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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER ROSÂNGELA DORNELES, RU: 964942, TURMA: 2019/02 - GD LICENCIATURA PEDAGOGIA RELATÓRIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO ENSINO FUNDAMENTAL I ANOS INICIAIS UTA FORMAÇÃO DE PROFESSORES E DIVERSIDADE CURITIBA/PR 2019 CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER ROSÂNGELA DORNELES, RU: 964942, TURMA: 2019/02 – GD LICENCIATURA PEDAGOGIA Relatório de Estágio Supervisionado — Ensino Fundamental I – Anos Iniciais à UTA Formação de Professores e Diversidade, apresentado ao curso de Licenciatura em Letras Pedagogia, pelo Centro Universitário Internacional – UNINTER. CURITIBA/PR 2019 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 4 2 OPERACIONALIDADE DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ENSINO FUNDAMENTAL I - ANOS INICIAIS ........................................................................ 6 2.1 OBSERVAÇÃO EM SALA DE AULA.............................................................. 6 2.2 OBJETIVOS DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ENSINO FUNDAMENTAL I – ANOS INICIAIS .................................................................................................... 8 3 PERFIL DA ESCOLA DO ESTÁGIO ................................................................... 10 4 DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO.................................................................. 10 4.1 PRODUÇÃO TEXTUAL BASEADO NAS RESPOSTAS DOS QUESTIONÁRIOS APLICADOS À PROF.ª REGENTE DA TURMA À DIREÇÃO ............................... 10 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 13 REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 16 ANEXOS ............................................................................................................... 17 ANEXO A: PLANO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ANOS INICIAIS ......... 17 4 1 INTRODUÇÃO A disciplina de Estágio Supervisionado — Ensino Fundamental I - Anos Iniciais, em qualquer curso de Licenciatura é indispensável para o processo de formação de professores. Nesse momento é que o acadêmico tem contato direto com a comunidade escolar e a realidade de seu exercício profissional futuro, o que lhe permitirá conhecer e ter uma apreensão geral de como acontece o processo educacional. Portanto, neste relatório serão apresentados os resultados e documentações relativas às atividades desenvolvidas no Estágio Supervisionado obrigatório de docência, no Ensino Fundamental I – Anos Iniciais, realizado no curso de Licenciatura em Pedagogia. As atividades do decorrer do estágio, observação das aulas me possibilitou um treinamento para o futuro exercício da carreira de professora de Pedagogia, profissão a qual estarei habilitada com a conclusão do curso de Graduação. Portanto, o período de observação é muito importante para a formação do futuro professor, visto que possibilita um contato direto com uma realidade de seu maior interesse, que é a comunidade escolar, e, consequentemente, com uma prática pedagógica que lhe permitirá refletir sobre a teoria e a prática e as necessidades e exigências da sociedade sobre o aluno em formação e do trabalho oferecido pelo educador; sobre o período do estágio, ele é um dos momentos mais importantes para a formação acadêmica do estudante, já que este momento possibilita ao discente em formação a visão do que será o seu futuro. Sobre as observações em Planejamento de Aulas e Docência, elas foram realizadas em uma turma de 5.º Ano, do período vespertino de uma escola da rede municipal de ensino do estado do município de Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul. A seguir se apresentam os relatos dos fatos presenciados, tais como o comportamento geral dos alunos em aula, as competências e habilidades da professora titular, a abordagem pedagógica e os conteúdos que a educadora desenvolveu; assim, este relatório tem a finalidade de registrar as experiências e resultados obtidos durante esse treinamento para a profissão. Essas considerações pontuadas, associadas às teorias possibilitaram algumas reflexões sobre a atuação profissional da educadora, mas o importante é a permanência do espírito observador no professor, que permitirá compor uma ideia e até sugestões sobre o desenvolvimento e exercício dos processos de ensino e de 5 aprendizagem em sala de aula sobre a