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As Lutas Indígenas na Educação Física para Valorização da Diversidade Cultural Brasileira

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- 346 - 
Educação básica e atuação docente: experiências e possibilidades / João 
Batista da Silva (Organizador). – Rio de Janeiro: Dictio Brasil, 2020. 372 p. 
ISBN 978-65-86953-03-9 doi.org/10.35417/978-65-86953-03-9 
 
As Lutas Indígenas na Educação Física para Valorização da 
Diversidade Cultural Brasileira 
 
Everton de Souza1 
 
Introdução 
As lutas são umas das manifestações corporais mais antigas 
que se conhece na história da humanidade e se fez necessária para a 
sobrevivência do homem. Gomes et. al. (2010, p. 208) salientam que 
as lutas estão presentes na bagagem cultual de diversas civilizações, 
sendo reconhecidas “como rito, prática religiosa, preparação para a 
guerra, jogo, exercício físico, entre outros diversos significados que já 
lhe foram atribuídos” no decorrer da história. 
Essas manifestações surgiram para atender as necessidades 
dos povos e foram moldadas pelos costumes e tradições de cada 
região, assim, cada luta traz com sigo características regionalistas que 
representam a cultura de seus criadores, resultando em uma 
infinidade de práticas corporais das mais diferentes formas e cada uma 
com suas peculiaridades e intencionalidades. 
Na Base Nacional Comum Curricular – BNCC, as lutas estão 
caracterizadas como disputas corporais: 
 
 
1 Especialista em Psicomotricidade, FESL. 
doi.org/10.35417/978-65-86953-03-9
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Educação básica e atuação docente: experiências e possibilidades / João 
Batista da Silva (Organizador). – Rio de Janeiro: Dictio Brasil, 2020. 372 p. 
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[...] nas quais os participantes empregam técnicas, 
táticas e estratégias específicas para imobilizar, 
desequilibrar, atingir ou excluir o oponente de um 
determinado espaço, combinando ações de ataque 
e defesa dirigidas ao corpo do adversário (BRASIL, 
2017, p.218). 
 
As lutas são um dos conteúdos estruturantes que compõem a 
disciplina de Educação Física, entretanto percebe-se que, no contexto 
escolar, são inúmeros os paradigmas que a acompanham, Carreiro 
(2005) afirma que as lutas são os conteúdos que enfrentam maior 
resistência pelos professores devido à ausência de materiais, 
vestimentas e espaços apropriados. Del Vecchio e Franchini (2006) 
salientam que os entraves enfrentados pelos professores, ao 
abordarem o conteúdo de lutas na escola, se dá, em muitos casos, pela 
formação profissional na graduação, pois alguns cursos limitam-se ao 
ensino de poucas modalidades, como o judô e a capoeira. Ferreira 
(2006, p. 44) acrescenta “que alguns profissionais possuem uma visão 
deturpada do que sejam as lutas, relacionando-as com violência e com 
agressividade”. 
Alguns estudos (RUFINO, DARIDO, 2015; CARREIRO, 2005; DEL 
VECCHIO, FRANCHIN, 2006; FERREIRA, 2006) destacam inúmeros 
empecilhos que dificultam o desenvolvimento das lutas corporais no 
contexto escolar. Entretanto este é um dos conteúdos curriculares, de 
Educação Física, que devem ser trabalhados pelos professores. Sua 
relevância para o desenvolvimento das capacidades humanas é 
comentada por autores como Maduro (2015); Alencar et. al. (2015), 
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Nascimento e Almeida (2007), Hébert (2011), Carreiro (2005), Rufino 
e Darido (2013) e Lage, Golçalves Junior e Nagamine (2007). 
Perante ao exposto, este artigo, caracterizado como um relato 
de experiência, teve como objetivo relatar a inserção do conteúdo de 
lutas em aulas de Educação Física, por meio das lutas indígenas, em 
uma escola do campo localizada na Vila Araçá em Abelardo Luz – SC, 
como contribuição para a valorização da diversidade cultural 
brasileira. 
Partimos da premissa que são relevantes as investigações que 
discutem as práticas pedagógicas desenvolvidas com esse conteúdo, 
uma vez que Correia e Franchini (2010) e Rufino e Darido (2013) 
afirmam que são insuficientes as produções sobre o conteúdo de lutas, 
pois a Educação Física não se apropriou, de maneira satisfatória, 
destas manifestações corporais. 
 
