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2 - ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENG DE SEGURANÇA

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www.facuminas.com.br 
ADMINISTRAÇÃO APLICADA À 
ENGENHARIA DE SEGURANÇA 
 
 
 
 
 
 
MATERIAL DIDÁTICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CREDENCIADA JUNTO AO MEC PELA 
PORTARIA N° 3.445 DO DIA 19/11/2003 
 
 
1 
 
 
Sumário 
 
CONCEITOS BÁSICOS DE ADMINISTRAÇAO ................................................ 3 
CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO .................................................................... 3 
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO ................................................. 4 
FUNÇÕES CLÁSSICAS DA ADMINISTRAÇÃO ................................................ 6 
ADMINISTRAÇÃO DO PROGRAMA DE SEGURANÇA .................................... 8 
POLÍTICA DE SEGURANÇA DO TRABALHO ................................................. 10 
PROGRAMA DE SEGURANÇA DO TRABALHO ............................................ 15 
SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM SEGURANÇA E MEDICINA DO 
TRABALHO ...................................................................................................... 19 
COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇAO DE ACIDENTE (CIPA) ................... 22 
A ENGENHARIA DE SEGURANÇA E AS ÁREAS DA EMPRESA .................. 24 
RESPONSABILIDADE CIVIL E CRIMINAL – ASPECTOS ÉTICOS ................ 26 
CUSTOS DE ACIDENTES ............................................................................... 27 
SITUAÇÃO ATUAL X VERSÃO DO FUTURO ................................................. 29 
REFERÊNCIAS ..................................................................................... 29 
 
 
 
 
2 
 
 
FACUMINAS 
A história do Instituto Facuminas, inicia com a realização do sonho de um 
grupo de empresários, em atender a crescente demanda de alunos para cursos 
de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a Facuminas, como 
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A Facuminas tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua 
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, 
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o 
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
CONCEITOS BÁSICOS DE ADMINISTRAÇAO 
CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO 
O conceito de Administração é bastante amplo e deve ser lembrado 
sempre que se inicia um estudo sobre o assunto. De modo geral, podemos definir 
Administração como o campo de conhecimento e de atividade que se ocupa com 
situações nas quais um indivíduo ou grupo de indivíduos se empenha em 
alcançar objetivos, valendo-se do trabalho de várias pessoas. 
Embora a administração, sob diferentes formas, perpasse toda a vida dos 
seres humanos, em todos os segmentos da sociedade, a empresa é uma das 
áreas em que essa presença se faz mais importante. 
Os dois conceitos (administração e empresa) são estreitamente ligados, 
sendo que a empresa pode ser entendida como “toda instituição que se propõe 
atingir determinados objetivos com a participação, pelo menos em trabalho, de 
várias pessoas”. 
Em resumo podemos dizer que a Administração é um campo que se volta 
para as atividades empresariais. 
Assim, a história da Administração tem a empresa como principal cenário. 
Didaticamente, podemos dividi-la em três fases, considerando o seu processo 
evolutivo. 
 Fase Tradicional - os procedimentos administrativos são baseados 
na transmissão assistemática de condutas administrativas bem 
sucedidas. Esta transmissão, na maioria das vezes, é realizada 
através de contatos pessoais, sem grande formalismo. 
 Fase Pragmática ou Racional - com a evolução social, dentro e fora 
da empresa, seus integrantes já não se relacionam apenas por 
meio de contatos pessoais. Faz-se necessária a criação de 
procedimentos administrativos, estabelecendo-se tratados e 
normas a respeito do assunto. Busca-se maior racionalidade nas 
organizações com aumento direto de produtividade. São 
 
4 
 
representantes clássicos dessa fase o francês Henri Fayol e o 
americano Frederick N. Taylor. 
 Fase Científica - a Administração já não se ocupa com problemas 
que possam ter soluções imediatas (a pesquisa experimental sem 
finalidades imediatas é muito desenvolvida). Nessa fase a empresa 
já não é vista como uma entidade isolada, os problemas fora dela 
também passam ser considerados e a integrar conscientemente o 
âmbito dos estudos e atividades. 
Verifica-se, portanto, que a Administração é uma área em constante 
evolução e vários conceitos relativos a ela foram produzidos por diferentes 
autores. Neste momento, todavia, vamos focalizar dois, Fayol e Jiménes Castro, 
principalmente para destacar o sentido evolutivo, já enfatizado. 
a. Fayol (1956) considerava a administração como um conjunto de 
atividades dentro da estrutura da empresa. Para ele, administrar é: 
prever ou planejar; organizar; comandar; coordenar; controlar. 
b. Jiménez Castro (1963) define a Administração como uma ciência 
social composta de princípios, técnicas e práticas cuja aplicação a 
conjuntos humanos, permite estabelecer sistemas racionais de esforço 
cooperativo, por meio dos quais se podem alcançar propósitos comuns 
que individualmente não seria fácil lograr. É a própria visão científica 
da Administração. 
No primeiro conceito (Fayol) está nítida a fase pragmática, enquanto que 
no segundo (Jiménez) percebe-se uma preocupação mais universalista, mais 
científica. 
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO 
São princípios básicos da Administração: divisão do trabalho, subordinação ao 
interesse geral, centralização/descentralização, iniciativa e união do pessoal. 
Divisão do trabalho 
Para produzir mais e melhor com o mesmo esforço, é fundamental dividir o
 trabalho a ser realizado entre diferentes pessoas. Pode até haver vários 
trabalhadores executando as mesmas tarefas, porém, a divisão de trabalho implica 
 
5 
 
atribuir tarefas específicas a grupos de pessoas distintas. A divisão do trabalho implica 
os seguintes aspectos: 
a. autoridade: para que o trabalho grupal se desenvolva eficientemente, é 
necessário que alguém goze do direito/poder de mandar em outras pessoas e de se 
fazer obedecer; 
b. disciplina: é a existência, entre as pessoas que desenvolvem uma 
atividade grupal, de obediência às convenções estabelecidas entre a empresa e seus 
agentes, obediência essa manifestada através da assiduidade e do cumprimento das 
atividades, como também, através de sinais exteriores de respeito às convenções 
existentes; 
c. unidade de mando: é o princípio segundo o qual um funcionário da 
empresa, para a execução de uma tarefa qualquer, deve receber ordens de um só chefe; 
d. unidade de direção: é o princípio segundo o qual as operações 
desenvolvidas devem todas tender aos objetivos gerais da empresa. 
Subordinação ao Interesse geral 
Segundo o princípio da subordinação ao interesse geral, o interesse de 
um funcionário ou de um grupo de funcionários não deve prevalecer contra o 
interesse da empresa. No entanto, isso não dispensa a remuneração do pessoal. 
Remuneração do Pessoal 
O serviço prestado por qualquer funcionário em uma empresa tem um “preço” e, 
portanto, deve ser “remunerado”. Esta remuneração pode ser feita de várias formas, 
mas atualmente o mais usual é a remuneração financeira, que deveser pré-
estabelecida, de forma equitativa, atendendo a interesses pessoais do empregado e da 
empresa. 
Centralização/descentralização 
É necessário que haja certa centralização da autoridade a fim de evitar uma 
dispersão de esforços que impossibilite a consecução dos objetivos da empresa. No 
entanto, essa centralização deve ser distribuída em grau maior ou menor, de acordo 
com a realidade de cada empresa, o que conduz a alguns aspectos como: 
 