prática docente testemunhada, que irá interferir tanto nos alunos quanto numa sociedade desejada e próxima do ideal. E perante a teoria e prática, esses dois elementos constitutivos do trabalho estão presentes tanto nos meios acadêmicos quanto no mundo do trabalho, sendo a teoria, própria da atividade acadêmica, e a prática, personificada pela escola. O papel do futuro professor, em relação a esses dois elementos constitui-se em uni-los, conjugá-los, de modo que essa experiência agregue conhecimento, criatividade e crescimento em minha docência, revelando assim a íntima relação entre teoria e prática, me proporcionando um aprofundamento cientifico e vivências de práticas profissionais fundamentadas em atitude crítica e criativa, frente à realidade em transformação. 6 2 OPERACIONALIDADE DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ENSINO FUNDAMENTAL I - ANOS INICIAIS 2.1 OBSERVAÇÃO EM SALA DE AULA A Observação e a importância do Estágio Supervisionado — Ensino Fundamental I – Anos Iniciais para a formação profissional do acadêmico em Pedagogia é o momento que possibilita ao acadêmico o contato com a sala de aula e permite a obtenção de dados para uma posterior avaliação, que implicará na definição do seu perfil de futuro educador. O período de observação durante o Estágio Supervisionado oferece ao acadêmico momentos de reflexões que certamente determinam a construção de sua prática, ou seja, de seu comportamento como futuro educador. Ainda, a observação e a importância do Estágio Supervisionado é o momento que constitui o primeiro contato com os alunos, com a sala, com a escola, com a professora vigente. Conhecer para saber qual seria a melhor atuação durante o período de vigência. No primeiro dia de observação, a presença da estagiária foi notada pelos alunos e a professora titular se encarregou de fazer as apresentações, dizendo que eu estava concluindo o curso de Pedagogia, para também ser professora. No primeiro dia de observação a professora também operacionalizou a chamada de frequência dos alunos em aula e ao proferir seus nomes, individualmente pode-se reconhecê-los e até, arrisca-se a registrar, a se ter uma noção do perfil de cada um. Havia conversas paralelas, mas sempre a professora procurava controlar o ambiente e organizá-lo de modo que os alunos não pudessem dominá-lo aleatoriamente e distorcer os propósitos da aula — a professora sempre está buscando chamar a atenção de um ou outro, é difícil estabelecer regras entre os alunos e com os alunos. A professora titular inicia o desenvolvimento da aula com conteúdos gramaticais sobre ortografia, e continuava a escrever, agora passava algumas atividades (quatro exercícios) sobre regras gramaticais desvinculadas da prática social dos alunos e essa metodologia prossegue nas aulas; quanto ao método utilizado pela professora, pode ser considerado mecânico, ou seja, apresenta conteúdos maçantes sobre regras ortográficas, visto que, através desse método o aluno apenas cópia, 7 efetuando movimentos e raciocínios repetitivos que não leva à aprendizagem prazerosa. Cabe uma reflexão sobre qual é o papel do educador em uma sala de aula, pois não deveria se resumir em passar (ou transmitir) conteúdos para que os alunos os copiem e, resumir essas aprendizagem numa avaliação — deseja-se que o professor seja parceiro do seu aluno, que também oportunize-se aprender com ele, e, que um instrumento avaliativo apenas imponha responsabilidade e não a ideia definitiva de que o aluno aprendeu ou não… Então, o estágio supervisionado no Ensino Fundamental I – Anos Iniciais permite uma proximidade positiva da teoria com a prática; oportuniza ao aluno estagiário, acadêmico em formação, assumir efetivamente o papel de educador e chamar para si responsabilidades fundamentais e de significado pelas suas condições de ensinar e interagir na formação de seus alunos. Por fim, o estágio que se exercitou no Ensino Fundamental I – Anos Iniciais trouxe consigo a elaboração do relatório que consiste em mostrar tudo que foi realizado em sala de aula e, também, relatar a experiência do discente como atuante na condição de docente, pois foi assim que se desenvolveu o estágio, realizado no período de 12 de Junho de 2019 do corrente ano, no período vespertino, sendo observado a turma do 5.