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1 2 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S 3 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S 3 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S Núcleo de Educação a Distância R. Maria Matos, nº 345 - Loja 05 Centro, Cel. Fabriciano - MG, 35170-111 www.graduacao.faculdadeunica.com.br | 0800 724 2300 GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO. Material Didático: Ayeska Machado Processo Criativo: Pedro Henrique Coelho Fernandes Diagramação: Ayrton Nícolas Bardales Neves PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira, Gerente Geral: Riane Lopes, Gerente de Expansão: Ribana Reis, Gerente Comercial e Marketing: João Victor Nogueira O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para a formação de profi ssionais capazes de se destacar no mercado de trabalho. O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem. 4 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S 4 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S Prezado(a) Pós-Graduando(a), Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional! Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confi ança em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as suas expectativas. A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma nação soberana, democrática, crítica, refl exiva, acolhedora e integra- dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a ascensão social e econômica da população de um país. Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida- de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos. Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas pessoais e profi ssionais. Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi- ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver um novo perfi l profi ssional, objetivando o aprimoramento para sua atua- ção no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe- rior e se qualifi car ainda mais para o magistério nos demais níveis de ensino. E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a) nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial. Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos conhecimentos. Um abraço, Grupo Prominas - Educação e Tecnologia Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas! . É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo- sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve- rança, disciplina e organização. Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua preparação nessa jornada rumo ao sucesso profi ssional. Todo conteúdo foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho. Estude bastante e um grande abraço! Professora: Larissa Danielle Melo Costa O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc- nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela conhecimento. Cada uma dessas tags, é focada especifi cadamente em partes importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in- formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao seu sucesso profi sisional. Esta unidade fundamentará os conceitos para implementa- ção de um Sistema de Gestão Ambiental. Especifi camente, foram en- focados: os Conceitos e Políticas de Gestão Ambiental; as etapas e ferramentas utilizadas para implementação de um Sistema de Gestão Ambiental. Trata-se de uma pesquisa aplicada e descritiva, a fi m de esclarecer ao máximo os conceitos de sistemas de gestão ambiental, e assim possibilitar a aplicação efetiva destes instrumentos na esfera empresarial. Justifi ca-se por causa do cenário globalizado e competitivo do mercado, em que os consumidores exigem cada vez mais o compro- metimento das empresas para com o desenvolvimento sustentável de seus produtos, garantindo seus anseios sociais futuristas. A implemen- tação de um Sistema de Gestão Ambiental proporciona competitividade às empresas tanto para a sobrevivência no mercado, quanto para o controle dos aspectos ambientais. Evidencia também que ao garantir a Sustentabilidade do Processo de Desenvolvimento Sustentável, conse- quentemente, há a melhoria da qualidade ambiental e de vida da popu- lação. Sistema de Gestão Ambiental, Desenvolvimento Sustentável, Políticas Públicas e Certifi cação. 9 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S 9 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S CAPÍTULO 01 INTRODUÇÃO À AUDITORIA AMBIENTAL Apresentação do módulo ______________________________________ 10 11 Princípios Gerais da Auditoria Ambiental: ISO 19011 ______________ 14 A Complexidade da Gestão Ambiental _________________________ Características dos Processos de Auditoria Ambiental ___________ 19 CAPÍTULO 02 AUDITORIA AMBIENTAL: PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA 30 35 Princípios e Processos de Auditoria ____________________________ Atividades da Auditoria ________________________________________ 25Recapitulando _________________________________________________ 44Recapitulando _________________________________________________ CAPÍTULO 03 COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO Caracterização do Auditor _____________________________________ Avaliação do Auditor ___________________________________________ 50 59 Recapitulando ________________________________________________ Referências ___________________________________________________ 74 67 Fechando Unidade ____________________________________________ 72 22Auditoria Compulsória _________________________________________ 10 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S A Auditoria Ambiental surge a partir do desenvolvimento da ci- vilização humana está intrinsecamente relacionado com a incansável busca pela satisfação de suas necessidades, o que implica na explo- ração da natureza. Mesmo possuindo tecnologias sufi cientes para não comprometer as condições naturais do meio ambiente, a interação das atividades antrópicas com os ecossistemas é constante. Durante décadas, o meio ambiente não foi levado em conside- ração, visto que havia a concepção de que os recursos e bens naturais eram infi nitos, logo não havia motivos para se investir no desenvolvi- mento de tecnologias que tivessem como foco o monitoramento e con- trole dos processos industriais. A Questão Ambiental passou a ser considerada apenas quan- do as atividades produtivas de uma região começaram a interferir na qualidade de vida de outra. Assim, os aspectos ambientais e impactos potenciais deixaram de ser pontuais ou locais e passaram a ser vistos de forma holística e globalizada. Atualmente, devido à crescente conscientização ambiental da humanidade e, aos esforços atribuídos pelas Organizações Não Gover- namentais (ONGs) e aos Órgãos Fiscalizadores, a adoção de práticas voltadas à melhoria do desempenho ambiental, como a implementação de Sistemas de Gestão Ambiental (SGA), é necessária para controlar os aspectos e impactos gerados pelas atividades, diminuir os danos ao meio ambiente e atender as legislações ambientais. No Brasil, a norma mais adotada parao SGA é a NBR ISO 14.001, pois esta norma é internacional e abrange requisitos como o comprometimento da empresa com o meio ambiente, o controle das atividades potencialmente poluidoras, a responsabilidade por toda a ca- deia de prestação de serviços e, a melhoria contínua do sistema. 11 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S INTRODUÇÃO À AUDITORIA AMBIENTAL A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S A COMPLEXIDADE DA GESTÃO AMBIENTAL O conceito de meio ambiente, para muitos autores, é redun- dante. Nele estão contidas todas as relações entre os seres vivos e não vivos que ocorrem na Terra. A palavra “meio” indica uma posição espacial, ao ato de ser e estar inserido em algo. Já a palavra “ambiente” refere-se a tudo que rodeia algo. De acordo com a Resolução CONAMA 306/2002, meio ambiente é o conjunto de condições, leis, infl uências e interações de ordem física, química, biológica, social, cultural e urbanís- tica, que permitem, abrigam e regem a vida em todas as suas formas. A atuação humana interfere diretamente sobre o meio ambien- te. A ordem dominante no quesito econômico é progredir a qualquer custo, para que o crescimento econômico e a prosperidade humana possam ser alcançados. Em contrapartida, a existência humana sem o meio ambiente não existe. 12 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S Após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), começaram a surgir ativamente muitos movimentos de preservação ambiental e Orga- nizações Não Governamentais (ONGs), período este que deu início ao contexto denominado “despertar da consciência ecológica”. Segundo Filho (1993), o desenvolvimento quando voltado para as necessidades sociais mais abrangentes, diz respeito à melhoria da qualidade de vida da maior parte da população e ao cuidado com a pre- servação ambiental como uma responsabilidade para com as gerações futuras. Devido à complexidade do homem em compreender e utilizar o ambiente, bem como as incertezas inerentes às inter-relações do ho- mem com o meio, resulta na difi culdade em estabelecer desempenhos e avaliações dos impactos das atividades humanas sobre o meio am- biente. As políticas públicas exercem papel fundamental para que ocorra o desenvolvimento econômico e o ambiental. É a partir das le- gislações, resoluções e normas elaboradas pelas entidades estatais, que defi nem e estabelecem diretrizes das quais as organizações devem seguir em busca do desenvolvimento sustentável. A Política Nacional de Meio Ambiente só surgiu no Brasil em 1981, Lei n.º 6.938, regulamentada pelo Decreto n.º 99.274/1990, defi - nindo os objetivos e instrumentos da Política Nacional de Meio Ambien- te (PNMA) e criando o Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA). Os instrumentos da PNMA resultaram na exigência de licen- ças ambientais para organizações que exerçam atividades poluidoras e degradadoras do meio ambiente. Esse licenciamento é realizado pelas instituições ambientais nos níveis federal, estadual e municipal. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6938.htm 13 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S No cenário atual, há a exigência cada vez maior do mercado por organizações que adotem um modelo de gestão sustentável, fato este que tem levado as empresas em busca pela melhoria de seus pro- cessos no intuito de atender a legislação aplicável e diminuir, ou até mesmo eliminar, os impactos ambientais de suas atividades. Simultaneamente, o interesse dos consumidores por produtos ambientalmente corretos, também infl uenciam nas iniciativas ambien- tais das empresas e o marketing vinculado a elas, visando atender tanto o mercado, quanto os consumidores. Os Órgãos Reguladores e Fiscalizadores do meio ambiente no Brasil que compõem o SISNAMA são: ÓRGÃO SUPERIOR (Conselho do Governo); ÓRGÃO CONSULTIVO E DELIBERATIVO (CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente); ÓRGÃO CENTRAL (MMA – Ministério do Meio Ambiente); ÓRGÃO EXECUTOR (IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis); ÓRGÃOS SECCIONAIS (COSEMA, GAMA...); ÓRGÃOS LOCAIS (entidades municipais); Leis, Decretos, Resoluções, Portarias e normas nível Fe- deral, Estadual e Municipal. http://www2.mma.gov.br/port/conama/estr1.cfm A partir desta premissa surge a gestão ambiental. Instrumento este que tem como objetivo conciliar o desenvolvimento econômico com o desenvolvimento ambiental, visando controlar os impactos ambientais e reduzi-los, além de expandir e implantar as políticas públicas. Além do desenvolvimento sustentável, outro conceito que o instrumento da gestão ambiental coloca em prática é o de atuação res- ponsável. Este conceito produz mudança na imagem das empresas, pela introdução do enfoque pró-ativo para as questões ambientais, pela busca de melhoria contínua, antecipando-se à própria legislação, e por sua visão sistêmica sobre os aspectos de segurança, saúde ocupacio- nal e meio ambiente (VALLE, 1995). Ao utilizar esse conceito, as empresas transnacionais estabe- leceram padrões de qualidade ambiental e de segurança para as em- presas, mundialmente, mesmo quando o grau de exigência local é pou- co rigoroso. 