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AÇÃO DE ALIMENTOS GRAVIDICOS

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AO JUÍZO DE DIREITO DA___VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE APUCARANA DO ESTADO DE PARANÁ.
MARGARIDA, (sobrenome), (nacionalidade), estado civil, trabalhadora rural, inscrito no CPF sob o Nº XXX. XXX. XXX –XX e portador do RG Nº XXXX-X, endereço eletrônico (e-mail), domiciliado, a Rua (x), do Bairro (x), em Apucarana-PR, CEP Nº XXX. XXX. XXX vem por intermédio do seu advogado infineassinado, procuração em anexo, com endereço para fins de comunicação processual (endereço), onde receberá intimações/notificações referentes ao feito (e-mail), propor, a presente demanda visando obter, 
ALIMENTOS GRAVÍDICOS
Em face de FRANCISCO, (sobrenome), (nacionalidade), estado civil, empresário rural, inscrito no CPF sob o Nº XXX. XXX. XXX –XX e portador do RG Nº XXXX-X, endereço eletrônico (e-mail), domiciliado, a Rua (x), do Bairro (x), em (Cidade-PR), CEP Nº XXX. XXX. XXX, pelos motivos de fatos e de direitos, a seguir expostos:
I – DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
Nos termos do Art. 98, do CPC/15, a parte autora, afirma preencher todos os requisitos, para os devidos fins e sob as penas da Lei, não possuir condições para arcar com o pagamento das custas e demais despesas processuais sem prejuízo de seu sustento, tendo em vista, a gravidez de risco e não haver nenhuma fonte de renda, razão pelo qual, requer o benefício da gratuidade de justiça.
Junta á presente comprovante de isenção de imposto de renda e informa que possui renda mensal de aproximadamente R$ xxx, xx (x R$), tendo em vista, a dificuldade financeira da parte autora, consoante (doc. 1), em anexo.
II- DOS FATOS
Ao desenrolar de alguns meses, Margarida, ora, trabalhadora rural, domiciliava em Londrina-PR, ao passo, que há tempos passou a trabalhar no plantio de milho, ora, de propriedade de Francisco, casado com Rosa.
Em decorrência disso, pouco tempo, após a chegada, de Margarida, ora, parte autora, afirma ter mantido relações sexuais, com Francisco, ora, parte ré, durante (x) meses, no ano (x), mesmo, Margarida, tendo ciência do casamento de Francisco, com sua esposa, ora, Rosa.
Tendo em vista, a distância de Margarida em relação à propriedade de Francisco, ora, empresário rural, tendo, portanto, uma elevada situação financeira, efetuou um convite à parte autora no dia (x), do mês e ano (x), com escopo de facilitar os encontros e manter ás relações sexuais, em sua propriedade, devido, aceitação de Margarida.
Após meses, de relações sexuais, foi evidente, a gravidez de Margarida, sendo, devidamente, negado o reconhecimento do filho, alegando de fato, que tratava apenas de um ato extraconjugal, tendo, portanto, terminado o relacionamento com Margarida e pediu, imediatamente, a desocupação da mesma, de sua propriedade.
Margarida desesperou-se, depois de tomada de decisão, por parte de Francisco, não possuía condições financeiras para custear todas as despesas da gestação, tendo em vista, a gravidade de sua gestação, conforme comprovado, no atestado médico (doc. 2) em anexo.
Em virtude da gravidez de risco, a parte autora, não tem nenhuma condição para exercer, qualquer trabalho, tendo em vista, que sua família é de Santa Catarina, sendo humilde e não tem condições para ajudar financeiramente, bem como, os seus pais, são rudes e tradicionais, pois não aceitaria sua filha solteira e grávida.
Desta forma, para fins de comprovação, a parte autora, tem consigo, o laudo de ultrassonografia, atestado médico ginecológico, fotografias, declarações de testemunhas e mensagens de texto comprovando que mantivera diversas relações sexuais com Francisco durante meses, inclusive, na semana apontada no laudo de ultrassonografia como a correspondente ao início da gestação, ambos, em anexo.
Não restam dúvidas, que Margarida necessita de uma ajuda no mínimo de R$3.000,00 (três mil reais), tendo em vista, que foi despejada da propriedade de Francisco, e agora reside em Apucarana-PR, por meio de um contrato de aluguel.
Devido ao valor gasto de aluguel, que gire em torno de R$350,00 (trezentos e cinquenta reais), mensalmente, na cidade citada anteriormente, o valor referente ajuda a ser pago e acolhido por Vossa Excelência, gira em torno de R$3.350,000 (três mil e trezentos e cinquenta reais), para arcar com as despesas referentes ao plano de saúde, à alimentação, à moradia, aos remédios, do enxoval do bebê e à cesariana, conforme recomendação médica.