º Ano. Conclui-se, provisoriamente, que o aspecto físico da escola e da sala de aula incentiva muito ao estudo. A qualidade do ambiente é desejável, tornando-se agradável e motivando o aluno a focar melhor seus objetivos e a conscientização de sua presença e esforços em sala de aula para garantir uma formação de qualidade, em parceria com seus professores e comunidade escolar. A observação é um momento importante de análise metodológica e conhecimento do campo do estágio, enquanto os principais objetivos são conhecer as regras que regem as aulas, cem como a dinâmica entre professor/alunos nos processos de ensino e de aprendizagem da língua materna. 8 2.2 OBJETIVOS DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ENSINO FUNDAMENTAL I – ANOS INICIAIS Observe-se, a seguir, a composição que foi organizada: Tabela 1 – Estágio Supervisionado – Ensino Fundamental Anos Iniciais. Curso: Segunda Licenciatura em Pedagogia Plano de Ensino CONHECIMENTOS: Relação professor, aluno e conhecimento na configuração do processo educacional; Organização do Ensino Fundamental; Metodologias de ensino; Planejamento da ação pedagógica: gestão e docência; Prática Pedagógica inclusiva: análise, planejamento e atuação. HABILIDADES: Observar o cotidiano da escola, refletir e procurar possíveis soluções- problema enfrentadas no cotidiano escolar; Apontar as relações entre teoria estudada e a prática através da pesquisa e observação; Descrever a observação, o planejamento e aplicação da prática docente no Ensino Fundamental; Detalhar a auto-observação de suas vivências enquanto aprendiz, para relacioná-las com a função futura de docente no Ensino Fundamental. Observar o contexto histórico/político/educacional de forma a possibilitar o entendimento da função de docente no Ensino Fundamental; Exercitar a habilidade da descrição, compreensão e interpretação dos fenômenos educativos. 9 COMPETÊNCIAS: Contextualizar a teoria estudada coma prática docente e as metodologias de ensino utilizadas nas séries iniciais do Ensino Fundamental; Refletir sobre o papel do docente frente às situações adversas do cotidiano escolar; Ampliar a percepção da relação professor e aluno frente aos desafios e possibilidades do contexto escolar. Verificar e analisar a ação pedagógica refletida na ação docente do professor que atua nos anos inicias do Ensino Fundamental. Tabela 2 – Estágio Supervisionado – Ano iniciais Objetivo(s) do presente Relatório EMENTA: Relação professor, aluno, e conhecimento na configuração do processo educacional; Organização do Ensino Fundamental; Metodologias de ensino; Planejamento da ação pedagógica: gestão e docência; Prática Pedagógica Inclusiva: análise, planejamento e atuação. 10 3 PERFIL DA ESCOLA DO ESTÁGIO O Estágio Supervisionado — Ensino Fundamental I – Anos Iniciais foi realizado na Escola, localizada na cidade de Bento Gonçalves, no estado do Rio Grande do Sul. A instituição de estágio oferta atendimento no período matutino e vespertino. A escola oferta atendimento no Ensino Fundamental I e Médio (contemplando todos os níveis e modalidades: Educação Infantil, Ensino Fundamental desde os Anos Iniciais/Finais), nos dois turnos, e Ensino Médio, atendendo a um total atual (Primeiro semestre/2019) de 620 alunos, quando 05 (cinco) do total se encontram em processo de inclusão; a instituição possui uma área física bem pavimentada e organizada entre a parte administrativa, refeitório, salas de aula, banheiros e quadras e área de lazer, contando ainda com segurança adequada, mobiliário bem conservado, espaço tecnológico moderno, além de iluminação e outros aspectos eficientes. 4 DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO 4.1 PRODUÇÃO TEXTUAL BASEADO NAS RESPOSTAS DOS QUESTIONÁRIOS APLICADOS À PROF.ª REGENTE DA TURMA À DIREÇÃO A concepção do ensino que a professora adota durante as aulas realizadas no ano letivo é de que a educadora procura trabalhar bastante com gêneros textuais para, a partir deles, introduzir o conteúdo, pois o exercício da leitura é fundamental para a construção do conhecimento. O número total de alunos são de 17 (dezessete) e se equilibram em número para os ambos os sexos: 09 (nove) do sexo feminino e 08 (oito) do sexo masculino. A atitude dos alunos em relação ao conteúdo e às aulas é que a maioria deles demonstra interesse em aprender o que lhes é proposto, pode-se sentir que estão focados e se esforçam para participar, questionando e expondo suas ideias, além de procurarem soluções para suas dúvidas diretamente com a educadora. A comunicação dos alunos entre si e com a professora