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DISTURBIOS HEMATOLOGICOS

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DISCIPLINA: SEMIOLOGIA
WELLESON CHAGAS BARROS
DISTÚRBIOS HEMATOLÓGICOS
São Luís
2020
WELLESON CHAGAS BARROS
DISTÚRBIOS HEMATOLÓGICOS
Trabalho apresentado à Disciplina de Semiologia, visando obtenção de nota referente ao 5º Período do Curso de Odontologia da Faculdade EDUFOR, São Luís, MA.
Prof. Doutor, em implantodontia. Cris Morett.
São Luís
2020
DISTÚRBIOS HEMATOLÓGICOS
INTRODUÇÃO
O sangue é considerado um tecido vivo e é constituído por uma variedade de células, diferentes entre si e com finalidades diversas especificas;
A série vermelha compõe o grupo das hemácias denominada pelos eritrócitos tem como principal função o transporte de oxigênio através do sangue em direção aos tecidos
A série branca compõe o grupo dos leucócitos, neutrófilos, eosinófilos, basófilos, linfócitos e monócitos.
Os leucócitos usam o sangue como transporte uma vez que são produzidos na medula óssea e atuam em tecidos e linfonodos são responsáveis pela defesa célula e humoral do organismo
Enquanto que a série plaquetária compõe um grupo de plaquetas também chama de trombóticos sua principal função está diretamente relacionada a fisiologia da hemostasia.
Os distúrbios hematológicos são divididos de acordo com as três linhagens sanguíneas
· Distúrbios dos eritrócitos;
· Distúrbios leucocitários;
· Distúrbios de sangramento.
DISTURBIOS DOS ERITRÓCITOS
Em sua maioria consiste nas anemias são importantes para o Cirurgião dentista e para a saúde do paciente por diversas razões, a primeira é que o dentista tem um importante papel na detecção de pacientes com anemia por meio da história, dos exames clínicos e dos resultados de testes laboratoriais de investigação, esses procedimentos iniciais servem como base para o encaminhamento ao médico especialista e para finalização do diagnóstico.
ANEMIA
A anemia é um termo genérico que indica uma queda no volume de células vermelhas no sangue ou na concentração de hemoglobina, este problema pode ser o resultado de vários fatores como:
1. Queda na produção eritrócitos;
2. Aumento da destruição dos eritrócitos;
3. Perda de eritrócitos.
Antes de ser uma doença por si só a anemia é um sinal de uma doença adjacente como Insuficiência renal, doenças do fígado, condições inflamatórias crônicas, malignidades e deficiência de vitaminas ou minerais.
CARACTERISTICAS CLINICAS
Os sintomas da anemia estão relacionados a redução da capacidade do sangue de transportar oxigênio devido ao redução no números de eritrócitos, sintomas como cansaço, cefaleia ou delírios podem ocorrer a palidez das membranas mucosas podem ser observados nos casos mais graves a conjuntiva palpebral é o local onde pode ser observado com maior facilidade, porem a mucosa bucal também pode apresentar sinais semelhantes.
TRATAMENTO
Depende da sua identificação e correção da causa subjacente, vejamos alguns exemplos. 
Anemia por deficiência de ferro:
 O tratamento baseado por parar a causa do sangramento;
Em casos de gravidez a deficiência de ferro é muitas das vezes solucionada após o nascimento do feto.
Transfusão de eritrócitos
É reservado para pacientes que estão apresentando sangramento ativo, anemia grave e sintomática que apresenta alguma doença de base
ANEMIA DE CÉLULAS FALCIFORMES
é um dos mais graves distúrbios genéticos da síntese de hemoglobina (hemoglobinopatias) por causa da substituição mutacional timina por adenina no DNA o códon é alterado para modificar o aminoacido valina em lugar do ácido glutâmico na cadeia beta globina da hemoglobina, isto resulta em uma molécula de hemoglobina que seu estado desoxigenado fica predisposta agregação molecular e polimerização, consequentemente as células vermelhas do sangue dos pacientes portadores de anemia de células falciformes apresentam a tendência a sofrer deformação da forma normal de disco bicôncavo, para um formato rígido e curvo (forma de foice).
