10 a 4% da cárdia 
Patogenia 
· Infecção por H. pylori > gastrite crônica > atrofia > metaplasia intestinal > displasia > carcinoma 
· Mutações no CDH1 e na E-caderina 
· Gastrite autoimune 
· Ingestão de alta concentração de nitrato 
Vias de disseminação 
· Linfática – nódulo de Virchow
· Hematológica – intestino 
· Peritoneal – tumor de Krukenberg 
Manifestações clínicas 
· Perda de peso 
· Anorexia 
· Dor epigástrica 
· Hábitos intestinais alterados 
· Anemia ferropriva
· Ictericia (metástase para o fígado)
· Tosse (metástase para o pulmão)
Diagnostico 
· Exame baritado 
· Biopsia 
Classificação 
· Classificação de Lauren (histológica)
· Intestinal – bem diferenciado, confirmação de estruturas glandulares, prognostico mais favorável 
· Difuso – indiferenciado, sem formações glandulares, apresenta células em anel de sinete, linite plástica e possui o pior prognostico 
· Classificação de acordo com a profundida de invasão 
· Precoce – lesão confinada a mucosa e a submucosa in-situ
· Avançado – se estende até a parede muscular, apresenta três padrões: exofitico, aplanado e escavado
· Classificação de Borrman (macroscópica)
· B1 – lesão polipoide ou vegetante, bem limitada 
· B2 – lesão ulcerada, bem delimitada e de bordas elevadas 
· B3 – lesão ulcerada, infiltrativa em partes ou em todas as bordas
· B4 – lesão difusamente infiltrativa não se notando limite entre o tumor e a mucosa normal 
Tumor gastrointestinal estromal – lesão submucosa, não epitelial composta por células fusiformes
Patogenia 
· Apresentam mutações oncogenicas do tipo ganhadora de função que codifica a tirosina quinase C-Kit
· Mutações que ativam uma tirosina quinase relacionada com um receptor de fator de crescimento derivado de plaquetas 
· Ambos produzem sinais intracelulares que favorecem a proliferação e sobrevivência das células tumorais 
Morfologia 
· Formam uma massa corpulenta, bem circunscrita e isolada, coberta por mucosa intacta ou ulcerada 
Características clínicas 
· A ulceração pode causar perdas sanguíneas e estar relacionada a efeitos de massa 
Linfoma – surge do tecido linfoide associado a mucosa (MALT)
Patogenia 
· Translocações atuam na patogenia, sendo passiveis de falhas na resposta
· Promovem ativação do NK-K, fator de transcrição que promove crescimento e sobrevivência das células B
· MALT não apresentam translocações 
· H. pylori realiza o processo de ativação 
· Podem se marginalizar 
Morfologia 
· Formal infiltrado linfocitico na lâmina própria 
· Infiltram-se nas lâminas gástricas para criar lesões linfoepiteliais 
· Expressam CD19 e CD20 
· Não expressam CD5 e CD10 
Características clínicas 
· Dispepsia 
· Dor epigástrica 
· Hematêmese 
· Melena
· Sintomas constitucionais 
 
Tutoria 6
Anatomia do pulmão 
· É dividido em direito e esquerdo 
· Direito – possui 3 lobos (inferior, superior e médio) e duas fissuras (horizontal e obliqua)
· Esquerdo – possui 2 lobos (inferior e superior) e uma fissura (obliqua) 
· Entre os dois pulmões está o hilo pulmonar 
· O pulmão é protegido pela pleura (túnica serosa)
· Cada pulmão é formado por um ápice, três faces e três margens
· Constituídos por bronquíolos respiratórios, ductos alveolares e alvéolos pulmonares 
Histologia do pulmão 
· Epitélio respiratório – pseudo-estratificado cilíndrico ciliado com células caliciformes 
· Alvéolos – epitélio simples pavimentoso com pneumocitos I (trocas gasosas) e pneumocitos II (produção de surfactante), há presença de células neuroendócrinas 
· Bronquíolo – epitélio cilíndrico simples ciliado 
· Bronquíolos terminais – células da Clara 
· Bronquíolos respiratórios – associados aos alvéolos 
· Brônquio – há presença de cartilagem 
Fisiologia do pulmão 
· Troca de gases entre o ar inspirado e o sangue 
· Produção do ECA – influencia no sistema renina-tensina-aldosterona que regula a pressão arterial a longo prazo
