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- 163 - Educação no Brasil perspectivas, horizontes e possibilidades / Fernanda Monteiro Rigue; Tascieli Feltrin; Natália Lampert Batista (Organizadoras). – Rio de Janeiro: Dictio Brasil, 2020. 281 p. ISBN 978-65-86953-01-5 doi.org/10.35417/978-65-86953-01-5 Inclusão na Educação Física Escolar: Realidade ou Utopia? Everton de Souza1 Introdução A inclusão escolar é uma temática muito abordada no meio acadêmico, é grande o número de produções específicas a este tema e alguns periódicos são dedicados exclusivamente a pesquisas nesta área. Muitos pesquisadores e profissionais da educação estão centrando suas atenções em como promover uma inclusão de qualidade aos alunos com deficiência, e não apenas integrá-los à escola. Esta área encontra-se em constante transformação, muitas das concepções sobre a educação inclusiva que são consideradas inovadoras, com poucos anos, podem tornar-se ultrapassadas. Omote et al (2005) salientam: A educação de crianças e jovens com deficiência vem sofrendo profundas mudanças nas últimas décadas. Procedimentos muito empregados durante um período de tempo acabaram contestados e abandonados ou transformados. Essas mudanças vêm ocorrendo no sentido de ampliar progressivamente as alternativas educativas e terapêuticas como também as oportunidades de participação nas diferentes 1 Especialista em Psicomotricidade, FESL. http://doi.org/10.35417/978-65-86953-01-5 - 164 - Educação no Brasil perspectivas, horizontes e possibilidades / Fernanda Monteiro Rigue; Tascieli Feltrin; Natália Lampert Batista (Organizadoras). – Rio de Janeiro: Dictio Brasil, 2020. 281 p. ISBN 978-65-86953-01-5 doi.org/10.35417/978-65-86953-01-5 atividades da sociedade (OMOTE et al, 2005, p.387). Partimos da premissa que a educação de qualidade é um direito de todos, sendo dever do estado promovê-la de maneira que desenvolvam integralmente as potencialidades dos escolares. Seguindo esta linha de pensamento, Benite et al (2009) afirmam que as leis que garantem a inclusão são claras e nossos constituintes reinterpretaram o atendimento escolar visando assegurar o direito de uma educação a todos, inclusive aos escolares com deficiência. Baseando-se no exposto, neste trabalho objetivou-se debater a inclusão de alunos com deficiência em aulas de Educação Física. Para tanto, em um primeiro momento investigamos a educação inclusiva, elucidando as inúmeras implicações que acompanham o processo de inclusão escolar. Em seguida, analisamos a inserção destes alunos em aulas de Educação Física, desvelando a relevância que esta disciplina possui no processo de inclusão e no desenvolvimento integral destes escolares. Vale ressaltar, que ao falar em alunos com deficiência nos referimos aos alunos que possuem alguma limitação, seja nas funções psicológicas, fisiológicas ou anatômicas. Tais limitações geram dificuldades ao indivíduo em seu cotidiano, necessitando, assim, de um atendimento diferenciado para que consiga desenvolver suas potencialidades. Se faz relevante para a área educacional discutir a inclusão de alunos com deficiência em aulas de Educação Física, pois a inclusão é http://doi.org/10.35417/978-65-86953-01-5 - 165 - Educação no Brasil perspectivas, horizontes e possibilidades / Fernanda Monteiro Rigue; Tascieli Feltrin; Natália Lampert Batista (Organizadoras). – Rio de Janeiro: Dictio Brasil, 2020. 281 p. ISBN 978-65-86953-01-5 doi.org/10.35417/978-65-86953-01-5 um tema dos direitos humanos que necessita constantemente ser investigado para que sempre se tenham conhecimentos atualizados sobre esta temática que, apesar de ser uma das áreas de estudo que mais produz conhecimentos no campo educacional, necessita continuamente de produções que desvelem e disseminem informações de maneira que os profissionais da educação possam apropriar-se destes com a finalidade de melhorarem suas práticas docentes. Educação Inclusiva A inclusão escolar é cercada de muitas dificuldades e limitações, pois ao longo da história as PCD sempre sofreram preconceito de pessoas que os enxergavam como seres anormais e incapazes. No entanto, mesmo na sociedade contemporânea e que a maioria dos absurdos que eram cometidos com estes sujeitos tenham sidos superados, ainda assim, é comum ver esta população sofrer muitas discriminações e preconceito devido suas particularidades. Foi apenas a partir de meados dos anos de 1980 que a educação inclusiva começou a ganhar mais atenção no Brasil, seguindo tendências de movimentos mundiais que defendiam a inclusão social. Em 1988, na Constituição Federal Brasileira, foi promulgado que a educação de qualidade é um direito comum a todos, buscando incluir as PCD e promover oportunidades iguais a todos os brasileiros, sem diferenciação alguma. Entretanto, algumas iniciativas precursoras de http://doi.org/10.35417/978-65-86953-01-5 - 166 - Educação no Brasil perspectivas, horizontes e possibilidades / Fernanda Monteiro Rigue; Tascieli Feltrin; Natália Lampert Batista (Organizadoras). – Rio de Janeiro: Dictio Brasil, 2020. 