Encaminhamentos Metodológicos e Contexto da Escola 
Esta investigação, caracterizada como um relato de 
experiência, foi desenvolvida com a turma do 7º ano matutino - 
composta por 15 alunos nascidos entre os anos de 2002 e 2005, sendo 
13 alunos do sexo masculino e 2 do sexo feminino - de uma escola 
municipal do campo localizada na Vila Araçá no município de Abelardo 
Luz – SC. 
A escola em que foram realizadas as atividades é composta por 
cerca de 120 alunos. Pelas características das escolas do campo no 
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Brasil, não pode ser considerada pequena. Porém, nos últimos anos a 
comunidade escolar passou a enfrentar diversos entraves com o 
fechamento de turmas e, atualmente, luta contra o fechamento de um 
período de aula da escola. Outras escolas do campo da rede municipal 
enfrentaram os mesmos problemas e algumas acabaram sendo 
fechadas de maneira arbitrária, pois a administração municipal fechou 
escolas sem seguir as legislações vigentes que orientam a educação no 
Brasil, demonstrando total descaso com as comunidades do interior e 
com as leis que regem o sistema educacional brasileiro. 
Os instrumentos utilizados para coleta de dados foram dois 
gravadores de áudios (para reduzir os riscos de perdas de falas dos 
alunos devido falhas técnicas, optou-se por utilizar dois gravadores) e 
um diário de campo. Antes de iniciar as aulas foi realizado um teste 
para verificar a qualidade dos áudios captados pelos gravadores. A 
utilização desses dois instrumentos, gravadores de áudio e do diário 
de campo, foi empregada para enriquecer a coleta de dados com uma 
maior quantidade de informações para serem relatadas e discutidas. 
A primeira aula ficou restrita a diálogos relacionados às lutas, 
em geral, e à contextualização das lutas indígenas brasileiras. Na 
segunda, terceira e quarta aulas foram trabalhadas as lutas Huka-
Huka, derruba toco e briga de galo. Durante todas as aulas foram 
realizados debates objetivando ressignificar os conceitos dos alunos 
em relação ao conteúdo. Todos os debates e conversas existentes 
durante as quatro aulas foram gravados em áudio, os quais foram 
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transcritos e, posteriormente, realizada a análise dos dados junto com 
as anotações do diário de campo. 
Para manter o anonimato dos alunos, não foram utilizadas 
imagens das atividades desenvolvidas nas aulas, todas as imagens 
usadas neste relato foram retiradas de outras fontes, as quais estão 
indicadas logo após as fotos. 
Para manter o sigilo dos nomes e os princípios éticos a serem 
seguidos, os alunos foram numerados do número 1 até o número 15. 
 
Resultados e Discussões 
Em um primeiro diálogo com os alunos, realizamos o seguinte 
questionamento: vocês já vivenciaram alguma atividade de luta 
enquanto conteúdo de Educação Física? Dos quinze alunos da turma, 
onze (73,3%) responderam que nunca tinham vivenciado atividades de 
lutas na escola e quatro (26,6%) responderam que sim. 
Dessa conversa inicial realizada com os alunos, destacamos 
alguns comentários relacionados as lutas no contexto escolar: 
 
No colégio onde que eu estudava, o professor de 
EducaçãoFísica deu umas aulas de Judô (ALUNO 
10). 
Fizemos uma vez, mas só no caderno, não fizemos 
a parte prática das lutas (ALUNO 1). 
Eu nunca, eu nem sabia que podia lutar na escola 
(ALUNO 4). 
Eu também nunca participei de aula de luta [...] 
(ALUNO 6). 
 