· O ar tende a passar de onde tem mais pressão para onde tem menos pressão – complascencia pulmonar
Inspiração – a entrada de ar no pulmão ocorre pela contração da musculatura do diafragma e dos músculos intercostais, onde o diafragma abaixa e as costelas elevam-se promovendo o aumento da caixa torácica com consequente redução da pressão interna, forçando o ar a entrar nos pulmões 
Expiração – a saída de ar dos pulmões da-se pelo relaxamento da musculatura do diafragma e dos intercostais, o que diminui o volume da caixa torácica com consequente aumento da pressão interna forçando o ar a sair dos pulmões 
Neoplasias malignas do pulmão 
Epidemiologia 
· Segundo mais comum em homens e mulheres no Brasil 
· Taxa de vida de 18% (em 5 anos)
· Ocorre entre 50 e 70 anos
· 70% ocorre em tabagistas e ex-tabagistas 
Rastreio 
· Indicado para indivíduos assintomáticos com as seguintes características:
· 55 a 80 anos
· Carga do tabagismo >= a 30 maços/ano 
Fatores de risco 
· Tabagismo 
· Fatores genéticos (P53, EGFR e P3)
· Poluentes do ar 
· Infecções pulmonares de repetição 
· Idade avançada
· Exposição ocupacional a agentes químicos ou físicos, água contaminada com arsênico 
· Lesões precursoras (hiperplasia adenomatosa típica, hiperplasia de células escamosas e carcinoma in situ)
· Exposição ao hidrocarboneto aromático policíclico 
Tipos histológicos 
Adenocarcinoma 
· Mais frequente em mulheres
· Não está associado ao tabagismo
· Possui localização periférica 
· Produz mucina 
· Massas tumorais grandes 
· Focos de metaplasia e displasia escamosa 
· Pode ser acinar, papilar ou solido 
· Possui um subtipo – carcinoma bronquialveolar 
· Derivação das células alveolares, formando massas, lesão difusa multinodular ou infiltrado 
· Ocorre na periferia 
· Arquitetura fica mantida 
· Pode ser do tipo mucinoso (células caliciformes) ou do tipo não mucinoso (pneumocitos II)
· São bem diferenciados, não invadem vasos, estroma ou pleura
· É considerado uma lesão pré-invasiva (carcinoma in situ)
· Possui bom prognostico 
· Ocorre mutações nos genes EGFR e ALK
Carcinoma epidermoide 
· Associado ao tabagismo 
· Possui localização central 
· Presença de figuras de mitose 
· Apresenta pleomorfismo nuclear 
· Há formação de pérolas córneas
· Invasão de tecidos e vasos
· Produção de queratina e pontes intercelulares 
Macroscopia 
· Massa infiltrativa e destrutiva de cor esbranquiçada, podendo apresentar necrose e cavitação 
Patogenia 
· Mutações no P53
· Perda de expressão no gene supressor de tumor Rb1
· Superexpressao do gene EGFR e alta expressão do HR2
Carcinoma de células pequenas 
· Mutação no gene MYC
· Associado ao tabagismo 
· Possui localização central 
· Tem origem nas células endócrinas 
· Pode produzir e secretar hormônios (ADH e ACTH)
· Possui prognostico ruim
· Metaplasia escamosa > displasia escamosa > carcinoma invasivo 
Macroscopia 
· Lesão mole, branca, lobulada
· Pode ter necrose e hemorragiaMicroscopia 
· Células pequenas 
· Citoplasma escasso 
· Presença de mitoses 
Carcinoma de células grandes 
· Apresenta crescimento lento 
· Altamente indiferenciado 
· Possui localização periférica 
· Prognostico ruim
Microscopia 
· Núcleo evidente
· Citoplasma abundante
Macroscopia 
· Crescimento solido e uniforme
· Forma um ninho de células 
· Pode ter áreas com necrose e hemorragia 
Tumores carcinoides 
· Não é associado ao tabagismo 
· Ocorre em ambos os sexos 
· Podem ser centrais ou periféricos 
· Apresentam bom prognostico 
Pode ser divido em:
· Típico – possui ninho de células uniformes, núcleos redondos, mitoses raras ou ausentes, baixo pleomorfismo e taxas baixas de necrose 
· Atípico – maior índice mitótico, presença de necrose, matastase para linfonodos e apresenta mutação no TP53
Sintomas 
· Tosse
· Infecção brônquica
· Infecção pulmonar 
