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Prévia do material em texto

DEP. DAVID ANTÔNIO ABISAI PEREIRA DE ALMEIDA 
Governador do Estado do Amazonas 
 
ARONE DO NASCIMENTO BENTES 
Secretário de Estado de Educação e Qualidade do Ensino 
 
DARCÍLIA DIAS PENHA 
Secretária Executiva de Estado de Educação 
 
RAIMUNDO LUIZ VIDAL ALELUIA 
Secretário Executivo Adjunto de Gestão 
 
CARLOS ANTÔNIO MAGALHÃES GUEDELHA 
Secretário Executivo Adjunto da Capital 
 
ANA MARIA ARAÚJO DE FREITAS 
Secretária Executiva Adjunta do Interior 
 
MARCUS TÚLIO TOMÉ CATUNDA 
Secretário Executivo Adjunto Pedagógico 
 
AURILEX SILVA MOREIRA 
Diretor do Departamento de Políticas e Programas Educacionais 
 
ERIBERTO BARROSO FAÇANHA FILHO 
Gerente de Ensino Fundamental II – Anos Finais 
http://www.educacao.am.gov.br/quem-e-quem/algemiro-ferreira-lima-filho/
http://www.educacao.am.gov.br/quem-e-quem/raimundo-otaide-picanco-filho/
http://www.educacao.am.gov.br/quem-e-quem/claudio-marins-melo/
http://www.educacao.am.gov.br/quem-e-quem/maria-de-nazare-sales-vicentim/
http://www.educacao.am.gov.br/quem-e-quem/ana-maria-araujo-de-freitas/
http://www.educacao.am.gov.br/quem-e-quem/jose-augusto-de-melo-neto/
 
 
 
 
 
 
 
Equipe Técnica da Gerência de Ensino Fundamental II – Anos Finais 
 
ALFREDO TADEU DE OLIVEIRA COIMBRA 
ÉLMAR LEÃO BEZERRA 
FRANCISCA HERMÓGENES PINHEIRO DA FRANÇA 
FRANCISCO SALES BASTOS PALHETA 
JOSÉ DE ALCÂNTARA FILHO 
MAILSON RAFAEL DOS SANTOS FERREIRA 
NILO DA SILVA SENA FILHO 
OZELI MARTINS SARMENTO 
PRISCYLLANE DA SILVA MACEDO 
RAIMUNDA NONATA FREITAS DE SOUZA 
SIMARA BRASIL COUTO DE ABRANTES 
SIMONE DE SOUZA LIMA 
 
Assessor Técnico 
KLEITSON JOSÉ LIMA TENÓRIO 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
PROJETO AVANÇAR FASE 3 
 
1. APRESENTAÇÃO ..................................................................................................................................................... 07 
2. SUBSTANTIVO 
2.1 Classificação do substantivo ................................................................................................................. 08 
3. PRONOME 
3.1 Tipos de pronomes .................................................................................................................................... 13 
4. OS SINAIS DE PONTUAÇÃO .................................................................................................................................. 18 
5. CONJUNÇÃO 
5.1 Conjunções coordenativas ......................................................................................................................... 20 
5.2 conjunções subordinativas ......................................................................................................................... 22 
6. SUJEITO E PREDICADO 
6.1 Tipos de sujeitos. ......................................................................................................................................... 30 
7. SONS E LETRAS. ...................................................................................................................................................... 33 
8. DIFICULDADES ORTOGRÁFICAS: C, Ç, S, SS, S .................................................................................................... 37 
9. LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO. .............................................................................................................. 37 
10. GÊNEROS TEXTUAIS 
10.1 Propaganda ............................................................................................................................................... 43 
10.2 Vide bula ..................................................................................................................................................... 45 
10.3 História em Quadrinhos ........................................................................................................................... 46 
11. Referências ............................................................................................................................................................. 51 
 
PROJETO AVANÇAR FASE 4 
 
 Atividade 1 - Leitura e Interpretação ............................................................................................................ 53 
Atividade 2 - Produção Textual ...................................................................................................................... 64 
Atividade 3 - Leitura, interpretação e produção de poema concreto ........................................................... 73 
Atividade 4 - recortando textos: sugestão de aula de língua portuguesa .................................................... 79 
Atividade 5 - oficinas de língua portuguesa com foco em sequências didáticas .......................................... 80 
Atividade 6 - sequência didática: a poesia do cotidiano ............................................................................... 96 
Referências .................................................................................................................................................. 120 
Gabarito ....................................................................................................................................................... 121 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. APRESENTAÇÃO 
 
 
O presente material foi elaborado com o intuito de estimular o envolvimento do estudante com 
situações dinâmicas e contextualizadas de aprendizagem. A proposta de desenvolver estas atividades é 
mais uma estratégia pedagógica para se contribuir para a formação de cidadãos leitores, capazes de 
explorar suas competências cognitivas e não cognitivas. 
As atividades propostas objetivam, também, equipar os alunos, ajudá-los a desenvolver o seu 
conjunto de ferramentas mentais, ajudando-os a tomar consciência dos processos e procedimentos de 
aprendizagem que ele pode colocar em prática. Ao desenvolver as suas capacidades de autoanálise, ele 
passa a ter maior domínio daquilo que faz. Desse modo, partindo do que o aluno já domina, será possível 
contribuir para o desenvolvimento de suas potencialidades originais. 
A elaboração destas atividades foi conduzida pela Gerência de Ensino Fundamental II- Anos Finais, 
e conta com diversas atividades lúdicas, com base nos descritores, a fim de que os professores de nossa 
rede possam utilizá-lo como contribuição e complementação às suas aulas. A aprendizagem é efetivada 
na medida em que cada aluno autorregula a sua aprendizagem, tornando-se autor do saber adquirido. 
Assim, estimula-se a busca do conhecimento de forma autônoma, por meio dos diversos recursos 
pedagógicos, que propiciarão aos alunos o desenvolvimento das habilidades e competências previstas no 
currículo de Língua Portuguesa. E você, professor, é peça fundamental desse processo. 
 
Gerência do Ensino Fundamental II
 
8 
 
2 - SUBSTANTIVO 
 
 Substantivos são palavras que nomeiam seres, lugares, qualidades, sentimentos, noções, entre outros. 
Podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e grau (diminutivo, 
normal, aumentativo). 
 
Os substantivos podem ser classificados em: 
Substantivo simples: São substantivos formados por apenas um radical. 
amor; 
casa; 
felicidade; 
livro; 
roupa. 
Substantivo composto: São substantivos formados por dois ou mais radicais, podendo ocorrer 
composição por justaposição ou composição por aglutinação. 
Exemplos de composição por justaposição: 
arco-íris; 
beija-flor; 
malmequer; 
passatempo; 
segunda-feira. 
Exemplos de composição por aglutinação: 
aguardente; 
fidalgo; 
planalto; 
vinagre. 
 
Substantivo primitivo: São substantivos cuja origem reside em palavras de outras línguas (latim, árabe, 
grego, francês, inglês,…). Os substantivos primitivos originam os substantivos derivados. 
algodão (do árabe al-qutun); 
chuva (do latim pluvial); 
folha (do latim folia); 
pedra (do grego pétra); 
 
CLASSIFICAÇÃO DO SUBSTANTIVO 
 
 
 
9 
 
quilo (dogrego khylós). 
Substantivo derivado: São substantivos que derivam de substantivos primitivos existentes na língua 
portuguesa, podendo ocorrer derivação prefixal, derivação sufixal, derivação parassintética, derivação 
regressiva e derivação imprópria. 
açucareiro; 
chuvada; 
território; 
jardinagem; 
livraria. 
Substantivo comum: São substantivos que nomeiam genericamente, sem especificar, seres da mesma 
espécie, que partilham características comuns. 
mãe; 
uva; 
computador; 
papagaio; 
planeta. 
Substantivo próprio: São substantivos escritos com letra maiúscula que nomeiam seres individuais e 
específicos. Estes substantivos particularizam os seres dentro de sua espécie, distinguindo-os dos 
restantes. 
Brasil; 
Carnaval; 
Flávia; 
Nilo; 
Serra da Mantiqueira. 
Substantivo coletivo: São substantivos que, escritos no singular, indicam um conjunto de coisas ou de 
seres da mesma espécie. 
arquipélago (conjunto de ilhas); 
cardume (conjunto de peixes); 
constelação (conjunto de estrelas); 
pomar (conjunto de árvores de fruto); 
rebanho (conjunto de ovelhas). 
Substantivo concreto: São substantivos que nomeiam seres com existência própria, como objetos, 
pessoas, animais, vegetais, minerais, lugares, … 
mesa; 
chuva; 
Felipe; 
cachorro; 
 
 
10 
 
samambaia. 
Substantivo abstrato: São substantivos que nomeiam conceitos, conceptualizações abstratas e realidades 
imateriais, como qualidades, noções, estados, ações, sentimentos e sensações de outros seres. 
amor; 
calor; 
beleza; 
pobreza; 
crescimento. 
Substantivo comum de dois gêneros: São substantivos que apresentam uma só forma para o gênero 
masculino e o gênero feminino. 
o estudante / a estudante; 
o jovem / a jovem; 
o artista / a artista. 
Substantivo sobrecomum: São substantivos que nomeiam pessoas e apresentam um só gênero para o 
masculino e o feminino. 
a vítima; 
a pessoa; 
a criança; 
o gênio; 
o indivíduo. 
Substantivo epiceno: São substantivos que nomeiam animais e apresentam um só gênero para o 
masculino e o feminino. 
a baleia; 
o besouro; 
o crocodilo; 
a formiga; 
a mosca. 
 
Substantivo de gênero vacilante: São substantivos que apresentam oscilação de gênero. Em alguns casos, 
ambos os gêneros são considerados corretos. Em outros, é recomendado o uso do gênero feminino ou do 
gênero masculino. 
o personagem / a personagem; 
o caudal / a caudal; 
o sabiá / a sabiá; 
a dinamite; 
a sentinela; 
o apêndice; 
o guaraná. 
 
 
11 
 
Substantivo de dois números: São substantivos que apresentam uma só forma para o singular e para o 
plural. 
o lápis / os lápis; 
o tórax / os tórax; 
a práxis / as práxis. 
Atenção! 
Existem substantivos que mudam de significado com a mudança de gênero. 
Exemplos: 
Minha cabeça está doendo. (crânio) 
Tiago é o cabeça da turma. (líder) 
O capital financeiro da empresa está em risco. (patrimônio) 
Brasília é a capital do Brasil. (metrópole) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
Na imagem acima aparecem alguns substantivos, reescreva-os agrupando em dois conjuntos: 
substantivos concretos e substantivos abstratos. 
SUBSTANTIVOS CONCRETOS SUBSTANTIVOS ABSTRATOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2) Complete as lacunas com os substantivos do quadro abaixo: 
 
 
 
 
Sentada em minha __________________, fingi que estava atenta à minha ___________________, mas na 
verdade observava a __________________ de minha _____________ que assistia à 
___________________. 
 
LEMBRAR: As palavras formadas por apenas um elemento denominam-se: substantivo simples, e 
substantivo composto as formadas por mais de um elemento. 
3) Classifique os substantivos em simples ou composto: 
janela: _________________________ 
sapato: ________________________ 
couve-flor: _____________________ 
sorvete: _______________________ 
guarda-chuva: _____________________ 
amigo: ___________________________ 
boneca: __________________________ 
filha: _____________________________ 
árvore: ___________________________ 
amor-perfeito: _____________________ 
tomate: __________________________ 
4) Sublinhe os substantivos comuns e contorne os substantivos próprios. 
a) O nome da minha mãe é Rosa Maria. 
b) Marcos chutou a bola para fora do campo. 
c) Fui de ônibus para Manaus. 
POLTRONA TELEVISÃO MÃE 
 ALEGRIA LEITURA 
 
 
13 
 
d) Mimosa é uma gatinha esperta. 
e) Júlia ganhou o estojo, e Mariana as canetas. 
 
5) Relacione as colunas: 
(1) substantivo comum ( ) tristeza, pecado, dor. 
(2) substantivo próprio ( ) Jussara, Brasília, Roma. 
(3) substantivo concreto ( ) gato, mulher, professor. 
(4) substantivo abstrato ( ) alcateia, manada, enxame. 
(5) substantivo coletivo ( ) saci, escola, bolsa. 
 
 
Pronomes são palavras que substituem ou determinam os substantivos. Existem vários tipos de 
pronomes: pronomes pessoais, pronomes possessivos, pronomes demonstrativos, pronomes 
interrogativos, pronomes relativos e pronomes indefinidos. Além desta classificação principal, os 
pronomes também podem ser classificados em pronomes adjetivos e pronomes substantivos. 
 
3.1. Tipos de Pronomes 
 
 
 
Pronomes pessoais 
Os pronomes pessoais subdividem-se em pronomes pessoais do caso reto, pronomes pessoais oblíquos e 
pronomes pessoais de tratamento. 
Pronomes pessoais do caso reto são aqueles que substituem os substantivos e indicam as pessoas do 
discurso, assumindo maioritariamente a função de sujeito da oração. 
3. PRONOMES 
TIPOS DE PRONOMES 
 
 
14 
 
Eu fui ao cinema. 
Ele gosta de futebol. 
Exemplos de pronomes pessoais do caso reto: eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas. 
Pronomes pessoais oblíquos podem ser tônicos ou átonos. Quando tônicos, são sempre precedidos de 
uma preposição e substituem um substantivo que tem função de objeto indireto. Quando átonos, não são 
precedidos de uma preposição e podem substituir um substantivo que tem função de objeto direto ou de 
objeto indireto. 
Pedro gosto de mim. 
Eu encontrei-o na praia. 
Exemplos de pronomes pessoais oblíquos tônicos: mim, comigo, ti, contigo, ele, ela, nós, conosco, vós, 
convosco, eles, elas. 
Exemplos de pronomes pessoais oblíquos átonos: me, te, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes. 
Pronomes de tratamento: são formas mais corteses e reverentes de nos dirigirmos à pessoa com quem 
estamos falando ou de quem estamos falando. 
Vossa Excelência estará presente na cerimônia de abertura? 
Sua Eminência estará presente no conclave? 
Exemplos de pronomes de tratamento: você, senhor, senhora, senhorita, Vossa Senhoria, Vossa 
Excelência, Vossa Eminência, Vossa Santidade, Vossa Reverendíssima, Vossa Alteza, Vossa Majestade, 
Vossa Magnificência, Vossa Paternidade, Vossa Majestade Imperial, Vossa Onipotência. 
Pronomes possessivos transmitem, principalmente, uma relação de posse, ou seja, indicam que alguma 
coisa pertence a uma das pessoas do discurso. 
Não sei onde pus minhas chaves. 
Você pode me emprestar sua caneta, por favor? 
Exemplos de pronomes possessivos: meu, minha, meus, minhas, teu, tua, teus, tuas, seu, sua, seus, suas, 
nosso, nossa, nossos, nossas, vosso, vossa, vossos, vossas, seu, sua, seus, suas. 
Pronomes demonstrativos: situam alguém ou alguma coisa no tempo, no espaço e no discurso, em 
relação às próprias pessoas do discurso: quem fala, com quem se fala, de quem se fala. Estes pronomes 
contraem-se com as preposições a, em e de. 
De quem é aquela mochila? 
Veja esta reportagem. 
Exemplos de pronomes demonstrativos: este, esta, estes, estas, isto, esse, essa, esses, essas, isso, 
aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo. 
 
 
15 
 
Pronomes interrogativos: referem-se sempre à 3.ª pessoa gramatical e são utilizados para interrogar, ou 
seja, para formular perguntas de modo direto ou indireto. 
Quem chegou? 
Diga-me, por favor, que horassão. 
Exemplos de pronomes interrogativos: que, quem, qual, quais, quanto, quanta, quantos, quantas. 
Pronomes relativos: relacionam-se sempre com o termo da oração que está antecedente, servindo de elo 
de subordinação das orações que iniciam. 
Eu comprei o vestido azul que estava na vitrine. 
A casa onde cresci era enorme. 
Exemplos de pronomes relativos: que, quem, onde, o qual, a qual, os quais, as quais, cujo, cuja, cujos, 
cujas, quanto, quanta, quantos, quantas. 
Pronomes indefinidos: referem-se sempre à 3.ª pessoa gramatical, indicando que algo ou alguém é 
considerado de forma indeterminada e imprecisa. 
 Foi apresentada alguma justificativa para o atraso na entrega da mercadoria? 
 Ninguém se quer responsabilizar por esta tarefa. 
Exemplos de pronomes indefinidos: alguém, ninguém, outrem, tudo, nada, cada, algo, algum, algumas, 
nenhuns, nenhuma, todo, todos, outra, outras, muito, muita, pouco, poucos, certo, certa, vários, várias, 
tanto, tantos, quanta, quantas, qualquer, quaisquer, bastante, bastantes. 
Pronomes adjetivos e pronomes substantivos 
Conforme acompanham ou substituem os substantivos, os pronomes são classificados em pronomes 
adjetivos e pronomes substantivos. 
Pronomes adjetivos acompanham os substantivos, como se fossem adjetivos, determinando e 
modificando o substantivo. 
Minha irmã é bióloga. 
Aqueles alunos são indisciplinados. 
Pronomes substantivos substituem o substantivo numa frase. 
Esse é meu. 
Ela viu-o. 
 
 
 
 
 
16 
 
 
 
1. Dê a classe gramatical das palavras destacadas: 
 
a) Para onde iam aquelas flores? Quem as comprava? 
______________________________________________________________________________________ 
 
b) Minha janela se abria para um terreiro, onde uma vasta mangueira alargava sua copa. 
______________________________________________________________________________________ 
 
c) Tudo está certo. 
______________________________________________________________________________________ 
2. Retire da imagem a seguir, todos os pronomes existentes nas falas dos personagens. Em seguida, 
classifique-os. 
 
 
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
 
 
17 
 
______________________________________________________________________________________ 
 
3. Na frase abaixo, substitua o tratamento você pelo tratamento tu e vice-versa: 
a) Já que entre mim e você não há mais confiança, é melhor que você se prepare para viver sozinho com 
você mesmo. 
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________ 
b) João, se tu voltares hoje, irei conversar contigo. 
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________ 
4. Explique o emprego das palavras destacadas nas frases a seguir. 
a) Certas cidades não oferecem segurança à população. 
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________ 
b) As decisões certas facilitam o trabalho no dia a dia. 
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________ 
c) Qualquer mudança de horário nos diz respeito. 
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________ 
d) Um acompanhante qualquer não me serviria. 
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________ 
5. Marque a frase em que o pronome demonstrativo foi empregado de forma incorreta. 
a) As queimadas são métodos primitivos de fertilização da terra, mas esse recurso ainda é usado. 
b) Esta passagem que tenho em mãos será incluída no meu programa de milhagem. 
c) O quarto deveria ser liberado até às 12 horas; a recepcionista já nos informara isto. 
d) Naquele período de recessão política, muitos foram exilados do país. 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
6. Escreva nos espaços em branco as palavras adequadas, completando os provérbios com pronomes 
indefinidos. 
 
 
 
 
 
1 - O que podes fazer só, não esperes por 
 
[?]. 
2 - Nem [?] o que luz é ouro. 
3 - Casa onde não há pão, [?] ralham e [?] tem razão. 
4 - O Sol, quando nasce, é para [?]. 
5 - Quem é amigo de [?], não é de [?]. 
6 - [?] tem [?] que lhe baste. 
7 - [?] querem chegar a velho, mas só [?] querem que lhe chamem 
7) Enumere as colunas de acordo com as sentenças: 
 
(1) senhorita ( ) príncipes, princesas 
(2) vossa santidade ( ) reis, rainhas 
(3) meritíssimo ( ) mulheres solteiras 
(4) você ( ) papa 
(5) vossa alteza ( ) juízes 
(6) vossa majestade ( ) trato familiar 
(7) vossa excelência ( ) presidente, prefeito. 
 
 
 
Conhecendo os sinais de pontuação básicos: 
! Ponto de Exclamação - Indica surpresa, admiração, espanto. 
. Ponto Final - Indica que a frase terminou. 
alguns Ninguém ninguém 
 Todos todos tudo 
4. OS SINAIS DE PONTUAÇÃO 
 
 
19 
 
? Ponto de Interrogação - Indica uma pergunta. 
, Vírgula - Indica uma pausa na leitura. Na escrita é utilizada nas datas, endereços, sequencias. 
... Reticências - Indica um pensamento que não foi completado, ou ainda um som prolongado. 
 
 
 
1. Relacione as colunas: 
Qual seu nome ? ( ) 1 - Ponto Final 
A flor rosa é linda ! ( ) 2 - Vírgula 
Comi, balas, doces e bombons. ( ) 3 - Reticências 
O gato era muito... ( ) 4 - Ponto de Exclamação 
Que lindos são seus olhos ! ( ) 
Onde você mora ? ( ) 
 
 Analise o texto para responder as questões 2 e 3: 
 
 
 
 
 
 
 
2. O texto faz referência aos versos iniciais da “Canção do Exílio” de Antônio Gonçalves Dias. A razão pela 
qual as aspas foram colocadas apenas na segunda fala, explica-se por: 
a) ser fala do próprio sujeito. 
b) expressar emoções do sujeito. 
c) o sujeito está citando fala de outro autor. 
d) o sujeito estava falando de time de futebol. 
__ Minha terra tem Corinthians, onde canta o sabiá! 
 __ É “minha terra tem palmeiras”! 
__Cada um tem o time que quiser!... 
 
 
 
20 
 
 
3. O uso do travessão no início da frase, caracteriza o texto como: 
a) uma poesia 
b) um diálogo 
c) uma citação 
d) uma história em quadrinhos 
 
4. Na frase: [ Chegou__ abraçou-a e disse__ temos a seguinte ordem de pontuação: 
 __Você está lembrada de mim__ ] 
a) Vírgula, ponto, exclamação e vírgula. 
b) Exclamação, dois pontos, travessão e vírgula. 
c) Vírgula, dois pontos, travessão e interrogação. 
d) travessão, dois pontos, vírgula e interrogação. 
 
5. Na frase: Ninguém pelas ruas... Silêncio completo... Só sua respiração ofegante... Os usos das 
reticênciasindicam: 
a) dor, emoção 
b) pergunta diálogo 
c) ironia, explicação 
d) Interrupção na frase, continuidade. 
 
