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Maria Liza Pereira Goullartt CASOS CLÍNICOS CLÍNICA MÉDICA 1 CASO CLÍNICO 1 Paciente de 56 anos, feminina, admitida por grave insuficiência respiratória. Há 5 anos a paciente faz tratamento ambulatorial por causa de falta de ar, tosse produtiva e chiado no peito; usava regularmente aminofilina 0,8 g/dia e salbutamol spray 2x/dia. Há 3 anos vem notando edema de MMII acompanhando o quadro anterior, sendo associado ao seu tratamento hidroclorotiazida 50 mg/dia e digoxina 0,25 mg/dia, com relativo controle de seus sintomas. Desde então teve 2 internações por infecção pulmonar, recebendo de medicação ampicilina e Bactrimâ respectivamente, com relativo controle do quadro. - gasometria- pH 7,0 pCO2 50, pO2 60 bic 30, SatO2 92% -espirometria simples CVF 2,5 (70% previsto) VEF1 0,9 l (42% previsto) Há 5 dias a paciente iniciou com tosse produtiva amarelada e febre de 39° C, que se seguiu a chiado no peito, falta de ar progressiva e cianose. Procurou PS que lhe aplicou 1 amp de aminofilina EV e inalação com fenoterol, com relativa melhora, tendo sido dispensada para casa. Após aproximadamente 6 hs a paciente voltou a piorar, procurando o PS HMU. Ao exame físico encontrava-se intensamente dispnéica, cianótica +, pletórica, com sudorese fria. PA 90 x 60 mm Hg FC 120 FR 44 pulso paradoxal estase jugular a 45° +++ Tórax: em barril Pulmões: expansibilidade diminuída com tempo expiratório prolongado, Sons pulmonares diminuídos globalmente. Bulhas cardíacas hipofonéticas Abdômen: globoso e flácido, ascite a) Defina a etiologia do DPOC: b) Como se classifica o DPOC e quais suas diferenças patológicas fundamentais? c) Explique a fisiopatologia do DPOC d) Explique as alterações encontradas nos exames laboratoriais, espirométricos e físico e) Identifique em qual estágio da doença a paciente se encontra. Pode ser indicada a oxigenioterapia? Justifique. f) Qual o objetivo da reabilitação pulmonar para pacientes com esse perfil? CASO CLINICO 2 S.F.N., 2 anos e 2 meses, feminino, branca, natural do RJ, residente em Santíssimo. QP: Tosse com catarro verde, febre e diarréia. HDA: Início do quadro aos dois meses de idade com tosse produtiva associada à expectoração espessa e esverdeada e múltiplas infecções respiratórias, com várias internações, incluindo tratamento para tuberculose pulmonar há um ano. Refere ainda, desde o início do quadro, evacuações líquido-pastosas, volumosas de odor fétido contendo restos alimentares. Há um mês vem apresentando febre de 37,7º C a 38º C, sem horário definido. História do parto e neonatal: nascida de parto cesáreo, Apgar 9/9, idade gestacional de 33 semanas com peso de nascimento de 1065g, pequena para idade gestacional. Intercorrências no período neonatal: hipoglicemia e icterícia neonatal, permanecendo internada na UTI Neonatal por 17 dias; alta com 38 dias de vida. História alimentar: leite materno exclusivo até 3 meses de vida. História do Crescimento e desenvolvimento: Atraso na fala e no desenvolvimento motor, ganho pondero-estatural abaixo do esperado. História Vacinal: em dia. História Familiar: Irmão com deficiência de IgA e mielodisplasia; mãe hipertensa: estatura: 145cm. Pai etilista social e tabagista: estatura: 170cm. História Social: núcleo familiar, casa de alvenaria e saneamento básico. EXAME FÍSICO Peso: 8530g Estatura: 81 cm PC: 45,5 cm. IMC: 13,1kg/m2. Emagrecida, bom estado geral, ativa e cooperativa. Postura atípica, massa muscular hipotrofiada. Microadenopatia cervical, axilar e inguinal bilateral. Discreto aumento do diâmetro antero-posterior do tórax. Murmúrio vesicular audível sem ruídos adventícios. FR: 28 irpm. Aparelho circulatório e abdome sem alterações. A) Qual o provável diagnóstico clínico? Justifique com os dados fornecidos B) Explique a fisiopatologia do distúrbio observado C) Explique a presença de atraso