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Terapia Existencial

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Professora: Kenia Soares Maia 							 14/07/2017
Terapia Existencial Humanista
Entre os séculos IV e XV
Predomínio do pensamento teológico-metafísico.
Período Feudal.
Teocentrismo. (Deus está no centro do universo)
Dogmatismo.
Racionalismo/Empirismo
Dualismo epistemológico
Racionalismo
O Racionalismo vê no pensamento, na razão, as fontes primordiais do conhecimento.
Desqualificam, a percepção, o observado, a experiência e a intuição sensível como fonte de conhecimento.
O modelo matemático, principalmente a geometria, serviu aos racionalistas desde Platão (428- 348 a.c.).
Empirismo
Aristóteles (384-322 a.c.) discípulo de Platão, afirmou que o intelecto era precedido pelos órgãos dos sentidos.
O empirismo inglês de John Locke e David Hume se alicerça nas sensações da experiência.
A experiência é fonte e critério para o conhecimento.
Rennè Descartes (1596-1650)
- Descartes é considerado o pai do Racionalismo Moderno, acreditava que o pensamento poderia ser construído nos moldes matemáticos, independente da experiência. “Penso, logo existo.”
- O pensamento dedutivo, em bases lógico/matemáticas, seria a garantia de legitimidade do conhecimento. Mecânica Cartesiana.
Fundou o dualismo Mente (cogita) X Corpo (extensa).
- Seu pensamento sofre críticas a partir da mecânica newtoniana. 
John Locke (1632-1704)
Postulava que a mente é uma tábula rasa, que a partir da experiência adquire-se ideias simples.
A partir da indução (método de enunciação da observação e experimentação particular, de onde são extraídas as leis) as ideias ganham complexidade e transformam-se em leis universais.
As noções de causalidade, quantidade e classificação são critérios metodológicos empíricos.
David Hume (1711-1776)
Vai criticar o método indutivo de Locke, afirmando ser arriscado transpor ideias particulares e contingentes para leis universais.
Propõe o ceticismo que considera a experiência como sujeita a erros por semelhanças. A indução pode ser contaminada por uma relação equivocada de semelhança entre passado e futuro. Esse argumento ceticista contraria profundamente o racionalismo. 
Immanuel Kant (1724-1804)
“Pensamentos sem conteúdo são vazios; intuição sem conceitos é cega.” (Kant, 1987; p. 75).
Apesar da origem do conhecimento ser a experiência, existem condições a priori para as impressões sensíveis (sensações).
Kant vai propor uma síntese que resolva o dualismo racionalismo/empirismo.
Filosofia Transcendental de Kant
Todo e qualquer experimento é antecedido por pressupostos, sendo assim, o conhecimento pressupõe de teorias e devem ser submetidos aos método empirista sob os critérios de quantificação, causalidade e classificação.
O conhecimento a priori é independente da experiência, o que Kant vai chamar de juízos sintéticos a priori.
Os juízos podem ser analíticos ou sintéticos. Analíticos quando é usado um conceito único para a definição dos objetos e sintéticos quando é necessário o uso de conceituação mais ampliada. (Espaço e Tempo, por exemplo)
Os juízos sintéticos são universais.
Esquema da síntese do sujeito transcendental
O ponto mais interessante para a psicologia é o de que podemos ter juízos a priori de dados sensíveis, das sensações.
Podemos então categorizar a percepção.
O fenômeno é a representação das coisas em si para o sujeito, sendo que o idealismo transcendental de Kant é a própria representação das coisas em si
Indissociados, a sensibilidade e o conceito formam as coisas para nós.
10
IDADE MODERNA- CAMPO PARA A PSICOLOGIA
Racionalismo
Empirismo
David Hume (1711-1776)
Charles Darwin
A Origem das Espécies (1859)
Síntese Kantiana
Renné Descartes (1596-1650)
John Locke (1632-1704)
Immanuel Kant
(1724-1804)
WUNDT E A PSICOLOGIA PSICOFÍSICA
Psicologia enquanto Ciência
Método Experimental Introspectivo de Sujeitos Treinados
Funcionalismo
Estruturalismo
BEHAVIORISMO
Gestalt
Fenomenologia
X
X
Fenomenologia
Edmund Gustav Albrecht Husserl. 
Nasceu em Proßnitz, a 8 de Abril de 1859, e, faleceu em Friburgo em Brisgóvia, a 26 de Abril de 1938. Husserl foi um matemático e filósofo alemão, conhecido como o fundador da fenomenologia. 
Fenomenologia
Dedicou-se à Teoria do Conhecimento construindo uma Epistemologia Fenomenológica. Conhecer como nós conhecemos.
Teoria que se distancia da Psicologia Científica (Psicologia Psicofísica de Wundt e do Positivismo).
