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Fisiologia, farmacologia e bioquímica do sistema cardíaco

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ED 2 CORAÇÃO 
1.Descrever o significado de um eletrocardiograma; 
2.Explicar todas as fases de um ciclo cardíaco; 
O conjunto de eventos cardíacos que ocorre entre o início de um batimento e o início do próximo é 
denominado ciclo cardíaco. Cada ciclo é iniciado pela geração espontânea de potencial de ação no nó sinoatrial 
(situado na par3ede lateral do átrio direito) e o potencial se difunde por ambos os átrios e depois por meio do 
feixe AV para os ventrículos. Cada ciclo cardíaco possui duas fases: diástole, o tempo durante o qual o músculo 
cardíaco relaxa e o coração se enche de sangue, e sístole, período durante o qual o músculo 
contrai; forçando o sangue das áreas de alta pressão às áreas de baixa pressão. Quando uma câmara se contrai a 
pressão arterial dentro dela aumenta. 
Lembre-se de que o sangue flui de uma área de maior pressão para uma de menor pressão, e que a contração 
aumenta a pressão, ao passo que o relaxamento a diminui. 
A despolarização provoca a contração e a repolarização causa o relaxamento das fibras musculares cardíacas 
O ciclo cardíaco é dividido em cinco fases: 
1 O coração em repouso: diástole atrial e ventricular 
Inicialmente tanto os átrios como os ventrículos estão relaxados. Os átrios estão se enchendo com o sangue 
vindo das veias e os ventrículos acabaram de completar uma contração. À medida que os ventrículos relaxam, as 
valvas AV entre os átrios e os ventrículos se abrem e o sangue flui por ação da gravidade dos átrios para os 
ventrículos. Os ventrículos relaxados expandem-se para acomodar o sangue que entra. 
2 Término do enchimento ventricular: sístole atrial. 
A maior quantidade de sangue entra nos ventrículos enquando os átrios estão relaxados, mas pelo menos 
20% do enchimento é realizado quando os átrios contraem. A sístole, ou contração atrial, inicia seguindo a onda 
de despolarização que percorre rapidamente os átrios. A pressão aumentada que acompanha a contração empurra 
o sangue para dentro dos ventrículos. 
3 Contração ventricular precoce e primeira bulha cardíaca. 
Enquanto os átrios se contraem, a onda de despolarização se move lentamente pelas células condutoras do nó 
AV e, então, pelas fibras de Purkinje até o ápice do coração. O sangue empurrado contra a porção inferior das 
valvas AV faz elas se fecharem, de modo que não haja refluxo para os átrios. As vibrações seguintes ao 
fechamento das valvas AV geram a primeira bulha cardíaca, S1, o “tum” do “tum-tá”. Entretanto, os ventrículos 
continuam a se contrair, comprimindo o sangue; alta pressão é gerada no interior do tubo, mas o creme dental 
não tem por onde sair. Essa fase é chamada de contração ventricular isovolumétrica. Quando as pressões no átrio 
atingem valores inferiores às pressões nas veias, o sangue volta a fluir das veias para os átrios. 
4 A bomba cardíaca: ejeção ventricular 
Quando os ventrículos contraem, eles geram pressão suficiente para abrir as válvulas semilunares e empurrar 
o sangue para as artérias. Durante essa fase, as valvas AV permanecem fechadas e os átrios continuam se 
enchendo. 
5 Relaxamento ventricular e a segunda bulha cardíaca. 
No final da ejeção ventricular, os ventrículos começam a repolarizar e a relaxar, diminuindo a pressão dentro 
dessas câmaras. Uma vez que a pressão ventricular cai abaixo da pressão nas artérias, o fluxo sanguíneo começa 
a retornar para o coração. Este fluxo retrógrado enche os folhetos (cúspides) em forma de taça das válvulas 
semilunares, forçando-os para a posição fechada. As vibrações geradas pelo fechamento das válvulas semilunares 
geram a segunda bulha cardíaca, S2, o “tá” do “tum-tá”. Esse período é chamado de relaxamento ventricular 
isovolumétrico, porque o volume sanguíneo nos ventrículos não está mudando. 
 
Quando o relaxamento do ventrículo faz a pressão ventricular cair até ficar menor que a pressão nos átrios, 
as valvas AV se abrem. O sangue que se acumulou nos átrios durante a contração ventricular flui rapidamente 
para os ventrículos. O ciclo cardíaco começou novamente. 
 
 
 
3.Definir débito cardíaco e explicar como ele é calculado; 
 
(GUYTON P.738) O débito cardíaco é a quantidade de sangue 
bombeado para a aorta a cada minuto pelo coração. Esta também é a 
quantidade de sangue que flui pela circulação. O débito cardíaco é um 
dos fatores mais importantes que devem ser considerados em relação 
à circulação, pois é a soma do fluxo sanguíneo para todos os tecidos 
do corpo. O retorno venoso é a quantidade de sangue que flui das 
veias para o átrio direito a cada minuto. O retorno venoso e o débito 
cardíaco devem ser iguais um ao outro, exceto por poucos batimentos 
cardíacos nos momentos em que o sangue é temporariamente 
armazenado ou removido do coração e dos pulmões. 
O débito cardíaco varia de forma acentuada com o nível de 
atividade do corpo. Os seguintes fatores, entre outros, afetam 
diretamente o débito cardíaco: (1) o nível basal do metabolismo 
corporal; (2) se a pessoa está se exercitando; (3) a idade da pessoa; e 
(4) as dimensões do corpo. Nos homens saudáveis e jovens, o débito 
cardíaco em repouso fica em torno de 5,6 L/min. Nas mulheres, esse valor é cerca de 4,9 L/min. Quando também 
é considerado o fator idade — pois com o avanço da idade, a atividade corporal e a massa de alguns tecidos (p. 
ex., músculo esquelético) diminuem —, o débito cardíaco médio para o adulto em repouso em números inteiros é 
declarado, muitas vezes, quase 5 L/min. 
 
