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monitorização invasiva e não-invasiva

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ANESTESIOLOGIA 
PAULO CORDEIRO 
 
Monitorização 2020
20019 
 
 INVASIVA E NÃO-INVASIVA 
A monitorização pode ser : 
1. MONITORIZAÇÃO SUBJETIVA: 
avaliação clínica feita pelo médico de forma subjetiva, pelo olhar, avaliando pontos chaves como : 
a) Pulso (cheio, firme); 
b) Coloração de pele (hipercorado, amarelo, depende da luminosidade); 
c) Ausculta cardíaca (hipofonese de bulha, b4 → subjetiva, talvez nem todos consigam escutar); 
d) Enchimento capilar (usava muito antes do oxímetro ou quando não tinha disponível, se tá corado, está 
bem perfundido); 
e) Temperatura corpórea; 
f) Avaliação de força (observada pela elevação da cabeça, quando vai acordar o paciente, se consegue 
manter por mais de 5seg, está responsivo/”curalizado”) 
2. MONITORIZAÇÃO OBJETIVA: 
Expressa por um dado (aparelho que determina) 
a) Oxímetro; 
b) Capnografia; 
c) PA; 
d) Temperatura (termômetro). 
INVASIVA: 
Quando há solução de continuidade (perfuração de pele, veia). 
Exemplos : 
a) Pressão arterial média feita por um cateter, 
b) Pressão venosa central, quando um cateter é introduzido dentro de uma veia de grosso calibre( subclávia, 
femural...) 
c) Cateter de Swan-Ganz – para saber débito cardíaco na artéria pulmonar, 
d) Pressão intracraniana (neuro); 
e) ECO transesofágica (exame pré-OP para avaliar função cardíaca, avaliar infarto, dissecção de aorta 
o professor considera como não invasiva, mas em artigos eles usam como semi-invasiva 
NÃO INVASIVA: 
a) Pressão arterial; 
b) ECG; 
a) Oxímetro; 
b) Capnografia; 
c) Termômetro; 
d) Estimulador de nervo periférico; 
e) BIS; 
f) Oro-traqueal como não invasiva, porque passa por um tubo já existente, mas existem divergências pois por 
passar por dentro do paciente é considerado por alguns como sendo invasivo, mesmo sem perfurar ou sem 
solução de continuidade. 
VIGILÂNCIA/OBSERVAÇÃO: 
“Sair de perto do paciente é um crime” 
Anestesista precisa observar sempre o paciente, para evitar a evolução para complicações ou retarda-las o mais rápido 
possível. Um exemplo disso é a saturação que só deve cair no máximo 15% e se isso ocorrer o anestesiologista, deve 
estar monitorizando e tomar a devida conduta que nesse caso é a intubação. 
MONITORIZAÇÃO MÍNIMA OBRIGATÓRIA 
 Segundo a Resolução CFM 2174/2017, independente do procedimento realizado é obrigatório o uso de: 
a) Oximetria de pulso; 
b) PA não invasiva; 
c) ECG contínua não-invasiva (por meio de eletrodos) 
* 
Para pacientes intubados (sob ventilação mecânica) é obrigatório a capnografia. 
IMPORTÂNCIA DA MONITORIZAÇÃO: 
1. Detecção precoce das intercorrências 
Como por exemplo, hipotensão 
2. Tratamento precoce e eficaz das complicações 
3. Maior tempo disponível do anestesiologista para o paciente 
Como por exemplo, algumas neurocirurgias, que operam com a calota craniana aberta e o paciente consciente 
tocando algum instrumento musical devido a ausência de inervação do cérebro. 
4. Segurança 
OXÍMETRO DE PULSO: 
• medidor não invasivo da relação da oxihemoglobina e da desoxihemoglobina. Expressa em porcentagem. 
Medida por pletismografia óptica e espectroscopia por transiluminação do leito capilar pulsátil. 
• Acima de 90% é considerado normal e devemos levar em consideração os fumantes, os asmáticos, ou outros 
que tem discreta atelectasia pulmonar, que vive fisiologicamente bem. Porém, em pacientes sem essas 
intercorrências é ideal que seja acima de 94%. Na visita pré-anestésica deve avaliar a individualidade de cada 
paciente com relação ao paciente, por exemplo, paciente com DPOC que vive com 90% bem, e na hora do 
procedimento vai para 85%, provavelmente não precisa intubar). 
 Quando usar a oximetria de pulso ? em todos! Pois é um equipamento obrigatório para todo procedimento. 
FATORES QUE ATRAPALHAM: 
1. Vasoconstrição periférica 
Quando não chega sangue na periferia, por algum fator, alterando alterar o oxímetro, como por exemplo, frio 
e a posição ginecológica (litotomia) 
2. Hipotermia 
A perda de liquido faz com que o paciente baixe a temperatura para resguardar os órgãos principais. Muitas 
vezes é uma hipotermia induzida para proteger o cérebro) 
3. Hipotensão 
Com o sangue direcionado para os órgãos principais, a periferia fica com uma redução sanguínea e com isso, 
altera o oxímetro. 
ELETROCARDIOGRAFIA: 
• É uma gravação dos vetores elétricos produzidos durante a despolarização e repolarização do coração, com isso, 
permite a detecção de alterações como: arritmias, isquemias, anormalidade de condução elétrica. 
• Não possui contraindicações. 
• É importante ter conhecimento das cores e disposições dos eletrodos no corpo amarelo e verde / vermelho e 
preto 
Quando usar o ECG ? em todos! Pois é um equipamento obrigatório para todo procedimento. 
a) Onda P: despolarização do átrio 
b) Intervalo PR: nó sinusal ao nó atrioventricular 
c) Complexo QRS: despolarização ventricular 
d) Segmento ST: intervalo entre despolarização e repolarização ventricular 
e) Onda T: repolarizacão ventricular 
f) Intervalo QT: duração da sístole elétrica 
PRESSÃO ARTERIAL: 
É importante porque determina os efeitos da anestesia no sistema cardiovascular. Ao fazer uma anestesia é o 
primeiro que se altera, por drogas principalmente. Uma hipotensão severa pode levar a um AVC isquêmico. Existem 
métodos de aferição que são: 
a) Método auscultatório, pelos sons de Korotkoff. Precisa usar o manguito ideal para o paciente (2/3 da 
superfície do braço do paciente) 
b) Método oscilométrico, pela detecção no USG (caro) e pelo método plestimográfico (pequeno manguito no 
dedo) – não usa mais. 
A grande diferença entre os dois é o preço 
Oscilometria: infla o manguito e ausculta, secando o manguito ate escutar o primeiro som (sistólico). Ele se mantém 
e depois muda de tom parando e será a diastólica. 
• PA sistólica ou máxima: final da sístole 
• PA diastólica ou mínima: resistência periférica total 
• PA diferencial ou pressão de pulso: diferença entre as pressões sistólica e diastólica 
• Cálculo para PA média: 
 