Relaciona-se com a Psicologia enquanto Epistemologia, sendo assim não se trata de uma proposta clínica.
 
14
Fenomenologia
A Fenomenologia é:
 Uma Ciência do Fenômeno,
 Uma Analítica Intencional (intencionalidade X Representação),
 Método e 
 Ciência de Rigor.
Fenomenologia
Fenômeno é aquilo que se mostra, no mundo para uma consciência.
A redução fenomenológica requer a suspensão das atitudes, crenças, teorias, e colocar em suspenso o conhecimento das coisas do mundo exterior a fim de concentrar-se a pessoa exclusivamente na experiência em foco, porque esta é a realidade para ela.
Buscava a Universalidade dos conceitos dos fenômenos.
Apriori da Correlação: os entes estão para a consciência ao mesmo tempo que estão no mundo. Consciência é sempre consciência de. 
A Percepção é a porta de entrada do fenômeno na cosciência, antes de qualquer outro ato de consciência temos que ter percebido algo. 
Søren Kierkegaard
Existencialismo
1813 – 1855; 
Filósofo dinamarquês crítico do pensamento abstrato de Hegel.
Fundador da Filosofia da Existência.
Søren Kierkegaard
 Hegel 
Afirmava a existência de uma razão era universal. Somos referenciados a essa ideia absoluta. Somos correlatos de um momento histórico e do Estado. 
Kierkegaard
A verdade está na subjetividade, a existência é singular e não conceitual
O Homem não é apenas reflexo de uma espécie, mas sim, definidor de sua existência.
A Subjetividade supera a espécie.
Escrevia em Pseudônimos, uma forma de experienciar outras formas de existência;
Filosofia de Kierkegaard:
*Uso de Pseudônimo: uso estético para a afirmação dos diversos aspectos da existência que nos habitam. Polifonia que apresenta a complexidade da existência. Exemplo Victor Eremita, que publicou: “Ou isso, ou aquilo: um fragmento da vida.” 
*Desespero: trata-se da impossibilidade do sujeito aceitar-se como é. Na tentativa de afirmação da autenticidade, choca-se com o desespero. Caráter provisório e paradoxal da existência
*Angústia: a atitude de se defrontar com a multiplicidade de possibilidades de existência das coisas e de si. “A angústia é a realidade da liberdade como puro possível.”(1844, p. 45) Ausência de referenciais objetivos e concretos, solidão e desamparo.
Søren Kierkegaard
Søren Kierkegaard
A Ideia de Homem
Para ele o homem é Espírito, uma auto-reflexão, o voltar-se para si. 
É também uma síntese do finito e do infinito, ou seja, do concreto que delimita a existência e do imaterial que a torna ilimitável. O corpo é temporal e a alma é eterna. 
O eu é o terceiro que sintetiza as duas dimensões, conscientizando-se de que é constituído por ambas – o Espírito. 
 Espírito (Eu)
 
 finito Infinito
 corpo alma
Søren Kierkegaard
Os Estágios
Estético: supremacia do prazer, da auto-realização.
Ético: dar-se conta de que não está só. Reflexão entre o bem e o mal.
Religioso: conexão com Deus.
São partes da existência e não são lineares.
Søren Kierkegaard
Elementos para uma psicologia no pensamento de Søren 
Kierkegaard. 
JANZEN, M. R. e HOLANDA, A., Estud., Pesq., Psicol. Rio de Janeiro, Vol. 12, N. 2, p:572-696, 2002.
Disponível in: http://www.revispsi.uerj.br/v12n2/artigos/pdf/v12n2a15.pdf
Muito obrigada e ate a próxima aula!
Princípios da Hermenêutica
Friedrich Schleiermacher (1769-1834) Teólogo e filósofo alemão, fundador da hermenêutica contemporânea.
Schleiermacher considerava que a hermenêutica,até o século XVIII, se restringia a uma técnica auxiliar da teologia, da filologia e do direito. 
Schleiermacher se incumbe de construir uma descrição mais estruturada, sistemática e completa do processo interpretativo, que se propusesse a oferecer tanto uma descrição correta do modo como a compreensão ocorre quanto uma orientação supostamente mais condizente dos “intérpretes” no processo interpretativo.
Gadamer pontua que Schleiermacher opôs-se à hermenêutica tradicional de sua época porque passou a concentrar-se na compreensão do texto enquanto portador de significado e não no estudo dogmático do texto como um veículo que poderia conduzir à verdade.
Schleiermacher propunha a autonomia do sentido do texto, uma vez que o seu objetivo já não era revelar a eventual verdade oculta no texto, mas compreender o próprio sentido do texto, independentemente da veracidade ou não desse significado
Schleiermacher liberta textos bíblicos ou literários de interpretações dogmáticas.