· Hemoptise 
Histologia 
· Apresenta núcleos pequenos, arredondados e uniformes 
· Citoplasma moderado
· Formação de rosetas 
Vias de disseminação das neoplasias malignas – linfática e hematogênica 
Diagnostico 
· Exame de escarro ou lavado brônquico 
· Broncoscopia 
· Punção aspirativa por agulha fina ou biopsia por agulha guiada por TC
· Citologia oncológica 
· Raio-X do tórax acompanhado de TC
· Sinais e sintomas – fadiga, febre, dores inexplicáveis, alterações gastrointestinais, micção, achados esbranquiçados, feridas que não cicatrizam e caroços no peito (região pulmonar)
Tratamento 
· Segmenctomia ou ressecção em cunha
· Lobectomia e pneumectomia 
· Quimioterapia, radioterapia e terapia-alvo 
· Cuidados paliativos (promover conforto, qualidade de vida e bem-estar social)
Síndromes paraneoplasicas – referem-se a distúrbios clínicos que não podem ser diretamente atribuídos diretamente aos efeitos físicos do tumor primário ou metastático 
· Hipercalcemia – secreção de peptídeo (hormônio da paratireoide)
· Síndrome de Cushing – devido ao ACTH
· Secreção inadequada do ADH
· Baqueteamento dos dedos e osteoartropatia pulmonar hipertrófica 
· Anormalidades da coagulação (tromboflebite migratória, endocardite, coagulação intravascular disseminada)
· Neuropatia periférica 
· Síndrome de Lambert
· Síndrome de Claude-Bernard-Horne
· Síndrome de Pancost
· Síndrome da compressão da veia cava 
Essas síndromes podem ser causadas por:
· Produção de substâncias pelas células tumorais, responsaveis pelos efeitos sistêmicos 
· Diminuição de substâncias habitualmente presentes no organismo, que leva ao aparecimento de sintomas 
· Resposta imunitária do hospedeiro ao tumor 
Normas de nomenclatura das neoplasias malignas 
Prefixo – é baseado na histogênese e histopatologia (lugar de origem do tumor)
Sufixo 
· OMA – indicativo de benignidade 
· BLASTOMA e CARCINOMA – indicativo de malignidade 
Exceções 
· Mieloma, melanoma, linfoma, leucemia, hepatoma, neuroblastoma 
Tutoria 7 
Anatomia do intestino grosso 
· Mede cerca de 6,5 cm de diâmetro e 1,5 m de comprimento 
· É dividido em 4 partes – ceco, colo (ascendente, transverso, descendente e sigmoide), reto e anus 
Histologia do intestino grosso 
· Não há vilosidades
· O epitélio invagina-se nas glândulas intestinais (de Lieberkhun) – glândulas exócrinas tubulares simples retas
· O epitélio é simples colunar com células caliciformes 
· Contém células tronco e enteroendócrinas 
Tumores intestinais não neoplásicos 
Pólipos harmatomatosos – são crescimentos semelhantes a tumores, compostos de tecido maduro que estão presentes no local no qual esses se desenvolvem 
· Pólipos juvenis – malformações focais do epitélio da mucosa e da lâmina própria 
· Ocorrem mutações no gene SMAD4 e BMPR1A
· Ocorrem em crianças com menos de 5 anos
· Estão presentes no reto e podem apresentar sangramento retal 
· Peutz-Jeghers – síndrome autossômica dominante rara, mais comuns aos 11 anos com múltiplos pólipos harmatomatosos gastrointestinais e hiperpigmentação mucocutanea 
· Ocorrem principalmente no colon
· Aumenta o risco de neoplasias 
· Ocorrem mutações nos genes LKB1 e STK11
· Cronkhite-Canadá – frequente em indivíduos acima de 50 anos 
· Não é hereditária e são caracterizados por pólipos colonicos harmatomatosos
· Manifestações clínicas – não são específicos e incluem diarreia, dor abdominal e fraqueza 
· Síndrome BannayanRuvalcaba-Bailey – síndrome autossômica dominante associadas a mutações de perda de função no gene supressor de tumor PTEN
· Presença de pólipos harmatomatosos gastrointestinais, lipomas, macrocefalia, hemangiomas 
Pólipos hiperplásicos 
· Proliferações epiteliais comuns, resultantes da reposição diminuída de células epiteliais e do atraso na descamação das células epiteliais superficiais, levando a encalhamento das células caliciformes e das células absortivas 
