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História da Educação no Brasil

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
CURSO: LETRAS – INGLÊS 
DISCIPLINA: HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO 
 
PROFESSOR (A) TUTOR (A): MÁRCIA CRISTINA DE FARIA 
TÍTULO DA ATIVIDADE ESTRUTURADA: REVISANDO A HISTÓRIA DA 
EDUCAÇÃO E PROJETANTO PERSPECTIVAS FUTURAS 
 
 ALUNO (A) AUTOR (A) DA ATIVIDADE: VALÉRIA DO AMARAL PEREIRA 
MATRÍCULA DO ALUNO: 200501022311 
DATA: 20/11/2019 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Educação no Brasil através dos séculos sofreu mudanças significativas, por vezes 
a favor, outras contra. Muitas lutas foram travadas para a conquista da igualdade no 
sistema de ensino, para que o conhecimento pudesse chegar a todos de maneira 
democrática, sendo obrigação constitucional. Para entender melhor todo esse 
processo faremos um cronograma da História da Educação no Brasil desde a 
colonização até os dias atuais. 
 
1 - Início da Colônia - Evangelização dos Índios pelos Jesuítas 
 
LINHA DO TEMPO 
 
1500 - Chegada dos Portugueses e o encontro com povos indígenas 
1530 - Criação das Capitanias Hereditárias e o início do cultivo da Cana-de-açúcar 
1549 - Primeiro grupo de Jesuítas desembarca em solo Tupiniquim 
1599 - Promulgação do Ratio Studiorum pela Companhia de Jesus 
1759 - Expulsão dos Jesuítas do Brasil pelo Marquês de Pombal. 
 
Uma era que durou desde a chegada do Padre Manuel de Nóbrega em 1549 até 
1759 quando foram expulsos pelo Sebastião José de Carvalho e Melo – o Marquês 
de Pombal, a época foi marcada pela evangelização dos indígenas e os meninos 
órfãos trazidos de Portugal, que ajudavam a despertar o interesse das crianças 
indígenas. 
 
Constituindo uma rede educacional, fundaram a Casa bê-a-bá onde viviam os 
padres e os meninos órfãos. Com aulas bilingues (em português e tupi considerada 
a língua predominante no litoral - onde a ocupação se iniciou) e o ensino de dogmas 
católicos eram seguidos pela desvalorização de mitos indígenas. 
 
Para se tornar professor, o padre somente precisava saber ler, escrever e conhecer 
as escrituras sagradas. Estudar significava se tornar um bom cidadão, o uso da 
poesia e do teatro também foi um marco na época. Anchieta se inspirou nos usos de 
costumes indígenas, tais como música, dança, cânticos usados em festas 
cerimoniais para garantir os objetos de catequizar e educar, cânticos e poesias eram 
traduzidos e adaptados. 
 
"(...) O principal cuidado que temos deles (os índios) está em lhes declararmos os rudimentos 
da fé, sem descuidar o ensino das letras, estimam-no tanto que, se não fosse essa atração, 
talvez nem pudéssemos elevar a mais nada. " 
Padre José de Anchieta. 
 
 
 
 
Principais característica da atuação da Igreja Católica na Educação: 
 
A - A educação esteve sob tutela dos Jesuítas que aplicaram um método de 
ensino que valorizava a gramática, expressão culta e a memorização com vistas a 
inserir os colonos na Cultura Portuguesa. 
 
B - A ação da Igreja Católica é marcada por uma relação entre catequese e 
educação, sendo que esta apresenta o objetivo de aculturar as populações 
indígenas. 
 
C - O código de ensino Ratio studiorum pautou a organização do ensino dos 
colégios fundados e dirigidos pela companhia de Jesus no Brasil Colonial. 
 
D - As Ordens Beneditas e Franciscanas também participaram no processo 
de Educação, porém se apoio oficial da coroa portuguesa e sem recursos suficientes 
para garantir uma ação sistemática. 
 