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As respostas demonstram que a maioria dos alunos nunca 
participou de atividades relacionadas ao conteúdo de lutas devido este 
ser pouco abordado pelos professores de Educação Física. Em alguns 
comentários foi possível observar que determinados professores 
restringem-se às dimensões conceituais dos conteúdos, enquanto 
outros limitam-se às dimensões procedimentais. Darido et. al. (2001) 
comenta sobre este assunto, segundo a autora: 
 
Na Educação Física escolar, por conta de sua 
trajetória histórica e da sua tradição, a 
preocupação do docente centraliza-se no 
desenvolvimento de conteúdos de ordem 
procedimental. Entretanto, é preciso superar essa 
perspectiva fragmentada, envolvendo, também, as 
dimensões atitudinal e conceitual (DARIDO et. al. 
2001, p.21). 
 
Conforme aponta o trecho acima, essa perspectiva 
fragmentada dos conteúdos de Educação Física é histórica. Entretanto, 
é necessário modificar este cenário, a autora ainda sugere que na 
Educação Física: 
[...] as atitudes, os conceitos e os procedimentos 
dos conteúdos sejam trabalhados em toda a 
dimensão da cultura corporal, envolvendo, dessa 
forma, o conhecimento sobre o corpo, esportes, 
jogos, lutas, ginásticas, atividades rítmicas e 
expressivas (DARIDO et. al. 2001, p.21). 
 
Sobre a não apropriação do conteúdo de lutas por muitos 
professores e observado na fala dos alunos, Ferreira (2006), em sua 
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pesquisa, afirma que apenas 32% dos professores desenvolvem 
atividades relacionadas ao conteúdo de lutas e 68% relatam nunca 
terem recorrido a este conteúdo em suas aulas. Ferreira (2006, p. 42) 
salienta que a maioria dos professores deixam de trabalhar “as lutas, 
preferindo manter a velha pedagogia da bola em suas aulas, pouco 
inovando ou não experimentando novas formas de ministrar suas 
aulas”. 
Esse conteúdo deve ser melhor explorado pelos professores de 
Educação Física, pois é uma das unidades temáticas propostas pela 
BNCC, mesmo assim, é pouco abordado pelos profissionais da área 
que, muitas vezes, não buscam novos conhecimentos sobre outros 
conteúdos para diversificarem suas práticas, tornando as aulas 
repetitivas e entediantes. Almeida e Calduro (2007, p. 1) comentam 
sobre esse assunto, para os autores muitos professores de Educação 
Física privilegiam “apenas o esporte durante as aulas, isto é, sempre o 
mesmo conteúdo em várias séries, a mesma aula, durante vários 
anos”. 
A ausência de diferentes manifestações corporais ocasiona, em 
muitos casos, no desinteresse dos escolares pelas aulas de Educação 
Física, pois conforme apontam Rosa e Krug (2010), quando os 
professores de Educação Física limitam-se ao ensino dos esportes, a 
disciplina perde sua real dimensão educacional tornando-se uma 
atividade qualquer. 
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Procurando conhecer as representações dos alunos sobre as 
lutas, fizemos o seguinte questionamento: vocês acreditam que a 
prática de lutas estimula a violência? Dos quinze alunos da turma, doze 
(79,9%) responderam que as lutas estimulam a violência, enquanto os 
outros três (19,9%) responderam que não estimulam, conforme pode 
ser observado em alguns comentários a seguir: 
 
Eu acho que sim, os caras ficam lá trocando socos e 
quem está assistindo vai querer fazer a mesma 
coisa depois (ALUNO 4). 
Eu vi uma vez na televisão dois lutadores brigando 
num posto de combustível, eles sabem lutar e são 
fortes daí saem batendo nos outros. Então eu acho 
que sim (ALUNO 7). 
Acho que não, acho que vai de pessoa pra pessoa, 
se alguém já é violento e aprende alguma luta, ele 
vai se achar o fortão e vai querer brigar com todo 
mundo, mas se é uma pessoa de boa, ela aprende 
e vai querer usar só quando precisar se defender 
(ALUNO 13). 
 