Pólipos inflamatórios
· Relaxamento prejudicado do esfíncter anorretal, que leva a abrasão e à ulceração da mucosa retal sobrejacente 
· Manifestações clínicas – sangramento retal, corrimento mucoso, lesão inflamatória da parede retal
Tumores intestinais neoplásicos 
Polipose adenomatose família – distúrbio autossômico dominante no qual os pacientes desenvolvem numerosos adenomas colorretais quando adolescentes
· Ocorrem mutações no gene APC e MUTYH
· Diagnostico – no mínimo 100 polipos 
· Manifestações clínicas – síndrome de Gardner e Sindrome de Turcot 
· Síndrome de Gardner – osteomas de mandíbula, ossos longos, cistos epidérmicos, tumores desmoides, tumores tireoidianos e anormalidades dentarias 
· Sindrome de Turcot - adenomas intestinais e tumores do sistema nervoso central, desenvolvem meduloblastomas e glioblastomas
Câncer de colorretal não polipoide hereditário – agregação familiar de câncer em locais como colo, reto e endométrio 
· Também é conhecido como Síndrome de Lynch 
· Causado por 5 genes de reparo MSH2 e MLH1
· São modificações no DNA microssatélite que levam instabilidade de comprometimento nas células tumorais 
· São mutações herdadas nos genes que codificam proteínas 
Adenomas – lesões benignas precursoras dos adenocarcinomas colorretais
· São caracterizados pela presença de displasia epitelial, hipercromasia nuclear, alongamento e estratificação 
· Morfologia – superfície com textura aveludada ou semelhante à framboesa, podem ser pedunculados ou sesseis
· Manifestações clínicas – maioria assintomática, pólipos grandes, presença de sangramento oculto, anemia e hipocalcemia
· Possui três tipos:
· Tubulares – pólipos pequenos e pedunculados 
· Vilosos – pólipos maiores e sesseis, cobertos por vilosidades delgadas, são mais invasivos 
· Túbulo-vilosos – mistura de elementos tubulares e vilosos 
Adenocarcinoma pouco diferenciado 
· Malignidade mais comum do trato gastrointestinal 
· Pico de incidência aos 60-70 anos de idade, em homens 
Morfologia 
· Tumores do colon proximal – massas polipoides e exofiticas que se estendem a parede do ceco até o colon ascendente, raramente ocorre obstrução 
· Tumores do colon distal – lesões anulares que produzem constrições e estreitamento luminal, pode ocorrer obstrução 
Manifestações clínicas 
· Geralmente assintomáticos 
· Ceco e colo direito – fadiga e fraqueza, devido a anemia 
· Colo retal esquerdo – sangramento oculto, mudança nos hábitos alimentares e cólicas no quadrante esquerdo inferior 
Vias de disseminação
· Linfonodos regionais 
· Pulmões e ossos
· Como consequência da drenagem portal do colon, o fígado é o local mais comum de lesões metastáticas 
Fatores de risco 
· Obesidade e sedentarismo 
· Dietas ricas em carne vermelha e alimentos processados 
· Tabagismo e alcoolismo 
· Idade superior a 60 anos 
· Histórico de pólipos 
· Histórico de doença inflamatória intestinal 
· Mutações genéticas no gene APC, K-RAS e p53
Rastreio 
· A partir do 50 anos 
· A partir dos 40 anos em pessoas com histórico da doença na família 
Diagnostico 
· Exame de sangue oculto nas fezes
· Colonoscopia 
· Retosigmoidoscopia 
· Tomografia computadorizada e ultrassom
· Raio-X do tórax e ressonância 
· Marcador tumoral CEA – antígeno carcino embrionário, isoladamente não determina diagnostico (serve de acompanhamento)Patogenia 
· Via APC/B-catenina – esta associada a WNT e a sequência adenoma-carcinoma clássica, ocorrem mutações tardias no p53, K-RAS e APC
· Via de instabilidade de microssatélites – associada a defeitos no reparo mismatch do DNA, ocorre mutação acumulada gradual, que se inicia por um fator de metilação (TGF-B2, BAX, MLH1 e BRAF)
Tutoria 8 
Anatomia da mama 
· Lóbulos e ductos
· Seios galactóforos 
· Divisão em quadrantes 
Histologia da mama 