Quando se diz que o débito cardíaco é controlado pelo retorno venoso, isso significa que não é o próprio 
coração normalmente o controlador principal do débito cardíaco. Em vez disso, os diversos fatores da circulação 
periférica que afetam o fluxo sanguíneo de retorno pelas veias para o coração, referido como retorno venoso, é 
que são os principais controladores. 
A primordial razão, pela qual os fatores periféricos são, em geral, tão importantes no controle do débito 
cardíaco, é que o coração apresenta um mecanismo intrínseco que, nas condições normais, permite que ele 
bombeie automaticamente toda e qualquer quantidade de sangue que flua das veias para o átrio direito. Esse 
mecanismo, designado como lei de Frank-Starling do coração, foi discutido no Capítulo 9. Basicamente, essa lei 
diz que quando quantidades elevadas de sangue fluem para o coração, essa maior quantidade de sangue distende 
as paredes das câmaras cardíacas. Como resultado da distensão, o músculo cardíaco se contrai com mais força, 
fazendo com que seja ejetado todo o sangue adicional que entrou da circulação sistêmica. Desse modo, o sangue, 
que flui para o coração, é automaticamente bombeado sem demora para a aorta para fluir de novo pela 
circulação. 
O retorno venoso ao coração é a soma de todos os fluxos sanguíneos locais, por todos os segmentos teciduais 
individuais da circulação periférica. Assim, conclui-se que a regulação do débito cardíaco é a soma de todas as 
regulações do fluxo sanguíneo local. Na maioria dos tecidos, o fluxo sanguíneo aumenta, em grande parte, em 
proporção ao metabolismo de cada tecido. Por exemplo, o fluxo sanguíneo local quase sempre aumenta quando 
se eleva o consumo de oxigênio tecidual; esse efeito é demonstrado na Figura 20-3 pelos níveis diferentes de 
exercício. Observe que, em cada nível crescente de trabalho produzido durante o exercício, o consumo de 
oxigênio e o débito cardíaco aumentam, em paralelo, um com outro. 
Resumindo, o débito cardíaco é determinado, usualmente, pela soma de todos os vários fatores orgânicos 
que controlam o fluxo sanguíneo local. Todo o sangue local flui para formar o retorno venoso, e o coração 
automaticamente bombeia esse sangue de volta para as artérias, para fluir de novo pelo sistema. 
 
(TORTORA P.975) Embora o coração tenha fibras autorrítmicas que possibilitam a ele bater de modo 
independente, seu funcionamento é regulado por eventos que ocorrem em todo o corpo. As células do corpoprecisam receber uma certo aporte de oxigênio do sangue a cada minuto para manter a saúde e a vida. Quando as 
células estão metabolicamente ativas, como durante o exercício, elas gastam ainda mais oxigênio do sangue. 
Durante os períodos de repouso, a demanda metabólica celular é reduzida, e a carga de trabalho do coração 
diminui. 
O débito cardíaco (DC) é o volume de sangue ejetado pelo ventrículo esquerdo (ou ventrículo direito) na 
aorta (ou tronco pulmonar) a cada minuto. O débito cardíaco é igual ao volume sistólico (VS), o volume de 
sangue ejetado pelo ventrículo a cada contração, multiplicado pela frequência cardíaca (FC), a quantidade de 
batimentos cardíacos por minuto: 
DC (mℓ/min) = VS (mℓ/batimento) × FC (batimentos/min) 
Em um homem adulto típico em repouso, o volume sistólico é de 70 mℓ/batimento, em média, e a frequência 
cardíaca é de cerca de 75 bpm. Assim, o débito cardíaco médio é: 
DC= 70 mℓ/batimento × 75 bpm 
= 5.250 mℓ/min 
= 5,25 ℓ/min 
 
Este volume é próximo do volume total de sangue, que é de cerca de 5 ℓ em um homem adulto típico. Assim, 
todo o volume de sangue flui pelas circulações pulmonar e sistêmica a cada minuto. Fatores que aumentam o 
volume sistólico ou a frequência cardíaca normalmente elevam o DC. Durante o exercício leve, por exemplo, o 
volume sistólico pode aumentar para 100 m ℓ /batimento, e a frequência cardíaca para 100 bpm. O débito 
 
cardíaco então seria de 10 ℓ /min. Durante o exercício intenso (mas ainda não máximo), a frequência cardíaca 
pode acelerar para 150 bpm e o volume sistólico pode subir para 130 mℓ/batimento, resultando em um débito 
cardíaco de 19,5 ℓ/min. 
A reserva cardíaca é a diferença entre o débito cardíaco máximo de uma pessoa e o débito cardíaco em 
repouso. A pessoa média tem uma reserva cardíaca de quatro ou cinco vezes o valor de repouso. Os atletas de 
endurance de elite têm uma reserva cardíaca sete ou oito vezes o seu DC de repouso. As pessoas com cardiopatia 
grave podem ter pouca ou nenhuma reserva cardíaca, o que limita a sua capacidade de realizar até mesmo as 
tarefas simples da vida diária. 
Regulação do volume sistólico 
Um coração saudável bombeia o sangue que entrou em suas câmaras durante a diástole anterior. Em outras 
palavras, se mais sangue retornou ao coração durante a diástole, então mais sangue será ejetado na próxima 
sístole. Em repouso, o volume sistólico é de 50 a 60% do volume diastólico final, porque 40 a 50% do sangue 
permanece nos ventrículos depois de cada contração (volume sistólico final). Três fatores regulam o volume 
sistólico e garantem que os ventrículos esquerdo e direito bombeiem volumes iguais de sangue: (1) pré-carga, o 
grau de estiramento no coração antes de ele se contrair; (2) contratilidade, o vigor da contração das fibras 
musculares ventriculares individuais; e (3) pós-carga, a pressão que tem de ser sobrepujada antes que possa 
ocorrer ejeção do sangue a partir dos ventrículos. 
▪ Pré-carga/Efeito do alongamento 
A maior pré-carga (estiramento) nas fibras musculares cardíacas antes da contração aumenta a sua força de 
contração. A pré-carga pode ser comparada ao estiramento de uma faixa de borracha. Quanto mais esticada está a 
faixa de borracha, com mais força ela retornará quando liberada. Dentro de certos limites, quanto mais o coração 
se enche de sangue durante a diástole, maior será a força de contração durante a sístole. Esta relação é conhecida 
como a Lei de Frank-Starling do coração. A pré-carga é proporcional ao volume diastólico final (VDF) (o 
volume de sangue que enche os ventrículos no final da diástole). Normalmente, quanto maior é o VDF, mais 
forte é a contração seguinte. 
Dois fatores-chave determinam o VDF: (1) a duração da diástole ventricular e (2) o retorno venoso, o 
volume de sangue que retorna ao ventrículo direito. Quando a frequência cardíaca aumenta, a duração da diástole 
é menor. 
Menos tempo de enchimento significa um VDF menor, e os ventrículos podem se contrair antes que sejam 
devidamente preenchidos. Por outro lado, quando o retorno venoso aumenta, um maior volume de sangue flui 
para os ventrículos, e o VDF é aumentado. Quando a frequência cardíaca ultrapassa cerca de 160 bpm, o volume 
sistólico geralmente declina em decorrência do tempo de enchimento curto. Nestas frequências cardíacas rápidas, 
o VDF é menor, e a pré-carga é menor. As pessoas que têm frequências cardíacas de repouso mais lentas 
geralmente têm grandes volumes sistólicos de repouso, porque o tempo de enchimento é prolongado e a pré-
carga é maior. 
A lei de Frank-Starling do coração equaliza o volume ejetado pelos ventrículos direito e esquerdo e mantém 
o mesmo volume de sangue que flui para as circulações sistêmica e pulmonar. Se o lado esquerdo do coração 
bombeia um pouco mais de sangue do que o lado direito, o volume de sangue que retorna para o ventrículo 
direito (retorno venoso) aumenta. O aumento do VDF faz com que o ventrículo direito se contraia com mais 
força no próximo batimento, trazendo os dois lados de volta ao equilíbrio. 
▪ Contratilidade 
O segundo fator que influencia o volume sistólico é a contratilidade do miocárdio, a força de contração em 
uma dada pré-carga. As substâncias que aumentam a contratilidade são agentes inotrópicos positivos; aqueles 
que diminuem a contratilidade são os agentes inotrópicos negativos. Assim, para uma pré-carga constante, o 
volume sistólico aumenta quando uma substância inotrópica positiva está presente. Os agentes inotrópicos 
positivos muitas vezes promovem o influxo de Ca2+ durante potenciais de ação cardíacos, o que aumenta a força 
 