No Século XVII a progressão do aprendizado começava pela doutrina cristã e seguia 
com as aulas de Humanidades (voltadas para várias línguas), e depois de Teologia, 
Direito Canônico, filosofia e Retórica. Ao fim dessas etapas, os estudos poderiam 
continuar em Universidades Europeias. Também eram ensinados ofícios manuais 
em território brasileiro para assim formar mão de obra necessária para os engenhos 
e outros espaços. 
 
2 - Fim da Colônia e Império - Aulas Régias/Reforma da Educação 
 
LINHA DO TEMPO 
 
1760 - 1º Concurso público para professores 
1808 - Vinda da família real para o Brasil e incentivo à Cultura no País 
1822 - Dom Pedro I assume o trono após a Independência. 
1834 - Regras Educacionais definidas pelas províncias 
1889 - A República é decretada e surge um novo modelo de escola 
 
Com a expulsão dos Jesuítas tanto em Portugal quanto na Colônia em 1759, 
Sebastião de Carvalho e Melo (O Marquês de Pombal) iniciou a reforma da 
Educação, tendo como objetivo a modernização. Foram criadas as Aulas Régias 
para substituir os padres, porém seus efeitos foram sentidos anos depois. 
 
Aulas Régias foram estabelecidas em Portugal e em suas colônias pelo alvará de 28 
de junho de 1759, no âmbito das reformas políticas, administrativas, econômicas e 
culturais promovidas pelo Marquês de Pombal, durante o reinado de D. Jose I, 
marcou o surgimento do ensino público oficial e laico. O primeiro concurso público 
 
 
para professores foi realizado em 1760 em Recife, porém o início oficial somente 
ocorreu em 1774, no Rio de Janeiro por isso somente quem tinha condições recorria 
a professores particulares. A Educação pela primeira vez era de responsabilidade 
estatal, sem formação específica para se tornar professor, os selecionados tinham 
que ter alguma instrução, muitas vezes eram padres. 
 
Assumindo o trono Dona Maria I, após a morte de Dom José I, Marquês de Pombal 
foi demitido, porém não houve mudança no sistema de ensino, somente deixaram de 
ser denominadas régias para serem chamadas de públicas. 
 
Dona Maria I reinou até 1792 quando seu filho Dom João VI assumiu o poder. A 
vinda da família real em 1808 impulsiona o desenvolvimento cultural 
 
" A civilização e obra da Escola e a escola é obra do professor. Se quereis elevar a escola e a 
civilização, começa por elevar o professor à altura de sua missão e lhe dar nas vantagens de 
seu ofício a coragem, o gosto e a energia e a força que ele demanda." 
Antônio de Almeida Oliveira. 
 
A gratuidade na Educação foi estabelecida na Constituição de 1824 e deveria ser 
gratuitas para todos os cidadãos, em 15 de Outubro de 1827 marcou o dia do 
professor e indicava a criação de escolas de primeiras letras em todas as cidades e 
vilas, na prática o ensino ficou sem mudanças até 1834, quando um ato adicional 
alterou a constituição e deu poder para cada província, entre outros aspectos definir 
regras educacionais em seu território. 
 
Como parte do esforço de criar mais escolas, o Colégio Pedro II foi fundado em 1837 
no Rio de Janeiro, para ser modelo de ensino secundário. Também havia escolas de 
primeiras letras para quem iniciava os estudos. 
 
NOTA: 
A primeira escola normal foi criada no Rio de Janeiro em 1835. Nela um único 
professor atendia apenas alunos homens. Na década de 1870, havia instituições 
masculinas e femininas e nos anos seguintes foram mistas. 
 
3 - Primeira República - Grupos Escolares 
 
LINHA DO TEMPO: 
 
1891 - Proclamada a Constituição e a Educação fica a cargo de estados e 
municípios 
1892 - Reforma Paulista propõe grupos escolares, com divisão dos alunos em séries 
1914 - Começa a 1ª Guerra Mundial que segue até 1918 
1920 - Ocorre a Reforma Sampaio Dória em São Paulo, seguida por outras sete. 
1930 - Revolução e um golpe de estado levam Vargas ao Poder. 
 