5. CONJUNÇAO 
 
Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou dois termos semelhantes de uma mesma 
oração. 
As conjunções classificam-se em: Coordenativas e Subordinativas. 
 
5.1. CONJUNÇÕES COORDENATIVAS 
Dividem-se em: 
- ADITIVAS: expressam a ideia de adição, soma. 
http://www.infoescola.com/portugues/conjuncao-coordenativa/
 
 
21 
 
Observe os exemplos: 
- Ela foi ao cinema e ao teatro. 
- Minha amiga é dona-de-casa e professora. 
- Eu reuni a família e preparei uma surpresa. 
- Ele não só emprestou o joguinho como também me ensinou a jogar. 
Principais conjunções aditivas: e, nem, não só...mas também, não só...como também. 
- ADVERSATIVAS 
Expressam ideias contrárias, de oposição, de compensação. Exemplos: 
- Tentei chegar na hora, porém me atrasei. 
- Ela trabalha muito mas ganha pouco. 
- Não ganhei o prêmio, no entanto dei o melhor de mim. 
- Não vi meu sobrinho crescer, no entanto está um homem. 
Principais conjunções adversativas: mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto. 
ALTERNATIVAS 
Expressam ideia de alternância. 
- Ou você sai do telefone ou eu vendo o aparelho. 
- Minha cachorra ora late ora dorme. 
- Vou ao cinema quer faça sol quer chova. 
Principais conjunções alternativas: Ou...ou, ora...ora, quer...quer, já...já. 
CONCLUSIVAS 
Servem para dar conclusões às orações. Exemplos: 
- Estudei muito por isso mereço passar. 
- Estava preparada para a prova, portanto não fiquei nervosa. 
- Você me ajudou muito; terá, pois sempre a minha gratidão. 
Principais conjunções conclusivas: logo, por isso, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, 
assim. 
EXPLICATIVAS 
Explicam, dão um motivo ou razão: 
- É melhor colocar o casaco porque está fazendo muito frio lá fora. 
- Não demore, que o seu programa favorito vai começar. 
Principais conjunções explicativas: que, porque, pois (antes do verbo), porquanto. 
 
 
 
 
22 
 
5.2. CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS 
 
CAUSAIS 
Principais conjunções causais: porque, visto que, já que, uma vez que, como (= porque). Exemplos: 
- Não pude comprar o CD porque estava em falta. 
- Ele não fez o trabalho porque não tem livro. 
- Como não sabe dirigir, vendeu o carro que ganhou no sorteio. 
COMPARATIVAS 
Principais conjunções comparativas: que, do que, tão...como, mais...do que, menos...do que. 
- Ela fala mais que um papagaio. 
CONCESSIVAS 
Principais conjunções concessivas: embora, ainda que, mesmo que, apesar de, se bem que. 
Indicam uma concessão, admitem uma contradição, um fato inesperado. Traz em si uma ideia de “apesar 
de”. 
- Embora estivesse cansada, fui ao shopping. (= apesar de estar cansada) 
- Apesar de ter chovido fui ao cinema. 
CONFORMATIVAS 
Principais conjunções conformativas: como, segundo, conforme, consoante 
- Cada um colhe conforme semeia. 
- Segundo me disseram a casa é esta. 
Expressam uma ideia de acordo, concordância, conformidade. 
CONSECUTIVAS 
Expressam uma ideia de consequência. 
Principais conjunções consecutivas: que ( após “tal”, “tanto”, “tão”, “tamanho”). 
- Falou tanto que ficou rouco. 
- Estava tão feliz que desmaiou. 
FINAIS 
Expressam ideia de finalidade, objetivo. 
- Todos trabalham para que possam sobreviver. 
- Viemos aqui para que vocês ficassem felizes. 
Principais conjunções finais: para que, a fim de que, porque (=para que), 
http://www.infoescola.com/portugues/conjuncao-coordenativa/
 
 
23 
 
PROPORCIONAIS 
Principais conjunções proporcionais: à medida que, quanto mais, ao passo que, à proporção que. 
- À medida que as horas passavam, mais sono ele tinha. 
- Quanto mais ela estudava, mais feliz seus pais ficavam. 
TEMPORAIS 
Principais conjunções temporais: quando, enquanto, logo que. 
- Quando eu sair, vou passar na locadora. 
- Chegamos em casa assim que começou a chover. 
- Mal chegamos e a chuva desabou. 
Observações: Mal é conjunção subordinativa temporal quando equivale a "logo que". 
O conjunto de duas ou mais palavras com valor de conjunção chama-se locução conjuntiva. 
Exemplos: ainda que, se bem que, visto que, contanto que, à proporção que. 
Algumas pessoas confundem as circunstâncias de causa e consequência. Realmente, às vezes, fica difícil 
diferenciá-las. 
Observe os exemplos: 
- Correram tanto, que ficaram cansados. 
“Que ficaram cansados” aconteceu depois deles terem corrido, logo é uma consequência. 
Ficaram cansados porque correram muito. 
“Porque correram muito” aconteceu antes deles ficarem cansados, logo é uma causa. 
 
 
 
 
 
1) Enumere as orações abaixo, de acordo com as seguintes opções: 
(1) Oração Coordenada Assindética 
(2) Coordenada sindética aditiva 
(3) Coordenada sindética adversativa 
(4) Coordenada sindética alternativa 
(5) Coordenada sindética explicativa 
(6) Coordenada sindética conclusiva 
 
a) ( ) Foi à festa, mas não falou com ninguém. 
b) ( ) Sua amiga perdeu o marido; deve, portanto, tentar confortá-la neste momento. 
http://www.infoescola.com/portugues/locucao-conjuntiva/
 
 
24 
 
c) ( ) Irei à São Paulo e farei muitas compras. 
d) ( ) Você escolhe: ou assume o filho, ou irá para cadeia. 
e) ( ) Estou comprando um protetor solar, pois irei à praia. 
f) ( ) Não fomos à festa, mandamos um presente. 
 
2) Classifique as orações abaixo: 
 
a) Seus pais financiam seus estudos; portanto, seja-lhes grato. 
b) Venha até minha sala, pois quero falar com você. 
 
c) Os pássaros cantavam, as palmeiras balançavam, as ondas do mar marulhavam. 
 
d) Não fomos á festa, mas mandamos um presente. 
 
e) Ele não levou a lista, então não fará as compras. 
 
f) Volte logo que quero falar com você. 
 
g) As mulheres modernas trabalham; portanto não dependem mais dos maridos. 
 
h) O ladrão roubou a casa, mas não fez o mínimo barulho. 
 
i) O bebê já andava, falava, comia sozinho. 
 
j) Ora ela cantava grave, ora cantava agudo. 
 
 
3) Leia o texto a seguir para responder as questões. 
MEIO AMBIENTE 
Apareceu pelas colinas da Índia um sapo bem esquisitão. Para começar, ele é roxo (“creeedo!”). Tem sete 
centímetros e um focinho pontudo. A cabeça é meio pequena para o corpo, e, por isso, o bicho parece mais uma 
bolha gosmenta roxa (creeedo!) do que um ser vivo. E mais estranho que isso só o nome dele: Nasikabatrachus 
sahyadrensis (mas esse nome-palavrão na verdade quer dizer uma coisa bem simples – “sapo da montanha 
Sahyadri”). 
O sapo pode até ser feioso, mas, para os seus descobridores, ele é o bicho mais bonito do mundo. É que o sapo da 
montanha é um fóssil vivo, de 130 milhões de anos atrás. Os antepassados dele viveram na época dos dinossauros, 
e, por isso, o sapão roxo é muito importante para entender como os anfíbios da família dele evoluíram. Logo.... O 
Nasika é lindo! 
Disponível em:<http://www.canalkids.com.br/central/arquivos//meio_sapofossil.htm 
 
 
25 
 
INTERPRETAÇÃO DO TEXTO 
 
1) No texto, a apalavra “esquisitão” significa que o sapo é: 
a) anfíbio 
b) diferente 
c) evoluído 
d) fóssil 
 
2) Para os descobridores o sapo é o bicho mais bonito do mundo porque ele é 
a) o primeiro ser vivo da montanha. 
b) uma descoberta importante. 
c) uma descoberta dispensável. 
d) o anfíbio que mais evoluiu. 
 
3) O texto tem como objetivo 
a) descrever o habitat dos anfíbios. 
b) informar sobre uma descoberta. 
c) explicar ao leitor sobre os tipos de sapo. 
d) conscientizar sobre a importância do sapo. 
 
4) No trecho “o sapo da montanha é um fóssil vivo” , a expressão destacada exprime ideia de 
a) lugar 
 b) tempo 
c) finalidade 
d) intensidade 
 
5) No trecho “O sapo pode até ser feioso, mas, para os seus descobridores, ele é o bicho mais bonito do 
mundo.” a palavra destacada exprime ideia de 
a) adição 
b) oposição 
c) conclusão 
d) explicação 
 
6) No trecho Nasikabatrachus sahyadrensis (mas esse nome-palavrão na verdade quer dizer uma coisa 
bem simples – “sapoda montanha Sahyadri”), o parêntese foi usado para indicar a 
a) caracterização do sapo. 
b) explicação do nome sapo. 
c) Informação sobre descoberta do sapo. 
d) descrição do lugar onde vive o sapo. 
 
7) No trecho , “Logo... O Nasika é lindo!” as reticências sugerem 
a) continuação. 
b) hesitação. 
c) omissão. 
d) suspensão. 
 
 
 
 
 
26 
 
4) Estruturação de Frases 
 
Reelabore as ideias abaixo num só período, conforme as indicações: 
 
A: Muitos animais não podem dormir em sono profundo. 
B: Os humanos podem dormir em sono profundo. 
 
Comando: B comparação A. 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
 
A: Muitos animais não podem dormir em sono profundo. 
B: Muitos animais seriam presas fáceis para os predadores. 
 
Comando: B causa de A. 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
 
A: A girafa se sente segura. 
B. Ela se deita no chão. 
C: Ela descansa. 
 
Comando: A tempo de B e C finalidade de B. 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
 
5) Converta as orações coordenadas em subordinadas adjetivas: 
 
QUEM QUAL ONDE QUE CUJO QUANTO 
 
Pensamos naquele soninho. 
Aquele soninho fazemos diariamente. 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
 
 
27 
 
Muitos animais possuem vários mecanismos para permanecerem vigilantes. 
Muitos animais não podem dormir em sono profundo. 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
 
6) Analise os símbolos e descubra qual é a frase transcrita no Código Secreto abaixo: 
1. 
 
A Ã E I O U B C Ç D G H L M N P Q R S T V X 
Ω @ ⌂ Ɵ $ € & Ø Ŧ # > ¥ + £ ¤ Δ Σ Ю Ѡ ₪ ∂ ! 
 
£ € Ɵ ₪ $ Ѡ Ω ¤ Ɵ £ Ω Ɵ Ѡ ¤ @ $ Δ $ # ⌂ £ 
 
 
# $ Ю £ Ɵ Ю Ø $ £ $ $ Ѡ ¥ € £ Ω ¤ $ Ѡ 
 
 
2. 
 
 
 
 
 
7) Construa frases com o tópico abaixo, seguindo apenas a ordem proposta, cortando o que for 
desnecessário. Se for preciso, use palavras de ligação. 
A. Muitos animais não podem dormir em sono profundo. 
B. possuem vários mecanismos para permanecerem vigilantes. 
C. seriam presas fáceis para os predadores. 
D. Os humanos podem dormir em sono profundo. 
 
1º período: Tópico ADCB. 
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
 
 
28 
 
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________ 
 
8) No texto que segue, pode se verificar que os diferentes operadores relacionam as ideias, dando sentido 
aos enunciados. Numere os parênteses de acordo com o código, indicando a relação estabelecida: 
(1) oposição (6) finalidade 
(2) adição (7) comparação 
(3) alternância (8) conformidade 
(4) explicação, causa, consequência (9) conclusão 
(5) temporalidade (10) condição 
 
 
O homem e o pedaço de pano 
Em algum lugar do Oriente, onde o clima é ameno e não são necessárias muitas roupas. Havia 
um homem que resolveu desistir de todas as questões materiais e retirou-se para a floresta, onde 
construiu uma choça para morar. 
Sua única roupa era um pedaço de pano, que enrolava à cintura. Mas (......), para seu azar, a 
floresta era infestada de ratos, e (......) ele logo arranjou um gato. O gato exigia leite para viver e 
(......), assim, (......), ele trouxe uma vaca. Como (......) a vaca requeria cuidados, ele teve que empregar 
um vaqueiro. Esse rapaz precisava ter onde morar, e (......) por isso (......) foi construída uma casa para 
ele. Para (......) tomar conta da casa, acabou contratando uma empregada. Para que (......) a 
empregada tivesse companhia, outras casas foram construídas e (......) convidadas pessoas para (......) 
morar nelas. Desse modo (......), brotou ali uma pequena aldeia. 
O homem disse: 
- Quanto mais tentamos fugir do mundo e de suas exigências, mais elas se multiplicam! 
RAJU, P. V. Ramaswani. O homem e o pedaço de pano. In. BENNETT, William J. O livro das virtudes II: o compasso moral. 
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1996, p. 179) 
 
 
9) Responda as perguntas com base no texto “O homem e o pedaço de pano”: 
 
a) Qual o referente do vocábulo “onde”? ______________________________________________ 
b) O vocábulo “onde” tem o mesmo referente do anterior. Justifique. 
_________________________________________________________________________________ 
c) Porque o autor emprega “esse rapaz” e não “este rapaz”? 
_________________________________________________________________________________ 
 
 
 
29 
 
Tendo como base o texto anterior substitua seus operadores por outros do mesmo sentido, escrevendo-
os abaixo: 
 
a) mas (linha 04): __________________________________________________ 
b) como (linha 06): _________________________________________________ 
c) por isso (linha 08): _______________________________________________ 
d) para que (linha 09): ______________________________________________ 
e) e (linha 10): ____________________________________________________ 
f) para (linha 11): __________________________________________________ 
g) desse modo (linha 11): ____________________________________________ 
 
 
 
 
Para que a oração tenha significado, são necessários alguns termos básicos: os termos essenciais. A 
oração possui dois termos essenciais, o sujeito e o predicado. 
Sujeito: termo sobre o qual o restante da oração diz algo. 
Por Exemplo: 
As praias estão cada vez mais poluídas. 
Sujeito 
 
 
Predicado: termo que contém o verbo e informa algo sobre o sujeito. 
Por Exemplo: 
As praias estão cada vez mais poluídas. 
 
Predicado 
 
Posição do Sujeito na Oração 
Dependendo da posição de seus termos, a oração pode estar: 
Na Ordem Direta: o sujeito aparece antes do predicado. 
Por Exemplo: 
As crianças brincavam despreocupadas. 
Sujeito Predicado 
 
6. SUJEITO E PREDICADO 
 
 
30 
 
Na Ordem Inversa: o sujeito aparece depois do predicado. 
Brincavam despreocupadas as crianças. 
Predicado Sujeito 
Sujeito no Meio do Predicado: 
Despreocupadas, as crianças brincavam. 
Predicado Sujeito Predicado 
 
 
 
 
A função sintática que denominamos sujeito, é um termo essencial da frase e pode se comportar de 
várias maneiras, dependendo da intenção da mesma: agente, paciente, etc. 
O sujeito tem a característica de concordar com o verbo, salvo raríssimas exceções. 
Vejamos agora quais os tipos de sujeito existentes e como eles são caracterizados para que possamos 
identificá-los. 
Sujeito Simples: possui apenas um núcleo e este vem exposto. 
Exemplos: 
- Deus é perfeito! 
- A cegueira lhe torturava os últimos dias de vida. 
- Pastavam vacas brancas. 
Sujeito Composto: possui dois ou mais núcleos que também vêm expressos na oração. 
Exemplos: 
- As vacas brancas e os touros pretos pastavam. 
- A cegueira e a pobreza lhe torturavam os últimos dias de vida. 
- Fome e desidratação são agravantes das doenças daquele povo. 
Sujeito elíptico, subentendido ou desinencial: é determinado pela desinência verbal e não aparece 
explícito na frase. Dá-se por isso o nome de sujeito implícito. Antigamente era chamado de sujeito oculto. 
Exemplos: 
Estamos sempre alertas para com os aumentos abusivos depreços. (sujeito: nós) 
Quero que meus pais cheguem de viagem o mais rápido possível. (sujeito: eu) 
 
6.1. TIPOS DE SUJEITOS 
 
 
 
 
http://www.infoescola.com/portugues/sujeito-simples/
http://www.infoescola.com/portugues/sujeito-composto/
http://www.infoescola.com/portugues/sujeito-eliptico/
http://www.infoescola.com/portugues/desinencias-verbais-e-nominais/
 
 
31 
 
Os pais terminaram a reunião. Foram embora logo em seguida. (sujeito: os pais - oculto apenas na 
segunda frase) 
Sujeito Indeterminado: Este tipo de sujeito não aparece explícito na oração por ser impossível determiná-
lo, apesar disso, sabe-se que existe um agente da ação verbal. 
Exemplos: 
1- verbo na 3ª pessoa do plural 
Dizem que a família está falindo. (alguém diz, mas não se sabe quem) 
Disseram que morreu do coração. 
2- verbo na 3ª pessoa do singular + se, índice de indeterminação do sujeito 
Precisa-se de mão de obra especializada. (não se pode determinar quem precisa) 
Sujeito inexistente: também chamado de oração sem sujeito, é designado por verbos que não 
correspondem a uma ação, como fenômenos da natureza, entre outros. 
Exemplos: 
1- Verbos indicando Fenômeno da Natureza 
Choveu na Argentina e fez sol no Brasil. 
2- verbo haver no sentido de existir ou ocorrer 
Houve um grave acidente na avenida principal. 
Há pessoas que não valorizam a vida. 
3- verbo fazer indicando tempo ou clima 
Faz meses que não a vejo. 
Faz sempre frio nessa região do estado. 
 
 
 
1) Classifique o sujeito em simples, composto, oculto, indeterminado ou oração sem sujeito: (2pts) 
a) Destruíram as reservas indígenas. 
______________________________________________________________________________________ 
b) O amor e o ódio caminham juntos. 
______________________________________________________________________________________ 
http://www.infoescola.com/portugues/sujeito-indeterminado/
http://www.infoescola.com/portugues/se-particula-apassivadora-ou-indice-de-indeterminacao-do-sujeito/
http://www.infoescola.com/portugues/sujeito-inexistente/
http://www.infoescola.com/portugues/oracao-sem-sujeito/
 
 
32 
 
c) São dezesseis horas. 
______________________________________________________________________________________ 
d) A modelo é elegante. 
______________________________________________________________________________________ 
e) Acredita-se na existência de extraterrestres. 
______________________________________________________________________________________ 
f) A juventude é a melhor fase da vida. 
______________________________________________________________________________________ 
g) Cheguei atrasada à reunião. 
______________________________________________________________________________________ 
h) Havia muitas pessoas desabrigadas por causa do forte terremoto. 
______________________________________________________________________________________ 
i) Mulheres e homens possuem direitos iguais. 
______________________________________________________________________________________ 
J) Ficamos muito surpresos com a notícia. 
______________________________________________________________________________________ 
 
2) Marque a única alternativa correta: 
Em: A população brasileira é a mistura de brancos, negros e índios, temos: 
a) sujeito simples 
b) sujeito composto 
c) sujeito oculto 
d) n.d.a. 
Em: Furtaram um carro de placa XWN.2616 do estacionamento do DB, temos: 
a) sujeito oculto 
b) oração sem sujeito 
c) sujeito indeterminado 
d) n.d.a. 
 
Em: É tarde demais, temos: 
a) sujeito simples 
b) sujeito indeterminado 
c) oração sem sujeito 
d) n.d.a. 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
 
 
 
Fonema e Letra representam respetivamente sons (fala) e sinais gráficos (escrita). 
Os fonemas são as unidades sonoras que compõem o discurso ou a fala e são representados entre barras 
oblíquas. 
As letras, por sua vez, são os sinais gráficos que tornam possível a escrita. Juntas de forma ordenada, as 
letras constituem o alfabeto. 
Exemplos: 
coçar = 5 letras 
/k/ /o/ /s/ /a/ /r/ = 5 fonemas 
máximo = 6 letras 
/m/ /á/ /s/ /i/ /m/ /o/ = 6 fonemas 
acesso = 6 letras 
/a/ /c/ /e/ /s/ /o/ = 5 fonemas 
chute = 5 letras 
/x/ /u/ /t/ /e/ = 4 fonemas 
 
 
Classificação dos Fonemas 
 
Os fonemas classificam-se em vogais, consoantes e semivogais. 
 
Vogais 
 
São sons que são emitidos sem obstáculos, quer somente pela boca (a, e, i , o, u), quer pela boca e pelas 
fossas nasais (ã, ẽ, ĩ, õ, ũ). 
Exemplos: pia, ando, cesto, quero, lente, li, lindo, sonho, avó, som, susto, untar. 
 
Consoantes 
As consoantes encontram obstáculos na sua passagem pela boca, por isso, precisam sempre do 
acompanhamento das vogais. 
Exemplos: base, deduzir, falar, pedaço, redigir, sintetizar. 
 
Semivogais 
 
As semivogais são os fonemas /i/ e /u/ que aparecem juntos com uma vogal formando uma sílaba. É 
importante dizer que enquanto as vogais são essenciais na formação de sílabas, as semivogais não. 
Exemplos: cárie, mau, rei, quatro, seita, venceu. 
Saiba mais! Leia Vogal, Semivogal e Consoante. 
Diferença entre Fonema e Letra 
 
Muito embora o número de fonemas e letras coincidam em muitas palavras, nem sempre essa 
equivalência existe. 
7. SONS E LETRAS 
https://www.todamateria.com.br/vogal-semivogal-e-consoante/
 
34 
 
Letra G (fonemas /g/ e /j/). 
 
Exemplos: 
gole = 4 letras 
/g/ /o/ /l/ /e/ = 4 fonemas 
singelo = 7 letras 
/s/ /ĩ/ /j/ /e/ /l/ /o/ = 6 fonemas 
 
Letra H. 
 