14 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S A Autorregulamentação toma forma entre as décadas de 70 e 90, em que as empresas, além de se enquadrarem na legislação am- biental, buscam melhorar a sua relação com o meio ambiente ao criar uma política ambiental, identifi car seus aspectos e impactos ambientais, e defi nir objetivos e metas. Com essa estratégia, há uma melhora no desempenho am- biental da empresa, sem que haja uma pressão dos órgãos ambientais, ou seja, a própria empresa está comprometida com a gestão ambiental. http://www.ie.ufrj.br/gema/pdfs/regulacao_e_auto_ regulacao_no_contexto_do_desenvolvimento_ sustentavel.pdf CARACTERÍSTICAS DOS PROCESSOS DE AUDITORIA AMBIEN- TAL A auditoria passou a ser vastamente utilizada a partir da década de 80, pela Inglaterra e Estados Unidos. Ela era aplicada em diferentes contextos e fi nalidades. As principais auditorias aplicadas nas organiza- ções eram as contábeis e fi nanceiras, e logo em seguida, emergiram as auditorias de cunho intelectual, médica, de ensino, judiciais, tecnológi- cas, de sistemas de gestão e as ambientais. A auditoria é rotineiramente remetida ao conceito de rigor e penalidade pelo eventual não cumprimento de legislações e normas das quais as empresas estão submetidas. “A Auditoria é o processo de comparação de eventos pré-determinados (Pa- drão) com os eventos realizados (Real), tendo como objetivo manifestar um julgamento (Opinião) para terceiros interessado”. Jerônimo Antunes 15 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S Instituições que representam o setor industrial utilizam o con- texto das auditorias contábeis para implementar a auditoria de gestão da qualidade e incorporar rigor aos processos produtivos (MARTINS, 2015). Porém, como a auditoria ambiental é uma extensão da auditoria de qualidade, e esta, não sujeita as empresas à penalidades e multas legais, a sua aplicação permite que as metas sejam estabelecidas de forma mais tolerante. A Auditoria de Qualidade é tão bem aceita pela indústria, que as empresas, de forma geral, aderem suas diretrizes com o objetivo de se certifi carem, e desta forma, expandir o comércio de seus produtos a nível internacional. O Sistema de Gestão da Qualidade é defi nido pela série ISO 9000, e tem como características a avaliação e análise dos processos de produção, através de métodos específi cos realizados na presença do auditor. Este conceito de auditoria da gestão da qualidade é adotado pela série ISO 14000, que estabelece as normas e diretrizes para a auditoria ambiental. Inicialmente, a auditoriaambiental foi utilizada para defi nir as responsabilidades empresariais em relação ao meio ambiente e as le- gislações ambientais (SINCLAIR; GABEL, 1996). Ela tornou-se uma ferramenta para avaliar a segurança do meio ambiente, e dos colabora- dores inseridos no contexto empresarial. A auditoria como ferramenta auxiliadora da gestão ambiental, se bem conduzida, proporciona benefícios para as organizações que geram danos ambientais ou que retiram os recursos naturais do meio ambiente. A partir dela é possível avaliar a ocorrência de impactos ambientais e melhorar a imagem da organização para com seus clientes e fornecedores (OLIVEIRA, 2010). Tipos de Auditorias A classifi cação da auditoria ambiental depende do contexto em que ela será aplicada. Entretanto, alguns tipos de auditoria podem se inter-relacionarem caso seja de interesse da organização auditada (MARTINS, 2015). Os principais tipos de auditorias ambientais são de- fi nidos abaixo Auditoria de Conformidade Legal: Avalia a adequação da empresa quanto à legislação ambiental vigente. Este tipo de auditoria pode ser aplicado tanto no caso de auditorias compulsórias – que são aquelas determinadas pelo governo – como no caso de auditorias voluntárias – realizadas quando a empresa tem interesses internos, sejam por requisição de fornecedores, investidores, ou outros motivos. Auditoria de Desempenho Ambiental: 16 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S Avalia a conformidade com a legislação, regulamentos e indicadores seto- riais, através do levantamento, descrição e divulgação do desempenho am- biental da empresa em cada atividade que ela executa. Os dados auditados podem abrangir os riscos, impactos ambientais, a política ambiental, progra- mas, custos, passivos ambientais, entre outros. As informações são compa- radas tanto com os requisitos legais, como também com as metas e objetivos estabelecidos pela organização. Auditoria de Sistema de Gestão Ambiental: Avalia o cumprimento dos requisitos do Sistema de Gestão Ambiental segun- do a norma ISO 14001, quanto a adequação e efi cácia deste sistema. Esta auditoria visa a adequação ou a certifi cação ambiental. Auditoria de Certifi cação: Avalia a conformidade da empresa com os princípios da norma certifi cadora. Esta avaliação é realizada através do monitoramento e medições dos indica- dores, a fi m de analisar se as metas estão sendo alcançadas. A auditoria de certifi cação deve ser capaz de verifi car se o SGA está conforme o planejado. Auditoria de Descomissionamento: Avalia os danos ao entorno pela desativação da unidade produtiva, portanto, ela só acontece quando existe o encerramento das atividades do empreen- dimento naquele local. Auditoria de Sítios: Avalia o grau e estágio de contaminação de um determinado local, identifi - cando assim a existência de passivos ambientais. Auditoria Pontual: Avalia a otimização dos recursos, com o intuito de melhorar a efi ciência do processo produtivo, e consequentemente, minimizar a geração de resíduos e consumo de recursos naturais. Auditoria de Responsabilidade: Avalia os eventuais passivos ambientais que poderão impactar o meio am- biente, além de especifi car e valorar estes passivos ambientais. Esta audito- ria também é conhecida como auditoria de due dilligence. Auditoria Ambiental de Acompanhamento: Verifi ca se as condições estabelecidas em certifi cações anteriores continuam sendo cumpridas. Auditoria Compulsória: Visa determinar se os requisitos legais ambientais obrigatórios às suas ati- vidades e processos estão em conformidade legal. Este tipo de auditoria é exigido pelos órgãos governamentais, e geralmente é apresentada no âmbito de processos de licenciamento ambiental. Etapas da Auditoria Ambiental Segundo La Rovere (2008), os processos da auditoria ambien- tal podem sofrer variações. Em decorrência dos objetivos da audito- ria, algumas etapas poder ser detalhadas de formas mais ou menos expressivas (Figura 1). As normas relativas à auditoria ambiental são 17 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S as ISO 14010, ISO 14011 e ISO 14012 – a partir de 2002 elas foram substituídas pela ISO 19011 –, elaboradas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Figura 1 – Esquema Geral de Auditoria Ambiental Fonte – LA ROVERE, 2008. 18 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S A auditoria sempre tem início com o auditor e o cliente deter- minando o objetivo e o escopo da auditoria. O cliente que também é denominado auditado determina o campo de atuação a qual a auditoria será realizada, e estabelece os critérios correspondentes às políticas, práticas, procedimentos ou requisitos sejam eles de cunho legal ou or- ganizacional para a coleta das evidências. Após a organização estabelecer os critérios da auditoria, a equipe de auditores seleciona os processos, procedimentos, dados e todas as informações necessárias para atender o objetivo e escopo es- tabelecidos inicialmente. Como material de apoio, a equipe geralmente utiliza um check list para verifi car os critérios. As etapas de auditoria são caracterizadas por três fases: a Pré- -auditoria, a Auditoria em si, e a Pós-auditoria. Na etapa de Pré-auditoria, são determinados os recursos humanos, físicos e fi nanceiros a serem utilizados (Tabela 1.1). Estas informações possibilitam a compreensão dos processos da organiza- ção, os mecanismos de controle e gestão, e as responsabilidades da empresa (MARTINS, 2015). Tabela 1.1 – Informações Básicas para a Pré-auditoria. Fonte – adaptado de PHILIPPI; AGUIAR, 2006. Após a etapa de Pré-auditoria, com a data defi nida da aplica- 19 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S ção da auditoria, e com todos os colaboradores cientes da execução da mesma, os auditores vão a campo para aplicar a auditoria ambiental. Na etapa da auditoria inicia-se a coleta, análise e avaliação das evidências. É estabelecida a identifi cação das evidências, que inclui a análise de documentos, observação das atividades da empresa e entre- vista com os colaboradores, inclusivel a alta administração (MARTINS, 2015). A avaliação e conclusão da auditoria são fundamentadas nas evidências que são coletadas durante o seu processo. As evidências obtidas são então, resumidas e analisadas pela equipe de auditores, para posterior apresentação do relatório de conclusão. Após a análise das evidências, os resultados são apresenta- dos à alta administração, de forma escrita, contendo a data e a assina- tura do auditor líder. Nestes relatórios de conclusão devem conter as medidas corretivas, caso haja, e a relevância das mesmas. O processo de auditoria deve contemplar os seguintes itens: Pré-auditoria: organização que será auditada equipe de auditoria, objetivos e critérios da auditoria, acesso aos d ocumentos da organização, recursos humanos e físicos, plano de auditoria, defi nição de atribuições. Auditoria: reunião inicial, coleta, análise, avalição e c onclusão das evidências. Pós-Auditoria: revisão, medidas corretivas, elaboração e entrega do relatório fi nal. PRINCÍPIOS GERAIS DA AUDITORIA AMBIENTAL: ISO 19011 A auditoria de sistema de gestão ambiental verifi ca o cumpri- mento dos requisitos legais por parte da organização auditada, pos- sibilitando que o conceito de melhoria contínua da gestão ambiental seja colocado em prática. O fato de os países possuírem legislações ambientais distintas, não afeta as relações comerciais entre eles, pelo contrário, é visto como uma vantagem competitiva, pois desta forma é possível atender os diferentes níveis de mercados com exigências am- bientais (MARTINS, 2015). De acordo com a norma ISO 19011, a auditoria ambiental asse- gura que a política ambiental adotada pela empresa está em conformi- 20 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S dade com a ISO 14001. Mesmo quea ISO 14001 seja uma norma com aspecto genérico, ela inclui a auditoria ambiental como uma ferramenta auxiliadora para a aplicação da melhoria contínua do desempenho am- biental das organizações. A aplicação da auditoria ambiental, segundo Vilela (2006), pos- sibilita a verifi cação da conformidade legal em relação aos aspectos ambientais da empresa, redução de custos devido a redução de perdas, redução no consumo de recursos naturais, e a melhoria do ambiente de trabalho. Porém, existem possíveis difi culdades empresariais na implan- tação do sistema de gestão ambiental e sua posterior auditoria ambien- tal. Segundo La Rovere (2008), há a possibilidade de a organização investir em recursos para atender a não conformidade, indicando falsa segurança em relação aos impactos ambientais, e devido a isto, sofrer pressão dos órgãos governamentais e entidades não governamentais para demonstrar seu desempenho ambiental publicamente. A Norma ISO 19011 estabelece, também, diretrizes para as au- ditorias de sistemas de gestão ambiental. A frequência destas auditorias deve ocorrem no mínimo a cada três anos. Os requisitos da norma de auditoria de sistemas ambientais estabelecem que a organização auditada deva defi nir o objetivo da au- ditoria e documenta-lo; o auditor líder decide se as informações que a auditada forneceu são sufi cientes e apropriadas para iniciar o processo de auditoria. O Processo de Auditoria somente é viável, caso a equipe audi- tora tenha total cooperação da empresa auditada, tanto a nível adminis- trativo, quanto operacional. Os princípios gerais para a auditoria ambiental são regidos pela defi nição dos objetivos e escopa da auditoria. Objetividade, inde- pendêcia e competência; profi ssionalismo; procedimentos sistemáticos; critérios, evidências e constatações; confi abilidade das constatações e conclusões da auditoria; e elaboração do relatório fi nal de auditoria, conforme o (Quadro 1.1), contemplam estes princípios. 