da contração seguinte. A estimulação da parte simpática da divisão autônoma do sistema nervoso (SNA), 
hormônios como a epinefrina e a norepinefrina, o aumento do nível de Ca2+ no líquido intersticial e fármacos 
digitálicos têm efeitos inotrópicos positivos. Em contraste, a inibição da parte simpática do SNA, a anoxia, a 
acidose, alguns anestésicos e o aumento no nível de K+ no líquido intersticial têm efeitos inotrópicos negativos. 
Os bloqueadores dos canais de cálcio são fármacos que podem ter um efeito inotrópico negativo, reduzindo o 
influxo de Ca2+, diminuindo assim a força da contração cardíaca. 
▪ Pós-carga 
A ejeção de sangue do coração começa quando a pressão no ventrículo direito excede a pressão no tronco 
pulmonar (cerca de 20 mmHg), e quando a pressão no ventrículo esquerdo excede a pressão na aorta (cerca de 80 
mmHg). Nesse momento, a pressão mais elevada no sangue faz com que os ventrículos pressionem as válvulas 
semilunares a abrir. A pressão que precisa ser superada antes de que uma válvula semilunar possa abrir é 
denominada pós-carga. Um aumento da pós-carga faz com que o volume sistólico diminua, de modo que mais 
sangue permanece nos ventrículos no final da sístole. As condições que podem aumentar a pós-carga incluem a 
hipertensão (pressão arterial elevada) e o estreitamento das artérias pela aterosclerose. 
 
 
4.Compreender os mecanismos de regulação da frequência cardíaco executados pelo sistema nervoso 
autônomo; 
Os ajustes na frequência cardíaca são importantes no controle a curto prazo do débito cardíaco e da pressão 
arterial. O nó sinoatrial (SA) inicia a contração e, se deixado por si só, estabeleceria uma frequência cardíaca 
constante de cerca de 100 bpm. No entanto, os tecidos exigem diferentes volumes de fluxo sanguíneo em 
condições distintas. Durante o exercício, por exemplo, o débito cardíaco aumenta para fornecer mais oxigênio e 
nutrientes aos tecidos que estão trabalhando. O volume sistólico pode cair se o miocárdio ventricular estiver 
danificado ou se o volume de sangue for reduzido por causa de sangramento. Nestes casos, os mecanismos 
homeostáticos mantêm um débito cardíaco adequado pelo aumento da frequência e da contratilidade cardíacas. 
Entre os vários fatores que contribuem para a regulação da frequência cardíaca, os mais importantessão a divisão 
autônoma do sistema nervoso e os hormônios liberados pelas medulas das glândulas suprarrenais (epinefrina e 
norepinefrina). 
 
Regulação autonômica da frequência cardíaca 
A regulação do coração pelo sistema nervoso se origina no centro cardiovascular localizado no bulbo. Esta 
região do tronco encefálico recebe informações de vários receptores sensoriais e dos centros cerebrais superiores, 
como o sistema límbico e o córtex cerebral. O centro cardiovascular então direciona o débito apropriado, 
aumentando ou diminuindo a frequência dos impulsos nervosos nas partes simpática e parassimpática do SNA. 
Mesmo antes de a atividade física começar, especialmente em situações de competição, a frequência 
cardíaca pode aumentar. Este aumento antecipatório ocorre porque o sistema límbico envia impulsos nervosos 
para o centro cardiovascular no bulbo. Quando a atividade física começa, os proprioceptores que estão 
monitorando a posição dos membros e os músculos enviam impulsos nervosos ao centro cardiovascular para 
aumentar a frequência. As informações dos proprioceptores são um grande estímulo para o rápido aumento da 
frequência cardíaca que ocorre no início da atividade física. Outros receptores sensitivos que fornecem 
informações ao centro cardiovascular incluem os quimiorreceptores, que monitoram alterações químicas no 
sangue, e os barorreceptores, que monitoram o estiramento das principais artérias e veias causado pela pressão do 
sangue que flui neles. Barorreceptores importantes localizados no arco da aorta e nas artérias detectam alterações 
na pressão arterial e fornecem informações sobre essas mudanças ao centro cardiovascular. 
Os neurônios simpáticos se estendem do bulbo à medula espinal. Da região torácica da medula espinal, 
nervos simpáticos aceleradores cardíacos estendem-se para o nó SA, para o nó AV e para a maior parte das 
porções do miocárdio. Os impulsos nos nervos cardíacos aceleradores desencadeiam a liberação de 
norepinefrina, que se liga os receptores beta1 (β1) das fibras musculares cardíacas. Essa interação tem dois 
efeitos distintos: 
(1) Nas fibras do nó SA (e AV), a norepinefrina acelera a taxa de despolarização espontânea, de modo que 
estes marcapassos disparam impulsos mais rapidamente e aumentam a frequência cardíaca; 
(2) Nas fibras contráteis dos átrios e ventrículos, a norepinefrina aumenta a entrada de Ca2+ através dos 
canais lentos de Ca2+ acionados por voltagem, aumentando assim a contratilidade. 
Como resultado, um maior volume de sangue é ejetado durante a sístole. Em caso de aumento moderado da 
frequência cardíaca, o volume sistólico não diminui, porque o aumento da contratilidade compensa a redução da 
précarga. Com a estimulação simpática máxima, no entanto, a frequência cardíaca pode chegar a 200 bpm em 
uma pessoa de 20 anos de idade. Em uma frequência cardíaca assim alta, o volume sistólico é menor do que em 
repouso, por causa do tempo de enchimento muito curto. A frequência cardíaca máxima diminui com a idade; 
como regra, subtrair sua idade de 220 fornece uma boa estimativa de sua frequência cardíaca máxima em 
batimentos por minuto. Os impulsos nervosos parassimpáticos chegam ao coração por meio dos nervos vagos 
(NC X) direito e esquerdo. Os axônios vagais terminam no nó SA, no nó AV e no miocárdio atrial. Eles liberam 
acetilcolina, o que reduz a frequência cardíaca, diminuindo a velocidade de despolarização espontânea das fibras 
autorrítmicas. 
Dado que apenas algumas fibras vagais inervam o músculo ventricular, as alterações na atividade 
parassimpática pouco influenciam a contratilidade dos ventrículos. Existe um equilíbrio que flutua 
continuamente entre a estimulação simpática e a estimulação parassimpática do coração. Em repouso, a 
estimulação parassimpática predomina. A frequência cardíaca de repouso – de aproximadamente 75 bpm – 
geralmente é menor do que a frequência autorrítmica do nó SA (cerca de 100 bpm). Com a estimulação máxima 
pela parte parassimpática, o coração pode desacelerar para 20 ou 30 bpm, ou pode até mesmo parar 
momentaneamente. 
 