No início de palavras, a letra H não é fonema. 
Exemplos: 
harpa = 5 letras 
/a/ /r/ /p/ /a/ = 4 fonemas 
hoje = 4 letras 
/o/ /j/ /e/ = 3 fonemas 
 
Letras M e N 
 
Quando tem função de nasalização, as letras M e 
N não são fonemas. 
Exemplos: 
campo = 5 letras 
/k/ /ã/ /p/ /o/ = 4 fonemas 
atento = 6 letras 
/a/ /t/ /ẽ/ /t/ /o/ = 5 fonemas 
navio = 5 letras 
/n/ /a/ /v/ /i/ /o/ = 5 fonemas 
 
Letra X (fonemas /s/, /z/, /ks/). 
 
Exemplos: 
sexto = 5 letras 
/s/ /e/ s/ /t/ /o/ = 5 fonemas 
exalar = 6 letras 
/e/ /z/ /a/ /l/ /a/ /r/ = 6 fonemas 
fixo = 4 letras 
/f/ /i/ /k/ /s/ /o/ = 5 fonemas 
 
Dígrafos 
 
Além das letras acima, há ainda os dígrafos, por 
exemplo: 
ch chuva /x/ /u/ /v/ /a/ 
nh arranhar /a/ /rr/ /a/ /nh/ /a/ /r/ 
qu quindim /k/ /ĩ/ /d/ /ĩ/ 
rr aborrecer /a/ /b/ /o/ /rr/ /e/ /c/ /e/ /r/ 
sc nascer /n/ /a/ /c/ /e/ /r/ 
 
https://www.todamateria.com.br/digrafo/
 
35 
 
 
 
 
1) Em qual das palavras abaixo há mais letras do que fonemas? 
a) achado 
b) táxi 
c) cadeira 
d) surpresa 
e) redigir 
 
2) Indique as letras e os fonemas das palavras abaixo: 
a) habilidoso 
b) andar 
c) nascimento 
d) gabar 
e) exílio 
f) hipótese 
g) mundo 
h) osso 
3) Coloque V se a informação for verdadeira e F se for falsa. 
_______ o fonema está diretamente ligado ao som da fala 
_______ as letras são representações gráficas dos fonemas 
_______ a palavra tosse possui cinco fonemas e quatro letras 
_______ uma única letra pode representar fonemas diferentes 
_______ a letra “h” sempre representa um fonema 
 
4) Assinale a alternativa em que apenas uma das opções não possuem dígrafo: 
a) folha, ficha, fecho 
b) lento, bomba, algum 
c) águia, queijo, quero 
d) serra, vosso, arrepio 
 
5) Forme novas palavras modificando a posição dos fonemas e alterando-os, se necessário. 
a) Vaso:__________________________ 
 
 
36 
 
b) Roupa:_________________________ 
c) Remo: _________________________ 
d) Lave: __________________________ 
e) Corpo:_________________________ 
f) Mala:__________________________ 
g) Cedo:__________________________ 
h) Tela:___________________________ 
6) Marque a alternativa correta: A palavra Fixo tem: 
a) 4 letras e 4 fonemas 
b) 3 letras e 5 fonemas 
c) 5 letras e 6 fonemas 
d) 4 letras e 5 fonemas 
 
 
 
7) Preencha os espaços em branco da cruzadinha, com as palavras correspondentes. 
 
 
 
 
37 
 
 
 
 
Leia as palavras da 1ª coluna e relacione-as aos seus respectivos significados, contidos na 2ª coluna.(1) caçar 
(2) cassar 
(3) empoçar 
(4) empossar 
(5) acender 
(6) ascender 
(7) cozer 
(8) coser 
( ) costurar 
( ) cozinhar, preparar alimentos levando-os ao fogo 
( ) pôr fogo a; fazer arder, atear fogo 
( ) subir, elevar-se 
( ) anular (licenças concedidas), tornar sem efeito 
( ) perseguir ou apanhar (animais) a tiro, a laço, a rede... 
( ) dar posse a, tomar posse 
( ) formar poça, represar 
 
 
 
 
1) Na situação comunicativa retratada na tirinha, quais as duas interpretações diferentes dos 
personagens para o mesmo texto? 
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________ 
 
2) justifique por que ocorreu o mal-entendido? 
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________ 
 
LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 
DIFICULDADES ORTOGRÁFICAS: C, Ç, S, SS, SC, Z. 
 
 
38 
 
O herói 
“- Papai, o que é um herói? 
Eu pergunto porque tenho grande vontade de ser herói também... 
Será que posso ser herói sem entrar numa guerra? 
Será que posso ser herói sem odiar os homens? 
E sem matar alguém? ” 
O homem que já sofrera as mais fundas angustias e as mais feias misérias trabalhando a aridez de uma terra 
infecunda para que não faltasse o pão no pequenino lar; 
O homem que as mais humildes ilusões perdera no seu cotidiano e ingrato trabalho; 
Aquele homem ao ouvir a pergunta do filho: “papai o que é um herói?” nada soube dizer, nada soube explicar... 
Tomou de uma peneira e saiu outra vez a semear. 
Judas Isgorogota 
 
Análise do texto 
1) O texto apresenta personagens da cidade ou do campo? Justifique sua resposta com fragmentos do 
texto. 
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________ 
2)O pai não respondeu a pergunta do filho: “papai, o que é um herói?”. Na sua opinião, o que é um herói? 
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________ 
 
3) Na frase: Saiu outra vez a semear, podemos entender que: 
a) nunca tinha semeado 
b) já tinha semeado antes 
c) saiu novamente para colher 
d) foi comprar sementes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
 
4) (SAERJ 2008). Leia o texto abaixo. 
 
Texto 1 
Amor à distância pode dar certo? 
Nem sempre o dia-a-dia torna um relacionamento melhor. Sou pela qualidade do tempo 
junto. Moro em São Paulo, namoro um carioca e nos vemos a cada quinze dias. E é sempre ótimo. 
Muita gente fala que ele deve sair bastante no Rio, paquerar, mas não penso nisso. Se quiser ficar 
com outra, vai ficar de qualquer jeito. Bia, 26 anos, estudante. 
 
Texto 2 
Amor à distância pode dar certo? 
 
Romance promissor exige investimento diário, que só se consegue com a convivência. Não 
dá para criar um projeto de vida em comum sem contato olho-no-olho, e falo por experiência 
própria. Sílvio, 35 anos, jornalista. 
www.terra.com.br/forum 
Nos dois depoimentos, temos duas opiniões 
A) iguais. 
B) erradas. 
C) semelhantes. 
D) incomuns. 
E) opostas. 
 
ATIVIDADES PRÁTICAS 
 
ATIVIDADE 1: Loteria – Reflexão sobre o Texto 
 
 
 AFIRMAÇÕES 
 
1 
 
X 
 
2 
 
AFIRMAÇÕES 
 
 
1. Bia afirma que o namorado tem outra. 1. Bia afirma que se ele quiser ter outra, terá. 
 
 
40 
 
2. Sílvio preza pelo investimento diário. 2. Sílvio preza pela qualidade do 
relacionamento. 
3. Bia preza pelo romance promissor. 3. Bia preza pela qualidade do relacionamento. 
4. Bia defende seu ponto de vista, a partir 
de sua própria experiência. 
 4. Sílvio defende seu ponto de vista, a partir de 
sua própria experiência. 
5. A opinião expressa por Bia é permeada 
de orações coordenadas. 
 5. A opinião expressa por Sílvio é permeada de 
orações coordenadas. 
 
 
ATIVIDADE 2: Estruturação de Frases 
 
Reelabore as ideias abaixo num só período, conforme as indicações: 
 
A: Ele vai ficar de qualquer jeito. 
B: Ele quer ficar com outra. 
 Comando: B condição de A. 
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________ 
 
A: Bia preza pela qualidade do tempo junto. 
B: Nem sempre o dia-a-dia torna um relacionamento melhor. 
 Comando: B causa de A 
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________ 
Mediante o depoimento de Bia, é possível identificar causa e consequência. Para isto, propomos a você 
que, no quadro abaixo, acrescente ao enunciado identificado causa, a devida consequência. 
 
BIA 
CAUSA CONSEQUÊNCIA 
Qualidade do tempo junto 
 
 
 
41 
 
Reelabore as ideias abaixo num só período, conforme as indicações: 
 
A: Bia preza pela qualidade do tempo junto. 
B: Bia tem um relacionamento melhor. 
 Comando: B consequência de A. 
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________ 
 
Mediante o depoimento de Sílvio, é possível identificar causa e consequência. Para isto, propomos a você 
que, no quadro abaixo, acrescente ao enunciado identificado causa, a devida consequência. 
 
SÍLVIO 
CAUSA CONSEQUÊNCIA 
Investimento diário de convivência 
 
Reelabore as ideias abaixo num só período, conforme as indicações: 
 
A: Sílvio preza o investimento diário de convivência. 
B: Sílvio tem um romance promissor. 
 Comando: B consequência de A. 
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________ 
 
ATIVIDADE 3: Escrita – Proposta de Esquema 
 
 
Amor à distância pode dar certo? 
 
Para Bia, 
 
depende ________________________________________________________________ 
porque exige _____________________________________________________________ 
 
 
42 
 
porque nem sempre _______________________________________________________ 
envolve _________________________________________________________________ 
para que ________________________________________________________________ 
é necessário _____________________________________________________________ 
 
Amor à distância pode dar certo? 
 
Para Sílvio, 
 
depende ________________________________________________________________ 
porque exige _____________________________________________________________ 
porque não é ____________________________________________________________ 
sem que haja ____________________________________________________________ 
para que ocorra ___________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4310.1. PROPAGANDA 
A propaganda é um meio de comunicação com objetivo de fornecer informações a um determinado 
público, provocando atitudes e ações positivas em relação ao produto, serviço ou marca. É um preparo 
para a venda. Sua função é informar sobre o produto e/ou serviço, persuadir a comprar, lembrar a 
respeito do produto e reforçar a venda, ou seja, convencer o cliente de que fez a escolha certa. 
Imagem 1 
 
1. A finalidade dessa propaganda é: 
a) ( ) anunciar um show. 
b) ( ) divulgar alguns cursos. 
c) ( ) mostrar umas promoções. 
d) ( ) oferecer um emprego. 
2. O título deste cartaz está escrito em letras grandes para: 
a) ( ) enfeitar a propaganda. 
b) ( ) atrair a atenção do leitor. 
c) ( ) apresentar o Serginho Groisman. 
d) ( ) mostrar que tem uma frase logo abaixo. 
 
10. GÊNEROS TEXTUAIS 
http://artedelecionar.blogspot.com.br/2010/08/propaganda.html
 
 
44 
 
3. Por que um dos textos localizados a direita do cartaz está entre aspas? 
______________________________________________________________________________________ 
4. Essa propaganda foi feita para: 
a) ( ) crianças. 
b) ( ) idosos. 
c) ( ) mulheres. 
d) ( ) jovens. 
 
Imagem 2 
 
Após análise do cartaz, explicar aos alunos que se trata de uma propaganda, para vender algo. Mediar os 
estudantes a distinguirem o que é exatamente o produto da venda e o que é brinde. 
 
1. Onde você poderia encontrar essa propaganda? 
a) ( ) No hospital. 
b) ( ) No supermercado. 
c) ( ) No mural da escola. 
d) ( ) Na farmácia. 
 
2. Escreva dois verbos (ações) que aparecem na propaganda. 
______________________________________________________________________________________ 
 
 
45 
 
3. A palavra “COLORIR” é sinônimo de: 
a) ( ) desenhar. 
b) ( ) pintar. 
c) ( ) apagar. 
d) ( ) borrar 
4. As palavras COMPRE e GANHE estão escritas em letras maiores para: 
a) ( ) enfeitar a propaganda. 
b) ( ) mostrar que todo produto vem com dois brindes. 
c) ( ) atrair a atenção do leitor. 
d) ( ) mostrar que há duas frases na propaganda. 
5. Essa propaganda da marca PERDIGÃO tem o objetivo de: 
a) ( ) ensinar as crianças a pintar. 
b) ( ) vender gibis. 
c) ( ) distribuir giz de cera gratuitamente. 
d) ( ) vender produtos da Turma da Mônica Perdigão. 
 
10.2. VIDE BULA 
 INFORMAÇÕES AO PACIENTE - A roupa VIDE BULA é criada e produzida dentro das mais avançadas técnicas, proporcionando 
conforto e qualidade. Em prolongadas ou curtas viagens, é perfeitamente portátil, adequando-se a sua bagagem. Em caso de 
dúvida VIDE BULA. 
APRESENTAÇÃO – Peças extraordinárias, em vários estilos, com os melhores revendedores autorizados. 
COMPOSIÇÃO – As peças VIDE BULA contém: 
Cores...................................................... com variações temporárias 
Formas e estilo..................................... várias tendências 
Qualidade.............................................. 100% 
Propriedades Técnicas......................... melhores recursos 
Desenvolvimento ................................ 100% 
INDICAÇÕES - Seu uso é de comprovada eficácia. Durante estudos, foi descoberta redução de irritabilidade e desânimo. Sua 
correta administração tem como propriedade moderar excessos de depressões, nostalgias crônicas ou congênitas. Seu uso 
prolongado envolve, criando situações de extremo prazer, transformando distintos hábitos arraigados. Analisado e pesquisado 
o produto, foi constatada a indicação excessiva bastante benéfica, agindo como estimulante e revitalizante do corpo e da 
mente. 
CONTRA INDICAÇÕES – Pessoas que não gostam de sentir bem em roupas confortáveis, bonitas e arrojadas. 
REAÇÕES ADVERSAS - Indicações inevitáveis ao fazer uso do produto: a perda do produto age diretamente no sistema 
imunológico, causando irritabilidade, secura na boca e descarga de adrenalina. O uso mais prolongado reduz visivelmente a 
idade cronológica do paciente, mantendo a perfeita e tão desejável sintonia: espírito, corpo e mente. Não desaparecendo o 
sintoma, consulte o revendedor mais próximo. 
LABORATÓRIO - VIDE BULA Comércio e Indústria de Moda Ltda. 
 
 
 
 
46 
 
1. Esse tipo de texto NORMALMENTE serve para: 
a) ( ) instruir e divulgar algo. 
b) ( ) instruir e divertir. 
c) ( ) instruir e partilhar um sentimento. 
d) ( ) instruir e informar. 
2. No caso acima, esse texto também tem como finalidade: 
a) ( ) contar a história da marca VIDE BULA. 
b) ( ) fazer uma propaganda da marca VIDE BULA. 
c) ( ) ensinar como usar as roupas da marca VIDE BULA. 
d) ( ) informar um acontecimento da marca VIDE BULA. 
 
3. No texto, a palavra COMPOSIÇÃO indica: 
a) ( ) os elementos contra indicados nas roupas. 
b) ( ) os componentes que fazem falta nas roupas. 
c) ( ) os elementos que formam as roupas. 
d) ( ) os itens que causam as reações adversas. 
4. Segundo o texto, quem pode usar as roupas VIDE BULA? 
a) ( ) Pessoas que não gostam de sentir bem em roupas confortáveis, bonitas e arrojadas. 
b) ( ) Pessoas em dúvida sobre o que vestir. 
c) ( ) Os revendedores autorizados. 
d) ( ) Todas as pessoas que gostam de conforto, qualidade e de se sentir bem. 
 
 
 
 
O QUE CARACTERIZA UMA HQ? 
 
QUADRO OU REQUADRO: conjunto de linhas que delimitam o espaço de 
cada cena e que constituem o quadrinho. Tais linhas podem ganhar 
formatos diferentes, chegam a ser circulares, trêmulas… Um formato mais 
anguloso ajuda na narrativa visual e deixa a leitura mais dinâmica, por 
exemplo. Até existem casos nas quais as linhas não existem efetivamente, o 
autor deixa ao leitor a tarefa de imaginá-las. 
10.3. HISTÓRIAS EM QUADRINHOS 
 
 
47 
 
 
 
 
BALÕES: figura que simboliza o ato da fala dos personagens, abrigando o 
texto da conversa. Os balões também podem ser desenhados de forma 
diferente, acumulando funções na HQ: linhas mais quadradas podem 
significar voz eletrônica, mais rabiscadas indicam de grito ou voz alta, 
aquelas que lembram nuvenzinhas constituem balões de pensamento e por 
aí vai… 
 
 
ONOMATOPÉIAS: representação de um som ambiente, 
que for importante para o desenrolar da história. Como 
não tem o rabicho, é desenhada bem próxima ao 
emissor do som. Assim, “TOC, TOC” indica o som de 
duas batidas na madeira, “CABRUM” uma explosão, 
“PLOFT” uma coisa caindo no chão e por aí vai. 
 
 
Produção Textual: 
 
 
48 
 
 
 
Escreva dentro do balão o que o personagem disse. Depois, escreva o que está acontecendo nesta 
história. 
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________ 
 
 
 
 
49 
 
Trabalhando com onomatopeias 
 
 
 
1. Observe, com atenção, as expressões TÓIM NHÓIM POU que aparecem nos quadrinhos 3 e 4. Para 
você, o que representam essas expressões? 
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________ 
 
 2. Se em lugar de TÓIM, o desenhista tivesse usado PLOFT o sentido seria o mesmo? Por quê? 
______________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________ 
 
3. Que diferença existe entre as linhas que formam o desenho do quadrinho 3 e o do quadrinho 4? Por 
que você acha que esses quadrinhos são diferentes? 
 
 
50 
 
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________ 
 
2. Trabalhando os balões da história em quadrinhos 
 
O que significa cada balão? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
51 
 
REFERÊNCIAS 
 
REVISTA PEDAGÓGICA SADEAM. Disponível em: <http://www.sadeam.caedufjf.net/wp-
content/uploads/2012/06/BOLETIM_SADEAM_LP_7EF_VOL-3.pdf>. Acesso em: 03 fev. 2017. 
 
SEQUÊNCIA DIDÁTICA. Disponível em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br>. Acesso em: 03 fev. 2017. 
 
DINÂMICAS DE LEITURA. Disponível em: <http://jacirapagani.blogspot.com.br/2011/10/dinamicas-para-
incentivar-leitura.html>. Acesso em: 08 fev. 2017. 
 
<http://recantodasletras.uou.br/trabalhosescolares/634746 >. Acesso em: 08 fev. 2017 
 
ATIVIDADES COM HQs. Disponível em: <http://aprenderpelaexperiencia.blogspot.com.br>. Acesso em: 
10 fev. 2017. 
 
BRASIL. Leitura e Produção de textos: Histórias em quadrinhos, textos jornalísticos e textos publicitários. 
GESTAR I. MEC: 2007. 
 
GUEDELHA, C. A. M. Como Ensinar Português Brincando – Oficina Prática. 2014. 
 
GARCIA, Othon M. Comunicação em Prosa Moderna. 17ª Edição. FGV. 2010. 
 
KOCHE, V. S.; MARINELLO, A. F.; BOFF, O. M. B. Leitura e Produção Textual: Gêneros Textuais do 
Argumentar e Expor. 5ª Ed. – Petrópolis, RJ: Vozes, 2014. 
 
KOCHE, V. S.; PAVANI, C. F.; BOFF, O. M. B. Prática Textual: Atividades de Leitura e Escrita. 6ª Ed. – 
Petrópolis, RJ: Vozes, 2009. 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.sadeam.caedufjf.net/wp-content/uploads/2012/06/BOLETIM_SADEAM_LP_7EF_VOL-3.pdf
http://www.sadeam.caedufjf.net/wp-content/uploads/2012/06/BOLETIM_SADEAM_LP_7EF_VOL-3.pdf
http://aprenderpelaexperiencia.blogspot.com.br/
 
 
52 
 
 
 
 
53 
 
 
ATIVIDADE 1 - LEITURA E INTERPRETAÇÃO 
 
OBJETIVO: 
 Compreender as propriedades formais de três gêneros específicos do universo dos 
quadrinhos – a tira, a tira cômica e a tira seriada – observando as diferenças e as semelhanças 
de cada um deles, seus meios de circulação e os recursos verbais e não verbais que os 
constituem. 
 Você certamente conhece as Histórias em Quadrinhos, também chamadas de HQs. 
 Mas e tirinha? Você sabe o que é? E o que a caracteriza? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
E, quando você compra um gibi, você corre para a última página, para ler aquela história 
pequeninha que aparece no final da revista, normalmente bem engraçadas? 
 Bem, essas são as tirinhas: pequenas histórias em quadrinhos, com as quais nos deparamos 
frequentemente em nosso dia a dia! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
54 
 
1- Observe a imagem abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Observando os elementos verbais e não verbais, podemos imaginar que o menino 
perguntou a sua mãe: 
 
A - ( ) “Mãe, onde eu nasci?” 
B - ( ) “Mãe, eu fui baixado pela internet?” 
C - ( ) “Mãe, qual é o nome do meu pai?” 
D - ( ) “Mãe, eu sou adotado?” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
55 
 
2 – Observe a imagem a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pelas imagens e pela fala do menino, podemos afirmar que sua intenção era 
A - ( ) fazer uma surpresa para sua mãe, enquanto ela estava dormindo. 
B - ( ) aprontar para irritar sua mãe, enquanto ela estava dormindo. 
C - ( ) ajudar a pintar a casa, enquanto seus pais estavam dormindo. 
D - ( ) fazer uma surpresa para seus pais, enquanto eles estavam dormindo. 
 
3 - Leia a fala do menino, no segundo balão, e compare com a imagem da mãe. A resposta mais 
adequada a essa situação é: 
A – ( ) “O menino compreendeu a reação da mãe, pois ela adorou a surpresa e por isso se 
emocionou”. 
B – ( ) “O menino não compreendeu a reação da mãe, pois ela adorou a surpresa e por isso se 
emocionou”. 
C – ( ) “O menino compreendeu a reação da mãe, já que ela se assustou com a surpresa e 
chorou de tristeza”. 
D – ( ) “O menino não compreendeu a reação da mãe, já que ela se assustou com a surpresa e 
chorou de tristeza”. 
 