21 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S Quadro 1.1 – Princípios Gerais de Auditoria Ambiental 22 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S AUDITORIA COMPULSÓRIA A auditoria ambiental compulsória é aplicada por exigência dos órgãos governamentais, para determinadas atividades potencialmente poluidoras (La Rovere, Barata, 2009). A principal diferença entre as au- ditorias ambientais e as demais auditorias está no caráter multidisiplinar que as auditorias ambientais exigem, pois enquanto elas abrangem di- versas áreas – jurídica técnica –, as outras abrangem apenas as áreas específi cas – auditoria contábil envolve apenas a contabilidade e assim por diante. As políticas públicas inseriram a auditoria ambiental compul- sória no contexto empresarial. Ela tem papel de ferramenta de controle dos aspectos ambientais que a organização pode ocasionar. No Brasil, a auditoria ambiental compulsória é prevista nas Legislações Federais (Figura 1.2), Estaduais e Municipais, sendo que as legislações esta- duais e municipais são mais restritivas que as leis federais. Figura1. 2 – Estados da Federação em que a Auditoria Ambiental Compulsória é Obrigatória. Fonte – MARTINS, 2015 23 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S As características restritivas das legislações são consequên- cias da reação aos eventos causados pelos processos potencialmente poluidores. Segundo Piva (2009), estas políticas visam resultados ime- diatos na proteção do meio ambiente. SAIBA MAIS As políticas ambientais que preveem a auditoria compulsória estão dispostas nas Resoluções CONAMA – 265/2000, 306/2002 e 381/2006 – e na Lei n.º 9966/2000. Para saber mais, acesse: http://www2.mma.gov.br/port/conama/legiano.cfm? codlegitipo=3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9966.htm A Resolução CONAMA 265/2000 e a Lei n.º9966/2000 estabelecem a obrigatoriedade das auditorias ambientais, porém, os critérios de auditoria são defi nidos na Resolução CONAMA 306/2002. A (Figura 1.3) ilustra as atividades auditadas em (14) quatorze Estados do Brasil. SAIBA MAIS Para saber mais sobre as Políticas Ambientais que preveem a Auditoria Compulsória em cada Estado da Federação Brasileira, é preciso consultar as Leis e Decretos elaborados por cada um deles. Segue alguns links para acesso: https://www.almg.gov.br/consulte/legislacao/index.html http://www.legislacao.sp.gov.br/legislacao/index.htm http://www.rj.gov.br/web/seplag/exibeConteudo? article-id=203596 24 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S Desta forma, a auditoria ambiental é utilizada tanto de forma compulsória, quanto voluntária, distinguindo-se nas consequências após a empresa ser auditada, pois estes dependem do tipo de auditoria que foi adotada. Nos dois casos, a auditoria ambiental é praticamente a mesma, as suas aplicações convergem para os mesmos resultados, no entanto, quando a auditoria ambienta é voluntária incide sobre o SGA da empresa as não conformidades não tem características punitivas, e quando a auditoria é compulsória, a mesma pode gerar aplicação de penalidades legais. Figura 1.3 – Tabela de Atividades Auditáveis nos EstadosFigura 1.3 – Fonte – MARTINS, 2015 25 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S QUESTÕES DE CONCURSOS QUESTÃO 1 Ano: 2011 Banca: CESGRANRIO Órgão: Transpetro Prova: CES- GRANRIO - 2011 - Transpetro - Profi ssional de Meio Ambiente Júnior A auditoria de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) é uma importante atividade prevista na NBR ISO 14001, que trata das etapas e requisitos para estabelecer e operar um SGA. De acordo com essa Norma, a realização da auditoria do SGA deve ser reali- zada em qual etapa? a) Planejamento. b) Política Ambiental. c) Análise Crítica. d) Verifi cação e Ação Corretiva. e) Implementação e Operação. QUESTÃO 2 Ano: 2007 Banca: FCC Órgão: MPU Prova: FCC - 2007 - MPU - Analista Pericial - Engenharia Ambiental As Auditorias Ambientais podem ser classifi cadas de acordo com as seguintes possibilidades: a) Apenas em classifi cação de acordo com os critérios de auditoria - de conformidade legal ambiental, de desempenho ambiental, ou de siste- mas de gestão ambiental; classifi cação de acordo com os objetivos da auditoria ambiental - de certifi cação, de acompanhamento, de corre- ções (ou de follow-up), de responsabilidade (due dilligence), de sítio, ou compulsória. b) Apenas em classifi cação de acordo com a parte auditora - de primeira parte, de segunda parte, ou de terceira parte. c) Apenas em classifi cação de acordo com os critérios de auditoria - de conformidade legal ambiental, de desempenho ambiental, ou de siste- mas de gestão ambiental. d) Apenas em classifi cação de acordo com os objetivos da auditoria ambiental - de certifi cação, de acompanhamento, de correções (ou de follow-up), de responsabilidade (due dilligence), de sítio, ou compulsó- ria. e) Classifi cação de acordo com a parte auditora - de primeira parte, de segunda parte, ou de terceira parte; classifi cação de acordo com os cri- térios de auditoria - de conformidade legal ambiental, de desempenho ambiental, ou de sistemas de gestão ambiental; classifi cação de acordo 26 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S com os objetivos da auditoria ambiental - de certifi cação, de acompa- nhamento, de correções (ou de follow-up), de responsabilidade (due dilligence), de sítio, ou compulsória. QUESTÃO 3 Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: SEGEP-MA Prova: FCC - 2016 - SE- GEP-MA - Analista Ambiental – Engenheiro Ambiental Sobre as Auditorias Ambientais, considere as afi rmativas abaixo: I. A Norma ISO 19011 fornece orientação sobre os princípios de au- ditoria, gestão de programas de auditoria, realização de auditorias de sistema de gestão de qualidade e auditorias de sistema de ges- tão ambiental, como também orientação sobre a competênciade auditores de sistemas de gestão da qualidade ambiental. II. Audito- rias Internas são conduzidas pela própria organização para análise crítica pela direção e outros propósitos internos, e podem formar a base para uma auto declaração de conformidade da organização. III. Auditorias Externas incluem aquelas geralmente chamadas de auditorias de segunda e terceira partes. IV. Auditorias de terceira parte são realizadas por partes que têm um interesse na organiza- ção, tais como clientes ou por outras pessoas em seu nome. Está correto o que se afi rma apenas em: a) I, II e III. b) II, III e IV. c) II e IV. d) II e III. e) I e III. QUESTÃO 4 Ano: 2015 Banca: IF-PA Órgão: IF-PA Prova: IF-PA - 2015 - IF-PA - Professor - Gestão Ambiental Sobre a Auditoria Ambiental, marque a opção incorreta. a) A Auditoria Ambiental Voluntária ou Compulsória é uma investigação documentada, independente e sistemática de fatos, procedimentos, documentos e registros relacionados com o meio ambiente. Ela pode ser usada para atender objetivos da própria diretoria da empresa ou de clientes, governo, acionistas, investidores, seguradores, etc., o que defi nirá seu escopo, critérios de aplicação e resultados. b) A Auditoria Ambiental não pode ser confundida com uma simples avaliação ou com uma fi scalização. Isto porque a independência dos auditores em relação ao setor auditado exige um conhecimento de me- todologia e aplicação para se obtiver o resultado esperado através das evidências obtidas, como um grau de percepção muito mais acurado do 27 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S que o exigido numa simples avaliação. c) A Auditoria Ambiental tem objetivo punitivo, fi scalizatório e obrigatório, principalmente nas empresas em que são identifi cados os responsáveis por atos ilegais, com vistas, em longo prazo, a encontrar as soluções em não conformidades, identifi cadas pelo auditor. d) A Auditoria Ambiental deve apresentar objetivos explicitamente defi - nidos; limites de escopo claramente defi nidos; abrangência que priori- ze unidades mais importantes, sem desprezar as demais; abordagem compatível com os objetivos; treinamento, experiência e habilidade dos profi ssionais que conduzem a auditoria; e suporte gerencial e organiza- ção efi caz. e) A Auditoria Ambiental é um processo de avaliação sistemático e documentado que visa obter e avaliar objetivamente as evidências que determinam se as atividades específi cas, acontecimentos, condições e sistemas de gestão relativos ao meio ambiente, ou informações sobre essas questões, estão em conformidade com os critérios de auditoria e comunicar os resultados desse processo ao cliente. É importante fi car esclarecido que a auditoria ambiental é uma excelente ferramenta na defesa do meio ambiente. QUESTÃO 5 Ano: 2018 Banca: FEPESE Órgão: CELESC Prova: FEPESE - 2018 - CELESC - Engenheiro Ambiental Em relação aos diferentes tipos de auditoria ambiental, a auditoria que avalia a conformidade da empresa com os princípios estabe- lecidos na norma escolhida para certifi cação e deve ser condu- zida por organização independente da empresa, fornecedores e clientes são a: a) Auditoria de Impactos Ambientais. b) Auditoria Ambiental Técnica. c) Auditoria Crítica Ambiental. d) Auditoria de Certifi cação. e) Auditoria de Aquisição e Alienação. QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE A maioria das unidades de negócio e de serviço da Petrobras possui certifi cação ISO 14001. Isso signifi ca dizer, necessariamente, que, nes- tas unidades, houve auditoria? 28 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S TREINO INÉDITO Considerando o Ambiente da Gestão Ambiental, assinale a alternativa que se refere à seguinte defi nição: “Qualquer modifi cação do ambiente, adversa ou benéfi ca, que resulte, no seu todo ou em parte, das atividades, produtos e serviços de uma organização”. a) Diagnóstico ambiental. b) Indicador ambiental. c) Efeito ambiental. d) Monitoramento ambiental. e) Impacto ambiental. NA MÍDIA SOCIEDADE CIVIL COBRA REGULAMENTAÇÃO DE LOS COM VALIDADE MAIOR QUE SEIS ANOS A confi rmação de que foi fruto de uma decisão política a Renovação da Licença de Operação (LO) n.