 
 
Adotado o federalismo com a proclamação da república do Brasil o poder foi dividido 
entre o presidente e os governos estaduais. Período marcado pelo desenvolvimento 
industrial e reestruturação da força de trabalho (não escrava), sendo a união 
responsável pela educação apenas no Distrito Federal (até então Rio de Janeiro) 
através da Constituição de 1891. (“os estados mais ricos assumem diretamente a 
responsabilidade pela oferta de ensino e os mais pobres repassam-na para seus 
municípios ainda mais pobres” – comentário de Romildo Portela – Livro Educação e 
Federalismo no Brasil, combater as desigualdades e garantir a diversidade). 
 
" Não se pode seruma escola de tempo parcial, nem uma escola somente de letras, nem uma 
escola de iniciação intelectual, mas uma escola sobretudo prática, de iniciação ao trabalho, de 
formação de hábitos de pensar, hábitos de conviver e participar de uma sociedade 
democrática, cujo soberano é o próprio cidadão." 
Anísio Teixeira 
 
Com a reforma de 1890 foi nomeado como chefe do ministério da Instrução pública, 
correios e telégrafos (1º órgão deste nível a se ocupar da educação) Benjamin 
Constant que propôs mudanças no ensino primário (7 a 13 anos) e secundário (13 a 
15 anos) do Distrito Federal, priorizando disciplinas científicas como matemática e 
física, em detrimento das humanas que eram o foco das escolas de primeiras letras 
criadas pelo império. 
 
Com a resistência da elite e a Igreja Católica o projeto de Constant não avançou, 
porém abriu espaço para outras propostas. Implementada de 1892 à 1896, tinham 
como base a criação de grupos escolares, Modelo esse que foi replicado na maioria 
dos estados - reunia em um mesmo espaço as antigas escolas de primeiras letras. 
sendo organizado em séries e estudantes divididos por faixa etária, torando-se 
necessário a formação de mais professores. Em 1894 surge o cargo de diretor que 
era reservada somente para homens, já que as vagas da Educação Primária eram 
amplamente preenchidas por mulheres, era um trabalho socialmente aceito e elas 
concordavam em ganhar salários mais baixos. 
 
A educação para todos somente ganhou força na década de 1920, os pioneiros da 
Escola Nova, tais como Anísio Teixeira, Fernando Azevedo, Lourenço Filho, entre 
outros defendiam a escola pública, laica, igualitária e sem privilégios. 
 
4. Era Vargas 
 
LINHA DO TEMPO 
 
1932 - O manifesto dos Pioneiros da Educação Nova e Educação gratuita e laica 
1937 - Inspirado pelo totalitarismo Europeu Vargas inicia o Estado Novo, que segue 
até 1945 
 
 
1946 - A nova constituição define que a união legisle sobre a educação 
1962 - Paulo Freire alfabetiza 300 agricultores em 45 dias no Estado de 
Pernambuco 
1964 - O Golpe Militar instaura a ditadura e anos de forte repressão 
 
Em 1930, Getúlio Vargas se torna chefe do Governo Provisório, neste mesmo ano 
foi criado o Ministério da Educação e Saúde Pública que foi ocupado por Francisco 
Campos - católico e antiliberal - que colaborou para o retorno do Ensino Religioso no 
currículo. A religião exercia grande influência tanto na escola pública como no 
mesmo ensino privado, pois as igrejas, principalmente a católica, eram proprietárias 
de muitas instituições e recebiam subvenção do governo. Com o governo dividido 
surge a contrariedade da escola laica na constituição de 1934 que defini que o 
ensino seja ministrado segundo orientação religiosa dos estudantes, mas definiu que 
a Educação era direito de todos e dever do poder público. 
 