6 
 
a. hierarquia: implica a divisão da autoridade pelos elementos da empresa 
de modo claro e explicito, a fim de que as pessoas desfrutem de um grau de autoridade 
bem definido e que se forme uma “pirâmide” com graus crescentes de autoridade, até 
chegar a uma autoridade superior central. 
b. ordem: a noção de ordem pode ser sintetizada da seguinte forma: “para 
cada lugar uma pessoa ou coisa e para cada coisa ou pessoa, um lugar”. 
c. equidade: para que haja eficiência no trabalho, há que se aplicar a justiça, 
com benevolência e de forma semelhante para todos, em situação idêntica. 
d. estabilidade de pessoal: para que haja bom funcionamento da empresa 
e satisfação de seus empregados, é necessário assegurar-lhes condições de 
estabilidade no trabalho; a forma e o grau de estabilidade assegurado podem variar no 
tempo e no espaço, mas um mínimo deve ser respeitado. 
e. iniciativa: a empresa deve propiciar condições de desenvolvimento do 
espírito de iniciativa a todos os empregados, isto é, possibilitar-lhes conceber planos 
que, se aprovados, terão asseguradas condições de bom desenvolvimento. 
União do pessoal 
Na medida em que a harmonia e a união do pessoal são fundamentais ao bom 
desempenho dos empregados, a empresa deverá realizar esforços no sentido de 
estabelecer esse congraçamento. 
 FUNÇÕES CLÁSSICAS DA ADMINISTRAÇÃO 
Após considerarmos os princípios clássicos, poderemos analisar as funções 
clássicas da administração: organizar; comandar; coordenar; controlar; avaliar; 
supervisionar. 
Organizar 
Organizar é dispor os recursos da empresa a fim de constituir seu duplo 
mecanismo, material e social. Todavia, quando falamos em dispor adequadamente os 
recursos, podemos referir-nos a diversas organizações conforme tratemos de diferentes 
tipos de recursos: 
 humanos - organização do pessoal; 
 materiais – organização do espaço físico (prédios e instalações móveis 
e máquinas e equipamentos); 
 
7 
 
 financeiros - organização financeira; 
 atividades - organização funcional. 
Por onde devemos começar a organização de uma empresa? 
É necessário, primeiramente, tratar da organização estrutural, pois é a partir dela 
que tudo o mais se estrutura. 
Comandar 
Comando é a função administrativa exercida por pessoa investida de autoridade 
para tanto. Basicamente consiste em: 
 tomar decisões quanto ao que deva ser feito ou providenciado; 
 delegar parte da autoridade a outros elementos, a fim de melhorar e 
atingir os objetivos da empresa com menos esforço pessoal; 
 determinar tarefas a serem executadas pelos subordinados; 
 propor sanções positivas ou negativas para aqueles que se 
desincumbam, satisfatoriamente ou não, das determinações que lhes 
foram feitas. 
Portanto, para exercer a função de comando é necessário ter poderes para: 
decidir, determinar, delegar, propor. 
Controlar 
Controle, em sentido amplo é a função por meio da qual se verifica a execução 
do que foi estabelecido ou determinado. Aplica-se tanto para coisas quanto para 
pessoas. Por exemplo: controle de horário de pessoal ou controle de estoque. 
Para que a função de controle possa se processar de fato e aumentar a eficiência 
do trabalho, é fundamental que o estabelecido esteja perfeitamente claro e explicado. O 
sistema de controle deve permitir chegar a uma conclusão real, pois, do contrário, ocorre 
um descrédito generalizado no sistema estabelecido. Quando se trata do controle de 
pessoas é fundamental que todos conheçam previamente os mecanismos de controle 
que serão utilizados. 
Avaliar 
Avaliar é a função através da qual se procura verificar e analisar se o 
determinado ou estabelecido atingiu os objetivos esperados. Ao observar o trabalho 
 
8 
 
executado por um empregado para configurar uma avaliação, temos que verificar se o 
desempenho condiz ou não com o que se esperava do subordinado. 
Assim como no controle, os critérios de avaliação devem ser previamente 
estabelecidos a fim de se evitar subjetivismos na análise dos dados ou na coleta das 
informações que retratam um fenômeno observado. 
Coordenar 
A função de coordenar diz respeito a um conjunto de medidas estabelecidas 
dentro da empresa com o objetivo harmonizar recursos e processos, mesmo quando já 
devidamente previstos, organizados, comandados, controlados e supervisionados. 
Supervisionar 
Supervisão é a função que consiste basicamente, em motivar e orientar pessoas 
a desenvolverem suas atividades dentro de determinadas normas, julgadas as 
melhores, para se alcançarem os objetivos da empresa. 
Portanto, as medidas de supervisão são sempre aplicadas a pessoas. Não é 
necessário que sejam permanentes, pois as normas são relativamente estáveis e, ao 
mesmo tempo, a motivação e a orientação dos empregados, se bem feitas, não 
necessitam de reforços constantes. 
É importante lembrar que: 
 quem exerce a supervisão deve possuir autoridade técnica; 
 antes de exercer a supervisão, deve-se verificar previamente se há os 
recursos e meios; 
 as medidas de supervisão devem ser executadas de forma que o 
supervisionado não veja, na pessoa que está exercendo a supervisão, a 
figura de um fiscal ou alguém que imponha suas ideias. 
ADMINISTRAÇÃO DO PROGRAMA DE SEGURANÇA 
Conhecer bem tudo 
Conhecer bem as pessoas, as linhas de produção, os ambientes de trabalho, as 
atividades e os produtos e serviços existentes. 
Recomendação 
 