· Tecido glandular e adiposo 
· Glândulas tuboalveolares exócrinas 
Lesões benignas da mama 
· Alterações não proliferativas – não aumentam o risco de câncer 
· Doença proliferativa – leve aumento do risco de câncer 
· Doença proliferativa com atipia – moderado aumento do risco de câncer 
Alterações não proliferativas
· Nódulos irregulares
· Mamas densas com cistos 
· Achados histológicos benignos 
· 3% se tornam carcinoma invasivo 
Cistos – dilatações e desenvolvimento dos lóbulos 
· Íntegros, contem fluido turvo e semitranslucido 
· Podem calcificar 
Fibrose – rompimento dos cistos, liberando secreção para o estroma adjacente 
Adenose – aumento do número de acinos por lóbulo 
· Calcificações presentes 
· Podem ser o precursor reconhecido mais precoce da neoplasia epitelial 
Fibroadenoma – mais comum 
· Ocorrem entre 20 e 30 anos
· São múltiplos e bilaterais 
· Apresentam massas palpáveis e densidade
Filoide – comum em mulheres com 50 anos 
· Massas palpáveis 
· Variam de tamanho, mas podem envolver toda a mama 
· Alta atividade mitótica, anaplasia e aumento do estroma 
Doenças mamarias proliferativas sem atipia 
· Detectadas como densidades mamograficas, calcificações ou achados incidentais 
Hiperplasia epitelial – ductos e lóbulos mamários normais são revestidos por dupla camada de células mioepiteliais e células luminais que preenchem os ductos e lóbulos 
Adenose esclerosante – número aumentado de acinos por ducto terminal 
· Consistência dura 
· Arranjo lobular mantido 
· Acino comprimido e distorcido no centro e dilatado na periferia 
Lesão esclerosante complexa (cicatriz radial) – componentes da adenose esclerosante, papilomas e hiperplasia epitelial 
· Única lesão benigna de ocorrência comum que forma massas irregulares 
Papilomas – múltiplos eixos ramificados fibromusculares centrais 
· Crescimento ocorre dentro dos ductos 
· Mais de 80% produzem descarga papilar, podem infartar e resultar em descarga sanguinolenta e translucida 
Doenças mamarias proliferativas com atipias 
· Proliferação celular que se assemelha ao carcinoma in situ, mas tem poucas características qualitativas ou quantitativas para diagnosticar carcinoma 
· Algumas das perdas e ganhos genéticos presentes no carcinoma in situ
Hiperplasia lobular atípica – proliferação de células idênticas ao do carcinoma in situ (CLiS)
· As células não preenchem mais de 50% dos acinos em um lóbulo 
· Achado incidental 
Hiperplasia ductal atípica – semelhanças histológicas com o carcinoma in situ (CDiS)
· Limitada em extensão 
· Preenche parcialmente o ducto 
Lesões malignas da mama 
Precursoras – in Situ
· Proliferação neoplásica limitada na membrana basal 
Carcinoma Ductal in Situ (CDiS)
· De todos os canceres detectados pela mamografia, metada são CDiS
· Muitos são detectados como resultado de calcificações 
· Pode produzir secreções papilares 
· Preservação das células mioepiteliais 
· Apresenta tipos:
· Comedocarcinoma – presença de massas solidas, células pleomorficas com núcleo hipercromatico de alto grau e áreas de necrose central 
· CDiS não comedo – consiste em uma população monomórfica com células de graus nucleares variados: solido, cribriforme, papiliferos e micropapiliferos 
· Doença de Paget – manifestação rara, apresenta erupção eritematosa unilateral com uma crosta escamosa 
· CDiS com microinvasao – área de invasão pela membrana basal para o estroma menos que 0,1 cm
Carcinoma Lobular in Situ (CLiS)
· Achado incidental de biopsia, já que não esta associado a calcificações 
· Comum em mulheres mais novas 
· Pode ocorrer metástases 
· Perda de expressão da E-caderina 
· Bilateral em 20 a 40% dos casos
Carcinoma invasor 
· Massas palpáveis e metástases linfonodais axilares presentes em mais de 50% dos pacientes 
Carcinoma lobular invasivo 
· Massas palpáveis de bordas irregulares 
· Geralmente bilaterais 