Enquanto doutrinas trabalhistas se expandiam na Europa, Vargas instituiu o Estado 
Novo (1937-1945) "a nova ideologia proclamava a importância da escola como via 
de reconstrução da sociedade Brasileira". - Esclarece Silva Helena Andrade de Brito 
no artigo A Educação no projeto nacionalista do primeiro governo Vargas (1930-
1945). As Lis Orgânicas do ensino foram promulgadas em 1942. O ginásio, 
equivalente ao segundo ciclo do ensino fundamental de hoje, passou a ter quatro 
anos e o colegial-atual ensino médio - três. Também foi criado o curso supletivo de 
dois anos para a população adulta. A rede pública foi organizada em escolas como 
uma a cinco ou mais classes, além da escola supletiva. 
 
"Na visão bancária da Educação, o 'Saber" é uma doação dos que se julgam sábios aos que 
julgam nada saber (...) O educador que aliena a ignorância, se mantém em posições fixas, 
invariáveis. Será sempre o que sabe, enquanto os educandos serão sempre os que não sabem. 
A rigidez dessas posições nega a Educação e o conhecimento como processos do saber" 
Paulo Freire. 
 
O primeiro curso de Pedagogia do país foi criado em 1939 na Pontifica Universidade 
Católica de Campinas (PUC-Campinas). Porém os professores continuavam a se 
formar nas escolas normais, com currículo pouco específico com disciplinas tais 
como Higiene e Trabalhos Manuais. Era exigido dos estudantes comportamento 
exemplar. 
 
Com o fim do Estado novo o país ganhou uma nova constituição atribuindo a união a 
legislar sobre as bases da educação gerando novos conflitos entre escolanovistas e 
Igreja católica, 13 anos depois foi aprovada a LDBEN, permitindo a pluralidade dos 
currículos e estabelecendo que o estado destinaria recursos às entidades privadas. 
A política concretizada pelo populismo com presidente Vargas (1951 - 1954) e o 
então eleito Juscelino Kubitschek (1956 - 1961), surgiram movimentos de educação 
popular, iniciativas até hoje vivas como as propostas por Paulo Freire, que para ele, 
na sociedade de classes, os privilégios de uns impedem a maioria de usufruir de 
 
 
certos bens, como a Educação, que deveria instigar a reflexão sobre a própria 
condição social. 
 
Período também marcado pelas manifestações culturais como cinema novo e a 
bossa nova, em 1964 iniciativas como as de Paulo Freire esmoreceram totalmente 
como golpe militar que passou a viver momentos de repressão. 
 
5 - Ditadura Militar 
 
Como o início do Regime Militar as propostas de uma educação mais democrática 
foram abandonadas, o novo governo preocupado com a industrialização crescente 
manteve o foco em formar um povo capaz de executar tarefas, mas não 
necessariamente pensar sobre elas. A meta era a elaboração de um plano de 
Educação com a Escola primária voltada para uma atividade prática e o 2º grau 
técnico que preparasse o estudante para o mercado de trabalho. 
 
As ideias de Freire deram lugar a um modelo assistencialista na Educação para 
adultos, conhecido como Mobral (Movimento Brasileiro Instrumental de 
Alfabetização) que visavam passar o conteúdo acompanhadas de imagens, faziam 
divisão silábica, e por último, trabalhos com frases e textos. Também se estudava 
cálculos matemáticos, escrita e hábitos para melhoria de qualidade devida. Segundo 
estudos em 1970, 33% das pessoas com mais de 15 anos eram analfabetas, dois 
anos depois a faixa caiu para 28,5%. 
 
No âmbito universitário a oferta não acompanhava o crescimento da demanda e a 
revolta pela falta de vagas ganhou crescimento com as notícias das manifestações 
da França, em maio de 1968, gerou a chamada "Crise dos Excedentes". O governo 
federal assumiu uma postura mais invasiva, a UNE (União Nacional dos Estudantes) 
foi considerada ilegal e qualquer tentativa de se organizar politicamente era vista 
como atividade subversiva a ser reprimida. 
 
" Agora, vossa excelência (presidente Médici) não proporá ao congresso nacional apenas mais 
uma reforma, mas a própria reforma que implica abandonar o ensino verbalístico e 
academizante, para partir, vigorosamente, para um sistema educativo de 1º e 2º graus voltado 
para as necessidades do desenvolvimento." 
Jarbas Passarinho. 
 
