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Relações Diplomáticas e Consulares

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Os Estados se relacionam através do Chefe de Estado e de Governo e através de representantes. Aliás, este Chefe também se configura como um representante, definido constitucionalmente.
	        Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
	        VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos;
	No Brasil: Presidente da República
	Exerce a coordenação geral das relações internacionais;
	Suas competências são fixadas pelo direito interno;
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos;
VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional;
XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional;
XX - celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional;
XXII - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente;
	Abaixo do Presidente da República, exerce a chefia da organização do Estado referente a representação junto aos demais Estados da Sociedade Internacional;
	Referenda os atos do Presidente da República, com valor administrativo;
	É reconhecido, na órbita internacional, como agente plenipotenciário para quaisquer atos.
	Espanha – Ministro de Negócios Estrangeiros;
	EUA – Secretário de Estado;
	Grã-Bretanha – Foreing Office;
	Suíca – Departamento Político;
	Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados
	Art. 7, §2. Em virtude de suas funções e independentemente da apresentação de plenos poderes, são considerados representantes do seu Estado:
	a) os Chefes de Estado, os Chefes de Governo e os Ministros das Relações Exteriores, para a realização de todos os atos relativos à conclusão de um tratado;
	Estão acima das missões diplomáticas e consulares;
	Possuem prerrogativas e privilégios que não decorrem das convenções de Viena sobre relações diplomáticas e consulares;
	Decorrem da própria natureza dos cargos;
	São imunidades absoluta do Chefe de Estado e de Governo (que se estendem ao Ministro das Relações Exteriores) em visita oficial.
	Privilégios pessoais
Isenção de medidas coercitivas, extensiva à sua família e aos seus bens.
	Imunidade em matéria penal
Impossibilidade de demandá-lo criminalmente em qualquer tribunal estrangeiro;
Decorre da inviolabilidade destes;
Exceção dos crimes do Tribunal Penal Internacional;
Cabe retirar o Chefe de Estado e pedir reparação;
	Imunidade em matéria civil
Não cabe responsabilidade civil
	Imunidade de polícia e tributos
Impedimento de impor-lhes multadas administrativas ou cobrar-lhes tributos pessoais;
	Obs.: Também recai sobre a equipe presidencial.
	Abaixo do Min. Rel. Exteriores, o Estado é representado pelos diplomatas e os cônsules.
	Exercem a chefia das missões diplomáticas e consulares, respectivamente.
	Atuam em nome do Estado e, por conseguinte, do Presidente da República.
	Diplomata: exerce as tarefas voltadas para representação do país junto aos demais sujeitos do Direito Internacional. Representam o Estado frente ao governo do Estado acreditado.
	Cônsul: representam o Estado junto as autoridades locais e não com o Governo do Estado. Facilita a estadia dos nacionais no estrangeiro.
	Diplomata: interesses de Estado
	Cônsul: interesses privados
	Alguns Estados unificaram estas duas carreiras, entre eles o Brasil.
	Internacionalmente é feita a distinção.
	Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas (1961)
	Convenção de Viena sobre Relações Consulares (1963)
	Um Estado concede a outro Estado determinadas prerrogativas para aqueles que o representam, para que possam realizar suas funções;
	O Estado por cortesia e reciprocidade concede imunidades, ou seja, estes representantes respondem juridicamente aos seus Estados de origem.
	As prerrogativas são maiores para as missões diplomáticas
	Missão Diplomática
	Conjunto dos órgãos e agentes que cumprem a função diplomática
	Agente diplomático:
	todo agente que cumpre alguma das funções diplomáticas.