Diante dos comentários dos alunos, observamos que a maioria 
(79,9%) relacionam as lutas com violência, determinados alunos 
acreditam que tanto quem pratica algum tipo de luta se torna violento 
como também quem acompanha as modalidades de lutas se tornam 
mais agressivos. Essa relação entre luta e violência, destacada pela 
maioria dos alunos, é explicada por Ueno (2011, p.3), de acordo com a 
autora: 
 
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Os meios de comunicação de massa, com bastante 
influência no meio social, podem induzir parte da 
população que não conhece os ensinamentos e a 
filosofia das lutas de que essa prática aumenta a 
agressividade de seus praticantes, transformando-
os em um tipo de ameaça para a sociedade. 
 
Antes de iniciar as atividades práticas, realizou-se uma 
conversa com os alunos objetivando superar esses conceitos que 
relacionam as lutas com violência, explicando a importância destas 
práticas para o desenvolvimento de capacidades como autocontrole, 
disciplina, respeito, autoestima, entre outras. Este diálogo com os 
alunos perdurou por, aproximadamente, vinte minutos. Após, foi 
realizada a contextualização das lutas indígenas por meio de vídeos, 
imagens e slides, abordando as dimensões conceituais do conteúdo. 
Devido à ausência de um tatame, as atividades práticas foram 
desenvolvidas em um espaço gramado, próximo à escola, visando 
evitar possíveis contusões causadas pelo impacto com o solo durante 
as quedas. Para reduzir os riscos de lesões, também foram realizados 
aquecimentos e alongamentos específicos antes de cada atividade 
prática, pois as lutas indígenas são intensas e envolvem muito contato 
físico entre os competidores. 
Durante as aulas foram trabalhadas três lutas indígenas 
brasileiras: Huka-Huka (Kamayurás do Alto Xingu - MT): os 
competidores iniciam a luta em pé ou ajoelhados. O objetivo da luta é 
derrubar o oponente com a região lombar no solo ou apanhar suas 
pernas; derruba toco (Pataxós – MG e BH): os combates iniciam com 
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os competidores dentro de um círculo de 8 metros e um toco ao 
centro, o qual deve ser derrubado pelos lutadores utilizando qualquer 
parte do corpo do oponente, a luta também pode ser vencida com a 
exclusão de um competidor para fora do círculo; briga de galo 
(Manchineri da Aldeia Extrema - AC): inicia-se com os lutadores dentro 
de um círculo, onde eles devem estar com o tronco inclinado até a 
cintura e com as mãos unidas atrás dos membros inferiores. O objetivo 
é excluir oponente para fora do círculo utilizando apenas o tronco. Em 
nenhuma das três lutas são permitidos socos, chutes, tapas entre 
outras ações que podem machucar o adversário. 
As regras e características de cada luta, assim comooutros 
conteúdos relacionados às lutas indígenas, estão disponíveis 
detalhadamente no site Portal do Professor2. 
Na segunda aula, iniciamos as dimensões procedimentais com 
a luta Huka-Huka. Primeiramente foi explicado aos alunos as regras e 
todos os cuidados que deveriam ter para não machucar o oponente e 
nem a si mesmo. Por volta de um minuto após iniciar o primeiro 
combate, foi necessário interrompê-lo e modificar uma regra. Os 
combates passaram a ser realizados somente com os alunos 
ajoelhados, devido as várias quedas bruscas que podem ocorrer 
 
2 A aula disponível no site Portal do Professor é de autoria do professor Luciano 
Silveira Coelho, da Escola de Educação Básica e Profissional da UFMG. Além das 
regras e características gerais das lutas, na sugestão de aula do professor Luciano 
Silveira Coelho encontram-se diversos vídeos para auxiliar na contextualização das 
lutas indígenas. 
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mesmo sendo respeitadas as regras e tomados todos os cuidados 
possíveis, como pode ser observado na imagem abaixo: 
 
Imagem 1: queda durante a luta Huka-Huka. 
 
Fonte: BJJFANATICS. 
 
