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MANOBRAS CIRÚRGICAS BÁSICAS

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MANOBRAS CIRÚRGICAS BÁSICAS 
  
1. DIÉRESE 
Ato de divisão tecidual possibilitando o acesso cirúrgico. Divisão, divulsionar (dividir sem cortar, interromper a integridade dos tecidos, exemplo: sinderostomia) 
Exemplos: incisão (separação tecidual através de corte. Usa-se bisturi, bisturi eletrônico e tesouras) e sinderostomia (descolamento muco periostal, divisão por planos). 
  
2. EXÉRESE 
Ato de remover o fragmento dentário ou fragmento ósseo. Manobra de remoção de um órgão ou parte dele. 
Exemplos: osteotomia (remoção de tecido ósseo com finalidade de diagnóstico ou para acesso cirúrgico), ostectomia (remoção de fragmento ósseo), curetagem (manobra pela qual se remove do campo operatório formações estranhas, patológias ou não ou ainda aquelas decorrentes do ato cirúrgico) e avulsão (retirada total ou parcial de um elemento com uso de força mecânica, por exemplo a exodontia, pode ser via alveolar e via não alveolar). 
  
3. HEMOSTASIA 
Manobras que visam interromper o sangramento pera ferida cirúrgica. Deve ser realizada durante todo o ato cirúrgico.
Exemplos: tamponamento (hemostasia temporária realizada no trans e pós operatório. É obrigatório após todos os passos cirúrgicos ou quando a ferida ficar exposta, sem ser manuseada. É realizada com gaze ou compressas), pinçamento (manobra de hemostasia de pequenos vasos temporária, podendo ser associada à eletrocoagulação. No caso de ser utilizada sozinha devemos aguardar de 8 a 10 minutos para a formação do trombo plaquetário na luz do vaso rompido. São utilizadas as pinças hemostáticas. 
  
4. SÍNTESE 
Manobra que visa reposicionar os tecidos após uma intervenção cirúrgica afim de permitir o processo de reparação tecidual.
Exemplos: sutura (técnica operatória que consiste no reposicionamento e estabilização dos bordos da ferida cirúrgica, para permitir o processo de reparação), tamponamento, drenagem 
  
                                  ACIDENTES E COMPLICAÇÕES 
- Prevenções 
- Planejamento 
-Avaliação pessoal 
  
-> Acidentes podem ocorrer por: 
* Uso inadequado de instrumentos, por exemplo usar um bisturi para extrair um dente. 
* Uso de instrumentos inadequados, por exemplo usar instrumentos que já não desempenham sua função com excelência, como uma tesoura com corte ruim. 
* Luminosidade/visibilidade ruins. 
* Ausência de técnica. 
* Força exacerbada. 
* Autoconfiança. 
  
· Lesões no elemento dental 
* Fraturas: Nesse caso devemos localizar o fragmento, avaliar a situação e remover o elemento caso seja necessário. 
Tratamento:  
- 2 a 3 mm. 
-RX. 
- Irrigação/aspiração. 
- Tratar a comunicação buco-sinusal. 
- Informar o paciente e proservar.  
* Deslocamento para o seio maxilar e deslocamento para o espaço submandibular. Nesses casos devemos localizar o elemento, analisar e remover (acesso de caldwell-lue). 
* Deglutição e broncoaspiração. Nesses casos devemos aguardar a saída por meios naturais, caso não saia devemos realizar intervenção cirúrgica. 
  
 INCISÃO 
· REQUISITOS BÁSICOS DE UMA INCISÃO:
 
