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3S_Psicologia_Comportamento

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Psicologia e Comportamento 
Organizacional 
Créditos
Centro Universitário Senac São Paulo – Educação Superior a Distância
Diretor Regional 
Luiz Francisco de Assis Salgado
Superintendente Universitário 
e de Desenvolvimento 
Luiz Carlos Dourado
Reitor 
Sidney Zaganin Latorre
Diretor de Graduação 
Eduardo Mazzaferro Ehlers
Gerentes de Desenvolvimento 
Claudio Luiz de Souza Silva 
Roland Anton Zottele
Coordenadora de Desenvolvimento 
Tecnologias Aplicadas à Educação 
Regina Helena Ribeiro
Coordenador de Operação 
Educação a Distância 
Alcir Vilela Junior
Professor Autor 
Alexandre José Bernardo
Revisor Técnico 
Marcio Coelho 
Eleni Paparounis
Técnico de Desenvolvimento 
Elizabeth Ribeiro
Coordenadoras Pedagógicas 
Ariádiny Carolina Brasileiro Silva 
Izabella Saadi Cerutti Leal Reis 
Nivia Pereira Maseri de Moraes
Equipe de Design Educacional 
Adriana Mitiko do Nascimento Takeuti 
Alexsandra Cristiane Santos da Silva 
Angélica Lúcia Kanô 
Cristina Yurie Takahashi 
Diogo Maxwell Santos Felizardo 
Elisangela Almeida de Souza 
Flaviana Neri 
Francisco Shoiti Tanaka 
João Francisco Correia de Souza 
Juliana Quitério Lopez Salvaia 
Kamila Harumi Sakurai Simões 
Karen Helena Bueno Lanfranchi 
Katya Martinez Almeida 
Lilian Brito Santos 
Luciana Marcheze Miguel 
Mariana Valeria Gulin Melcon 
Mayra Bezerra de Sousa Volpato 
Mônica Maria Penalber de Menezes 
Mônica Rodrigues dos Santos 
Nathalia Barros de Souza Santos 
Renata Jessica Galdino 
Sueli Brianezi Carvalho 
Thiago Martins Navarro
Coordenador Multimídia e Audiovisual 
Adriano Tanganeli
Equipe de Design Visual 
Adriana Matsuda 
Camila Lazaresko Madrid 
Danilo Dos Santos Netto 
Estenio Azevedo 
Hugo Naoto 
Inácio de Assis Bento Nehme 
Karina de Morais Vaz Bonna 
Lucas Monachesi Rodrigues 
Marcela Corrente 
Marcio Rodrigo dos Reis 
Renan Ferreira Alves 
Renata Mendes Ribeiro 
Thalita de Cassia Mendasoli Gavetti 
Thamires Lopes de Castro 
Vandré Luiz dos Santos 
Victor Giriotas Marçon 
William Mordoch
Equipe de Design Multimídia 
Cláudia Antônia Guimarães Rett 
Cristiane Marinho de Souza 
Eliane Katsumi Gushiken 
Elina Naomi Sakurabu 
Emília Correa Abreu 
Fernando Eduardo Castro da Silva 
Michel Iuiti Navarro Moreno 
Renan Carlos Nunes De Souza 
Rodrigo Benites Gonçalves da Silva 
Wagner Ferri 
Psicologia e Comportamento Organizacional
Aula 01
Psicologia ou Ciências Psicológicas?
Objetivos Específicos
• Interpretar a psicologia como um campo de estudo amplo que possui diversas 
linhas de pensamento.
Temas
Introdução
1 O que é psicologia?
Considerações finais
Referências
Professor
Alexandre José Bernardo
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Psicologia e Comportamento Organizacional 
3
Introdução
Sejam bem-vindos à disciplina de Psicologia e Comportamento Organizacional. Nesta 
disciplina você percorrerá os caminhos introdutórios da história da psicologia enquanto 
disciplina de formação básica. Iremos abordar desde conceitos básicos da psicologia geral 
como conceitos específicos das escolas de pensamento psicológico e suas formas de 
compreender o ser humano através de uma ótica particular.
Nesta aula faremos uma apresentação da psicologia e de seus diferentes objetos de 
estudo. Você deverá refletir sobre a psicologia enquanto ciência única ou o que chamamos 
de ciências psicológicas e seus diferentes focos de estudo. Esta aula o levará a refletir e 
compreender esses conceitos básicos.
1 O que é psicologia?
A primeira pergunta que você deve fazer é:
“Alguma vez, já parei para contar a quantidade de vezes que escutamos 
o termo psicologia em nossa vida?”
Por dia, meses e anos, escutamos as pessoas falarem de psicologia como sendo algo muito 
próximo e comum às suas rotinas. No entanto, com diversos significados e formas de utilização. 
Podemos dizer que a psicologia é vista por muitos como algo tão comum e tão simples que todo 
mundo entende do que se trata. Cabe aqui uma intervenção minha: “Será?”. Muitas pessoas 
utilizam o termo psicologia como sendo um sinônimo de outras palavras de nosso dia a dia, vejamos:
As pessoas falam que um bom vendedor usa sua “psicologia” para vender 
bem o seu produto, ou seja, estamos pensando a psicologia como um sinônimo 
de poder de persuasão, ou ainda, quando nos referimos a uma jovem garota que 
usa seu poder de atração para conseguir algo de seus colegas homens, dizemos 
que ela usa bem sua “psicologia”, e por último, quando se tem uma amiga ou 
amigo que costuma ouvir nossos problemas com atenção e cuidado, se diz que 
este será um bom psicólogo pelo simples fato de ter a capacidade de ouvir.
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4
Estamos falando de psicologia mesmo?
Será que tudo o que foi dito se refere ao que achamos ser psicologia?
1.1 Psicologia do senso comum e psicologia científica
Pois bem, não estamos falando de uma mesma psicologia. Ela se divide em duas psicologias 
bem distintas, o que chamamos de psicologia do senso comum e psicologia científica.
A psicologia do senso comum é justamente esta que tentamos exemplificar anteriormente. 
Trata-se de uma psicologia baseada em fatos da vida cotidiana que não possuem uma 
explicação científica para si. Muitas de suas explicações fazem sentido e podem até explicar 
alguns fenômenos. No entanto, não podemos afirmar que elas têm comprovação científica. 
Para atingir o status de científico, esses fatores deveriam passar por crivos muito mais rígidos 
que o simples fato de explicar algo com frequência ou dar certo tipo de resultado.
Por psicologia científica estamos pensando em atividades que busquem compreender 
um fenômeno, entender seu funcionamento e suas variações, além de alterar a forma como 
se lida com esse fenômeno no cotidiano.
Nesta aula você deverá ler o Capítulo 1, chamado “A Ciência da Psicologia”, da 
página 2 a 7, do livro “Introdução a Psicologia”, de Charles G. Morris. Neste trecho 
do livro você encontrará uma breve explanação do que de fato podemos chamar de 
psicologia, diferenciando-a em suas diversas áreas do pensamento. Esse texto será 
bastante importante para você, pois, além dessa diferenciação inicial, poderá 
clarear sua forma de enxergar a psicologia em constituição científica.
A compreensão do que é científico pode ser visto na definição dada por Ferrara (1987) 
quando nos mostra a importância do ser dinâmico, no fazer científico e do rigor que se deve ter.
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Psicologia e Comportamento Organizacional 
5
Segundo aponta Ferrara (1987, p. 1):
Fazer ciência não consiste em saber o que é o científico sacramentado pelo rigor 
de um patrimônio cultural rigorosamente definido e defendido, mas fazer ciência 
consiste em desenvolver uma atitude perante o objeto. Não é uma questão de saber, 
é antes uma questão de comportamento.
Antes de adentrarmos a discussão do científico de forma mais expressiva, temos de 
nos ater ao que entendemos por áreas do conhecimento. Quando você encontra um tema 
polêmico, ou mesmo um objeto distinto, ou ainda algo que aparentemente não se explica, 
podemos recorrer a diferentes formas de explicar esse objeto, e para isso devemos utilizar 
parâmetros que chamamos de áreas de conhecimento.
1.2 As quatro principais áreas do conhecimento
Temos quatro grandes principais áreas do conhecimento:
Figura 1: Áreas do conhecimento
Fonte: Autoria própria
A filosofia busca compreender e explicar a origem do homem e seus significados. Ela tenta 
conhecer o homem com foco nas suas especificidades e nas relações de si consigo mesmo 
e de si com os outros homens. Como área de conhecimento, a filosofia traz importantes 
reflexões sobre o homem como objeto de si mesmo e como produto de suas interações. Os 
principais temas de discussão filosófica envolvem a ética, a moral, a liberdade, a dignidade e 
outros fatores que afetam a vida do ser humano.
A arte não tem muita preocupação em explicar a origem ou o destino de algo, mas sim 
a sensibilidadehumana enquanto marca de sua existência, como sendo algo que traduz um 
conhecimento ou uma emoção que nenhuma outra área do conhecimento pode explicar ou 
compreender em sua ótica. Quando vamos a uma exposição de quadros ou ouvir um bom 
concerto de música, racionalmente nada explica o que se vê ou se ouve, mas certamente sua 
sensibilidade foi tocada de alguma forma, positiva ou negativamente.
A religião como área do conhecimento, preocupa-se com questões relacionadas à 
origem do homem e suas explicações tendem a ligá-lo a entidades divinas superiores que 
o acompanham durante a vida e podem interferir de alguma forma para ajudar ou punir o 
homem. A religião, através de seus “mistérios”, busca explicar comportamentos e principalmente 
definir códigos de conduta moral.
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Temos como exemplos:
• a Bíblia do judaísmo ou cristianismo;
• o Vedas do hinduísmo.
