Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
EXAME FÍSICO DO SISTEMA NEUROLÓGICO SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA DE ENFERMAGEM Objetivos • Estabelecer o exame neurológico inicial na admissão do cliente; • Identificar disfunções presentes no sistema nervoso; • Determinar os efeitos dessas disfunções na vida diária do mesmo; • Detectar situações do risco de vida • A integridade do sistema nervoso é necessária para a sobrevivência do indivíduo e para o funcionamento de quase todas as funções corporais. É uma das fases mais complexas do exame físico. • A avaliação de enfermagem enfoca as capacidades sensoriais, motoras, afetivas e intelectuais do cliente. Distúrbios neurológicos implicam um risco significativo de lesão. • Ao testar a função neurológica certifique- se de que o cliente esteja desperto no mais alto nível de consciência possível. • Considerar a base cultural e educacional do cliente, seus valores, crenças e experiências prévias. Tais fatores influenciam a resposta do cliente às perguntas. Avaliação do nível de consciência O resultado da avaliação do nível de consciência consiste, portanto, nas respostas que o paciente apresenta às provas para verificar sua perceptividade e reatividade em relação meio externo. Estado de perceptividade do indivíduo Utilizam-se testes para avaliar a consciência de tempo, espaço e pessoa. • Na avaliação pessoal: Pode-se fazer algumas perguntas sobre identificação pessoal, nome, profissão, etc. Estado de perceptividade do indivíduo • Na avaliação temporal: perguntar mês, dia da semana, dia do mês. • Na avaliação espacial: perguntar sobre o local onde o paciente se encontra, o endereço de sua casa, etc. DESCEREBRAÇÃO DECORTICAÇÃO As duas podem indicar alterações neurológicas: Correlação entre alterações do nível de consciência e de condições pupilares As anormalidades pupilares nos pacientes comatosos são frequentes e justificam um exame cuidadoso do tamanho e do aspecto pupilar. As alterações pupilares mostram não somente deteriorização do estado neurológico do paciente, mas também podem localizar a origem da lesão. Reações da pupila • Reflexos da pupila humana, em resposta a estímulo luminoso – fotorreação. Isocórica Isocóricas: diâmetro das pupilas iguais Pupilas anisocóricas sugerem traumatismo ocular ou cranioencefálico. Neste caso a midríase em uma das pupilas pode ser consequência da compressão do nervo oculomotor no nível do tronco encefálico, sugerindo um quadro de gravidade. Anisocórica: diâmetro das pupilas diferentes Miose: diminuição do diâmetro das pupilas Pupilas regulares, bilateralmente pequenas e fixas; em um paciente comatoso pode indicar lesão da ponte (parte do tronco encefálico). . Midríase: aumento no diâmetro das pupilas Pupilas literalmente fixas e dilatadas, no paciente comatoso indicam dano no tronco cerebral grave e hipoxia Profunda. Alterações no Nível de Consciência • Rebaixamento do nível de consciência é o parâmetro mais sensível de insuficiência encefálica. • Pode ter início com pequena confusão mental, com dificuldade de elaboração de frases e armazenamento de informações, podendo chegar à sonolência até o coma. Alterações mais comuns • Letargia ou sonolência: paciente acorda ao estímulo auditivo, está orientado no tempo, espaço e pessoa, responde lenta e vagarosamente ao estímulo verbal, à elaboração de processos mentais e à atividade motora. • Cessado o estímulo verbal, retorna ao estado de sonolência. • Estado confusional agudo ou delirium: • Pode apresentar um ou + sintomas: inatenção aos estímulos, diminuição da capacidade de concentração, desorganização e incoerência do pensamento, desorientação em relação ao lugar e ao tempo, distúrbios de memória, rebaixamento do nível de consciência (sonolência), entre outros. Pode ser após efeito anestésico. • Estupor ou torpor: mais sonolento, não responsivo, necessitando de estimulação dolorosa para responder. • Responde apropriadamente ao estímulo doloroso, apresenta resposta com sons incompreensíveis e/ou com abertura ocular. • Coma: estado em que o indivíduo não demonstra conhecimento de si próprio e do meio ambiente, com ausência do nível de alerta, ou seja, inconsciente, não interagindo com o meio e com os estímulos externos, permanecendo com os olhos fechados, como em um sono profundo. • Neste estado o paciente apresenta apenas respostas de reatividade. O ESTADO DE COMA • O estado de coma (ou comatoso) é quando o paciente perde completa ou parcialmente a consciência, não tem reações nervosas, ou reage pouco ao estímulo externo. Escala de Coma de Glasgow • AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA • PROCESSO DINÂMICO • AVALIAÇÃO EM SEQUENCIA - 5 MINUTOS Escala de Coma de Glasgow Avaliação Pontuação 1. Abertura ocular Espontânea 4 pontos Por Estimulo Verbal 3 pontos Por Estimulo A Dor 2 pontos Sem Resposta 1 ponto 2. Resposta verbal Orientado 5 pontos Confuso (Mas ainda responde) 4 pontos Resposta Inapropriada 3 pontos Sons Incompreensíveis 2 pontos Sem Resposta 1 ponto 3. Resposta motora Obedece Ordens 6 pontos Localiza Dor 5 pontos Reage a dor mas não localiza 4 pontos Flexão anormal – Decorticação 3 pontos Extensão anormal - Decerebração 2 pontos Sem Resposta 1 ponto Escala de Coma de Glasgow Escala de Coma de Glasgow Em que ano estamos? 2016 1972 Solta!Almoço!Não Hugh! Ahrr! Escala de Coma de Glasgow Escala de Coma de Glasgow Coma Score Grave < 8 Moderado 9 – 12 Leve >12 Classificação do paciente A escala de coma serve para classificar os pacientes em coma. Abaixo de 3 pode indicar morte cerebral. HISTÓRICO DE ENFERMAGEM • Antecedentes de traumatismo craniano ou medula espinhal, meningite, anomalias congênitas, doença neurológica ou psiquiátrica. • Alterações comportamentais (depressão, ansiedade, fobias, temores) Função Intelectual • Pedir que faça um cálculo aritmético simples, questionar sobre o que sabe sobre sua hospitalização. Função Sensorial • Toque leve • Dor • Vibração • Posição • Interpretar sensações Função Motora e Reflexos • Avaliar marcha, postura, movimento muscular grosseiro e involuntário, força e tônus muscular. • Pedir para caminhar em linha reta (olhos abertos e depois fechados), testar habilidades motoras finas. • Testar membros inferiores (fechar os olhos e ficar em um pé só; de pé, com os pés unidos, braços ao lado do corpo e olhos fechados – observar oscilação). Reflexo Patelar L2, L3, L4 • O paciente pode ficar sentado ou deitado, contanto que o joelho esteja fletido. Percuta bruscamente o tendão patelar logo abaixo da patela. Observe a contração do quadríceps com a extensão do joelho. A colocação da mão sobre a região anterior da coxa do paciente ajudará a sentir este reflexo. FIM
Compartilhar