Com a promulgação do ato institucional nº5 (AI 5) no fim de 1968, o General Arthur 
da Costa e Silva, na época presidente, permitiu o confisco de bens de quem fosse 
incriminado por corrupção, no ano seguinte como o Decreto-Lei nº 477 determinou 
que "comete infração disciplinar o professor, aluno, funcionário ou empregado de 
estabelecimento de ensino público ou particular que pratique atos destinados a 
organização de movimentos subversivos, passeatas, desfiles ou comícios não 
autorizados". Muitos estudantes e docentes foram presos e torturados por aderirem 
a oposição ao governo. 
 
 
 
O patriotismo era incentivado nas escolas públicas uma vez por semana, meninas e 
meninos se posicionavam cm a mão direita no peito e cantavam o Hino Nacional 
enquanto a bandeira era hasteada, em 1969 a disciplina EMC (Educação Moral e 
Cívica) se tornou obrigatória. 
 
Jarbas Passarinho o então ministro da educação oficializou o vestibularclassificatório em julho de 1971 que se mantém até hoje, em agosto do mesmo ano 
foi aprovada a Lei nº 692 que determinava a organização do ensino em 1º e 2º graus 
ao invés do primário ginásio e colegial. Obrigatoriedade escolar ampliada até 14 
anos. Extinção de exame de admissão para entrar no ginásio, ainda estabelece a 
inclusão de disciplinas, tais como: Estudos Sociais, história e geografia nos anos 
iniciais do 1ª grau. Os professores polivalentes que atuaram nesse segmento, 
passaram a ser formados no magistério, com nível de 2º grau, e as escolas normais 
foram extintas. Para lecionar para os outros anos, era necessário cursar uma 
licenciatura em programas de curta ou longa duração (A ideia era transformar o 
pedagogo em um técnico em Educação de acordo com a política tecnocrata do 
governo. Com poucos concursos públicos e poucos professores para atender as 
vagas criadas com a construção de escolas e ofertas de aula pela manhã, tarde e 
noite. Quanto não havia profissionais habilitados era permitido contratar outros 
temporariamente. 
 
Diante do fortalecimento da oposição democrática o então Presidente General 
Ernesto Geisel iniciou em seu governo o processo de abertura lenta e gradual que 
acarretou mudanças educacionais numa tentativa de descentralização e 
democratização o sistema de ensino, o 1º grau foi municipalizado, o último 
presidente militar, João Figueiredo, intensificou o processo de abertura, revogou a 
obrigatoriedade do 2º grau profissionalizante e criou programas específicos voltados 
à população de baixa renda. Em 1982 se encerrou a ditadura Militar. Tancredo 
Neves ganhou a eleição direta, mas morreu antes da posse e seu vice, José Sarney, 
se tornou o primeiro presidente da chamada República Nova. 
 
6 - Pós Ditadura militar 
 
LINHA DO TEMPO 
 
1988 - A nova Constituição Federal é promulgada com atenção à educação 
1990 - Declaração Mundial sobre Educação para todos aprovada na Tailândia 
1996 - A LDB indica que docentes tenham formação em nível superior 
2001 - Entra em vigor o PNE, com metas para a universalização do ensino 
2010 - É aprovado o piso salarial nacional para os docentes 
 
 
 
 
Com o fim da Ditadura Militar, a educação foi o que mais sofreu mudanças, com a 
aprovação da Nova Constituição em 1988 podemos citar como as principais 
conquistas o reconhecimento da educação como direito subjetivo de todos, uma 
evolução que os escolanovistas haviam pregado durante a era Vargas, significa que 
"qualquer que queira estudar, mesmo se tiver fora da idade obrigatória, deve ter 
vaga garantida. 
 