 
 
 
56 
 
 
Como você já deve ter percebido, os quadrinhos são um gênero misto, que muitas vezes mistura 
linguagem verbal (as falas) e não verbal (as imagens). Observe: 
 
 
 
 
 
 
Mas você sabe por que eles têm esse nome? 
 O nome “quadrinhos” se deve ao formato no qual essas histórias são apresentadas. Os 
quadrinhos são uma sequência de quadros que expressam uma história, informação, ação etc. 
As tiras são um tipo específico de história em quadrinhos. 
 A diferença entre elas está na quantidade de quadrinhos. Geralmente as tirinhas são 
compostas de três ou quatro quadros, e as histórias em quadrinhos apresentam acima de 
cinco quadros. 
 Nas tiras, os quadrinhos apresentam um formato retangular ficando o quadro lado a lado, na 
horizontal, ou, às vezes, na vertical. Por isso, temos o nome “tira”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
57 
 
4 – Leia a tira abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Analisando texto, podemos perceber que Calvin não está satisfeito com a sua vida e gostaria 
que ela fosse como uma série de humor. São elementos do texto que comprovam essa 
afirmação 
A – ( ) apenas as imagens do texto. 
B – ( ) as falas e os gestos de insatisfação de Calvin. 
C – ( ) as falas e os gestos de insatisfação de Haroldo. 
D – ( ) a pergunta que Haroldo faz a Calvin no último quadrinho. 
 
5 - Observando os elementos verbais e não verbais do texto, assinale a opção correta. 
A – ( ) No segundo quadrinho, o pronome “eu” refere-se ao que está passando na televisão. 
B – ( ) No terceiro quadrinho, os pronomes “minhas” e “meus” referem-se aos pais do Calvin. 
C – ( ) No quarto quadrinho, o pronome “você” refere-se a alguém que não está presente na 
cena. 
D – ( ) No quarto quadrinho, o pronome “você” refere-se ao personagem Calvin. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
58 
 
 
6 - Observe a tirinha do gato Garfield a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sobre ela, podemos afirmar que: 
A – ( ) dizer que “o tempo voa” (1º quadrinho) é o mesmo que dizer que o tempo passa muito 
rápido. 
B – ( ) pela expressão de Garfield, podemos notar que ele está animado. 
C – ( ) a fala de Garfield no último quadrinho revela que ele está se divertindo. 
D – ( ) a expressão “o tempo voa” é errada, porque o tempo não pode voar. 
 
 
 
 
 
 
59 
 
 
7– Leia a o texto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A respeito das palavras “CRASH”, “BOOM”, “PAF”, “PUM” e “CLANG” podem-se fazer todas as 
afirmativas abaixo, EXCETO: 
 
A – ( ) não têm sentido claro, como é comum nas pichações. 
B - ( ) tentam reproduzir ou imitar diversos tipos de ruídos. 
C - ( ) opõem-se à ordem expressa na placa “SILÊNCIO HOSPITAL”. 
D - ( )estão em letras grandes atendendo às intenções do pichador. 
 
8 - Leia o texto abaixo. 
 
Um Remédio Chamado Carinho 
 
Você sabia que a desnutrição, às vezes, não é causada apenas pela má alimentação? 
Falta de carinho também pode dificultar o desenvolvimento de uma criança. 
Hoje, 1% a 5% das crianças brasileiras sofrem de desnutrição. 
 
 
60 
 
Para tentar amenizar o problema, um hospital de São Paulo, o Pérola Byington, está 
ensinando as mães de crianças com desnutrição a cantar para seus filhos e até brincar de roda. 
O “tratamento” está dando certo, ou seja, algumas doses extras de carinho não fazem mala 
ninguém. 
Um remédio chamado carinho. ZÁ, Coral Ed. n. 30, 1999. 
 
Para diminuir o problema da desnutrição, um Hospital de São Paulo está 
A – ( ) compensando a falta de comida com remédios. 
B – ( ) dando às crianças doses extras de alimentação. 
C - ( ) ensinando as mães a cantar e a brincar com os filhos. 
D - ( ) oferecendo música e recreação para as crianças. 
 
9 - Leia o texto abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disponível em: <http://www.burigotto.com.br/site/manuais/burigotto/tucanor.pdf>. Acesso em 09/10/08. 
 
Em “1. Puxe pelo cabo para abrir a armação”, a forma verbal puxe indica 
 
A - ( ) um convite. 
B - ( ) uma ordem . 
C – ( ) uma opinião. 
D - ( ) uma resposta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
61 
 
10 – Leia o texto abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
60% dos americanos estão acima do peso saudável. 
Os americanos consome, em média 200 calorias a mais por dia hoje do que uma década atrás - 
o suficiente para acrescentar 9 quilos à silhueta a cada ano. 
Uma criança que come em casa ingere, em média, 130 calorias a menos por refeição do que 
nos dias em que almoça num restaurante fast-food. 
Um refrigerante super size* contém o equivalente a 48 colheres de chá de açúcar. 
Seria preciso andar 7 horas seguidas para queimar uma refeição super size com refrigerante, 
fritas e Big Mac* 
 
1 Big Mac americano contém 600 calorias e fornece 51% da quantidade de gordura 
recomendada para ingestão diária. Nas filiais brasileiras, essa relação é um pouco melhor: 
O Big Mac contém 490 calorias e fornece 31% da gordura que um adulto deve ingerir em um 
dia. 
O lanche mais pecaminoso do McDonald's americano vem na caixa de dez unidades de tiras de 
 
 
62 
 
peito de frango empanadas: são 1250 calorias, 570 delas na forma de gordura. 
VEJA, 18 agosto 2004, p. 116. 
 
Em relação às principais idéias do Texto 1, o Texto 2 somente NÃO realiza uma: 
A _ ( ) confirmação 
B – ( ) complementação 
C – ( ) oposição 
D – ( ) argumentação 
 
 ROLETA INTERATIVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBJETIVO: 
Mobilizar as habilidades de leitura desenvolvidas no estudo 
dos textos trabalhados. 
ORIENTAÇÕES: 
O professor projetará a imagem de uma roleta, na parede, 
como também, poderá fixar um cartaz com uma roleta. 
A equipe escolherá um número da roleta correspondente a 
uma questão a ser respondida. Se ela responder 
corretamente, ganhará ponto. Caso erre, passará a vez 
para a outra equipe, esta, além de ter a oportunidade de 
responder a questão da equipe oposta, ainda poderá 
escolher outro número da roleta e responder a questão. 
 
 
63 
 
11 - No trecho “O medo e a tristeza passavam por ele como um arrepio de dor”, a conjunção em 
destaque expressa ideia de: 
 
A – ( ) causa. 
B – ( ) comparação. 
C – ( ) consequência. 
D – ( ) conclusão. 
 
12 - Em “se continuar sonhando acordado, você vai acabar sendo atropelado por um navio!”, o 
termo sublinhado estabelece, nesse trecho, relação de 
A – ( ) causa. 
B – ( ) condição 
C – ( ) concessão. 
D – ( ) tempo. 
 
13 - MICO DE SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS 
 
OBJETIVO: 
Associar sinônimos e antônimos, enriquecer o vocabulário. 
ORIENTAÇÕES: 
 Para este jogo, serão necessárias peças recortadas em papel cartão formando pares de 
sinônimos ou antônimos e uma peça representando o mico. O professor deverá formar número 
par de jogadores, até seis. Cada jogador forma o par utilizando duas cartas ex: alegre/feliz para 
sinônimos; Depois dos pares formados, as cartas restantes ficam na mão dos jogadores, estes 
tem direito de comprar um do outro, na tentativa de formar novos pares. O MICO é a única carta 
que não terá par. O jogo acaba quando todos os pares forem formados. Vence o jogo que formar 
a maior quantidade de pares e não permanecer com o MICO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
64 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE 2 - PRODUÇÃO TEXTUAL 
OBJETIVOS: 
Explorar o efeito de sentido gerado pela repetição de sons e palavras. 
Estruturar o poema em versos e estrofes. 
Utilizar sinônimos e antônimos como recursos de coesão e de construção do texto poético. 
Elaborar textos dos gêneros estudados. 
 
Aula 1: Se esta rua fosse minha .. 
 
 Caro aluno (a), nesta aula, iremos conhecer o gênero textual Poema. 
 Quem nunca se deliciou ouvindo um poema? Quem nunca escreveu alguns versos? 
 O poema se caracteriza pelo trabalho criativo com a palavra e é escrito em versos. 
Esse gênero textual utiliza de diversos efeitos sonoros que conferem ao texto ritmo, 
aproximando-o um pouco da música. 
 
 
65 
 
 Há poemas de tamanhos variados. A organização do poema em versos é o que mais 
claramente distingue a poesia da prosa, escrita em linhas contínuas. Cada verso ocupa uma 
linha e possui seu ritmo específico. Estrofe é o nome que se dá ao conjunto de versos. 
 O poeta José Paulo Paes, em “Convite” define bem o que é poesia. Vamos ler o poema?
 . 
 
CONVITE 
Poesia 
 é brincar com palavras 
 como se brinca 
 com bola, papagaio, pião. 
 
Só que 
 bola, papagaio, pião 
de tanto brincar 
se gastam. 
 
As palavras não: 
quanto mais se brinca 
com elas 
mais novas ficam. 
 
Como a água do rio 
 que é água sempre nova. 
 
Como cada dia 
 que é sempre um novo dia. 
 
Vamos brincar de poesia? 
Fonte:http://vendavaldasletras.wordpress.com/2011/12/03/jose-paulo-paes-poemas-para-brincar/ 
 
Agora, vamos às atividades! 
 
 O poeta José Paulo Paes escreveu muitos poemas lindos! O texto, a seguir, foi inspirado numa 
famosa cantiga de roda. Leia-o com atenção. 
 
 
 
66 
 
PARAÍSO 
Se esta rua fosse minha, 
eu mandava ladrilhar, 
 não para automóvel matar gente, 
 mas para criança brincar. 
 
Se esta mata fosse minha, 
eu não deixava derrubar. 
Se cortarem todas as árvores, 
onde é que os pássaros vão morar? 
 
Se este rio fosse meu, 
eu não deixava poluir. 
 Joguem esgotos noutra parte, 
que os peixes moram aqui. 
 
Se este mundo fosse meu, 
 eu fazia tantas mudanças 
que ele seria um paraíso 
de bichos, plantas e crianças. 
PAES. José Paulo. In: Vera Aguiar, coord. Poesia fora da estante, Porto Alegre: projeto, 1995. 
p. 153. 
 
1. A respeito do poema: 
a) Quantos versos e estrofes o poema possui? 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
b) Denomina-se rima a repetição de sons no fim das palavras. Transcreva as rimas da 1ª e 2ª 
estrofes. 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
 
 
 
67 
 
2. Em que cantiga o poeta se inspirou para escrever o poema? Escreva um trecho dessa 
canção. 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
3. Qual é o tema, isto é, o assunto principal do poema? 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
4. Se a rua do poema“Paraíso” fosse sua, o que você faria de especial? Faça mais uma estrofe 
para o poema. 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
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5. Agora é sua vez de produzir um poema. Um tema muito atual (e necessário) é a preservação 
do meio ambiente. Pense a respeito e escreva seu texto. Pode ter rimas ou não. Estruture-o em 
versos e estrofes. Você é capaz! A seguir, faça uma ilustração para o seu poema. 
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Aula 2: Poesia x Poema 
 
 Nesta aula, vamos conhecer a diferença entre poesia e poema. Muitos pensam se tratar 
da mesma coisa, de sinônimos, entretanto há diferença. A poesia não se limita ao texto. Ela 
está presente em canções, quadros e até em situações. Define-se poesia como um estado de 
alma, uma expressão de sentimento. 
Leia a tirinha a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
69 
 
Poesia em Quadrinhos 
 
 
Fonte: http://www.teoeominimundo.com.br/search/label/Croniquinhas 
 
 
 
 
 
Percebe-se a poesia presente na tirinha como um abraço ou uma carta repleta de sentimentos 
como amor ou saudade. 
Já o poema é uma composição poética, ou seja, uma unidade da poesia que se efetiva por meio 
de versos, os quais, uma vez reunidos, compõem o que chamamos de estrofe. 
 
 
 
 
 
 
70 
 
ABRAÇO 
Dourival José 
De repente deu vontade de um abraço... 
Uma vontade de entrelaço, 
de proximidade, de amizade... sei lá... 
Talvez um aconchego que enfatize a vida 
e amenize as dores... 
Que fale sobre os amores, 
que seja teimoso e, 
ao mesmo tempo, forte. 
Deu vontade de poder rever, 
saudade de um abraço. 
Um abraço que eternize o tempo 
e preencha todo espaço 
mas que faça lembrar do carinho, 
que surge devagarzinho 
da magia da união dos corpos, 
das auras... sei lá... 
Lembrar do calor das mãos, 
acariciando as costas, 
a dizer: "estou aqui." 
Lembrar do trançar 
dos braços envolventes 
e seguros afirmando: 
"estou com você"... 
Lembrar da transfusão de forças 
com a suavidade do momento... 
sei lá...abraço...abraço...abraço... 
abraço... abraço...abraço... 
abraço..abraço...abraço... 
 
O que importa é a magia deste abraço! 
A fusão de energia que harmoniza, 
integra tudo, e que se traduz 
no cosmo, no tempo e no espaço. 
 
 
71 
 
Só sei que agora 
deu vontade desse abraço 
Que afaste toda e qualquer angústia. 
Que desperte a lágrima da alegria, 
e acalme o coração 
Que traduza a amizade, 
 
o amor e a emoção... 
E, para um abraço assim, 
só pude pensar em você... nessa sua energia, 
nessa sua sensibilidade, 
que sabe entender o porquê... 
dessa vontade desse abraço... 
 
 Fonte: http://pensador.uol.com.br/frase/Mzk1Mzcw/ 
 
Agora, vamos às atividades! 
 
1. Já vimos que a poesia está presente em tudo. Leia a tirinha a seguir e transforme-a em um 
poema. A primeira estrofe pode ser retirada dos próprios quadrinhos. Escreva, no mínimo, mais 
uma estrofe. Capriche! 
 TIRINHA – POEMA 
 
Fonte: http://www.teoeominimundo.com.br/search/label/Croniquinhas 
 
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http://www.teoeominimundo.com.br/search/label/Croniquinhas
 
 
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2. A linguagem dos poemas é figurada, simbólica. Qual o sentido da palavra “primavera” na 
Tirinha-poema? 
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Vamos ler mais um poema: 
 
TEM TUDO A VER 
Elias José 
A poesia 
tem tudo a ve 
r com tua dor e alegrias, 
 com as cores, as formas, os cheiros, 
os sabores e a música 
do mundo. 
 
A poesia 
tem tudo a ver 
com o sorriso da criança, 
o diálogo dos namorados, 
as lágrimas diante da morte, 
 os olhos pedindo pão. 
A poesia 
tem tudo a ver 
 
 
73 
 
com a plumagem, o vôo e o canto, 
a veloz acrobacia dos peixes, 
as cores todas do arco-íris, 
o ritmo dos rios e cachoeiras, 
 o brilho da lua, do sol e das estrelas, 
a explosão em verde, em flores e frutos. 
A poesia 
 - é só abrir os olhos e ver – 
tem tudo a ver 
com tudo. 
Fonte: 
 http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_infantil/elias_jose.html 
3. O poema “Tem tudo a ver” de Elias José reforça o que vimos nesse caderno. Para ver a 
poesia basta estarmos com os olhos atentos em tudo que está à nossa volta. Faça mais uma 
estrofe mostrando que a poesia tem tudo a ver com tudo. Você é capaz! 
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ATIVIDADE 3 – LEITURA, INTERPRETAÇÃO E PRODUÇAO DE POEMA CONCRETO 
 
 Caro aluno, nesta aula, vamos conhecer uma maneira muito criativa de escrever poemas. 
Você já ouvir falar em poema concreto? Já leu um poema cuja forma lembrava o objeto 
descrito? 
O poema concreto preocupa-se em reproduzir as ideias através do visual. Para isso, ele elimina 
o verso tradicional e aproveita o espaço em branco para a disponibilização criativa das palavras. 
Além disso, são explorados aspectos relacionados à imagem, ao som e ao sentido das palavras, 
de forma a possibilitar múltiplas leituras. Esse tipo de poema também é chamado de poema-
objeto. 
Vamos conhecer alguns poemas concretos?! 
 
 
 
 
74 
 
Texto 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://gianinny16.blogspot.com.br/2013/05/poemas-concretos.htmlTexto 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: 
http://revistapercurso.uol.com.br/index.php?apg=artigo_view&ida=296&ori=edicao&id_edicao=35 
 
Texto 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte:http://laustria.deviantart.com/art/poema-concretFono-75833253 
http://revistapercurso.uol.com.br/index.php?apg=artigo_view&ida=296&ori=edicao&id_edicao=35
 
 
75 
 
Texto 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://poetasoffline.blogspot.com.br/2011/09/poesia-concreta-o-violao.html 
 
 
 
Texto 5 
 
 
 
 
Paulo Leminski 
Fonte: http://catracalivre.com.br/geral/livro/indicacao/a-poesia-concreta-de-arnaldo-antunes/ 
 
Texto 6 
 
 
 
Fonte: http://etristeviverdehumor.blogspot.com.br/2013/01/poesia-concreta.html 
http://catracalivre.com.br/geral/livro/indicacao/a-poesia-concreta-de-arnaldo-antunes/
 
 
76 
 
 
Texto 7 
 
A onda 
a onda anda 
aonde anda 
 a onda? 
a onda ainda 
 ainda onda 
 ainda anda 
 aonde? 
aonde? 
 a onda a onda 
 
Manuel Bandeira 
Fonte: http://www2.tvcultura.com.br/aloescola/literatura/poesias/manuelbandeira_aonda.htm 
 
Agora, vamos às atividades! 
 
1. Releia os poemas concretos e reconheça a que os fonemas (sons) e a disposição das 
palavras se referem: 
Texto 1 : ____________________________________________________________ 
Texto 2 : ____________________________________________________________ 
Texto 3 : ____________________________________________________________ 
Texto 4 : ____________________________________________________________ 
3. A partir do texto 4, em que um poema toma a forma de um violão, pense um pouco e produza o seu próprio 
poema concreto. 
Texto 5 : ____________________________________________________________ 
Texto 6 : ____________________________________________________________ 
Texto 7 : ____________________________________________________________ 
2. Em que eles diferem do poema tradicional? 
_______________________________________________________________________ 
_______________________________________________________________________ 
_______________________________________________________________________ 
_______________________________________________________________________ 
_______________________________________________________________________ 
3. A partir do texto 4, em que um poema toma a forma de um violão, pense um pouco e produza 
o seu próprio poema concreto. 
 
 
77 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. O poema “A onda”, de Manuel Bandeira, usa um recurso chamado de assonância – repetição 
de uma mesma vogal e aliteração – repetição de um mesmo fonema consonantal. Esses 
recursos conferem aos poemas maior ritmo. Leia outro poema que utiliza a aliteração. 
Bolhas 
Olha a bolha d'água 
no galho! 
Olha o orvalho! 
 
Olha a bolha de vinho 
na rolha! 
Olha a bolha! 
 
Olha a bolha na mão 
que trabalha! 
 
Olha a bolha de sabão 
na ponta da palha: 
 
brilha, espalha 
 
 
78 
 
e se espalha. 
Olha a bolha! 
 
Olha a bolha 
que molha 
a mão do menino: 
a bolha da chuva da calha! 
 
Cecília Meireles 
Fonte: http://bazardapoesia.blogspot.com.br/ 
 
Agora, produza um poema em que a repetição da mesma consoante conceda ao texto maior 
ritmo. Pode, por exemplo, repetir o fonema /v/ para sugerir o som do vento, ou o fonema /t/ para 
lembrar o som do trem, /r/ para imitar o som do motor ou /ch/ para imitar o som da chuva. 
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_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________ 
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_____________________________________________________________________________
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ATIVIDADE 4 - RECORTANDO TEXTOS: SUGESTÃO DE AULA DE LÍNGUA PORTUGUESA 
 
 
79 
 
Estratégias de Ensino 
Com uma divertida sugestão de aula de língua portuguesa, os alunos poderão entender melhor 
os mecanismos de coerência e coesão necessários para a construção textual. 
Professor, trabalhar com atividades diversificadas é um instrumento muito importante para o 
ensino da língua portuguesa, mesmo porque é preciso, ainda que eventualmente, sair da 
mesmice das aulas programadas no quadro negro e no livro didático. Para ajudar na 
implantação de atividades lúdicas e extremamente enriquecedoras para o aprendizado de seus 
alunos, elaboramos uma sugestão de aula de língua portuguesa que fará toda a diferença na 
abordagem das técnicas de redação. 
Escrever uma redação pode ser uma grande dor de cabeça para a maioria dos alunos. Mas 
quando o professor compreende a origem de alguns tabus que atingem o processo de escrita, 
fica mais fácil ensinar e, consequentemente, aprender. Boa parte dos alunos não compreende a 
importância da coerência e da coesão na construção de um texto. Dessa forma, escrever um 
parágrafo que faça sentido transforma-se em uma missão quase impossível. Para ajudar a turma 
a entender os mecanismos textuais, entre eles o uso correto dos elementos conectivos e das 
ferramentas que garantem inteligibilidade ao texto, propomos uma aula sobre recorte de textos. 
A ideia é simples, a execução também. Se você gosta de alunos enfileirados e silenciosos, não 
aplique a proposta, pois a intenção é fazê-los interagir com o conteúdo e com os colegas. 
Atenção às etapas do processo que, preferencialmente, deverá ser desenvolvido em pelo menos 
duas aulas: 
Tema: Recortando textos 
Etapas da aula: 
1. Para facilitar a execução da proposta de aula de redação, divida os alunos em trios, pois 
assim eles poderão trocar ideias com os demais colegas; 
2. Distribua recortes de textos de revistas ou jornais (trabalho que deverá ser feito previamente 
por você para que o tempo seja aproveitado ao máximo) para os alunos; 
3. Peça para cada trio analisar os recortes que recebeu. Os alunos deverão estabelecer 
possíveis conexões entre os textos e deles extrair um tema; 
4. É hora de escrever. Peça que os trios construam uma redação a partir de frases extraídas da 
coletânea de textos. Esse exercício deverá ser feito no caderno; 
5. Ressalte a importância da correção ortográfica. Posteriormente, cada texto deverá sofrer uma 
revisão mais minuciosa, contemplando assim seus aspectos estruturais; 
6. Prepare-se para ouvir construções engraçadas e absurdas: Peça que os trios façam a leitura 
dos textos em voz alta para a turma, que será responsável por julgar se o texto é coerente ou 
não. 
A ideia principal da atividade é fazê-los perceber que, se não faz sentido, não é coerente. Se 
não estabelece relações sintáticas com outros elementos da redação ou se não faz uso 
adequado de conectivos, não é coeso. Depois que os alunos perceberem os problemas 
 
 
80 
 
relacionados à estruturação do texto, sejam eles relativos à coerência ou à coesão, sugira 
algumas alterações e solicite que a turma corrija os textos produzidos. 
As atividades diversificadas no ensino de língua portuguesa são muito importantes para que os 
alunos participem do processo dialógico no qual toda relação ensino/aprendizado deve estar 
fundamentada.Contudo, é preciso avaliar com antecedência sua aplicabilidade e pertinência ao 
conteúdo, pois jogos e brincadeiras não devem ser feitos sem antes ponderarmos sobre sua 
eficácia e seus resultados efetivos. Lembre-se: as atividades lúdicas devem ser contextualizadas 
e, assim como o ensino tradicional, requerem reflexão e método. 
 