9 
 
Um Engenheiro de Segurança iniciante deve principalmente ouvir sempre as 
pessoas e visitar constantemente todos os ambientes de trabalho. 
Conhecer bem a Política da Empresa, com relação a: Suas Atribuições 
Quais são as suas tarefas (ex.: responder pela segurança patrimonial, 
bombeiros, meio ambiente etc.). De início, devem-se aceitar todas as que lhe forem 
sugeridas e, no decorrer do tempo, ir dando mais energia para aquelas mais 
importantes, sempre informando a seu superior hierárquico que você tem atribuições 
legais. Deve-se ter um descritivo de posto de suas atribuições. 
Conhecer bem a Política da Empresa, com relação a: Sua Competência 
Campo de ação (onde atuar), o qual deverá ser ilimitado (todos os locais) e até 
onde (ex. interrupção da produção ou de tarefas, limitar compra de materiais perigosos 
etc.) 
Sua Autoridade 
Deve ser fundamentada em bases pré-estabelecidas (Leis, Normas Técnicas, 
Normas Internas etc.) e ser compartilhada com a diretoria, as gerências, as chefias, os 
Técnicos de Segurança do Trabalho (TST), a CIPA, entre outros. O Engenheiro de 
Segurança Trabalho (EST) não necessita ter autoridade e, sim possuir boa didática de 
convencimento para fazer as pessoas entenderem o problema existente. O Engº de 
Segurança deve ter sempre em mente que deve ser um excelente vendedor e que 
qualquer funcionário é seu cliente. 
Sua Responsabilidade 
Saber o nível de conhecimento que as pessoas possuem com relação às 
definições de responsabilidade civil e criminal, com o objetivo de evitar acidentes. 
Procurar sempre, de forma natural e progressiva, transmitir os conceitos de que o 
Engenheiro de Segurança é um assessor, que nada executa e não manda executar, 
não delega, somente indica e alerta sobre os riscos e sugere ações preventivas e 
corretivas afim de evitar acidentes/ perdas. 
 
 
 
 
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0 
POLÍTICA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 
Pressupostos 
Muito embora a maioria dos empresários já tenha algumcontato com as políticas 
de segurança e possua consciência das suas atribuições e responsabilidades pela 
Segurança do Trabalho, poucas são as empresas que fazem uso dessas políticas. 
Tal fato pode ser indicador de distorções involuntárias, pela falta de 
compreensão ou até mesmo pela pouca importância que costuma ser atribuída à 
segurança, o que pode indicar a inexistência de uma consciência prevencionista. 
Portanto, a temática da segurança deve ser cuidadosamente analisada, desenvolvida e 
adaptada à realidade de cada empresa antes de ser introduzida em seu programa de 
trabalho. 
Os acidentes do trabalho, como comprovam os fatos, constituem o tipo de 
ocorrência que mais efeitos negativos impõe a uma comunidade: a dor e os problemas 
de ordem psíquica causados ao trabalhador que sofre a lesão física; as sequelas que 
reduzem sua capacidade laborativa; o ônus que isso representa para ele, sua família, a 
empresa e o estado. Esses, entre outros problemas de ordem social e econômica, 
constituem exemplos dos efeitos negativos dos acidentes de trabalho e, se não 
impedem, pelos menos retardam muito a evolução de uma comunidade. 
Assim, a Segurança do Trabalho, que visa essencialmente à prevenção dos 
acidentes, tem um papel de imensurável importância e sua ação deve ser avaliada a 
partir de dois pontos de vista: 
 humanitário, buscando garantir a integridade física do trabalhador; 
 produtivo, buscando eliminar os fatores negativos que distorcem um 
processo de trabalho e impedem que se cumpra o programado. 
Com essa visão, que desconsidera qualquer conotação meramente paternalista, 
busca-se atingir o objetivo final da Segurança do Trabalho que é zelar pelo bem-estar e 
o desenvolvimento da comunidade, com base no trinômio integrado “Empregado, 
Empresa e Nação”. 
Definição da política de segurança 
Tal como as demais atividades desenvolvidas em uma empresa, as de 
Segurança do Trabalho devem ser precedidas pela definição de uma política, entendida 
como linha de conduta administrativa adotada pela direção. 
 
11 
 
1 
Ao declará-la, é imprescindível que essa direção o faça de forma clara e de fácil 
interpretação por todos os funcionários e que, em escopo, demonstre a vontade, o 
interesse e o grau de importância, dedicados à atividade em pauta. Nesse contexto, os 
profissionais especializados em Segurança do Trabalho, têm um papel de vital 
importância, devendo contribuir por meio de sua assessoria, no direcionamento daquela 
política, que deve se fundamentar em quatro elementos básicos: 
 o apoio ativo da administração; 
 definição precisa das responsabilidades por prevenção de acidentes; 
 criação da consciência prevencionista em todos os empregados; 
 pronta remoção das condições inseguras de trabalho, logo após sua 
constatação. 
 Gerenciamento de linha 
Os gerentes, traduzindo a alta administração, devem liderar as ações de 
prevenção de acidentes, para que todos os empregados, de qualquer nível hierárquico, 
sintam a preocupação da empresa pelo assunto. Essa preocupação deve expressar-se, 
principalmente, no total apoio, moral e financeiro, ao desenvolvimento de um programa 
prevencionista adequado. 
Somente com uma política bem definida de delegação de atribuições e de 
responsabilidades poder-se-á alcançar sucesso na área de Segurança do Trabalho. 
Em uma empresa, a responsabilidade pela prevenção de acidentes compete a 
todos; para que um programa alcance sucesso, é indispensável que todos os 
integrantes da empresa, em todos os níveis hierárquicos, dele participem ativamente; 
para tanto, torna-se necessário que, a cada categoria de pessoal, seja atribuída uma 
cota de responsabilidade dentro do programa geral desenvolvido. 
Responsabilidade da alta administração 
 Estabelecer e divulgar a política de segurança da empresa; 
 estabelecer e divulgar um programa de segurança para a empresa; 
 adotar medidas administrativas e financeiras visando ao cumprimento 
das normas e diretrizes e proporcionando a manutenção dos locais de 
trabalho, de modo a mantê-los em condições seguras, ou seja, em 
condições favoráveis à saúde e à integridade dos empregados. 
Responsabilidade da área encarregada da Segurança do Trabalho 
 