- Traço único em 45º (Distal para mesial – apical para cervical). 
- Apoio em tecido ósseo sadio. 
Uma incisão adequada deve ser extensível, retilínea, deve ser realizada em um único movimento e ter amplitude, possibilitando a visibilidade ao campo operatório e menor trauma tecidual de afastamento. Deve ter uma base ampla permitindo irrigação do retalho, a base do retalho deve ser maior que a altura do retalho. 
- Para realizar corretamente uma incisão é preciso ter conhecimento anatômico, instrumental adequado e técnica específica. 
- As margens do retalho devem repousar sobre tecido ósseo sadio no momento da sutura. 
- Instrumental utilizado em uma incisão: Bisturi, tesouras e bisturi eletrônico. 
· TIPOS DE SUTURA 
* Ponto simples: melhor coaptação da papila interdental. Indicada para suturas interdentais, enxertos, biópsias, exodontias e retalhos, cunha distal. 
* Ponto em X externo: bastante indicado para espaços edêntulos. 
* Ponto em X interno. 
* Ponto em U horizontal.  
* Ponto em U vertical. 
* Ponto contínuo simples. 
* Ponto contínuo festonado. 
. 
· NÓ DE SUTURA 
O nó completado deve ser firme, deve ser o menor possível, tensão excessiva deve ser evitada assim como o afrouxamento após o primeiro nó. 
- Nó Cirúrgico X Ponto Cirúrgico x Sutura Cirúrgica 
Nó cirúrgico: o entrelaçamento ordenado feito com as extremidades   livres do fio cirúrgico. É composto por três semi-nós: 
1.Contenção 
2.Fixação 
3.Segurança 
Ponto cirúrgico: segmento de fio cirúrgico compreendido entre uma ou duas passagens deste no tecido. É a unidade da síntese. 
Sutura cirúrgica: é o conjunto de pontos aplicados nos tecidos com o objetivo de união, fixação e sustentação. 
 
· INDICAÇÕES CIRURGIA ORAL 
- Comprometimento dos tecidos de sustentação. Exemplos: lesão de furca, reabsorção óssea e mobilidade dental. 
- Comprometimento da estrutura dental. Exemplos: fratura intratável, comprometimento por cárie, dentes decíduos e dentes inclusos e supranumerários em região de interesse de instalação de implantes 
- Indicações atípicas: Quando a única possibilidade de instalação dos implantes for onde se têm dentes em boa situação, quando o elemento está atrapalhando a confecção da prótese ideal ou planejada, indicações ortodônticas e segundos e terceiros molares que não terão oclusão na futura prótese. 
  
· CONTRA-INDICAÇÕES
 
- Patologias cardíacas e pressão arterial alterada. 
- Diabéticos não compensados. 
- Deficiência de fatores de coagulação. 
- Infecções sistêmicas. 
- Gestantes. 
- Lactantes. 
- Período menstrual. 
  