no desenvolvimento motor, e baixo ganho de peso D) Explique a ocorrência das alterações pulmonares E) Quais critérios são utilizados no diagnóstico e como é feito o tratamento? CASO CLÍNICO 3 Criança, 4 anos, sexo feminino é levada ao pediatra pela mãe com queixa de crises de chiado no peito há 2 meses. A mãe relata ter levado a criança a uma emergência há um mês, tendo sido tratada com nebulização associada a drogas agonistas do sistema nervoso simpático. Entretanto, a criança vem apresentando diariamente dificuldade para respirar associado a um chiado no peito, além de ter ficado arroxeada na madrugada anterior. À ectoscopia a criança mostra-se cianótica e dispneica com uso de musculatura acessória, e ao exame do aparelho respiratório observa-se hipertimpanismo em 2/3 inferiores do hemitórax direito com diminuição do murmúrio vesicular do mesmo lado, além de sibilos difusos. a)Qual foi o provável diagnóstico feito no momento da primeira consulta há um mês? b)Explique por que foi utilizado medicamentos agonistas do sistema nervoso simpático. c)Você concorda com o diagnóstico feito na primeira consulta? Justifique. d)Cite outras possíveis prováveis hipóteses diagnósticas dessa criança? e)Você pediria exames complementares? Quais? TRABALHO RDR CLÍNICA MÉDICA 1 1) Leia o relato a seguir e responda: Paciente feminina de 55 anos, tabagista de dois maços por dia durante 35 anos, queixa-se de tosse produtiva matinal, há dois anos, e dispneia aos moderados para pequenos esforços há um ano. Nesse último ano, teve dois episódios de piora dos sintomas respiratórios com aumento e mudança do aspecto da expectoração. Foi atendida em serviços de emergência e diagnosticada como traqueobronquite. Sem antecedente de doença respiratória na infância, dislipidemia em uso de estatina. Nega etilismo ou uso de outras drogas. Ao exame físico: altura: 1,58m, peso: 48Kg, IMC: 19,2 kg/cm2, pressão arterial: 130 x 90 mmHg, FC: 88bpm, FR: 20ipm, SaO2: 93%. Corada, hidratada, uso de musculatura acessória na respiração, anictérica e acianótica. Pulsos periféricos presentes e normais. Expansibilidade pulmonar diminuída com aumento do diâmetro antero-superior do tórax, timpanismo à percussão, murmúrio vesicular discretamente reduzido. Exame cardíaco e abdominal normal. Sem edema de membros inferiores. Referia uma internação no ano anterior por Pneumonia bacteriana. Na prova de função pulmonar observou-se VEF 1= 45 % do previsto. Na gasometria observou-se PaCO2=48 mmhg e PaO2= 75mmhg A) Qual distúrbio obstrutivo apresentado pelo paciente? Justifique com os dados fornecidos. B) Com base em seus conhecimentos a respeito do distúrbio, explique a ocorrência da tosse e dispneia e classifique o nível de dispneia de acordo com o MRC (escala de classificação de dispneia) C) Explique os achados da espirometria e gasometria mencionando porque os mesmos ocorrem nesse distúrbio D) Explique de forma resumida a fisiopatologia desse distúrbio E) Em qual estágio da doença o paciente se encontra? Qual seria o tratamento clínico de escolha nesse caso¿ 03) B.H.F, 03 anos, iniciou com episódios de tosse seca e falta de ar principalmente pela manhã e a noite e segundo a mãe as crises se intensificavam em ambientes empoeirados e em períodos de inverno. Segundo a mãe na última crise o médico indicou uso de “bombinha”, o que aliviou os sintomas. Foi solicitada a espirometria que revelou: VEF1: 80% (pós BD, melhora acima de 10%) e índice de Tiffeneu: 0,9. A gasometria não revelou alterações. Com base em seu conhecimento sobre esse processo, responda. A) Qual a provável hipótese diagnóstica. Justifique. B)Mencione a etiologia desse distúrbio e sua relação com o quadro clínico apresentado c) Cite 4 achados possíveis do exame físico desse paciente durante a crise d) Cite 3 outras patologias que devem ser investigadas a fim de se estabelecer um diagnóstico