12 
 
2 
A alta administração de uma empresa tem diferentes formas de mostrar seu 
interesse pelos assuntos de Segurança do Trabalho. Uma das mais importantes é 
delegar à área especializada a coordenação da prevenção de acidentes na empresa. 
Evidentemente, nem todas as empresas (pelo número de empregados e pelos poucos 
riscos que apresentam) estão em condições de ter um funcionário para trabalhar em 
tempo integral como responsável pela segurança, mas algumas podem dispor de 
diversos técnicos dedicados exclusivamente à prevenção de acidentes. Em todos os 
casos, porém, qualquer empresa deve contar com um responsável pela prevenção de 
acidentes, que deve dispensar, rigorosa e diariamente, pelo menos parte de seu tempo 
no desenvolvimento do programa de prevenção de acidentes. 
Oportunamente, iremos estudar esse assunto em mais detalhes, mas podemos 
relacionar algumas das principais responsabilidades da área de prevenção de 
acidentes: 
 elaborar o programa de prevenção de acidentes e estimular seu 
desenvolvimento; 
 fiscalizar a execução do programa; 
 assessorar a alta administração e a supervisão em aspectos técnicos 
envolvidos nas medidas preventivas a serem adotadas. 
Responsabilidade de todos os níveis de supervisão 
 Inteirar-se da política de segurança estabelecida pela direção da 
empresa e do programa de Segurança do Trabalho, responsabilizando-
se pelo cumprimento das diretrizes estabelecidas e pelo resultado do 
programa; 
 cumprir e fazer cumprir as diretrizes e normas emanadas dos serviços 
especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho e 
da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes; 
 tomar providências para a correção de condições inseguras e adotar 
medidas de caráter preventivo; 
 cuidar para que os respectivos subordinados sejam integrados e 
instruídos sobre os aspectos da Segurança do Trabalho; 
 manter os respectivos subordinados com consciência e espírito voltados 
à prática da prevenção de acidentes. 
 estabelecer medidas visando ao pronto atendimento médico aos 
respectivos subordinados acidentados. 
 
13 
 
3 
Responsabilidade dos trabalhadores 
Geralmente, pela falta de conhecimento dos riscos, os trabalhadores são os que 
mais dificilmente aceitam sua cota de responsabilidades pela prevenção de acidentes, 
mas a eliminação da prática de atos inseguros depende deles, em grande parte. 
Vejamos, pois as responsabilidades dos trabalhadores: 
 cumprir as normas e diretrizes da empresa, dos serviços especializados 
em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho e da Comissão 
Interna de Prevenção de Acidentes; 
 estar atentos para informar à respectiva chefia imediata quaisquer 
anormalidades que possam resultar em acidentes envolvendo sua 
pessoa, as de seus companheiros de trabalho ou as máquinas e 
equipamentos da empresa; 
 não executar trabalhos sobre cujos riscos não tenha pleno conhecimento, 
buscando esclarecer as dúvidas com sua chefia imediata; 
 zelar pela manutenção de seu próprio espírito prevencionista e do de 
seus companheiros de trabalho. 
Criação da consciência prevencionista dos empregados 
Esse fundamento da política de Segurança do Trabalho visa a criar nos 
trabalhadores uma verdadeira consciência prevencionista, de maneira que deixem de 
praticar atos inseguros, com a absoluta convicção de que a única maneira correta de 
trabalhar é a maneira segura. O lema de todas as empresas deve ser segurança com 
benefícios para todos, incluindo cada um no conjunto dos beneficiários da prevenção de 
acidentes. 
Pronta Remoção das Condições Inseguras de Trabalho 
A experiênciademonstra que os acidentes de trabalho geralmente são 
provocados por condições inseguras e atos inseguros. Deve-se, em consequência, dar 
grande importância à eliminação das condições inseguras de trabalho, mesmo porque, 
com essa eliminação, tornar-se-á impossível a prática de muitos atos inseguros. 
Vejamos agora um exemplo de declaração da política de Segurança do Trabalho de 
uma empresa. 
A direção da empresa X, entendendo que só é possível alcançar a plena 
produtividade a partir da garantia do bem-estar físico, social e mental de seus 
 
14 
 
4 
funcionários e que esse só será conseguido através de um alto grau de desenvolvimento 
das atividades de trabalho com segurança e saúde para as pessoas, define sua política 
de segurança, como segue: 
a. Todos os entendimentos sobre as questões de Segurança do Trabalho 
deverão ser feitos levando em consideração os aspectos legais e os técnicos; para tanto 
serão considerados os dispositivos da legislação brasileira e da internacional, bem como 
dados técnicos de especialistas. 
b. Os serviços especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do 
Trabalho constituem um órgão de assessoria e representam a empresa em questões de 
Segurança do Trabalho; para tanto, terão desta direção todo o respaldo necessário ao 
cumprimento de suas obrigações. 
c. Cada um dos funcionários, individualmente, tem um compromisso com o 
programa de Segurança da empresa, sendo, portanto, responsável pelos seus 
resultados. 
d. A responsabilidade pelo cumprimento das diretrizes, normas e medidas 
de segurança é sempre da chefia imediata e tal responsabilidade não poderá em, 
nenhuma circunstância, ser delegada. 
e. A proteção coletiva é preponderante na prevenção de acidentes e sua 
efetivação constitui uma meta desta direção; portanto, deverá ser considerada em todas 
as atividades da empresa, desde a fase de planejamento e/ou projeto. 
f. Enquanto a proteção coletiva não tiver sido efetivada, a empresa 
fornecerá os equipamentos para proteção individual, cujo uso é de caráter obrigatório. 
g. As medidas preventivas constituem o melhor caminho para atingir os 
objetivos da Segurança do Trabalho e, portanto, deverão ser priorizadas. 
h. Cumprir-se-ão e far-se-ão cumprir as disposições sobre a proteção do 
trabalhador e a prevenção de acidentes. 
i. Cumprir-se-ão e far-se-ão cumprir as diretrizes e normas emitidas pelos 
serviços especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho. 
 