Logo, não restam dúvidas em relação à legitimidade de Margarida, razão pelo qual se faz necessária, a propositura desta demanda, para garantir a dignidade da pessoa humana, bem como, outras garantias constitucionais, para que Margarida venha a ser resguardada e possa ter uma ajuda financeira adequada á suas despesas médicas para manutenção de sua gestação, em face da parte ré, ora, tem o dever cria e educar.
III – DO DIREITO
Consoante gestante Margarida, em virtude de relações sexuais contínuas, mesmo, a parte autora tendo conhecimento, do casamento da parte ré, com sua esposa, Rosa, configurando, portanto, união estável, conforme o dispositivo 6º, caput, da Lei nº 11.804/08, tendo em vista, o relacionamento abrangente, comprovado por fotografias e declarações, até mesmo de vizinhos, isto é, testemunhas, em favor da garantia de Margarida.
Art. 6º, Lei nº 11.804/08. Convencido da existência de indícios da paternidade, o juiz fixará alimentos gravídicos que perdurarão até o nascimento da criança, sopesando as necessidades da parte autora e as possibilidades da parte ré.
Parágrafo único. Após o nascimento com vida, os alimentos gravídicos ficam convertidos em pensão alimentícia em favor do menor até que uma das partes solicite a sua revisão. 
Desta forma, é evidente que a gestação foi concebida durante a união estável, compelindo ao réu, a ajudar na manutenção dos gastos desde, de sua concepção, para não prejudicar o direito do nascituro, da gestante, ora, Margarida.
Art. 2º, Lei nº 11.804/08. Os alimentos de que trata esta Lei compreenderão os valores suficientes para cobrir as despesas adicionais do período de gravidez e que sejam dela decorrentes, da concepção ao parto, inclusive as referentes a alimentação especial, assistência médica e psicológica, exames complementares, internações, parto, medicamentos e demais prescrições preventivas e terapêuticas indispensáveis, a juízo do médico, além de outras que o juiz considere pertinentes.
Parágrafo único. Os alimentos de que trata este artigo referem-se à parte das despesas que deverá ser custeada pelo futuro pai, considerando-se a contribuição que também deverá ser dada pela mulher grávida, na proporção dos recursos de ambos.
a) Da comprovação de legitimidade do pedido de alimentos gravídicos (vínculo parentesco);
Com base, nos dispositivos já mencionados, Margarida, configura como companheira, em virtude de relacionamento contínuo com Francisco, tendo os mesmos direitos do casamento, se tratando de fato de união estável, em relação à parte ré, ora, Francisco, que tem o dever de preservar e resguardar o direito do nascituro.
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
§ 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.
Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação.
§ 1º. Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada.
Art. 1.695, CC. São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu sustento.
Não restam dúvidas, em relação a Margarida, ora, despejada da propriedade, sem condições de manter os custos da gravidez, em virtude de se tratar de uma gestação de risco, e não poder exercer, nenhuma atividade profissional, por orientação médica, razãopelo qual, se faz necessário, o acolhimento da presente demanda.
b)Da condenação de honorários advocatícios, custas e despesas processuais;
Art. 82. Salvo as disposições concernentes à gratuidade da justiça, incumbe às partes prover as despesas dos atos que realizarem ou requererem no processo, antecipando-lhes o pagamento, desde o início até a sentença final ou, na execução, até a plena satisfação do direito reconhecido no título.
§ 2º A sentença condenará o vencido a pagar ao vencedor as despesas que antecipou. 
Art. 85, do CPC/2015. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor. (grifo nosso)
Desta forma, que Vossa Excelência, venha acolher tal entendimento majoritário, adotado, pela maioria dos juristas, na aplicação da presente demanda.
c) Dos procedimentos Processuais;
Art. 7º Lei nº 11.804/08. O réu será citado para apresentar resposta em 5 (cinco) dias. 
Art. 442, CPC/2015.  A prova testemunhal é sempre admissível, não dispondo a lei de modo diverso. 
Desta forma, que Vossa Excelência, possa conceder tal procedimento, a parte ré, bem como, a possibilidade de outras provas, para ser devidamente comprovada, a responsabilidade de Francisco, em face de Margarida, ora, gestante e parte autora, tendo em vista, a garantia do direito do nascituro.
Art. 177, do CPC/2015.   O Ministério Público será intimado para, no prazo de 30 (trinta) dias, intervir como fiscal da ordem jurídica nas hipóteses previstas em lei ou na Constituição Federal e nos processos que envolvam:
II - interesse de incapaz; (grifo nosso)
Isto é, a intervenção do MP, na garantia do direito de nascituro, da gestação da Margarida, se faz necessária, para a garantia constitucional.
No momento do fim do relacionamento, o réu, ainda mantém, a sua profissão, de empresário rural, percebendo faturamento mensal líquido de R$ 000000000 (REAIS).