Ao longo dos combates, nenhuma outra alteração nas regras 
foi necessária para o desenvolvimento desta luta. Em determinados 
momentos, alguns alunos que estavam aguardando ao lado iniciavam 
combates sozinhos, os quais eram rapidamente encerrados para que 
todos fossem acompanhados e orientados pelo professor, evitando 
que alguma situação indesejável acontecesse. 
Na terceira aula foi trabalhada a luta derruba toco. Para evitar 
machucaduras utilizamos como toco um cone pequeno de borracha 
que há na escola, foi necessário fazer esta alteração devido à 
possibilidade de os alunos serem derrubados sobre o toco, causando 
ferimentos nos mesmos. Foram explicadas as regras e os cuidados a 
serem tomados para evitarem lesões e, então, iniciamos os combates. 
 
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Imagem 2: luta derruba toco. 
 
Fonte: Mari Ultramaratonista Ultra. 
 
Nesta luta não foi necessário modificar as regras. Os alunos 
mostraram-se muito interessados, os combates foram mais intensos e 
em questão de minutos ficavam exaustos, mas não queriam que a luta 
fosse interrompida para terem um tempo de descanso. Os alunos que 
estavam aguardando sua vez de lutar, demonstravam-se 
desassossegados e ansiosos para chegar rápido as suas lutas. 
Um ponto importante a ser destacado é em relação às 
vestimentas. Como são lutas em que ocorrem muitas pegadas3 e 
puxões, alguns alunos tiveram pequenos danos nas roupas que 
estavam vestindo, mesmo sendo recomendado para que eles tivessem 
cuidados com o oponente e viessem à escola com vestes de tecidos 
flexíveis ou com roupas mais velhas. 
 
3 Termo utilizado no mundo das lutas para designar técnicas de agarramento. 
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Na quarta aula, utilizamos a primeira metade para trabalhar a 
luta briga de galo. Não foi necessário modificar nenhuma das regras. 
Apesar de todos praticarem, foi a luta em que os alunos demonstraram 
menor interesse. Acredita-se que os alunos tenham demonstrado mais 
interesse na luta Huka-Huka e na luta derruba toco por serem lutas 
mais intensas e exigem mais das capacidades e habilidades dos 
escolares do que na briga de galo. 
 
Imagem 3: luta briga de galo. 
 
Fonte: Portal do Professor. 
 
Na segunda metade da quarta aula, realizamos uma conversa 
sobre as atividades desenvolvidas. Durante a conversa, ficou 
evidenciado a aceitação das lutas indígenas por todos os alunos, a 
importância de se trabalhar as lutas para o desenvolvimento das 
capacidades dos alunos e para difundir o conhecimento sobre os povos 
indígenas, conforme pode ser observado nos diálogos a seguir: 
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Foi muito legal, a que eu mais gostei foi a luta do 
cone (derruba toco), tinha que tomar cuidado pra 
não derrubar o cone e também não ser tirado para 
fora do círculo (ALUNO 9). 
Eu gostei, nem sabia que existiam essas lutas, mas 
gostei muito (ALUNO 14). 
Eu quase morri de canseira nas duas primeiras, mas 
foi divertido lutar com o pessoal da sala. Às vezes 
em casa eu e meu irmão brincamos de lutar, um 
tentando imobilizar o outro e também é legal 
(ALUNO 8). 
[...] a gente às vezes já estava com raiva do 
adversário, daí o professor parava a luta até eu se 
acalmar e depois continuava. Acho que foi bom pra 
gente começar a ter mais controle nas situações 
quando está nervoso (ALUNO 2). 
Foi bom que aprendemos um pouco mais sobre os 
índios, porque quando a gente lembra deles é eles 
caçando, pescando ou dançando e nem imagina 
todas as outras coisas que eles fazem. É bom que 
aprendemos se divertindo (ALUNO 7). 
 