Por Luana Castro 
Graduada em Letras 
http://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/recortando-textos-sugestao-aula-
lingua-portuguesa.htm 
 
ATIVIDADE 5 
OFICINAS DE LÍNGUA PORTUGUESA COM FOCO EM SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS 
 
Gramática com textos: Relações causais e explicativas no discurso argumentativo. 
Objetivo(s) 
• Analisar as relações causais e explicativas no discurso argumentativo 
• Analisar os efeitos de sentido dos usos dos conectivos no discurso argumentativo 
Conteúdo(s) 
• Relações causais no discurso argumentativo. 
• Uso dos conectivos "pois" e "porque". 
Tempo estimado 
Seis aulas 
Desenvolvimento 
1ª etapa 
Introdução 
Esta é a penúltima de uma série de 16 sequências didáticas que fazem parte de um programa 
de estudo de gramática para 6º a 9º ano do Ensino Fundamental. Confira ao lado todas as aulas 
da série. 
Há várias formas de organizar as ideias quando queremos expressá-las por meio de um texto, 
seja ele escrito ou falado. Uma delas é a argumentação. O que caracteriza essa opção é o 
encadeamento de proposições com o intuito de defender um ponto de vista. Essa articulação 
pode se dar por meio das chamadas conjunções lógicas, como o "pois" e o "porque". O efeito de 
 
 
81 
 
causalidade característico de um texto argumentativo revela a relação entre duas ideias: uma é 
a causa, outra, a consequência. Conhecer as relações estabelecidas por essas conjunções é um 
requisito importante para o aluno ampliar sua capacidade de compreender e de produzir textos 
cada vez melhores. 
Neste bloco de aulas, não está em jogo a distinção - difícil até para os gramáticos - entre as 
orações coordenadas explicativas e as subordinadas adverbiais causais. O interesse aqui incide 
nas relações causais e explicativas construídas no interior de pequenos trechos. 
 
Peça que os alunos leiam o seguinte texto de Walnice Nogueira Galvão. O fragmento encontra-
se no livro Guimarães Rosa, no qual a autora analisa o romance Grande Sertão: Veredas, 
publicado em 1956. Nele, diferentemente dos romances voltados para o Nordeste, o sertão 
remete aos campos mineiros, ricos em pequenos riachos - as veredas -, em gado solto por 
pastos a perder de vista e na ética dos jagunços. No trecho, a autora analisa o papel da criação 
extensiva do gado na economia brasileira. 
 
TEXTO PARA LEITURA 
A presença difusa e constante do bovino, em Grande Sertão: Veredas, recria o universo da 
pecuária extensiva, onde o gado é criado solto e não estabulado. A origem dessa maneira de 
criar gado remonta aos tempos coloniais, quando a atividade econômica prioritária se resumia às 
plantações às quais se reservavam as terras mais férteis e mais próximas do litoral, para 
minimizar os custos do envio da mercadoria para a metrópole. Espécie de parente pobre da 
economia colonial, a criação de gado dispensava investimentos e se contentava com um mínimo 
de mão-de-obra. Era, todavia, indispensável, pois alimentava todos aqueles envolvidos na 
agroindústria, primeiro da cana-de-açúcar e mais tarde de café. Socialmente, era uma atividade 
atraente, pois reservava-se aos homens livres, porque os distinguia do trabalho manual dos 
escravos. 
GALVÃO, W. N. Guimarães Rosa. São Paulo: Publifolha, 2010 (Adaptado). 
Depois da leitura, peça que os alunos identifiquem no texto as informações sobre a pecuária 
extensiva. É provável que o primeiro empecilho da atividade seja o teor do texto. Muitos alunos 
podem reclamar que o fragmento mais parece indicado à disciplina de História. Caso isso 
ocorra, discuta com eles o caráter interdisciplinar do conhecimento. Walnice Galvão, no pequeno 
livro Guimarães Rosa, parte das referências constantes ao gado em Grande Sertão para 
analisar a presença da pecuária extensiva no Brasil. 
 
 
82 
 
Após a realização dos exercícios pelos alunos, inicie junto com eles a análise do texto de 
Walnice. Leia o texto novamente. Diga aos alunos que ele tem o intuito de expor uma idéia e de 
analisá-la. Dessa forma, a clareza, a ausência de ambiguidades é um dos seus objetivos. 
Inicie a análise, mostrando aos alunos que, mesmo quem não sabia o significado de pecuária 
extensiva não ficou perdido, pois o seu significado é explicitado no texto - é onde o gado é criado 
solto e não estabulado. Diga também a eles que o significado de "estabulado" pode ser inferido 
com base em nossos conhecimentos prévios: "estábulo" indica o lugar onde se prendem os bois, 
"não estabulado" significa não preso em estábulos. 
No segundo período, há novas caracterizações da atividade: são dadas circunstâncias temporais 
de seu início entre nós - o período colonial - e se insinua a localização e a relação com outras 
atividades - a pecuária se deu fortemente no interior do país. 
Os três períodos subsequentes trazem afirmações a respeito da pecuária extensiva e as 
explicam em seguida. A primeira diz que ela era uma prima pobre das outras atividades 
econômicas coloniais - dispensava investimentos e requisitava pouca mão-de-obra. Essa 
explicação, ao contrário dos dois próximos períodos, não possui um conectivo explícito. 
Continue a análise e assinale a presença da conjunção "pois". As duas ocorrências marcam 
relações explicativas - a pecuária era indispensável, pois alimentava os envolvidos na atividade 
da agroindústria; ela era socialmente interessante, pois reservava-se aos homens livres e os 
distinguia dos escravos. 
Para finalizar a análise, você pode dizer aos alunos que o texto não revela, mas insinua ideias a 
respeito da nossa formação socioeconômica. Uma é a relevância atribuída à exportação dos 
produtos agrícolas, outra é a valorização do trabalho livre. 
Como tarefa para casa, solicite aos alunos que pesquisem os usos do conectivo "pois". Sugira 
que busquem em dicionários exemplos desses usos e os copiem no caderno. 
 
 
 
2ª etapa 
Se você tiver acesso ao livro de Guimarães Rosa, você pode iniciar a aula, mostrando o 
exemplar aos alunos. Não se trata de indicar a leitura, nesse estágio escolar, mas de permitir a 
eles o contato inicial com uma referência importante da nossa literatura. A apresentação sucinta 
do enredo, a leitura de um pequeno trecho e uma informação perspicaz sobre o autor 
certamente deixarão marcas que poderão incentivar a leitura do romance no futuro. 
 
 
83 
 
Corrija a tarefa proposta. Reforce com os alunos o uso do "pois" como elemento conclusivo e 
como elemento explicativo. Alguns exemplos: 
Ele chegou atrasado, não conseguiu, pois, entrar. 
Eu não encontrei a chave, ela não estava, pois, em seu lugar. 
Ele não chegou, pois não há ruído na casa. 
Ele gostou da exposição, pois a indicou a todos os seus amigos. 
 
Proponha aos alunos que escrevam um pequeno parágrafo, analisando o texto de Walnice 
Galvão. Nessa produção, eles devem usar a conjunção "pois" com o sentido de explicação. 
Ouça e comente a produção dos alunos. 
3ª etapa 
Leia para os alunos o editorial abaixo, dedicado à água, publicado na Revista da USP, em 
junho/julho e agosto de 2006. 
EDITORIAL 
Com este número damos início à trilogia dos quatro elementos (água, terra, ar e fogo). 
Começamos com "Água" por razões quase óbvias. Se o corpo humano é quase 70% água, 
talvez essa seja uma ótima razão. Mas não sendo redundante, e não deixando de sê-lo, seria 
muito bom afirmar o velho bordão de que sem água não há vida. Vamos nos centrar no caso das 
grandes cidades. Como se daria a convivência de vários milhões de pessoas sem a utilização da 
água? Os romanos, já no seu tempo, tinham uma noção muito exata disso. E, aqui, cabe uma 
história divertidaenvolvendo o poeta Carlos Drummond de Andrade. Lá pelas tantas, vivendo no 
Rio de Janeiro, o bairro do poeta ficou sem água. O cidadão Drummond, indignado, escreveu 
uma carta aos jornais denunciando a falta do produto. Algumas pessoas, desavisadas, andaram 
recriminando publicamente tal fato. Afinal, por que um poeta do seu calibre iria descer do 
pedestal para reclamar de coisa tão banal? A resposta de Drummond foi de uma ironia que 
engolia a própria obviedade: "Sem água não posso tomar banho". Com muita propriedade, 
portanto, podemos dizer que sem água não temos comida na mesa, roupa lavada etc. 
Acontece ainda que a questão da água hoje se impõe dado o ritmo alucinante de expansão de 
algumas cidades. Cansamos de ouvir, ver e ler que estamos com problemas graves de esgoto a 
céu aberto, de lixo (dos mais variados) contaminando rios e nascentes. Na cidade de São Paulo, 
por exemplo, convivemos há anos com esta moléstia: a poluição dos rios Tietê e Tamanduateí, 
que cortam a cidade - isso, para ficarmos apenas nos dois que são os mais visíveis, que ainda 
não foram enjaulados pela canalização e não deixaram de ser observados por uma população 
que nem sequer pressente sua presença. 
 
 
84 
 
Água é vida. Passamos por um momento em que a questão da água se coloca como problema a 
ser solucionado a médio prazo. Se isso não for feito, dizem muitos ambientalistas, será o 
colapso. Assim, convidamos o leitor atento a procurar neste dossiê um texto que lhe agrade, da 
filosofia à arquitetura - água doce ou salgada. É uma ótima ocasião de se entrar em contato com 
uma das grandes questões do nosso tempo. 
Francisco Costa 
Texto disponível neste link 
Acessado em 16 de novembro de 2010. 
Após a leitura, pergunte aos alunos qual o objetivo do texto. Ouça-os e reitere o caráter de 
apresentação do tema analisado no dossiê e das razões que levaram a essa escolha. 
Em seguida, peça aos alunos que releiam o texto e identifiquem o uso de uma palavra com valor 
conclusivo que possa ser substituída pela conjunção "pois", com esse valor. Veja se 
identificaram a conjunção conclusiva "portanto" no trecho Com muita propriedade, portanto, 
podemos dizer que sem água não temos comida na mesa, roupa lavada etc. 
Assinale aos alunos que a conjunção "pois" insere-se entre duas vírgulas quando possui valor 
de conclusão. Já quando possui valor explicativo, a vírgula a antecede. 
Proponha aos alunos que escrevam um parágrafo apresentando, segundo as ideias do editorial, 
as razões que levaram à escolha do tema da revista. Nesse parágrafo, eles devem usar a 
conjunção "porque" com o valor de causa. 
4ª etapa 
Escreva no quadro o seguinte texto e leia-o em voz alta para os alunos. 
TEXTO PARA LEITURA 
Como os jovens delinquentes receberam muito mais trocas agressivas com o mundo exterior 
(família) do que amorosas, aprendem a conseguir a realização de suas necessidades mediante 
a violência ou força. Na medida em que crescem, cada vez que desejam algo, buscam obter o 
que sentiam como necessidade por meio dos furtos, roubos, estupros, homicídios, uso de 
tóxicos etc., o que, por sua vez, evidencia sua indiferenciação entre o eu e o não-eu e uma 
defesa compulsiva contra o profundo sentimento de privação. Ao enfrentar a crise da 
adolescência, onde tanto os impulsos agressivos como os libidinais estão exacerbados, estes 
menores não encontram um ambiente capaz de abarcar seus desequilíbrios momentâneos, o 
que favorece, mais uma vez, o aparecimento de atuações criminosas, muitas vezes, 
irreversíveis. 
Disponível neste link. 
Acessado em 16 de novembro de 2010. 
 
 
85 
 
Solicite que, em duplas, os alunos reflitam sobre o texto e expliquem, por meio de um pequeno 
texto, os mecanismos utilizados em sua construção. Discuta as respostas dos alunos. Nesse 
momento, mostre como o texto acima parte de uma afirmação tomada como verdade e causa da 
violência - os jovens delinqüentes receberam muito mais trocas agressivas com o mundo 
exterior (família) do que amorosas. Ou seja, devido a essa causa eles aprendem a conseguir a 
realização de suas necessidades mediante a violência ou força. Essa consequência atua como 
causa de outra cadeia, gerando outra consequência, pois esses jovens, quando crescem, cada 
vez que desejam algo, buscam obter o que sentiam como necessidade por meio dos furtos, 
roubos, estupros, homicídios, uso de tóxicos etc. 
Solicite aos alunos que reescrevam o primeiro período do texto, invertendo a ordem causa-
consequência e utilizando a conjunção "porque". Uma possibilidade de reescrita é: Os jovens 
delinquentes aprenderam a realizar suas necessidades por meio da violência porque receberam 
mais trocas agressivas com o mundo exterior que amorosas. 
Discuta com os alunos a diferença de sentido das duas construções. A anteposição da causa, 
como ocorre no texto original, sugere um fato conhecido e aceito pelo interlocutor. A anteposição 
da consequência atenua o caráter persuasivo da construção causal. 
Após a correção da atividade, proponha a eles que, em dupla, busquem conjunções ou locuções 
conjuntivas que estabeleçam relações de causa e consequência e reescrevam o trecho acima 
utilizando uma dessas formas. A tarefa deve ser iniciada em classe e concluída em casa. 
5ª etapa 
Realize a correção da tarefa proposta na aula passada. Entre as possibilidades de conjunções 
encontramos: pois, já que, uma vez que, dado que, visto que. Em seguida, apresente à turma o 
texto Brinquedos, de Roland Barthes. O texto foi escrito pelo crítico francês nos anos 1950; 
portanto, há quase sessenta anos. Nele, Barthes analisa os brinquedos franceses do período e 
os toma como uma reprodução do mundo adulto. O texto pode oferecer alguma dificuldade para 
os estudantes, mas deixe a eles - a atividade deve ser realizada em duplas - a tarefa de procurar 
entendê-lo. 
Em seguida, informe os alunos que, na próxima aula, eles deverão escrever um texto 
argumentativo analisando o papel dos brinquedos nos dias atuais, concordando ou não com as 
ideias de Barthes. Para ajudá-los nessa tarefa, proponha que, em casa, eles releiam e discutam 
o texto do filósofo com pais, irmãos mais velhos, tios ou outras pessoas da comunidade. 
BRINQUEDOS 
O adulto francês considera a criança como um outro eu; nada o prova melhor do que o 
brinquedo francês. Os brinquedos vulgares são assim, essencialmente, um microcosmo adulto; 
 
 
86 
 
são reproduções em miniatura de objetos humanos, como se, para o público, a criança fosse 
apenas um homem pequeno, um homúnculo a quem só se pode dar objetos proporcionais ao 
seu tamanho. 
As formas inventadas são muito raras; apenas algumas construções, baseadas na habilidade 
manual, propõem formas dinâmicas. Quanto ao restante, o brinquedo francês significa sempre 
alguma coisa, e essa alguma coisa é sempre inteiramente socializada, constituída pelos mitos 
ou pelas técnicas da vida moderna adulta: o exército, a rádio, o correio, a medicina (estojo 
miniatura de instrumentos médicos, sala de operação para bonecas), a escola, o penteado 
artístico (secadores, bobes), a aviação (paraquedistas), os transportes (trens, citroens, 
lambretas, vespas, postos de gasolina), a ciência (brinquedos marcianos). 
O fato de os brinquedos franceses prefigurarem literalmente o universo das funções adultas só 
pode evidentemente preparar a criança a aceitá-las todas, construindo para ela, antes mesmo 
que possa refletir o álibi de uma natureza que, desde que o mundo é mundo, criou soldados, 
empregados do correio e vespas. O brinquedo fornece-nos assim o catálogo de tudo aquilo que 
não espanta o adulto: a guerra, a burocracia, a fealdade, os marcianos etc. Aliás, na realidade, 
não é tanto a imitação que constituí o signo da abdicação, mas sim a literalidade dessa imitação: 
o brinquedo francês é, em suma, uma cabeça mirrada de índios jivaro - onde se reencontram 
numa cabeça com proporções de umamaçã, as rugas e os cabelos do adulto. 
Existem, por exemplo, bonecas que urinam: possuem um esôfago, e se lhes dá mamadeira, 
molham as fraldas; sem dúvida, brevemente, o leite transformar-se-á em água, em seus ventres. 
Pode-se, desta forma, preparar a menininha para a causalidade doméstica, "condicioná-la" para 
a sua futura função de mãe. Simplesmente, perante este universo de objetos fiéis e 
complicados, a criança só pode assumir o papel de proprietário, do utente, e nunca o do criador; 
ela não inventa o mundo, utiliza-o: os adultos preparam-lhe gestos sem aventura, sem espanto e 
sem alegria. Transformam-na num pequeno proprietário aburguesado que nem sequer tem de 
inventar os mecanismos de causalidade adulta, pois já lhes são fornecidos prontos: ela só tem 
de utilizá-los, nunca há nenhum caminho a percorrer. 
Qualquer jogo de construção, se não for demasiado sofisticado, implica um aprendizado de um 
mundo bem diferente: com ele a criança não cria nunca objetos significativos; pouco lhes 
importa se eles têm um nome adulto: o que ele exerce não é uma utilização, é uma demiurgia: 
cria formas que andam, que rodam, cria uma vida e não uma propriedade; os objetos conduzem 
a si próprios, já não são uma matéria inerte e complicada na concha da mão. Mas trata-se de um 
caso raro: o brinquedo francês, de um modo geral, é um brinquedo de imitação, pretende formar 
crianças-utentes e não crianças criadoras. 
 
 
87 
 
O aburguesamento do brinquedo não se reconhece só pelas suas formas, sempre funcionais, 
mas também pela sua substância. Os brinquedos vulgares são feitos de uma matéria ingrata, 
produtos de uma química, e não de uma natureza. Atualmente muitos são moldados em massas 
complicadas: a matéria plástica tem assim uma aparência simultaneamente grosseira e 
higiênica, ela mata o prazer, a suavidade, a humanidade do tato. Um signo espantoso é o 
desaparecimento progressivo da madeira, matéria um tanto ideal pela sua firmeza e brandura, 
pelo calor do seu contato; a madeira elimina, qualquer que seja a forma que sustente, o golpe de 
ângulos demasiado vivos, e o frio químico do metal: quando a criança manipula ou bate com ela 
onde quer que seja a madeira não vibra e não range, produz um som simultaneamente surdo e 
nítido; é uma substância familiar e poética que deixa a criança permanecer numa continuidade 
de tato com a árvore, a mesa, o soalho. A madeira não magoa, não se estraga também; não se 
parte, se gasta, pode durar muito tempo, viver com a criança, modificar pouco a pouco as 
relações entre o objeto e a mão; se morre, é diminuindo, e não inchando com esses brinquedos 
mecânicos que desaparecem sob a hérnia de uma mola quebrada. A madeira faz objetos 
essenciais, objetos de sempre. Ora, já praticamente não existem brinquedos de madeira só 
possível, é certo, numa época de artesanato. O brinquedo é doravante químico, de substância e 
de cor; a própria matéria- prima de que é construído leva a uma cenestesia da utilização e não 
do prazer. Estes brinquedos morrem, aliás, rapidamente, e, uma vez mortos, não têm para a 
criança nenhuma vida póstuma. 
BARTHES, Roland. "Brinquedos" . In: Mitologias. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1999, pp. 40-
42 (com cortes) 
Avaliação 
Nesta aula final, as duplas deverão redigir o texto argumentativo anunciado na aula anterior. 
Eles devem usar pelo menos três conjunções indicativas de relações de causa e consequência. 
Analise os trabalhos, faça seus comentários para cada dupla e, com base neles, peça a reescrita 
dos textos. O conjunto da obra pode ser transformado em uma publicação da turma ou ser 
exposto em murais na escola para acesso dos demais alunos. 
 
 
 
 
 
 
Sequência Didática para trabalhar com o celular em sala de aula. 
2 de abril de 2014 -Robélia Aragão 
 
 
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Justificativa: 
As escolas estão tendo dificuldades de desenvolver um trabalho pedagógico com o uso do 
celular, uma vez que a tecnologia ainda está distante da proposta pedagógica defendida pela 
mesma. A maioria dos professores não tem propriedade para explorar as várias vertentes 
tecnológicos e os alunos não conseguem se desvincular do uso da tecnologia. O celular é o 
principal recurso tecnológico usado em sala de aula por alunos, os quais usam deliberadamente, 
sem limites, chegando a interferir em suas capacidades de concentração. Como não podemos 
desconsiderar o poder do celular, pensei em propor esta sequência didática como uma forma de 
mostrar possibilidades do uso do mesmo em favor dos momentos de aprendizagem escolar 
funcional. 
Disciplinas: Das áreas de Linguagens. 
Série/Ano: Adaptável. 
Objetivos: 
Promover a comunicação entre os pares; 
Utilizar a tecnologia a favor da aprendizagem; 
Explorar conteúdos das disciplinas por meio da tecnologia; 
Otimizar o tempo em sala de aula. 
Sequência Didática: 
1. Peçam aos alunos que levem o celular para a sala de aula; 
2. Coletem o número do celular de cada um; 
3. Elejam um tema/assunto para os alunos tratarem considerando o conteúdo explorado ; 
4. Registrem em uma folha os números dos celulares com os respectivos nomes dos 
proprietários. Façam um sorteio dos números de celulares entre os participantes da turma; 
5. Peçam que os alunos digitem uma mensagem – SMS, sobre a importância das relações 
humanas, para o colega contendo: vocativo, texto/mensagem, despedida e assinatura; 
6. Peçam ao colega que recebeu a mensagem que der retorno; 
7. Depois, formem grupos com no mínimo 04 (quatro)alunos; 
8. Os grupos deverão pesquisar a história do aparelho de celular , respeitando os parâmetros do 
processo de comunicação; 
9. Agora, cabem aos professores dividir tarefas entre os grupos: 
Grupo 1: Montar uma linha do tempo com informações e imagens sobre o aparelho de celular, 
associando aos contextos sociais e históricos. 
 