281 p. ISBN 978-65-86953-01-5 doi.org/10.35417/978-65-86953-01-5 educação inclusiva foram constatadas ainda no século XIX. Conturdo, as iniciativas registradas naquela época eram em instituições residenciais e hospitalares, ou seja, fora dos sistemas de ensino que estavam se estabelecendo no país (MENDES, 2002; MENDES, 2006). Apenas últimas décadas, devido demandas e expectativas sociais, que os profissionais da educação tem se voltado para buscar novas maneiras de encontrar uma educação escolar inclusiva “com alternativas menos segregativas de absorção desses educandos nas redes de ensino” (GLAT, PLETSCH, PONTES, 2007, p.344). Na década de 1990 dois importantes documentos foram elaborados para esta área, a Declaração Mundial sobre Educação para Todos em 1990, e a Declaração de Salamanca em 1994. A partir da elaboração destes documentos a educação inclusiva passou a ser mais discutida no meio cientifico e educacional, desde então, foram muitos os ganhos alcançados nesta área que necessita de contínuas melhorias. A educação inclusiva é compreendida pela igualdade de acesso e permanência a uma educação de qualidade a todos, sem restrições devido às condições sociais, raças, culturas e individualidades dos escolares. As instituições devem acolher os alunos e adaptar-se de acordo com as particularidades dos mesmos, para que assim consigam atender as suas necessidades (UNESCO, 1994). Glat, Pletsch e Pontes (2007) afirmam que a educação inclusiva é mais do que uma nova proposta, deve ser compreendida com uma nova cultura escolar que http://doi.org/10.35417/978-65-86953-01-5 - 167 - Educação no Brasil perspectivas, horizontes e possibilidades / Fernanda Monteiro Rigue; Tascieli Feltrin; Natália Lampert Batista (Organizadoras). – Rio de Janeiro: Dictio Brasil, 2020. 281 p. ISBN 978-65-86953-01-5 doi.org/10.35417/978-65-86953-01-5 visa uma educação que atinja a todos, independentemente da experiência prévia de escolarização ou das condições intrínsecas. Uma escola inclusiva diferencia-se de uma escola tradicional, pois em uma instituição tradicional o aluno deve adaptar-se à escola e ao seu currículo, enquanto uma escola inclusiva, a instituição, em sua totalidade, deve adaptar-se ao educando para atender suas necessidades. Contudo, Smeha e Seminotti (2008) percebem a educação inclusiva como um paradigma distante da realidade observada e muito longe de ser alcançada. Para os autores, no Brasil, é inegável a predominância de uma escola excludente pautada nos moldes tradicionais. O objetivo primordial da educação inclusiva é minimizar as situações que impedem os alunos com deficiência de participarem plenamente da sociedade, garantindo-lhes o pleno exercício da cidadania. Destaforma, a educação inclusiva é fundamental para estes por lhes promover a aprendizagem e o desenvolvimento adequado das potencialidades (BASSALOBRE, 2008). São necessárias mudanças nas atitudes e posturas da comunidade escolar para promover a inclusão e não apenas a integração destes alunos à escola, pois a inclusão e a integração são muito confundidas. Na integração o aluno é apenas inserido no contexto escolar, enquanto a inclusão prevê o redimensionamento de inúmeros aspectos escolares para assegurar ao aluno com deficiência o seu desenvolvimento integral. Dutra e Griboski (2005, p.3) http://doi.org/10.35417/978-65-86953-01-5 - 168 - Educação no Brasil perspectivas, horizontes e possibilidades / Fernanda Monteiro Rigue; Tascieli Feltrin; Natália Lampert Batista (Organizadoras). – Rio de Janeiro: Dictio Brasil, 2020. 281 p. ISBN 978-65-86953-01-5 doi.org/10.35417/978-65-86953-01-5 complementam que “a educação inclusiva não representa a mera aceitação dos alunos na escola com suas diferenças, mas a valorização da diversidade como uma condição humana e coloca para a educação o desafio de avançar no processo” de inclusão e de uma escola que atenda à demanda local com qualidade, com apoio educacional especializado aos indivíduos que necessitarem. Apenas inserir o aluno com deficiência na escola não é o suficiente, é necessário que exista todo um processo de adaptação para acolhê-lo. Estas adaptações devem abranger desde as estruturas físicas até transformações e mudanças na postura dos professores, direção, coordenação e alunos da instituição de ensino. Uma escola que não se transforma para receber um aluno com deficiência, não possibilita o desenvolvimento deste e ainda o excluí, pois não fornece os subsídios