	Permanente
O corpo é enviado permanentemente perante o governo estrangeiro
	Temporária
Quando houver o envio de uma missão extraordinária para fins especiais
	Órgão que representa um Estado junto à soberania local de outro Estado
	“É o agente do Estado, frente aos órgãos de outras pessoas de direito internacional clássico, com as funções clássicas de representá-lo, negociar em seu nome e informar-se de assuntos que lhe dizem respeito” (Guido Soares)
	Embaixadores
Agentes de maior importância;
Chefes as missões diplomáticas
	Ministros plenipotenciários
Detentores de plenos poderes para negociações internacionais
	Representantes Diplomáticos
	Artigo 3º
As funções de uma Missão diplomática consistem, entre outras, em:
a) representar o Estado acreditante perante o Estado acreditado;
b) proteger no Estado acreditado os interesses do Estado acreditante e de seus nacionais, dentro dos limites permitidos pelo direito internacional;
c) negociar com o Governo do Estado acreditado;
d) inteirar-se por todos os meios lícitos das condições existentes e da evolução dos acontecimentos no Estado acreditado e informar a esse respeito o governo do Estado acreditante;
e) promover relações amistosas e desenvolver as relações econômicas, culturais e científicas entre o Estado acreditante e o Estado acreditado.
	CF, Art. 12, § 3º - São privativos de brasileiro nato os cargos:
	V - da carreira diplomática;
	        Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:
	        IV - aprovar previamente, por voto secreto, após argüição em sessão secreta, a escolha dos chefes de missão diplomática de caráter permanente;
	Art. 8
	1. Os membros do pessoal diplomático da Missão deverão, em princípio, ter a nacionalidade do Estado acreditante.
	2. Os membros do pessoal diplomático da Missão não poderão ser nomeados dentre pessoas que tenham a nacionalidade do Estado acreditado, exceto com o consentimento do referido Estado, que poderá retirá-lo em qualquer momento.
	Artigo 1º
	Para os efeitos da presente Convenção:
	a) "Chefe de Missão" é a pessoa encarregada pelo Estado acreditante de agir nessa qualidade;
	b) "Membros da Missão" são o Chefe da Missão e os membros do pessoal da Missão;
	c) "Membros do Pessoal da Missão" são os membros do pessoal diplomático, do pessoal administrativo e técnico e do pessoal de serviço da Missão;
	d) "Membros do Pessoal Diplomático" são os membros do pessoal da Missão que tiverem a qualidade de diplomata;
	e) "Agente Diplomático" é o Chefe da Missão ou um membro do pessoal diplomático da Missão;
	f) "Membros do Pessoal Administrativo e Técnico" são os membros do pessoal da Missão empregados no serviço administrativo e técnico da Missão;
	g) "Membros do Pessoal de Serviço" são os membros do pessoal da Missão empregados no serviço doméstico da Missão;
	h) "Criado particular" é a pessoa do serviço doméstico de um membro da Missão que não seja empregado do Estado acreditante,
	i) "Locais da Missão" são os edifícios, ou parte dos edifícios, e terrenos anexos, seja quem for o seu proprietário, utilizados para as finalidades da Missão inclusive a residência do Chefe da Missão.
	Inviolabilidade da pessoa do agente diplomático e de sua residência particular, não podendo ser objeto de nenhuma forma de detenção ou prisão. Inclui documentos e correspondência e, também, seus familiares, desde que não seja nacionais do Estado acreditado.
	Isenção de impostos e taxas sobre direitos e emolumentos que perceba em razão da prática de atos oficiais.
	Imunidade de jurisdição local
	Exceção direito de sucessão e ações reais sobre imóveis de propriedade particular do diplomatae a prática de profissão liberal simultânea ao cargo de represenação.
	Isenção de todos os impostos e taxas pessoais.
	Exceção: impostos que estejam normalmente incluídos no preço das mercadorias ou dos serviços
	Artigo 22
	1. Os locais da Missão são invioláveis. Os Agentes do Estado acreditado não poderão neles penetrar sem o consentimento do Chefe da Missão.
	2. O Estado acreditado tem a obrigação especial de adotar todas as medidas apropriadas para proteger os locais da Missão contra qualquer intrusão ou dano e evitar perturbações à tranqüilidade da Missão ou ofensas à sua dignidade.
	3. Os locais da Missão, em mobiliário e demais bens neles situados, assim como os meios de transporte da Missão, não poderão ser objeto de busca, requisição, embargo ou medida de execução.