POSIÇÃO DO PACIENTE: 
A posição do paciente é importante porque pode sofrer alteração pela ação da gravidade, isto é, a pressão nos pés do 
paciente (em pé será maior). Se levantar as mãos, também muda (diminui). 
TEMPERATURA: 
• Normal está entre 36-37ºc. Hipotermia <36ºc/ hipertermia >37ºc. 
• O termômetro pode ser utilizado em várias vias: retal, nasofaringe, esôfago e membrana timpânica (a pele 
sofre influência da temperatura externa) e axilar( a menos fiel ) 
• Não é obrigatório usar em todos, mas é recomendado, devido sua repercursão na hipotensão e hipotermia 
induzida e hipertermia maligna que pode ser desencadeada por Halogenados e succinilcolina, ou seja, neste 
caso, é necessário aferir a temperatura. 
• Hipotermia vai levar ao aumenta o consumo de O2, reduz a saturação arterial, causa prejuízo na resposta 
fisiológica ao stress cirúrgico, reduz o metabolismo das drogas (demorar mais atuando), causa prejuízo na 
função renal, tem maior risco de infarto do miocárdio. Ocorre principalmente em anestesia geral, por 
vasodilatação e inibição do centro de regulação da temperatura no hipotálamo. 
MONITORIZAÇÃO DO DÉBITO URINÁRIO: 
a) Avaliar a função e perfusão renal; 
b) Uso a sonda vesical de foley (pode usar só para esvaziar o paciente); 
c) Uma diurese abaixo de 0,5 ml/kg/h considera-se oligúria. Ele perde cerca de 0,05ml/h só pelo calor externo. 
Saber se a hidratação está sendo adequada. 
• Não é obrigado pelo CFM, mas Indicado em pacientes críticos ou cirurgias de médio a grande porte para saber 
o quanto o paciente perdeu e quanto será necessário para repor e evitar complicações. 
• Alguns cirurgiões preferem não monitorizar o debito urinário pelo risco de infecção. 
CAPNOMETRIA: 
• Pressão do CO2 na expiração. São medidas concentradas de CO2 expirados e inspirados.O normal é entre 30-
35. 
• Se o paciente estiver intubado, é um equipamento obrigatório. 
• Respiração normal : 
• Respiração com ventilação mecânica : 
• Na inspiração a capnometria é ZERO (não é para inspirar CO2!) 
• Na expiração, aumenta abruptamente. 
• Tem um platô alveolar que é plano ou discretamente ascendente. No final da expiração tem uma grande 
concentração de CO2. 
• Se por acaso não chegar a zero na inspiração, algo está errado. Na parte da expiração, se der algum pico 
diferente, significa que o paciente está tentando respirar sem ser pelo tubo (no início do platô tem uma 
depressão). 
𝑃𝐴 𝑚é𝑑𝑖𝑎 =
PA sistólica + 2x PA diastólica 
3
 