15 
 
5 
PROGRAMA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 
Após termos constatado a necessidade de uma empresa ter definida a sua 
Política de Segurança do Trabalho, vamos focalizar o Programa de Segurança que, na 
realidade, irá colocar em prática tudo aquilo que ficou estabelecido na política. 
O Programa de Segurança do Trabalho da empresa constitui a ferramenta por 
meio da qual a direção busca atingir seus objetivos relacionados às atividades 
prevencionistas. 
Antes, de estabelecer a estrutura básica de um Programa de Segurança do 
Trabalho, é importante alertar para algumas precariedades dos programas tradicionais, 
que normalmente são baseados em: 
(i) concentração dos esforços visando exclusivamente à eliminação de 
acidentes com lesões; 
(ii) ações reativas, isto é, adoção de medidas após o acidente. 
Outro aspecto a ser considerado diz respeito aos programas-padrão. Ao usá-los, 
é preciso evitar a repetição de falhas que são comuns, tais como: 
a. falta de proteção de máquinas e equipamentos – muitas vezes não são 
compradas com proteção, porque fica mais barato; 
b. descaso com a ordem, a arrumação e a limpeza – normalmente esse 
ponto não é incluído nos programas; 
c. inadequação de normas e regras de segurança -- se são normas não 
aplicáveis, tendem a ficar engavetadas; 
d. campanhas baseadas na fixação de cartazes -- geralmente não se 
avaliam os efeitos delas; 
e. falta de atenção às Cipa -- se não houver um assessoramento, podem 
desvirtuar seus objetivos; 
f. concursos de segurança -- deve-se ter cuidado para que não venham a 
inibir os empregados ou estimulá-los a esconder os acidentes; 
g. tratamento pontual da Sipat - atentar para que o trabalho prevencionista 
não se restrinja a uma semana, abandonando-se as demais 51 semanas do ano. 
 
16 
 
6 
Independentemente das diferenças específicas de cada empresa -- tais como 
porte, objetivos e cultura organizacional -- podemos fixar alguns elementos 
considerados determinantes na estruturação do Programa de Segurança do Trabalho, 
que deverá ter como objetivos centrais: 
(a) a integridade física e mental dos funcionários e 
(b) a produtividade, através da sistematização das atividades 
prevencionistas. 
Um programa de Prevenção de Acidentes de Trabalho pode ser subdividido em 
quatro tópicos: 
 Atividades Básicas/ Diretrizes Gerais. 
 Atribuição precisa das responsabilidades com a Segurança. 
 Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do 
Trabalho – SESMT. 
 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - Cipa. 
São tópicos de um programa de segurança: 
Seleção de novos funcionários 
A seleção de novos funcionários, sob o ponto de vista prevencionista, deve 
considerar vários aspectos. 
Em primeiro lugar, o requisitante da mão de obra, geralmente o supervisor 
imediato, deve estar inteirado dos riscos da atividade específica e de outros aos quais 
ficará submetido o trabalhador requisitado. Assim, ao fazer a requisição, o requisitante 
deve fornecer ao selecionador as características comportamentais e outras que se 
fizerem necessárias, segundo a visão prevencionista. 
O selecionador deve inteirar-se dos riscos da atividade específica para a qual 
será selecionado o novo funcionário, de forma a ter elementos para fazer uma avaliação 
adequada. É importante discutir com a chefia requisitante as características pessoais 
imprescindíveis e/ou aquelas nas quais é necessário julgar o potencial do candidato 
necessário ao desenvolvimento de um trabalho seguro. 
 
17 
 
7 
Tanto o requisitante quanto o selecionador deverão buscar assessoria do 
SESMT. Além disso, devem ser levados em consideração os dispositivos relativos aos 
exames médicos admissionais previstos na NR-7. 
Integração de empregados novos 
Quando do processo de integração de novos funcionários à empresa, devem ser 
previstas atividades direcionadas à conscientização de segurança. O envolvimento do 
SESMT e da supervisão no processo de integração facilitará ao novo empregado a 
apropriação das diretrizes e normas da empresa relativas à prevenção de acidentes e 
ajudará a enfatizar os riscos específicos de cada atividade e os cuidados que deverão 
ser tomados para evitar os acidentes. 
Deve-se prever, no programa de integração, a utilização de recursos 
audiovisuais, dinâmicas de grupo, visitas a diversas áreas da empresa, entrevistas, 
entre outros instrumentos que se mostrarem necessários. 
O trabalho de integração de novos funcionários deve ser avaliado, aperfeiçoado 
e atualizado constantemente, pois constitui a primeira atividade do indivíduo como 
empregado da empresa, sendo, portanto, de importância vital no desenvolvimento da 
consciência prevencionista. 
Acompanhamento de novos empregados 
O processo de acompanhamento de novos empregados visa ao 
desenvolvimento de sua consciência de Segurança do Trabalho. Ele deve ser contínuo, 
e desenvolver-se com base no estabelecimento de parâmetros. É importante que o grau 
de consciência do empregado seja periodicamente avaliado, de modo a estimular-lhe o 
desenvolvimento profissional. 
Treinamento 
Os empregados devem ser permanentemente treinados na prevenção de 
acidentes, através de reciclagens, objetivando atualizar e manter viva a consciência de 
segurança. Esse programa deve contar com a participação do setor responsável pelo 
treinamento da empresa, em conjunto com o SESMTe as chefias. Em todos os cursos, 
principalmente os profissionalizantes, deve haver um módulo de Segurança e Medicina 
do Trabalho. 
Planejamento e projetos de mudança 
 
18 
 
8 
Os planejamentos e projetos de mudanças e instalações de leiautes, estruturas, 
maquinarias, equipamentos etc. deverão ser elaborados considerando-se os aspectos 
prevencionistas. Sempre que necessário, deve ser solicitada a assessoria técnica do 
SESMT. Vale lembrar também a exigência legal da NR-2, que prevê a inspeção prévia 
dos novos estabelecimentos. 
Análise de acidentes 
Toda ocorrência identificada deve ser objeto de análise conjunta do SESMT com 
as chefias imediatas e a Cipa. Devem ser elaborados relatórios em comum por esses 
setores, encaminhando-se cópias às lideranças da empresa, bem como a todas as 
áreas envolvidas. 
O SESMT deverá exercer controle sobre o desenvolvimento das atividades de 
segurança da empresa, destacando-se as seguintes: 
 levantamento de condições inseguras; 
 ocorrência de acidente; 
 coeficientes de frequência e gravidade. 
Auditorias 
O SESMT e a Cipa deverão realizar, em conjunto com as chefias dos diversos 
setores da empresa, inspeções planejadas de segurança, de forma periódica e rotineira, 
com vistas à detecção de riscos de acidentes e ao estabelecimento de medidas de 
controle. 
Temos que ter claro em nossas mentes que a implantação de um programa de 
Segurança do Trabalho vai encontrar vários obstáculos dentro da empresa. Entre eles, 
podemos destacar: 
 hábitos relativos ao controle de lesões; 
 não reconhecimento de problemas, por parte da gerência; 
 falta de informação e de conhecimento técnico, sobre a prevenção de 
acidentes 
 entraves administrativos/ burocracia. 
Portanto, para que o programa tenha ÊXITO, precisamos: 
 diminuir a resistência, através de um trabalho de motivação e 
treinamento; 
 