necessários para assegurar as aprendizagens previstas e promover a inclusão. No entanto, adaptação e reestruturação de uma escola é um processo demorado e muitas vezes fracassado, pois nem sempre a instituição terá recursos materiais suficientes, profissionais capacitados e a comunidade escolar aberta a práticas inclusivas. Glat, Pletsch e Pontes (2007) defendem que para a escola se tornar inclusiva, ela precisa formar adequadamente sua equipe e rever a interação dos seguimentos interferentes nela, avaliando e redesenhando toda a instituição. Ao comentar sobre a reestruturação da escola, Mazzotta http://doi.org/10.35417/978-65-86953-01-5 - 169 - Educação no Brasil perspectivas, horizontes e possibilidades / Fernanda Monteiro Rigue; Tascieli Feltrin; Natália Lampert Batista (Organizadoras). – Rio de Janeiro: Dictio Brasil, 2020. 281 p. ISBN 978-65-86953-01-5 doi.org/10.35417/978-65-86953-01-5 (1996) elucida que esse processo é complexo, pois também devem ser tensionadas as concepções culturais e políticas, e não somente as estruturas físicas da escola. A educação inclusiva é de longe algo fácil de concretizar-se, são muitas as implicações que dificultam ou até mesmo impossibilitam que os alunos realmente sejam inclusos. Em muitas situações as escolas não adaptam-se a estes educandos, dificultando uma educação de qualidade. Bisol, Sangherlin e Valentini (2013) afirmam que existe um abismo entre os discursos no que tange a educação inclusiva e a prática desenvolvida. Tal acontecimento pode ser percebido diariamente nas práticas pedagógicas realizadas nas escolas. De acordo com Paulon, Freitas e Pinho (2005 apud Bisol, Sangherlin; Valentin, 2013) as dificuldades mais citadas por profissionais da área no que tange a inclusão de alunos com deficiência são: a ausência de políticas públicas eficazes; a ideia de uma educação para a normalidade dificultando abranger as diferenças; as relações entre a criança, a família e a escola; a formação dos professores; a ausência de recursos materiais; a dificuldade para adaptar o currículo e a falta de assistência no processo de inclusão. Entre os fatores que dificultam a inclusão escolar, Rodrigues (2006) destaca que o grande número de alunos na sala de aula é percebido por muitos como uma barreira para as práticas inclusivas. Contudo, o autor destaca que quando existe um bom planejamento e a efetivação de um programa que possibilita aos escolares http://doi.org/10.35417/978-65-86953-01-5 - 170 - Educação no Brasil perspectivas, horizontes e possibilidades / Fernanda Monteiro Rigue; Tascieli Feltrin; Natália Lampert Batista (Organizadoras). – Rio de Janeiro: Dictio Brasil, 2020. 281 p. ISBN 978-65-86953-01-5 doi.org/10.35417/978-65-86953-01-5 compartilharem conhecimentos, o número de alunos na sala torna-se pouco relevante para as práticas inclusivas. Para Capellini e Rodrigues (2009) um dos problemas é a abordagem educacional fundamentada na limitação do aluno, que ainda é utilizada em diversas escolas, esta fundamentação parte-se da concepção de que o aluno com deficiência se desenvolverá melhor se inserido em ambientes em que os demais alunos também possuem a mesma deficiência ou semelhante. Ao comentarem sobre a inclusão escolar, Dutra e Griboski (2005) defendem que a educação enfrenta o desafio de ressignificar os processos de formação dos professores com o objetivo de promover conhecimentos sobre as limitações dos alunos. Para os autores, também existe a necessidade em redefinir as políticas públicas relacionadas à educação especial, reorganizar os espaços e recursos de atendimento e aumentar o envolvimento da família no processo de inclusão. Barbosa, Rosini e Pereira (2007) ao investigarem as práticas parentais em relação à inclusão de alunos com deficiência em escolas regulares, desvelaram que muitos pais não estão seguros no que se refere à preparação das escolas em promoverem a inclusão. Batista e Emuno (2004) afirmam que alguns pais receiam que o nível de aprendizagem regresse com a inclusão de alunos com deficiência no ensino regular. Entretanto, Omote et al (2005) acreditam que as práticas educativas inclusivas serão bem sucedidas somente se houver http://doi.org/10.35417/978-65-86953-01-5 - 171 - Educação no Brasil perspectivas, horizontes e possibilidades / Fernanda Monteiro Rigue; Tascieli Feltrin; Natália Lampert Batista (Organizadoras). – Rio de Janeiro: Dictio Brasil, 2020. 