confiável4) Paciente MST do sexo feminino, 5 meses, natural de Colinas-TO, peso: 3,040kg. Procurou pediatra com a queixa de baixo ganho de peso há 4 meses. Paciente procedente de Palmas-TO apresentou baixo ganho ponderal e crescimento estatural inadequado no primeiro mês de vida em consulta pediátrica. Na consulta foram solicitados exames para investigação da possível causa e prescrição de NAN 1 e aptamil concomitantes com o aleitamento materno. Entretanto criança não aceitou bem, sempre apresentava vômitos. Ainda relata esteatorreia desde o nascimento, sem outras alterações nas fezes ou na urina, como coluria ou acolia. Mãe da paciente notou a presença de cristais de suor na fronte da criança há 3 meses. Nega icterícia neonatal ou sintomas respiratórios. No quarto mês de vida ainda persistia sem ganho ponderal significativo, contudo, exames laboratoriais não foram conclusivos e necessitava da dosagem de cloreto no suor. Na presente internação foi feito o diagnóstico de Fibrose Cística através da dosagem de cloreto no suor que estava acima dos valores de referência: (Braço direito: 92,48 mEq/L Braço esquerdo: 98,35 mEq/L). Com base no relato acima analise as afirmativas abaixo e assinale Verdadeiro ou falso: 1. A Fibrose Cística é uma doença sistêmica de herança autossômica dominante que afeta o gene CFTR 2. No caso relatado a doença poderia ser diagnosticada também pelo teste do pezinho 3. O suor hipertônico se explica pelo acúmulo de íons de NaCl na secreção glandular provocada por distúrbio nos canais de NaCl transmembranas 4. O baixo peso ponderal se deve à possível administração errada do leite materno e não tem relação com a Fibrose cística 5. A Esteatorreia se refere à fezes volumosas e explisivas que indicam falhas na absorção intestinal 6. A criança pode apresentar na evolução da doença problemas respiratórios como, pneumonia, bronquite, bronquiectasia e IRA 7. A patogenia dos distúrbios respiratórios está ligada à um desequilíbrio entre proteinases e antiproteinases e falhas na barreira mucociliar 8. A criança pode apresentar a longo prazo, diabetes e insuficiência hepática grave por obstrução ductal 9. 7) Cite as complicações respiratórias encontradas no paciente com fibrose cística e mencione sua patogenia. 8) Sobre as características clínicas das pneumonias, analise as sentenças a seguir e assinale V ou F 1. A principal de via de contaminação é a hematogênica 2. Trata-se de um processo inflamatório agudo dos pulmões, englobando as vias aéreas distais, os alvéolos e o parênquima pulmonar, causado por uma infecção 3. Observa-se áreas de condensação pulmonar, com altera~çoes das trocas gasosas 4. A função respiratória demonstra aumento da relação ventilação/perfusão 5. Doenças crônicas como DPOC se constituem fatores de risco para pneumonias 6. A PAC se refere à Inflamação aguda do parênquima pulmonar de origem infecciosa, adquirida em ambulatório 7. A pneumonia nosocomial Surge ≥48 horas após internamento e após 10 dias após alta, e que não estava em incubação na altura da admissão 8. O Streptococcus pneumoniae é o agete etiológico encontrado em mais de 50% das PACs 9. Tosse, expectoração e febre alta são sintomas clássicos das pneumonias e estão presentes em todos os pacientes 10. No exame físico de um paciente com pneumonia é possivel observar presença de timpanismo 11. O sinal da “toalha” é um critério radiológico que geralmente define pneumonia bacteriana lobar 12. Opacidades micronodulares dispersas, sem variação de volume estão presentes no padrão de pneumonia intersticial 13. O broncograma aéreo está presente no padrão de broncopneumonia 14. A insuficiência respiratória do tipo hipoxêmica pode estar presente como coplicação das pneumonias 15. A Pneumonia associada ao ventilador surge entre 48-72 horas após entubação endotraqueal
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