A PA média é o parâmetro mais 
fiel para monitorizar o paciente 
* * 
• A capnografia é o melhor monitor para verificar eficiência de uma reanimação. Porque durante a reanimação 
não tem troca gasosa, significando, ou que ele esta morto ou então o tubo está no esôfago. Pode até ter 
saturação, curva de eletro (porque está forçando o coração). 
AJUDAR NO DIAGNÓSTICO DE : 
a) Hipotensão e parada cardíaca; 
b) Inversão de válvulas; 
c) Intubação esofágica; 
d) Retenção de co2 (pela cal sodada esgotada); 
e) Descurarização 
f) Desconexão dos fios da ventilação 
g) Hipoventilação (vai começar a diminuir o gráfico); 
h) Embolia pulmonar (não terá troca gasosa, diminuindo o co2); 
i) DPOC( uma aréa pulmonar com fibrose, sem funcionar direito); 
j) Hipertermia maligna (vai ter uma super-troca, vai ter sempre co2 ascendente). 
 
 
 
MONITORIZAÇÃO DA FUNÇÃO NEUROMUSCULAR: 
a) finalidade de ajudar na administração de doses corretas de bloqueadores neuromusculares. 
b) Serve para curalização ou na hora do bloqueio de plexo. 
c) Detecta pacientes que tem maior sensibilidade aos bloqueadores neuromusculares (evitar superdose). Avalia 
a recuperação neuromuscular. 
• Outra forma de avaliar a função: pede para levantar a cabeça (primeiro musculo a anestesiar é o orbicular da 
pálpebra e o ultimo diafragma, e para responder após a anestesia, é o contrário). 
• Estimulador de nervo periférico: na superfície ulnar e ver resposta. Pode usar o ramo oftálmico do nervo facial, 
mas não é muito bom pois pode causar lesão, quando não se tem esse estimulador usa-se o teste da força, no 
inicio antes da anestesia e no final, pega na mão do paciente e pede pra ele apertar ou pede para ele por a 
língua para fora. 
• Na prática clínica a avaliação visual pode ser usada ou transdutores de força (mecanomiografia). 
PRESSÃO VENOSA CENTRAL (PVC): 
• Para avaliar a pressão do retorno venoso (pré-carga do VD), é colocado o cateter por meio da veia jugular 
interna direita (preferência), ou então posso usar a subclávia direita, a subclávia esquerda, jugular interna 
esquerda e jugular externa (nessa sequência). 
• Quanto mais líquido (sangue) maior será a pressão. Muito utilizada em UTI. Nos dá informações da 
necessidade de infusão de líquidos. Indicado como guia para reposição líquida, avaliar a função cardíaca, 
aspiração de ar em neurocirurgia, coleta de sangue, infusão de drogas, passagem de marcapasso, passagem 
de cateter de artéria pulmonar. 
• Está indicada na alimentação parenteral, diálise e quimioterapia (não –operatórias) 
CATERERISMO DE ARTÉRIA PULMONAR: 
• Quem faz esse procedimento é o cardiologista ou intensivista, não focou durante a aula 
Retém Co2 
É um absorvedor de CO2 que quando satura, não 
consegue reter o CO2 levando a um aumento do CO2 
• Indicado para pessoas que estão em estado crítico com administração de fluidos EV. Ex: pacientes chocados, 
queimados, IC, IAM, arritmias, embolia associados a complicações. 
• Vai medir a pressão nas câmaras direitas e estimar as da esquerda, indicando DC, RVP e VS. 
• Cateter entra pela jugular interna, atinge veia cava, AD (insufla balonete- é ele quem afere a pressão), passa 
pelo VD, tronco pulmonar e atinge artéria pulmonar. Medico fica insuflando e desinsuflando para aferir. 
BIS: 
• Monitor do índice biespectral, vai medir o sono (nível de consciência). Não é invasivoe não é obrigatório 
• É bom para corrigir a administração de hipnóticos (aumentar ou não) medindo as ondas cerebrais → ondas 
alfa e também movimentação muscular da região frontal. 
100% paciente acordado 
0% paciente morto 
85% sedação leve 80 -100 = normal = acordado 
80% sedação mais profunda 
60-40% bis cirúrgico (adequadamente induzido) 
<40% coma 
<20% teoricamente coma irreversível 
• Durante a indução anestésica pode ter um pico de 35% (mas isso é errado, porque pode entrar em coma 
irreversível, significa que coloquei droga demais). 
ECOCARDIOGRAFIA TRANSESOFÁGICA: 
• Quem faz é o cardiologista geralmente. Troca de válvula cardíaca (por via endoscópica). Serve para verificar 
fração de ejeção, dc, insquemia de parede, função da valva mitral, da valva aórtica, aneurisma de aorta, 
dissecção de aorta, cardiopatias congênitas, volume das câmaras, embolia aérea, massas intracardíacas, 
ateroma de aorta e endocardite. 
• Analisa o coração como um todo

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