O objetivo maior de Schleiermacher era compreender o sentido de um texto, compreendendo-o como a expressão da individualidade do seu autor. Uma de suas maiores influências foi justamente a de promover um horizonte mais propício a um pensamento metodológico adaptado às disciplinas humanísticas.
Princípios da Hermenêutica
Wilhelm Dilthey (1833 – 1911)
William Dilthey que, no final do século XIX, propôs a diferença entre as Ciências da Natureza (que são voltadas à explicação causal e matematizante) e as ciências do espírito (que são voltadas à compreensão do homem).
Sustentava que compreensão “era a palavra chave para os estudos humanísticos”, pois enquanto as ciências exatas explicam a natureza, os estudos humanísticos compreendem as manifestações da vida.
A aplicação da metodologia positivista às ciências do homem não nos conduziria à construção de um saber adequado, na medida em que a compreensão dos fenômenos humanos requer uma outra abordagem.
Princípios da Hermenêutica
Dilthey remontou o problema ontológico e metafísico (qual o sentido da história?) em um problema epistemológico, ou seja, relativo ao método científico (como compreender o homem em sua historicidade?). No entanto, essa nova perspectiva cientificista não negava um sentido ao processo histórico, mas afirmava que a história tem um sentido em si mesma.
Foi com Dilthey que se consolidou a “transferência da hermenêutica para a historiografia”, firmando-se a idéia de que “não somente as fontes históricas chegam até nós como textos, mas também a realidade histórica é em si um texto que deve ser compreendido
Princípios da Hermenêutica
Dilthey aponta que “somente conhecemos historicamente pelo fato de sermos históricos”, de tal forma que a consciência histórica é uma forma de autoconhecimento.
A nossa própria historicidade permite uma compreensão objetiva da história, inspirada na idéia de Schleiermacher de uma congenialidade na relação entre intérprete e autor, sem a qual não se pode efetuar o salto de uma opinião subjetiva para uma verdade histórica objetiva.
Princípios da Hermenêutica
Martin Heidegger
1889 – 1976 (Baden, Alemanha) Principal obra: Ser e Tempo de 1927.
Discípulo de Husserl foi o primeiro a utilizar o método fenomenológico como elemento importante de sua análise existencial. Ponto de ligação entre o existencialismo de Kierkegaard e a fenomenologia de Husserl. 
Seu propósito era elaborar uma análise da existência, o verdadeiro sentido do ser. Não se dizia existencialista por não se interessar pela análise das singularidades, mas sim por uma ontologia (estudo do ser) geral.
Definir o ser fenomenologicamente significa começar pela análise do ente (algo concreto) e derivando para o ser universal. Estudar o sujeito é estudar o que há de concreto primeiro e depois identificar o que é universal nos entes ou Dasein. 
Martin Heidegger
Principais conceitos:
Dasein (ser-aí ou ente): Da significa aí e Sein significa existência, ser. o próprio ser do sujeito existente. O ser-aí propõe uma significação estar-lançado no mundo em condição de abertura. A condição do Dasein é a abertura para perceber e responder a tudo que está em sua presença, de forma contemporânea, co-emergente, surgindo como fenômeno, isto é, ser-no-mundo.
 Estar -no -mundo: é o sentimento do indivíduo de ser aberto ás condições da existência assim como elas aparecem á consciência. Ser e mundo são unos assim como terapeuta e paciente. Ser-com é ser-em-relação. Viver um mundo em comum.
Existência autêntica (Existenz) e inautêntica: alcance da consciência de si por parte do sujeito através da angústia com o nada do qual o ser surge. O sentido dado pelo sujeito para as possibilidades que tem constitui o projeto.
Dependência: submissão do sujeito ás regras do outro, dissolução do eu autêntico. A punição pela inautenticidade é a culpa.
 Mundanidade: estrutura de sentido, de significância.
Martin Heidegger e a Analítica do Dasein
Qual o sentido do ser? 
A ontologia, que se debruça sobre a essência do ser, torna-se uma questão de Hermenêutica, ou seja de interpretação. 
Em Ser e Tempo Heidegger funda o método da Fenomenologia Hermenêutica, que consiste em desvelar o sentido dos entes para uma consciência. “A análise dessa estrutura nos remete aos três momentos constitutivos da totalidade desse fenômeno: a idéia de “mundo” como estrutura de sentido; o “quem é no mundo”, que se revela de início como impessoalidade cotidiana; e o modo de “ser-em” um mundo, cuja estrutura se desdobra em compreensão e disposição” (Novaes, 2005, p, 325).