º 123 da Vale, concedida em setembro de 2018 pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA), recolocou em evidência a necessidade de regulamentação do art. 25 do Sistema de Licenciamento Ambiental e Controle das Ativi- dades Poluidoras ou Degradadoras do Meio Ambiente (SILCAP), no tocante à concessão de LOs com validades maiores que seis anos. Em depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Licenças, nessa segunda-feira (24), o líder do grupo técni- co do IEMA que se dedicou à renovação da LO da minerado- ra, Takahiko Hashimoto Júnior, disse que o parecer técnico do órgão indicava a renovação por seis anos, porém, a direção da au- tarquia decidiu, de forma discricionária, pelo prazo de oito anos. Dois meses antes da renovação da LO 123/2018, entidades da socieda- de civil com assento no Conselho Estadual de Meio Ambiente e Recur- sos Hídricos (CONSEMA) enviaram ao então presidente do colegiado, o secretário Aladim Cerqueira - gestão de Paulo Hartung - uma proposta de resolução que regulamentasse a concessão de licenças maiores que seis anos. O documento, no entanto, desapareceu, junto a outros protocolados pelos conselheiros, sendo então reenviado para o atual secretário e presidente, Fabrício Hérick Machado (PV). O sumiço foi denunciado à Ouvidoria Geral do Estado e à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEAMA), para que abra sindicância com vistas 29 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S a identifi car os responsáveis pelo desaparecimento dos documentos. O caso também foi relatado na última reunião da CPI das Licenças, levando o deputado Sergio Majeski (PSB), vice-presidente da CPI, a providenciar o envio de uma Indicação Parlamentar com a proposta das ONGs, para ser apreciado pelo governador Renato Casagrande, de for- ma a viabilizar normatização deste aspecto do Silcap. “Essa falta de regulamentação coloca em risco outras licenças de seis anos emitidas pelo IEMA”, reitera o presidente da ONG Juntos SOS ES Ambiental, Eraylton Moreschi Junior. O motivo é que, sem critérios técnicos, qualquer empresa que recebeu licença de seis anos pode re- querer que seu prazo seja ampliado para oito, como foi feito com a Vale. Na proposta das ONGs, fi ca estabelecido que a primeira licença de ope- ração terá sempre prazo máximo de quatro anos, podendo-se ampliar a validade da LO no ato de renovação, mediante atendimento a cinco cri- térios: ausência de infração administrativa ambiental enquadrada como de grave ou gravíssimo porte; a existência de relacionamento com suas partes interessadas e apoio às atividades de Educação Ambiental rea- lizadas por iniciativa própria ou de apoio a terceiros; a inexistência de pendência legal relacionada à aplicação de multa de qualquer tipo ou exigência não atendida decorrente do Plano de Correção de Não Con- formidades da última auditoria ambiental realizada; e atendimento a to- das as condicionantes da LO anteriormente concedida. Fonte: Século Diário Data: 28 jun 2019. Leia a notícia na íntegra: https://seculodiario.com.br/public/jornal/materia/sociedade-civil-cobra- -regulamentacao-de-los-com-validade-maior-que-seis-anos NA PRÁTICA A ordem dominante no quesito econômico é progredir a qualquer custo. Neste contexto, as políticas públicas exercem papel fundamental para que ocorra o desenvolvimento econômico e o ambiental. Além do de- senvolvimento sustentável, outro conceito importante é o de atuação responsável. Este conceito produz mudança na imagem das empre- sas, pela introdução do enfoque proativo para as questões ambientais, pela busca de melhoria contínua, antecipando-se à própria legislação, e por sua visão sistêmica sobre os aspectos de segurança,saúde ocu- pacional e meio ambiente. A Auditoria como ferramenta auxiliadora da Gestão Ambiental, se bem conduzida, proporciona benefícios para as organizações que geram danos ambientais ou que retiram os recursos naturais do meio ambiente. 30 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S PRINCÍPIOS E PROCESSOS DE AUDITORIA A Norma ISO 19011 estabelece os procedimentos para con- dução de auditorias de sistema de gestão ambiental. Sua estrutura é baseada em suas defi nições, objetivos, funções e responsabilidade da auditoria. Esta norma tem como objetivo fornecer orientações sobre os processos, programas, a realização de auditorias, e as competências dos auditores. Aplica-se esta norma em todos os ramos de atividades que necessitam realizar tanto auditorias ambientais internas, quanto ex- ternas. Os documentos normativos são fundamentados nas normas mais recentes das ISO 9000 – Sistema de Gestão da Qualidade – e, ISO 14000 – Sistema de Gestão Ambiental. A compreensão dos termos utilizados na norma é essencial para a aplicação adequada da auditoria ambiental (ABNT, 2002). AUDITORIA AMBIENTAL: PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S 31 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S Auditoria: Processo sistemático, independente e documentado, que serve como base para a obtenção das evidências de auditoria. A avaliação objetiva destas evi- dências determina a extensão do atendimento aos critérios da Auditoria. Critério de auditoria: Conjunto de políticas, procedimentos ou requisitos necessários para a apli- cação da auditoria. Os critérios servem como padrão de referência na com- paração com as evidências. Evidência de Auditoria: Evidências são os registros, dados, informações e apresentação de fatos que estão vinculados aos critérios de auditoria, e podem ser verifi cáveis. Elas podem ser quantitativas ou qualitativas. Constatação de Auditoria: Resultados obtidos a partir da avaliação das evidências de auditoria que fo- ram coletadas, e comparadas com os critérios de auditoria. Conclusão de Auditoria: Após a equipe de auditoria ponderar os objetivos da auditoria e todas as contatações de auditoria, ela conclui a auditoria apresentando os seus re- sultados. Cliente da Auditoria: O cliente da auditoria é a própria organização que está sendo auditada ou a pessoa que solicitou a auditoria. Esta pessoa mesmo não sendo parte in- tegrante da organização auditada, pode requerer a auditoria caso tenha o direito regulamentar ou contratual para fazer a solicitação. Auditado: É a empresa que está sendo auditada. Auditor: É a pessoa que têm competência para realizar os procedimentos de audito- ria. Equipe de Auditoria: Composta por um ou mais auditores que realizam a auditoria. A equipe pode ser composta, também, por especialistas caso haja necessidade. Um dos auditores será o auditor líder. A equipe deve ter característica multidisciplinar. Especialista: Profi ssional que fornece conhecimentos ou experiências relacionadas ao ramo de atividade da empresa auditada. Programa de Auditoria: Conjunto de uma ou mais auditorias. Estas auditorias podem ser planejadas dentro de um dado período de tempo, e direcionadas a um propósito espe- cífi co. O programa de auditoria inclui todas as etapas da auditoria, seja o planejamento, a organização ou a realização da auditoria. Plano de Auditoria: Baseado na descrição e arranjos dos processos da empresa para a auditoria. Escopo de Auditoria: 32 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S Defi nido pela abrangência e limites de uma auditoria. Nele está inclusa a des- crição física das localidades, unidades da empresa e atividades e processos. Competência: São os atributos pessoais que caracterizam a capacidade dos integrantes da equipe de auditoria em aplicar seus conhecimentos e habilidades. A auditoria deve ser uma ferramente efi caz e confi ável, que apoie as políticas da empresa, e que a partir dela, seja possível forne- cer informações sobre as condutas que a organização pode aderir para melhorar o seu desempenho ambiental. Para tanto, a auditoria é carac- terizada pela confi ança em alguns princípios que os auditores devem seguir. O princípio de conduta ética fundamenta na confi ança, inte- gridade, confi dencialidade e descrição do profi ssional que faz parte da equipe de auditoria. A apresentação justa é defi nida como obrigação de reportar com exatidão e verdade. As contastações da auditoria, a conclusão e relatórios elaborados devem ser um refl exo da realidade dos processas da organização. Se durante o processo de auditoria houver qualquer tipo de problema entre a equipe de aduitores, estas divergências devem ser relatadas ao auditor líder da auditoria. O princípio do devido cuidado profi ssional estabelece que todo o auditor devesse tomar os cuidados necessários para que a confi ança dos clientes para com eles não seja questionada. A imparcialidade e objetividade das conclusões da auditoria são caracterizadas pelo princípio da independência. Os auditores não podem ter vínculos com a organização auditada, ou quaisquer confl itos de interesse. O estado de mente aberta é essencial para assegurar as constatações e conclusões da auditora. Outro princípio de grande importância é o da abordagem ba- seada em evidência. A verifi cação das evidências é baseada nas in- formações disponibilizadas e sua análise deve ser de forma racional, resultando em conclusões confi áveis e reproduzíveis em um processo sistêmico de auditoria. 33 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S Gerenciamento do Programa de Auditoria O Programa de Auditoria inclui uma ou várias auditorias. O ta- manho, a natureza e a complexidade dos processos da empresa audi- tada é que determinará a quantidade de auditorias necessárias para a conclusão do programa (ABNT. 2002). O fl uxo de processo da gestão do programa de auditoria con- tém três fases: estabelecimento do programa de auditoria; implementa- ção deste programa de auditoria; e monitoramento e análise crítica do programa (Figura 2.1). Figura 2.1 – Fluxo do Processo de Gestão de Programas da Auditoria. Fonte – ABNT, 2002. 34 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S É importante ressaltar que a aplicação de auditorias do sistema de gestão ambiental e do sistema de gestão da qualidade podem ser combinadas e incluídas em um mesmo programa de auditoria. Ou se mais de uma organização coopera entre si, o programa de auditoria também pode incluir a auditoria destas organizações de forma conjunta. Para a elaboração do programa de auditoria, é necessário es- tabelecer objetivos de modo que estes direcionem o planejamento e a aplicação da auditoria. Estes objetivos são baseados na: A) Prioridade da Alta Administração; B) Intenções Comerciais; C) Requisitos de SGA; D) Requisitos Internos da Organização; E) Avaliação de Fornecedores; F) Requisitos dos Clientes; G) Riscos da Organização. Dependendo do tamanho, natureza e complexidade dos pro- cessos da organização, os seguintes elementos infl uenciarão na deter- minação da abrangência do programa de auditoria: A) Escopo, objetivo e duração de cada auditoria; B) Frequência das auditorias; C) Número, importância, complexidade, semelhança e localização do empreendimento; D) Requisitos internos da organização; E) Necessidades para credenciamento ou certifi cação; F) Conclusões das auditorias anteriores; G) Idiomas e questões culturais; H) Mudanças signifi cativas nos processos da organização. O Programa de Auditoria deve ser minucioso e contemplar to- das as recomendações da norma ISO 19011. O sucesso da auditoria depende de cada etapa descrita no programa. A auditoria deve ser gerenciada por um ou mais auditoresque tenham conhecimentos sufi cientes dos requisitos da norma, habilidade, competência e experiência em auditoria. O responsável tem por obri- 35 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S gação estabelecer os objetivos e abrangência, assegurar sua implanta- ção, manter registros da auditoria, e monitorar, analisar criticamente e melhorar o programa de auditoria. Os recursos necessários para a aplicação da auditoria são elencados de forma a considerar o tempo de viagem, acomodações para a equipe auditora, e possíveis investimentos em técnicas essen- ciais ao desenvolvimento, implementação, gerência e aperfeiçoamento das atividades de auditoria. A etapa de implementação do programa de auditoria contem- pla os seguintes elementos: A) Comunicar o programa de auditoria às partes interessadas; B) Coordenar e programar auditorias pertinentes; C) Estabelecer e manter processos que possibilitem a avaliação dos auditores e seu desenvolvimento profi ssional contínuo; D) Assegurar a seleção da equipe auditora; E) Fornecer os recursos que a equipe auditora necessitar; F) Assegurar as auditorias planejadas no programa; G) Controlar os registros de auditoria; H) Analisar criticamente e aprovar os relatórios de auditoria; I) Assegurar que o cliente tenha acesso aos relatórios. Os registros que devem ser controlados e mantidos são os de planos, relatórios da auditoria, relatórios de não conformidade, relató- rios das ações corretivas e preventivas, resultados da análise crítica do programa, documentos referentes aos profi ssionais da equipe de audi- tora. Além de implementar o programa, ele também precisa ser mo- nitorado com intervalos apropriados, de forma que os resultados sejam relatados à alta administração da organização, e assim, assegurem os objetivos da auditoria. ATIVIDADES DA AUDITORIA Como parte do programa de auditoria, a etapada de planeja- mento e gerenciamento das atividades da auditoria abrange quais as providências aplicáveis para a realização da auditoria. A auditoria preci- sa de análise crítica dos documentos, local para realizar as atividades, coleta de evidências, preparação do relatório, condução e acompanha- mento da auditoria (Figura 2.2). 