· Contra-indicações locais: 
- Inflamações e edemas (dificultam a anestesia). 
- Infecções locais. 
- Trismo. 
· EXODONTIA SIMPLES:
1. AVALIAÇÃO CLÍNICA:
Avaliar acesso ao dente (abertura bucal), condições periodontais e condições da coroa clínica.
2. RADIOGRAFIA:
Analisar proximidade com estruturas nobres, condição óssea adjacente, configuração das raízes (presença de hipercementose, anquilose, dilaceração radicular, número de raízes, etc.). 
· ETAPAS DE UMA EXODONTIA SIMPLES:
*Sindesmotomia: liberação do tecido gengival.
*Luxação lateral: com elevadores apoiados sempre em osso sadio, nunca apoiar em dentes que não serão extraídos.
*Luxação apical e lateral: pressão apical e movimentos vestíbulo-lingual com fórceps.
*Avulsão: via alveolar do elemento.
· CUIDADOS TRANS-OPERATÓTIOS:
*Curetagem (se necessário).
*Limagem (remoção de espículas ósseas).
*Manobra de Chompret: reposiciona as paredes alveolares.
*Tamponamento com gaze.
· PAPEL DA MÃO OPOSTA:
*Afastar bochechas, lábios e língua para obter melhor visualização do campo operatório.
*Suporte e estabilização da mandíbula do paciente: evitar luxação condilar.
*Apoio do processo alveolar: evitar fratura das tábuas ósseas.
*Proteger os outros dentes dos instrumentos.
· PAPEL DO ASSISTENTE:
*Mesmo papel da mão oposta do operador e também realizar sucção e soluções irrigatórias.
- Com a idade os ossos vão ficando cada vez mais com maior conteúdo mineral e é mais fácil fraturar uma raiz durante a exodontia de um idoso do que de uma criança. Quando ocorre uma fratura radicular ou se não for possível realizar a exodontia por via alveolar devemos lançar mão das técnicas auxiliares.
· ODONTOSECÇÃO
Ato de separar as raízes do dente, afim de diminuir a resistência na remoção do dente, evitando também a fratura radicular e das tábuas ósseas. Deve ser realizado com alta rotação com fresas diamantadas ou laminadas.
· EXODONTIA VIA NÃO-ALVEOLAR
Realizada em casos de fraturas radiculares, hipercementose e cárie radicular acentuada.
Para a preservação do osso, visando uma futura instalação de implantes, tentamos abris uma janela mais apical e remover raízes ou fragmentos, preservando a porção mais cervical da tábua óssea vestibular.
· PARAMENTAÇÃO CIRÚRGICA
· Quais os objetivos da paramentação cirúrgica?
- Controle da infecção de sítio cirúrgico (ISC);
- Controle da infecção hospitalar (IH);
- Segurança do paciente;
- Segurança daequipe cirúrgica (Risco Ocupacional);
- Qualidade da assistência prestada ao paciente no ambiente cirúrgico.
· Prevenção de infecção na sala operatória:
– Aventais cirúrgicos são usados para evitar a transferência, por contato direto, de agentes infecciosos da equipe cirúrgica para incisão e vice-versa.
– Campos são usados para fornecer uma área de trabalho microbiologicamente limpa em torno da incisão cirúrgica. Se eles delimitarem a ferida e forem rigidamente fixados à pele, também reduzem a transferência da flora da pele do paciente para dentro da incisão cirúrgica. Campos são também utilizados para controlar a propagação de fluídos corporais, potencialmente contaminados, a partir da área da incisão cirúrgica.
· Recomendações para redução da ISC em relação ao vestuário:
– Usar capotes e campos cirúrgicos estéreis que sejam barreiras efetivas caso sejam molhados (materiais que resistam à penetração de líquidos) – Categoria IB;
– Trocar vestimentas e uniformes que estiverem visivelmente sujos, contaminados e/ou manchados por sangue ou outro material potencialmente infeccioso – Categoria IB.
· Atualmente são nos apresentados dois tipos de paramentação cirúrgica:
- Tecido de algodão – popularmente conhecida;
- Descartável.
· E como escolher a melhor paramentação?
- Tecido de algodão:
- É reutilizável;
- Deve ser confeccionado com 100% algodão e textura de aproximadamente 40 a 56 fios por cm²;
- Tecido sempre pode “encolher” ou “desbotar”;
- Não aquece muito como vestimenta cirúrgica (o ambiente cirúrgico deve manter uma temperatura entre 21ºC a 25ºC);
- Não é impermeável (um de seus maiores problemas);
- Necessário uso de lavanderia e posteriormente esterilização;
- A durabilidade do tecido é de aproximadamente 03 meses (65 vezes entre lavagens e autoclavagens);
- No Brasil não há uma normativa com o prazo de validade do tecido;
- ANVISA não exige o registro do tecido;
- Proibido utilização do tecido cerzido, remendado, com furos e/ou rasgos.
- Descartável:
- Confeccionado com apenas uma matéria-prima SMS;
- Descartável;
- Possui normativa;
- Possui Ficha de Informação de Segurança para Produtos Químicos (FISPQ);
- Possui registro na ANVISA;
- Impermeável;
- Encontrado no mercado: capote avulso com compressa e kits cirúrgicos.
· A Norma ABNT NBR 16064:
– Especifica os requisitos de fabricação e processamento, assim como os métodos de ensaio para avaliação das características dos produtos de saúde.
– Define os requisitos de desempenho de campos cirúrgicos, aventais cirúrgicos e de uso único ou reutilizáveis, utilizados como produtos para saúde por pacientes e profissionais de saúde e para equipamentos, destinados a prevenir a transmissão de agentes infecciosos entre pacientes e a equipe cirúrgica durante cirurgias ou outros procedimentos invasivos.
· Portanto, ao escolher o tipo de paramentação cirúrgica devemos sempre levar em conta:
- Qualidade na assistência prestada ao cliente, paramentação atende às recomendações de prevenção de ISC;
- Segurança da equipe cirúrgica;
- Segurança do paciente;
Diminuindo, assim, o risco de infecção hospitalar.

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