 
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Grupo 2: Pesquisar sobre o uso de celular e a internet e apresentar em forma de seminário, 
considerando a temática; 
Grupo 3: Usar o celular para fotografar imagens associadas ao tema eleito e fazer uma 
exposição; 
Grupo 4: Usar o celular para fazer um vídeo informativo e criativo sobre a temática. Em seguida, 
exibir o vídeo em data show. 
Grupo 05: Fazer um teste/questionário com questões abertas e fechadas em dupla, sendo que 
sentarão um distante do outro, para que fale ao celular as questões e o outro responda, vice-
versa. 
7. Por fim, promovam um grande debate sobre O uso do celular no ambiente educativo: limites e 
possibilidades. Este deverá ser conduzido pelo professor. 
Robélia Aragão 
Professora/Coordenadora Pedagógica 
 
Leitura e escrita de textos do gênero memórias literárias 
Objetivo(s) 
• Ampliar a competência comunicativa, lendo e escrevendo textos socialmente relevantes 
sobre o trabalho com o gênero textual memórias literárias. 
• Ler, ouvir, compreender e comentar textos com base no gênero memórias literárias. 
• Identificar as características formais e discursivas do gênero memórias literárias. 
• Planejar, produzir, reescrever, revisar e publicar memórias literárias. 
• Realizar análise linguística sobre os textos produzidos. 
 
Conteúdo(s) 
• Gênero textual Memórias Literárias. 
• Leitura e compreensão. 
• Produção textual. 
• Procedimentos de produção, reescrita e revisão de textos. 
• Análise linguística - coesão, coerência, plural, tempos verbais, transposição da fala para a 
escrita, uso da letra maiúscula, pronomes, pontuação, vocabulário. 
Obs.: dependendo das dificuldades da turma, outros conteúdos linguísticos podem ser 
acrescentados ao projeto. 
Ano(s) 6º,7º,8º 
Tempo estimado - 8 meses 
 
 
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Material necessário 
• Filme "Adorável Professor" (Stephen Herek, 440 min, Buena Vista Filmes do Brasil, tel. 
11/5503-9900) 
• Coletânea "Meu Professor Inesquecível" (Fanny Abramovich/org., 160 págs., Ed. Gente, tel. 
11/3670-2500, 31,90 reais) 
• Conto "Galinha ao Molho Pardo", de Fernando Sabino(1923-2004), presente no livro "O 
Menino no Espelho" (176 págs., Ed. Record, tel. 21/2585-2407, 34,90 reais). 
• Biblioteca, acervo de livros ou textos do gênero Memórias Literárias. 
• Laboratório de informática com acesso a internet (facultativo). 
Desenvolvimento 
1ª etapa 
Como atividade introdutória, forme um círculo e distribua ao centro várias gravuras que remetam 
ao campo semântico da Educação. Sugira que cada aluno escolha uma imagem relacionada às 
suas vivências educacionais e fale sobre fatos e professores que foram importantes. Explique à 
turma que, nessa aula e nas seguintes, vocês vão falar sobre docentes inesquecíveis. Escolha 
um texto da coletânea Meu Professor Inesquecível, divida-o de acordo com os parágrafos e 
peça que cada estudante leia um em voz alta. Promova uma discussão sobre o texto. Proponha 
uma produção escrita baseada no seguinte enunciado: “É hora de recordar sua vida estudantil. 
Relembre os melhores momentos, os professores, os acontecimentos inesquecíveis e produza 
um texto utilizando suas memórias”. Durante as três atividades, inicie o mapeamento da turma 
com base na análise dos textos produzidos, focando o que cada um já sabe e o que necessita 
aprender. 
2ª etapa 
Pergunte à classe quais as qualidades de um bom professor. Liste as respostas no quadro. Em 
seguida, informe que todos assistirão ao filme Meu Adorável Professor. Ao terminar, proponha 
uma roda de conversa com base nas seguintes questões: 
• Como se sentiram ao assistir ao filme? 
• Já tinham ouvido lembranças semelhantes? 
• A história lembra alguma situação que já vivenciaram? 
• O que já aconteceu na vida estudantil de vocês que mereça ficar registrado? 
Os alunos devem falar sobre os temas propostos e registrar as considerações nos cadernos. 
Divida os alunos em duplas e proponha que façam uma lista com o nome dos bons professores 
que conheceram, os fatos mais importantes que vivenciaram juntos e o que chamou mais a 
atenção durante as aulas. Com base nisso, discuta o uso da letra maiúscula. Incentive as duplas 
 
 
91 
 
a sistematizar as regras de uso. Para finalizar, trabalhe a distinção entre memória e memórias 
por meio de consultas a dicionários e de uma discussão coletiva. 
 
3ª etapa 
Lance para a turma uma tempestade de ideias sobre o título da coletânea Meu Professor 
Inesquecível. Levante os seguintes questionamentos: 
• Quem é seu professor inesquecível? 
• O que ele fez de especial? 
Apresente à classe o escritor Marcos Rey (1925-1999), um dos autores que participam da 
coletânea. Leia o texto dele em voz alta. Peça que os alunos formem duplas e conversem sobre 
a maneira como o professor inesquecível do autor é apresentado no texto. Todos devem listar 
suas considerações. Discuta-as coletivamente e vá preparando, no quadro, um panorama das 
características do gênero memórias literárias. Peça que os estudantes registrem as informações 
no caderno. 
 
4ª etapa 
Distribua vários textos de memórias de diferentes autores para que os alunos realizem uma 
leitura silenciosa. Divida a turma em duplas e proponha que comentem sobre o que leram, 
escolham o texto que mais chamou a atenção e apresentem-no oralmente aos colegas. Convide 
um funcionário da biblioteca escolar (ou outro professor, caso a escola não possua biblioteca) 
para uma entrevista coletiva. A classe deverá fazer perguntas sobre as memórias estudantis 
dele. Proponha que cada dupla escreva um texto sobre as memórias que ouviu, prestando 
atenção nas alterações que ocorrem ao transpor a linguagem oral para a escrita. O trabalho 
deve ser realizado da seguinte maneira: um aluno é escolhido para ser o escriba e o outro narra 
as memórias como se fossem dele. O escriba registra tudo no caderno e o colega ajuda a 
melhorar a produção. Ao surgirem dúvidas, as duplas podem recorrer aos colegas e ao 
professor. A ideia é que a turma vá aprimorando os textos ao longo da aula. No fim, todos 
devem registrar no caderno as produções coletivas. 
Tomando como parâmetro essas produções, selecione alguns trechos dos textos que a turma 
produziu no começo do projeto. Sem especificar de quem é cada texto, analise coletivamente 
questões concernentes a coesão, coerência e vocabulário, fazendo as alterações necessárias e 
promovendo a reescrita coletiva. Chame a atenção também para aspectos relativos ao uso dos 
tempos verbais e dos pronomes, além de enfatizar a importância dos sinais de pontuação. 
 
 
 
92 
 
5ª etapa 
Realize uma visita à biblioteca da escola. Convide um estudante a escolher um livro na seção de 
Memórias Literárias e realizar a leitura em voz alta para a turma. Sugira que todos escolham um 
texto de memórias para realizar a leitura silenciosa na biblioteca e um livro para ler em casa. 
Incentive os alunos a visitar a biblioteca constantemente e auxilie-os a criar esse hábito. Se a 
escola possuir laboratório de informática, complemente a atividade pedindo que a turma 
pesquise na internet informações sobre os autores lidos. Retornando à sala de aula, proponha 
que os alunos socializem as informações encontradas. Com base nelas, montem coletivamente 
uma lista com a vida e a obra de cada autor. Escolha um estudante para digitar a lista. Faça 
cópias dela e entregue à classe. Para finalizar a etapa, com base nelas, elabore um plano global 
para a produção final do tema meu professor inesquecível. Explique à classe que o texto deve 
ter as seguintes características: ser construído com base na vivência, ter foco narrativo e 
pronomes em primeira pessoa, utilizar narrador-personagem, ser uma produção com início, meio 
e fim e utilizar tempo e espaço apropriados ao gênero. Peça que todos registrem o plano no 
caderno. Lance a proposta para que cada um prepare um roteiro provisório. 
 
6ª etapa 
Inicie o trabalho com o texto Galinha ao Molho Pardo. A primeira leitura pode ser feita em voz 
alta pelo professor e acompanhada pelos alunos, que devem ter uma cópia em mãos. Realize 
uma análise coletiva dos usos dos sinais de pontuação, que pode resultar na construção de um 
quadro temático. Relembre todas as atividades realizadas e, de posse do material produzido 
pelos estudantes ao longo das aulas e do roteiro, peça que cada um comece a produção do 
texto final. O título deve ser Meu Professor Inesquecível. Explique que as produções vão compor 
uma coletânea que será apresentada à escola. 
 
7ª etapa 
Com base na produção da etapa anterior, realize um processo de revisão coletiva e outro 
individual. Para começar, liste no quadro problemas que permeiam a maioria dos textos, discuta-
os e apresente as explicações mais gerais. Em seguida, devolva os textos e proponha que os 
alunos formem duplas para melhorarem suas produções. Recolha os textos, leia-os 
minuciosamente e anote sugestões para aprimorá-los. Entregue as produções com observações 
específicas para que cada um realize a reescrita individual. Leia novamente os textos e sugira os 
últimos aprimoramentos e as questões ortográficas que precisam ser ajustadas. Estabeleça um 
prazo para a entrega da versão final. Para finalizar, peça que os alunos produzam uma capa 
 
 
93 
 
para a coletânea. Organize o livro e prepare a cerimônia de lançamento. Faça uma lista de 
professores, funcionários e membros da comunidade que serão convidados. 
 
Produto final 
Livro com as memórias literárias da turma. 
 
Avaliação 
Os avanços na aprendizagem precisam ser avaliados por meio da análise comparativa das 
produções, registro processual dos textos e dificuldades da turma e das intervenções realizadas 
pelo professor. Tudo deve ser registrado e organizado em um portfólio. 
 
Análise dos personagens na narrativa 
Objetivo(s) 
• Aumentar o repertório literário. 
• Ler textos pré-selecionados e analisar os personagens, identificando as características e a 
importância de cada um para a narrativa. 
• Apresentar um seminário sobre os personagensdas histórias lidas. 
Conteúdo(s) 
• Leitura. 
Ano(s) 6º, 7º,8º,9º. 
Tempo estimado 
12 aulas. 
Material necessário 
• Textos: Felicidade Clandestina (Clarice Lispector, 60 págs., Ed. Rocco), O Doido da Garrafa 
(Adriana Falcão, 132 págs, Ed. Planeta do Brasil), Suflê de Chuchu (publicado em Comédias 
Para se Ler na Escola, Luis Fernando Veríssimo, 148 págs, Ed. Objetiva), Rosa Regada 
(publicado em Boa Companhia - Contos, Amilcar Bettega Barbosa, 128 págs. Ed. Companhia 
das Letras). 
Desenvolvimento 
1ª etapa 
Retome com os jovens a estrutura básica de uma narrativa (espaço, narrador, tempo, enredo, 
personagem, tipo de discurso) e explique que vocês vão aprofundar o estudo sobre o 
personagem. Mostre a diferença entre as funções que podem ser desempenhada por ele: 
protagonista, antagonista ou secundário. Relembre também a classificação quanto à evolução 
 
 
94 
 
na narrativa: personagem plano (ou linear), que mantém o comportamento, e personagem 
redondo (ou esférico), que surpreende no desenrolar da trama. 
2ª etapa 
Apresente os títulos dos quatro textos a serem estudados: Felicidade Clandestina, O Doido da 
Garrafa, Suflê de Chuchu e Rosa Regada e apresente os autores. Incentive a turma a realizar 
inferências sobre os textos somente com base nos títulos. Por exemplo, em que consistiria uma 
felicidade clandestina? O que seria um doido da garrafa? E que garrafa seria essa? O que terá 
acontecido com o suflê? Será que há relação com o fato do chuchu ser considerado insosso? A 
rosa do título seria uma mulher com esse nome ou se acaso se referiria à flor? Discuta essas e 
outras questões e monte um quadro com as opiniões. 
3ª etapa 
Distribua cópias de todos os textos para os alunos e solicite que leiam o material 
individualmente. Considere realizar o momento da leitura em outro ambiente que não a sala de 
aula, como o pátio ou o jardim da escola e recomende algumas leituras para serem realizadas 
como tarefa de casa. Combine um prazo com a garotada. 
4ª etapa 
Encerradas as leituras, peça que estudantes comentem os textos lidos e retome as questões 
sobre os títulos, que foram registradas no quadro anteriormente: quais inferências se 
confirmaram? 
5ª etapa 
Divida a classe em três grupos - cada um será responsável por analisar mais a fundo uma 
histórias já lidas e também os personagens que fazem parte delas. Os jovens poderão escolher 
de qual grupo querem participar. Para começar a análise dos personagens, eleja um dos textos - 
por exemplo, Suflê de Chuchu - e organize um trabalho coletivo, em que você faça o papel de 
mediador. Assim, os alunos terão um modelo a seguir quando estiverem analisando o texto 
eleito por eles. Além de chamar atenção para as descrições feitas pelo autor, ressalte outros 
aspectos que podem ter muito a revelar sobre os personagens. Dentre eles, o jeito de falar e o 
vocabulário usado por eles e o comportamento de cada um. Com Suflê de Chuchu, instigue os 
alunos a inferir como era a vida da personagem Duda no Brasil antes da viagem, principalmente 
no que se refere às tarefas domésticas. Sugira que façam um contraponto com a realidade dela 
na França. Peça também que caracterizem os pais da personagem (protetores, modernos, 
tradicionais...). O fragmento do 1º parágrafo pode servir de ponto de partida para a análise: "(...) 
O primeiro telefonema desde que ela embarcara, mochila nas costas (a Duda, que em casa não 
levantava nem a sua roupa do chão!), na Varig, contra a vontade do pai e da mãe.". 
 
 
95 
 
6ª etapa 
Explique para a turma que a tarefa agora é cada grupo analisar os personagens da narrativa 
escolhida e preparar um seminário a respeito. Ressalte a importância de todos os grupos 
contarem com um material para apoiar as falas (como cartazes ou slides) durante a 
apresentação. Esclareça também a validade de prepararem uma explanação breve sobre a vida 
do autor da história. Quanto às análises das personagens, deixe claro para os alunos que elas 
devem ir além das classificações estudadas anteriormente (personagem plano ou esférico, 
protagonista, antagonista ou secundário). Esclareça que é importante que eles busquem no 
texto informações - explícitas ou não - para apresentar os personagens. Instrua-os a buscarem 
pistas no modo de falar e no vocabulário deles, na forma com que se vestem, no temperamento, 
nas relações com os outros personagens... 
7ª etapa 
Agende reuniões com cada grupo para que os jovens apresentem a você o que analisaram até 
então. Ajude-os a aperfeiçoar o trabalho, apresentando questões desafiadoras. Por exemplo: 
• "No conto Felicidade Clandestina há uma descrição minuciosa da filha do dono da livraria, 
porque será que isso acontece?", "Com base no que o autor escreveu, como provavelmente é a 
narradora?". Sugira para a turma listar os dados que revelam informações sobre os personagens 
e analisá-los, lembrando que a narradora-personagem deste texto é descrita física e 
psicologicamente (como aparece nos trechos "Como essa menina devia nos odiar, nós que 
éramos imperdoavelmente bonitinhas, esguias, altinhas, de cabelos livres" ou "Até que um dia, 
quando eu estava à porta de sua casa, ouvindo humilde e silenciosa a sua recusa, apareceu sua 
mãe."). 
• Em O Doido da Garrafa chame a atenção dos alunos para o parágrafo inicial do texto. "O que 
faz o personagem ser considerado doido pelas outras pessoas?" e "Quais atitudes ou gestos do 
personagem estão realmente fora do que a sociedade considera ¿normal¿ e quais são 
¿comuns¿"? Instigue-os a perceber as características apresentadas sobre os outros 
personagens do texto. Chame a atenção ainda para as descrições metafóricas usadas para 
caracterizar o modo de vida do "doido da garrafa", como aparece no trecho: "Sentia uma paixão 
azul dentro do peito, desde criança, sempre que olhava o mar e orgulhava-se muito disso". 
• No texto Rosa Regada chame a atenção para a descrição feita sobre Rosa no primeiro 
parágrafo. Qual possivelmente é a idade dela? É possível saber como ela é física e 
psicologicamente usando o texto como base? Como interpretar a afirmativa, contida no texto: 
"Rosa era quase um verão"? Sobre seus pais, chame a atenção sobre a relação entre eles e 
seus afazeres (o pai duro e silencioso de formão em punho e a mãe, em um canto da choupana, 
 
 
96 
 
tecendo uma colcha para um inverno distante). Peça que os jovens analisem também a relação 
da personagem com a natureza e a importância disso para o desenrolar da narrativa. 
Avaliação 
Analise se cada aluno foi capaz de ler com atenção e autonomia os textos selecionados, 
identificar e analisar os personagens, além de participar ativamente das discussões. No que se 
refere à apresentação do seminário, avalie a participação em todo o processo de pesquisa, 
montagem do material de apoio e na apresentação. É importante verificar também a qualidade 
das inferências feitas pelos estudantes e o quanto eles se prendem a características explícitas. 
Para aperfeiçoar eventuais fragilidades de leitura, é interessante selecionar um novo texto para 
que a turma realize mais uma análise, desta vez, individualmente. 
 
 
ATIVIDADE 6 - SEQUÊNCIA DIDÁTICA: A POESIA DO COTIDIANO 
 
Objetivo(s) 
 
• Relacionar o gênero poema à situação comunicativa e ao suporte em que circula 
originalmente. 
• Estabelecer conexões entre o texto e os conhecimentos prévios dos alunos. 
• Inferir, dos elementos presentes no próprio poema, o significado de palavras e expressões de 
sentido figurado. 
• Valorizar a leitura literária como experiência estética. 
• Compartilhar impressões sobre as obras. 
• Identificar elementos do estilo do autor. 
Conteúdos 
• Leitura. 
• Comunicação oral. 
Anos - 7º e 8º. 
Tempo estimado - Sete aulas. 
Material necessário 
Pôster com poemas de Mario Quintana e livros Esconderijos do Tempo (88 págs., Ed. Alfaguara, 
tel. 21/2199-7824, 29,90 reais), O Aprendiz deFeiticeiro Seguido de Espelho Mágico (184 págs., 
Ed. Alfaguara, 32,90 reais), Preparativos de Viagem (96 págs., Ed. Alfaguara, 29,90 reais) e Baú 
de Espantos (148 págs., Ed. Globo Livros, tel. 11/3767-7402, edição esgotada), todos de 
 
 
97 
 
Quintana. Caso não possua exemplares em quantidade suficiente, providencie cópias dos 
poemas a ser trabalhados durante a sequência. 
Desenvolvimento 
1ª etapa 
Explique aos alunos que eles farão a leitura de vários textos de um dos maiores poetas 
brasileiros e que, no fim, organizarão um sarau. Escolha um poema de Mario Quintana que você 
aprecie, leia para todos e explicite os motivos pelos quais o selecionou. Converse sobre o que 
os jovens pensam do ofício de ser poeta. Pergunte: "Como esses escritores se inspiram?", "Que 
poetas vocês conhecem?" e "De que poemas lembram?". Nas respostas, todos poderão 
compartilhar seu repertório desse gênero. Promova uma leitura compartilhada de O Velho Poeta, 
do livro Preparativos de Viagem, incluído no pôster que acompanha esta sequência. Ali, o autor 
revela que tem as mesmas dúvidas de todo ser humano. No entanto, nada o apavora mais do 
que o próximo texto. Discuta essas percepções. A ideia não é que todos cheguem a uma 
interpretação única, mas que possam trocar impressões. Na aula seguinte, divida a turma em 
grupos de até quatro alunos e distribua um poema para cada equipe. Informe que todos farão a 
leitura e conversarão sobre outros textos do autor que abordam o trabalho do poeta. É 
fundamental que você selecione e leia os textos anteriormente para planejar como apresentá-
los. A seleção pode contemplar Os Grilos e O Poeta, de Preparativos de Viagem, e Se o Poeta 
Falar num Gato, O Poeta Canta a Si Mesmo e O Poeta É Belo, de Esconderijos do Tempo, este 
último presente no pôster. Deixe que os adolescentes compartilhem nos grupos seus 
comentários acerca do que leram. Enquanto conversam, observe os aspectos notados e, caso 
julgue necessário, apresente sua opinião. Confira se conseguem perceber os efeitos criados por 
algumas figuras de linguagem utilizadas pelo autor. Por fim, convide cada grupo a apresentar o 
poema lido e deixe que os demais comentem. 
 