“A Daseinsanalyse clínica constitui, no entanto, uma aplicação ôntica da analítica heideggeriana, pois cada fenômeno que vem à luz no diálogo clínico deve ser discutido a partir do contexto factual concreto em que surge e nunca reduzido genericamente a uma estrutura existencial” (Novaes, p. 330). (Grifo meu)
Sorge: relação de cuidado com os entes que nos vêm ao encontro
“A Daseinsanalyse clínica constitui, no entanto, uma aplicação ôntica da analítica heideggeriana, pois cada fenômeno que vem à luz no diálogo clínico deve ser discutido a partir do contexto factual concreto em que surge e nunca reduzido genericamente a uma estrutura existencial” (Novaes, p. 330). (Grifo meu)
Sorge: relação de cuidado com os entes que nos vêm ao encontro
Martin Heidegger e a Analítica do Dasein
Referências da aula:
Erthal, T. C. S., Psicoterapia Vivencial. Uma abordagem Existencial em Psicoterapia, Campinas: Livro Pleno, 2004, 229 p.
Sá, R. N. de, A influência da fenomenologia e do existencialismo na psicologia, História da psicologia: rumos e percursos, organização Ana Maria Jacó-Vilela, Arthur Arruda Leal Ferreira, Francisco Teixeira Portugal. - Rio de Janeiro : Nau Ed., 2006 
Muito Obrigada! 
Século XX
Jean-Paul Sartre
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS
DIREITOS HUMANOS
Preâmbulo
Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da
família humana e de seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo, 
Considerando que o desprezo e o desrespeito pelos direitos humanos resultaram em
atos bárbaros que ultrajaram a consciência da Humanidade e que o advento de um mundo em que os todos gozem de liberdade de palavra, de crença e da liberdade de viverem a salvo do temor e da necessidade foi proclamado como a mais alta aspiração do ser humano comum, 
Considerando ser essencial que os direitos humanos sejam protegidos pelo império
da lei, para que o ser humano não seja compelido, como último recurso, à rebelião
contra a tirania e a opressão, contra a tirania e a opressão,
Considerando ser essencial promover o desenvolvimento de relações amistosas entre as nações,
Considerando que os povos das Nações Unidas reafirmaram, na Carta da ONU, sua fé nos direitos humanos fundamentais, na dignidade e no valor do ser Humano e na igualdade de direitos entre homens e mulheres, e que decidiram
promover o progresso social e melhores condições de vida em uma liberdademais ampla,
Considerando que os Estados-Membros se comprometeram a promover, em cooperação com as Nações Unidas, o respeito universal aos direitos e liberdades humanas fundamentais e a observância desses direitos e liberdades,
Considerando que uma compreensão comum desses direitos e liberdades é da mais alta importância para o pleno cumprimento desse compromisso, Agora portanto
...
Jean-Paul Sartre
 1905-1980
Filósofo francês existencialista que mais se destacou na contribuição à psicoterapia.
O principal esforço de sua filosofia foi trazer para o homem contemporâneo um olhar para si próprio de modo a desenvolver maior responsabilidade e liberdade.
“Liberdade é existência e nela a existência preceda a essência” (Sartre, 1943).
Jean-Paul Sartre
Primeiro Sartre
Ligação com a fenomenologia de Husserl
O objeto é sempre um objeto para uma consciência – Intencionalidade. 
Segundo Sartre
O Homem é histórico, influenciado pelo Materialismo Histórico de Marx.
Procura avaliar as influências a que o indivíduo está submetido
Visão relacional da consciência como captação do objeto pela percepção, imagem, emoção.
Níveis da Consciência: irreflexiva, pré-reflexiva e reflexiva
Não social.
“Ser é agir”, mas agora a liberdade é situada. 
Substituição do conceito de Consciência para Vivência (Vécu)
O indivíduo se faz na medida em que é feito pela situação e pelos acontecimentos. 
Jean-Paul Sartre
O indivíduo é o co-engendramento entre o fazer-se e o que fazem dele. Ninguém pode viver sem se fazer, entretanto, essa construção de si só se dá sobre a proto-história. Somos sujeitos contextuais antes mesmo da adolescência; a família, a sociedade, a cultura, as relações econômicas e do trabalho.
Personalização é uma ultrapassagem ou uma conservação daquilo que o mundo fez ou faz do indivíduo. As mediações entre essas duas dimensões da constituição de si são as escolhas, que concretizam a síntese. (Pensamento dialético)
Jean-Paul Sartre
O que a abordagem existencial busca em sua prática é compreender como o paciente ultrapassa ou preserva a sua constituição. Quais os padrões comportamentais que puderam fazer ou desfazer o que fizeram do paciente, assim chegando no projeto original do mesmo. 
A análise sartreana é o esclarecimento do projeto de vida de uma pessoa e de como ela o vivencia. Só se consegue compreender o outro através da percepção de seus fins e projetos.