· Metástase no peritônio, retroperitônio, ovário e útero 
· Perda da E-caderina 
· Bloqueio da drenagem linfática, causando retração da mama, aspecto de casca laranja 
Carcinoma ductal invasivo 
· 70-80% dos carcinomas
· Resposta desmoplasica 
· Massas palpáveis de bordas irregulares 
· 30% vao superexpressar o HER2/neu
· Pode ocorrer metástase em ossos, pleura, pulmões e fígado 
· Pode ser bem diferenciado, moderadamente diferenciado e pouco diferenciado 
Carcinoma medular
· Comum por volta dos 60 anos 
· Metástases frequentes
· Massas circunscritas, macias a palpação 
· Pouco diferenciado 
· Alta atividade mitótica 
· Não há expressão do HER2/neu e não possuem receptores de estrogênio e progesterona (triplo negativo)
· Afeta pessoas com mutação no gene BRCA1
Carcinoma mucinoso (coloide)
· Ocorre em mulheres idosas com 70 anos 
· Crescem de forma lenta
· São receptores de estrogênio 
· Metástases linfonodais são incomuns 
Carcinoma tubular 
· Massas palpáveis 
· Comuns aos 40 anos 
· Receptor de estrogênio positivo e de HER/neu negativo 
· Celula tumoral em contato direto com o estroma
· Ausência de camada mioepitelial 
· Pode ocorrer calcificação 
· Bem diferenciados 
Carcinoma papilar invasivo 
· 1% de todos os canceres invasivos 
· RE-positivo 
· Prognostico favorável 
Carcinoma micropapilar invasivo 
· Metástases linfonodais 
· RE-negativo
· HER2/neu positivo 
· Prognostico desfavorável 
Carcinoma metplasico 
· Triplo negativo 
· RP e RE negativos 
· HER2/neu negativo 
Carcinoma inflamatório 
· Mama ampliada, entumecida e eritematosa 
· Obstrução dos gânglios linfáticos – linfedema 
· Mau prognostico 
· Ação inflamatória linfoplasmocitaria presente 
Câncer de mama esporádico 
· Relacionados a exposição hormonal: sexo, idade da menarca e da menopausa, história reprodutiva, amamentação e estrogênios exógenos 
· Ocorrem em mulheres pós-menopausa
· São RE-positivos e RP-positivos
Câncer de mama hereditário – causa primaria do câncer de mama
· Mutações no gene BRCA1 – auementa o risco de câncer de mama e de ovário, pouco diferenciado, não expressam receptores de hormônio e HER2, difuso por conta da perda da E-caderina, associado a perda ou re-duplicação do cromossomo X
· Mutações no gene BRCA2 – reponsável pelo câncer de mama e por até 20% dos canceres de ovário, é frequente no câncer de mama masculino
· Mutações nos dois genes – responsável por 3% dos canceres de mama e alto risco de câncer prostático e pancreático 
· Síndrome de Lifraumene – mutação no TP53
Epidemiologia
· Malignidade não da pele mais comum em mulheres 
· Aumento de casos devido ao aumento de rastreio (detecção precoce)
Fatores de risco 
· Sexo feminino
· Idade > 50 anos 
· Idade da menarca < 11 anos 
· Alterações genéticas (BRCA1, BRCA2, TP53, MUTHY)
· Parentes de 1º grau com câncer de mama 
· Hiperplasia atípica 
· Etnia 
· Exposição estrogênica: terapia de reposição hormonal 
· Alta densidade mamaria 
· Exposição e radiação 
Sinais e sintomas 
· Nódulo da mama 
· Endurecimento da mama
· Inchaço em parte da mama, semelhante a casca de laranja 
· Abaulamentos ou retrações na mama
· Ulceração ou inversão do mamilo 
· Vermelhidão e descamação na pele do mamilo ou na pele da mama
· Saída de secreção pelo mamilo 
· Nódulos nas axilas 
Progressão da lesão 
Alteração não proliferativa 
Doença proliferativa sem atipia 
Hiperplasia atípica CDiS de alto grau carcinoma invasivo de alto grau
 (via RE -)
CDiS baixo/moderado grau carcinoma invasivo de baixo moderado grau
 (viaRE +) 
Diagnostico 
· Exame clínico das mamas
· Exames de imagem – ultrassonografia de mama, ressonância magnética, tomografia e cintilografia 
· Mamografia 
· Mapeamento genético 
Tratamento 
· Cirúrgico 
· Mastectomia – remoção completa da mama 
· Lumpectomia – remoção de uma pequena parte da mama
· Quadrantectomia – remoção de ¼ da mama