 Os Eritrócitos falciformes são mais frágeis que o normal e tendem a bloquear os capilares por causa de sua forma e propriedades de aderência consequentemente os pacientes apresentam muitas dificuldades relacionadas a redução do fluxo sanguíneo para os órgãos e tecidos, produzindo isquemia e infartação e morte tecidual.
CARACTERISTICAS CLINICAS
Pode afetar qualquer tecido ou órgão, e o espectro clinico de desenvolvimento é muito variável, um dos sinais mais dramáticos dessa doença resulta na situação em que o afoiçamento dos eritrócitos torna-se grave, a crise pode ser precipitada por hipóxia, infecção, hipotermia ou desidratação, na maioria das crises não há um fator de predisposição identificável.
Os pacientes que apresentam uma crise relatam uma dor extrema causada por isquemia e infartação do tecido afetado.
Os ossos longos, pulmões e o abdome estão entre os locais mais afetados e cada episódio dura de 3 a 10 dias, os pacientes se tornam mais susceptíveis a infecções devido a destruição do baço em uma idade precoce por repetidas infartações.
CARACTERISTICAS CLÍNICAS RADIGRAFICAS
Os aspectos radiográficos Bucais da doença de células falciforme consistem em um padrão trabeculado reduzido da mandíbula por causa do aumento da hematopoese que ocorre nos espaços medulares, ocasionando uma aparência “fio de cabelo em pé” é observado na radiografia do crânio. Outros problemas bucais relatados são a maior incidência de osteomielite da mandíbula, parestesia prolongado do nervo mandibular e necrose pulpar assintomática.
TRATAMENTO
1. Profilático – evitar fatores que sabidamente precipitem crises, em especial a desidratação, anoxia, infecções, estase da circulação e resfriamento da pele;
2. Ácido fólico – 5 mg uma vez por semana;
3. Boas condições gerais de higiene e nutrição;
4. Vacinação contra o pneumococo e vacinação contra hepatite B;
5. Crises devem ser tratadas com repouso, aquecimento, hidratação via oral e/ou intravenosa e antibióticos se houver infecção;
6. Transfusões;
7. Hidroxiureia (15 a 20mg/kg por dia);
8. Transplante de celulas tronco;
9. Pesquisas com outras drogas.
TRATAMENTO ODONTOLÓGICO
1. Confirmar com o médico do paciente se a condição está estabilizada;
2. Marca sempre consultas curtas;
3. Evitar procedimentos longos e complicados;
4. Manter boa condição dentária;
5. Cuidados dentários preventivos agressivos:
A) Controle da dieta
B) Instrução higiene oral
C) Aplicação de gel e flúor
6. Evitar infeção bucal;
7. Anestesia local com epinefrina 1:100.000;
8. Evitar barbitúricos e narcóticos fortes, (USAR DIAZEPAN);
9. Profilaxia antibiótica;
10. Evitar uso de salicilatos: Acetaminofeno, Codeína.
ANEMIA APLASTICA
A anemia aplásica é uma doença rara que afeta a formação e o desenvolvimento de células do nosso sangue. Ela faz com que o corpo não produza glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas suficientes, tudo ao mesmo tempo. Na linguagem médica, isso é chamado de pancitopenia. Diferentes doenças e condições podem impedir nosso organismo (mais precisamente, nossa medula óssea) de produzir novas células sanguíneas de maneira saudável, mas 65% dos casos da anemia aplásica ocorrem espontaneamente, ou seja, quando não há causa possível de ser determinada.
CAUSAS DE ANEMIA APLÁSICA:
Anemias hereditárias: a anemia de Fanconi é a mais comum. Ela se manifesta por volta dos 10 anos de idade e normalmente está acompanhada de problemas no desenvolvimento de órgãos internos e dos ossos, podendo levar à ausência dos polegares e baixa estatura.