E por último, mas não menos importante, a ciência enquanto explicação do cotidiano do 
ser humano ou de outros animais, pode ser pensada como um conjunto de fatos da realidade 
que são reunidos por pesquisadores observadores e traduzidos em regras que explicam ações 
e resultados. Ela se caracteriza por alguns fatores determinados como:
• linguagem precisa e rigorosa;
• busca e obtenção de dados de forma programada, sistemática, controlada e objetiva 
(isenta de emoções);
• possibilidade de verificação, confirmação ou refutação de dados.
No meu ver, este último é de maior importância e de grande vantagem sobre os 
anteriores, pois a possibilidade de se ver e se rever constantemente é o que faz da ciência 
algo tão fascinante e interessante, pois o que hoje se acredita ser, amanhã poderá não ser 
mais. E algo que não se acreditava pode passar a ocupar espaço no seu escopo teórico.
Seguindo essa ideia de ciência que faz nascer a psicologia, tendo como origem a filosofia e a 
fisiologia (filosofia x ciência), a psicologia descola-se da preocupação filosófica de compreender 
a origem do homem e suas relações consigo mesmo e com seus iguais, acrescentando-se a 
isso o olhar da fisiologia que acredita haver explicações biológicas para determinadas formas 
de agir. Assim, a psicologia surge com essa mescla e confusão inicial em seu objeto de estudo.
Esse tipo de dúvida/confusão irá permear o dia a dia de toda a psicologia até os dias 
de hoje, fazendo com que muitos colegas de profissão confundam o objeto da mesma e 
seus campos de intersecção com outras áreas de conhecimento. Essa confusão é a grande 
responsável pelo que chamamos de ciências psicológicas, ou seja, diversas psicologias com 
seus diferentes tipos de objetos de estudo.
1.3 Escolas de pensamento psicológico
Nesta disciplina optamos por trabalhar com cinco escolas diferentes de pensamento 
psicológico que possuem seus objetos de estudo distintos entre si. São elas:
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Psicologia e Comportamento Organizacional 
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Tabela 1: Escolas de pensamento psicológico e seus objetos de estudo
Escola de Pensamento Objeto de Estudo
Behaviorismo Comportamento Humano
Psicanálise Inconsciente
Psicologia Cognitiva Cognição
Gestalt Percepção
Psicologia Analítica Inconsciente Junguiano
Fonte: Autoria própria
Como você pôde perceber com a explicação anterior, cada escola de pensamento 
psicológico possui um objeto de estudo bastante específico e diferente do outro. Essa 
diferenciação de objetos de estudo irá desencadear o surgimento de teorias bastante 
diferentes entre si que buscam explicar e entender coisas bastante distintas. Talvez, a falta de 
compreensão dessa diferenciação faça com que estudiosos e curiosos da psicologia 
confundam, por exemplo, a psicanálise freudiana com a psicologia junguiana, ou mesmo 
não sejam capazes de compreender que a diferenciação de objetos faz com que o interesse 
de estudo de cada área se concentre em focos distintos.
O que é a psicologia, então?
Após pensarmos em tantos objetos e tantas variações, surge esse questionamento 
bastante pertinente na mente do aluno. Morris (2004) irá explorar um conceito bastante 
claro do que vem a ser essa psicologia, além de apresentar um pouco da história sobre 
seu surgimento. Também iremos estudar as diferentes áreas propostas de psicologia pela 
American Psychological Association (APA).
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1.4 Áreas da psicologia
Morris (2004) faz breves explicações relativas a algumas das principais áreas da psicologia como:
Figura 2: Áreas da psicologia
Fonte: Autoria própria
Esta última nos interessa bastante, pois é o ramo da psicologia que conduziu inúmeros 
estudos da administração, enquanto ciência do trabalho e das relações trabalhistas. Esses 
estudos da psicologia organizacional trazem como base questões importantíssimas na 
compreensão da relação com o trabalhador e o dia a dia na organização.
Por fim, uma discussão importante acerca de questões-chave na compreensão da relação 
homem-homem são apresentadas para a reflexão, como a causação do comportamento humano.
Você, em algum momento da vida, parou para refletir sobre o que causa 
o comportamento humano? Por que as pessoas fazem o que fazem e da forma 
que fazem? Será que de fato temos a tão sonhada liberdade ou somos simples 
objetos da vontade de outros? Ainda, a respeito do ser humano, será que 
nossas qualidades e defeitos, habilidades e deficiências são frutos genéticos ou 
aprendemos a ser o que somos e como somos?
Quanto ao desenvolvimento, qual fase de nossa vida é a mais importante? O 
que acontece em nossa infância é determinante para o resto da vida? Ou superamos 
os traumas de infância? Para apimentar essa discussão, será que esses traumas 
existem? Muitos autores irão afirmar que sim, outros que não. Pretendemos que 
você consiga refletir e ter sua própria opinião consubstanciada sobre o tema.
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Outro ponto importante que encontraremos em nosso texto segue a velha discussão sobre 
a relação mente-corpo. Cabe aqui um questionamento crucial na compreensão dessa questão. 
Ela se refere à existência da mente e sua localização, pois algumas escolas de pensamento 
psicológico abominam a ideia de mente, enquanto outras acreditam que a mente é o órgão 
psicológico (mesmo imaterial) que rege e determina o comportamento do indivíduo.
Embora ainda estejamos iniciando o estudo da psicologia, é impossível não abordarmos 
a diferença entre psicologia e autoajuda, pois muitos leigos acreditam que ambas se refiram 
a mesma coisa, e, no entanto, na parte introdutória de nossa aula, você já pode observar 
que se trata de coisas bastante distintas. Ainda assim, cabe uma breve discussão sobre esta e 
outras questões polêmicas no estudo da psicologia, como:
Super dotação ou atração pelo semelhante, ou seria pelo oposto?
Considerações finais
A psicologia enquanto ciência psicológica se preocupa com questões bastante pontuais, 
como você deve ter percebido. Ela busca conhecer, compreender e elucidar temas relativos 
ao comportamento humano e suas especificidades. Seja através do olhar psicanalítico, que 
acredita haver sempre uma instância reguladora (o inconsciente) ou do olhar behaviorista, 
buscando estabelecer relações causais e funcionais do comportamento humano, a psicologia 
se apresenta como uma ciência bastante peculiar e com grande importância no processo de 
compreensão da relação homem-trabalho. Certamente, será de grande valia para o aluno o 
entendimento de alguns processos básicos e formas de explicar esse ser tão complicado e 
fascinante, o ser humano.
Por que será que a psicologia ainda tem grande dificuldade em ser aceita 
pelas outras áreas de conhecimento e por outras ciências parceiras?
Referências
FERRARA, Lucrécia D’Aléssio. A ciência do olhar atento. Trans/Form/Ação. 1987. Vol. 9-10, p. 01-07. 
MORRIS,Charles G. Introdução a psicologia. São Paulo: Prentice Hall, 2004.
Psicologia e Comportamento Organizacional
Aula 02
Psicologia: Escolas de Pensamento: Gestalt
Objetivos Específicos
• Descrever os principais conceitos da Gestalt e seus principais autores.
Temas
Introdução
1 Um pouco de história
Considerações finais
Referências
Professor
Alexandre José Bernardo
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Psicologia e Comportamento Organizacional 
2
Introdução
Nesta aula você poderá compreender um pouco mais da psicologia enquanto ciência e 
de uma de suas escolas de pensamento mais importantes, a Gestalt. Esse termo Gestalt vem 
do alemão e não tem um correspondente literal no português, a tradução que se poderia 
fazer é com o termo “configuração” ou “forma”, mas que de fato não corresponde a uma 
tradução bem feita e, por isso, não é utilizada.
Você irá conhecer os principais termos e conceitos da Gestalt e poderá passear pelas 
ilusões de ótica que serão trabalhadas na aula em vídeo. Observe com bastante atenção para 
que sua percepção não lhe engane e bons estudos.
1 Um pouco de história
Para esta aula sugerimos que você leia o capítulo 3, chamado “Sensação e 
Percepção”, das páginas 104 a 110, do livro “Introdução à Psicologia”, de Charles G. 
Morris e Albert A. Maistro. Você encontrará uma discussão mais aprofundada sobre 
o processo perceptivo, sua organização, constância e características da mesma.
Na história da psicologia encontramos inúmeras escolas de pensamento que surgem a 
partir de algumas ideias iniciais sobre um determinado fenômeno e como este pode interferir 
na compreensão do homem. A Psicologia da Gestalt também segue essa mesma linha em 
seu nascimento, no entanto podemos dizer que dentre todas as áreas de abordagens da 
psicologia, ela é uma das tendências teóricas mais coerentes e coesas.
Seus articuladores preocuparam-se em construir não só uma teoria consistente, mas 
também uma base metodológica forte, que garantisse a consistência teórica. O ponto de 
partida da Gestalt estava na psicofísica. Seus principais antecessores eram Ernst Mack (1838-
1916), físico, e Christian Von Ehrenfels (1859-1932), filósofo e psicólogo.
Esses pensadores desenvolveram um estudo baseado na psicofísica, onde o ponto de 
partida e interesse eram os estudos sobre as sensações, que ficou conhecido como “dado 
psicológico”. A relação entre espaço x forma e tempo x forma, foi denominado “dado físico”.
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3
Os principais teóricos ou pesquisadores da Gestalt são:
• Max Wertheimer (1880-1943);
• Wolfgang Köhler (1887-1967);
• Kurt Koffka (1886- 1941).
O ponto de partida da Gestalt está na percepção e sensação do movimento, isto é, eles 
se preocuparam em analisar os processos psicológicos básicos relacionados ao fenômeno 
conhecido como “ilusão de ótica”, ou seja, buscavam compreender por que indivíduos 
percebem de forma diferente da realidade alguns estímulos físicos.
Exemplo: O cinema é um excelente exemplo desta distorção, pois 
percebemos uma sequência de fotos inanimadas como uma sequência de 
movimentos.