O cenário encontrado na aplicação dessas quatro aulas foi o 
oposto do encontrado por Maldonado e Bocchini (2013), os autores 
relatam que ao inserirem um projeto de lutas na escola enfrentaram 
muitos problemas em relação a brigas entre os alunos, segundo os 
autores: 
Tivemos algumas dificuldades para tematizar as 
lutas no 5º ano do Ensino Fundamental. 
Primeiramente, percebemos que os alunos eram 
muito violentos e no início das aulas, todas as 
dinâmicas propostas geravam brigas entre as 
crianças. Mesmo adaptando as modalidades de 
lutas realizadas nas aulas, essas atividades exigem 
contato físico e no nosso contexto, as crianças 
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resolvem os desentendimentos na briga e não na 
conversa (MALDONADO; BOCCHINI; 2013, p.2013). 
 
Diferentemente do contexto encontrado por Maldonado e 
Bocchini (2013), a escola em que aplicamos as aulas não enfrenta 
problemas com violência entre os alunos e no decorrer das atividades 
não houve nenhuma briga entre os participantes. Contudo, tanto na 
Huka-Huka quanto na derruba toco, observamos que em 
determinados momentos alguns alunos estavam se excedendo no uso 
de força e passando a ter um comportamento mais agressivo, quando 
observávamos isso a luta era imediatamente interrompida para 
relembrar os objetivos da atividade e dialogar sobre a situação, 
procurando desenvolver um espírito pacífico nos alunos para 
enfrentarem seus entraves futuros. 
Esta pequena sequência de quatro aulas, sobre as lutas 
indígenas brasileiras, foi uma experiência positiva tanto aos alunos que 
vivenciaram atividades que fazem parte da cultura nacional - mas são 
desconhecidas pela maioria da população – quanto ao professor que 
conseguiu diversificar suas práticas docentes, tornando as aulas mais 
atrativas e, também, ressignificando os conceitos dos alunos em 
relação aos estereótipos que permeiam as lutas. 
 
Considerações finais 
As práticas envolvendo o conteúdo de lutas no contexto 
escolar aindasão escassas, mesmo sendo um dos conteúdos 
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curriculares da disciplina. É responsabilidade dos professores de 
Educação Física desenvolver este conteúdo proporcionando aos 
alunos todos os ganhos possíveis que elas podem oferecer. Maduro 
(2015, p.102) salienta que temos “o desafio de apresentar aos nossos 
alunos e à comunidade escolar os aspectos positivos deste 
componente integrante da cultura corporal do movimento”. 
 Diante do desenvolvimento das aulas de lutas indígenas, 
relatadas neste trabalho, evidenciou-se que as explicações dadas por 
muitos professores de que na graduação não tiveram uma formação 
que contemplasse satisfatoriamente as lutas ou não possuem 
materiais e espaço adequado, não justifica o abandono destas práticas 
no contexto escolar. Nascimento e Almeida (2007, p.100) acrescentam 
que os professores não precisam ser especialistas em lutas, desde que 
o “objetivo não esteja pautado na formação de atletas/lutadores, mas 
na produção de conhecimento nas aulas de Educação Física”. Quando 
o professor está interessado em buscar novos conhecimentos e 
práticas para levar a seus alunos ele, provavelmente, conseguirá. Mas 
quando entra no comodismo do “não é possível” - pois não tem 
material, não tem espaço, não aprendeu na faculdade - apenas 
corroboram para a desvalorização da Educação Física. 
As atividades e diálogos que foram desenvolvidos no decorrer 
das aulas, e aqui expostos, devem servir apenas como uma sugestão 
de prática e um alicerce aos demais professores para diversificarem 
suas ações pedagógicas, pois conforme Nascimento e Almeida (2007, 
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p.95) “qualquer proposta, ao ser universalizada sem considerar o 
contexto no qual se insere, está condenada ao fracasso”. 
Diante de todos os diálogos existentes e das práticas 
desenvolvidas no decorrer das aulas, concluímos que as lutas 
indígenas brasileiras apresentam-se como um excelente meio para 
introduzir o conteúdo de lutas no contexto escolar, proporcionando 
aos alunos a oportunidade de conhecerem mais sobre os povos 
nativos do Brasil e vivenciarem as práticas corporais destas 
populações, valorizando a diversidade cultural do país. 
 
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