19 
 
9 
 divulgar amplamente o desenvolvimento do programa; 
 propiciar uma compreensão sólida do programa a todos os integrantes 
da empresa. 
SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM SEGURANÇA E 
MEDICINA DO TRABALHO 
No Brasil, os serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina 
do Trabalho - SESMT têm seu dimensionamento regulamentado pela Portaria no 3.214/ 
1978, através da respectiva norma regulamentadora no 4. 
 Vejamos um exemplo desse dimensionamento. 
 Empresa: Indústria Metalúrgica, fabricante de compressores com 4.500 
empregados. 
 No quadro I da NR4, temos o código de atividades: Fabricação de 
Máquinas e Equipamentos = 28. 
 Dado o número de empregados no estabelecimento (4.500) e o grau de 
risco: (3), encontramos as seguintes demandas: 
o Técnico de Segurança do Trabalho - 8 
o Engenheiro de Segurança do Trabalho - 2 
o Auxiliar de Enfermagem do Trabalho - 1 
o Enfermeiro do Trabalho - 1 
o Médico do Trabalho – 2 
Uma vez determinado o número de profissionais que constituirão os serviços 
especializados, em atendimento à exigência legal, é necessário que se faça uma 
reavaliação com a finalidade de verificar se o estabelecido sob o ponto de vista legal 
atenderá as necessidades reais de Segurança do Trabalho, sob o ponto de vista técnico. 
Para tanto, devemos considerar, entre outros, os seguintes aspectos: 
 o programa de Segurança do Trabalho estabelecido pela empresa; 
 as características da empresa, tais como: 
o distribuição física de suas unidades industriais; 
o frentes de trabalho; 
 
20 
 
0 
o tipo de trabalho x espaço. 
Concluído o estudo sobre o dimensionamento do SESMT, bem como o 
levantamento dos profissionais, de acordo com o item 4.17 da NR-4, este deverá ser 
registrado no órgão do MTE. Tal registro será feito através de requerimento contendo 
os seguintes dados: 
 Nome dos profissionais integrantes dos Serviços Especializados em 
Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho. 
 Número de registro dos profissionais na Secretaria de Segurança e 
Medicina do Trabalho do MTE. 
 Número de empregados da requerente e grau de risco das atividades, 
por estabelecimento. 
 Especificação dos turnos de trabalho por estabelecimento. 
 Horário de trabalho dos profissionais dos Serviços Especializados em 
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho. 
Embora existam modelos de estrutura organizacional de SESMT que, em alguns 
casos, mostram-se mais eficientes que outros, não se pode generalizá-los, 
padronizando-os, pois são inúmeros os fatores determinantes que podem estabelecer 
situações diversificadas. Entre eles citamos: 
 tipo de atividade da empresa; 
 número de empregados; 
 número de estabelecimentos; 
 tipo de estrutura organizacional; 
 política empresarial; 
 cultura da empresa. 
Conforme dissemos anteriormente, é necessário que o SESMT esteja situado 
dentro da própria estrutura organizacional da empresa, de tal forma que, 
administrativamente, possa exercer suas atividades com amplo apoio de todos os 
funcionários. 
O programa de trabalho do SESMT deve atender os dispositivos da legislação 
em vigor e, principalmente, orientar seus esforços no sentido de alcançar o objetivo da 
Segurança do Trabalho, definido pela amplitude do conceito técnico. 
 
21 
 
1 
O programa de trabalho da área específica de segurança compõe-se 
basicamente dos seguintes elementos: 
 Objetivos. 
 Atividades a serem desenvolvidas. 
 Plano de ação. 
 Avaliação e auditoria. 
Objetivos 
É importante explicitar os resultados a serem buscados pelo Programa de 
Trabalho com vistas a cumprir o estabelecido pelo Programa de Segurança e a 
assessorar os diversos setores da empresa no que diz respeito à prevenção de 
incidentes e acidentes e à eliminação de condições adversas nos ambientes de trabalho. 
Atividades 
É ampla a gama de atividades a serem previstas no Programa de Trabalho. Entre 
elas, destacamos: 
 participação no processo de seleção (adequação e integração funcional); 
 apoio às atividades da Cipa (organização, treinamento, assessoria etc.); 
 análise de acidentes, inspeções de segurança e análise de riscos; 
 participação na compra de maquinários e equipamentos bem como em 
projetos e layouts, opinando sobre as questões de segurança; 
 especificação de compra, manutenção e controle dos EPI; 
 organização de estatísticas de acidentes; 
 organização e manutenção de documentos relativos à área de 
Segurança do Trabalho; 
 planejamento e implementação de programas de conscientização e 
manutenção do espírito prevencionista; 
 controle e especificação de segurança para produtos químicos, tóxicos e 
combustíveis; 
 participação na auditagem de normas operacionais opinando sobre 
aspectos de Segurança do Trabalho; 
 levantamento de condições ambientais (riscos físicos, químicos, 
biológicos ergonômicos e de acidentes); 
 
22 
 
2 
 participação em reuniões internas e externas como representante da 
Segurança do Trabalho da empresa; 
 sistematização, organização e controle dos serviços e equipamentos de 
prevenção e combate a incêndio; 
 avaliação de locais de trabalho quanto a riscos de incêndios e/ou 
explosões, especialmente em áreas confinadas; 
 especificação e manutenção de sinalização de segurança; 
 elaboração de normas e diretrizes de segurança; 
 controle das atividades com estabelecimento de normas de segurança 
para as empresas contratadas (empreiteiras). 
Plano de ação 
O plano de ação apresenta as estratégias que se estabelecerão, na forma de 
“Tarefas”, “Responsabilidades” e “Metas”, para desenvolver as atividades de Segurança 
do Trabalho. Os profissionais do SESMT devem estabelecer rotinas de serviços para 
cada atividade de segurança, especificamente. Devem fazê-lo segundo o critério de 
normalização da empresa, com o consenso de todas as áreas envolvidas e de forma 
que se tenha um claro entendimento de suas diretrizes, o que pode ser facilitado atravésde fluxogramas. Por exemplo: eleição de Cipa - fluxograma de todos os passos do 
processo. Outro exemplo: a investigação de um acidente. 
Avaliação e auditoria 
Como em todas as atividades administrativas, é importante que se faça 
periodicamente uma avaliação dos resultados obtidos com a aplicação das rotinas e dos 
planos de metas de Segurança do Trabalho. A auditoria deve ser desenvolvida pelo 
SESMT, enfatizando-se o caráter orientador com vistas a aprimorar o estabelecido e 
assessorar todos os setores da empresa. 
 COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇAO DE ACIDENTE 
(CIPA) 
A Cipa é um ponto básico do programa de Segurança do Trabalho relacionando-
se estreitamente com o SESMT. Organismo criado pela Norma Regulamentadora no 5, 
a Cipa tem como objetivos: 
(i) observar e relatar condições de risco nos ambientes de trabalho; 
 