Explicação:
Quem já viu uma fita cinematográfica sabe que ela é composta de 
fotogramas estáticos. O movimento que vemos na tela é uma ilusão de ótica 
causada pela pós-imagem retiniana (a imagem demora um pouco para se 
“apagar” em nossa retina). Como a ótica causada pelas imagens vão se 
sobrepondo em nossa retina, temos a sensação de movimento. Mas o que 
de fato está na tela é uma fotografia estática, retiniana. (BOCK, 2002, p. 34).
1.1 A percepção
Como já estudamos anteriormente, a percepção é o ponto de partida e um tema central 
da teoria da Gestalt. Os experimentos iniciais sobre percepção causaram uma estranheza 
e um questionamento sobre princípios de uma teoria que estudaremos mais adiante, o 
Behaviorismo. Para você entender um pouco mais, o Behaviorismo acredita que todo estímulo 
produz uma resposta no indivíduo, no entanto, para a Gestalt essa relação de causa e efeito 
é questionável, pois se acontecem distorções entre o que vemos e o que percebemos, eles 
acreditam que haja algo presente no processo e que seja responsável pela distorção.
Para os estudiosos da Gestalt, entre o estímulo dado pelo meio e a resposta que surge 
no indivíduo, há um processo intermediário denominado “Percepção” que afetará todo 
encadeamento da relação.
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4
Figura 1 - Comparação entre a forma de estudar o comportamento proposto pelo Behaviorismo e a Gestalt
Fonte: Autoria própria.
A oposição de ideias entre a Gestalt e o Behaviorismo pode ser explicada pela percepção 
de que para a Gestalt, o filtro do processo de responder passa pelo crivo do que eles chamam 
de “percepção”, enquanto que no Behaviorismo essa percepção não é levada em conta e não 
faz parte do objeto de estudo da teoria.
A base da distorção na percepção para a Gestalt pode ser explicada pela Teoria do 
isomorfismo. Para esta teoria há uma suposição de uma unidade no universo, onde cada 
parte está sempre correlacionada ao todo, isto é, quando alguém vê uma parte de um 
objeto, imediatamente ocorre uma tendência à busca de uma forma ideal, que garanta a 
compreensão do estímulo e de fato do todo.
1.2 A forma ideal
A partir dos fenômenos perceptivos, a Gestalt busca condições para a compreensão 
do comportamento humano. Seus teóricos acreditam que a maneira como cada um de nós 
percebe um estímulo irá interferir de forma decisiva em nosso comportamento.
Algumas vezes, os comportamentos de um indivíduo estabelecem uma relação íntima com 
os estímulos físicos, e em outras situações, eles são completamente diferentes do esperado 
porque compreendemos e percebemos o ambiente de uma forma diferente da realidade.
Vamos pensar em nosso dia a dia: quantas vezes você já cumprimentou alguém de longe 
e, quando se aproximou do mesmo, seu “conhecido” não era quem você esperava e se tratava 
de um total desconhecido?
Essa distorção de percepção o conduziu a um comportamento de saudar o desconhecido. 
Para a Gestalt, de fato, você estava cumprimentado seu amigo, e aquele desconhecido 
apresentou elementos que enganaram sua percepção.
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1.3 A relação entre figura e fundo
Outro elemento que interfere na percepção do indivíduo é a relação entre figura e fundo, 
pois quanto mais nítida estiver a figura, mais fácil será a separação entre ela e o seu fundo. 
Do contrário, fica complicado a distinção entre ambos e isso pode gerar uma confusão de 
percepção ainda maior.
Figura 2 - Exemplo de figura ambígua
Fonte: Adaptado de UFRGS (2013).
Em nosso exemplo de figura ambígua, em que a relação entre fundo e figura se misturam 
e se confundem, podemos encontrar duas faces na cor preta, utilizando o branco como 
fundo ou ainda, podemos encontrar um cálice branco utilizando a cor preta como fundo, isso 
dependerá da percepção de cada um.
Considerações finais
Nesta aula você pôde compreender um pouco mais sobre a Gestalt como escola de 
pensamento psicológico, e principalmente ampliar o seu olhar sobre o objeto de estudo 
da mesma, a percepção. Essa é essencial para a compreensão dos fenômenos relacionados 
ao comportamento organizacional e a vida do colaborador dentro da empresa. A maior 
contribuição da Gestalt para esse estudo reside no fato de que a percepção é individual e 
interfere na resposta de cada um.
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Referências
BOCK, A. M. B. Psicologias: uma introdução ao estudo da psicologia. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2002.
MORRIS, C. G.; MAISTRO, A. A. Introdução à psicologia. São Paulo: Prentice Hall, 2004.
UFRGS. Figuras sobre psicologia da Gestalt. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/psicoeduc/
gestalt/figuras-sobre-psicologia-da-gestalt>.Acesso em: 16 jun. 2013.
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Aula 03
Teorias Psicodinâmicas: de Freud a Horney
Objetivos Específicos
• Reconhecer os principais conceitos da Psicanálise e seus principais autores.
Temas
Introdução
1 O surgimento da psicanálise
2 As teorias freudianas
Considerações finais
Referências
Professor
Alexandre José Bernardo
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2
Introdução
Esta aula tem como objetivo principal apresentar os principais conceitos de outra escola 
do pensamento psicológico que também é de grande importância no conhecimento sobre o 
homem: trata-se da psicanálise, mais especificamente das teorias psicodinâmicas que nascem 
a partir do surgimento da mesma. Trataremos dos principais conceitos e de uma breve evolução 
histórica. Você também será encaminhado para a leitura de um texto que complementará 
a discussão inicialmente apresentada. Mas lembre-se que tudo que se aplicava a Gestalt, 
objeto de estudo da disciplina anterior, não se aplica às teorias psicodinâmicas.
Bons estudos!
1 O surgimento da psicanálise
As teorias psicodinâmicas nasceram a partir do viés de análise da psicanálise, cujo maior 
representante foi Sigmund Freud (1856-1939). Sua forma peculiar de estudar o ser humano 
foi evoluindo com novos autores e pensadores, que buscavam retomar os pontos principais 
de partida deixados pela psicanálise e acrescentando novas concepções divergentes daquelas 
com as quais discordavam.
Ao contrário do que se pensa, Freud não é o pai da psicologia e muito menos uma 
unanimidade na área. Temos outras abordagens que desacreditam em toda a teoria freudiana 
e não o reconhecem com a importância que os leigos o atribuem. Freud criou uma teoria 
dentro da psicologia chamada psicanálise. Essa teoria tem suas bases, seus conceitos-chaves 
e principalmente seu objeto de estudo distinto de todas as outras abordagens.
Freud era médico e tinha todo o rigor da pesquisa científica e acadêmica. No entanto, 
sua teoria foi se desenvolvendo ao longo da história e hoje a maior crítica que a mesma 
recebe é a falta de uma cientificidade ou de uma comprovação empírica. A sua sustentação 
se dá com base nos resultados que a mesma produz.
Ao contrário do que se pensa, a psicanálise não é simplesmente uma teoria. Quando ela 
foi pensada e organizada, Freud pretendia criar uma teoria com todos os seus conhecimentos 
sistematizados e organizados e que explicassem o funcionamento da vida mental humana, 
mas também pretendia criar um método de investigação baseado na interpretação e na 
busca de significados ocultos. Segundo Freud, tudo que é manifestado por ações, palavras, 
ou processos imaginários (sonhos, atos falhos, fantasias) tem um significado de ser e um 
motivo para ter acontecido da forma como aconteceu. Assim, a psicanálise se propunha a 
ser este método pelo qual é possível descobrir o que acontece dentro desta caixa preta. A 
partir disso, a psicanálise acabou se consolidando também como uma prática profissional e, 
hoje, conhecemos inúmeras pessoas que passam pelos processos de análise, em consultórios 
psicológicos com seus divãs.
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3
1.1 O caminho percorrido
Sigmund Freud era um médico com especialização em psiquiatria, ou seja, embora sua 
intenção não fosse criar uma teoria psicológica, os fenômenos relacionados ao comportamento 
humano e às patologias mentais despertavam um olhar mais atento no mesmo. Ainda 
pensando na sua formação, ele trabalhou em um laboratório de fisiologia, ministrou aulas de 
neuropatologia e começou a clinicar atendendo pacientes com “problemas mentais” que na 
época eram conhecidos como pacientes com “problemas de nervos”.
Após essa experiência inicial, Freud foi a Paris trabalhar com o famoso hipnólogo Jean 
Charcot. Lá aprendeu os fundamentos da hipnose e pôde observar de bem perto os resultados 
que o método produzia em certos tipos de pacientes. Quando retornou para Viena, levou 
consigo o know-how necessário para implementar a hipnose em sua prática profissional. Por 
isso, ainda hoje você vê vários filmes ou novelas que não conhecem nada sobre psicologia 
apresentar cenas onde o terapeuta usa de hipnose para “tratar” de seus pacientes. A hipnose 
foi utilizada por Freud durante um tempo razoável. 
Com o tempo, a hipnose acabou cedendo lugar ao método catártico1, proposto por 
Josef Breuer. Neste método, “Breuer propunha que o paciente conseguisse atingir o nível de 
liberação de afetos e emoções ligadas a acontecimentos traumáticos que não puderam ser 
expressos na ocasião da vivência desagradável”. (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2002).
2 As teorias freudianas
Agora que você já conheceu um pouco da história de Freud e de sua teoria, 
que tal ler um pouco sobre os outros teóricos psicodinâmicos? No livro 
Introdução à Psicologia de Charles G. Morris e Albert A. Maistro, você deverá 
ler das páginas 348 a 354 do capítulo 10, “Personalidade”. Lá você encontrará 
uma descrição a respeito dos principais elementos teóricos de Carl G. Jung, 
Alfred Adler, Karen Horney, Erik Erikcson e Jaylene Smith. Tenho certeza que lhe 
será de grande valia.