 
 
Silverthorn 
A frequência cardíaca é iniciada pelas células autoexcitáveis do nó SA, porém, ela é modulada por estímulos 
neurais e hormonais. As porções simpática e parassimpática do sistema nervoso autônomo influenciam a 
frequência cardíaca através de um controle antagônico. A atividade parassimpática diminui a frequência cardíaca, 
ao passo que a atividade simpática a aumenta 
 
 
 
- Controle parassimpático 
O neurotransmissor parassimpático acetilcolina (ACh) diminui a frequência cardíaca. A acetilcolina ativa os 
receptores colinérgicos muscarínicos que influenciam os canais de K+ e Ca2+ nas células marca-passo. 
A permeabilidade ao K+ aumenta, hiperpolarizando a célula, de modo que o potencial marca-passo inicia em um 
valor mais negativo. Ao mesmo tempo, a permeabilidade ao Ca2+ diminui nas células marca-passo. A 
diminuição da permeabilidade ao Ca2+ retarda a taxa em que o potencial marca-passo despolariza. A 
 
combinação dos dois efeitos faz a célula levar mais tempo para alcançar o limiar, atrasando o início do potencial 
de ação no marca-passo e diminuindo a frequência cardíaca. 
 
-Controle simpático 
A estimulação simpática nas células marca-passo acelera a frequência cardíaca. As catecolaminas 
noradrenalina (dos neurônios simpáticos) e adrenalina (da medula da glândula suprarrenal) aumentam o fluxo 
iônico através dos canais If e de Ca2+. A entrada mais rápida de cátions acelera a taxa de despolarização, fazendo 
a célula atingir o limiar mais rapidamente e, assim, aumentando a taxa de disparo do potencial de ação. Quando o 
marca-passo dispara potenciais de ação mais rapidamente, a frequência cardíaca aumenta. 
As catecolaminas exercem seus efeitos ligando-se e ativando receptores β1-adrenégicos nas células 
autoexcitáveis. Os receptores β1 utilizam o sistema de segundo mensageiro AMPc para alterar as propriedades 
de transporte dos canais iônicos. No caso dos canais If, que são canais dependentes de nucleotídeos cíclicos, o 
próprio AMPc é o mensageiro. Quando o AMPc se liga para abrir os canais If, eles permanecem abertos por mais 
tempo. A permeabilidade aumentada ao Na+ e ao Ca2+ durante as fases do potencial marca-passo acelera a 
despolarização e a frequência cardíaca. 
 
-Controle tônico 
É dominado pela porção parassimpática. Esse controle pode ser demonstrado experimentalmente 
bloqueando-se todos os sinais autonômicos de entrada para o coração. Quando todos os sinais simpáticos e 
parassimpáticos para o coração são bloqueados, a frequência de despolarização espontânea do nó SA é de 90 a 
100 vezes por minuto. Para alcançar uma frequência cardíaca em repouso de 70 batimentos por minuto, a 
atividade parassimpática tônica deve diminuir a frequência intrínseca de 90 bpm. 
Um aumento da frequência cardíaca pode ser alcançado de duas formas. O modo mais simples de aumentar a 
frequencia cardíaca é diminuir a atividade parassimpática. Quando a influência parassimpática é retirada das 
células autoexcitáveis, elas assumem sua frequência intrínseca de despolarização e a frequência cardíaca aumenta 
para 90 a 100 bpm. Outro modo é pelo estímulo simpático que aumenta a frequência cardíaca acima da taxa 
intrínseca: a noradrenalina (ou adrenalina) nos receptores β1 acelera a taxa de despolarização das células 
autoexcitáveis e aumenta a frequência cardíaca. 
Ambas as subdivisões autonômicas também alteram a velocidade de condução no nó AV. A acetilcolina 
desacelera a condução dos potenciais de ação através do nó AV, aumentando, assim, o retardo elétrico nessa 
estrutura. Em contrapartida, as catecolaminas, adrenalina e noradrenalina, aceleram a condução dos potenciais de 
ação através do nó AV e do sistema de condução. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5.Conhecer a ação dos fármacos que atuam no coração (Antiarrítmicos, fármacos que alteram a contraçãocardíaca e os antianginosos). 
Antianginosos 
FARMACOLOGIA - RANG E DALE 
Angina 
Ocorre angina quando a oferta de oxigênio ao miocárdio é insuficiente para suas necessidades. A dor tem 
distribuição característica no peito, membro superior e pescoço, e é ocasionada por esforço físico, frio ou 
agitação. Ocorre um tipo semelhante de dor no músculo esquelético quando se faz que ele contraia enquanto 
sua irrigação é interrompida, e Lewis mostrou, há muitos anos, que fatores químicos liberados pelo músculo 
isquêmico são os responsáveis. Possíveis candidatos incluem K+ , H+ e adenosina, todos eles sensibilizando ou 
estimulando os nociceptores. É possível que o mesmo mediador que causa vasodilatação coronariana seja 
responsável, em concentração mais alta, por iniciar a dor. Clinicamente são reconhecidos três tipos de angina: 
estável, instável e variante. 
Angina estável 
Esta é uma precordialgia previsível pelo esforço físico. É produzida por um aumento da demanda sobre o 
coração e geralmente causada por um estreitamento fixo dos vasos coronarianos por ateroma. A terapia 
sintomática é direcionada para alterar o trabalho cardíaco usando nitratos orgânicos, β-bloqueadores e/ou 
antagonistas do cálcio, juntamente com o tratamento da doença ateromatosa subjacente, geralmente incluindo 
uma estatina e profilaxia contra trombose com um antiagregante plaquetário, geralmente a aspirina. 
Angina instável 
Esta se caracteriza por dor que ocorre cada vez menos, por esforço físico, culminando em dor em repouso. 
A patologia é semelhante à envolvida no infarto do miocárdio, a saber, trombo de plaquetas e fibrina associado 
a uma placa ateromatosa rota, mas sem oclusão completa do vaso. O tratamento é o mesmo usado para infarto 
do miocárdio. Os fármacos anticoagulantes (aspirina e/ou um antagonista ADP como clopidogrel ou prasugrel) 
reduzem o risco de infarto do miocárdio nesta situação, e os fármacos antitrombóticos fazem um acréscimo a 
este benefício à custa de maior risco de hemorragia, e os nitratos orgânicos aliviam a dor isquêmica. 
Angina variante 
Esta é relativamente incomum; ocorre em repouso e é causada por espasmo coronariano, frequentemente 
associada à doença ateromatosa. A terapia é com vasodilatadores coronarianos (p. ex., nitratos orgânicos, 
antagonistas do cálcio). 
Fármacos antianginosos 
O mecanismo da dor anginosa foi discutido anteriormente. A angina é tratada pelo uso de fármacos que 
melhoram a perfusão do miocárdio ou reduzem sua demanda metabólica, ou ambos. 
A) Nitratos orgânicos 
Mecanismo de ação 
Os nitratos orgânicos são metabolizados com liberação de NO. Nas concentrações atingidas durante o uso 
terapêutico, isso envolve uma etapa enzimática e, possivelmente, uma reação com grupos sulfidrila (−SH) dos 
tecidos. O óxido nítrico ativa a guanilil ciclase solúvel (Cap. 20), aumentando a formação de GMPc, que ativa a 
proteína quinase G (Cap. 4) e leva a uma cascata de efeitos na musculatura lisa, culminando em desfosforilação 
das cadeias leves da miosina, sequestro de Ca2+ intracelular e consequente relaxamento. 
Efeitos 
Os nitratos orgânicos relaxam os músculos lisos (especialmente a musculatura lisa vascular, mas também 
outros tipos, incluindo a musculatura esofágica e biliar). Eles relaxam veias, com consequente diminuição da 
pressão venosa central (redução da précarga). 
As doses terapêuticas têm menos efeito sobre as pequenas artérias de resistência do que sobre as veias, mas 
há um efeito acentuado sobre artérias musculares maiores. Isso reduz a reflexão da onda de pulso dos ramos 
 