Jean-Paul Sartre
Fases da Terapia:
Para - outro: 
	Desorganização do conteúdo expresso pelo cliente. Análise da inautenticidade. Os conteúdos são apresentados como se não fizesse parte de si, superficialidade.Sem sentir seu mundo interno de modo seguro, não sente o mundo do outro. Apego ao passado e ao futuro, não estabelecendo relação com o presente, maior ligação com os ideais do que com a experiência. Racionalização e descrição de fatos.
2) Para-si: 
	Exploração do problema, maior contato consigo mesmo e conscientização da relação eu - mundo. O cliente passa a buscar valores mais coerentes com a sua forma autêntica de vida, descobre-se criador de si, compreensão de sua história, possibilidade de transformação e ressignificação, ultrapassando a constituição.
3) Para – si – para - outro:
	Justaposição entre as formas antigas e autênticas faz surgir uma terceira etapa. Auto-respeito apesar das limitações, integração, maior domínio do que impede de experienciar a liberdade, inclusão do outro como parte do ser - com e não como responsável pela existência; ser – no – mundo.
Jean-Paul Sartre
O papel do terapeuta:
	Atitude de aceitação, empatia. A aceitação liberta o paciente que por conseguinte, sente-se seguro e liberto para compartilhar sua autenticidade. 
Testemunha ocular/corporal do compromisso que o cliente passa a estabelecer consigo mesmo e com o mundo. “Ligação fundamental”, presença, o “outro é aquele que me olha” (Sartre, 1943). Abstração de seus valores e sentimentos pessoais para captar os do cliente; comunicação intersubjetiva do vivido. 
Jean-Paul Sartre
Referência: Erthal, T. C. S. Treinamento em Psicoterapia Vivencial, Petrópolis, RJ,: Vozes, 1995 
Obrigada e até semana que vem.
TEORIA DAS NECESSIDADES DE MASLOW
DADOS BIOGRÁFICOS: 
Abraham Maslow (1908-1970) foi um psicólogo norte-americano, conhecido pela Teoria da Hierarquia das Necessidades Humanas ou a Pirâmide de Maslow.
Foi um psicólogo de referência na Psicologia Humanista. As teorias psicológicas que mais o influenciaram foram a Gestalt e a Psicanálise.
PIRÂMIDE DE MASLOW
Necessidades Primárias
Necessidades Secundárias
SOCIAIS
FISIOLÓGICAS
AUTO-
REALIZAÇÃO
ESTIMA
SEGURANÇA
FUNDAMENTOS DA TEORIA DA MOTIVAÇÃO DE MASLOW
1. Fisiológicas
2. Segurança
3. Sociais
4. Estima
5. Auto-realização
fome, sede, abrigo sexo e outras necessidades corporais
proteção contra danos físicos e emocionais
afeição, aceitação, amizade e sensação de pertencer a um grupo
fatores internos (respeito próprio, realização e autonomia)
fatores externos (reconhecimento e atenção)
crescimento, auto-desenvolvimento e alcance do próprio potencial
FUNDAMENTOS DA TEORIA DA MOTIVAÇÃO DE MASLOW
 As necessidades são inatas
 Relação entre organismo, desejo e ambiente
 Seguem uma hierarquia, uma linearidade
 Uma etapa é condição para que a outra seja alcançada
 Ciclo dinâmico: privação, dominação, gratificação e ativação
CRITICAS AO MÉTODO DE MASLOW
QUANTO À AMOSTRA
QUANTO À ESCOLHA DE SUJEITOS DE PESQUISA
QUANTO À ANÁLISE DOS DADOS
Abordagem humanista
  O Humanismo aparece como uma reação contra o determinismo do behaviorismo e da psicanálise ortodoxa. “A Psicologia Humanista tenta explicá-la (a psicologia) não como é, mas como deverá ser. Procura levar a psicologia de volta a sua fonte, a psique, onde tudo começou e onde tudo, finalmente, culmina. Mas há mais do que isso. A psicologia humanista não é apenas o estudo do ser humano: é um compromisso com o devir humano” (Matson)
A ABORDAGEM EXISTENCIAL-HUMANISTA NA PSICOTERAPIA Tereza Cristina S. Erthal
No humanismo a pessoa é vista como um ser individual longe de ser vista como um feixe de forças ou um conjunto de instintos. É encarada apenas como pessoa. A psicologia humanista lida com a totalidade de cada um no processo de vir-a-ser. Mas além do seu caráter de unicidade, também é observado que existe a relação com o outro. Assim, o ser humano é definido como um padrão único das potencialidades individuais que são compartilhadas com outros. O principal valor humanista é, portanto, o enfoque na relação humana.