281 p. ISBN 978-65-86953-01-5 doi.org/10.35417/978-65-86953-01-5 uma transformação social da escola, destacam também que é necessário mudar a mentalidade da comunidade e da família, fornecendo uma rede de apoio, orientação e assessoria ao aluno para facilitar sua inclusão. Há um longo caminho a ser trilhado nesta área, pois nenhuma escola transforma-se de um dia para o outro, é necessário todo um processo de adaptação e quebra de paradigmas para que o aluno sinta-se parte da instituição. Ao introduzir o aluno com deficiência na escola, os profissionais devem ter o conhecimento de que enfrentaram grandes desafios e que será necessário criarem meios que possibilitem ao aluno a sua inclusão plena, pois segundo Glat, Pletsch e Fontes (2007) apenas incluir alunos com deficiência num sistema de ensino precário e sem suporte especializado, não romperá com o ciclo da exclusão. Capellini e Rodrigues (2009) salientam que a inclusão escolar das crianças com deficiência não se realizará sem a avaliação das reais condições que permitem inserções de forma gradativa, contínua, sistemática e bem planejada. Para que ocorra a inclusão, necessita-se que os envolvidos revejam suas concepções e passem a ver a deficiência como uma particularidade e não como algo anormal, ou seja, a comunidade escolar deve aprender a conviver com a diferença e reconhecer que estes alunos possuem suas capacidades e, assim como os demais, necessitam desenvolvê-las. Uma escola inclusiva se constrói, mas depende de um http://doi.org/10.35417/978-65-86953-01-5 - 172 - Educação no Brasil perspectivas, horizontes e possibilidades / Fernanda Monteiro Rigue; TascieliFeltrin; Natália Lampert Batista (Organizadoras). – Rio de Janeiro: Dictio Brasil, 2020. 281 p. ISBN 978-65-86953-01-5 doi.org/10.35417/978-65-86953-01-5 enquadramento legislativo que assegure o suporte necessário, no entanto, se consolidará somente com a prática dos atores que a compõem (SILVA, 2011). Sanches (2011) destaca que as escolas regulares de ensino devem estar em constante transformação para receber os membros da comunidade, a escola nunca será perfeita, mas sempre deve visar evoluir, segundo o autor: A Educação inclusiva supõe uma escola inclusiva, uma escola que ‘arranja maneira’ de acolher todas as crianças e jovens da sua comunidade, flexibiliza e adapta os seus currículos, não se limitando a reduzi-los, reestrutura as suas práticas de organização e de funcionamento, de forma a responder à diversidade dos seus estudantes, desde os mais vulneráveis aos mais dotados, apostando na mudança de mentalidades e de práticas, implicando, valorizando e corresponsabilizando todos os intervenientes no processo educativo. Uma escola inclusiva é uma escola em movimento, uma escola que evolui sempre, que nunca atinge o estado perfeito (SANCHES, 2011, P.137). Um cenário que alguns atrás parecia impossível de mudar está se transformando, atualmente é grande o número de escolares com deficiência frequentando as mesmas instituições que os alunos sem limitações. Silva (2006) afirma que a convivência entre escolares com e sem deficiência está se concretizando, a ideia de uma escola para todos está se tornando realidade, em especial aos alunos que sempre foram considerados anormais e incapazes. Contudo, conforme http://doi.org/10.35417/978-65-86953-01-5 - 173 - Educação no Brasil perspectivas, horizontes e possibilidades / Fernanda Monteiro Rigue; Tascieli Feltrin; Natália Lampert Batista (Organizadoras). – Rio de Janeiro: Dictio Brasil, 2020. 281 p. ISBN 978-65-86953-01-5 doi.org/10.35417/978-65-86953-01-5 apontam Bisol, Sangherlin e Valentini (2013) existe uma grande diferença entre a prática e os discursos, desta forma, se faz necessário investigações que aprofundem este tema, pois não basta apenas o aluno frequentar a escola, é necessário que o mesmo tenha um desenvolvimento significativo. São necessários grandes avanços nesta área. Entretanto, observa-se progressos nos últimos anos, cabe aos profissionais da educação, tanto os da escola quanto os pesquisadores, desvelarem meios que proporcionem melhorias na educação inclusiva, proporcionando aos alunos com deficiência uma educação de qualidade e assegurando-lhes o status de cidadão, que lhe é direito, mas comumente são impedidos de exercerem. A Inclusão em Aulas de Educação Física As aulas de Educação Física, quando bem planejadas, tornam- se um ambiente privilegiado para promover a inclusão de alunos com deficiência. Contudo, se a prática for desorganizada poderá alargar as diferenças existentes entre os alunos, tornando-se uma ação excludente. Alves e Duarte (2005) também avistam a Educação Física como uma disciplina propícia para promover a inclusão, os autores acreditam que os professores desta disciplina são mais positivos para este processo, que existe também a possibilidade em se desenvolver os conteúdos de diferentes maneiras permitindo que sejam realizadas as adaptações necessárias para que todos os alunos possam participar, http://doi.org/10.35417/978-65-86953-01-5 - 174 - Educação no Brasil perspectivas, horizontes e possibilidades / Fernanda Monteiro Rigue; Tascieli Feltrin; Natália Lampert Batista (Organizadoras). – Rio de Janeiro: Dictio Brasil, 2020. 