23 
 
3 
(ii) solicitar medidas para reduzir e até eliminar os riscos existentes e/ou 
neutralizá-los; 
(iii) discutir os acidentes ocorridos, encaminhando ao SESMT e ao empregador 
o resultado da discussão; 
(iv), solicitar medidas que previnam acidentes semelhantes; e (v) orientar os 
demais trabalhadores quanto à prevenção de acidentes. 
Entre os temas abordados na NR-5, podemos destacar: 
a. A Cipa será composta por representantes do empregador e dos empregados. 
b. Não deverá faltar, em qualquer hipótese, a representação dos setores 
que oferecem maior risco ou que apresentem maior número de acidentes. 
c. Quando não houver necessidade da constituição da Cipa, a 
administração deverá designar um responsável pelo cumprimento das atribuições 
normativas. 
d. Organizada a Cipa, a mesma deverá ser registrada no órgão regional do 
MTE. 
e. Após a eleição, encaminhar à Superintendência Regional do Trabalho e 
Emprego (ex Delegacia Regional do Trabalho - DRT) as atas e o calendário anual de 
reuniões. 
f. A eleição deverá ser realizada durante o expediente normal das 
empresas. 
g. O mandato dos membros eleitos da Cipa terá a duração de 1 (um) ano, 
permitida uma reeleição. 
h. O membro titular perderá o mandato, sendo substituído pelo suplente, 
quando faltar a mais de 4 (quatro) reuniões ordinárias, sem justificativa. 
i. O empregador designará, anualmente, dentre seus representantes titulares, o 
Presidente da Cipa. 
j. O Vice-Presidente da Cipa será escolhido pelos representantes dos 
empregados, dentre os seus titulares. 
 
24 
 
4 
k. Os titulares da representação dos empregados na Cipa não poderão ser 
transferidos para outra localidade, salvo quando houver concordância expressa dos 
membros. 
l. O empregador, ouvido o SESMT, terá 8 (oito) dias para responder à Cipa, 
indicando as providências adotadas ou a sua discordância devidamente justificada. 
m. O empregador deverá promover, para todos os membros da Cipa, 
inclusive secretários, em horário normal de trabalho, curso sobre prevenção de 
acidentes, com carga horária de 20 (vinte) horas. 
n. Os membros titulares da Cipa, representantes dos empregados, não 
poderão sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal, aquela que não se fundar 
em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro. 
o. De acordo com a Constituição de 1988, os membros eleitos para cargo 
de direção da Cipa, representantes dos empregados, não podem sofrer despedida 
imotivada, desde a sua inscrição para a Cipa, até um ano após o término do mandato. 
A ENGENHARIA DE SEGURANÇA E AS ÁREAS DA 
EMPRESA 
Com o SESMT dimensionado e registrado no MTE, há necessidade de assegurar 
ao serviço as condições necessárias para o cumprimento do respectivo programa de 
Segurança do Trabalho. Um dos fatores importantes é alocar o SESMT dentro da 
estrutura organizacional da empresa, de forma a viabilizar sua inter-relação com as 
demais áreas, visando, entre outras coisas, ao atendimento das recomendações e 
exigências de segurança e à criação de uma mentalidade prevencionista cada vez mais 
forte, estreitando os vínculos entre a segurança e os vários órgãos da empresa. 
O programa do serviço de segurança deve prever contatos periódicos com os 
gerentes da empresa, através de reuniões cujo tema seja a prevenção de acidentes. 
Além dessas reuniões, o fortalecimento da segurança e sua relação com os 
demais órgãos da empresa pode dar-se entre outros, pelos seguintes meios: 
 inspeções; 
 investigações/ análises de acidentes e incidentes; 
 Cipa; 
 Sipat; 
 treinamentos; 
 
25 
 
5 
 recrutamento; 
 concursos. 
Há um aspecto fundamental para o sucesso do trabalho do SESMT, que é a 
necessidade de as demais áreas da empresa darem prioridade aos problemas de 
segurança em seus orçamentos. Para tanto, cabe ao serviço de segurança determinar 
com precisão os problemas considerados inadiáveis, distinguindo-os daqueles 
programáveis. 
Essa definição ajuda a fortalecer a credibilidade do SESMT perante os órgãos e 
os empregados, além de influenciar o próprio orçamento do serviço de segurança. 
Esse orçamento deve prever recursos para a aquisição de equipamentos 
básicos e para a instalação e o funcionamento do SESMT: 
 Material de inspeções e perícias: luxímetro, medidor de nível de ruído, 
termômetros, bombas de coleta de ar, máquina fotográfica, filmadora, 
explosímetro, oximetros etc. 
 Material de treinamento: projetor de slides, retroprojetor, gravador, quadro de 
giz, manequim para primeiros socorros, TV, DVD, data show, computadores 
etc. 
Ao se iniciar um novo ano de trabalho, devemos fazer uma previsão 
orçamentária, cujas verbas poderão ser assim distribuídas: 
a. pessoal - horas extras, adicionais; 
b. viagens, passagens de ônibus ou avião, estadias, diárias; 
c. previsão para manutenção periódica de equipamentos; 
d. previsão para as Sipat - palestrantes, brindes, lanches, decoração etc.; 
e. concursos – prêmios; 
f. previsão para aquisição de filmes e materiais didáticos; 
g. previsão para a compra de livros e revistas técnicas; 
h. previsão para gastos com papelaria, cópias etc.; 
i. previsão em participar de eventos externos, tais como: cursos, 
congressos e seminários; 
 