	Artigo 23
	1. O Estado acreditante e o Chefe da Missão estão isentos de todos os impostos e taxas, nacionais,regionais ou municipais, sobre os locais da Missão de que sejam proprietários ou inquilinos,excetuados os que representem o pagamento de serviços específicos que lhes sejam prestados.
	2. A isenção fiscal a que se refere este artigo não se aplica aos impostos e taxas cujo pagamento, na conformidade da legislação do Estado acreditado, incumbir às pessoas que contratem com o Estado acreditante ou com o Chefe da Missão.
	Artigo 24
	Os arquivos e documentos da Missão são invioláveis, em qualquer momento e onde quer que se encontrem.
	Artigo 26
	Salvo o disposto nas leis e regulamentos relativos a zonas cujo acesso é proibido ou regulamentado por motivos de segurança nacional, o Estado acreditado garantirá a todos os membros da Missão a liberdade de circulação e trânsito em seu território.
	Artigo 27
	1. O Estado acreditado permitirá e protegerá a livre comunicação da Missão para todos os fins oficiais. Para comunicar-se com o Governo e demais Missões e Consulados do Estado acreditante,onde quer que se encontrem, a Missão poderá empregar todos os meios de comunicação adequados, inclusive correios diplomáticos e mensagens em códigos ou cifra. Não obstante, a Missão só poderá instalar e usar uma emissora de rádio com o consentimento do Estado acreditado.
	2. A correspondência oficial da Missão é inviolável. Por correspondência oficial entende-se toda correspondência concernente à Missão e suas funções.
	3. A mala diplomática não poderá ser aberta ou retida.
	4. Os volumes que constituam a mala diplomática deverão conter sinais exteriores visíveis que indiquem o seu caráter e só poderão conter documentos diplomáticos e objetos destinados a uso oficial.
	5. O correio diplomático, que deverá estar munido de um documento oficial que indique sua condição e o número de volumes que constituam a mala diplomática, será, no desempenho das suas funções, protegido pelo Estado acreditado.
	6. O Estado acreditante ou a Missão poderão designar correios diplomáticos ad hoc. Em tal caso, aplicar-se-ão as disposições do parágrafo 5 deste artigo, mas as imunidades nele mencionadas deixarão de se aplicar, desde que o referido correio tenha entregado ao destinatário a mala diplomática que lhe fora confiada.
	7. A mala diplomática poderá ser confiada ao comandante de uma aeronave comercial que tenha de aterrissar num aeroporto de entrada autorizada. O comandante será munido de um documento oficial que indique o número de volumes que constituam a mala, mas não será considerado correio diplomático. A Missão poderá enviar um de seus membros para receber a mala diplomática, direta e
	livremente, das mãos do comandante da aeronave.
	Artigo 29
	A pessoa do agente diplomático é inviolável. Não poderá ser objeto de nenhuma forma de detenção ou prisão. O Estado acreditado tratá-lo-á com o devido respeito e adotará todas as medidas adequadas para impedir qualquer ofensa à sua pessoa, liberdade ou dignidade.
	Artigo 30
	A residência particular do agente diplomático goza da mesma inviolabilidade e proteção que os locais da missão.
	2. Seus documentos, sua correspondência e, sob reserva do disposto no parágrafo 3 do artigo 31, seus bens gozarão igualmente de inviolabilidade.
	Artigo 31
	1. O agente diplomático gozará de imunidade de jurisdição penal do Estado acreditado. Gozará também da imunidade de jurisdição civil e administrativa, a não ser que se trate de:
	a) uma ação real sobre imóvel privado situado no território do Estado acreditado, salvo se o agente diplomático o possuir por conta do Estado acreditado para os fins da missão.
	b) uma ação sucessória na qual o agente diplomático figure, a titulo privado e não em nome do Estado, como executor testamentário, administrador, herdeiro ou legatário.
	c) uma ação referente a qualquer profissão liberal ou atividade comercial exercida pelo agente diplomático no Estado acreditado fora de suas funções oficiais.