A ABORDAGEM EXISTENCIAL-HUMANISTA NA PSICOTERAPIA Tereza Cristina S. Erthal
Sustenta ela a crença em um potencial no ser que ultrapassa a sua existência. Trata-se de um impulso para o crescimento, para o processo de individuação que o homem é responsável pela sua atualização. Não se trata, no entanto, da primazia da essência sobre a existência, como parece. A essência é criada pelo homem a partir de suas opções existenciais. Maslow resumiu muito conscientemente a questão:
A ABORDAGEM EXISTENCIAL-HUMANISTA NA PSICOTERAPIA Tereza Cristina S. Erthal
	“Todo o ser humano traz dentro de si impulsos contraditórios. Um grupo garante a segurança e a defesa contra o medo, tendendo a regredir ao passado, fixando-se numa etapa anterior; medo de desprender-se da comunhão primitiva com o seio e útero maternos, medo do desconhecido, medo de arriscar-se, medo de independência, liberdade e separação. Um outro grupo de impulsos impede a individualização do self, do funcionamento completo de todas as suas capacidades, da confiança face ao mundo externo, ao mesmo tempo que possibilita que ele aceite seu self inconsciente, real, mais profundo”.
A ABORDAGEM EXISTENCIAL-HUMANISTA NA PSICOTERAPIA Tereza Cristina S. Erthal
O crescimento é, portanto, uma série de escolhas livres que o indivíduo faz entre segurança e desenvolvimento. Salvo alguma deficiência, e de acordo com o seu potencial,ele optará, na maior parte das vezes, pelo crescimento. Embora a escolha seja feita pelo próprio indivíduo, o meio tem um papel muito importante,
A ABORDAGEM EXISTENCIAL-HUMANISTA NA PSICOTERAPIA Tereza Cristina S. Erthal
antes ele precisou ter as suas necessidades básicas de segurança satisfeitas para que então pudesse se desenvolver saudavelmente. O meio pode atuar gratificando ou não as necessidades básicas de segurança e ajudar ao indivíduo a perceber a opção para o crescimento de forma mais atraente. Após ter experimentado diferentes tipos de gratificação, pode ele arriscar em experiências mais ousadas.
A ABORDAGEM EXISTENCIAL-HUMANISTA NA PSICOTERAPIA Tereza Cristina S. Erthal
A busca de valores é considerada uma necessidade inerente ao ser. É essa busca que promove o desenvolvimento de suas potencialidades, isto é, a realização de suas capacidades. A meta humana fundamental é a auto-realização ou individuação, não a redução de tensão, tal como proposto pela teoria da homeostase.
A ABORDAGEM EXISTENCIAL-HUMANISTA NA PSICOTERAPIA Tereza Cristina S. Erthal
(Maslow
Auto-atualização: compromisso com o crescimento e desenvolvimento máximo das potencialidades individuais. 
Sociedade e cultura podem apenas ajudar o homem a concretizar o que já existe em sí. 
Hierarquia de necessidades: fisiológicas, segurança, amor, estima dos outros, autorrealização (papel do Outro)‏
Neuroses como resultado da privação de necessidades básica.)
A ABORDAGEM EXISTENCIAL-HUMANISTA NA PSICOTERAPIA Tereza Cristina S. Erthal
As conclusões deste capítulo e do seguinte constituem uma primeira organização ou “montagem fotográfica”, impressionista, ideal, de entrevistas pessoais com cerca de 80 indivíduos e de respostas escritas por 190 estudantes universitários, de acordo com as seguintes instruções:
Gostaria que você pensasse na experiência ou experiências mais maravilhosas de sua vida: momentos de suprema felicidade, momentos de êxtase ou de arrebatamento, talvez decorrentes de estar apaixonado, ou de escutar uma determinada música, ou de ser subitamente “atingido” pela mensagem de um livro ou de uma pintura, ou de algum grande momento criador. Primeiro, redija uma lista. Depois, tente explicar-me como se sente nesses momentos de extrema intensidade, como se sente diferente do seu modo de sentir em outras alturas, como é, em certos aspectos, uma pessoa diferente nesse momento. [Com outros sujeitos, o questionário pedia uma explicação sobre os aspectos em que o mundo parecia diferente.
CUlMINÂNCIA 
PSICOLOGIA DO SER (MASLOW)
A pessoa nas experiências culminantes sente-se mais integrada (unificada, total, de uma só peça) do que em outros momentos. Também parece (ao observador) mais integrada de varias maneiras (descritas abaixo), por exemplo, menos dividida ou dissociada, lutando menos contra si própria, mais em paz consigo mesma, menos dividida entre um eu - experiente e um eu - observador, mais determinada, mais harmoniosamente organizada, mais eficientemente organizada com todas as suas partes funcionando perfeitamente umas com as outras, mais sinérgica, com menos fricção interna etc.
Experiência de Culminância
 (1902-1987)
Homem: possui tendência inata para atualizar as capacidades e potencialidades do eu.