"A coisa mais simples que tem é criar boas escolas (...) para que cada criança tenha diante 
dela uma professora capacitada para alfabetizá-la 
Darcy ribeiro 
 
Promulgada a Lei das diretrizes e base da educação nacional (LDB), com relatoria 
do então Senador Darcy Ribeiro. "A nova lei reforçou aspectos importantes da 
Constituição como a municipalização do Ensino Fundamental, estipulou a formação 
do docente em nível superior e colocou a Educação Infantil na posição da etapa 
inicial da Educação Básica. 
 
Em seu segundo mandato Fernando Henrique Cardoso o Exame Nacional de Ensino 
Médio (Enem) com resultados por escola e por aluno que em 2009 passava a ser 
considerado substituto do vestibular para o Ensino Superior, no mesmo período 
surgiram os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) e o Referencial Curricular 
Nacional para Educação Infantil (RCNEI) constituído por profissionais que tinham 
referências em boas práticas de sala de aula e diversos especialistas. Após o LDB, o 
conselho Nacional de Educação (CNE) estabeleceu as diretrizes Curriculares 
Nacionais que deveriam ser traduzidas nos estados e municípios, porém isso não 
aconteceu. A contradição é que mesmo não sendo contempladas na formação 
docente e nas escolas são cobradas na avaliação externa. Com a aprovação do 
Plano Nacional de Educação (PNE) previsto na constituição e válido por dez anos, 
estipulava metas para alcançar o nível de escolaridade dos brasileiros e garantir o 
acesso à Educação, porém não teve êxito. 
 
Dois anos depois com Luiz Inácio Lula da Silva que levou Cristovam Buarque para o 
Ministério da Educação (MEC) em lugar da Alfabetização solidária, foi lançado o 
Brasil Alfabetizado para o combate ao analfabetismo. 
 
Em 2009 a emenda constitucional nº 59 determinou a ampliação da obrigatoriedade 
escolar para 4 a 17 anos até 2016. 
 
7 – BNCC – Base Nacional Comum Curricular – Educação é a base 
Norma que orienta os rumos da educação básica no país tanto para o ensino médio, 
sendo fruto de amplo processo de debate e negociação com diferentes profissionais 
do campo educacional e com a sociedade brasileira o país finalmente está dotado 
de uma base nacional comum para a colaboração dos currículos de todas etapas da 
“Educação Básica” 
 
 
A tecnologia hoje nos trás opções infinitas e oportunidades, a Educação está cada 
vez mais próxima. Com fácil acesso a conteúdos ministrados em faculdades 
renomadas, tanto estrangeiras quanto nacionais, muitas vezes por valores 
simbólicos ou mesmo gratuitos, o que no passado parecia impossível, hoje o acesso 
a conteúdos de primeira linha é muito mais acessível. 
Esperamos que no futuro as instituições de ensino se empenhem cada vez mais na 
inclusão digital, não somente como meio de interação social, mas como ferramenta 
de ensino, fazendo interações entre alunos e instituições em tempo real. 
Utilizar a tecnologia como ferramenta de ensino é o nosso novo desafio. 
 
Bibliografia 
 
https://novaescola.org.br/conteudo/1910/serie-especial-historia-da-educacao-no-
brasil?gclid=EAIaIQobChMI7I-56paS5gIVF4CRCh3YmQBVEAAYASAAEgK5ofD_BwE 
 
https://novaescola.org.br/conteudo/3433/ensino-com-catecismo 
 
https://novaescola.org.br/conteudo/3442/mestres-quase-nobres 
https://novaescola.org.br/conteudo/3444/primeira-republica-um-periodo-de-reformas 
https://novaescola.org.br/conteudo/3434/era-vargas-profusao-de-ideias 
https://novaescola.org.br/conteudo/3432/educacao-pos-ditadura-qualidade-para-todos 
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/historico/BNCC_EnsinoMedio_embaixa_site_
110518.pdf 
 
 
 
 
https://novaescola.org.br/conteudo/1910/serie-especial-historia-da-educacao-no-brasil?gclid=EAIaIQobChMI7I-56paS5gIVF4CRCh3YmQBVEAAYASAAEgK5ofD_BwE
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