2ª etapa 
Nos próximos encontros, o tema será o poema. O objetivo é mostrar que para o autor a 
linguagem poética está mais próxima do que imaginamos: em animais feridos e em pedras 
escondidas em abismos, por exemplo. Mas, para que o leitor possa ver a poesia da vida, é 
preciso que os poetas traduzam-na em palavras. Escolha os textos de que você mais gostou 
ligados a esse tema para apreciar com os alunos e indique outros para que leiam em casa. 
Algumas opções são: Os Poemas e Eu Fiz um Poema, ambos do livro Esconderijos do Tempo, o 
último incluído no pôster; O Poema, de O Aprendiz de Feiticeiro Seguido de Espelho Mágico; 
Poesia, Sempre Que Chove e O Verso, de Preparativos de Viagem; e O Pobre Poema, A Missa 
 
 
98 
 
dos Inocentes, Poema Desenhado, Poema Ouvindo o Noticiário e Data e Dedicatória, de Baú de 
Espantos. Chame a atenção para as metáforas (presentes em "O verso é um doido cantando 
sozinho", de O Verso) e comparações ("Eu fiz um poema belo / e alto / como um girassol de Van 
Gogh / como um copo de chope sobre o mármore", de Eu Fiz um Poema). 
 
3ª etapa 
Organize os alunos em duplas, trios ou quartetos e peça que preparem a leitura de um poema 
de Quintana para uma apresentação para a classe. Não é obrigatório que decorem, mas, se isso 
for possível, vai engrandecer a experiência. Indique que ensaiem e atentem para as pausas, o 
ritmo e a sonoridade dos textos. Para ajudá-los, promova a audição de gravações em que 
poetas e atores leem poemas. Neste site, há vários exemplos em áudio e vídeo. Outras opções 
são os vídeos encontrados em bit.ly/abujamra1 e bit.ly/paulojose, com leituras feitas pelos atores 
Antônio Abujamra e Paulo José, respectivamente. Ao ouvir as declamações ou assistir a elas, 
ajude a classe a observar a entonação utilizada e as palavras destacadas. Experimente, junto 
com os alunos, fazer a leitura de alguns dos textos que ouviram ressaltando outros termos. Ao 
se preparar para o sarau, eles deverão planejar quais palavras irão ressaltar e como. No dia da 
apresentação, afaste as mesas e distribua as cadeiras em semicírculo para que todos possam 
ver e ouvir com atenção os colegas. 
 
4ª etapa 
Organize uma visita à biblioteca da escola ou selecione alguns sites para que todos possam 
conhecer outras obras de Quintana. Disponibilize folhas pautadas avulsas para que copiem os 
poemas de que mais gostarem. De volta à sala, exponha os poemas compilados em um varal e 
fixe na parede o pôster desta edição. Explique que o material ficará exposto para que os alunos 
voltem a consultá-lo livremente. 
 
Avaliação 
Acompanhe as aprendizagens obtidas pela turma nessa sequência observando se cada um: 
• participa das conversas e valida suas impressões com base em trechos dos poemas; 
• estabelece relações entre as leituras propostas outros textos conhecidos; 
• identifica características do estilo do autor ao escrever sobre o ofício do poeta e o poema. 
 
Consultoria: Denise Guilherme 
Assessora pedagógica e formadora de professores 
 
 
99 
 
Por Camila Camilo 
"A Festa de Babette": aproxime a garotada dos contos de Clarice Lispector 
Publicado por 
Objetivo(s) 
Comparar as linguagens cinematográfica e literária. 
Conteúdo(s) 
A linguagem cinematográfica e a literária. 
Ano(s) 7º, 8º 
Material necessário 
Filme "A Festa de Babette". 
Trechos selecionados 
A sequência em que o jantar de aniversário é servido (1h04m20s a 1h41m06s), que será usada 
como base para a atividade. 
Desenvolvimento 
1ª etapa 
Introdução 
Na Dinamarca do século 19, duas irmãs vivem numa aldeia isolada com o pai, que é o pastor de 
uma pequena igreja protestante. Alguns anos depois, uma francesa refugiada chamada Babette 
implora por ajuda e passa a trabalhar como governanta da casa. Após a morte do pai, as duas 
decidem realizar um jantar para comemorar o 100º aniversário de seu nascimento. "A Festa de 
Babette pode ser trabalhada para comparar a linguagem cinematográfica e a literária, já que o 
texto lembra bastante um conto de Clarice Lispector (1920-1977)", comenta o professor Claúdio 
Bazzoni, assessor da prefeitura de São Paulo. 
Mostre à turma a cena de A Festa de Babette, que tem uma forte semelhança com o conto A 
Repartição dos Pães, da escritora Clarice Lispector, do livro Laços de Família (Rocco, 1998, 126 
págs., 24 reais, tel. 21/ 3525-2000). Proponha a leitura individual do texto. Se for a primeira obra 
da autora lida pela turma, fale um pouco sobre ela e sobre sua produção. Após a leitura, 
esclareça possíveis dúvidas e, em seguida, peça que escrevam individualmente sobre as 
analogias que encontraram entre o conto e o filme. Organize uma discussão coletiva sobre como 
o mesmo tema foi tratado de forma diversa por meio da linguagem literária e cinematográfica. 
 
Avaliação 
 
 
100 
 
Analise os textos produzidos observando se o tema sugerido por você foi contemplado. Avalie 
também a participação dos estudantes no debate, verificando se o conteúdo tratado foi 
compreendido por todos. 
 
Literatura na escola - 9º ano: Poemas de Baudelaire 
 
Objetivo(s) 
• Estimular o gosto pela leitura; 
• desenvolver a competência leitora; 
• desenvolver a sensibilidade estética, a imaginação, a criatividade e o senso crítico; 
• estabelecer relações entre o lido/vivido ou conhecido (conhecimento de mundo); 
• reconhecer a diferença entre sentido literal e figurado; 
• aprofundar-se na particularidade da palavra poética; 
• conhecer algumas características da poética de Baudelaire. 
Conteúdo(s) 
• Eu lírico ou Eu poético; 
• Modernidade; 
• Sentido literal e figurado; 
• Paráfrase, hipótese, análise e interpretação. 
Ano(s) 9º 
Tempo estimado 
6 aulas 
Material necessário 
• LivroAs Flores do Mal, Charles Baudelaire. 660 págs, Editora Nova Fronteira, tel (21) 2131 
1183, preço 72 reais 
 
Desenvolvimento 
1ª etapa 
Introdução 
Esta é a décima quarta de uma série de 16 sequências didáticas que formam um programa de 
leitura literária para o Ensino Fundamental II. Clique aqui para acessar o conteúdo completo. 
 
Em aula expositiva dialogada, apresente aos alunos um pouco da biografia de Charles 
Baudelaire 
 
 
101 
 
Charles Baudelaire 
Paris, França 1821- 1867 
 
Órfão de pai aos seis anos, Charles-Pierre Baudelaire viria a odiar o segundo marido da mãe, o 
general Jacques Aupick. Após anos de desavenças com o padrasto, Baudelaire interrompeu os 
estudos em Lyon, na França, para fazer uma viagem à Índia. Na volta, participou da Revolução 
de 1848. 
Após esse período conturbado, passou a frequentar a elite aristocrática. Envolveu-se com a atriz 
Marie Daubrun, a cortesã Apollonie Sabatier e a também atriz Jeanne Duval, uma mestiça por 
quem se apaixonou e a quem dedicou o ciclo de poemas "Vênus Negra". 
Em 1847, lançou "La Fanfarlo", seu único romance (trata-se, mais propriamente, de uma novela 
autobiográfica). Dez anos depois, quando se publicaram "As Flores do Mal" ("Les Fleurs du 
Mal"), todos os envolvidos com o livro foram processados por obscenidade e blasfêmia. Além de 
pagarem multa, viram-se obrigados a retirar seis poemas do volume original - só publicado na 
integra em edições póstumas. 
Tanto "As Flores do Mal" como "Pequenos Poemas em Prosa" (póstumos, 1869) introduziram 
elementos novos na linguagem poética, fundindo opostos existenciais como o sublime e o 
grotesco. 
Entre seus ensaios, destaca-se "O Princípio Poético" (1876), em que fixa as bases de seu 
trabalho. Nos diários (também publicados postumamente), revela-se profético e radical 
contestador da civilização moderna. 
De 1852 a 1865, Baudelaire traduziu os textos do poeta e contista norte-americano Edgar Allan 
Poe por quem se entusiasmara já no final da década de 1840. 
Outro Baudelaire, o sifilítico e usuário de drogas, surge em "Os Paraísos Artificiais, Ópio e 
Haxixe" (1860), uma especulação sobre plantas alucinógenas, parcialmente inspirada pelas 
"Confissões de um Comedor de Ópio" (1821), do escritor inglês Thomas de Quincey. Há 
também obras de cunho intimista e confessional, como "Meu Coração Desnudo". 
Dissipou seus bens na boemia e na jogatina parisienses. Mergulhado em dívidas, teve de 
resignar-se a medidas judiciárias tomadas pelos familiares, e um tutor foi nomeado para 
controlar-lhe os gastos. 
Seus últimos anos foram obscurecidos por doenças de origem nervosa. Após uma vida repleta 
de tribulações, Baudelaire morreu com apenas 46 anos, nos braços da mãe. Seu talento e seu 
intelecto só seriam totalmente reconhecidos depois. No século 20, tornou-se um ícone, 
influenciando direta e indiretamente toda a moderna poesia ocidental. 
 
 
102 
 
http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u312.jhtm 
 
2ª etapa 
Leia com os alunos o poema "O albatroz" e garanta a compreensão do vocabulário. 
O Albatroz 
 
Às vezes, por prazer, os homens de equipagem 
Pegam um albatroz, enorme ave marinha, 
Que segue, companheiro indolente de viagem, 
O navio que sobre os abismos caminha. 
 
Mal o põem no convés por sobre as pranchas rasas, 
Esse senhor do azul, sem jeito e envergonhado, 
Deixa doridamente as grandes e alvas asas 
Como remos cair e arrastar-se a seu lado. 
 
Que sem graça é o viajor alado sem seu nimbo! 
Ave tão bela, como está cômica e feia! 
Um o irrita chegando ao seu bico em cachimbo, 
Outro põe-se a imitar o enfermo que coxeia! 
 
O poeta é semelhante ao príncipe da altura 
Que busca a tempestade e ri da flecha no ar; 
Exilado no chão, em meio à corja impura, 
As asas de gigante impedem-no de andar. 
 
Em seguida, peça aos alunos que formulem por escrito, em grupos de quatro, uma paráfrase e 
uma hipótese interpretativa sobre o poema. Para isso, entregue aos grupos as seguintes 
questões: 
1. O que fala cada um dos poemas? Faça uma "paráfrase" de cada poema, ou seja, explicite 
seu conteúdo no nível mais literal possível. 
2. Do que falam os poemas? Arrisque uma hipótese interpretativa do sentido figurado do 
poema. 
Depois que os grupos terminarem, socialize os resultados. 
 
 
103 
 
Paráfrase 
 
A paráfrase é a primeira parte da análise. A ela corresponde à resposta da questão "o que fala o 
poema?". É uma espécie de explicitação do sentido literal do texto, por mais evidente ou 
estranho que isso possa parecer. 
 
Exemplo: O poema fala sobre um albatroz capturado por marinheiros de um navio. Impedida de 
voar, a ave, imponente nos céus, reduz-se a uma figura desengonçada, cômica e feia, 
arrastando pelo chão suas enormes asas. O Eu lírico compara o albatroz ao poeta, que se 
sobressai no terreno do elevado, mas move-se mal ao rés-do-chão. 
 
Hipótese interpretativa 
 
Existe uma espécie de paradoxo entre análise e interpretação. Se por um lado a interpretação é 
uma consequência do que foi investigado na análise, por outro é a própria interpretação que 
norteia a análise toda. 
 
Quando começamos a analisar um poema, estamos buscando elementos para atingir o seu 
sentido mais profundo. Ao mesmo tempo, desde o início temos em mente uma possibilidade de 
leitura, uma hipótese interpretativa. O que vamos fazer aqui é torná-la consciente. 
 
Exemplo: A comparação entre o poeta e o albatroz refere-se aos temas da poesia. O poeta seria 
capaz de produzir versos belos quando figura temas elevados, como o amor, a vida ou a 
natureza. No entanto, posto ao nível da vida cotidiana, ele seria incapaz de fazer bons versos. 
 
Como pode-se notar, há uma distância entre o sentido literal e o figurado desse poema. Para 
verificar se nossa hipótese tem fundamento, é preciso partir para a análise. 
 
3ª etapa 
Mostre à classe como a compreensão do sentido literal do poema se distancia da compreensão 
do sentido figurado. Em seguida, tente tornar claro para a turma as operações mentais que 
fazemos para passar de um nível ao outro. Esse é o momento da análise. 
 
Oralmente, pergunte: 
 
 
104 
 
a) Em que aspectos poeta e albatroz podem ser comparados? 
b) Para o poeta, o que seria buscar as alturas? 
c) Por que, uma vez no chão, ele estaria "exilado" 
Análise 
 
Analisar é "desmontar" o poema, é verificar de que forma as palavras deixam a sua acepção 
corrente e ganham a dimensão de imagem. É investigar a organização do discurso poético: 
quais são as partes que o compõem e como elas se articulam. Cada poema tem inúmeros 
elementos que, articulados, geram diferentes significações. A ideia não é investigar todos esses 
elementos de forma mecânica, mas somente aqueles que sirvam para verificar a sua hipótese 
interpretativa. 
 
A análise constrói argumentos que sustentam a interpretação. É ela que vai conduzir o leitor 
através do seu raciocínio. É como se, lendo a sua hipótese interpretativa, o leitor dissesse "não 
entendi" ou "não concordo". Sua análise é o caminho para convencê-lo. 
Se durante o processo de análise perceber que sua hipótese não é central para a compreensão 
do "sentido profundo" do poema, demonstre, sempre de forma argumentativa, a não centralidade 
da sua tese anterior (hipótese interpretativa) e formule sua nova hipótese. Com ela formulada, 
continue a convencer o leitor dos novos rumos da sua análise. Não há problema nenhum em 
trocar de hipótese. Ao contrário, muitas vezes isso é indício de uma leitura rigorosa. 
 
Não podemos esquecer também que, em arte, forma é conteúdo. Por isso, é preciso ressaltar a 
contribuição que alguns aspectos formais possam vir a ter na economia do poema. "Aspectos 
formais" são elementos que se referem menos diretamente ao que foi escrito e mais ao como foi 
escrito: as rimas, a divisão em versos, repetições de palavras, refrões, aliterações, assonâncias, 
as diferentesfiguras de linguagem etc. O que, na forma do poema "o albatroz", chama mais 
atenção? 
 
Exemplo resumido: O poema "O albatroz" possui uma estrutura simples: todo ele se organiza em 
torno da comparação entre a ave e o poeta. A primeira estrofe narra o passatempo dos 
marinheiros de capturar um albatroz para seguir viagem no navio. A segunda, descreve o quanto 
a ave é desajeitada quando em solo firme. Na terceira estrofe o Eu lírico se dirige ao albatroz e 
manifesta seu espanto diante da feiúra do bicho quando este anda ao invés de voar. 
 
 
 
105 
 
Na última estrofe o Eu lírico, ao comparar o "príncipe da altura" ao poeta, abre para o sentido 
figurado a leitura das três estrofes anteriores: o poeta, ao rés-do-chão, é cômico e feio, e aquilo 
que o eleva aos céus o impede de andar "em meio à corja impura". 
 
Para compreender "O albatroz" e alguns elementos essenciais da poética de Baudelaire, é 
preciso conhecer sua importância para a poesia moderna e seu lugar na história da literatura 
ocidental. Por isso, a análise agora dará lugar ao comentário. 
 
4ª etapa 
Em alguns poemas, a análise solicita informações externas à obra para elucidar seu sentido 
mais profundo. "A partir de agora, [o poema] será concebido não como um todo autônomo, mas 
parcela de um todo maior. Assim como as partes do poema são elementos de um conjunto 
próprio, o poema por sua vez é parte de um conjunto formado pelas circunstâncias de sua 
composição, o momento histórico, a vida do autor, o gênero literário, as tendências estéticas de 
seu tempo, etc. Só encarando-o assim teremos elementos para avaliar o significado da maneira 
mais completa possível (que é sempre incompleta, apesar de tudo)", diz Antonio Candido no 
livro Na sala de aula: caderno de análise literária. 
 
E, em aula expositiva, explique à turma um pouco sobre a importância de Baudelaire para a 
poesia moderna. 
Comentário 
Exemplo resumido: Charles Baudelaire é considerado o precursor da poesia moderna. Ele 
percebeu como ninguém a mudança de sensibilidade inerente à vida agitada das grandes 
cidades da era industrial. No mundo moderno, não há mais lugar para a comoção lírica e o poeta 
precisa se adaptar aos novos tempos. Para Baudelaire, o poeta moderno deve abandonar o belo 
sublimado da poesia romântica e descer ao rés-do-chão para falar com um leitor cuja 
sensibilidade está habituada a vivências de choque. Os leitores dessa nova realidade têm os 
sentidos hiperexcitados pelo mundo das mercadorias e estão pouco afeitos a efusões líricas. 
Têm a sensibilidade embotada e a imaginação reduzida. Por isso, mundo moderno exige uma 
nova poesia, que encontre beleza no feio, na lama, na miséria. Baudelaire reivindicou a todos os 
aspectos da realidade, inclusive os mais horrendos e grotescos, o direito de serem figurados na 
linguagem poética. 
 
5ª etapa 
 
 
106 
 
Organize a turma em grupos de quatro e peça que respondam novamente às questões da 
terceira aula, mudando o que acharem necessário. Acrescente a seguinte questão: 
Há uma crítica ao poeta figurado no poema? Qual seria ela? 
Interpretação 
Interpretar significa escolher uma leitura entre outras possíveis. A interpretação corresponde à 
resposta da questão "do que fala o poema". Ela é a exposição de seu sentido profundo. É ele 
que estamos buscando desde o início. É também agora que vamos refazer de forma sintética o 
caminho da primeira hipótese, a "hipótese interpretativa", até a formulação final que fizemos 
durante o processo de análise e concluir o trabalho. 
 
Exemplo resumido: Dissemos na hipótese interpretativa que a comparação entre o poeta e 
o albatroz referia-se aos temas da poesia. Após a análise ter lançado mão do comentário, 
podemos ampliar nossa primeira hipótese: 
Ao comparar o poeta ao albatroz, Baudelaire clama uma adaptação dos poetas a realidade do 
mundo moderno. É preciso que o poeta abandone os vôos altos da sublimação romântica e 
aprenda a andar com os pés no chão, escolhendo como tema de poesia tudo o que a vida 
oferecer, incluindo o que choca por ser feio, fétido, desagradável ou grotesco. 
 
6ª etapa 
Leia com a turma os poemas transcritos abaixo para mostrar como Baudelaire usou todo tipo de 
tema como matéria para seus versos. 
 
A mendiga ruiva 
Ruiva e branca a aparecer, 
Cuja roupa deixar ver 
Por seus rasgões a pobreza 
Como a beleza, 
A mim, poeta sofredor, 
Teu corpo de um mal sem cura 
Todo manchas de rubor, 
Só tem doçura. 
E calças (muito mais bela 
Que a Rainha da Novela 
Com os seus coturnos brancos) 
 
 
107 
 
Os teus tamancos. 
Em vez de molambos, mal 
Não te iria a roupa real, 
Chegando as ondulações 
Até os talões; 
Em vez de meia de crivos, 
Para os olhos dos lascivos 
Um punhal na perna linda 
Brilhasse ainda; 
E laços mal apertados 
Mostrem aos nossos pecados 
Os teus seios a brilhar 
Como um olhar; 
Para seres desnudada 
Tu te faças de rogada. 
Possam expulsar teus braços 
Dedos devassos; 
Pérolas formosas, ou 
Poemas do mestre Belleau 
Que os galantes na prisão 
Sempre te dão, 
A chusma dos rimadores 
Dedicando-te primores, 
Contemplando-te o escarpim 
No varandim, 
Muito pagem a sonhar 
E muito senhor Ronsard 
Olhariam com sigilo 
Teu fresco asilo! 
No leito dos teus delírios 
Terás mais beijos que lírios 
Tua lei dominará 
Mais de um Valois! 
- Porém segue a tua lida, 
 
 
108 
 
Só por sobras de comida 
Jogadas por distanciadas 
Encruzilhadas; 
E só quer teu sonho louco 
Joias que valem bem pouco 
Que eu nem posso, ó Deus clemente, 
Dar de presente. 
Nada te orna neste instante, 
Perfume, rubim, diamante, 
Só tua nua magreza! 
Minha beleza! 
A uma passante 
 
A rua em torno era um frenético alarido. 
Toda de luto, alta e sutil, dor majestosa, 
Uma mulher passou, com sua mão suntuosa 
Erguendo e sacudindo a barra do vestido. 
 
Pernas de estátua, era-lhe a imagem nobre e fina. 
Qual bizarro basbaque, afoito eu lhe bebia 
No olhar, céu lívido onde aflora a ventania, 
A doçura que envolve e o prazer que assassina. 
 
Que luz... e a noite após! - Efêmera beldade 
Cujos olhos me fazem nascer outra vez, 
Não mais hei de te ver senão na eternidade? 
 