Deficiência na enzima telomerase: problemas com as enzimas responsáveis por manter as células capazes de se dividir e se multiplicar de maneira correta. Isso ocorre em cerca de 10% dos casos em que a anemia aplásica é iniciada na fase adulta.
Doenças autoimunes: como o lúpus eritematoso sistêmico. Intoxicação por substâncias químicas: como solventes orgânicos, inseticidas e colas, além da exposição à radiação, seja por acidente ou por tratamento terapêutico, como quimioterapias.
Infecções bacterianas ou virais graves: como na infecção generalizada (sepse) ou nas infecções virais (como citomegalovírus, Epstein-Barr,herpes humana ou varicela zoster), que também são causas conhecidas de anemia aplásica. A hepatite soronegativa (autoimune) é responsável por cerca de 5% a 10% de todos os casos.
A incidência da anemia aplásica Segundo estudos, a anemia aplásica costuma atingir até 6 casos a cada 1 milhão de pessoas. A doença afeta homens e mulheres igualmente e, apesar de ocorrer em todas as faixas etárias, cerca de metade dos casos ocorre até os 30 anos, e depois há um segundo pico de incidência menor, após os 60 anos.
CARACTERISTICAS CLINICAS
Os achados orais da anemia aplástica são:
- Hemorragia gengival
- Petéquias na mucosa bucal
- Purpura e equimoses
- Mucosa bucal pálida
- Ulcerações orais associadas a infecção
DIAGNOSTICO
· - Normalmente é estabelecido por exames de laboratório
· - Há uma pancitopenia caracterizada por pelo menos 2 seguintes achados:
· Menos de 500 granulócitos/uL
· Menos de 20.000 plaquetas/uL
· Menos de 10.000 eritrócitos/uL
TRATAMENTO
O tratamento varia com a idade, estado de saúde, histórico médico, extensão da doença e tolerância à exposição de medicamentos específicos. Pode ser feito por meio de transfusão sanguínea, terapia com hormônio e transplante de medula óssea.
TRATAMENTO ODONTOLOGICO
· Procedimento invasivo
- transfusões de plaquetas
· Profilaxia antibiótica
· Técnicas de homeostasia local
- sutura obliterativa
- uso de hemostop
- Soluções antifibrinoliticas
- Selante de fibrina
NEUTROPENIA
A neutropenia consiste na redução da contagem de neutrófilos no sangue. Se for grave, há aumento no risco e na gravidade de infecções causadas por bactérias e fungos. Os sintomas focais da infecção podem ser silenciosos, mas a febre surge durante as infecções mais sérias. O diagnóstico é feito pela contagem com diferencial de leucócitos, mas a avaliação requer a identificação da causa. Se houver febre, presume-se infecção e tratamento empírico imediato com antibióticos de largo espectro é necessário, sobretudo se a neutropenia for grave. O tratamento com o fator estimulante das colônias de granulócitos-macrófagos algumas vezes ajuda.
A gravidade da neutropenia está relacionada com o risco relativo de infecção, sendo classificada como:
· Leve (1.000 a 1.500/μl)
· Moderada (500 a 1.000/μl)
· Grave (< 500/μL)
Quando a contagem de neutrófilos cai para < 500/μL, a flora microbiana endógena (p. ex., na boca ou nos intestinos) pode causar infecções. Se a contagem cair para < 200/μL, a resposta inflamatória pode ser atenuada e pode não haver achados inflamatórios habituais de leucocitose ou leucócitos na urina ou no sítio da infecção. A neutropenia aguda grave, em especial se houver outro fator (p. ex., câncer), prejudica significativamente o sistema imunitário e pode propiciar infecções rapidamente fatais. A integridade da pele e das membranas mucosas, o suprimento vascular para o tecido e o estado nutricional do paciente também influenciam o risco de infecções.