constitui uma relação de ótima interatividade e com respeito, além do mais, o sentido teórico das aulas sempre concorre em paralelo com a realidade dos alunos e da sociedade, ou seja: os exemplos, os fatos, fundamentos, regras e conceitos sempre transcendem para a 11 realidade local e os alunos são provocados e estimulados para exercitar seu direito de participação. Não há na classe aluno que tenha algum tipo de necessidade especial, e o perfil socioeconômico geral dos alunos é de classe média. A formação da professora regente (ou titular) da turma, na disciplina em questão (Pedagogia) alcança o nível de Pós-Graduação, contando com ampla experiência profissional e de uma competência e criatividade visíveis, além do mais, a atitude da educadora em relação à turma é de tratamento igualitário, exercitando uma postura educada, gentil e motivadora nas relações didáticas e interpessoais, preocupando-se com o bem estar dos alunos, concedendo abertura suficiente e limitações para que não aconteçam excessos e abusos, ou seja, é uma profissional e pessoa acessível que exige correspondência à altura de seus alunos. No seu trabalho, ela procura introduzir o conteúdo para que os alunos tomem consciência do que irão enfrentar, desse modo, passa a desenvolvê-lo a partir da sua exposição completa, intercalando exemplos, erros comuns em relação ao tema e busca a espontaneidade dos alunos para dúvidas e complementos ao que explica durante e após a administração dos fundamentos, conceitos e atividades que planejou. O papel dos conteúdos desenvolvidos durante as aulas é dependente da motivação que a educadora passa para o incentivo à leitura tanto no espaço escolar como fora dele, visto que a gramática é aprendida a partir da teoria e da constante leitura analítica e crítica que o aluno deve realizar — a educadora exige dos alunos uma posição como leitores, pois devem aprender a gostar de ler quando percebem o sentido e significado que a gramática tem sobre a comunicação e a vida deles, pois segundo ela, uma pessoa que não consegue ler e não se atualiza, inevitavelmente se expressará mal e passará a ser mal compreendida… por isso ela afirma um trabalho intenso a partir de textos e da realidade e ao uso corrente da língua padrão. A metodologia empregada nas aulas deixa a desejar um pouco, pois apesar de o espaço da sala de aula ser motivador e interativo, a educadora passa a trabalhar frente aos alunos quase que de maneira mecânica, isso os esgota e atrapalha um pouco o processo de aprendizagem. A forma de exposição de conteúdos que são utilizados durante as aulas dá lugar ao uso das mais variadas fontes de gêneros textuais; textos imagéticos são bem explorados, como histórias em quadrinhos, textos tipo publicitários, para que o aluno 12 também saiba fazer a leitura dos aspectos não-verbais, subjetivos, que compõem um enunciado. Sempre que possível ocorre a utilização de recursos pedagógicos durante as aulas, como o livro didático, jogos, mídia (filmes e músicas). A professora promove a participação dos alunos na aula sob a forma de provocações e questionamentos, discussões de nível crítico que mereçam contra resposta em comentários ou exposição de motivos por parte dos alunos. Em tempo, a educadora também estimula a interatividade entre os alunos com trabalhos em duplas, grupos de opinião e outras formas de atuação entre eles. A avaliação da educadora é realizada durante as aulas a partir da observação direta sobre a participação dos alunos, a espontaneidade e comportamento, além do que lhes é proposto em sala de aula (atividades/exercícios, produções textuais, fichas de leitura, jogos e entre outros materiais). Noutro norte, mais da parte administrativa e física, a sala de aula que foi utilizada para as observações no Estágio Supervisionado no Ensino Fundamental I — Anos Iniciais, ela tem um tamanho confortável e adequado ao número de alunos nela contida, considerando-se que são ótimas as condições de climatização, iluminação, disposição do mobiliário, limpeza, decoração, recursos tecnológicos e acústica. A avaliação da instituição, é através de conceitos, no mínimo 2 (dois) nas atividades de avaliação a recuperação é paralela e contínua. Todos os professores tem curso superior (Graduação) e alguns em fase ou concluintes do nível de Pós- Graduação, além de alguns com nível de Mestrado completo. A direção foi eleita com plano estratégico de desenvolvimento baseado em 4 (quatro) áreas, e o perfil dos profissionais que compõem a equipe da instituição possuem ampla experiência profissional tanto em tempo quanto no sentido educacional (de sala de aula, a serviço do Magistério). Lhes é oferecida formação continuada (principalmente na área da Educação Especial), quando possível, e ambiente tecnológico; outros profissionais, como aqueles que atuam na manutenção (limpeza, lanche, organização e segurança) são oferecidas também possibilidades de aprendizagem e melhorias de atuação. Por meio da consulta ao Projeto Político-Pedagógico da instituição se tenta transformar o espaço no melhor possível e desejado, portanto, uma nova sociedade com gradativa construção, alicerçada no homem, que faça do diálogo sua mais importante ferramenta é um dos propósitos da Escola, pois ali está inscrito que se 13 realiza um planejamento participativo, onde se ouve a comunidade escolar e a sociedade em seus diferentes segmentos: aluno, professores, funcionários e pais, apoiados na gestão democrática do instituto, considerando, portanto, a realidade concreta, os anseios da comunidade, num compromisso com a humanização. Crê-se que o fazer pedagógico, a metodologia a ser utilizada necessita de realimentação constante, aperfeiçoamentos, postura de professor que sempre aprende na interação com o outro, com o mundo da cultura, através da pesquisa e da leitura, portanto, espera-se realizar uma metodologia de reflexão–ação–reflexão, reavaliando constantemente as práticas exercitadas, a partir de uma avaliação diagnóstica, respeitando os estágios de desenvolvimento dos alunos, uma vez que oscilam entre as fases das operações concretas até a abstração de conceitos, nos diferentes níveis de educação oferecidos pelo instituto. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS O estágio foi uma experiência desafiadora no processo de formação, pois permitiu que os conhecimentos, na medida em que foram sendo construídos, se articulassem com a prática docente. Ficou constatado que o bom andamento dos trabalhos depende da preparação metodológica, no entanto, esse não é o único requisito, porque é extremamente importante a aproximação nas relações entre professor/alunos, devido o entrosamento ser fator fundamental para a aceitação das propostas e tarefas a serem executadas e, da capacidade de absorção máxima dos conhecimentos oferecidos, pois sem considerar esses aspectos, a sala de aula se torna um cenário protocolar e vazio. É preciso de atenção junto à clientela, perceber suas habilidades e competências, como assim deve se proceder com as dificuldades e fragilidades para se garantir um trabalho de planejamento ideal e que todos o usufruam dele com a maior efetividade nos processos de ensino e de aprendizagem de maneira consciente e ativa. Trabalhar a língua e seus usos nos contextos de comunicação fomentou nos alunos o interesse pelas produções textuais, restando-me ainda, questionar e experimentar outros pontos sobre a profissão docente, na certeza de que o título de professor está atravessado pelo compromisso metodológico de suas aulas, na busca 14 incessante da aproximação da realidade dos alunos e no anseio em tornar a prática docente cada vez mais provocadora e significativa. O estágio supervisionado no Ensino Fundamental I – Anos Iniciais permite uma proximidade positiva da teoria com a prática, ou com a realidade operacional de sala de aula e social, quando também oportuniza ao aluno estagiário, futuro educador em formação, assumir efetivamente sua função e competências num plano experimental a ser avaliado. Trata-se o estágio de um período crítico, em que o discente passa durante o curso de formação a perceber os conflitos e obstáculos materiais e subjetivos das escolas, suas salas de aula e dos alunos, num cenário de enfrentamentos. Depois de passar por essa etapa, com certeza o aluno em formação sai amadurecido, senão consciente das dificuldades da profissão, ganhando terreno no campo das primeiras experiências. Sendo assim, pode-se afirmar que a vigente experiência foi marcante e enriquecedora pela capacidade de observar e perceber as eficiências e ineficiências que concorrem para um trabalho de qualidade na formação e pelos alunos! No decorrer do estágio supervisionado no Ensino Fundamental I – Anos Iniciais, se prestou atenção no processo de interação verbal professor/alunos e alunos/professor, o que permitiu uma breve discussão sobre os discursos