1 Método Catártico: o método catártico é considerado a primeira declaração de uma utilidade psicanalítica com vistas a uma compreensão 
científica da mente humana. Através dele a palavra passou a oferecer uma possibilidade de ab-reagir aos afetos, entretanto, naquele momento, 
a tentativa dos autores em explicar essa experiência terapêutica foi em termos de “catarses” e “ab-reações”. Pode-se dizer que os aspectos 
mais relevantes desse método terapêutico referente à pré-história da psicanálise envolvem a introdução inaugural de uma perspectiva analítica 
do tratamento da histeria, de modificações fundamentais na relação médico-paciente, a descoberta de que os sintomas tinham um sentido 
e estavam relacionados com experiências passadas traumáticas e a preocupação dominante em buscar estes materiais localizados fora dos 
processos conscientes, caracterizados por seus vazios amnésicos. (WOLMAN, 1976).
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Freud desenvolveu duas teorias (ou tópicas, como ficou conhecido na psicologia) 
freudianas. Estas teorias retratavam o objeto de estudo da psicanálise de forma bastante 
diferente e com um olhar muito próprio.
2.1 A primeira tópica freudiana
Em meados de 1900, Sigmund Freud lançou seu livro A interpretação dos sonhos, que 
talvez seja um dos livros mais plagiados e mal-interpretados da história da humanidade 
recente. Hoje, em cada banca de revista conseguimos encontrar um livro “de interpretação 
dos sonhos” que propõe relações bastante inusitadas (veja quadro Para pensar). 
Seguem alguns exemplos singulares de interpretações de sonhos:
Babuíno
Sorte. Se é solteiro, não tardará a fazer um casamento feliz. Se não é, pode 
melhorar de status. Se sua maior preocupação são os negócios, terá sorte em 
tudo o que fizer.
Bacia
Se a bacia estava cheia, espere brigas de família e decepções amorosas. Se 
estava vazia ou estragada, êxito.
Bagagem
Bagagem pesada: perda de dinheiro. Leve: receberá dinheiro atrasado. 
Perder a bagagem: brigas em família. Parentes com bagagem: cautela comercial.
Madrasta
Conhecerá pessoa poderosa e influente. Sorte: vaca.
Mãe
Sorridente: desejos atendidos. Irritada ou chorando: desgosto, sinal de que 
está fazendo algo errado. Vê-Ia morrer ou morta: recuperação de saúde. Sonhar 
muito com a mãe: insegurança. Pouco: boas relações com ela. Sorte: borboleta.
Fonte: Portal Angels
Essas interpretações são, no mínimo, um escárnio com o leigo que acredita que pode haver 
uma relação entre os eventos. Freud, quando propôs seu livro, buscava dizer que elementos 
dos seus sonhos podem ter relação com o que você está vivendo naquele momento e não 
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que um elemento sozinho tenha a mesma interpretação para todos. Por isso dizemos que foi 
um dos livros mais distorcidos que já existiu.
Neste livro, Freud propôs a existência de três instâncias psicológicas que operam 
interligadas: Inconsciente, Pré-consciente e Consciente. Ou seja, não existe subconsciente.
Voltando às três instâncias, o Inconsciente é o conjunto dos conteúdos ausentes da 
consciência. Isso não quer dizer que eles não existam, apenas não se encontram presentes naquele 
momento. São constituídos de conteúdos que foram reprimidos ao longo da vida. Trata-se de um 
sistema do aparelho psíquico que funciona atemporalmente, ou seja, não tem uma lógica do 
tempo. Por isso, quando você sonha, pode estar num lugar em um tempo e dois segundos depois 
estar vinte anos à frente ou atrás na escala do tempo. Tudo parece confuso demais.
A segunda instância é o Pré-consciente. Trata-se de um sistema onde permanecem 
os conteúdos acessíveis à consciência. Não está acessível agora, mas pode ficar. Basta um 
simples estímulo como uma pergunta que todo o conteúdo pode vir à tona e fazer parte do 
conteúdo agora consciente. A terceira instância, o Consciente, é onde o sistema faz trocas 
com o meio, seja de oferecimento de informações ou de recebimento de informações.
2.2 A segunda teoria
Após algum tempo, mais especificamente entre 1920 e 1923, Freud propôs uma nova teoria 
e afirmou que a anterior não condizia mais com sua forma de enxergar seu objeto de estudo.
Ele propunha três novas instâncias que iriam refletir na forma de compreender o ser 
humano e suas ações. Ele sugeriu que existiam:
• O Id que funcionava como um reservatório da energia psíquica. Essa instância era 
regida pelo princípio do prazer e tinha o papel de influenciar o comportamento 
do indivíduo na busca da obtenção do prazer. Segundo ele, esta instância seria a 
responsável por fazer com que a pessoa cedesse aos seus desejos mais ocultos, aos 
impulsos mais irracionais. Numa metáfora seria um diabinho que tenta influenciar o 
comportamento do Ego para sempre buscar prazer.
• O Ego seria o sistema regulador, que tenta estabelecer o equilíbrio entre as exigências 
do Id e do Superego. Essa instância é regida pelo princípio da realidade e tenta alternar 
suas decisões de forma que não favoreça especialmente nenhuma outra instância. Na 
metáfora, o Ego equivaleria ao Eu (ou você), que tem de tomar as decisões, precisa ouvir 
o Id (diabinho) e o Superego (anjinho) e argumentar com ambos para tomar as decisões.
• O Superego é a terceira instância e, segundo Freud, é responsável pela internalização 
de regras, proibições, limites e autoridades. Está diretamente ligado ao viver em 
sociedade e de acordo com essa sociedade. Ainda segundo Freud, essa instância é 
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responsável pelo surgimento do sentimento de culpa (seja por algo que fez errado 
ou por algo que não fez e queria ter feito). Na metáfora, equivaleria ao anjinho que 
apresentará os argumentos centrados e legais de uma tomada de decisão, é quem faz 
o contraponto com o Id.
Considerações finais
As teorias psicodinâmicas são muito importantes no desenvolvimento da psicologia 
como teoria e na compreensão do ser humano como objeto de estudo. Com elas você poderá 
compreender um pouco melhor seu colaborador, suas crises e suas formas de se apresentar. 
Embora o objetivo não seja formar um psicólogo, pretende-se com esta disciplina ampliar seu 
leque conceitual e seu campo de visão/ análise. Esperamos ter contribuído um pouco para 
esse objetivo.
Referências
BOCK, A. M. B.; FURTADO, O.; TEIXEIRA, M. L. T. Psicologias: uma introdução ao estudo de 
psicologia. São Paulo: Saraiva, 2002.
MORRIS, C. G.; MAISTRO, A. A. Introdução à psicologia. São Paulo: Prentice Hall, 2004.
Portal Angels . Sonhos . Disponível em: <http://www.portalangels.com/sonhos/>. Acesso em: 
16 jun. 2013.
WOLMAN, B. (Org.). Técnicas psicanalíticas: a técnica freudiana. Rio de Janeiro: Imago, 1976.
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Aula 04
Psicologia: Escolas de Pensamento - Behaviorismo
Objetivos Específicos
• Reconhecer os principais conceitos do Behaviorismo e seus principais autores.
Temas
Introdução
1 Um breve histórico
2 Condicionamento respondente
3 Behaviorismo radical
Considerações finais
Referências
Professor
Alexandre José Bernardo
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Introdução
Nesta aula vamos estudar outra escola de pensamento psicológico e a lógica de 
compreensão é a mesma, o objeto de estudo é específico e diferente das demais, assim 
como a compreensão de homem e de mundo. Trata-se do Behaviorismo, uma das escolas 
mais importantes da psicologia. Principalmente no estudo da psicologia organizacional, 
certamente o Behaviorismo é a escola que mais interfere na forma de gerenciar pessoas e 
produzir efeitos em seus comportamentos. Seu maior ícone foi Bhurrus Frederick Skinner e 
sua maior contribuição para a psicologia como um todo foi a proposição de que a psicologia 
deveria ocupar-se de fenômenos cientificamente mensuráveis e observáveis.
Vamos estudar?
1 Um breve histórico
Para essa disciplina, você deverá ler o capítulo 5, “Aprendizagem”, das 
páginas 161 a 168 do livro “Introdução à Psicologia”, de Charles G. Morris e 
Albert A. Maistro.
O Behaviorismo deve seu nome a John B. Watson, em 1913. Ele foi o primeiro a cunhar o 
termo e utilizá-lo para se referir a estudos psicológicos sobre a forma como o ser humano se 
comporta. Essa teoria também é conhecida por outros nomes sinônimos e equivalentes como 
comportamentalismo, teoria comportamental, análise do comportamento e Behavior Analysis.
O grande diferencial que encontraremos no estudo do Behaviorismo é que desde seu 
início, o próprio Watson mudava o foco da psicologia vigente, passando a adotar como 
verdadeiro e legítimo objeto de estudo o comportamento. Ele acreditava que somente desta 
forma a psicologia poderia ser reconhecida como ciência, pois abandonava os “processos 
mentais” pensados por outros teóricos e até mesmo renegando o conceito de “mente” como 
conhecemos. Com o novo olhar, a preocupação se concentrava naquilo que era mensurável 
e observável, que podia ser verificado em laboratório através de pesquisas científicas. Isso 
dava um novo status para a psicologia, que tanto buscava sua cientificidade. Watson estava 
propondo uma psicologia nova, sem alma e sem mente, que pudesse ser prevista e controlada. 
Para Watson (1913) “(...) o comportamento deveria ser estudado como função de certas 
variáveis do meio. Certos estímulos levam os organismos a dar determinadas respostas e isso 
ocorre porque os organismos se ajustam aos seus meios (...)”.
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Após Watson, muitos outros behavioristas surgiram e atualmente não se concebe mais a 
ideia de que o comportamento seja uma ação isolada, algo pontual, mas sim um conjunto de 
ações interligadas que interferem na ação do outro e sofrem influência dessa ação produzida 
pelo outro. Vamos deixar essa explicação um pouco mais para frente quando estudarmos as 
proposições de Skinner.