281 p. ISBN 978-65-86953-01-5 doi.org/10.35417/978-65-86953-01-5 além do mais, as atividades geralmente apresentam caráter lúdico, estimulando a participação de todos. Rodrigues (2003) complementa que aparentemente a Educação Física é uma área da educação naturalmente inclusiva devido à flexibilidade de seus conteúdos. Contudo, Darido (2001) e Soler (2009) afirmam que a Educação Física, no contexto escolar brasileiro, tradicionalmente privilegia os mais fortes, acarretando na exclusão dos alunos menos habilidosos, dos “gordinhos”, das meninas e dos alunos com deficiência. A Educação Física tradicional baseada na valorização dos corpos fortes dificulta, ou até mesmo impossibilita, a inclusão na disciplina. Esta Educação Física, que prioriza a aptidão física, precisa e está sendo superada, pois quando se comenta em educação inclusiva as práticas educativas devem valorizar a cooperação entre os escolares e não a competição, como acontece na Educação Física tradicional que privilegia a competitividade ocasionando a exclusão dos menos aptos. Os professores têm a tarefa de criarem meios que incluam os alunos com deficiência nas aulas sem deixar em segundo plano os demais escolares, e vice-versa. Os docentes devem criar os subsídios necessários para desenvolver as capacidades motoras, cognitivas e afetivas, e principalmente transformar a mentalidade dos alunos em relação inclusão, promovendo práticas que cultivem valores humanos e atitudes de respeito mútuo. Palma e Manta (2010) compreendem que a inclusão de alunos com deficiência em aulas de Educação Física é um estigma para a maioria dos professores e alunos da escola, pois http://doi.org/10.35417/978-65-86953-01-5 - 175 - Educação no Brasil perspectivas, horizontes e possibilidades / Fernanda Monteiro Rigue; Tascieli Feltrin; Natália Lampert Batista (Organizadoras). – Rio de Janeiro: Dictio Brasil, 2020. 281 p. ISBN 978-65-86953-01-5 doi.org/10.35417/978-65-86953-01-5 as barreiras de atitude existem, entretanto precisam ser eliminadas para que aconteça a inclusão dos alunos. As limitações causadas pelas deficiências excluem uma grande quantidade de pessoas das atividades sociais. Avanços são perceptíveis nos últimos anos, mas existe um longo caminho a ser percorrido até que todas as PCD sejam atuantes perante à sociedade. A seguir, destacam-se estudos que abordaram a inclusão de alunos com deficiência em aulas de Educação Física objetivando trazer novos entendimentos sobre o assunto. Ao analisarem a participação de um aluno deficiente físico em aulas de Educação Física, no ensino fundamental, Palma e Lehnhard (2012) constataram que houve uma inclusão parcial do aluno, pois o mesmo não participou de todas as atividades realizadas. Os autores afirmam que as aulas práticas de Educação Física fazem os alunos aproximarem-se, gerando conhecimento por meio das convivências que ocorrem. Os resultados da pesquisa, comentada acima, não se distanciou da pesquisa de Lehnhard, Palma e Antunes (2011) que também investigaram a inclusão de um aluno com deficiência motora em aulas de Educação Física, os autores constataram que ocorreu o processo de inclusão, entretanto, verificaram que ainda é necessário que existam mais diálogos e interações entre os escolares para que a inclusão escolar efetive-se de maneira satisfatória. Em ambas as pesquisas, observa-se que não ocorreu a inclusão dos alunos com deficiência física nas aulas de Educação Física como os http://doi.org/10.35417/978-65-86953-01-5 - 176 - Educação no Brasil perspectivas, horizontes e possibilidades / Fernanda Monteiro Rigue; Tascieli Feltrin; Natália Lampert Batista (Organizadoras). – Rio de Janeiro: Dictio Brasil, 2020. 281 p. ISBN 978-65-86953-01-5 doi.org/10.35417/978-65-86953-01-5 professores almejavam. Pois algumas das aulas desenvolvidas não incluíram integralmente os alunos, nas quais ficavam excluídos de certas atividades. No entanto, conforme Vitta, Vitta e Monteiro (2010) estudos apontam que os deficientes físicos geralmente são muito beneficiados com a inclusão na escola regular, pois o que impede a aprendizagem desses é a falta de materiais e organização das estruturas e não suas restrições. A deficiência existe, mas o queimpede a aprendizagem é a não adaptação do ambiente que o aluno frequenta. Deste modo, quando o professor consegue organizar as atividades de forma que inclua os alunos com deficiência nas aulas, estes desenvolvem suas competências, pois os alunos possuem limitações, porém, também possuem suas capacidades, ao contrário do que muitos pensam. As aulas, nas quais participam alunos com deficiência física, devem promover uma infinidade