arteriais (conforme observado no século XIX por Murrell, mas negligenciado durante muitos anos) e, 
consequentemente, reduz a pressão central (aórtica) e a pós-carga cardíaca. 
O efeito dilatador direto sobre as artérias coronárias opõe-se ao espasmo coronariano na angina variante. 
Com doses maiores, as artérias e arteríolas de resistência dilatam-se, e a pressão arterial cai. Não obstante, o 
fluxo coronariano aumenta em decorrência de vasodilatação coronariana. O consumo de oxigênio pelo 
miocárdio se reduz em razão da redução da pré e pós-carga cardíacas. Isto, juntamente com o aumento do fluxo 
sanguíneo coronariano, causa grande aumento do conteúdo de oxigênio do sangue do seio coronário. 
Em resumo, a ação antianginosa dos nitratos envolve: 
• redução do trabalho cardíaco, pela redução da pré-carga (venodilatação) e da póscarga (redução da onda 
reflexa arterial), levando à redução da necessidade de oxigênio pelo miocárdio; 
• redistribuição do fluxo coronariano em direção a áreas isquêmicas através de colaterais; 
• alívio do espasmo coronariano. 
Além dos seus efeitos sobre a musculatura lisa, o óxido nítrico (NO) aumenta a 
velocidade de relaxamento do músculo cardíaco (denominada ação “lusiotrópica”). É provável que os 
nitratos orgânicos simulem essa ação, o que poderia ser importante nos pacientes com função diastólica 
comprometida, um acompanhante comum da hipertensão e da insuficiência cardíaca. 
Compostos importantes incluem o trinitrato de glicerila e o composto de ação mais prolongada mononitrato 
de isossorbida. 
• Estes fármacos são potentes vasodilatadores, atuando sobre as veias de modo a reduzir a pré-carga 
cardíaca, e reduzir a reflexão da onda arterial para reduzir a póscarga. 
• A eficácia na angina decorre, em parte, da redução da carga cardíaca e, em parte, da dilatação dos vasos 
coronarianos colaterais, causando uma distribuição mais eficaz do fluxo coronariano. A dilatação destes vasos 
em constrição é particularmente benéfica na angina variante. 
• Efeitos indesejáveis graves são incomuns; podem ocorrer inicialmente cefaleia e hipotensão postural. Em 
raros casos a superdosagem pode causar metemoglobinemia. 
• Angina estável: – prevenção (p. ex., uso diário de mononitrato de isossorbida ou trinitrato de glicerila por 
via sublingual, imediatamente antes de esforço físico) – tratamento (trinitrato de glicerila sublingual) 
• Angina instável: trinitrato de glicerila intravenoso • Insuficiência cardíaca aguda: trinitrato de glicerila 
intravenoso • Insuficiência cardíaca crônica: mononitrato de isossorbida, com hidralazina em pacientes de 
origem africana. 
Antagonistas de receptores β-adrenérgicos 
B) Os β-bloqueadores são importantes na profilaxia da angina estável e no tratamento de pacientes com 
angina instável. Funcionam, para estas indicações, reduzindo o consumo cardíaco de oxigênio. Também 
reduzem o risco de morte após infarto do miocárdio, provavelmente através da sua ação antiarrítmica. 
Quaisquer efeitos sobre o diâmetro dos vasos coronários são de importância menor, embora esses fármacos 
sejam evitados na angina variante em razão do risco teórico de que aumentem o espasmo coronariano. As suas 
utilizações clínicas extraordinariamente diversas são resumidas nos quadros clínicos acima. 
Antagonistas do cálcio: O termo “antagonistas do cálcio” é usado para fármacos que bloqueiam a entrada 
celular de Ca2+ através dos canais de cálcio, e não suas ações intracelulares. Alguns autores usam o termo 
“bloqueadores da entrada de Ca2+” para tornar esta distinção mais clara. Os antagonistas do cálcio 
terapeuticamente importantes atuam sobre os canais do tipo L. Os antagonistas do cálcio do tipo L 
compreendem três classes quimicamente distintas: fenilalquilaminas (p. ex., verapamil), di-hidropiridinas (p. 
ex., nifedipino, anlodipino) e benzotiazepinas (p. ex., diltiazem). 
Mecanismo de ação: tipos de canais de cálcio 
Os fármacos de cada uma das três classes químicas mencionadas anteriormente ligam-se à subunidade α1 
do canal de cálcio do tipo L, mas em pontos distintos. Estes interagem alostericamente entre si e com a 
 