Tem capacidade (latente) de compreender os fatores de sua vida que causam dor e reorganizar-se para superá-los.
A ABORDAGEM EXISTENCIAL-HUMANISTA NA PSICOTERAPIA Tereza Cristina S. Erthal
Terapia: libertar a pessoa para crescimento com o mínimo de interferência do terapeuta 
Terapeuta: relacionamento de aceitação e compreensão, ser autêntico, verdadeiro, conhecimento dos próprios sentimentos e da vivência terapêutica 
“A autoconsciência e a presença humana do terapeuta é mais importante do que o treinamento técnico do mesmo. E a fronteira entre a psicoterapia e a vida comum é necessariamente tênue. Se a aceitação, a empatia e a consideração positiva constituem as condições necessárias e suficientes para o crescimento humano, então elas devem da mesma forma estar presentes nas relações de ensino, amizade e da vida familiar. (ROGERS, TORNA-SE PESSOA),”
A ABORDAGEM EXISTENCIAL-HUMANISTA NA PSICOTERAPIA Tereza Cristina S. Erthal
Entende-se, no entanto, que o auge do existencialismo ocorreu em plena II Guerra, na Europa. Diante dos acontecimentos duros e angustiantes que o homem passava, ficava difícil formular uma filosofia que se apoiasse na crença do potencial humano. A América, mais otimista a respeito da vida, faz surgir aquela forma especial de existencialismo que é o humanismo.
A ABORDAGEM EXISTENCIAL-HUMANISTA NA PSICOTERAPIA Tereza Cristina S. Erthal
Sartre diz não haver doutrina mais otimista que o existencialismo, pois o destino do homem está nas suas próprias mãos. Sendo assim, o existencialismo é humanismo, pois preocupa-se com o ser humano e é ao mesmo tempo individualismo, por caber ao ser fazer aquilo que quer de si.
A ABORDAGEM EXISTENCIAL-HUMANISTA NA PSICOTERAPIA Tereza Cristina S. Erthal
Uma das diferenças evidentes (existencialismo/humanismo) repousa na negatividade e pessimismo do existencialismo contrário ao otimismo do humanismo. Diz também que o homem é “condenado” a sua liberdade, isto é, vê-se forçado a fazer escolhas diante do desconhecido da sua própria existência. Ao contrário dessa dura pena, no humanismo, o indivíduo tem um impulso para a auto-realização que o liberta desse drama, ou seja, o liberta para criar a si mesmo. A capacidade de escolha é sentida como um privilégio e não como um fardo.
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Potencialidade humana
as duas posições acreditem na direção do homem até a realização em diferentes níveis, o humanista a concebe em termos de potencialidade radicada biologicamente. O organismo humano possui uma natureza intrínseca de necessidade e tendências direcionais para o desenvolvimento da personalidade. Possui o desejo e a capacidade de autodeterminação. 
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Potencialidade humana
A posição existencial nega a biologia, pois sua preocupação maior é com a ontologia Existe uma possibilidade para ser, como afirma Heidegger, não uma atualização de algo que já existe..
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Potencialidade humana
Enquanto os existencialistas afirmam que cabe ao homem criar suas possibilidades, os humanistas falam que seu papel é de descobrir as potencialidades que lhe são inerentes. Entretanto, essa criação não é arbitrária, pois o indivíduo só pode fazer de si mesmo aquilo que está dentro dos seus próprios limites
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“Não posso fazer de mim uma mulher”, como afirma Maslow, “Num certo sentido, a verdadeira tarefa consiste em descobrirmos o que somos ...descobrir as nossas tendências, ...talentos, e ocasionar, depois, a sua realização completa”..
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Potencialidade humana
De acordo com Murphy, o homem, ao decidir, faz aquilo que está em sua natureza fazer. O poder de escolha não é indeterminado completamente. O homem é livre apenas para ser aquilo que pode ser. Não pode transcender-se fazendo coisas que não são próprias de sua natureza
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Potencialidade humana
Rogers também diz que o indivíduo escolhe os elementos do seu eu, cria-se a si mesmo, mas que, num certo sentido, seu poder de escolha é limitado pelas forças nele atuantes. É a capacidade de conscientização de si mesmo que favorece a escolha futura (semelhante a teses existencialistas)..
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Potencialidade humana
Somente através de uma consciência cadavez mais propensa, o indivíduo pode levar ao máximo seus potenciais, escolher seu caminho e participar ativamente do seu crescimento.
Assim, os teóricos de auto-realização (humanistas) falam de descoberta do eu e, os existencialistas, de criação do eu.
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Nas duas doutrinas, o homem é visto como fonte e centro de valores. Ele está em permanente fluxo como uma forma de superar a si mesmo. Concordam também que existe uma direção para o crescimento e para se relacionar com outros indivíduos. A capacidade de escolha, crescimento e responsabilidade pelas ações e envolvimento com as mesmas são princípios comuns às duas orientações. 