36 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S Figura 2.2 – Atividades Típicas de Auditoria. Fonte – ABNT, 2002. 37 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S A equipe de auditoria primeiro precisa eleger um auditor líder. Caso a auditoria seja conjunta, o auditor líder tem a responsabilidade sobre a auditoria de todas as organizações. A equipe realizará a au- ditoria com base nos objetivos defi nidos pelo cliente, que podem ser baseados na: A) Extensão da conformidade do sistema de gestão, ou com o critério de auditoria; B) Capacidade do sistema de gestão estar em conformidade com os requisitos internos; C) Efi cácia de o sistema alcançar os seus objetivos; Seleção dos processos que precisam de melhorias. Tanto o escopo, como o critério de auditoria, servem como pa- drão de referência para a auditoria. Contêm as legislações e políticas aplicáveis, requisistos do sistema de gestão ambiental e sistema de gestão da qualidade, e requisitos internos da empresa. Estes elemen- tos devem ser defi nidos entre o auditor líder e o cliente da auditoria, pois caso ocorra alguma modifi cação nos objetivos, escopo ou critério, ambas as partes precisam estar de acordo. Uma auditoria só é iniciada se a equipe de auditoria determinar que haja e recursos sufi cientes para a sua aplicação, se há a coopera- ção e aceitação de todos os colaboradores da empresa, e se as infor- mações às quais a equipe tem acesso são sufi cientes para a verifi ca- ção, análise e conclusão do processo de auditoria. Se o Processo de Auditoria é viável, a equipe de auditoria deve ser determinada. O nível de conhecimento, competência e experiência dos membros desta equipe devem ser levados em consideração, afi nal, são eles quem executará as atividades de auditoria e elaboração dos relatórios de conclusão. Estabelecida à equipe de auditores, os seguintes critérios de- vem ser considerados: Defi nição clara e objetiva dos objetivos, escopo e critério, e o período da execução da auditoria; Defi nir se a auditoria é em conjunto ou individual; Competência de todos os membros da equipe; Os requisitos internos da empresa; 38 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S Se há a independência da equipe da auditoria em relação às atividades, e a ausência de confl itos de interesse; O relacionamento entre os membros da equipe. O cliente da auditoria e o auditado podem pedir a substituição de determinados membros da equipe da auditoria, por motivos razoá- veis, baseados nos princípios de auditoria descritos no item 2.1 deste capítulo. O contato inicial entre cliente auditado e a equipe de auditoria deve ser realizado a fi m de estabelecer uma relação com o representan- te do auditado, confi rmando a necessidade e interesse da realização da auditoria, fornecendo informações sobre o período e a equipe de audi- toria, pedir acesso aos documentos e registros da organização, determi- nar as regras de segurança do local, modifi car eventuais atividades da auditoria, e fornecer funcionários para guiar o auditor pelas instalações do empreendimento. A documentação necessária para o processo de auditoria pode incluir documentos e registros do sistema de gestão da qualidade e do SGA, e relatórios anteriores. Se a documentação for considerada ina- dequada, é de responsabilidade de o auditor líder informar ao cliente de auditoria, e demais designados. O auditor líder pode optar por encerrar o processo de auditoria, ou prosseguir, enquanto as considerações da documentação não sejam resolvidas. Condução das Atividades de Auditoria A execução da auditoria tem início com a reunião de abertura realizada entre a equipe de auditoria e o cliente da auditoria. O propósito desta reunião é o de confi rmar o plano de auditoria, resumir as ativida- des que serão aplicadas, confi rmar os canais de comunicação entre as duas partes e disponibilizar um momento para o auditado tirar dúvidas. A comunicação durante a execução da auditoria é de grande signifi cância, o progresso da auditoria e quaisquer preocupações devem ser reportados. A coleta de evidências que possa proporcionar algum risco à equipe deve ser relatada ao auditado e ao auditor líder. Convém que situações que fogem ao escopo, mas que tenham relevância para a auditoria seja comunicado a todos os envolvidos. 39 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S Guias e observadores podem acompanhar a equipe de audi- toria durante suas atividades, mas não podem infl uenciar e tão pouco interferir em sua realização. O papel de guias e observadores limita-se em: Estabelecer contatos e programas para as entrevistas; Organizar visitas para locais específi cos da empresa; Assegurar que os auditores sigam as regras de segurança e afi ns; Testemunhar a auditoria em nome do auditado; Fornecer esclarecimentos ou ajuda na coleta de informações. Durante a auditoria, as informações relacionadas aos objeti- vos, escopo e critérios, incluindo informações em relação aos funcio- nários e processos da organização, exigem que as coletadas sejam de forma metodológica e registradas. Evidências de Auditoria são todas as informações coletadas que podem ser verifi cáveis. A forma de verifi cação pode ser feita através de imagens e fotografi as, drones, indíces medidos por equipamentos validados pelo INMETRO, entre outros. As evidências de auditoria são baseadas nas amostras das in- formações disponíveis no empreedimento. Seu processo de validação segue o demonstrado na Figura 2.3. 40 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S Figura 2.3 – Visão geral do Processo de Auditoria. Fonte – ABNT, 2002.Os métodos para a coleta de informações incluem: entrevis- tas com os colaboradores e moradores no entorno do empreendimento; observação de atividades, dos ambientes e das condições de trabalho; análise crítica dos documentos de política ambiental, objetivos e metas, planos de ação, procedimentos e instruções, normas e especifi cações, licenças, permissões, desenhos, contratos e ordens; registros de inspe- ção, nota de reuniões, relatórios de auditoria, registros de monitoramen- to de programas e resultados de medições; resumo de dados e análise de indicadores de desempenho; informações dos programas de amos- tragem e procedimentos de controle da amostragem; processos de me- dição; relatórios vinculados a partes externas e fornecedores; banco de dados, web sites e sistema de gestão integrada. 41 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S O meio de coleta de informações mais importante é o de en- trevistas. Devem ser conduzidas de maneira adaptada à situação e ao entrevistado, porém o auditor deve considerar os seguintes elementos: a) Realizar entrevistas com pessoas de níveis e funções apropriadas e que executem tarefas dentro do escopo da auditoria; b) Realizar as entrevistas dentro do horário de trabalho do colaborador, quando possível, no local de trabalho dele; c) Estabelecer uma relação de confi ança com o colaborador para que ele se sinta à vontade, antes e durante a entrevista; d) Explicar ao entrevistado o motivo de todas as perguntas e anotações realizadas; e) Pedir para que o entrevistado descreva seu local de trabalho; f) Evitar perguntas que possam tendenciar a resposta do colaborador; g) Resumir e analisar criticamente os resultados da entrevista junto ao entrevistado; h) Agradecer ao colaborador pela cooperação e participação da entrevista. Constatações e Conclusões da Auditoria Após a coleta das evidências, as mesmas devem ser avalia- das de acordo com o critério de auditoria. Esta exigência garante que as constatações da auditoria sejam validadas de acordo com o escopo estabelecido. Os auditores devem se reunir periódicamente ou conforme ne- cessidade, para analisar as constatações. A conformidade com o critério de auditoria de forma resumida auxilia na indicação da localização, fun- ções e processos que foram auditados. A não conformidade que forem identifi cadas deve ser registra- da juntamente com as evidências que apoiam esta constatação. A aná- lise delas junto ao auditado auxilia na compreensão e reconhecimento desta constatação, e convém que juntos encontrem soluções para que o processo se torne conforme. Ao fi nal das constatações de evidências, a equipe de auditoria deve concluir a auditoria. Para tanto, é realizada uma reunião de encer- ramento afi m de: Analisar criticamente as constatações de auditoria e todas as informações coletadas durante a auditoria; Entrar em acordo em relação às conclusões da auditoria, 42 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S ponderando as incertezas e obstáculos encontrados no processo de auditoria; Elaborar recomendações e medidas corretivas, se especifi cado pelos objetivos da auditoria; Discutir sobre ações de acompanhamento de auditoria, caso contemplem o plano de auditoria. As conclusões podem apontar diversos assuntos, inclusivel conduzir recomendações que visem à melhoria, as relações empresa- riais, a certifi cação ambiental, e até mesmo atividades futuras que a empresa tenha interesse em auditar. Os principais assuntos que ela aborda são: a) A extensão da conformidade do sistema de gestão da qualidade e do sistema de gestão ambiental com o critério de auditoria. b) A implementação efi caz, a manutenção e a melhoria dos requisitos do sistema de gestão. c) A capacidade do processo de análise crítica pela alta administração em assegurar a melhoria contínua, a adequação, a efi cácia e a melhoria do sistema de gestão. Preparação, Aprovação e Distribuição do Relatório de Auditoria A elaboração do relatório de auditoria é de responsabilidade do auditor líder. O relatório somente tem validade se estiver assinado por ele e contemplar os itens descritos no (Quadro 2.1). 43 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S Quadro 2.1 – Critérios Essenciais ao Relatório de Auditoria A última atividade da auditoria é a elaboração do relatório de auditoria. Ele deve ser datado, analisado e aprovado por todos os mem- bros da equipe. As informações e os dados contidos nele são confi den- ciais e de propriedade do cliente da auditoria. O encerramento das atividades de auditoria somente ocorre quando todas as atividades do plano de auditoria forem realizadas. Se a conclusão da auditoria indicar a necessidade de elaboração de planos e ações corretivas, seja visando à melhoria dos processos da organiza- ção ou para fi ns preventivos, estas indicações devem ser verifi cadas na próxima auditoria. 