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PROCESSO CIVIL IV - 7º SEMESTRE / PROFESSOR DANILO FONTES ATIVIDADE DE TUTELA PROVISÓRIA - 1º BIMESTRE REFERENTE ÀS 04 AULAS DE 25/03/2020 DATA E FORMA DE ENTREGA: a serem encaminhadas até o dia 28/03/2020, às 23h59min, mediante postagem no Lyceum. VALOR: 3,0 pontos INSTRUÇÕES A SEREM SEGUIDAS: 1. Responda as questões abaixo com suporte na apostila de resumo do conteúdo, no texto de Marcus Vinícius Rios Gonçalves (e, se necessário, o aluno poderá se basear nos livros virtuais constantes da "MINHA BIBLIOTECA" no LYCEUM sobre tutela provisória), bem como nos dispositivos do CPC de 2015. 2. Não serão aceitas respostas que forem mera cópia da doutrina ou do dispositivo legal. As respostas devem, sempre que possível, indicar os dispositivos legais pertinentes sem precisar copiá-los. 3. As respostas devem ser na ordem das perguntas. DISCENTE: Ikaro Vieira Viana – 7° Semestre - Matutino 1. Explique as características da tutela provisória, diferenciando-a da tutela definitiva. Conceder tutela provisória significa antecipar no curso do processo a tutela definitiva pretendida, seja em razão da urgência da medida, seja em razão da evidência do direito, ou adotar medidas que garantam a eficácia do processo. Assim, a tutela provisória a ser concedida no curso do processo pode ser satisfativa ou cautelar. Por ser provisória, não se exige para a concessão da tutela provisória a certeza do direito. Enquanto a tutela definitiva se pauta numa cognição exauriente, com juízo de convicção do julgador, a tutela provisória se ancora numa cognição sumária, num juízo de probabilidade. Características de tutela provisória: A. Sumaridade da cognição, funda-se juízo de probabilidade de direito; B. Precariedade, pode ser modificada ou revogada em qualquer momento no curso do processo (art. 296 CPC); C. Não se destina a fazer coisa julgada. 2. Diferencie tutela provisória antecipada da cautelar, explicando as características desta. A tutela antecipada é caracterizada por dar eficácia imediata à tutela definitiva, a característica de antecipação dos efeitos da tutela é a capacidade que o advogado dá ao juiz de conceder antecipadamente ao requerente o que somente poderia ser obtido com uma sentença de procedência de mérito. Características: atributiva ou conservativa, prova inequívoca da verossimilhança do direito e provisória. A tutela cautelar é uma ação com o objetivo de garantir o êxito do processo principal, assegurando a eficácia do resultado e evitando que, com o passar do tempo, o mesmo se torne inútil. Características: conservativa, simples verossimilhança do acautelado, sempre urgente, e definitiva. ARTIGO, 303, CPC/15 3. Diferencie tutela provisória de evidência de tutela provisória de urgência quanto à sua finalidade e pressupostos de concessão. A tutela de evidência só tem lógica em ser satisfativa, pois será concedida independentemente do periculum in mora. Ora, refletindo, a tutela cautelar tem sempre que fundar-se no periculum in mora, pois não há necessidade de se proteger algo que não corra perigo de perder ou perecer. Ademais, a tutela de evidência se direciona a conceder-se antecipadamente um direito que ficou praticamente notório, indiscutível, evidente no curso do processo. Daí, direciona-se a antecipar o direito, por não ser justo que aquele que tem uma chance quase inabalável de sair vencedor no processo tenha que esperar a decisão final definitiva para satisfazer seu direito. Fredie Didier Júnior considera que a tutela de evidência é sempre satisfativa. Já a tutela de urgência pode ser tanto satisfativa quanto cautelar. Os fundamentos para sua concessão são ‘’o fumus boni iuris’’ (probabilidade do direito) e o ‘’periculum in mora’’ (perigo de dano ou risco ao resultado do processo), conforme o art.3º do CPC, que estabelece que "não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito". ARTIGO, 294, CPC/15 4. É possível a concessão de tutela provisória de urgência satisfativa se a medida for irreversível? Explique. A regra é que a tutela de urgência satisfativa só seja concedida quando for reversível, ou seja, quando, se for reformada a decisão, seja possível restaurar o estado anterior e, se for o caso, indenizar os prejuízos sofridos pela parte contrária em razão da execução provisória Todavia, essa regra comporta exceções. Quando a não concessão da medida gerar um prejuízo maior que a irreversibilidade de sua concessão, o juiz, mediante ponderação de valores (Art. 489, §2º), pode justificar a não aplicação da regra do art. 300 §3º, concedendo medida antecipatória irreversível. 5. Quando o requerimento da tutela provisória será antecedente e quando será incidental? Quais tutelas provisórias podem ser concedidas de forma antecedente? A tutela provisória pode ser requerida de forma ANTECEDENTE ou INCIDENTAL. O requerimento será ANTECEDENTE quando a necessidade da tutela provisória surgir antes mesmo da existência de um processo, de forma que seja proposta uma ação judicial, pedindo-se tão somente na petição inicial a concessão da tutela provisória, deixando-se para formular o pedido de tutela definitiva (final) posteriormente, complementando-se a petição inicial. Ou seja, na tutela ANTECEDENTE, o pedido de tutela provisória é formulado sem que se tenha ainda no processo o pedido de tutela final. A tutela ANTECEDENTE é sempre requerida na petição inicial. O requerimento será INCIDENTAL quando ao se requerer a tutela provisória já se tenha no processo o pedido de tutela definitiva (final). O requerimento INCIDENTAL pode ser na inicial, feito em conjunto com o pedido de tutela definitiva, ou em qualquer outro momento no curso do processo, inclusive na fase recursal ou na fase de execução da sentença. Atencedente: Satisfativa /Cautelar e Urgência. Incidental: Satisfativa / Cautelar e Urgência / Evidência. 6. Como e quando pode ser requerida a tutela provisória no curso do processo? Incidental, É a Tutela requerida dentro do processo já em andamento, ou seja, o pedido da Tutela é feito posteriormente à formulação do pedido de tutela definitiva. A Tutela Antecedente é aquela que dá inicio ao processo em que se pretende pleitear a tutela definitiva. Trata-se de requerimento feito anteriormente à formação do pedido de tutela definitiva e tem por finalidade adiantar seus efeitos, seja satisfação ou acautelamento de direito. 7. Explique o que quer dizer o termo decisão liminar ou liminar. É a decisão que analisa um pedido urgente, é uma decisão precária, uma vez que a medida pode ser revogada e o direito sob análise pode ou não ser reconhecido no julgamento de mérito da causa. Tem como requisitos o fumus bonis iuris e o periculum in mora. 8. Quem tem legitimidade para requerer a tutela provisória antecedente? E a incidental? O requerimento antecedente só pode ser feito pelo autor, enquanto legitimado ordinário ou extraordinário. O incidental, pelo autor, pelo réu, quando reconvir ou fazer pedido contraposto e pelo terceiro interveniente. 9. Em quais processos e procedimentos é cabível o requerimento da tutela provisória? A tutela provisória poderá ser requerida em processo autônomo ou incidental, oportunidade em que independerá do pagamento de custas de acordo com o artigo 295 do Código. 10. Como se define a competência para conhecer e julgar o pedido de tutela provisória? A competência para apreciar pedidos de tutela provisória pertence ao juízo competente para julgar o pedido principal (art. 299). Se a ação for de competência originária de tribunal, ou se a tutela provisória for requerida em sede de recurso, a competência pertence ao órgão habilitado para julgar o mérito.
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