que permeavam no ambiente da sala de aula e a identificação de marcas autoritárias na fala da professora regente (ou titular). Entretanto, deve-se considerar que tanto a educadora titular quanto os alunos sabiam que eram observados, o que poderia ter influenciado em seus comportamentos, desviando-os de sua rotina, contudo, acredita-se que não houveram alterações ou intimidações nesse momento de exercício docente junto ao Ensino Fundamental e análise que se fez junto aos alunos, assim pode-se realizar uma aproximação da realidade do cotidiano escolar. Especificamente quanto ao método utilizado pela docente, segue um referencial teórico da gramática tradicional, ao ponto de desvincular a palavra do seu contexto de produção e do seu valor semântico. O período de do Estágio Supervisionado no Ensino Fundamental I – Anos Iniciais possibilitou, ainda, uma nova visão que permitirá definir uma postura consciente como futura educadora e profissional comprometida com o seu tempo e necessidades de transformação e evolução favorável aos alunos e à sociedade, pois é de interesse 15 interagir na formação de seres humanos que usem de suas competências e habilidades para se fazerem críticos, autônomos e cidadãos de fato, pelo que aprenderam, aprendem e aprenderão em seu benefício. O principal objetivo da Educação é criar homens capazes de fazerem coisas novas, não simplesmente de repetirem erros ou a inércia que outras gerações fizeram acontecer, tendo perdas em suas vidas, pois o que se quer é ao contrário: é ação, criatividade, emancipação e autonomia, quando os alunos como cidadãos que são, sejam inventivos e audazes. Esse documento é um relato de experiências vivenciadas durante o exercício docente, pelo Estágio Supervisionado no Ensino Fundamental – Anos Iniciais, cujo objetivo é o de relatar alguns acontecimentos durante a presença como observadora e docente na sala de aula, em uma turma do 5.º Ano do Ensino Fundamental I — Anos Iniciais, na Escola localizada na cidade de Bento Gonçalves/RS. Aqui foram apresentados alguns fatos e discussões sobre o comportamento dos alunos, a atuação e o discurso da professora regente (ou titular), pois se considera que a observação da educadora e os planejamentos, métodos e aproximação com os alunos foram os principais elementos para se repensar o estado profissional em formação que se encontra, assim como foi também a análise sobre os alunos e seus comportamentos para permitir uma reelaboração das práticas docentes e pedagógicas, visando sempre uma aprendizagem que tenha significado e valor para os alunos. Reitera-se que a observação e o Estágio Supervisionado — Ensino Fundamental I – Anos Iniciais foi um momento privilegiado de exploração e conhecimento do campo de estágio, uma maneira sutil de adentrar no espaço que futuramente vai ser a forma de colaborar com a transformação da realidade social e dos alunos para um espaço de convivência baseado na capacitação e humanização pelos valores e conhecimentos adquiridos e exercitados desde a sala de aula até na autonomia que esse aluno irá desenvolver para agir e também transformar seu destino, do local em que vive e da sociedade que o acolhe. Resta o desejo instigante de iniciar a docência e empreender a complexa jornada de mediar os processos de ensino e de aprendizagem. 16 REFERÊNCIAS BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Terceiro e quarto ciclos do Ensino Fundamental: Língua Portuguesa [Vol. II]. Brasília: Secretaria da Educação Fundamental, MEC, 1997-1998. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. LAJOLO, M. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. 6. ed. São Paulo: Ática, 2004. OLIVEIRA, Márcia Cristina de. Prática da Escola. Curitiba: IBPEX, 2010. PICONES, S. C. B. Prática de Ensino e o Estágio Supervisionado. 9. ed. Campinas, 2013. PIMENTA, Selma Garrido. O Estágio na formação de professores: unidade, teoria e prática?. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2002. WIKIPÉDIA. Pedagogia e didática. Disponível em: http://www.ptwik.wikipedia.org/wiki/literatura. Acesso em: Jun/2014. 17 ANEXOS ANEXO A: PLANO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ANOS INICIAIS PLANO DE AULA IDENTIFICAÇÂO Estagiário(a): Rosângela Lima Dorneles Instituição de Ensino, localizada na cidade de Bento Gonçalves, no estado do Rio Grande do Sul. Disciplina: Língua Portuguesa. Turma: 5.