44 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S QUESTÕES DE CONCURSOS QUESTÃO 1 Ano: 2018 Banca: CESGRANRIO Órgão: Transpetro Prova: CES- GRANRIO - 2018 - Transpetro - Médico do Trabalho Júnior Em conformidade com a ABNT NBR ISO 19011:2012, relativa às Diretrizes para Auditoria de Sistema de Gestão, o conhecimento e as habilidades genérica em princípio de auditoria, procedimentos e métodos, em sistemas de gestão e documentos de referência, em contexto organizacional do auditado, em requisitos legais e contratuais aplicáveis e outros requisitos que se aplicam ao audi- tado são elementos técnicos necessários ao perfi l do profi ssional que pratica, executa e conduz uma auditoria de sistema a um bom termo. Pela forma como essa NBR se expressa, ela se refere ao(s): a) Auditor líder. b) Técnicos de SMS da Auditada. c) Componentes da CIPA e SESMT da auditada. d) Especialistas do Auditor e da Auditada. e) Auditores de Sistema de Gestão. QUESTÃO 2 Ano: 2015 Banca: IF-RS Órgão: IF-RS Prova: IF-RS - 2015 - IF-RS - Professor - Ciências Ambientais e Meio Ambiente A Norma Brasileira ABNT NBR ISO 19011/2012 fornece orientação sobre os princípios de auditoria, gestão de programas de audito- ria, realização de auditorias de sistema de gestão de qualidade e auditorias de sistema de gestão ambiental, como também orienta- ção sobre a competência de auditores de sistemas de gestão da qualidade ambiental. Analise as afi rmativas abaixo, preenchendo os parênteses com “V”, as afi rmativas verdadeiras e com “F” as afi rmativas falsas: ( ) São princípios relacionados a auditores: conduta ética, apre- sentação justa, devido cuidado profi ssional, independência e abordagem baseada em evidência. ( ) A abrangência de um programa de auditoria pode variar e será infl uenciada pelo tamanho, natureza e complexidade da organiza- ção a ser auditada. ( ) Os objetivos da auditoria defi nem o que é para ser realizado pela auditoria e podem incluir determinação da extensão da con- formidade do sistema de gestão do auditado, ou partes dele, com 45 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S o critério de auditoria e também a avaliação da efi cácia do siste- ma de gestão em atingir seus objetivos especifi cados. ( ) Convém que o líder de equipe da auditoria seja responsável pela preparação e conteúdo do relatório da auditoria e que esse relatório forneça um registro completo, preciso, conciso e claro da auditoria. ( ) A auditoria está concluída quando todas as atividades descri- tas no plano da auditoria foram realizadas e o relatório da audito- ria aprovado foi distribuído. Assinale a alternativa que preenche corretamente os parênteses, de cima para baixo. a) V-V-V-F-V. b) F-V-F-V-V. c) V-V-F-F-V. d) V-V-V-V-V. e) V-F-F-F-V. QUESTÃO 3 Ano: 2014 Banca: CESGRANRIO Órgão: Petrobras Prova: CES- GRANRIO - 2014 - Petrobras - Enfermeiro(a) do Trabalho Júnior Conforme a NBR ISO 19.011:2002, Diretrizes para auditorias de sistema de gestão daqualidade e/ou ambiental, os objetivos de um programa de auditoria podem estar baseados na considera- ção de: a) Prioridades da direção e requisitos de sistema de gestão. b) Requisitos normativos e necessidade de credenciamento. c) Implementação do programa de auditoria e relatórios avaliativos. d) Acompanhamento de auditoria e controle de produção. e) Relatórios de ação corretiva e preventiva. QUESTÃO 4 Ano: 2016 Banca: CESPE Órgão: POLÍCIA CIENTÍFICA - PE Prova: CESPE - 2016 - POLÍCIA CIENTÍFICA - PE - Perito Criminal - Enge- nharia Agronômica A respeito da Norma NBR ISO n.º 19.011, que fornece diretrizes para a realização de auditorias da gestão da qualidade e da ges- tão ambiental de uma organização, assinale a opção correta. a) A evidência de uma auditoria normalmente é subjetiva, o que difi culta sua verifi cação e reprodução. b) Para estabelecer seu julgamento, o auditor deve considerar opiniões de funcionários da organização auditada, uma vez que isso faz parte do processo de auditoria. 46 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S c) Qualquer problema signifi cativo encontrado durante o processo de auditoria que não tenha sido resolvido nesse momento devido à diver- gência de opiniões entre a equipe de auditoria e a empresa auditada deve ser internamente resolvida, sem que isso seja relatado nas cons- tatações da auditoria. d) De acordo com o conceito do manuseio apropriado de informações confi denciais ou sensíveis, os auditores devem utilizar com discrição as informações obtidas na auditoria, bem como protegê-las. e) É necessário que organizações especializadas em auditoria executem a auditoria interna de uma organização, visto que esse trabalho deve ser realizado por auditores desvinculados da atividade que está sendo auditada. QUESTÃO 5 Ano: 2012 Banca: CESGRANRIO Órgão: Innova Prova: CESGRAN- RIO - 2012 - Innova - Médico do Trabalho Júnior De acordo com a NBR ISO 19011:2002, as auditorias internas são conduzidas pela própria organização, ou em seu nome, para aná- lise crítica pela direção e para outros propósitos internos, poden- do formar a base para uma auto declaração de conformidade da organização. Esse tipo de operação denomina-se auditoria de: a) Primeira Parte. b) Segunda Parte. c) Terceira Parte. d) Quarta Parte. e) Última Parte. QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE Descreva qual o propósito geral da Norma ISO 19011 de 2002. TREINO INÉDITO Acerca do processo de auditoria, conforme estabelecido pela NBR ISO n.º 19.011, assinale a opção correta. A NBR ISO n.º 19.011 estabelece que toda equipe de auditoria deve ser composta por um auditor líder e membros selecionados de acordo com a competência que apresentem para atingir os objetivos planejados. A pessoa que gerencia o programa de auditoria deve assegurar que os relatórios de auditoria, ao serem aprovados depois de submetidos à análise crítica, possam ser amplamente divulgados para a alta direção 47 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S da organização e para quem mais tiver interesse em conhecer as infor- mações ali constantes. Caso se constate que um programa de auditoria não apresenta uma margem de confi ança razoável para que os objetivos possam ser atin- gidos, deve-se determinar a inviabilidade do programa e se encerrar o processo. A direção de uma organização deve assegurar que os objetivos do pro- grama de auditoria sejam estabelecidos com o intuito de direcionar o planejamento e a realização de auditorias, garantindo que o programa seja efi cazmente implementado, de acordo com os objetivos da política do sistema de gestão. Caso uma empresa seja auditada por duas ou mais organizações audi- toras, cada uma delas deverá utilizar seu próprio programa de auditoria, pois a NBR ISO n.º 19.011 não estabelece a possibilidade de realização de auditoria conjunta. NA MÍDIA TECNOLOGIA AUXILIA NA COMPATIBILIZAÇÃO DOS SISTEMAS DO PROJETO SIRIUS A trajetória de 41 anos da Temon sempre esteve alinhada às inovações. O know-how da empresa em obras de missão crítica legitimou sua parti- cipação na construção do laboratório que abriga o Projeto Sirius – nova fonte de Luz Síncrotron de quarta geração, desenvolvido pelo Labora- tório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), o mais moderno da América Latina. A Temon está à frente do desenvolvimento dos projetos executivos de instalações em Revit (tecnologia 3D), com a compatibilização da tecno- logia para a geração automatizada da planta, além de fornecimento de materiais, equipamentos e mão de obra especializada para execução dos sistemas elétricos, especiais, hidráulicos e de combate a incêndio do local. O Laboratório, concebido pelo Centro Nacional de Pesquisas em Ener- gia e Materiais (CNPEM), foi planejado para ser um dos mais avança- dos do mundo e está sendo desenvolvido na sede do CNPEM, em Cam- pinas (SP). A partir do Sirius será possível desvendar ou criar novos tipos de materiais, remédios e produtos químicos, dentre outros itens de extrema importância para a população. Para a Temon, fazer parte de uma concepção única como o Sirius, re- força o DNA da empresa de investir constantemente em tecnologia de ponta e no que há de mais moderno para a execução de todas as suas obras e serviços. 48 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S O Sirius abrirá novas perspectivas de pesquisa em áreas como ciência dos materiais, nanotecnologia, biotecnologia, física, ciências ambientais e muitas outras. A nova fonte de Luz Síncrotron será mais de cinco ve- zes maior e muito mais potente do que a atual fonte UVX, em operação desde 1997. O novo equipamento será operado a uma energia de três bilhões de elétrons-Volts permitindo que o feixe gerado seja de baixa emitância e com brilho muito maior, proporcionando mais confi abilidade nas aplicações que virão com a concepção do projeto. A Luz Síncrotron que será gerada pela aceleração de elétrons, alcança uma velocidade muito próxima à velocidade da luz 300 mil km/segundo. O Sirius permitirá investigar a estrutura atômica e molecular dos dife- rentes materiais, iluminando-os com os diferentes tipos de radiação pre- sentes na Luz Síncrotron. A máquina terá “linhas de luz”, nas quais os pesquisadores realizarão seus ensaios, escolhendo, por meio de fi ltros, a frequência de onda específi ca de acordo com a necessidade do expe- rimento a ser realizado. Com 31 anos de história e mais de 500 obras realizadas, a JPA Enge- nharia foi certifi cada para realizar obra de montagem eletromecânica industrial do Projeto Sirius, desenvolvido pelo Centro Nacional de Pes- quisa em Energia e Materiais (CNPEM), organização social supervisio- nada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunica- ções (MCTIC). Sirius é a maior e mais complexa infraestrutura científi ca brasileira e uma das primeiras fontes de Luz Síncrotron de 4° geração do mundo, que será capaz de tornar o Brasil líder mundial de produção dessa luz. Obra do futuro A obra multidisciplinar executada pela JPA Engenharia contempla mon- tagem de tubulações de uma das estações de pesquisa do Sirius, de- nominada Cateretê, para infraestrutura de utilidades, como linhas de ar comprimido, água de processo, água gelada, exaustão de gases, entre outros. A montagem de toda a infraestrutura seca de elétrica para esta estação de pesquisa também é contemplada nesse projeto, como eletro calhas, eletro dutos e fi xação de painéis. A instalação de estruturas metálicas de interligação é executada nessa obra, além da fabricação e montagem das cabanas de apoio, que são salas anexas às cabanas experimentais. A obra encontra-se em fase de execução, com o cronograma sendo atendido conforme planejado, o que traz a previsão de conclusão dentro do prazo estipulado. Todo o processo de execução é realizado confor- me normas ISO 9001:2015 e ISO 14001:2015, e atende a rigorosos padrões de segurança, que garantiram o marco de zero acidenteaté o momento. 49 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S A JPA Engenharia, através dessa obra, contribui para o desenvolvimen- to científi co do país, gerando inovação e cooperando com o avanço de pesquisas para aplicação nos mais diversos segmentos, como agri- cultura e meio ambiente, energia e materiais, saúde e fármacos, entre outros. Fonte: Revista OE Data: 27 ago 2019. Leia a notícia na íntegra: https://revistaoe.com.br/tecnologia-auxilia-na-compatibilizacao- dos-sistemas-do-projeto-sirius/ NA PRÁTICA A Norma ISO 19011 estabelece os procedimentos para condução de auditorias de sistema de gestão ambiental. Sua estrutura é baseada em suas defi nições, objetivos, funções e responsabilidade da auditoria. O objetivo da norma está em fornecer orientações sobre os processos, programas, a realização de auditorias, e as competências dos audito- res. A auditoria deve ser uma ferramenta efi caz e confi ável, que apoie as políticas da empresa, e que a partir dela, seja possível fornecer infor- mações sobre as condutas que a organização pode aderir para melho- rar o seu desempenho ambiental. Para tanto, a auditoria é caracterizada pela confi ança em alguns princípios que os auditores devem seguir. 