	2. O agente diplomático não é obrigado a prestar depoimento como testemunha.
	3. O agente diplomático não esta sujeito a nenhuma medida de execução a não ser nos casos previstos nas alíneas a, b e c do parágrafo 1º deste artigo e desde que a execução possa realizar-se sem afetar a inviolabilidade de sua pessoa ou residência.
	4. A imunidade de jurisdição de um agente diplomático no Estado acreditado não o isenta da jurisdição do Estado acreditante.
	Artigo 32
	1. O Estado acreditante pode renunciar à imunidade de jurisdição dos seus agentes diplomáticos e das pessoas que gozam de imunidade nos termos do artigo 37.
	2. A renuncia será sempre expressa
	3. Se um agente diplomático ou uma pessoa que goza de imunidade de jurisdição nos termos do artigo 37 inicia uma ação judicial, não lhe será permitido invocar a imunidade de jurisdição no tocante a uma reconvenção ligada à ação principal.
	4. A renuncia à imunidade de jurisdição no tocante às ações civis ou administrativas não implica renúncia a imunidade quanto as medidas de execução da sentença, para as quais nova renúncia é necessária.
	Consulados são repartições Pública, estabelecidas pelos estados, em portos ou cidades de outros Estados, com a missão de velar pelos seus interesses comerciais, prestar assistência e proteção a seus nacionais, legalizar documentos, exercer a polícia da navegação e fornecer informações de natureza econômica e comercial sobre o país ou o distrito onde se acham instalados.
	Accioly
	1. Para os fins da presente Convenção, as expressões abaixo devem ser entendidas como a seguir se explica:
	a) por "repartição consular", todo consulado geral, consulado, vice-consulado ou agência consular;
	Consulado-geral
	Consulado
	Vice-consulado
	Agência consular
	A rede consular brasileira tem a seguinte composição:
	a) Repartições consulares de carreira (Consulados-Gerais, Consulados e Vice-Consulados);
	b) Repartições consulares honorárias (Consulados Honorários);
	c) Setores consulares das Missões diplomáticas.
	As Repartições consulares de carreira e os Setores consulares das Missões diplomáticas desempenham ampla gama de funções consulares, com prioridade absoluta para a proteção e assistência aos brasileiros no exterior (pessoas físicas ou jurídicas).
	Consulados honorários
Se diferenciam dos consulados de carreira por não serem servidores públicos (obrigatoriamente da nacionalidade do Estado que envia), mas exercem mandato, não sendo necessariamente do Estado que representa, bastando que tenha vínculos com este.
	Cônsules de carreira:
Cônsules – primeira e segunda classe;
Vice-cônsules – terceira classe;
E cônsules privativos.
	Cônsules honorários
Cônsules, vice-cônsules e agentes consulares.
	Nomeado
	Recebe carta patente ou provisão
Carta patente é o documento que formaliza a nomeação
	É enviada a carta patente e o pedido de exequatur para o Estado acreditado
Exequatur é o ato pelo qual o governo acreditado declara o agente apto para o exercício de suas funções em seu território 
	A declaração de persona non grata cassa o exequatur e inviabiliza a função do agente consular.
	Algumas dasfunções consulares são:
	expedir passaportes e outros documentos de viagem a brasileiros, bem como vistos e documentos apropriados a estrangeiros que desejem viajar para o Brasil; efetuar matrículas consulares;
	agir como notário, oficial de registro civil e do serviço militar; prestar assistência a presos brasileiros no exterior;
	providenciar a repatriação de brasileiros desvalidos;
	prestar assistência a embarcações de nacionalidade brasileira e a aeronaves de matrícula brasileira, assim como a suas tripulações;
	praticar atos que a legislação eleitoral determinar e receber declarações de rendimentos de brasileiros residentes no exterior, que estejam a serviço do Governo brasileiro.
	As Repartições consulares de carreira desempenham, ainda, nas cidades onde não existe uma Missão diplomática, funções destinadas a promover as relações comerciais, econômicas, culturais e científicas do Brasil com o país onde estejam sediadas.