2 Condicionamento respondente
O Behaviorismo passou por algumas fases em seu desenvolvimento que foram cruciais 
para a noção de comportamento que temos hoje e para explicarmos diversas relações 
existentes entre os indivíduos. Em 1906, um fisiólogo russo chamado Ivan Petrovich Pavlov 
publicou alguns achados importantes para o estudo do comportamento, era o surgimento da 
noção de reflexo de condicionado. Esses achados se tornaram o que viemos a conhecer como 
condicionamento respondente, condicionamento clássico ou pavloviano, base de inúmeros 
estudos experimentais.
Pavlov, como fisiólogo, não tinha nenhuma preocupação com a construção de teorias 
psicológicas, no entanto,acabou observando algumas alterações em suas pesquisas que 
o interessaram muito. Ele realizava estudo com cães e certa vez observou que quando os 
tratadores dos seus animais se aproximavam dos mesmos com suas vasilhas de alimento, 
o cão passava a salivar uma quantidade maior que o normal. Pronto, para um pesquisador 
surge a pergunta, surge a curiosidade, temos de investigar.
Então ele começa a desenhar sua teoria com alguns conceitos-chave: reflexos 
(incondicionados e condicionados), estímulos (incondicionados e condicionados), 
pareamentos de estímulos, respostas (incondicionadas e condicionadas). Vamos esclarecer 
de uma forma mais sucinta:
• Reflexo incondicionado: é um reflexo inato e biologicamente estabelecido. Ele é 
eliciado a partir de um estímulo incondicionado (US – Unconditioned Stimulus).
• Reflexo condicionado: enquanto o anterior era inato, este reflexo se caracteriza pela 
necessidade de uma história de pareamento de um estímulo neutro com um estímulo 
incondicionado. Ou seja, para que este reflexo aconteça, teremos de emparelhar 
(parear) um estímulo que não provoque nenhuma resposta (estímulo Neutro – Neutro 
Stimulus) com outro estímulo que provoque uma resposta (estímulo incondicionado 
– US). Assim, o estímulo neutro, após repetidos emparelhamentos, passará a eliciar a 
mesma resposta que até então só era eliciada pelo estímulo incondicionado.
• Estímulo incondicionado (US): é um estímulo que naturalmente provoca uma 
resposta incondicionada (UR – Unconditioned Response) no indivíduo que não 
precisou ser aprendida. Exemplo: a comida funciona como estímulo incondicionado, 
pois provoca salivação sem a necessidade de qualquer processo de aprendizagem.
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• Estímulo condicionado (CS – Conditioned Stimulus): trata-se do estímulo que antes 
era neutro e a partir dos diversos emparelhamentos com o estímulo incondicionado 
passa a eliciar a mesma resposta que era emitida apenas na apresentação do estímulo 
incondicionado. 
• Eliciar: provocar uma resposta seja ela automática ou condicionada.
• Pareamento ou emparelhamento de estímulos: é um processo de 
associação entre estímulos. Quando eu apresento dois estímulos 
simultaneamente, esse processo eu chamo de “pareamento”, ele visa 
estabelecer um mesmo padrão de resposta para estímulos diferentes. 
Esse processo é muito comum nas propagandas de TV, por exemplo, 
quando vemos propagandas de cigarro com pessoas bonitas, bem 
sucedidas e com um sorriso belíssimo no rosto, a ideia é fazer com que 
cada vez que você pense ou resolva fumar, esta sensação que você tem 
ao ver aquele tipo de gente surja em você e isso acabe aumentando sua 
vontade de fumar.
• Estímulo neutro: evento que não provoca nenhuma espécie de resposta 
no indivíduo.
Apresentado tudo isso, podemos finalmente chegar à ideia do 
condicionamento pavloviano.
Tabela 1: Condicionamento respondente
US → UR US → UR NS CS → CR
Um estímulo 
incondicionado gera uma 
resposta incondicionada.
Ao emparelharmos um 
estímulo neutro com o 
estímulo incondicionado 
(que gera uma resposta 
incondicionada).
Esse estímulo neutro 
passa a funcionar como 
um estímulo condicionado 
que gera uma resposta 
condicionada.
Fonte: Autoria própria.
A seguir você encontrará uma lista de estímulos incondicionados e as respostas 
incondicionadas geradas pelo mesmo, que também são respostas incondicionadas, ou seja, 
não precisaram ser aprendidas, são inatas.
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Tabela 2: US → UR
US UR
Alimento Salivação
Alimento impróprio Vômito
Estimulação genital Ereção/ lubrificação
Calor Suor
Irritação nasal Espirro
Luz forte Contração pupilar
Choque Afastamento
Barulho forte Sobressalto
Fonte: Autoria própria.
3 Behaviorismo radical
B. F. Skinner (1904 – 1990) foi considerado por muitos estudiosos como o principal nome da 
psicologia moderna. Sua teoria conhecida como Behaviorismo radical sofreu inúmeras críticas de seus 
oponentes, em parte por desconhecimento da teoria e de sua importância para toda a psicologia.
O Behaviorismo radical - radical não por seu radicalismo, como muitos críticos afirmavam, 
mas radical por pensar a psicologia e seus problemas em sua raiz (latim: radicula) -, tentando 
identificar e propor soluções básicas para a área.
A principal mudança que Skinner introduziu no estudo da psicologia foi o conceito 
de Comportamento operante. Esse comportamento “inclui todos os movimentos de um 
organismo dos quais se possa dizer que, em algum momento, têm efeito sobre o mundo 
ao redor ou si mesmo. O comportamento operante opera sobre o mundo”. (KELLER; 
SCHOENFELD, 1973). Outra crítica que se costuma fazer ao behaviorismo é que se trata de 
uma teoria exclusivamente Stimulus-Response (S-R), o que na verdade correspondia à noção 
de condicionamento clássico e não ao condicionamento operante.
No comportamento operante, o sujeito opera o mundo à sua forma, sendo reforçado ou 
punido de acordo com as contingências que ali se apresentam.
Vamos conhecer mais a fundo os conceitos?
3.1 Comportamento operante
De acordo com a proposição de Skinner, o sujeito interage com o seu mundo de diferentes 
formas e é através dessa interação que ele consegue aprender como lidar com esse mundo. 
Ele afirma que tudo aquilo que não sou “eu” pode ser considerado como “meio”, e esse meio 
irá modelar seu comportamento através das consequências de suas ações.
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Paradigma:
A:R→C (Toda resposta tem um antecedente e uma consequência que irão interferir no 
padrão de ação de cada pessoa).
As consequências podem ser de diferentes tipos:
• Positivo: tipo de reforço que aumenta a probabilidade de ocorrência da resposta à 
qual foi seguida por ele;
• Negativo: tipo de reforço que aumenta a probabilidade de ocorrência da resposta ao 
ser removido à qual foi seguida por ele.
Quando um trabalhador, que se ausentou duas vezes do trabalho por motivos diversos, 
deixa de ganhar a cesta básica que é liberada no fim de cada mês para todos que não se 
ausentaram, é uma aplicação simples e direta da teoria de Skinner: uma boa forma de dizer 
ao colaborador: “Não falte mais ao serviço!”.
Outro tipo de consequência é a punição, processo no qual há uma influência de uma 
resposta:
• Positiva: aplicação de consequências aversivas a determinada resposta;
• Negativa: remoção de consequências reforçadoras presentes.
Há ainda a extinção, que se refere ao processo no qual uma resposta deixa de ser 
reforçada. Este tipo de procedimento produz um efeito muito mais duradouro que a punição.
O que acha de fazermos um estudo mais aprofundado do condicionamento operante?
Atualmente, dentro dos estudos relacionados ao behaviorismo nas 
organizações, você encontrará bastante material relacionado ao que chamamos de 
OBM (Organizational Behavior Management) ou PM (Performance Management) 
que é o estudo aplicado dos princípios comportamentais à realidade da organização.
Para mais informações, indicamos as leituras abaixo:
BERNARDO, A. J. Identificação de contingências e princípios 
comportamentais da Performance Management através de relatos verbais 
de gestores de recursos humanos e colaboradores de empresas da cidade 
de São Paulo. Mestrado. Programa de Psicologia Experimental, Análise do 
Comportamento, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2011.
MOREIRA, M. B.; MEDEIROS, C. A. Princípios básicos de análise do 
comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2007.
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Considerações finais
Nesta aula você pôde compreender um pouco mais do comportamento humano e de 
suas variáveis. Das escolas abordadas até aqui, essa será a de maior importância em seu dia 
a dia, pois irá acabar utilizando e aplicando princípios comportamentaisem sua empresa, e 
seria muito interessante que o fizesse da forma correta e com os conceitos adequados.
Bons estudos!
Referências
BERNARDO, A. J. Identificação de contingências e princípios comportamentais da Performance 
Management através de relatos verbais de gestores de recursos humanos e colaboradores 
de empresas da cidade de São Paulo. Mestrado. Programa de Psicologia Experimental, Análise 
do Comportamento, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2011.
BOCK, A. M. B.; FURTADO, O.; TEIXEIRA, M. L. T. Psicologias: uma introdução ao estudo de 
psicologia. São Paulo: Saraiva, 2002.
KELLER, F. S.; SCHOENFELD,W.N. Princípios de Psicologia. 1ª ed. São Paulo: E.P.U., 1973.
MOREIRA, M. B.; MEDEIROS, C. A. Princípios básicos de análise do comportamento. Porto 
Alegre: Artmed, 2007.
MORRIS, C. G.; MAISTRO, A. A. Introdução à psicologia. São Paulo: Prentice Hall, 2004.
WATSON,. J. B. Psychology as the Behaviorist Views It. Psychological Review, 1913.