Assim sendo, requer a concessão do valor de R$ 3.350,00 (três mil e trezentos e cinquenta reais), que equivalem a (x) % do faturamento do réu, para arcar com as despesas referentes ao plano de saúde, à alimentação, à moradia, aos remédios, do enxoval do bebê e à cesariana, conforme recomendação médica, aluguel, a ser acolhido por Vossa Excelência, bem como, a ser executado pela parte ré. 
Art. 229, CRFB/88. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.
d) Da concessão de alimentos provisórios;
Desta forma, devido à insuficiência de recursos, de Margarida, a mesma, tem interesse de receber tal benefício, a ser pago pelo Francisco, ora, parte ré e companheiro da mesma, se tratando, portanto, de uma união estável, tendo ás mesmas garantias constitucionais, conforme Art. 226, §3º, da CF.
Art. 4º, Lei nº  5.478/68. Ao despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o credor expressamente declarar que deles não necessita.
Parágrafo único. Se se tratar de alimentos provisórios pedidos pelo cônjuge, casado pelo regime da comunhão universal de bens, o juiz determinará igualmente que seja entregue ao credor, mensalmente, parte da renda líquida dos bens comuns, administrados pelo devedor. 
Vale lembrar, em relação à possibilidade do alimentante, não restam dúvidas, devido à situação financeira elevada de Francisco, ora, empresário rural, tendo, portanto, condições necessárias para garantir a manutenção da gestação de Margarida, bem como, a garantia do nascituro, bem como, eventuais gastos, de seu descendente.
Ementa. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE ALIMENTOS GRAVÍDICOS. POSSIBILIDADE, NO CASO.
1. O requisito exigido para a concessão dos alimentos gravídicos, qual seja, “indícios de paternidade”, nos termos do art. 6º da Lei nº 11.804/08, deve ser examinado, em sede de cognição sumária, sem muito rigorismo, tendo em vista a dificuldade na comprovação do alegado vínculo de parentesco já no momento do ajuizamento da ação, sob pena de não se atender à finalidade da lei, que é proporcionar ao nascituro seu sadio desenvolvimento.
2. No caso, considerando a carteira de gestante, as fotografias e especialmente as declarações de que as partes mantiveram relacionamento amoroso no ano de 2014, em período concomitante à concepção, há plausibilidade na indicação de paternidade realizada pela agravante, restando autorizado o deferimento dos alimentos gravídicos em 30% do salário mínimo. AGRAVO DE INSTRUMENTO PROVIDO. (Agravo de Instrumento Nº 70065086043, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Ricardo Moreira Lins Pastl, Julgado em 20/08/2015) (grifamos).
Logo, de acordo com os fatos, já narrados é evidente, provas testemunhais, por vizinhos, que Margarida e Francisco, mantiveram relações sexuais, bem como, é exemplificado da mesma forma, por mensagens e fotografias, como também, a parte autora, conviveu um determinado tempo, com a parte ré, ora, Francisco.
IV- DOS PEDIDOS
Diante de todo o exposto requer:
a) A concessão do benefício da justiça gratuita, uma vez que não possui condições de arcar com o pagamento de custas, despesas e honorários advocatícios, conforme afirmação acima e comprovação de isenção do imposto de renda, bem como declaração de hipossuficiência anexa, consoante Art. 98, CPC/2015. 
b) Intimação do representante do Ministério Público para que acompanhe o feito na condição de custos legis, consoante, Art. 178, II, CPC/15;
c) A fixação, inaudita altera parte, dos alimentos provisórios no valor de R$ 3.350,00 (três mil e trezentos e cinquenta reais) equivalente a (x) % dos ganhos do réu;
d) Confirmação, ao final, da tutela requerida;
e) A Citação do réu para que compareçam em audiência de conciliação, instrução e julgamento, a ser designado por este douto Juízo, onde, se quiserem, poderão oferecer resposta, sob pena de sujeitarem-se aos efeitos da revelia, bem como, apresentar resposta no prazo de cinco dias, consoante Art. 7º, Lei nº 11.804/2008. 
f) Preferencialmente a produção de prova testemunhal (art. 442, CPC/15); bem como, todos os meios de prova em direito admitidos, em especial pela oitiva de testemunhas, estudo social, exame de DNA e depoimento pessoal do réu;
g) A concessão dos alimentos provisórios, consoante Art. 4º, Lei nº  5.478/68;
h) A condenação de Francisco ao pagamento dos alimentos no valor indicado, além dos honorários advocatícios, custas e despesas processuais (arts. 82, § 2º, e 85, CPC).
i) Expedição de ofício ao Banco do Brasil a fim de que seja aberta conta específica para o depósito da pensão mensal, da parte autora, ora, Margarida.
V – VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ 40.200,00 (Quarenta mil e duzentos reais), conforme, Art. 292, III, do CPC/15), a ser acolhido por Vossa Excelência.
NESTER TERMOS,
 PEDE DEFERIMENTO.
APUCARANA-PR – DATA.
ADVOGADO – OAB
[ASSINADO DIGITALMENTE]

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