· Linfadenectomia – pesquisa de linfonodo sentinela 
· Radioterapico – destruir eventuais células que restaram
· Quimioterápico – medicação 
· Profilático – histerectomia (simples ou radical), ooforectomia e mastectomia bilateral 
Tutoria 9 
Hematopoese 
· Ocorrência 
· Na fase embrionária – saco vitelínico, fígado e baço
· Do 3º mês em diante – na medula óssea 
· A hematopoese é controlada pela eritropoetina (rim), trombopoetina (rim) e citocinas 
· A medula óssea pode ser vermelha ou amarela 
· Vermelha – localizada no tecido conjuntivo vascularizado, entre os espaços microscópicos, entre as trabéculas do tecido ósseo esponjoso. Atua na produção de células sanguíneas 
· Amarela – localizada no tecido esponjoso mole, no interior dos ossos longos. Substitui a medula óssea vermelha durante a vida 
· A hematopoese tem como precursor as células tronco hematopoiéticas, que podem ser de linhagem mieloide ou linfoide 
LEUCEMIA – proliferação neoplásica de uma linhagem de células anormais do tecido hematopoiético resultando em um maior ou menor derramamento dessas células no sangue 
· As leucemias representam 30% dos canceres em crianças 
· Tem como método diagnostico inicial o hemograma e para a confirmação é realizado o aspirado de medula óssea (avalia morfologia, citoquimica, imunofenotipagem e citogenética) e a biopsia de medula óssea 
· Pode ser aguda ou crônica e mieloide ou linfoide 
Leucemias agudas 
· Aumento do número de leucócitos no sangue 
· Mais de 20% de blastos no sangue periférico 
· Os blastos acumulam-se na medula óssea causando hematopoese ineficiente – anemia aguda (fadiga), trombocitopenia (sangramentos) e neutropenia (infecções)
· É diagnosticada pelo hemograma e pelo aspirado de medula óssea 
Leucemia mieloide aguda – o clone neoplásico pode originar da célula tronco do mieloblasto, promielocito, proeritroblasto e megacarioblato
· Prevalente em homens adultos acima dos 60 anos 
· Sobrevida de 1 a 3 meses se não tratada
· Tratamento – quimioterapia e transplante de medula óssea 
Manifestações clínicas 
· Sinais de falência medular (anemia, neutropenia e plaquetopenia)
· Sinais de infiltração tecidual (na gengiva e no SNC)
· Sinais de leucostase (infiltração pulmonar)
Patogenia 
· Ativação da tirosina quinase que promove a ativação do gene FLT3, promovendo a proliferação e sobrevida da celula
· Rearranjo cromossômico do P8 e P21 vão romper a fusão do CBF1a e CBF1b, que vão bloquear a maturação das células mieloides 
Diagnóstico 
· Hemograma – plaquetas e hemoglobina baixas, presença de blastos, anemia normocromica e normocítica e trombocitopenia 
· Aspirado de medula óssea – presença de blastos mieloides e bastonetes de Auer
· Citoquimico – positivo para mieloperoxidase e SBB
· Imunofenotipagem – CD34, CD13, CD14 e CD33
· Citogenetica – ruptura dos genes CBF1a e CBF1b
Leucemia linfoblastica aguda/linfoma linfoblastico – podem ser chamadas de leucemia ou linfomas. O clone neoplásico tem origem em células pré-T ou pré-B, ou de um linfócito B que assume característica de blasto 
· Mais comum da infância 
· Possui um melhor prognostico em crianças 
· Acomete mais meninos 
Patogenia 
· Alterações cromossômicas estruturais e genéticas que são responsáveis pela mutação no NOTCH1 (responsável pelo desenvolvimento de células T)
Sinais e sintomas 
· LLA-B – leucemia linfoblastica aguda de células B, expressam CD19, CD10 e CD20
· Linfoma de células imaturas
· Crianças com pancitopenia secundaria a infiltração medular
· Sem não houver tratamento é letal
· Células semelhantes a linfoblastos
· LLA-T – leucemia linfoblastica aguda de células T, expressam CD1, CD2, CD3, CD5, CD7 e CD8
· O tipo T está associado a massa mediastinal em adultos jovens (linfoma porque forma massa)
· Células imaturas
· Prefere adolescentes do sexo masculino 