	As Repartições consulares honorárias, por sua vez, têm um escopo de atribuições mais reduzido. Subordinam-se a uma Repartição consular de carreira ou a uma Missão diplomática, servindo-lhes como elemento de apoio.
	Artigo 5º
	Funções Consulares
	As funções consulares consistem em:
	a) proteger, no Estado receptor, os interesses do Estado que envia e de seus nacionais, pessoas físicas ou jurídicas, dentro dos limites permitidos pelo direito internacional;
	b) fomentar o desenvolvimento das relações comerciais, econômicas, culturais e científicas entre o Estado que envia o Estado receptor e promover ainda relações amistosas entre eles, de conformidade com as disposições da presente Convenção;
	c) informar-se, por todos os meios lícitos, das condições e da evolução da vida comercial, econômica, cultural e científica do Estado receptor, informar a respeito o governo do Estado que envia e fornecer dados às pessoas interessadas;
	d) expedir passaporte e documentos de viagem aos nacionais do Estado que envia, bem como visto e documentos apropriados às pessoas que desejarem viajar para o referido Estado;
	e) prestar ajuda e assistência aos nacionais, pessoas físicas ou jurídicas, do Estado que envia;
	f) agir na qualidade de notário e oficial de registro civil, exercer funções similares, assim como outras de caráter administrativo, sempre que não contrariem as leis e regulamentos do Estado receptor;
	g) resguardar, de acordo com as leis e regulamentos do Estado receptor, os interesses dos nacionais do Estado que envia, pessoas físicas ou jurídicas, nos casos de sucessão por morte verificada no território do Estado receptor;
	h) resguardar, nos limites fixados pelas leis e regulamentos do Estado receptor, os interesses dos menores e dos incapazes, nacionais do país que envia, particularmente quando para eles for requerida a instituição de tutela ou curatela;
	i) representar os nacionais do país que envia e tomar as medidas convenientes para sua representação perante os tribunais e outras autoridades do Estado receptor, de conformidade com a prática e os procedimentos em vigor neste último, visando conseguir, de acordo com as leis e regulamentos do mesmo, a adoção de medidas provisórias para a salvaguarda dos direitos e interesses destes nacionais, quando, por estarem ausentes ou por qualquer outra causa, não possam os mesmos defendê-los em tempo útil;
	j) comunicar decisões judiciais e extrajudiciais e executar comissões rogatórias de conformidade com os acordos internacionais em vigor, ou, em sua falta, de qualquer outra maneira compatível com as leis e regulamentos do Estado receptor;
	k) exercer, de conformidade com as leis e regulamentos do Estado que envia, os direitos de controle e de inspeção sobre as embarcações que tenham a nacionalidade do Estado que envia, e sobre as aeronaves nele matriculadas, bem como sobre suas tripulações;
	l) prestar assistência às embarcações e aeronaves a que se refere a alínea k do presente artigo e também às tripulações; receber as declarações sobre as viagens dessas embarcações examinar e visar os documentos de bordo e, sem prejuízo dos poderes das autoridades do Estado receptor, abrir inquéritos sobre os incidentes ocorridos durante a travessia e resolver todo tipo de litígio que possa surgir entre o capitão, os oficiais e os marinheiros, sempre que autorizado pelas leis e regulamentos do Estado que envia;
	m) exercer todas as demais funções confiadas à repartição consular pelo Estado que envia, as quais não sejam proibidas pelas leis e regulamentos do Estado receptor, ou às quais este não se oponha, ou ainda as que lhe sejam atribuídas pelos acordos internacionais em vigor entre o Estado que envia e o Estado receptor.
	Inviolabilidade pessoal e dos locais consulares apenas no que concerne a sua atividade. Poderá ser convocado para depor como testemunha ou receber sanção do Estado em que atua, não podendo se furtar a isso
	Imunidade de jurisdição, exceto em caso de crime grave e em decorrência de decisão de autoridade competente;
	Imunidade de jurisdição pelos atos realizados no exercício das funções consulares;
	Isenção no que diz respeito a impostos pessoais, diretos e aduaneiros.

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