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LOGOTERAPIA : 
A PSICOTERAPIA EXISTENCIAL HUMANISTA DE VIKTOR EMIL FRANKL (1905-1997)
LOGOTERAPIA
BIOLÓGICO
SOCIOLÓGICO
PSICOLÓGICO
ESPIRITUAL
Viktor Emil Frankl nasceu em Viena em 26 de março de 1905, filho de pais judeus.
Conheceu Freud quando tinha apenas 16 anos e passou a lhe enviar cartas que falavam sobre as suas ideias acerca da psicologia, tendo as mesmas sido respondidas por Freud.
Mais tarde ele rompe com Freud, pois não concorda com algumas de suas ideias, principalmente pelo fato de Viktor não acreditar que o ser humano é movido por impulsos sexuais.
Frankl acreditava que o ser humano é livre e responsável e tem consciência de sua responsabilidade; que é incondicionado, busca um sentido para sua vida e traz dentro de si um Deus inconsciente.
Frankl foi preso pelas tropas nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, tendo passado três anos preso em campos de concentração. Foi o primeiro psicólogo a passar por essa experiência e sobreviver. Ele havia se casado há pouco tempo com Tilly, e o seu desejo de reencontrar a esposa foi que lhe deu forças para suportar o martírio, e durante o mesmo, conseguir ajudar os seus colegas de sofrimento. 
Frankl percebeu que o ser humano é capaz de suportar os mais duros e intensos sofrimentos quando tem um sentido para a vida, uma tarefa inacabada. Assim surgiu a Logoterapia, que é a terapia que busca encontrar o sentido para a vida.
Segundo Frankl, cada pessoa tem uma instância que nenhuma doença jamais conseguirá atingir. Esta é a dimensão no ética, a espiritualidade imaculada, o Deus vivo na intimidade da pessoa humana.
A Logoterapia propõe uma compreensão do homem como um ser chamado à liberdade, à responsabilidade pessoal de dar uma resposta para a vida e a descobrir o sentido que ela tem.
É a única forma de psicoterapia existencial, porque é a única a desenvolver uma metodologia destinada a ajudar a pessoa humana a descobrir o sentido da vida. Tendo desenvolvido 5 técnicas para o uso terapêutico, que são:
Intenção Paradoxal
 
Nela, o terapeuta propõe ao cliente manter o sintoma que o está incomodando. Como estratégia para conseguir o contrário. É muito recomendado para o tratamento de fobias, neuroses obsessivas e dificuldades sexuais.
Derreflexão
 
É a tentativa de deslocar a atenção do cliente que está preocupado com sua “doença” para alguma coisa mais importante e mais significativa de sua vida, que esteja no futuro.
A derreflexão desloca a atenção do cliente de sua condição de sofrimento, procura dar sentido à sua dor, e descobrir o sentido maior de sua existência já que o sintoma não é o que de mais importante acontece em sua vida.
Apelação
 
Consiste em “denunciar ao cliente a manifestação de sua capacidade de sentir a sua humanidade escondida e carente de um resgate”.
É muito importante ressaltar o lado forte da pessoa que se encontra enfraquecida.
Diálogo Socrático
 
É a discussão sobre o auto conhecimento que permite ao cliente entrar em contato com o seu inconsciente noético, seu potencial humano e a direção que ele pretende dar à própria existência.
No diálogo socrático, o terapeuta formula as perguntas de tal maneira que os pacientes consigam perceber suas decisões inconscientes, os anseios e interrogações e seu autoconhecimento.
O diálogo socrático tem 4 papéis importantes: afasta o cliente do seu problema (funciona como derreflexão); ajuda a assumir novas atitudes; alerta para o fato de ter vencido os sintomas e capacita o terapeuta e o cliente a encontrarem o sentido vital.
O logoterapeuta deve desafiar o paciente a dar um passo em uma nova direção, afastando-se dos problemas e encontrando um sentido vital, uma razão para continuar vivendo apesar do sofrimento.
O desafio é realizado com humor e empatia, e cada encontro tem de ser participante.
A Técnica do Denominador Comum
 
O cliente quando está diante de uma situação irremediável (como uma separação conjugal, aborto, ou casamento), ele pode ficar sem saber direito o que fazer. 
A técnica do denominador comum constitui uma avaliação minuciosa sobre quais as perdas e ganhos de se tomar esta ou aquela decisão; e também qual decisão acarretará menos consequências ruins no futuro.
REFERÊNCIA
GOMES, José Carlos Vitor, Logoterapia Existencial Humanista de Viktor Frankl, 2ª Ediç. Loyola, 1997.

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