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Aula 05
As Diversas Áreas de Atuação da Psicologia: Foco na Psicologia 
Organizacional
Objetivos Específicos
• Interpretar a psicologia como ciência composta de diferentes escolas de 
pensamento e com áreas distintas de atuação.
Temas
Introdução
1 Áreas de atuação na psicologia
2 A psicologia organizacional e do trabalho
Considerações finais
Referências
Professor
Alexandre José Bernardo
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Introdução
Para essa aula você deverá ler o capítulo 9, “Gerenciamento de Pessoas: 
conceito, evolução e perspectivas atuais, das páginas 123 a 131 do livro 
Introdução à Psicologia de Charles G. Morris e Albert A. Maisto. Neste trecho 
do livro você encontrará uma breve explanação da evolução histórica e 
conceitual relacionada à área de gestão de pessoas. A leitura certamente o 
levará a refletir sobre a prática de uma forma diferente. Boa leitura.
Após um passeio pelas diversas teorias da psicologia e as principais abordagens e escolas 
de pensamento, podemos começar a entender como essas escolas irão se relacionar com 
nosso objeto de estudo secundário, o comportamento organizacional. Antes, porém, é 
fundamental fazermos uma diferenciação em termos de áreas de abordagem. A psicologia 
também apresenta uma subdivisão em termos de áreas de atuação. Nesta aula você aprenderá 
a entender um pouco mais de cada área de atuação de uma forma sucinta e iniciaremos 
uma investigação mais aprofundada de uma destas áreas, tema de nossa aula, a psicologia 
organizacional e do trabalho.
1 Áreas de atuação na psicologia
A psicologia possui várias escolas de pensamento que sustentam os estudos da mesma 
sobre os diferentes objetos que ela traz. Como estudamos na aula anterior, o behaviorismo, 
a psicanálise, a Gestalt ou mesmo a psicologia cognitivo-comportamental se interessam por 
objetos diferentes e que muitas vezes não convergem e nem pretendem convergir. Seja através 
do comportamento do behaviorismo ou do inconsciente da psicanálise, o foco de estudo e 
compreensão do homem perpassam pela forma como cada escola aborda esse ser humano.
Além da subdivisão em escolas do pensamento, a psicologia também apresenta dentro de 
si outra subdivisão relacionada à sua área de intervenção. Temos algumas áreas clássicas dentro 
desta subdivisão: a psicologia clínica, a psicologia hospitalar, a psicologia escolar, a psicologia 
jurídica, a psicologia do esporte, a psicologia social e a psicologia organizacional e do trabalho.
Essas abordagens exploradas na aula anterior estão mais diretamente ligadas às 
intervenções dentro da área que chamamos de “Área Clínica”, ou seja, o que conhecemos pela 
psicologia propriamente dita, a psicologia de consultório. Nesta área de intervenção temos um 
acirramento das escolas de pensamento em termos de proposta de atuação e de intervenção, 
e cada escola acaba determinando diretamente a forma de seu profissional atuar.
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Outra área bastante comum e quase tão conhecida como a psicologia clínica é a psicologia 
hospitalar, pois carrega consigo, assim como o modelo clínico, uma aproximação muito grande 
com os modelos de saúde e a representação dos mesmos. Na psicologia hospitalar, o profissional 
trabalha com abordagens breves, pois o atendimento e o acompanhamento do paciente se dá 
apenas durante o período em que o mesmo se encontra sob internação hospitalar.
Ainda dentro da psicologia como área de atuação, temos a psicologia escolar. Essa seria 
a terceira força dentro das possibilidades de atuação do profissional da psicologia e com 
grande demanda e consolidação no mercado.
Também temos a psicologia jurídica, que vem crescendo bastante no Brasil nos últimos 
anos, e a psicologia do esporte, que graças ao boom gerado pela escolha da cidade do Rio 
de Janeiro como sede das Olímpiadas e do Brasil para sediar a Copa do Mundo de futebol 
de 2014, vem ocupando um espaço relativamente grande na preocupação do psicólogo e 
despertando interesse maior.
2 A psicologia organizacional e do trabalho
Nesta disciplina, a área de atuação de maior importância é a psicologia organizacional e do 
trabalho. A psicologia organizacional busca compreender e intervir nas relações e nos fenômenos 
relativos ao mundo do trabalho e das organizações. Ela irá explorar, analisar, compreender e 
interagir com as várias dimensões que caracterizam as pessoas, os grupos e as organizações.
No desenvolvimento da psicologia organizacional e do trabalho como área, tivemos a 
psicologia industrial como um dos pilares de sustentação da área. Este pilar trata os assuntos 
relacionados aos recursos humanos e é considerado o campo de atuação mais antigo dentre 
as subáreas desta psicologia. Seu propósito inicial estava relacionado ao gerenciamento da 
eficiência organizacional pelo próprio setor de Recursos Humanos e a esse dar base para 
as tomadas de decisões. Também foi caracterizado pela existência de projetos de seleção, 
treinamentos e avaliações de desempenho.
Outro pilar de sustentação desta subárea é a psicologia organizacional. O olhar era diferenciado 
com relação à psicologia industrial porque aqui existia uma preocupação com o indivíduo enquanto 
pessoa e no que isso poderia afetar na esfera do trabalho. Centrava-se na preocupação em 
compreender o comportamento individual e gerar um bem-estar do mesmo dentro da organização.
2.1 Áreas de atuação na psicologia organizacional
Atualmente o termo psicologia organizacional e psicologia industrial acabaram fundindo-se 
no que chamamos de psicologia organizacional e do trabalho. Temos dentro desta área alguns 
nichos de mercados comuns. Abaixo você encontrará os principais locais de atuação, sendo eles:
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• Empresas de consultoria: 32%;
• Companhias privadas: 15%;
• Universidades: 38%;
• Governo: 7%;
• Outros: 8%.
A atuação dentro da psicologia organizacional e do trabalho é demarcada por uma gama 
de atividades diferentes e com repercussões diversas dentro do âmbito da administração. 
Podemos encontrar profissionais que trabalham em atividades de análise e desenvolvimento 
organizacional, sempre com foco na interação entre colaboradores, horizontal ou 
verticalmente. O incentivo e o desenvolvimento de equipes também aparecem dentro das 
expectativas de atividades relacionadas a esta área.
Na atividade de consultoria organizacional, o grande foco de inserção do profissional 
está relacionado ao recrutamento e à seleção de pessoas, acompanhamento, treinamento e 
desenvolvimento de colaboradores. Essas áreas são historicamente relacionadas à atividade 
da psicologia no âmbito do trabalho.
Nas décadas de 60/ 70 percebemos um crescimento de atividades que até então não 
faziam parte do escopo de atuação na psicologia organizacional e do trabalho, como o estudoe planejamento de condições de trabalho, estudos e intervenções relacionadas à saúde do 
trabalhador (desenvolvimento, análise, diagnóstico e orientação em alguns casos específicos 
dentro da área de saúde do trabalhador, sempre com o olhar voltado para prevenção, 
reabilitação e promoção de saúde).
A psicologia organizacional e do trabalho também pode fornecer dados e subsídios 
relacionados a aspectos psicossociais que visem promover melhores condições de trabalho. E 
aproveitando o gancho do social, não podemos nos esquecer do desenvolvimento de processos e 
projetos ligados à intervenção psicossocial, desenvolvendo ações voltadas para o aprimoramento 
das relações de trabalho, visando obter uma maior produtividade, sem esquecer os fatores 
pessoais relacionados à satisfação do colaborador, bem-estar e qualidade de vida no trabalho.
Outra forma de atuação dentro da psicologia organizacional e do trabalho que podem 
nutrir o administrador de dados é a participação da mesma em entrevistas de desligamento 
ou processos demissionais, pois é de fato quando o funcionário não se encontra mais ligado 
às amarras institucionais que poderá externalizar informações extremamente importantes 
para o funcionamento da organização.
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Pare um pouco sua leitura, vá até a locadora e alugue o filme Amor sem 
escalas (distribuidora Paramount Pictures, 2009). É uma excelente dica para 
que você entenda um pouco o funcionamento dos processos demissionais e 
observe algumas variáveis que estão ligadas a este processo. Lembre-se que em 
todo filme há espaço para a licença poética, não seja muito crítico. Boa sessão.
Considerações finais
Nesta aula você pôde entender um pouco mais sobre o desenvolvimento da psicologia 
como área de atuação e principalmente sobre a psicologia organizacional e do trabalho, base 
de sustentação para diversas práticas do administrador em seu dia a dia. Pôde perceber uma 
evolução histórica das áreas da psicologia de uma forma geral e da psicologia organizacional 
e do trabalho. Esperamos que tenha sido um bom passeio, com ótimos insights.
Referências
MORRIS, C. G.; MAISTO, A. A. Introdução à psicologia. São Paulo: Prentice Hall, 2004.
ROBBINS, S.; JUDGE, T.A.; SOBRAL, F. Comportamento Organizacional: teoria e prática no 
contexto brasileiro. 14. ed. São Paulo: Pearson/ Prentice Hall, 2010.
SILVA, R. O. Teorias da Administração. São Paulo: Pearson/ Prentice Hall, 2008.
ZANELLI, J. C.; ANDRADE, J. E. B.; BASTOS, A V. B. (Org.). Psicologia, organizações e trabalho no 
Brasil. Porto Alegre: Artmed, 2004.
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Aula 06
Comportamento Organizacional
Objetivos Específicos
• Diferenciar o comportamento individual e o comportamento organizacional 
com suas especificidades.
Temas
Introdução
1 Definições de comportamento organizacional
2 O comportamento grupal na organização
Considerações finais
Referências
Professor
Alexandre José Bernardo
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Introdução
Agora que já estudamos as escolas de pensamento da psicologia e sua subdivisão em 
áreas de atuação, chegamos a um ponto de nosso curso que já podemos enveredar pela 
aproximação destas mesmas questões com o dia a dia da organização e do comportamento 
humano. Iremos explorar nesta aula o comportamento organizacional como subproduto da 
interação homem-homem, homem-organização e organização-homem. Esperamos que você 
se interesse pelo tema e participe de excelentes debates com seus colegas.