26 
 
6 
j. outros. 
Para orientar a elaboração do orçamento, geralmente se leva em consideração 
o desempenho no ano corrente e os projetos para o próximo exercício. 
RESPONSABILIDADE CIVIL E CRIMINAL – ASPECTOS 
ÉTICOS 
Um dos problemas sérios que envolvem as atividades dos profissionais de 
segurança é a questão da responsabilidade civil e criminal. 
A responsabilidade civil fica quase sempre imputada à empresa, desde que haja 
perfeita relação causal do evento com uma das seguintes condições: 
 descumprimento da legislação de Segurança e Medicina do Trabalho; 
 inexistência de ordens de serviços e instruções de Segurança e de 
Medicina do Trabalho; 
 atos de negligência, imprudência ou imperícia, inclusive de prepostos, 
chefes, encarregados e empregados; 
 desobediência às determinações técnicas do Ministério do Trabalho; 
 reincidência de condições inseguras; 
 permissão de trabalhos proibidos por lei. 
Quanto ao envolvimento criminal, lembramos o código penal - art. 132: “Expor a 
vida ou a saúde de outrem a perigo direto e eminente” - pena: detenção de 3 meses a 
1 ano. 
Esse é o dispositivo legal de maior alcance na área de prevenção dos infortúnios 
do trabalho. É aí que o profissional de segurança fica vulnerável. 
Considerando a necessidade de o profissional acautelar-se contra possíveis 
processos, torna-se vital a necessidade de comunicar à empresa, sempre por escrito, 
os seguintes fatos principais: 
 riscos, condições e atos inseguros identificados; 
 o que se determinou de imediato a respeito desses elementos de 
insegurança. 
 o que se recomenda (quando há despesas envolvidas). 
 necessidade de compra ou substituição de materiais e EPI. 
 substituição do processo, método ou produto nocivo.27 
 
7 
 isolamento da fase ou processo causador de risco ou doença. 
 necessidade de limitar o tempo de exposição do trabalhador ao risco 
ambiental. 
 necessidade de modificar ou instalar máquinas e equipamentos. 
CUSTOS DE ACIDENTES 
Quando estudamos os custos dos acidentes, verificamos que há duas 
modalidades, ou seja, o custo direto e o custo indireto. 
Atualmente estas denominações são conhecidas como custo segurado e custo 
não segurado, ou seja, o custo total de um acidente é o somatório do custo segurado + 
custo não segurado. 
Custo segurado 
O custo segurado define-se como todas as despesas ligadas ao atendimento do 
acidentado: 
 auxílio acidente (redução laborativa); 
 reabilitação médica ocupacional; 
 seguro acidente. 
Seguro Acidente de Trabalho – SAT, Calculado sobre a folha de pagamento da 
empresa (I - 1% - risco leve; II - 2% - risco médio; II - 3% - risco grave). 
Custo não segurado 
 Salários pagos durante o tempo perdido por outros empregados que não 
o acidentado. 
 Salários pagos ao acidentado (acidente sem perda de tempo). 
 Salários adicionais pagos por trabalhos em hora extra. 
 Salários pagos aos supervisores durante o acidente. 
 Diminuição da eficiência do acidentado ao retornar ao trabalh0. 
 Despesas com treinamento médico. 
Custo de material ou equipamento danificado. 
A negligência das empresas com os acidentes que causam danos à propriedade, 
isto é, não provocam lesão, é de certa forma incompreensível. Por falta de consciência 
se esquecem de que a gravidade das consequências de um acidente é fortuita ou 
 
28 
 
8 
casual, isto é, se um acidente resulta em lesão pessoal ou somente em dano à 
propriedade, é algo que irá depender apenas do acaso. 
Por exemplo, se um empregado, ao transitar por um local da empresa, for 
atingido pela queda de um determinado material e sofrer lesões, a ocorrência será 
classificada como acidente de trabalho. Entretanto, nas mesmas circunstâncias, se o 
empregado não for atingido e somente o material ficar danificado, é provável que o 
acidente não seja registrado e analisado, e o risco, em consequência, não seja 
eliminado ou reduzido. 
Ora, se esse material cair novamente, o que garante que os trabalhadores não 
serão atingidos? Não é importante controlar essa condição de insegurança, mesmo que 
ainda não tenha provocado um acidente com lesão? Qual o custo do material 
danificado? E quais as consequências econômicas dessa perda para a empresa? 
Portanto, reforçando nossa tese inicial, é necessário que o programa de 
prevenção abranja todos os riscos de acidentes. Para tanto, devemos partir para o 
levantamento do custo efetivo dos acidentes, englobando os acidentes com lesão e com 
danos à propriedade. 
C = C1 + C2 + C3, onde: C = custo efetivo 
C1 - Custo correspondente ao tempo de afastamento (até os 15 primeiros dias) 
em consequência de acidentes com lesão. 
C2 - Custo referente aos reparos e reposições de máquinas, equipamentos e 
materiais danificados (acidentes com lesão e acidentes apenas com danos à 
propriedade); 
C3 - Custos complementares relativos às lesões (assistência médica e primeiros 
socorros) e aos danos à propriedade (custos resultantes de paralisações, manutenção 
e lucros cessantes). 
Para que isso venha a ser efetivamente uma realidade, o SESMT deve lançar 
um processo de ampla divulgação de seus programas e elaborar fichas que facilitem a 
coleta de dados para colocar em prática essa orientação. 
Esses dados devem ser repassados à Direção da empresa, mostrando o vulto a 
que chegam os acidentes e a necessidade efetiva de se preveni-los. 
 
29 
 
9 
O conceito amplo de Administração, voltado às atividades empresariais, nos 
mais variados segmentos produtivos, despertou a Engenharia de Segurança do 
Trabalho para a implantação de sistemas de Gestão de Segurança e Saúde, que 
representam conjuntos de medidas adotadas para prevenir ou minimizar os acidentes 
de trabalho e doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade e a capacidade 
do trabalhador. 
O papel das empresas é criar um sistema de gestão integrada que permita a 
identificação dos perigos, a análise dos riscos e a consequente implantação das 
medidas de controle para evitar ou neutralizar os acidentes de trabalho e os incidentes, 
instrumentalizando a gerência com ferramentas gerenciais que contribuam para a 
melhoria do desempenho das empresas. 
 SITUAÇÃO ATUAL X VERSÃO DO FUTURO 
A situação atual mostra: 
• Um mundo Globalizado; 
• Empresas que passam pelo processo da internacionalização; 
• Negócios que têm como base a competitividade; 
• Pessoas que buscam o aprendizado continuado 
• Mudanças que ocorrem atualmente e ocorrerão nos próximos anos serão 
muito maiores do que as que ocorreram nos últimos 50 anos. 
 
REFERÊNCIAS 
BRASIL/ MINISTÉRIO DO TRABALHO. Normas Regulamentadoras da Portaria 
no 3214 de 1978. 
FAYOL, H. – Administración industrial y general. Buenos Aires, Ed. Ateneo, 
1956. 
JIMÉNEZ CASTRO, W. – Introducción al estudio de la teoria administrativa. 
México, Fondo de Cultura Económica, 1963. 
MAXIMIANO, Antônio Cesar Amaru. Introdução a Administração. São Paulo: 
Atlas, 2007. 
 
30 
 
0 
__________. Teoria Geral da Administração: da Revolução Urbana à Revolução 
Digital. São Paulo: Atlas, 2006.

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