Os cateteres vasculares e outros locais de injeção conferem risco extra de infecções cutâneas; as causas bacterianas mais comuns são estafilococos coagulase-negativos e Staphylococcus aureus, mas outras infecções Gram-positivas e Gram-negativas também ocorrem. Estomatite, gengivite, inflamação perirretal, colite, sinusite, paroníquia e otite média podem ocorrer. Pacientes com neutropenia prolongada após transplante de células-tronco hematopoiéticas ou quimioterapia e aqueles que recebem doses altas de corticoides estão predispostos a infecções fúngicas.
SINAIS E SINTOMAS
A neutropenia é assintomática até que a infecção se desenvolva. A febre é, com frequência, a única indicação de infecção. Os sinais típicos de inflamação focal (eritema, edema, dor e calor) podem estar atenuados ou ausentes. Os sintomas focais (p. ex., úlceras orais) podem se desenvolver, mas em geral são sutis. Os pacientes com neutropenia farmacológica por hipersensibilidade podem ter febre, exantema e linfadenopatia decorrentes da hipersensibilidade.
Algumas pessoas com neutropenia crônica benigna e contagens de neutrófilos < 200/μl não passam por infecções sérias. Os pacientes com neutropenia cíclica ou neutropenia congênita grave tendem a ter úlceras orais, estomatite ou faringite e aumento dos linfonodos durante os episódios de neutropenia grave. Pneumonias e sepse podem ocorrer com frequência.
DIAGNÓSTICO
· Suspeita clínica (infecções repetidas ou incomuns)
· Confirmação por hemograma com diferencial
· Avaliação de infecção por meio de exames de cultura e exames de imagem
· Identificação do mecanismo e causa da neutropenia
Suspeita-se da neutropenia em pacientes com infecções frequentes, graves ou incomuns ou em pacientes sob risco (p. ex., aqueles que recebem citotóxicos ou terapia por irradiação). A confirmação é por hemograma com diferencial.
AVALIAÇÃO DE INFECÇÃO
É prioridade determinar se há infecção. Como a infecção pode ser sutil, o exame físico avalia sistematicamente os locais primários mais comuns de infecção: superfícies mucosas, como do trato alimentar (gengivas, faringe e ânus); pulmões; abdome; trato urinário; pele e unhas das mãos; locais de punção venosa de inserção de cateteres vasculares.
TRATAMENTO
· Tratamento de condições associadas (p. ex., infecções, estomatite)
· Profilaxia com antibióticos, se necessário
· Fatores do crescimento mieloide
· Suspensão do agente idiológico suspeitado (p. ex., fármaco)
· Algumas vezes, corticoides
DISTÚRBIOS DE SANGRAMENTO 
Sangramento que pode resultar de anomalias em:
· Plaquetas
· Fatores de coagulação
· Vasos sanguíneos
Os distúrbios de sangramento vascular resultam de defeitos nos vasos sanguíneos, tipicamente produzindo petéquias, púrpura e hematomas, exceto por telangiectasia hemorrágica hereditária, mas raramente causando perda sanguínea séria. O sangramento pode resultar de deficiências do colágeno vascular e perivascular na síndrome de Ehlers-Danlos e em outras doenças hereditárias raras do tecido conjuntivo (p. ex., pseudoxantoma elástico, osteogênese imperfeita, síndrome de Marfan). O sangramento pode ser uma característica proeminente de escorbuto ou vasculite associada à imunoglobulina A, vasculite por hipersensibilidade comum na infância.
Nos distúrbios de sangramento vascular, os testes de hemostasia são geralmente normais. Para a maioria dos distúrbios, o diagnóstico é clínico; testes específicos estão disponíveis para alguns.
TROMBOCITOPENIA
A trombocitopenia consiste em um número reduzido de plaquetas (trombócitos) no sangue, o que aumenta o risco de hemorragia. A trombocitopenia ocorre quando a medula óssea produz quantidades insuficientes de plaquetas ou quando plaquetas demais são destruídas ou se acumulam dentro do baço aumentado.