maquinaria de controle de passagem do canal, impedindo sua abertura, e, consequentemente, reduzindo a 
entrada de Ca2+ 
Efeitos farmacológicos 
Os principais efeitos dos antagonistas do cálcio usados terapeuticamente são sobreos músculos cardíaco e 
liso. O verapamil afeta preferencialmente o coração, enquanto a maioria das di-hidropiridinas (p. ex., 
nifedipino) exerce efeito mais pronunciado sobre a musculatura lisa do que sobre o coração. O diltiazem é 
intermediário em suas ações. 
Efeitos cardíacos 
Os efeitos antiarrítmicos do verapamil e diltiazem foram discutidos anteriormente. Os antagonistas do 
cálcio causam bloqueio AV e redução da frequência cardíaca por suas ações sobre os tecidos de condução, mas 
isso é compensado pelo aumento de reflexo da atividade simpática secundariamente à sua ação vasodilatadora. 
Os antagonistas do cálcio também têm um efeito inotrópico negativo em função de sua inibição da entrada de 
Ca2+ durante o platô do potencial de ação. 
Antagonistas do cálcio • Bloqueiam a entrada de Ca2+ por restrição da abertura dos canais de cálcio tipo L 
operados por voltagem. • Há três antagonistas tipo L principais. Os fármacos típicos são: verapamil, 
diltiazem e di-hidropiridinas (p. ex., nifedipino). 
• Afetam, principalmente, o coração e a musculatura lisa, inibindo a entrada de Ca2+ nesses tecidos. 
causada por despolarização 
• A seletividade entre o coração e a musculatura lisa varia; o verapamil é relativamente cardiosselet ivo, o 
nifedipino é relativamente seletivo para a musculatura lisa, e o diltiazem é intermediário. 
• O efeito vasodilatador (principalmente di-hidropiridinas) ocorre, principalmente, em vasos de resistência, 
reduzindo a pós-carga. Os antagonistas do cálcio dilatam os vasos coronários, o que é importante na angina 
variante. 
• Efeitos sobre o coração (verapamil, diltiazem): ação antiarrítmica (principalmente taquicardias atriais) em 
razão do comprometimento da condução atrioventricular; redução da contratilidade. • Usos clínicos: 
– como antiarrítmica (principalmente verapamil) – angina (p. ex., diltiazem) – hipertensão (principalmente 
di-hidropiridinas). 
• Os efeitos adversos incluem cefaleia, constipação (verapamil) e edema pré-tibial (dihidropiridinas). Há 
risco de sobrevir insuficiência cardíaca ou bloqueio cardíaco, especialmente com o verapamil. 
 
Antiarrítmicos 
Farmacologia Ilustrada: 
 Em contraste com o músculo esquelético, que contrai apenas quando recebe um estímulo, o coração 
contém células especializadas que apresentam automaticidade. Isto é, eles geram potenciais de ação 
rítmicos intrinsecamente na ausência de estímulo externo. Essas células “marca-passo” diferem de outras 
células miocárdicas, devido à despolarização espontânea lenta durante a diástole (fase 4), causada por uma 
corrente positiva para o seu interior transportada por íons sódio (Na+) e cálcio (Ca2+). Essa despolarização 
é mais rápida no nó sinoatrial (SA) (local normal de início do potencial de ação) e diminui ao longo das 
vias de condução normal, passando pelo nó atrioventricular (AV) aos feixes de His e ao sistema de 
Purkinje. Disfunções da geração ou da condução do impulso em qualquer dos vários locais no coração 
podem causar anormalidade no ritmo cardíaco. 
 As arritmias são conceitualmente simples. Disfunções causam anormalidades na formação e na 
condução de impulsos no miocárdio. Entretanto, em situações clínicas, as arritmias se apresentam como 
uma família complexa de distúrbios com uma variedade de sintomas. Para dar sentido a esse grande grupo 
de distúrbios, é útil organizar as arritmias em grupos de acordo com o local anatômico da anormalidade – o 
átrio, o nó AV ou os ventrículos. 
 
 Causas de arritmias: 
1. Automaticidade anormal: O nó SA tem a maior velocidade de despolarização de fase 4 e, por isso, 
exibe maior frequência de descargas em comparação com a que ocorre em outras células que exibem 
automaticidade. Assim, o nó SA normalmente dita o ritmo de contração para o miocárdio. Se outros locais 
do coração que não o nó SA aumentam sua automaticidade, eles podem gerar estímulos competitivos e 
originar arritmias. A maioria dos antiarrítmicos suprime a automaticidade bloqueando os canais de Na+ ou 
Ca2+, reduzindo a proporção desses íons em relação ao K+. Isso diminui a inclinação da despolarização da 
fase 4 (diastólica) e/ou aumenta o limiar de descargas para uma voltagem menos negativa. Os 
antiarrítmicos diminuem a frequência de descargas. Esse efeito é mais acentuado nas células com atividade 
marca-passo ectópico do que nas células normais. 
 2. Anormalidades na condução de impulso: Os impulsos provenientes dos marca-passos mais altos 
normalmente são conduzidos por vias que se bifurcam para ativar toda a superfície ventricular . Pode 
ocorrer um fenômeno denominado reentrada se um bloqueio unidirecional causado por lesão miocárdica ou 
por prolongamento do período refratário resultar em uma via de condução anormal. A reentrada é a causa 
mais comum das arritmias e pode ocorrer em qualquer nível do sistema de condução cardíaca. Esse via de 
curto-circuito resulta em reexcitação do músculo ventricular, causando contração prematura ou arritmia 
ventricular sustentada. Os antiarrítmicos impedem a reentrada, reduzindo a velocidade de condução 
(fármacos da classe I) e/ou aumentando o período refratário (fármacos da classe III). Dessa forma, 
convertem o bloqueio unidirecional em bloqueio bidirecional. 
 
FARMACOLOGIA - RANG E DALE e FARMACOLOGIA ILUSTRADA: 
 
Vaughan Williams propôs, em 1970, uma classificação de antiarrítmicos com base em seus efeitos 
eletrofisiológicos. O tratamento de emergência de arritmias graves geralmente se faz por meios físicos (p. ex., 
marca-passo ou cardioversão elétrica por aplicação de um choque de corrente direta ao tórax ou por meio de um 
aparelho implantado), e não por fármacos. 
• Classe I: fármacos que bloqueiam canais de sódio sensíveis a voltagem. São subdivididos em: Ia, Ib e Ic. 
• Classe II: antagonistas dos receptores β-adrenérgicos. 
• Classe III: fármacos que prolongam, substancialmente, o potencial de ação cardíaco. 
• Classe IV: antagonistas do cálcio. 
 
 
 