50 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S CARACTERIZAÇÃO DO AUDITOR A segurança e confi ança da auditoria dependem da compe- tência dos auditores que a conduzem. A competência baseia-se na de- monstração de atributos pessoais e na capacidade que o auditor possui em aplicar seus conhecimentos advindos da educação, experiência pro- fi ssional e treinamentos em auditoria. Alguns conhecimentos e habilidades são essenciais a todos os auditores, já outros, são específi cos de acordo com a área de atuação e de aplicação da auditoria. É devido a isto que a equipe de auditoria deve ser multidisciplinar (Figura 3.1). PLANEJAMENTO & EXECUÇÃO DA AUDITORIA AMBIENTAL A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S 51 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S Figura 3.1 – Competência de Auditores Fonte – ABNT, 2002. As características e competências dos auditores são mantidas e aperfeiçoadas através do aprendizado contínuo, desenvolvido na par- ticipação regular em processos de auditoria. Os atributos pessoais é o que permite, junto com os princípios de auditoria, exercer a função de auditor, sendo eles: a) Ética, justiça, verdade, sinceridade, honestidade e discrição; b) Mente aberta, disposição em considerar ideias ou pontos de vista alternativos; c) Diplomacia e tato para lidar com as pessoas; d)Observação e atenção às circunstâncias ao seu redor; 52 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S e) Percepção, instintividade e compreensão das situações; f) Versatilidade; g) Tenacidade e foco nos objetivos; h) Decisivo e raciocínio lógico; i) Autoconfi ança e independência. Para uma pessoa se tornar auditor, ela deve antes desenvolver atributos pessoais, adquirir conhecimento e experiência para desempe- nhar sua função na auditoria de forma a alcançar os objetivos estabele- cidos em seu programa. As habilidades e conhecimentos do auditor são adquiridos no decorrer do tempo e em sua experiência. É importante que o foco cen- tral de seu desenvolvimento seja em diferentes áreas. Área 1: Princípios, Procedimentos e Técnicas de Auditoria – possibilita que o auditor aplique o que for apropriado em diferentes au- ditorias, de forma a assegurar a consistência e sistematização do pro- cesso de auditoria. Aplicar princípios, procedimentos e técnicas de auditoria; Planejar e organizar o trabalho com efi cácia; Realizar a auditoria dentro da programação acordada; Priorizar e enfocar assuntos de importância; Coletar informações através de entrevistas efi cazes, escutar, observar e analisar criticamente documentos, registros e dados; Entender a conveniência e consequências de usar técnicas de amostragem para auditar; Verifi car a precisão das informações coletadas; Confi rmar a sufi ciência e conveniência das evidências de audi- toria, com o intuito de apoiar as constatações e conclusões da auditoria; Avaliar os fatores que possam afetar a confi abilidade das cons- tatações; Utilizar documentos para registrar as atividades; Preparar relatórios; Praticar a confi dencialidade das informações; Estabelecer comunicação com os demais envolvidos. Área 2: Sistemas de Gestão e documentos de referência – per- mitem que o auditor compreenda o escopo e aplique critérios de 53 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S auditoria. Aplicação de diferentes sistemas de gestão em diversas empresas. Interação entre os componentes do sistema de gestão. Aplicação de normas de sistemas de gestão de qualidade e sistema de gestão ambiental, bem como procedimentos e demais documentos utilizados como critério de auditoria. Reconhecimento das diferenças e prioridades dos documentos de referência. Aplicação de documentos de referência em situações distintas da auditoria. Conhecimento em sistemas de informação e tecnologias para autorização, segurança, distribuição e controle dos documentos e informações registradas. Área 3: Situações Organizacionais – possibilitam que o auditor compreenda as operações da empresa. Tamanho da empresa, estrutura, funções e relações. Processos e terminologias relacionadas à atividade da empresa. Costumes culturais e sociais da empresa. Área 4: Leis, Regulamentos e outros requisitos – permitem que o auditor trabalhe de forma atenta aos requisitos da empresa auditada. Códigos locais, regionais e nacionais, bem como legislações e regulamentos. Contratos e Acordos. Tratados e Convenções Internacionais Requisitos internos da empresa auditada. Além das habilidades citadas, o líder da equipe de auditoria tem responsabilidades diferentes dos demais auditores. Cabe a eles ajudar sua equipe a cumprir os prazos, a serem efi cazes no trabalho e a motivá-los. Os líderes devem planejar a auditoria, organizar e dirigir os membros da equipe de auditoria, representar a equipe auditora, orientar os membros da equipe, prevenir e solucionar eventuais problemas, e preparar e completar o relatório da auditoria. 54 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S A Norma ISO 19011 também faz referência aos conhecimentos que a equipe deve ter em relação aos sistemas de gestão de qualidade e ambiental. Os requisitos úteis para o conhecimento específi co sistema de gestão de qualidade são separados em dois tipos: a) Métodos e Técnicas que permitem ao auditor examinar o sistema de gestão e gerar constatações e conclusões apropriadas. Terminologia da Qualidade. Princípios de Gestão da Qualidade e sua aplicação. Ferramentas de Gestão da Qualidade – exemplos, controle estatístico de processos, análise de modo de efeito e falha. b) Processos e produtos, incluindo serviços que auxiliam na compreensão do contexto tecnológico na qual a auditoria está sendo aplicada. Terminologia específi ca do setor. Características de Processos, produtos e serviços. Processos e Práticas específi cas do setor. A mesma situação acontece com os requisitos de conhecimento específi co de Sistemas de Gestão Ambiental: a) Métodos e Técnicas que permitem ao auditor examinar o sistema de gestão e gerar constatações e conclusões apropriadas. Terminologia Ambiental. Princípios de Gestão Ambiental e sua aplicação; Ferramentas de Gestão Ambiental – exemplos, avaliação de aspectos ambientais e impactos, avaliação do ciclo de vida, avaliação de desempenho ambiental. 55 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S b) Ciência e Tecnologia Ambiental, que auxiliam na compreensão das relações entre as atividades e o ambiente. Impacto das atividades daempresa no meio ambiente. Interação de ecossistemas. Mídia ambiental. Gestão dos recursos naturais. Metodologias que visam a proteção ambiental. c) Aspectos Técnicos e Ambientais de Operações que possibilitam a compreensão da interação das atividades, produtos, serviços e operações da empresa. Terminologia específi ca do setor. Aspectos e Impactos Ambientais. Métodos de Avaliação da signifi cância dos aspectos ambientais. Características críticas dos processos operacionais, produtos e serviços. Técnicas de Monitoramento e medição. Tecnologias para a prevenção da poluição. Em relação à educação, experiência profi ssional, treinamento em auditorias e experiências como auditor, é necessário que os audi- tores tenham ensino superior completo, experiências que contribuam para o desenvolvimento e habilidades descritas anteriormente seja em posição técnica ou gerencial, mas necessariamente que envolva o exer- cício de julgamento de atividades e a busca por soluções de problemas, treinamento completo em auditoria, e ter participado de auditorias sob a orientação de um auditor líder. As experiências e área de conhecimento do auditor determi- narão quais as funções e responsabilidades que ele executará durante o processo de auditoria. Vale ressaltar que quem faz esta atribuição de responsabilidades é o auditor líder. 56 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S Os líderes da equipe devem ter experiências adicionais que os demais auditores da equipe de auditoria. Os auditores que auditam sistemas de gestão da qualidade ou ambientais e desejam tornarem-se auditores em mais de uma disciplina, dentro do mesmo contexto, precisam passar por treinamentos e expe- riências profi ssionais para adquirir habilidades, através de participações em auditorias que cubram a disciplina almejada. Um líder da equipe somente poderá ocupar esta posição se suas experiências, habilidades e conhecimento abrangerem todas as áreas que englobam a auditoria em questão. A organização auditada é quem defi ne os níveis de conheci- mento e experiência que o auditor deve possuir para realizar a auditoria. O Quadro 3.1 descreve os níveis aceitáveis de conhecimento que o auditor deve possuir de acordo com sua posição na equipe de auditoria. 57 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S Quadro 3.1 – Níveis de Educação, Experiência Profi ssional, Treinamento em Auditoria e Experiência necessária para a condução da Auditoria 58 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S Fonte – ABNT, 2002. 59 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S O desenvolvimento profi ssional não se limita ao conhecimento que o auditor possui. Este é um desenvolvimento contínuo e preza pela manutenção e melhoria profi ssional. Todas as participações em auditorias auxiliam para o seu desenvolvimento, sejam elas realizadas por meio de treinamentos e presença em reuniões, ou até mesmo em participação de seminários, conferências e outras atividades pertinentes aos auditores. AVALIAÇÃO DO AUDITOR A avaliação de auditores e líderes de equipe é feita a partir do planejamento, implementação e registros conforme estabelecidos nos programas de auditoria, fornecendo um resultado objetivo, com consis- tência, justiça e confi abilidade. Este processo é capaz de identifi car as necessidades de treinamentos e demais reforços de habilidades pes- soais. 1) A avaliação dos auditores acontece nas seguintes etapas: 2) Avaliação inicial das pessoas que desejam serem auditores; 3) Avaliação dos auditores como parte do processo de seleção da equipe; Avaliação contínua do desempenho individual, a fi m de identifi - car as manutenções e aperfeiçoamentos tanto do conhecimento, quan- to da habilidade. Para auxiliar as etapas de avaliação (Figura 3.2), existem qua- tro passos a serem seguidos. O primeiro é o de identifi cação dos atribu- tos pessoais e do conhecimento necessários para atender os requisitos do programa de auditoria. O segundo é em estabelecer critérios de ava- liações. O terceiro é selecionar o método de avaliação apropriado. O quarto é voltado para a condução da avaliação. 60 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S Figura 9 – Relacionamento das Etapas de Avaliação Fonte – ABNT, 2002. 1) Ao decidir o nível de conhecimento e habilidades apropriados, convém considerar: Tamanho, natureza e complexidade da empresa; Objetivos e abrangências do programa de auditoria; Requisitos de certifi cação; Função do processo de auditoria na gestão; Nível de confi ança do programa; Complexidade do sistema de gestão. 61 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S 2) Os critérios podem ser de dois tipos: Quantitativo – tempo de educação, número de auditorias realizadas, horas de treinamentos, etc.; Qualitativo – ter demonstrado conhecimento, desempenho com as habilidades e treinamentos, etc. 3) A avaliação deve ser realizada por pessoas externas e que não possuem confl ito de interesses, utilizando os métodos do Quadro 3.2: Os métodos representam uma série de opções e nem sempre se aplicam a todas as situações; Os métodos podem deferir em sua confi abilidade; Combinação de métod os para assegurar um resultado objetivo, consistente, justo e confi ável. 4) Comparar as informações coletadas sobre cada i ndivíduo com os critérios estabelecidos no passo 2. Quando alguma pessoa não atender ao critério, realizar uma reavaliação (Quadro 3.3). 62 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S Quadro 3.2 – Método de avaliação Fonte – ABNT, 2002. 63 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S Quadro 3.3 – Aplicação do Processo de Avaliação 64 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S 65 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S 66 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S Fonte – ABNT, 2002. 67 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S QUESTÕES DE CONCURSOS QUESTÃO 1 Ano: 2016 Banca: CESPE Órgão: POLÍCIA CIENTÍFICA - PE Prova: CESPE - 2016 - POLÍCIA CIENTÍFICA - PE - Perito Criminal - Enge- nharia Agronômica Acerca dos atributos e conhecimentos que um auditor de Siste- mas de Gestão da Qualidade e de Gestão Ambiental deve possuir, conforme dispõe a NBR ISO n.º 19.011, assinale a opção correta. a) Exige-se que os auditores tenham conhecimentos acerca de ciência e tecnologia ambientais, uma vez que, por meio de tais conhecimentos, eles compreendem as relações fundamentais entre as atividades huma- nas e o ambiente, o que viabiliza a implementação de um SGA. b) A falta de experiência de um auditor pode ser compensada pelo seu treinamento completo em auditoria, já que, conforme a NBR ISO n.