Longe daqui! tarde demais! nunca talvez! 
Pois de ti já me fui, de mim tu já fugiste, 
Tu que eu teria amado, ó tu que bem o viste! 
Uma carniça 
Lembra-te, meu amor, do objeto que encontramos 
Numa bela manhã radiante: 
Na curva de um atalho, entre calhaus e ramos, 
 
 
109 
 
Uma carniça repugnante. 
As pernas para cima, qual mulher lasciva, 
A transpirar miasmas e humores, 
Eis que as abria desleixada e repulsiva, 
O ventre prenhe de livores. 
Ardia o sol naquela pútrida torpeza, 
Como a cozê-la em rubra pira 
E para ao cêntuplo volver à Natureza 
Tudo o que ali ela reunira. 
E o céu olhava do alto a esplêndida carcaça 
Como uma flor a se entreabrir. 
O fedor era tal que sobre a relva escassa 
Chegaste quase a sucumbir. 
Zumbiam moscas sobre o ventre e, em alvoroço, 
Dali saíam negros bandos 
De larvas, a escorrer como um líquido grosso 
Por entre esses trapos nefandos. 
E tudo isso ia e vinha, ao modo de uma vaga, 
Ou esguichava a borbulhar, 
Como se o corpo, a estremecer de forma vaga, 
Vivesse a se multiplicar. 
E esse mundo emitia uma bulha esquisita, 
Como vento ou água corrente, 
Ou grãos que em rítmica cadência alguém agita 
E à joeira deita novamente. 
As formas fluíam como um sonho além da vista, 
Um frouxo esboço em agonia, 
Sobre a tela esquecida, e que conclui o artista 
Apenas de memória um dia. 
Por trás das rochas, irrequieta, uma cadela 
Em nós fixava o olho zangado, 
Aguardando o momento de reaver àquela 
Náusea carniça o seu bocado. 
- Pois hás de ser como essa infâmia apodrecida, 
 
 
110 
 
Essa medonha corrupção, 
Estrela de meus olhos, sol de minha vida, 
Tu, meu anjo e minha paixão! 
Sim! tal serás um dia, ó deusa da beleza, 
Após a bençãoderradeira, 
Quando, sob a erva e as florações da natureza, 
Tornares afinal à poeira. 
Então, querida, dize à carne que se arruína, 
Ao verme que te beija o rosto, 
Que eu preservei a forma e a substância divina 
De meu amor já decomposto! 
Avaliação 
Divida a classe em grupos de quatro e peça que cada grupo escolha um poema de As Flores do 
Mal. Diante do poema escolhido, os grupos devem responder por escrito às seguintes questões: 
1. O que fala cada um dos poemas? Faça uma "paráfrase" de cada poema, ou seja, explicite 
seu conteúdo no nível mais literal possível. 
2. Do que falam os poemas? Arrisque uma hipótese interpretativa do sentido figurado do 
poema. 
3. Como cada poema fala? Descreva como as palavras se organizam em cada um dos poemas 
para produzir os sentidos que você intuiu na questão 2. 
Se for possível, analise posteriormente em classe os poemas trabalhados pelos grupos. 
Quer saber mais? 
Poemas de Baudelaire na internet: 
- http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/charles-baudelaire/o-albatroz.php 
-http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/charles-baudelaire/a-mendiga-ruiva.php 
- http://www.blocosonline.com.br/literatura/poesia/pidp/pidp010748.htm 
-http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/charles-baudelaire/as-litanias-de-sata.php 
- http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/charles-baudelaire/uma-carnica.php 
 Literatura na escola - 9º ano: Contos de Julio Cortázarr 
 
Objetivo(s) 
 
Estimular o gosto pela leitura; 
Desenvolver a competência leitora; 
 
 
111 
 
Desenvolver a sensibilidade estética, a imaginação, a criatividade e o senso crítico; 
Estabelecer relações entre o lido/vivido ou conhecido (conhecimento de mundo); 
Conhecer as características do gênero Conto; 
Conhecer as características da narrativa fantástica. 
 
Ano(s) 6º,7º,8º,9º 
Tempo estimado - Seis aulas 
Material necessário 
- Livro Todos os fogos o fogo. Julio Cortázar. Ed. Civilização Brasileira, 2009 
Desenvolvimento 
 
1ª etapa 
Introdução 
Esta é a décima terceira de uma série de 16 sequências didáticas que formam um programa de 
leitura literária para o Ensino Fundamental II 
 
Antecipação/Motivação/Sensibilização 
 
Lance a pergunta à classe: 
- Você já ouviu falar do escritor Julio Cortázar? Conhece alguma obra que ele escreveu? 
Apresente o autor aos alunos. 
Julio Cortázar 
Filho de pai diplomata, Julio Cortázar nasceu por acaso em Bruxelas, no ano de 1914. Com 
quatro anos de idade foi para a Argentina. Com a separação de seus pais, o escritor foi criado 
pela mãe, uma tia e uma avó. Adquiriu o título de professor normal em Letras e iniciou seus 
estudos na Faculdade de Filosofia e Letras - tendo que abandoná-la em seguida, por problemas 
financeiros. Para poder viver, deu aulas em diversos colégios do interior do país. Por não 
concordar com a ditadura vigente na Argentina, mudou-se para Paris em 1951. 
 
Autor de contos considerados como os mais perfeitos no gênero, podemos citar entre suas 
obras mais reconhecidas "Bestiário" (1951), "Las armas secretas" (1959), "Rayuela" (1963), 
"Todos los fuegos el fuego" (1966), "Ultimo round" (1969), "Octaedro" (1974), "Pameos y 
Meopas" (1971), "Queremos tanto a Glenda (1980) e "Salvo el crepúsculo" - póstumo (1984). O 
escritor morreu em Paris, de leucemia, em 1984. 
 
 
112 
 
http://www.releituras.com/jcortazar_menu.asp 
 
2ª etapa 
Leia com os alunos o conto "A Autoestrada do Sul", de Julio Cortázar, publicado no livro Todos 
os fogos o fogo, conversando, ao final da leitura, sobre as possíveis dúvidas e a compreensão 
do enredo. 
3ª etapa 
Peça aos alunos que se reúnam em grupos de quatro e, com base no conto lido na aula anterior 
(e em todos os outros do repertório de sua turma), tentem chegar a uma definição de conto. Em 
seguida, discuta coletivamente as hipóteses da turma. Tente chegar a uma definição coletiva. 
Julio Cortázar, além de grande contista, teorizou sobre o gênero conto. No livro Valise de 
cronópio (ed. Perspectiva, São Paulo, 2006.), Cortázar fala sobre o gênero em dois momentos: 
"Alguns aspectos do conto" (p. 135 a 146) e "Do conto breve e seus arredores" (p. 227 a 238). 
 
É interessante que o professor leia tais ensaios para discutir o conto enquanto gênero com seus 
alunos. A seguir, alguns apontamentos de Julio Cortázar: 
 
("Alguns aspectos do conto") 
Quase todos os contos que escrevi pertencem ao gênero chamado fantástico por falta de nome 
melhor, e se opõem a esse falso realismo que consiste em crer que todas as coisas podem ser 
descritas e explicadas... (p.148) 
 
... o conto parte da noção de limite, e, em primeiro lugar, de limite físico, de tal modo que, na 
França, quando um conto ultrapassa vinte páginas, toma já o nome de nouvelle... (p. 151) 
 
...o Romance e o conto se deixam comparar analogicamente com o cinema e a fotografia, na 
medida em que um filme é em princípio uma "ordem aberta", romanesca, enquanto que uma 
fotografia bem realizada pressupõe uma justa limitação prévia, imposta em parte pelo reduzido 
campo que a câmara abrange e pela forma com que o fotógrafo utiliza esteticamente essa 
limitação. ...o fotógrafo ou o contista sentem necessidade de escolher e limitar uma imagem ou 
um acontecimento que sejam significativos, que não só valham por si mesmos, mas também 
sejam capazes de atuar no espectador ou no leitor como uma espécie de abertura, de fermento 
que projete a inteligência e a sensibilidade em direção a algo que vai muito além do argumento 
visual ou literário contido na foto ou no conto. (p.. 151-152) 
 
 
113 
 
 
...o romance ganha sempre por pontos, enquanto que o conto deve ganhar por knock-out. (p. 
152) 
 
Um conto é ruim quando é escrito sem essa tensão que se deve manifestar desde as primeiras 
palavras ou desde as primeiras cenas. (p. 152) 
 
Um conto é significativo quando quebra seus próprios limites com essa explosão de energia 
espiritual que ilumina bruscamente algo que vai muito além da pequena e às vezes miserável 
história que conta. (p. 153) 
 
...a ideia de significação não pode ter sentido se não a relacionarmos com as de intensidade e 
de tensão, que já não se referem apenas ao tema, mas ao tratamento literário desse tema. (p. 
153) 
 
4ª etapa 
Em aulas expositivas dialogadas, analise o primeiro conto de Todos os fogos o fogo, 
obedecendo aos procedimentos de análise literária organizados abaixo: 
 
1) Paráfrase: 
A paráfrase é a primeira parte da análise. Ela corresponde à questão "o que fala o texto?". É um 
resumo do enredo, um "contar história com as suas próprias palavras", por isso deve ser curta e 
objetiva, deve resumir-se apenas ao essencial. 
Exemplo: Em um domingo à tarde, motoristas que tentavam chegar a Paris pela Autoestrada do 
Sul são surpreendidos por um grande engarrafamento. Ninguém sabe a causa do incrível 
congestionamento que dura horas, dias, meses. Durante esse período, os motoristas dos 
veículos são obrigados a se organizar como um grupo para conseguir comida, água, agasalhos, 
cuidar dos doentes e até mesmo decidir o que fazer com os mortos. Ao final, o engarrafamento 
se desfaz como se fez: sem maiores explicações. 
 2) Questão norteadora e hipótese interpretativa: 
Quando vamos analisar um texto de ficção, temos como objetivo construir uma interpretação 
dele ao final da análise. Acontece que, se por um lado a interpretação é uma consequência do 
que foi investigado na análise, por outro é a própria interpretação que norteia a análise toda. 
Como assim? 
 
 
114 
 
 
Ao analisarmos um conto, estamos buscando elementos para atingir o seu sentido mais 
profundo ou, em outras palavras, para interpretá-lo. Ao mesmo tempo, desde o início temos em 
mente uma ideia do que o conto significa, uma hipótese interpretativa ou um elemento que nos 
deixou intrigados - algo que parece que a história não responde por si mesma. Por exemplo, 
sabemos que não encontraremoso motivo que levou ao incrível congestionamento, mas por que 
o engenheiro do Peugeot 404 fica nostálgico da vida engarrafada quando finalmente o trânsito 
se põe a andar? 
 
Em uma obra literária de qualidade, há sempre algo a ser respondido pelo leitor. A interpretação 
se constrói por um trabalho de leitura do qual participam ativamente tanto o escritor quanto 
aquele que o lê. O autor deixa pontos obscuros, "fios soltos", e cabe ao leitor "desatar os nós", 
ou seja, formular as perguntas e criar as respostas. Para responder a essas questões menos 
evidentes na leitura do conto, chamadas aqui de "questões norteadoras", precisamos criar as 
nossas hipóteses de leitura, nossas hipóteses interpretativas. 
Exemplo de questão norteadora: Por que o engenheiro do Peugeot 404, quando finalmente se 
livra do congestionamento, sente falta da vida na Autoestrada do Sul? 
 
Exemplo de hipótese interpretativa: Talvez isso se explique pelo fato de ele ter se apaixonado, 
namorado e engravidado a moça do Dauphine. 
3) Análise: 
Analisar é "desmontar" o texto, é verificar quais são as partes que o compõe e como elas se 
articulam. Cada obra literária tem inúmeros elementos que, articulados, a constituem. A ideia 
não é investigar todos - nem seria possível - mas apenas alguns. Quais? A análise deve 
construir argumentos que sustentem a interpretação. É ela que vai conduzir o leitor através do 
seu raciocínio. 
Não podemos esquecer que, em arte, forma é conteúdo. Por isso, é preciso ressaltar a 
contribuição que alguns aspectos formais possam vir a ter na economia do conto. O que são 
aspectos formais? São elementos que se referem menos diretamente a o que está sendo dito e 
mais ao como está sendo dito, ao tratamento literário do tema. O tipo de narrador, a 
caracterização de algum personagem, o tempo, o espaço e o tipo de discurso são alguns dos 
elementos formais que podem ser fundamentais para desvendar mistérios. Se você observar 
bem o conto escolhido, não será difícil perceber algo que, em sua forma, lhe chame a atenção. 
 
 
115 
 
Por exemplo, o fato de o narrador, apesar de ser em terceira pessoa, saber do engarrafamento 
tanto quanto os personagens: apenas um sem número de boatos sobre suas causas. 
 
Existem inúmeros elementos passíveis de análise em uma boa obra literária. Se conseguirmos 
ter uma boa questão (que se refere mais ao conteúdo) e ainda um olhar atento no que se refere 
à forma, então já será possível traçar um caminho seguro pelo qual nossa análise pode seguir. 
Retomemos isso depois. 
Exemplo resumido de análise: O conto se inicia já em situação: todos estão parados em um 
grande congestionamento na Autoestrada do Sul. Aos, poucos, vamos conhecendo os 
personagens envolvidos: a "moça do Dauphine", o "engenheiro do Peugeot 404"... Nenhum 
personagem é chamado por seu nome. Temos deles apenas as primeiras impressões que se 
pode ter em um congestionamento: "duas freiras do 2HP", um homem pálido que dirige um 
Caravelle etc. 
 
As causas do engarrafamento não são reveladas: o narrador, mesmo em terceira pessoa, tem 
dos acontecimentos uma visão tão parcial quanto a de qualquer um dos personagens 
envolvidos. É como se o olhar fosse de um personagem qualquer, constituindo uma narrativa em 
terceira pessoa com "cara" de primeira. 
Para o professor 
Veja o que diz Cortázar sobre seu uso peculiar da 3ª pessoa narrativa no ensaio "Do conto breve 
e seus arredores": 
 
...quando escrevo um conto busco instintivamente que ele seja de algum modo alheio a mim 
enquanto demiurgo, que se ponha a viver com uma vida independente, e que o leitor tenha ou 
possa ter a sensação de que de certo modo está lendo algo que nasceu por si mesmo... Talvez 
por isso, nas minhas narrativas em terceira pessoa, procurei quase sempre não sair de uma 
narração stricto sensu, sem essas tomadas de distância que equivalem a um juízo sobre o que 
está acontecendo. Parece-me uma vaidade querer intervir num conto com algo mais que o conto 
em si. (pp. 229-230) 
O tempo do congestionamento, inicialmente contado pela moça do Dauphine em minutos e 
horas, passa a ser contado em dias pelo narrador e personagens. Depois, as únicas referências 
tornam-se o calor, o frio e umas árvores à direita que nunca ficam para trás. 
 
 
 
116 
 
Aos poucos, os motoristas são obrigados a travar contato para trocar água, comida, cobertores, 
cuidar dos doentes e entreter as crianças. O tempo se põe a passar de forma quase estática: 
todos permanecem parados, preocupados muito mais com a subsistência do que com as causas 
do incrível acontecimento. Por conta disso, os grupos de engarrafados se organizam em uma 
espécie de comunidade, repartindo os alimentos e cuidando dos doentes. Ainda assim, 
continuam a ser chamados pelo nome de seus veículos. 
 
A vida vai entrando em outra lógica, aceita tacitamente pelo narrador e por todos os 
personagens. É como se fosse dado que, de agora em diante, suas vidas fossem se dar ali, na 
Autoestrada do Sul. Com naturalidade, acatam o suicídio do homem pálido do Caravelle, o 
tráfico de mantimentos realizado por um Ford Mercury e um Porsche, o romance entre o 
engenheiro do Peugeot 404 e a moça do Dauphine, a gravidez da moça, a morte da velha do ID, 
a sucessão do calor pelo frio e novamente pelo calor. 
 
Sem explicação, depois de um tempo indefinido, a trânsito volta a andar e o grupo se desfaz. O 
engenheiro fica atordoado com a nova ordem que se impõe. 
 
5) Interpretação: 
A interpretação corresponde à questão "do que fala o texto?". Ela busca o sentido profundo da 
obra literária. Quando analisamos, queremos saber o que está dito através dos silêncios, nas 
entrelinhas; o que se origina da relação íntima entre forma e conteúdo. Se na análise 
desmontamos o texto em partes, na interpretação temos de reorganizá-lo como um todo, um 
todo de sentido capaz de reunir forma e conteúdo. Por isso, é essa a hora de dar resposta às 
questões pendentes. 
Exemplo resumido de interpretação: 
Temos duas questões a responder, separadas, sempre artificialmente, entre uma questão sobre 
o conteúdo da narrativa (Por que o engenheiro do Peugeot 404, quando finalmente se livra do 
congestionamento, sente falta da vida na Autoestrada do Sul?) e uma questão de forma literária 
(Por que o narrador, apesar de ser em terceira pessoa, mantém dos acontecimentos uma visão 
tão parcial quanto seus personagens?). 
 
O engenheiro do Peugeot 404 parece realmente ter se apegado a suas novas circunstâncias de 
vida na Autoestrada do Sul: 
 
 
 
117 
 
Nada mais se podia fazer a não ser entregar-se à marcha, adaptar-se mecanicamente à 
velocidade dos automóveis em redor, não pensar. (...) Absurdamente, aferrou-se à ideia de que 
às nove e meia seriam distribuídos os alimentos, teria que visitar os doentes, examinar a 
situação com o Taunus e o camponês do Ariane; depois viria a noite, seria Dauphine subindo 
sigilosamente em seu automóvel, as estrelas ou as nuvens, a vida. Sim, não era possível que 
isso tivesse acabado para sempre. (...) ...se corria a oitenta quilômetros por hora em direção às 
luzes que cresciam pouco a pouco, sem que já se soubesse bem para que tanta pressa, por que 
essa correria na noite entre automóveis desconhecidos onde ninguém sabia nada sobre os 
outros, onde todos olhavam fixamente para a frente, exclusivamente para a frente. 
 
O regresso ao movimento na estrada não significava para ele apenas o retorno ao lar. 
Marchando em alta velocidade e olhando exclusivamente para frente, os personagens do conto 
regressam a uma ordem na qual, diferentemente da vida na Autoestrada, já não se olha para 
quem está ao lado, não se sabe nada das pessoas, e todos correm alucinadamente atrás de 
algo que não se sabe o que é. Uma ordem tão absurda ou mais do que a precária comunidade 
sem tempo e sem pressa que se estabelecera na Autoestrada do Sul. 
Para o professor 
Veja o que diz Cortázarsobre a narrativa fantástica no ensaio "Do sentimento do fantástico" (in: 
Valise de cronópio. São Paulo, Perspectiva, 2006.): 
 
...A extrema familiaridade com o fantástico vai ainda mais longe; de algum modo já recebemos 
isso que ainda não chegou, a porta deixa entrar um visitante que virá depois de amanhã ou veio 
ontem. A ordem será sempre aberta, não tenderá jamais a uma conclusão porque nada conclui 
nem nada começa num sistema do qual somente se possuem coordenadas imediatas. (pp. 177-
178) 
...o verdadeiramente fantástico não reside tanto nas estreitas circunstâncias narradas. Mas na 
sua ressonância de pulsação, de palpitar surpreendente de um coração alheio ao nosso, de uma 
ordem que nos pode usar a qualquer momento para um de seus mosaicos, arrancando-nos da 
rotina... (p. 179) 
Vimos na análise do conto que não cabe indagar pelas razões do incrível congestionamento. O 
ponto de vista narrativo, estritamente vinculado ao olhar dos personagens, reverbera ignorância 
à maneira kafkiana: nem o engenheiro do Peugeot 404, nem o narrador, nem muito menos o 
leitor conhecem ou conhecerão as causas do fantástico acontecimento. Dessa forma, Julio 
Cortázar lança o leitor no terreno da narrativa fantástica, onde subitamente e sem maiores 
 
 
118 
 
explicações uma ordem de funcionamento das coisas é substituída por outra, aceita tacitamente 
como a ordem do real. Cortázar nos lembra que a ordem "natural" do funcionamento da vida e 
da sociedade é apenas uma ordem entre outras e, sendo assim, muitas outras ordens seriam 
possíveis. 
 
A narrativa fantástica aponta para o horizonte da utopia: o mundo, tal como existe, é mais 
produto de uma circunstância do que de uma fatalidade; o que nos lembra sempre de que outros 
mundos, quiçá melhores e mais justos, podem vir a substituir esse que conhecemos. 
Avaliação 
Peça aos alunos que respondam por escrito a duas questões sobre "A Autoestrada do Sul": 
1) Observe que nunca sabemos os nomes dos personagens do conto: todos são chamados 
essencialmente pelo nome de seus veículos. Arrisque uma hipótese interpretativa que explique 
tal escolha formal. 
2) Compare o tempo da vida nas grandes cidades com o tempo experimentado pelos habitantes 
da Autoestrada do Sul durante o congestionamento Para tanto, releia os fragmentos a seguir: 
 
a) Mas o frio começou a ceder, e depois de um período de chuvas e ventos que exasperaram os 
ânimos e aumentaram as dificuldades de abastecimento, seguiram-se dias frescos e 
ensolarados em que já era possível sair dos automóveis, fazer visitas, reatar relações com os 
grupos vizinhos. 
 
b) Os automóveis corriam em terceira, adiantando-se ou perdendo terreno de acordo com o 
ritmo de sua fila, e do lado da Autoestrada viam-se as árvores fugindo, algumas casas entre a 
massa de névoa e o anoitecer. (...) De quando em quando soavam buzinas, os ponteiros dos 
velocímetros subiam cada vez mais, algumas filas avançavam a setenta quilômetros, outras a 
sessenta e cinco, algumas a sessenta. O 404 havia esperado ainda que o avanço e o recuo das 
filas lhe permitissem chegar novamente até o Dauphine, mas cada minuto o persuadia de que 
era inútil, de que o grupo se dissolvera irrevogavelmente... 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
 
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https://www.google.com.br/search?q=blog+professor+warles+portugues&oq=blogprofessorwe&a
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http://novaescolaclube.org.br/home - Acesso em: 10 fev. 2017 
https://novaescola.org.br/tag/88/leitura - Acesso em: 10 fev. 2017 
http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u312. jhtm - Acesso em: 10 março 2017 
 
 
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http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=60087 
http://conexaoescola.rj.gov.br/site/arq/arte-regular-aluno-autorregulada-9a-1b.pdf - Acesso em: 
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https://profwarles.blogspot.com.br/ - Acesso em: 04 abril 2017 
ATIVIDADES COM HQs. Disponível em: <http://aprenderpelaexperiencia.blogspot.com.br>. 
Acesso em: 10 fev. 2017 
REVISTA PEDAGÓGICA SADEAM. Disponível em: <http://www.sadeam.caedufjf.net/wp-
content/uploads/2012/06/BOLETIM_SADEAM_LP_7EF_VOL-3.pdf>. Acesso em: 03 fev. 2017. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GABARITO 
 
QUESTÃO 01: B 
QUESTÃO 02: A 
QUESTÃO 03: D 
QUESTÃO 04: B 
QUESTÃO 05: D 
QUESTÃO 06: A 
 
 
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QUESTÃO 07: A 
QUESTÃO 08: C 
QUESTÃO 09: C 
QUESTÃO 10: C 
QUESTÃO11: B 
QUESTÃO12: B

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