de experiências motoras, estimulando o aluno, sempre que possível, a desenvolver as atividades de maneira autônoma, promovendo desafios que o instigue a superar seus limites, mostrando-se capaz e para que, aos poucos, comece modificar as concepções dos indivíduos que enxergam a PCD como um ser incapaz. Cassiano e Gomes (2003) analisaram o processo de inclusão em aulas de Educação Física de uma aluna com deficiência visual. Os autores desvelaram que a aluna relacionava-se com a maioria dos escolares, os quais procuravam interagir e auxiliá-la na execução das http://doi.org/10.35417/978-65-86953-01-5 - 177 - Educação no Brasil perspectivas, horizontes e possibilidades / Fernanda Monteiro Rigue; Tascieli Feltrin; Natália Lampert Batista (Organizadoras). – Rio de Janeiro: Dictio Brasil, 2020. 281 p. ISBN 978-65-86953-01-5 doi.org/10.35417/978-65-86953-01-5 atividades. As diferenças existentes entre os alunos durante as aulas foram minimizadas, não existindo nenhuma forma de preconceito ou discriminação, demonstrando que muitos dos paradigmas, que normalmente se tem em relação à deficiência, já tinham sido superados. Falkenbach e Lopes (2010) investigaram a inclusão de alunos com deficiência visual na educação infantil e no ensino fundamental, os autores observaram que os escolares da educação infantil foram mais receptivos, enquanto os alunos do ensino fundamental apresentaram certa resistência. Segundo os autores, o aluno que foi incluso na educação infantil apresentou maior interesse pelas atividades desenvolvidas nas aulas de Educação Física, esse fato pode ser explicado pela receptividade dos alunos da escola, pois na educação infantil interagiam mais espontaneamente. Os autores ainda destacam que os professores sentem falta de apoio da comunidade escolar e de mais materiais pedagógicos, que são escassos, para a prática com os alunos inclusos. Maruyama, Sampaio e Rehder (2009) relatam que a maioria dos professores acreditam que os deficientes visuais possuem dificuldades para aprender. Os autores também destacam que os docentes não sabem como proceder com o deficiente visual quando inserido em suas aulas. A princípio, a crença dos professores de que os alunos com deficiência visual apresentam dificuldades na aprendizagem pode ser http://doi.org/10.35417/978-65-86953-01-5 - 178 - Educação no Brasil perspectivas, horizontes e possibilidades / Fernanda Monteiro Rigue; Tascieli Feltrin; Natália Lampert Batista (Organizadoras). – Rio de Janeiro: Dictio Brasil, 2020. 281 p. ISBN 978-65-86953-01-5 doi.org/10.35417/978-65-86953-01-5 explicado pela falta de conhecimento sobre o assunto e de como trabalharem com estes, pois os educandos com este tipo de deficiência necessitam de metodologias diferenciadas para aprender e não, necessariamente, possuem algum atraso cognitivo. Ao comentar sobre a deficiência visual, Melo (2004) defende que os alunos com esta deficiência, ao realizarem atividades físicas, necessitam de intervenções que não fujam de suas realidades, os desafios surgidos em decorrência da deficiência não podem impedir que a o deficiente visual demonstre suas potencialidades. Nas aulas de Educação Física, é necessário que o docente realize uma grande diversidade de atividades para que o aluno com deficiência visual consiga vivenciar uma pluralidade de estímulos e consiga desenvolver suas aptidões. Pois a deficiência visual, apesar dos desafios que a acompanham, não gera limitações nos movimentos dos alunos que a possuem. Se houve atraso no desenvolvimento motor dos alunos deficientes visuais, este se dá pela falta de exploração das suas competências motoras e não, propriamente, pela deficiência apresentada. Em uma pesquisa, Falkenbach et al (2007) elucidaram que os professores, de Educação Física, enfrentaram muitas dificuldades para trabalharem com alunos com deficiência intelectual, pois os escolares não participavam das atividades propostas e ficavam excluídos. Nessa mesma pesquisa, os autores analisaram a participação de um aluno com síndrome de Down. Segundo os autores, a professora destacou http://doi.org/10.35417/978-65-86953-01-5 - 179 - Educação no Brasil perspectivas, horizontes e possibilidades / Fernanda Monteiro Rigue; Tascieli Feltrin; Natália Lampert Batista (Organizadoras). – Rio de Janeiro: Dictio Brasil, 2020. 