· Acomente SNC e testículos 
· Altamente agressivo, mas responde bem ao tratamento 
· Células do tipo linfoblasto 
· Os sintomas são febre, perda de peso ponderal e sudorese noturna 
Leucemias crônicas 
· Proliferação neoplásica de células maduras
· Curso clínico lento 
· Geralmente evolui para forma aguda 
· Maior incidência em adultos idosos
· Acúmulo lento e gradativo de clones neoplásicos leucocitários na medula óssea e no sangue 
Leucemia linfocitica crônica – composta por linfócitos pequenos com meia vida alta, que se acumulam na medula óssea, formando um centro de proliferação
· Atinge homens adultos e idosos acima dos 60 anos 
Patogenia 
· Delação do cromossomo 11Q, 17P e 12Q
· Perda de hipermutação somática 
· Expressão de ZAP-70
· Gene BCL2 inibe a apoptose 
Manifestações clínicas e laboratoriais 
· Geralmente assintomático 
· Podem apresentar anorexia, perda de peso linfadenopatia, hepatomegalia e esplenomegalia 
· Linfocitose acentuada 
Leucemia mieloide crônica – caracterizada pelo acumulo lento e gradativo de clones neoplásicos leucocitários na medula óssea e no sangue, acúmulo de células maduras em fase tardia de maturação
· Proliferação neoplásica de células maduras
· Curso clinico lento 
· Geralmente evolui para forma aguda 
· Maior incidência em adultos e idosos
Patogenia
· Translocação entre o gene do cromossomo 9 e o do cromossomo 22, gerando o cromossomo Philadelphia com genes CRB/ABL, que codificam a proteína tirosina quinase, aumentando a divisão celular e bloqueando a apoptose 
Evolução clínica
· Fase crônica – proliferação de células granulociticas
· Fase acelerada – expansão das células granulociticas e aumento progressivo do baço 
· Crise blastica – cursa com uma leucemia crônica, insuficiência dos órgãos e morte 
Manifestações clínicas e laboratoriais 
· Esplenomegalia 
· Hiperleucocitose
· Trombocitose 
· Fadiga e perda de peso 
Leucemia de células cabeludas – proliferação neoplásica de células B maduras, caracterizadas por células com projeções citoplasmáticas 
· Comum em homens de idade avançada, por volta dos 55 anos
· Prevalência em brancos
· 2% de todas as leucemias
Patogenia 
· Células positivas para fosfatase acida resistente ao tartarato (TRAP)
Sinais e sintomas
· Esplenomegalia 
· Infiltração da medula óssea
· Aspirado de medula óssea seco, por conta da fibrose medular 
LINFOMAS – neoplasias com formação de massas teciduais ou linfonodais de origem monoclonal
· Podem ser encontrados no pescoço, virilha, axila, abdome e tórax
· Podem ser classificados em Hodgkin e não Hodgkin 
Linfomas de Hodgkin 
· Linfonodomegalia cervical mediastinal 
· Disseminação contigua – linfonodo-baço-figado-medula óssea-tecidos extranodais
· Mais comum em homens entre os 15 e 30 anos e após os 55
· Se manifesta com febre, sudorese e perda de peso 
· Possui 4 subtipos – esclerose nodular, celularidade mista, rico em linfócitos e depleção linfocitária 
Patogenia 
· Distúrbio clonal que origina as células de Reed-Sternberg, a qual é derivada das células B e pode estar associada ao EBV
· As células RS possuem núcleo multilobulado, nucléolos proeminentes e citoplasma eosinofilico
· Os genes IG das células RS vão sofrer recombinação e hipermutação somática de origem das células B do centro germinativo 
· As células expressam CD15 e CD30
Linfomas não Hodgkin 
· Ausência de células RS
· Podem aparecer em qualquer região do sistema linfático 
· Possuem disseminação variável 
· Possui maior incidência em idosos
· Classificada em indolentes, agressivos e altamente agressivos 
Manifestações clínicas 
· Aumento volumétrico e indolor de um ou mais linfonodos, originando linfonodomegalias volumosas, disseminadas ou isoladas 
· Sintomas são de fraquza, perda de peso, hemorragia e infiltração do tecido cutâneo

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