ANTIARRÍTMICOS DA CLASSE I: Os fármacos da classe I ligam-se mais rapidamente aos canais de 
sódio abertos ou inativados do que aos completamente repolarizados após a recuperação do ciclo de 
despolarização prévio. Por isso, esses fármacos mostram maior grau de bloqueio em tecidos que são 
despolarizados frequentemente. Essa propriedade é denominada dependência de uso (ou dependência de 
estado), e possibilita a esses fármacos bloquearem células que estão disparando em uma frequência 
anormalmente alta, sem interferir na frequência normal baixa de batimentos cardíacos. Os fármacos da classe I 
são subdivididos em três grupos de acordo com seus efeitos na duração do potencial de ação ventricular. 
Classe IA: quinidina, procainamida e disopiramida. Mecanismo de ação: A quinidina se liga aos canais 
de sódio abertos e inativados, impedindo o influxo de NA+ e reduzindo, dessa forma, a velocidade de entrada 
rápida durante a fase 0. Ela diminui a inclinação da despolarização espontânea de fase 4, inibe canais de potássio 
e bloqueia canais de cálcio. Devido a essas razões, ela diminui a velocidade de condução e aumenta a 
refratariedade. A quinidina também tem ações bloqueadora α-adrenérgica leve e anticolinérgica. Procainamida e 
disopiramida têm ações similares às da quinidina. Contudo, há menos atividade anticolinérgica associada com 
procainamida e mais com disopiramida. Nenhuma tem atividade α-bloqueadora. A disopiramida produz efeito 
inotrópico negativo maior do que o fraco efeito exercido por quinidina e procainamida, e, ao contrário desses 
dois, a disopiramida causa vasoconstrição periférica. Ela pode produzir diminuição clinicamente importante na 
contratilidade miocárdica em pacientes com insuficiência cardíaca sistólica. 
Classe IB: lidocaína e mexiletina. Se associam e se dissociam rapidamente dos canais de sódio. Assim, as 
ações dos fármacos da classe IB se manifestam quando a célula cardíaca está despolarizada ou disparando 
rapidamente.São úteis para tratar arritmias ventriculares. Mecanismo de ação: Além de bloquear o canal de 
sódio, lidocaína e mexiletina encurtam a repolarização de fase 3 e diminuem a duração do potencial de ação. 
Classe IC: flecainida e propafenona. Esses fármacos se dissociam lentamente dos canais de sódio em 
repouso e têm efeitos proeminentes, mesmo em frequências cardíacas normais. Vários estudos têm sérias 
dúvidas sobre a segurança dos fármacos da classe IC, particularmente em pacientes com doença cardíaca 
estrutural. Mecanismo de ação: A flecainida suprime a ascensão da fase 0 nas fibras de Purkinje e miocárdicas. 
Isso causa redução acentuada da velocidade de condução em todo tecido cardíaco, com pouco efeito na duração 
do potencial de ação e no período refratário. A automaticidade é reduzida pelo aumento do potencial limiar, em 
vez da diminuição na inclinação da despolarização na fase 4. A flecainida também bloqueia os canais de 
potássio, aumentando a duração do potencial de ação, ainda mais do que a propafenona. A propafenona, como a 
flecainida, retarda a condução em todo tecido cardíaco, mas não bloqueia os canais de potássio. 
ANTIARRÍTMICOS DA CLASSE II: São β-antagonistas adrenérgicos ou β-bloqueadores. Eles reduzem 
a despolarização de fase 4; assim, deprimem a automaticidade, prolongam a condução AV e diminuem a 
frequência e a contratilidade cardíacas. Os fármacos da classe II são úteis no tratamento de taquiarritmias 
causadas por aumento da atividade simpática. Eles também são usados contra flutter e fibrilação atrial e contra 
a taquicardia de reentrada no nó AV. Além disso, os β-bloqueadores previnem as arritmias ventriculares 
ameaçadoras à vida que podem causar infarto do miocárdio. (Nota: em contraste com os bloqueadores dos 
canais de sódio, os β-bloqueadores e os compostos da classe III, como sotalol e amiodarona, têm uso crescente.) 
O metoprolol é o β-antagonista adrenérgico mais amplamente usado no tratamento de arritmias cardíacas. 
Comparado aos β-bloqueadores não seletivos, como propranolol, ele reduz o risco de broncoespasmo. É 
extensamente biotransformado no fígado, primariamente pela CYP2D6, e entra no SNC (menos do que o 
propranolol, mas mais do que o atenolol). O esmolol é um β-bloqueador de ação muito curta usado por via IV 
no tratamento de arritmias agudas que ocorrem durante cirurgias ou situações emergenciais. Tem início de ação 
rápido e meia-vida curta, tornando-o ideal para situações agudas e limitando o perfil de efeitos adversos. O 
esmolol é rapidamente biotransformado pelas esterases nos eritrócitos. Como tal, não tem interações 
farmacocinéticas. β-bloqueadores aumentam o período refratário do nó AV e podem, portanto, impedir crises 
 
recorrentes de taquicardia supraventricular (TSV). Os β-bloqueadores também são usados para prevenir crises 
paroxísticas de fibrilação atrial quando estas ocorrem em situação de ativação simpática. 
ANTIARRÍTMICOS DA CLASSE III: amiodarona, dronedarona, sotalol, dofetilida e ibutilida 
Os fármacos da classe III bloqueiam os canais de K+ e, assim, diminuem o efluxo de potássio durante a 
repolarização das células cardíacas. Esses fármacos prolongam a duração do potencial de ação sem alterar a 
fase 0 de despolarização ou o potencial de repouso da membrana. Ao contrário, eles prolongam o período 
refratário efetivo aumentando a refratariedade. Todos os fármacos da classe III têm potencial de induzir 
arritmias. O prolongamento do potencial de ação aumenta o período refratário, sendo responsável por atividade 
antiarrítmica potente e variada, por exemplo, interrompendo taquicardias reentrantes e suprimindo atividade 
ectópica. No entanto, os fármacos que prolongam o potencial de ação cardíaco (detectado clinicamente como 
intervalo QT prolongado no ECG) podem, paradoxalmente, ter também efeitos pró-arrítmicos, notadamente 
uma forma poli-mórfica de taquicardia ventricular chamada (um tanto extravagantemente) torsade de pointes 
(porque se diz que o aspecto do traçado do ECG lembra esta sequência de balé). O mecanismo da arritmia não 
foi ainda completamente elucidado; as possibilidades incluem aumento da dispersão da repolarização (p. ex., 
falta de homogeneidade espacial) e aumento da entrada de Ca2+ durante o potencial de ação prolongado, 
levando a aumento da pós-despolarização. 
ANTIARRÍTMICOS DA CLASSE IV: verapamil e diltiazem. 
Os fármacos da classe IV são os bloqueadores dos canais de cálcio não di-hidropiridinas (bloqueadores de 
canais de cálcio sensíveis à voltagem) verapamil e diltiazem. Embora haja canais de cálcio voltagem-sensíveis 
em muitos tecidos diferentes, o principal efeito dos bloqueadores dos canais de cálcio ocorre no músculo liso 
vascular e no coração. O verapamil tem maior ação no coração do que no músculo liso vascular, e o diltiazem 
tem uma ação intermediária. No coração, verapamil e diltiazem somente se ligam a canais voltagem-sensíveis, 
despolarizados abertos, diminuindo, assim, a corrente de entrada levada pelo cálcio. Eles previnem a 
repolarização até que se dissociem do canal, resultando em diminuição da velocidade da despolarização 
espontânea da fase 4. Esses fármacos são, por isso, dependentes do uso. Eles também diminuem a velocidade 
de condução em tecidos que dependem de correntes de cálcio, como os nós AV e SA. São mais eficazes contra 
as arritmias atriais do que contra as ventriculares. Eles são úteis no tratamento de taquicardia supraventricular 
de reentrada e na redução da frequência ventricular no flutter e na fibrilação atriais. Os dois fármacos são 
biotransformados no fígado pela CYP3A4. Ajustes de dosagem podem ser necessários em pacientes com 
disfunção hepática. Ambos também são inibidores da CYP3A4, bem como substratos e inibidores da 
glicoproteína P. Como tais, são sujeitos a várias interações com fármacos. A redução da entrada de Ca2+ reduz 
a pós-despolarização e, deste modo, suprime os batimentos ectópicos prematuros. São expressas classes 
funcionalmente distintas de canais de cálcio controlados por voltagem do tipo L no coração e na musculatura 
lisa vascular, e os bloqueadores dos canais de cálcio do tipo L, que atuam principalmente na musculatura lisa 
vascular (p. ex., nifedipino), aumentam indiretamente o tônus simpático através de seu efeito hipotensivo, 
causando o reflexo da taquicardia. 
Adenosina (não definida na classificação de Vaughan Williams): A adenosina é um nucleosídeo de 
ocorrência natural que, em doses altas, diminui a velocidade de condução, prolonga o período refratário e 
diminui a automaticidade no nó AV. A adenosina por via IV é o fármaco de escolha para abolir taquicardia 
supraventricular aguda. Ela tem baixa toxicidade, mas causa rubor, dor torácica e hipotensão. A adenosina tem 
duração de ação extremamente curta (cerca de 10-15 segundos), devido à rápida captação pelos eritrócitos e 
pelas células endoteliais. Efeitos sobre a respiração, sobre o músculo cardíaco e liso, sobre os nervos aferentes 
vagais e sobre as plaquetas, além dos efeitos sobre o tecido de condução cardíaco que é subjacente ao seu uso 
terapêutico. O receptor A1 é responsável por seu efeito no nó AV. Esses receptores estão ligados ao mesmo 
canal de potássio cardíaco ativado pela acetilcolina, e a adenosina hiperpolariza o tecido de condução cardíaco 
e, consequentemente, torna mais lenta a velocidade de elevação do potencial de marcapasso. 
 