º Ano Sala: 51 Professora Regente (ou Titular): Horário da aula: Vespertino 13:30hs às 16hs. CONTEÚDO Gênero carta pessoal; Dinâmica de apresentação; Intertextualidade; Produção textual; Compreensão do texto. OBJETIVOS Fazer com que o aluno escreva uma breve carta pessoal a partir dos conhecimentos adquiridos na aula; Ler, interpretar e analisar diversos gêneros de cartas; Apresentar o gênero carta pessoal, comprando aspectos composicionais, função comunicativa e linguagem com outros gêneros de cartas; Discutir os níveis de formalidade presentes nos diferentes gêneros de cartas; 18 Potencializar habilidades e conhecimentos dos alunos para as práticas de uso da língua oral/escrita por meio do trabalho com os gêneros textuais e assim, desenvolvendo a prática de leitura de composição do gênero carta. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A intertextualidade ocorre quando utilizamos um texto e referenciamos outros, ou seja, quando fazemos um diálogo entre textos. A intertextualidade traz uma base para a produção textual, é um recurso que vai demonstrar o mesmo assunto por meio de dois tipos de textos distintos. Com esses textos, os alunos obterão aumento da produtividade intelectual, com uma construção de conhecimento. Com temas relacionados à vivência dos alunos, a aula será satisfatória e a realização da produção textual cada vez mais significativa e prazerosa. Os gêneros, por outro lado, são uma forma de se trabalhar com as produções textuais em sala de aula. Para isso, pode-se utilizar a metodologia das Sequências Didáticas, propostas por Dolz & Schneuwly; por meio delas é possível trabalhar através de módulos, os diferentes momentos da produção textual. Esses foram os passos planejados e exercitados em sala de aula: a professora estagiária iniciou o conteúdo sobre o gênero carta; a aula começou com a leitura da carta distribuída aos alunos: 19 Figura: 1 – Carta Comercial Fonte: Fonte: Alunos Online. Disponível em on-line Em: http://alunosonline.com.br/portugues/carta-comercial.html. Acesso: 04 de junho de 2019. a professora solicitou um voluntário para ler a carta e vários alunos se disponibilizaram; após a leitura, a professora estagiária começou a explorar com os alunos os aspectos estruturais da carta lida; finalizou-se os comentários referentes à primeira leitura; a professora passou diretamente para a leitura da carta do gênero pessoal (anexo 4), pois não caberia mais tempo para a leitura das cartas: http://alunosonline.com.br/portugues/carta-comercial.html 20 Figura 2: Carta Comercial Fonte: Alunos Online. Disponível em on-line Em: http://alunosonline.com.br/portugues/carta-comercial.html. Acesso: 04 de Junho de 2019. Figura 3: Carta de Informação Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/redacao/carta-informacao.htm Acesso: 04 de Junho de 2019 http://alunosonline.com.br/portugues/carta-comercial.html https://brasilescola.uol.com.br/redacao/carta-informacao.htm 21 Figura 4: Carta de Reclamação Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/redacao/carta-reclamacao.htm Acesso: 04 de Junho de 2019. Após a leitura da carta pessoal, a professora iniciou a orientação sobre os principais aspectos composicionais do gênero, quando se fez algumas explanações sobre o contexto de circulação e a função comunicativa das cartas pessoais; Terminadas as explicações, passou-se para o último momento da aula, em que a professora estagiária iniciou uma atividade de produção textual, na qual foi solicitado aos alunos que escrevessem uma carta pessoal destinada à professora estagiária dizendo o que eles acharam da aula; https://brasilescola.uol.com.br/redacao/carta-reclamacao.htm 22 A atividade foi proposta como primeiro treino de escrita do gênero carta pessoal e os alunos tiveram suas produções recolhidas pela professora, que passaria a analisá-las individualmente; No todo, o período de aula foi muito satisfatório, pois teve total interatividade e atenção por parte dos alunos, participando e exercitando seus conhecimentos de acordo com a proposta oferecida. DESENVOLVIMENTO DA AULA Considere-se o que segue: A professora estagiária é apresentada pela regente, agradece aos alunos pela oportunidade e discorre como pretende agir a partir desse primeiro momento de contato, solicitando a colaboração de todos; Na operacionalidade, o conteúdo é exposto com a definição geral; Realiza-se a leitura, interpretação e análise da estrutura de diferentes gêneros de cartas (comercial, de informação, de