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EGRÉGIO JUÍZO DE DIRETO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE __ ESTADO DE SÃO PAULO Associação em defesa dos consumidores de combustível, Pessoa jurídica de direito privado inscrita no CNPJ ___, e-mail ___, com sede no endereço ___, vem perante Vossa Excelência, com fulcro no art. 129, III da Constituição Federal, bem como na lei 7.368/86, propor AÇÃO CIVIL PÚBLICA com Pedido de MEDIDA LIMINAR em face de Auto Posto Carajás, pessoa jurídica de direito privado inscrita no CNPJ ___, e-mail ___, com sede no endereço ___, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos. I – DOS FATOS Depois de receber denúncias de populares, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo constatou que a ré, no desempenho de sua atividade empresarial, “contrariou normas disciplinadoras da atividade econômica, atentou contra a boa-fé dos consumidores e pretendeu lucrar, de forma ilícita, quando reduziu seus custos em detrimento do dano coletivo. O combustível comercializado pela ré causou danos a uma série de veículos. As bombas de combustível foram lacradas pela autoridade competente que, ademais, submeteu a questão à Agência Nacional do Petróleo – ANP. II – DO DIREITO O fornecimento de combustível impróprio ao uso, além de provocar dano material específico e sujeito à composição individualizada, gera, também dano moral difuso, porquanto a iniciativa danosa atenta contra a boa-fé dos consumidores. Toda a massa de consumidores fica exposta à fraude. Tem-se assim, que a presente ação civil pública visa tutelar tanto interesse individual homogêneo quanto direito difuso. A Constituição previu a proteção do Consumidor em seu art. 5º, XXXII, que juntamente com a Lei nº 8030/90 do CDC, em seu artigo 18 § 6º, II, que estabelece ser impróprio para uso o produto adulterado, permanecendo a responsabilidade objetiva do fornecedor, ainda que alegue desconhecimento. Por estas razões deve a ré ser condenada a indenizar os prejuízos causados aos consumidores, bem como indenizar dano moral difuso, uma vez que colocou mercadoria altamente danosa à venda, colocando em risco inúmeras pessoas. III – DO PEDIDO LIMINAR É indispensável que V. Exa. Intervenha e, liminarmente, proíba a venda do combustível adulterado, fixando-se multa diária na hipótese de o réu vir a descumprir a determinação. A não concessão da medida liminar pode agravar ainda mais a situação dos consumidores (periculum in mora), sendo possível comprovar, pela simples leitura do processo administrativo conduzido, em contraditório, pela ANP, que há fortes indícios de adulteração do combustível (fumus boni iuris). IV – DOS PEDIDOS Diante do exposto, requer-se: a) A concessão da medida liminar, inaudita autera partes, para impedir que o réu continue a comercialização do combustível adulterado; b) Citação do réu para, querendo, apresentar defesa em 15 dias; c) Intimação do Ministério Público para atuar como fiscal da ordem jurídica; d) A procedência do pedido para condenar o réu ao pagamento de indenização aos consumidores lesados, mediante prévia comprovação do nexo de causalidade; e) Procedência do pedido para condenar o réu ao pagamento de indenização por dano moral difuso, a ser recolhido ao fundo a que se refere o art. 13 da Lei nº 7.347/8; f) A condenação do réu nas despesas processuais e honorários advocatícios; g) Que as comunicações processuais sejam feitas no endereço profissional sito no local ___. Requer-se utilizar-se de todos os meios de prova em direito admitidos. Dá-se à causa o valor de R$ 1045,00. (Mil e quarenta e cinco reais). Ribeirão Preto, 15 de abril de 2020. Advogado ___ Oab___
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