Podem ocorrer hemorragias na pele e hematomas.
Os médicos utilizam exames de sangue para estabelecer o diagnóstico e determinar a causa. Às vezes, é necessário tratamento (como transfusão de plaquetas, prednisona e medicamentos para aumentar a produção de plaquetas, ou retirada do baço).
As plaquetas são células que circulam na corrente sanguínea e ajudam o sangue a coagular. O sangue contém normalmente entre 140.000 e 440.000 plaquetas por microlitro (140 × 109 a 440 × 109 por litro). Quando a contagem de plaquetas cai para menos de 50.000 plaquetas por microlitro de sangue (50 × 109 por litro), podem ocorrer hemorragias mesmo após lesões relativamente menores. O risco mais grave de hemorragia, contudo, geralmente não ocorre até a contagem de plaquetas cair para menos de 10.000 a 20.000 plaquetas por microlitro de sangue (10 × 109 a 20 × 109 por litro). Nesses níveis tão baixos, podem ocorrer hemorragias sem nenhuma lesão reconhecida.
CAUSAS
Muitos distúrbios podem causar trombocitopenia.
Ela pode ocorrer quando a medula óssea não produz plaquetas em quantidade suficiente, como acontece na leucemia ou em outros distúrbios da medula óssea. Infecções pelo vírus da hepatite C, pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV, o vírus que causa a síndrome da imunodeficiência adquirida [AIDS]), pelo vírus de Epstein-Barr (a causa habitual de mononucleose) e por muitosoutros vírus podem causar trombocitopenia. As plaquetas podem ser capturadas pelo baço aumentado, como ocorre na cirrose do fígado, na mielofibrose e na doença de Gaucher, reduzindo o número de plaquetas na corrente sanguínea.Transfusões maciças de glóbulos vermelhos podem diluir a concentração de plaquetas no sangue. Por fim, o corpo pode utilizar ou destruir plaquetas demais, como ocorre em muitos distúrbios, sendo três dos mais dignos de nota a trombocitopenia imune, a púrpura trombocitopênica trombótica e a síndrome hemolítico-urêmica.
Alguns medicamentos, como heparina, certos antibióticos, etanol e medicamentos anticâncer, bem como quinina, também podem causar trombocitopenia. A citopenia induzida por medicamentos pode resultar na Diminuição da produção de plaquetas pela medula óssea (causada por toxicidade da medula óssea)
SINTOMAS
Hemorragia na pele pode ser o primeiro sinal de uma baixa contagem de plaquetas. Muitos pontos vermelhos diminutos (petéquias) aparecem com frequência na pele da parte inferior das pernas e pequenas lesões podem causar hematomas (equimoses ou púrpura). As gengivas podem sangrar e pode aparecer sangue nas fezes ou na urina. Os períodos menstruais podem ser incomumente intensos. Pode ser difícil interromper a hemorragia.
A hemorragia se agrava à medida que o número de plaquetas se reduz. As pessoas com escassez de plaquetas podem perder grandes quantidades de sangue em seu trato digestivo ou sofrer hemorragias cerebrais com risco à vida apesar de não terem sofrido qualquer lesão. A velocidade do aparecimento dos sintomas pode variar dependendo da causa e da gravidade da trombocitopenia.
DIAGNÓSTICO
Exames de sangue para medir a contagem de plaquetas e a coagulação, outros exames para detectar distúrbios que podem causar uma baixa contagem de plaquetas
Os médicos suspeitam de trombocitopenia em pessoas que apresentam hematomas e hemorragias anormais. Eles com frequência verificam a contagem de plaquetas rotineiramente em pessoas com distúrbios que poderiam causar trombocitopenia. Às vezes, eles descobrem a trombocitopenia quando são feitos exames de sangue por outras razões em pessoas que não apresentam hematomas ou hemorragias.