281 p. ISBN 978-65-86953-01-5 doi.org/10.35417/978-65-86953-01-5 que não enfrentou grandes dificuldades em trabalhar com o aluno, mas que sempre precisava estar atenta para que nada acontecesse de errado. O único fato negativo destacado pela docente foi que certas vezes o aluno com síndrome de Down agredia os colegas. É possível observar que em relação aos alunos com deficiência intelectual, os autores não destacam nenhum desenvolvimento das capacidades no decorrer das aulas. Tal fato pode ser explicado por Batista e Enumo (2004) ao afirmarem que os alunos com essa deficiência são os mais rejeitados pelos escolares de classes regulares. Sousa (2008) acrescenta que é mais lenta aprendizagem de um aluno com deficiência intelectual. Vitta, Vitta e Monteiro (2010) complementam que esses alunos são os que menos se desenvolvem ao serem inseridos no ensino regular. Segundo Juncken, Oliveira e Malta (1987), o esporte adaptado é de grande relevância para a PCD, pois, por meio das práticas motoras, desenvolvem-se tanto as capacidades motoras quanto as capacidades cognitivas. Para os autores, a PCD torna-se mais independente e atuante nos ambientes que frequenta a partir do momento que começa a praticar esportes. Portanto, uma Educação Física escolar inclusiva é fundamental para os discentes com deficiência, pois muitos possuem a oportunidade de vivenciarem as práticas esportivas apenas no contexto escolar. Ao serem inseridos em uma escola de educação básica, é essencial que os alunos que possuem deficiência tenham uma http://doi.org/10.35417/978-65-86953-01-5 - 180 - Educação no Brasil perspectivas, horizontes e possibilidades / Fernanda Monteiro Rigue; Tascieli Feltrin; Natália Lampert Batista (Organizadoras). – Rio de Janeiro: Dictio Brasil, 2020. 281 p. ISBN 978-65-86953-01-5 doi.org/10.35417/978-65-86953-01-5 diversidade de experiências por meio das práticas esportivas e das relações que podem estabelecer com os demais alunos. Os professores devem incentivar os demais a criarem laços de amizade com o aluno que apresenta deficiência, para que ele consiga sentir-se confiante, passe a interagir com os colegas e sinta-se parte da escola. Ação Docente na Inclusão Escolar Muitas das implicações que cercam a inclusão de alunos com deficiência se dá pela formação inicial que os docentes tiveram, pois segundo Filho (2002) muitos cursos de Educação Física não tinham em suas grades curriculares disciplinas que contemplassem as atividades motoras adaptadas. Para Sousa (2002) a inclusão é um assunto que deveria permear todas as disciplinas do curso e não apenas a disciplina de atividades adaptadas. Carmo (2002) salienta que um dos desafios da Educação Física é conciliar os princípios do curso com os princípios da inclusão. Gomes e Barbosa (2006) destacam a importância de um aprimoramento contínuo dos professores para que sempre estejam aptos à promoverem a inclusão escolar. A inclusão de alunos com deficiência em aulas de Educação Física é um grande desafio para todos os envolvidos, e não apenas aos docentes,pois o aluno com deficiência estará inserido em um novo cenário e precisa adaptar-se à escola - e não apenas a escola a ele - enfrentando muitas dificuldades e deparando-se com alunos e profissionais que nem sempre serão receptivos, os demais membros http://doi.org/10.35417/978-65-86953-01-5 - 181 - Educação no Brasil perspectivas, horizontes e possibilidades / Fernanda Monteiro Rigue; Tascieli Feltrin; Natália Lampert Batista (Organizadoras). – Rio de Janeiro: Dictio Brasil, 2020. 281 p. ISBN 978-65-86953-01-5 doi.org/10.35417/978-65-86953-01-5 da comunidade escolar deverão apreender a conviver com as diferenças existentes, deixando de lado qualquer forma preconceito. Tavares e Krug (2003) visualizam estes desafios como um acontecimento positivo, para os autores os desafios encontrados durante a inclusão escolar não proporciona benefícios apenas para a PCD e sim para todos os envolvidos neste processo, uma vez que todos adquirem experiências por meio das convivências existentes. Portanto, compreende-se que a inclusão escolar é um considerável aprendizado à comunidade escolar, pois os professores e demais membros da instituição adquirem experiência para práticas futuras. Os escolares, sem deficiência, têm a oportunidade de conviverem com alguém que pode ensinar grandes lições de vida e superação. Enquanto o aluno com deficiência passa a exercer seus direitos de cidadão, sentindo-se parte da escola e desenvolvendo suas potencialidades. De uma maneira geral, a inclusão na educação básica somente acrescenta à sociedade, as pessoas devem visualizar a convivência com o aluno que possui deficiência como uma experiência enriquecedora e não como um problema. Considerações Finais A inclusão no ensino regular é uma tarefa complexa que exige professores capacitados, o envolvimento da comunidade escolar e uma participação ativa dos pais em todo o processo. Para que a inclusão realmente ocorra é necessário que a escola transforme-se e http://doi.org/10.35417/978-65-86953-01-5 - 182 - Educação no Brasil perspectivas, horizontes e possibilidades / Fernanda Monteiro Rigue; Tascieli Feltrin; Natália Lampert Batista (Organizadoras). – Rio de Janeiro: Dictio Brasil, 2020. 