Digoxina (não definida na classificação de Vaughan Williams): digoxina inibe a bomba Na+/K+-
adenosina trifosfatase (ATPase), diminuindo o período refratário nas células miocárdicas atriais e ventriculares, 
enquanto prolonga o período refratário efetivo e diminui a velocidade de condução no nódulo AV. A digoxina é 
usada para controlar a velocidade de resposta ventricular na fibrilação ou no flutter atrial; contudo, a 
estimulação simpática facilmente supera o efeito inibidor da digoxina. Em concentrações tóxicas, a digoxina 
causabatimentos ventriculares ectópicos que podem resultar em taquicardia ventricular e fibrilação. É um 
fármaco que aumenta a contração do miocárdio. 
Sulfato de magnésio (não definido na classificação de Vaughan Williams): O magnésio é necessário 
para o transporte de sódio, cálcio e potássio através das membranas celulares. Ele diminui a velocidade de 
formação de impulsos no nó SA e prolonga o tempo de condução ao longo do tecido cardíaco. O sal usado para 
tratar arritmias é o sulfato de magnésio via IV, pois o magnésio oral não é eficaz no caso de arritmia. Mais 
surpreendentemente, o magnésio é a substância de escolha para o tratamento de arritmia potencialmente fatal, 
torsade de pointes e arritmias induzidas por digoxina. 
 
6.Conhecer marcadores cardíacos utilizados para avaliar a doença arterial coronariana (DAC). 
A doença arterial coronariana (DAC) é uma forma de DCV (doença cardiovascular) na qual as artérias 
coronárias são bloqueadas pelo depósito de colesterol e de coágulos sanguíneos, o que leva a uma redução do 
fluxo sanguíneo para o miocárdio. Algumas pessoas não têm sinais ou sintomas; outros experimentam angina 
(dor torácica), e outros ainda sofrem infarto agudo do miocárdio. O risco da DAC cresce com o aumento da idade 
das pessoas. A hereditariedade também desempenha um papel importante. Se uma pessoa tem um ou mais 
parentes próximos com essa doença, seu risco aumenta. Os fatores de risco que podem ser controlados incluem 
tabagismo, obesidade, sedentarismo e hipertensão não tratada. Dois fatores de risco para doenças 
cardiovasculares – lipídeos sanguíneos elevados e diabetes melito – têm um componente genético não 
controlável e um componente de estilo de vida modificável. 
O diabetes melito é um distúrbio metabólico que aumenta o risco de desenvolver DAC, uma vez que 
contribui para o desenvolvimento da aterosclerose (“endurecimento das artérias”), na qual se formam depósitos 
de gordura dentro das artérias. Níveis séricos elevados de colesterol e de triacilgliceróis também levam à 
aterosclerose. O colesterol, assim como outros lipídeos, não é muito solúvel em soluções aquosas, como o 
plasma. Por essa razão, quando o colesterol da dieta é absorvido pelo trato digestório, ele combina-se com 
lipoproteínas, que o tornam mais solúvel. Os médicos geralmente se preocupam com duas destas lipoproteínas: 
complexos de colesterol lipoproteína de alta densidade (C-HDL) e complexos de colesterol lipoproteína de baixa 
densidade (C-LDL). O C-HDL é a forma mais desejável de colesterol no sangue, pois altos níveis de HDL estão 
associados com menor risco de doença coronariana. Algumas vezes, o C-LDL é chamado de colesterol “ruim”, 
uma vez que os níveis plasmáticos elevados de C-LDL estão associados à doença cardíaca coronariana. 
Vários marcadores bioquímicos foram sugeridos para a doença arterial coronariana (DAC). Dentre eles, os 
que estão atualmente em maior evidência é proteína C reativa, homocisteína, ácido úrico, fibrinogênio e 
lipoproteína. Outros marcadores inflamatórios mais tradicionais, contudo, são frequentemente relegados a um 
segundo plano. Dentre esses, a contagem de leucócitos no sangue. 
A proteína C reativa (PCR) é uma proteína produzida pelo fígado ou presente no sangue em um formato 
inativo que é convertido em um formato ativo durante a inflamação. A PCR pode desempenhar um papel direto 
no desenvolvimento da aterosclerose, ao promover a absorção de LDL pelos macrófagos. A lipoproteína (a) é 
uma partícula semelhante à LDL que se liga a células endoteliais, macrófagos e plaquetas do sangue;pode 
promover a proliferação de fibras musculares lisas;e inibe a quebra de coágulos sanguíneos. O fibrinogênio é 
uma glicoproteína envolvida na coagulação do sangue que pode ajudar na regulação da proliferação celular, 
vasoconstrição e agregação plaquetária. A homocisteína é um aminoácido que pode induzir a danos nos vasos 
sanguíneos pela promoção da agregação plaquetária e proliferação do músculo liso da fibra. Os monócitos, um 
 
dos mais importantes componentes do processo inflamatório da placa aterosclerótica, foram marcador de 
predição independente para a DAC estável e para o IAM (Infarto Agudo no Miocárdio). 
Estudos recentes observaram: maior leucocitose em pacientes com DAC estável e IAM prévio em 
comparação a pacientes portadores somente de DAC estável. Várias substâncias podem participar desse 
aumento/recrutamento/ativação dos monócitos. Por exemplo, MCP-1 (monocytechemoattractant protein-1), um 
marcador de risco independente para a DAC, é uma citocína que promove o recrutamento dos monócitos na 
placa aterosclerótica. Dessa forma, em indivíduos portadores de doenças circulatórias, o leucograma é um 
marcador de risco importante que pode orientar no diagnóstico e tratamento dessas doenças.

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