º 19.011, o treinamento precede a experiência, promovendo conhecimen- tos que não podem ser obtidos na prática. c) Habilidades e conhecimentos genéricos, como práticas de liderança, por exemplo, ajudam e facilitam o processo de auditoria, mas não cons- tituem conhecimentos necessários para um bom auditor. d) A escolha do líder de um processo de auditoria não deve ser funda- mentada em aspectos de sua personalidade, como ética, diplomacia, capacidade de observação e autoconfi ança, pois tais características são atributos pessoais não relacionados ao trabalho da equipe de auditoria. e) Mesmo um auditor competente e experiente pode solicitar auxílio a um consultor da área de sistemas de gestão e documentos de referên- cia, já que não é obrigatório ele ter conhecimentos acerca dessa área. QUESTÃO 2 Ano: 2018 Banca: CESGRANRIO Órgão: Transpetro Prova: CES- GRANRIO - 2018 - Transpetro - Enfermeiro do Trabalho Júnior De acordo com a ABNT NBR ISO 19011: 2012, o contato inicial com o auditado para a realização deuma auditoria pode ser for- mal ou informal, e tem como propósitos, entre outros: confi rmar a autoridade que vai conduzir a auditoria, prover informações sobre os objetivos da auditoria, escopo, métodos e composição da equipe de auditoria, incluindo os especialistas, solicitar acesso a registros e documentos pertinentes para fi ns de planejamento, determinar os requisitos contratuais e legais aplicáveis e outros requisitos pertinentes às atividades e produtos do auditado, con- fi rmar o acordo com o auditado quanto à abrangência da divulga- 68 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S ção e tratamento das informações confi denciais, e fazer arranjos para a auditoria, incluindo a programação de datas. A responsabilidade para promover esse contato inicial e conduzir a auditoria até que a mesma esteja concluída cabe a) À Alta Direção da organização certifi cadora. b) Ao auditor-líder da equipe designada para a realização da auditoria. c) Aos representantes legais do auditado. d) Aos responsáveis pelo SESMT e pela CIPA do auditado. e) Aos técnicos de SMS designados pela empresa auditada. QUESTÃO 3 Ano: 2012 Banca: CESGRANRIO Órgão: Transpetro Prova: CES- GRANRIO - 2012 - Transpetro - Engenheiro Júnior - Segurança A NBR ISO 19011:2002 Diretrizes para auditoria de sistema de gestão da qualidade e/ou ambiental, na tabela I, estabelece os pa- râmetros necessários para que um profi ssional seja considerado um auditor. No parâmetro treinamento em auditoria, quantas horas de treina- mento o profi ssional deve ter? a) 8. b) 16. c) 24. d) 30. e) 40. QUESTÃO 4 Ano: 2012 Banca: CESGRANRIO Órgão: Transpetro Prova: CES- GRANRIO - 2012 - Transpetro - Médico do Trabalho Júnior De acordo com a NBR ISO 19011:2002, as Auditorias são caracte- rizadas pela confi ança em alguns princípios. Eles fazem da au- ditoria uma ferramenta efi caz e confi ável em apoio a políticas de gestão e controles, fornecendo informações sobre as quais uma organização pode agir para melhorar o (a); a) Seu desempenho. b) Grau de confi ança dos clientes. c) Clima organizacional na instituição auditada. d) Sua produtividade. e) Sua performance no mercado. QUESTÃO 5 Ano: 2014 Banca: CESGRANRIO Órgão: Petrobras Prova: CES- GRANRIO - 2014 - Petrobras - Engenheiro(a) de Segurança Júnior 69 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S A Auditoria é caracterizada pela confi ança em alguns princípios. Convém que esses princípios ajudem a tornar a auditoria uma fer- ramenta efi caz e confi ável em apoio a políticas de gestão e con- trole, fornecendo informações sobre as quais uma organização pode agir para melhorar seu desempenho. A aderência a esses princípios é um pré-requisito para se fornecerem conclusões de auditoria que sejam pertinentes e sufi cientes, permitindo que auditores que trabalhem independentemente entre si cheguem a conclusões semelhantes, em circunstâncias semelhantes. Face ao exposto, segundo a NBR ISO-19011/2012 Diretrizes para Auditoria de Sistemas de Gestão, é considerado um princípio para auditores a (o): a) Idoneidade. b) Autoconfi ança. c) Independência. d) Apresentação ponderada e equilibrada. e) Abordagem baseada em conhecimento e em experiência adquirida. QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE Cite quais as características imprescindíveis aos membros da equipe que exerçam a função de auditor? TREINO INÉDITO Conforme a NBR ISO 19011, no processo de auditoria, o princípio rela- cionado aos auditores é o de: a) Especialidade. b) Conduta Ética. c) Competência. d) Pontualidade. e) Discernimento. 70 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S NA MÍDIA BARRAGENS DE ITABIRA ESTÃO ESTÁVEIS E NÃO APRESEN- TAM PERIGO, DIZ PROMOTORA As auditorias independentes contratadas pela Vale para avaliar as con- dições estruturais de suas barragens em Itabira foram intensamente discutidas nesta terça-feira (13), na Câmara Municipal. As auditorias foram contratadas a pedido da promotora de Justiça Giuliana Talamoni Fonoff , curadora do Meio Ambiente do Ministério Público (MP). Ela esteve no Legislativo a convite do vereador André Viana Madeira. De acordo com a representante do MP, as auditorias realizadas até o momento apontam que todas as estruturas de Itabira estão estáveis, não apresentando situação de perigo. Para se chegar a essas auditorias, Giuliana Fonoff ingressou com o pe- dido de quatro ações civis públicas, que foram instauradas com base na Lei n.º7.347, de 24 de julho de 1985. Um primeiro Termo de Ajustamen- to de Conduta (TAC) foi formalizado para que fossem auditadas todas as estruturas do sistema Cauê, no qual estão as barragens do Pontal e Santana. O segundo TAC propôs a auditoria independente nas estruturas de barramentos das Minas do Meio e Conceição. A Complexa Conceição abrange as barragens Conceição, Itabiruçu e Rio do Peixe. Já a Com- plexa Mina do Meio é composta pelas unidades de Cambucal I e II e Três Fontes. As auditorias devem apontar o nível de segurança das estruturas, se há necessidade de intervenção junto às populações, se existe risco ou não. “Desde então tudo vem acontecendo, vistorias e reuniões técnicas a fi m de trabalhar cada ponto que é averiguado com alguma necessidade maior”, explicou à promotora. Segundo ela, todas as barragens da Vale em Itabira serão vistoriadas. A certifi cação de segurança da estabilidade das barragens deve ser feita duas vezes por ano. A primeira acontece até o dia 30 de março, a se- gunda até 30 de setembro. “Acontecem no fi nal e início do período chuvoso. Enquanto a auditoria está acontecendo, esse prazo vai seguindo. Então, passou o prazo de março e aconteceu da gente não ter a estabilidade do dique 2, da barra- gem do Pontal, que foi à nível 1. Agora estamos chegando em setembro e vamos ver o que vai acontecer em relação às outras barragens”, des- tacou Giuliana Fonoff . O TAC fi rmado junto à Vale prevê o acompanhamento de todas as bar- ragens por até um ano depois das estruturas terem o certifi cado de se- 71 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S gurança. “Então, vai ser um acompanhamento bastante logo e que não tem previsão para acabar. O que a gente tem hoje da auditoria é que além do dique 2, do Pontal, que está sem a certidão de estabilidade, as demais estruturas são, de fato, estáveis. Não tem nenhuma informação que nos chame a atenção”, frisou a promotora. Fonte: Revista DeFato Data: 13 ago 2019. Leia a notícia na íntegra: https://defatoonline.com.br/barragens-de-itabira-estao-estaveis-e-nao- -apresentam-perigo-diz-promotora/ NA PRÁTICA A segurança e confi ança da auditoria dependem da competência dos auditores que a conduzem. A competência baseia-se na demonstração de atributos pessoais e na capacidade que o auditor possui em aplicar seus conhecimentos advindos da educação, experiência profi ssional e treinamentos em auditoria. Alguns conhecimentos e habilidades são essenciais a todos os auditores, já outros, são específi cos de acordo com a área de atuação e de aplicação da auditoria. As características e competências dos auditores são mantidas e aperfeiçoadas através do aprendizado contínuo, desenvolvido na participação regular em proces- sos de auditoria. 72 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S GABARITOS CAPÍTULO 01 QUESTÕES DE CONCURSOS 01 02 03 04 05 D E A C D QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO DE RESPOSTA Sim. Para que uma empresa seja reconhecida com o certifi cado ISSO, ela precisa obrigatoriamente ter passado pelo processo de auditoria, conforme requisitos gerais da norma. TREINO INÉDITO GABARITO: E CAPÍTULO 02 QUESTÕES DE CONCURSOS 01 02 03 04 05 E D A D A QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO DE RESPOSTA A Norma ISO 19011 estabelece os procedimentos para condução de auditorias de Sistema de Gestão Ambiental. Sua estrutura é baseadaem suas defi nições, objetivos, funções e responsabilidade da auditoria. Esta Norma tem como objetivo fornecer orientações sobre os proces- sos, programas, a realização de auditorias, e as competências dos au- ditores. Aplica-se esta Norma em todos os ramos de atividades que ne- cessitam realizar tanto auditorias ambientais internas, quanto externas. 73 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S Os documentos normativos são fundamentados nas normas mais re- centes das ISO 9000 – Sistema de Gestão da Qualidade – e, ISO 14000 – Sistema de Gestão Ambiental. TREINO INÉDITO GABARITO: D CAPÍTULO 03 QUESTÕES DE CONCURSOS 01 02 03 04 05 A B E A C QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO DE RESPOSTA As características e competências dos auditores são mantidas e aper- feiçoadas através do aprendizado contínuo, desenvolvido na participa- ção regular em processos de auditoria. Os atributos pessoais é o que permite, junto com os princípios de auditoria, exercer a função de audi- tor, sendo eles: Ética, justiça, verdade, sinceridade, honestidade e discrição; Mente aberta, disposição em considerar ideias ou pontos de vista alter- nativos; Diplomacia e tato para lidar com as pessoas; Observação e atenção às circunstâncias ao seu redor; Percepção, instintividade e compreensão das situações; Versatilidade; Tenacidade e foco nos objetivos; Decisivo e raciocínio lógico; Autoconfi ança e independência. TREINO INÉDITO GABARITO: B 74 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S MARTINS, G. J. P. Panorama Brasileiro da Auditoria Ambiental. 2015. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) - Faculdade de Enge- nharia Civil, Arquitetura e Urbanismo, Universidade Estadual de Campi- nas, Campinas. SINCLAIR, B.; GABEL, H. L. Environmental auditing in management systems and public policy. Cirano.qc.ca. Montreal, Canada. 1996. OLIVEIRA, C. M. Gestão e auditoria ambiental – Normas nacionais e internacionais. Editora Rima. São Carlos-SP. 2010. 148 p. LA ROVERE, E. L. et al. Manual de Auditoria Ambiental, 2ª edição, Rio de Janeiro, editora Qualitymark, 2008, 136 p. PHILIPPI JR., A. e AGUIAR, A. O. Auditoria Ambiental. In: PHILIPPI JR., A.; ROMÉRO, M. A. e BRUNA, G. C. [editores]. Curso de Gestão Ambiental. 1ª edição (reimpressão). São Paulo, editora Manole, 2006. p. 805-856. VILELA, A. J. Auditoria Ambiental: Uma Visão Crítica da evolução e Perspectiva da Ferramenta. In: VILELA, A. J.; DEMAJOROVIC, J. [or- ganizadores]. Modelos e Ferramentas de Gestão Ambiental: Desafi os e Perspectivas para as organizações, 1ª edição, São Paulo, editora Se- nac, 2006, p. 149-168. VALLE, C. E. Como se preparar para as normas Iso 14000: qualidade ambiental – o desafi o de ser competitivo protegendo o meio ambiente. 2 ed. São Paulo: Pioneira, 1995. CONAMA. Resolução 306, de 5 de julho de 2002, que estabelece requisitos mínimos e o termo de referência para a realização de auditorias ambientais. Brasília, DOU 19/7/2002. FILHO, G. M. Ecodesenvolvimento e desenvolvimento sustentável: conceitos e princípios. Florianópolis, v. 4, n. 1, p. 131-142, 1993. LA ROVERE, E. L.; BARATA, M. L. A Aplicação da Auditoria Ambien- tal nas Empresas no Brasil. 2009. Disponível em: <http://www.niead. ufrj.br/artigomartha.htm>. Acesso em: 15 de fevereiro de 2019. PIVA, A. L. Auditoria Ambiental: Um Enfoque Sobre a Auditoria Am- 75 A U D IT O R IA A M B IE N TA L - G R U P O P R O M IN A S biental Compulsória e a Aplicação dos Princípios Ambientais. 2009. Disponível em: <www.conpedi.org/manaus/arquivos/anais/bh/ana_lui- za_piva.pdf>. Acesso em: 21 de fevereiro de 2019. ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR ISO 19011 – Diretrizes para auditorias de sistema de gestão da qualidade e/ou am- biental. Rio de Janeiro, 2002.