281 p. ISBN 978-65-86953-01-5 doi.org/10.35417/978-65-86953-01-5 adapte-se às necessidades do aluno com deficiência, e este adapte-se à escola. Além disso, é necessário quebrar os estereótipos no que tange este tema, pois conforme apontam Aguiar e Duarte (2005, p.227) “a presença do deficiente na escola pressupõe uma mudança radical no interior da mesma, seja nos procedimentos de ensino, na avaliação, no currículo, enfim, em todas as áreas do sistema escolar”. A Educação Física apresenta-se como uma disciplina apropriada para promover a inclusão por ser um ambiente mais descontraído e possibilitar maior adaptação dos conteúdos. São perceptíveis avanços nesta área, pois conforme afirmam Venturini et al (2010) a Educação Física está deixando de trabalhar apenas com os alunos tidos como normais e vem agregando todos os alunos nas atividades, respeitando as particularidades e limitações individuais. Compreende-se que são inúmeras as dificuldades enfrentadas no processo de inclusão - que nem sempre acontece - de alunos com deficiência em aulas de Educação Física, tal fato pode ser observado na tentativa de inclusão dos alunos com deficiência intelectual, em que os alunos não participavam das aulas e ficavam excluídos, ou seja, não há inclusão e sim a integração do aluno às aulas, apenas cumprindo as legislações vigentes, sem ganho algum ao escolar. Já em alguns casos, os alunos são inclusos “parcialmente”, pois interagem com os demais e realizam a maioria das atividades propostas, mas suas limitações e a não adaptação de algumas atividades os impedem de participarem de determinadas aulas. Rodrigues (2003) relata sobre http://doi.org/10.35417/978-65-86953-01-5 - 183 - Educação no Brasil perspectivas, horizontes e possibilidades / Fernanda Monteiro Rigue; Tascieli Feltrin; Natália Lampert Batista (Organizadoras). – Rio de Janeiro: Dictio Brasil, 2020. 281 p. ISBN 978-65-86953-01-5 doi.org/10.35417/978-65-86953-01-5 este problema afirmando que muitas vezes os alunos com deficiência têm acesso à escola, contudo, são dispensados ou excluídos das aulas de Educação Física devido à falta de adaptação e receio dos professores em trabalhar com estes. Apesar de citarmos estudos que abordam a inclusão de alunos com deficiência, ressalta-se que a prática com estes é muito singular, muitas das atividades desenvolvidas com um aluno podem não dar certo com outro que tenha deficiência semelhante. Os professores devem procurar conhecer seus alunos para então adaptar a aula, não levando em conta apenas a deficiência, mas também os gostos e todas as particularidades do discente, pois é comum estes alunos apresentarem certa resistência em relação as atividades propostas, devido experiências prévias que nem sempre foram positivas. A maioria das pesquisas na área educacional, voltadas a este campo de estudo, abordam o processo de inclusão escolar com ênfase nas relações sociais que os alunos com e sem deficiência estabelecem no decorrer das aulas de Educação Física. Muitas pesquisas também abordam as concepções dos alunos sem deficiência e dos professores no que tange a inclusão de alunos com deficiência no contexto escolar. São poucos os estudos que enfatizam o processo de desenvolvimento motor e cognitivo desses alunos ao serem inclusos no ensino regular. Desta forma, destacamos a relevância de estudos longitudinais nesta área, pois é necessário avaliar o processo de inclusão e desenvolvimento do aluno com deficiência a longo prazo. Sendo http://doi.org/10.35417/978-65-86953-01-5 - 184 - Educação no Brasil perspectivas, horizontes e possibilidades / Fernanda Monteiro Rigue; Tascieli Feltrin; Natália Lampert Batista (Organizadoras). – Rio de Janeiro: Dictio Brasil, 2020. 281 p. ISBN 978-65-86953-01-5 doi.org/10.35417/978-65-86953-01-5 assim, ressaltamos a importância de pesquisas que aprofundem a presente temática, produzindo os conhecimentos necessários para atualizar os profissionais da educação e diminuir os preconceitos sobre a deficiência, visando proporcionar uma participação ativa dessa população na escola e na sociedade. Referências AGUIAR, J. S.; DUARTE, E. Educação inclusiva: um estudo na área da Educação Física. Revista Brasileira de Educação Especial, Marília, v.11, n.2, p.223-240, 2005. ALVES, M. L. T.; DUARTE, E. A inclusão do deficiente visual nas aulas de educação física escolar: impedimentos e oportunidades. Acta sci. Human Soc. Sci. Maringá, v.27, n.2, p.231-237, 2005. BARBOSA, A. J. G.; ROSINI, D. C.; PEREIRA, A. A. Atitudes parentais em relação à educação inclusiva. Revista Brasileira de Educação Especial, Marília, v.13, n.3, p.447-458, 2007. BASSALOBRE, J. N. As três dimensões da inclusão. 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