1 Definições de comportamento organizacional
Após este longo percurso você está preparado para ler o capítulo 1, “O que 
é o comportamento organizacional”, das páginas 7 a 13 do livro Comportamento 
Organizacional de Robbins, Judge & Sobral. Você poderá compreender de uma 
forma mais clara os conceitos principais relacionados ao comportamento 
organizacional e contrapor as informações aqui apresentadas. Bons estudos.
Na história da administração, o conceito de comportamento organizacional foi tomando 
espaço e importância com o crescimento da mesma enquanto ciência e seu desenvolvimento 
teórico. Muitos autores buscavam entender o funcionamento de uma organização, mas o 
objeto variava de autor para autor.
A partir da revolução industrial, no século XVIII e XIX, a forma de viver em sociedade 
começava a tomar nova forma: êxodo rural, amontoamentos de pessoas nas cidades, 
desemprego e outros problemas que persistem até os dias atuais.
As grandes linhas de montagem surgem com suas necessidades cada vez maiores e a 
forma de gerenciar pessoas sofreu um grande impacto. Essas mudanças pressionaram os 
gestores a mudar sua forma de agir, observar, compreender e intervir nas relações de pessoas. 
O tempo curto para tomada de decisão passa a ser uma constante, o que requer profissionais 
mais capacitados e qualificados nas funções-chave.
Até então, o conceito de comportamento organizacional não tinha qualquer representatividade 
dentro da administração e dificilmente seria encontrado na literatura ou em rodas de discussão, mesmo que 
acadêmicas. Seu desenvolvimento se deve às abordagens teóricas anteriores que buscavam compreender o 
dia a dia do trabalhador e a melhor forma de lidar com eles. As principais abordagens foram a administração 
científica, os princípios administrativos e a escola de relações humanas de Elton Mayo.
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Todas essas escolas de pensamento influenciaram o desenvolvimento da administração de 
uma forma geral e o estudo do comportamento organizacional de uma forma específica. Talvez 
a mais criticada tenha sido a Administração Científica de Taylor que preconizava o homem como 
objeto de si mesmo e dos processos burocráticos. Uma grande crítica ao modelo proposto foi 
realizada por Charles Chaplin no filme “Tempos Modernos”. Apesar de a obra ser relativamente 
antiga (1936), suas colocações e apontamentos são extremamente atuais. Venha fazer parte 
desta viagem na história da administração e do estudo do comportamento organizacional.
Vamos ver como a literatura trata deste conceito. Quadros & Trevisan definem de uma forma 
bem didática: “Comportamento Organizacional é um campo de estudo que ajuda a prever, explicar 
e compreender os comportamentos nas organizações”. (QUADROS; TREVISAN, 2002, p. 2).
O comportamento organizacional como forma de estudar, prever, explicar e compreender 
como as pessoas agem dentro do âmbito do trabalho é uma excelente forma de pensar nas 
diversas teorias que sustentarão o estudo deste mesmo comportamento organizacional.
Você será levado a pensar nas variáveis que afetam o modo das pessoas agirem, 
compreendendo um pouco da ciência, fundamental para o estudo do comportamento 
humano, a psicologia e, mais especificamente, o behaviorismo, também discutirá a psicologia 
organizacional e do trabalho como subárea da psicologia que concentra os principais 
estudos relacionados ao tema, ainda enveredaremos pelos caminhos da saúde mental e 
trabalho, coeficiente de inteligência, coeficiente emocional, motivação, liderança, estresse, 
adoecimento no trabalho, relação entre emoção e razão.
Teremos muito que discutir e refletir nesta aula, então que tal começarmos pelas 
definições de comportamento e de comportamento organizacional? Vamos lá!
1.1 Comportamento humano
Por comportamento então, eu me refiro simplesmente ao movimento de um organismo, 
ou de suas partes, num quadro de referência fornecido pelo organismo ele próprio, 
ou por vários objetos ou campos de força externos. É conveniente falar disto como a 
ação do organismo sobre o mundo externo, e é frequentemente desejável lidar com um 
efeito mais do que com o movimento em si mesmo (...)”. (SKINNER, 1938, p. 6).
Estamos adotando como referência o behaviorismo que você já teve a oportunidade de 
conhecer em aula anterior.Dentre as diversas definições de comportamento, em nosso ver 
aquela que melhor se adequa ao estudo do comportamento organizacional é esta.
A definição de comportamento apresentada por Skinner (1938) é fundamental para 
entendermos o conceito de comportamento organizacional, pois a partir do momento que 
ele afirma que comportamento pode ser um simples movimento de um organismo ou de 
suas partes, retirando do conceito a ideia embutida nele de intencionalidade, fica mais claro 
o caminho que deve ser percorrido para chegarmos no comportamento organizacional.
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Ainda na abordagem Skinneriana podemos compreender o comportamento organizacional 
como fruto da relação entre os colaboradores, relação dos colaboradores com seus chefes, 
colaboradores com seus subordinados, colaboradores com seu mundo fora da organização 
e dos colaboradores consigo mesmos. Essa rede de relações bastante intrincada deve ser 
considerada na análise de fatores relacionados ao comportamento organizacional.
1.2 Percepção no trabalho
Outro fator ou variável diretamente relacionada ao comportamento organizacional é a 
percepção de seu ambiente de trabalho. Por percepção não estamos apresentando a ideia de 
algo “mágico” ou “extrassensorial”, mas sim uma boa análise das circunstâncias que envolvem 
seu ambiente de trabalho e suas tomadas de decisões.
Nessas circunstâncias queremos que o colaborador consiga compreender de forma clara 
suas relações com seus colegas de trabalho e que estas relações são permeadas por diversas 
outras variáveis, e a principal delas se trata da empatia.
O comportamento organizacional como resultado da percepção e da capacidade do 
colaborador em se colocar na posição do outro refletirá diretamente em sua forma de 
agir, e funcionará como filtro de qualidade para suas ações. Um aluno mais atento poderia 
questionar: “Mas a minha percepção é diferente da percepção do meu colega, como lidar com 
isso?”. Muito bem observado, a percepção diferenciada é o grande atrativo do ser humano, 
pois nosso processo perceptivo está diretamente ligado à forma como cada um exercita a 
mesma. Embora tenhamos um componente genético, as nossas características certamente 
irão ajudar ou atrapalhar nesse processo perceptivo.
Indivíduos com problemas de relacionamento apresentam dificuldade em perceber 
os outros e o mundo à sua volta de forma acurada, sem deformações. A pessoa que, 
continuamente, busca uma maior consciência sobre si, sobre o outro e o mundo, 
tem maior probabilidade de perceber as situações e de se relacionar, diferentemente 
daquela que se comporta de maneira rígida, preconceituosa, em face dos valores dos 
outros, quando estes são diferentes dos seus. (QUADROS; TREVISAN, 2002, p. 4).
1.3 Atitude como diferencial
Muitos autores, estudiosos e militantes da área de negócios costumam confundir o 
conceito de atitude com o conceito de comportamento/ ação. Dizem por aí que para se ter 
atitude é preciso agir e essa ação é vista como a atitude. Na verdade esse é um engano muito 
comum e muito simples de resolvermos no estudo do comportamento organizacional.
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A atitude de cada pessoa é avaliada o tempo inteiro pela sociedade de uma forma geral. 
Vamos aprendendo a agir em grupo conforme vivenciamos essa experiência. A escola é um 
grande aprendizado neste aspecto, pois oferece à criança a oportunidade de se relacionar com 
outras crianças e começar a vivenciar as dificuldades e as facilidades da vida em sociedade. 
Mas isso não resume o que define atitude e apenas ajuda a formar a base para o que estamos 
chamando de atitude.
Aprendemos a lidar com as informações recebidas, com os afetos alheios e os nossos 
próprios afetos, que acabam interferindo no processo de “gostar” ou “não gostar” de alguém 
ou de uma situação. Essas informações acumuladas à sua carga genética, sua percepção, 
razão, emoção, sensibilidade e outros fatores criam o que chamamos de predisposição à 
ação. Essa predisposição à tal ação é a atitude.
Vejamos como Robbins, Judge & Sobral (2010, p. 65) definem atitude: “Atitudes são 
afirmações avaliatórias – favoráveis ou desfavoráveis – com relação às pessoas, objetos ou 
eventos. Refletem uma predisposição individual com relação a alguma situação ou fenômeno”.
Vivemos em uma sociedade moderna onde as pessoas se cobram a agir de 
forma ética e responsável. Você alguma vez já se questionou se sua atitude 
condiz com o que você espera dos outros? Pense bem.
2 O comportamento grupal na organização
Agora que você já estudou bastante sobre as variáveis que afetam o comportamento 
de um indivíduo na organização e suas diversas relações com outras variáveis, iremos passar 
ao estudo do comportamento organizacional na esfera grupal, pois além do estudo das 
relações do indivíduo com ele mesmo e com seus pares, outro fator que afeta bastante o 
comportamento final está centrado no fato do que se faz em grupo.
O grupo tem um poder muito grande sobre o colaborador, pois ele é capaz de escolher 
líderes e fazer com que estes ocupem posições privilegiadas no escopo da organização, assim 
como perseguir, maltratar, humilhar e gerar inúmeros outros problemas aos indivíduos que 
não estejam em acordo com sua forma padronizada de agir ou sua determinação.
Mas, afinal, o que será grupo? Antes de prosseguirmos a discussão iremos abordar de 
uma forma mais acadêmica o conceito de grupo apresentado por Robbins, Judge e Sobral em 
sua obra Comportamento Organizacional.