A determinação da causa da trombocitopenia é fundamental para o tratamento do quadro clínico. Certos sintomas podem ajudar a determinar a causa. As pessoas normalmente apresentam febre, por exemplo, quando a trombocitopenia resulta de uma infecção. Por outro lado, a trombocitopenia imune, a púrpura trombocitopênica trombótica ou a síndrome hemo­lítico-urêmica geralmente não provocam febre. Um baço aumentado, que um médico pode ser capaz de sentir durante um exame físico, sugere que o baço está capturando as plaquetas e que a trombocitopenia resulta de um distúrbio que esteja fazendo o baço crescer.
A contagem de plaquetas pode ser medida com um contador automatizado para se determinar a gravidade da trombocitopenia, e uma amostra de sangue pode ser examinada ao microscópio para oferecer pistas da sua causa. Uma amostra da medula óssea retirada e examinada ao microscópio (aspiração e biopsia da medula óssea) pode ser necessária ocasionalmente para fornecer informações sobre a produção de plaquetas.
TRATAMENTO
Evitar lesões e medicamentos que afetem as plaquetas
Às vezes, transfusão de plaquetas
O tratamento da causa pode frequentemente tratar a trombocitopenia. A trombocitopenia causada por um medicamento é em geral corrigida interrompendo-se a administração do medicamento. A trombocitopenia causada pela destruição autoimune de plaquetas (como na trombocitopenia imune) é tratada com prednisona para diminuir a destruição de plaquetas, medicamentos para aumentar a produção de plaquetas na medula óssea e, às vezes, remoção do baço (esplenectomia). Pessoas com contagem de plaquetas baixa e hemorragias anormais geralmente não devem tomar medicamentos que prejudiquem a função das plaquetas (como aspirina ou anti-inflamatórios não esteroides).
As pessoas que apresentam uma contagem de plaquetas muito baixa são frequentemente tratadas em um hospital. Quando a hemorragia é grave, pode-se fazer transfusão de plaquetas, embora às vezes as plaquetas transfundidas também sejam destruídas pelo distúrbio de base.
CONCLUSÃO
Durante o exame dentário, o dentista precisa estar alerta para os dados físicos sugestivos de distúrbios hemorrágicos. Equimoses, petéquias e sangramento inusitado são motivos para a realização de exames que podem revelar possíveis distúrbios hemorrágicos. Antes de cirurgias dentárias de médio e grande porte, os pacientes devem ser submetidos a exames de rotina, para identificação de possíveis diáteses hemorrágicas. Em caso de sangramento, é recomendada a avaliação laboratorial. Os exames devem incluir a contagem das plaquetas, o TP, o TTP e o tempo de sangramento. Estes exames podem ser executados em ambulatórios de hospitais ou em laboratórios comerciais e poderão identificar quase todas as diáteses hemorrágicas significativas.
Com base na história, nos exames clínicos e de laboratório, os pacientes podem ser agrupados em três categorias: Pacientes de Baixo Risco aqueles sem história de distúrbios hemorrágicos, com exame normal e parâmetros de sangramento normais. Pacientes de Moderado Risco e Pacientes de Alto Risco Pacientes com distúrbios hemorrágicos conhecidos como trombocitopenia e defeitos dos fatores de coagulação, assim o profissional pode se preparar para cada tipo de atendimento
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
- Considerações gerais sobre a trombocitopenia Por David J. Kuter , MD, DPhil, Harvard Medical School. Última modificação do conteúdo Março 2017
- Visão geral dos distúrbios de sangramento vascular Por David J. Kuter , MD, DPhil, Harvard Medical School. Última modificação do conteúdo jan 2017
https://saude.novartis.com.br/anemia-aplasica/o-que-e-anemia-aplasica/
https://w2.fop.unicamp.br/ddo/patologia/downloads/db301_un2_Aspectos_Odontologicos_Disturbios_Hematologicos.pdf

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