reclamação, de solicitação, ao leitor, argumentativa e pessoal); A professora entrega material fotocopiado de diferentes gêneros de cartas (Anexos 1, 2, 3, e 4) aos alunos; É solicitado que os alunos leiam as cartas em voz alta voluntariamente e após a leitura de cada carta, realiza-se um levantamento geral sobre as características comuns a todas as cartas lidas; Discussão sobre os níveis de formalidade presentes nos diferentes gêneros de cartas: Nesse momento, a professora explica os diferentes níveis de formalidade e tipos de formas de tratamento empregados nas diferentes cartas lidas, fazendo perguntas aos alunos: "Como o remetente está se dirigindo ao destinatário?"; "Que expressões ele usa para saudar e referir? "; A apresentação do gênero carta. A partir da leitura de uma carta pessoal (Anexo 4), a professora apresenta as principais características do gênero quanto à função comunicativa, o contexto de circulação, a estrutura e a linguagem; 23 Apresentação de cada característica é exemplificada dentro do próprio texto da carta lida; Atividade proposta: escrever uma breve carta pessoal destinada à professora estagiária; A orientação é de que nessa atividade, a professora solicita que os alunos produzam uma carta pessoal relatando o que acharam da aula e qual a expectativa deles para as aulas do estágio; Essas cartas produzidas serão a primeira forma de a professora estagiária reconhecer seus alunos quanto à escrita, percebendo facilidades e dificuldades em relação à produção textual, nos sentidos gramatical e textual, para então planejar melhor as futuras aulas; É realizado o recolhimento do material resultante da atividad Realização da chamada. AVALIAÇÃO Antunes (2010) defende que a avaliação está na interdependência do ensino, de modo que os resultados da avaliação contribuam para a definição das atuações de ensino subsequentes. A avaliação deve ajudar o professor a repensar suas próprias práticas e o desenvolvimento de estratégias de ensino, assim como deve servir aos alunos, mostrando-lhes como e em que podem melhorar sua aprendizagem. Tendo em vista essa perspectiva pontuada acima, a avaliação foi realizada em duas frentes: uma relacionada às produções textuais que os alunos realizaram e, outra, levando em consideração a participação e o desenvolvimento dos mesmos durante o andamento das demais atividades propostas. No decorrer da aula, a professora estagiária buscou sempre fazer com que os alunos se envolvessem com as atividades propostas para um desempenho eficiente. Também tentou ao máximo corresponder positivamente à expectativa dos alunos em relação à aula. Buscou-se um processo de avaliação gradual, baseado no diálogo entre processor/aluno, objetivando aprimorar o desenvolvimento das competências deste; tentou-se, igualmente, cumprir o propósito dessa concepção de avaliação adotando- se como método a escrita e reescrita das produções textuais. 24 Na atividade proposta de produção das cartas pessoais, os alunos produziram uma primeira versão do gênero que foi avaliada e comentada pela professora estagiária e devolvida aos mesmos para que desenvolvessem uma segunda versão dos textos, tendo todos alcançado melhores resultados. A avaliação dos alunos quanto a sua participação nas aulas levou em conta o interesse dos mesmos pelas atividades propostas e a sua disposição em executá-las; a colaboração dos alunos entre eles, suas atitudes em relação às reflexões sobre os conteúdos e práticas desenvolvidos e sua integração com a turma também foram levadas em conta na avaliação. RECURSOS Foram os seguintes utilizados: Quadro, caneta para quadro branco e material fotocopiado; Material de uso comum em sala de aula (MUC); Aula expositiva, participativa e dialogada; Exploração de diferentes gêneros de cartas; Diferentes gêneros de cartas fotocopiados e distribuídos aos alunos. REFERÊNCIAS ANTUNES, C. Aula de Português: encontro e interação. São Paulo: Parábola Editorial, 2003. BRASIL ESCOLA. Carta. Disponível em: http://www.brasilescola.com/redação/carta.htm . Acesso em Set/2014. CEREJA. W. R. Português: linguagens para o 6.º ano. 5. ed. São Paulo: Atual, 2009. KOCHI, I. Desvendando os segredos do texto. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2003. http://www.brasilescola.com/redação/carta.htm 25 LAGO, Samuel Ramos; et al. PCNs: da leitura à prática. Campina Grande do Sul: Lago, 1998.
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