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Um grupo é definido como dois ou mais indivíduos, interdependentes e interativos, que 
se reúnem visando a atingir determinado objetivo. Os grupos podem ser formais ou 
informais. Entendemos por grupos formais aqueles que são definidos pela estrutura 
da organização, com atribuições específicas e tarefas necessárias para a realização de 
um trabalho. Nesses grupos, o comportamento das pessoas é estipulado e dirigido 
em função das metas organizacionais. [...] Ao contrário, os grupos informais não são 
estruturados formalmente nem determinados por uma organização. Esses grupos 
são formações naturais dentro do ambiente de trabalho, que surgem em resposta às 
necessidades de interações sociais. (ROBBINS; JUDGE; SOBRAL, 2010, p. 262).
Considerações finais
Nesta aula você pode passear um pouco pelo estudo do comportamento organizacional 
e de algumas de suas variáveis mais importantes. Abordamos as diferentes definições 
de comportamento organizacional e como o mesmo se relaciona com o conceito de 
comportamento humano. Essa diferenciação é fundamental para a compreensão do por 
que as pessoas agem da forma que agem e do pontapé inicial para pensarmos de forma 
aprofundada no estudo de outras variáveis como a percepção do colaborador sobre si e sobre 
o seu trabalho e a análise de sua atitude frente às principais dificuldades em seu dia a dia. 
Também enveredamos pelo estudo inicial do comportamento grupal na organização.
Referências
LOOK FILMES (distribuidor). Tempos Modernos. Direção de Charles Chaplin. EUA. 1936.
QUADROS, D.; TREVISAN, R. M. Comportamento Organizacional. v. 5. Curitiba: Associação 
Franciscana de Ensino Superior. Coleção Gestão Empresarial, 2002.
ROBBINS, S.; JUDGE, T.A.; SOBRAL, F. Comportamento Organizacional: teoria e prática no 
contexto brasileiro. 14. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.
SKINNER, B. F. Ciência e Comportamento Humano, 11. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
______. The behavior of organisms: an experimental analysis. Cambridge, Massachussetts: B.F 
Skinner Foundation, 1938.
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Aula 07
Motivação no Trabalho
Objetivos Específicos
• Demonstrar a motivação como variável interveniente no comportamento 
organizacional, conhecendo as diferentes teorias motivacionais.Temas
Introdução
1 Motivação
Considerações finais
Referências
Professor
Alexandre José Bernardo
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Introdução
Nesta aula vamos estudar o conceito de motivação e algumas das principais teorias 
relacionadas. Iremos pensar a motivação como uma ferramenta de avaliação e gerenciamento 
estratégico.
1 Motivação
Nesta aula você deverá ler o Capítulo 7, “Conceitos básicos de motivação”, 
da página 196 a 203 do livro Comportamento Organizacional, de Stephen 
Robbins, Tim Judge & Filipe Sobral. Você encontrará as principais teorias 
motivacionais e a forma como cada uma pode refletir nos processos de tomada 
de decisão. Aproveite a leitura.
Mas afinal, o que é motivação?
A origem da palavra, do latim motivus, quer dizer processo, esforço direcionado para o 
alcance de um objetivo.
Se checarmos agora em qualquer dicionário, a definição que vamos encontrar é: – 
Exposição de motivos; – Conjunto de fatores que agem entre si e determinam uma conduta 
do indivíduo. Mas o que queremos entender é como a motivação pode ser utilizada dentro 
do contexto das organizações. Para isso vamos recorrer ao conceito.
Para Maximiano (2002) e Chiavenato (2000), o comportamento humano é energizado, 
estimulado, incentivado; motivação é o esforço e a tenacidade para alcançar algo ou fazer 
algo; fator que contribui para o desempenho no trabalho.
Ou seja, no campo organizacional, motivação é vista como forma de melhorar o 
desempenho profissional para que isso reflita na produção, na saúde organizacional e na 
satisfação dos trabalhadores.
Por isso entendemos que para aumentar a motivação dos trabalhadores em uma 
organização é necessário mostrar aos mesmos a sua importância, buscando formas de 
satisfação de suas necessidades, permitindo que emitam suas opiniões e tudo o que diz 
respeito ao setor de produtividade.
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1.1 A origem da motivação: intrínseca ou extrínseca
Entendemos que a motivação pode ser pensada através de duas vertentes:
• Motivação intrínseca
Acredita-se que a motivação pode ser algo intrínseco, quando o fator motivacional se 
relaciona com questões psicológicas (internas, daí intrínsecas) dos indivíduos, ou seja, quando 
estes são motivados pelas suas ações individuais, buscam o reconhecimento e sua valorização.
• Motivação extrínseca
Ao pensarmos a motivação extrínseca, os fatores motivacionais são alcançados através 
de alguma recompensa (salários, benefícios, promoções que são estabelecidas normalmente 
pela alta administração) ou algum fator externo, daí extrínseca.
Essa discussão entre a origem da motivação perpassa diversas áreas de conhecimento e 
formas de abordar o fenômeno. Certamente você irá encontrar defensores de ambos os lados 
com argumentos bastante convincentes.
Para entender melhor a motivação é necessário abordar suas diversas teorias, pois nelas 
se encontram o fator para motivar as pessoas e as respostas básicas de como os indivíduos 
vão ou poderão reagir a tal situação.
As teorias clássicas da motivação são:
• A hierarquia de necessidades humanas – Maslow;
• Teoria X e Y – McGregor;
• Teoria dos dois fatores;
• Teoria das necessidades de McClelland.
Contudo, iremos abordar neste texto contextualizador apenas as duas primeiras teorias e as 
outras duas você encontrará em nosso texto base. Uma leitura não exclui a outra, pois aqui faremos 
uma introdução ao tema e no texto base reunimos mais dados para complementar a discussão.
1.2 A hierarquia de necessidades humanas – Abraham H. Maslow
A teoria das necessidades humanas de Maslow propõe que o homem é motivado por 
necessidades organizadas numa hierarquia de relativa importância. Isto significa que uma 
necessidade de ordem superior surge somente quando a de ordem inferior foi relativamente 
satisfeita. A teoria pode ser entendida na Figura 1:
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Figura 1: Pirâmide de Maslow
 Fonte: Autoria própria.
Maslow acreditava que uma necessidade satisfeita não é motivadora de comportamento. 
Já as necessidades não satisfeitas, sim, influenciarão o comportamento, dirigindo-o para 
objetivos individuais. O que acaba fazendo bastante sentido ao pensarmos que o que motiva 
o indivíduo em direção a algo é justamente a necessidade desse algo.
Ele avalia ainda que somente se buscará uma necessidade de maior ordem hierárquica 
quando se alcança satisfação em níveis mais baixos, ou seja, os níveis mais elevados de 
necessidade somente surgem quando os níveis mais baixos estão relativamente controlados 
e alcançados pelo indivíduo.
Contudo, cabe ressaltar que, para Maslow, nem todos os indivíduos conseguem chegar ao 
nível das necessidades de autorrealização ou mesmo ao nível das necessidades de estima, sendo 
estas sempre uma questão de conquista individual, lembrando que o comportamento de cada 
indivíduo é influenciado simultaneamente por um grande número de necessidades concomitantes.
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1.3 Teoria X e Y de McGregor
A teoria criada pelo psicólogo McGregor é marcada pela criação de duas visões opostas 
do profissional, seja pela sua forma de ação ou por como são avaliados por seus superiores. 
Ele propôs dois perfis profissionais: o profissional X e o profissional Y.
Mas quais são essas diferenciações?
• Profissionais X - Tentam evitar o trabalho quando possível, sendo necessário serem 
coagidos ou punidos por seus superiores para que possam atingir as metas da 
organização. São desmotivados, pois na organização só buscam segurança em questão 
financeira e não tem pretensão de desenvolver um plano de carreira na empresa. 
• Profissionais Y - Almejam atingir seus objetivos e cumprir as ordens que lhe são 
confiadas. Colaboram para o crescimento da organização e o seu próprio crescimento. 
São criativos, têm ideias inovadoras, são motivados, empenhados e têm como meta o 
crescimento da organização. São felizes porque fazem o que gostam.
Considerações finais
Nesta aula, você pode compreender a importância do conceito de motivação, ou seja, 
quando vemos uma pessoa altamente motivada em seu trabalho, entender o que significa 
e correlacionar essa motivação com um comprometimento emocional. Pessoas que estão 
engajadas em seu trabalho, “tornam-se física, cognitiva e emocionalmente imersas na 
experiência daquela atividade, na busca de seu objetivo”. (MITCHELL, 1982; JURKIEWICZ; 
MASSEY JR.; BROWN, 1998, p. 233; ROBBINS, 2005, p. 94-95). 
Conseguir perceber que a motivação não é algo simples de ser trabalhado e que há uma 
diversidade na forma de se pensar, aplicar e estudar a motivação é um dos objetivos desta 
aula. Esperamos que tenha compreendido o conceito de uma forma ampla e que o utilize em 
seu dia a dia no trabalho com bastante critério. Até mais!
Referências
CHIAVENATO, I. Iniciação à Administração Geral. São Paulo: Makron, 2000. 44 p.
JURKIEWICZ, C. L.; MASSEY JR., T. K.; BROWN, R. G. Motivation in Public and Private Organizations: 
a comparative study. Public Productivity & Management Review. Sage Publications. v. 21, n. 3, 
p. 230-250, 1998.
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MAXIMIANO, A. C. A. Teoria geral da administração: da revolução urbana à revolução digital. 
3. ed. rev. e atual. 2002. 521p.
MITCHELL, T. R. Motivation: new directions for theory, research, and practice. Academy of 
Management. The Academy of Management Review, Mississippi State, p. 80-88, 1982.
ROBBINS, S. P. Comportamento Organizacional. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.
ROBBINS, S. P.; JUDGE, T.; SOBRAL, F. Comportamento Organizacional. 14. ed. São Paulo: 
Pearson/ Prentice Hall, 2010.
Psicologia e Comportamento Organizacional
Aula 08
Atitude e Satisfação nas Organizações

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