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1º bimestre de 2020 Arte e Música na Educação SAM001 Facilitador Fernando Esposito – Turma 001 Fernando.esposito@cursos.univesp.br Prática de Fichamento 1) Durante a leitura, tente resumir o texto numa folha à parte ou num documento do Word ou Google Docs - ou seja, fazer um "fichamento" das informações principais do texto. Eu, pessoalmente, prefiro escrever à mão, mas vai do gosto de cada um. O tipo de resumo também varia de pessoa para pessoa. O importante é anotar as partes principais resumidas ou definições de conceitos específicos (preferencialmente anotando a página da referência). Pode demorar mais tempo de início, mas, com o fichamento, você evita de ter que ficar indo e voltando no texto e consegue entender as ideias gerais de forma mais sólida. obs: os fichamentos vão melhorando e ficando mais ágeis conforme praticamos! Não se preocupe se ficar estranho no começo. 2) Não precisa decorar todo o texto ou compreender 100% de tudo. Também é importante confiar no seu próprio taco: se você acha que uma parte do texto é menos importante do que outras, não precisa ficar muito tempo nela! Confia e foque no que te parece essencial. Objetivos da Disciplina A disciplina tem como objetivo conhecer e analisar projetos em artes visuais para a primeira infância; fornecer subsídios teóricos para uma reflexão sobre as imagens – desenhos, fotografias e vídeos –, músicas e paisagens sonoras aos quais estamos expostos e que constituem experiências estéticas da infância e da vida adulta; conhecer e investigar os processos históricos e práticos nas abordagens de artes visuais e música voltados para a infância. Escola Tradicional: práticas mecânicas, repetitivas, passivas. Imitação do real, arte como reprodução e voltada para artistas consagrados, desenhos exatos, a partir de formas e modelos. Tecnicismo apoiado pelo direcionamento dos professores, hierarquicamente. Não expansão do imaginário da criança (considerado um problema pelas vertentes seguintes); Semana 1: Rosa Iavelberg Arte-educação Moderna/Ativa/Escola Renovada: enaltece produção artística espontânea, valoração da arte infantil, Dewey: “aprender fazendo”. Autonomia, criatividade, sensibilidade, participação democrática. Autoria da arte infantil. Diminuição da interação do professor com alunos. Autonomia das crianças, sem influências externas, para seu desenvolvimento autoral verdadeiro. Central para o rompimento com a visão tradicional, possibilitando o surgimento da arte-educação contemporânea; Semana 1: Rosa Iavelberg Piaget: novos conhecimentos gerando novos equilíbrios. Base para modernos & construtivistas; Modernos: consideravam as fases de desenvolvimento (sensório-motora/inteligência simbólica); Pós-modernos: criação de situações reflexivas, de interação social de promoção do conhecimento em situações específicas; Semana 1: Rosa Iavelberg Escola Pós-Moderna/Contemporânea: construtivista, por acompanhar a aprendizagem dos alunos para orientar as situações de ensino – papel fundamental da equipe pedagógica. Centralidade na formação de professores. Pós-mod. Ultrapassa linhas limite da arte (visão contemporânea). Interação da criança com a produção social e histórica da arte como fonte de sua criação e aprendizagem. Semana 1: Rosa Iavelberg Arte-educação Pós-Moderna/Contemporânea: crianças e jovens podem fazer “saber” sobre arte, criando arte fazendo e refletindo sobre suas atuações. Importância do contato com imagens produzidas por artistas e por outras crianças para que haja evolução na aprendizagem, crítica e realização artística. Questionamento do que seria “cópia” do trabalho do colega. Papel fundamental do professor: criar situações que favoreçam a aprendizagem. Semana 1: Rosa Iavelberg Desenho de ação: até 2 anos de idade Experimentações gestuais para compor imagem: marcas na superfície Prazer da criança na exploração de materiais Diferentes elementos que podem ou não ter significado Formas arredondadas Semana 2: Iavelberg & Barreti Desenho de Imaginação I: 3 ~ 4 anos de idade Manutenção da importância do gesto Diferentes elementos que podem ou não ter significado com alguma intencionalidade Desenho de Imaginação II: 4 ~ 5 anos de idade Composição simbólica e narrativa Expansão do diálogo com outras fontes e aumento do repertório Semana 2: Iavelberg & Barreti Desenho de apropriação: Apropriação das imagens de desenhos e de desenhistas mais experientes. Observação das regularidades nas imagens e vontade de dominar regras. Possibilidade de estagnação (Modernistas). É fundamental para o desenvolvimento, nessa fase, que a criança seja incentivada e alimentada com referências – papel dos professores Semana 2: Iavelberg & Barreti Desenho de proposição: Neste momento conceitual, o desenho se aproxima dos modos de criação dos artistas; não são artistas maduros, mas sabem que podem criar o que quiserem, que tudo pode aparecer nos desenhos e que podem gerar muitos mundos em suas imagens. Semana 2: Iavelberg & Barreti Concepções de desenho e aprendizagem da criança: Tradicional: desenvolvimento pela cópia e imitação do real. Espontaneidade é desvalorizada por suas imperfeições e irrealidades. Moderno: desenho como expressão do sentimento individual e espontâneo. Desenvolvimento é natural e não deve sofrer interferências externas. Semana 2: Barreti Concepções de desenho e aprendizagem da criança: Contemporâneo: desenho como linguagem utilizada socialmente e presente em nossa cultura. Valoração do espontâneo, mas não garante o desenvolvimento pleno. Influências culturais são inevitáveis e necessárias: comunidade de aprendizagem com diversas fontes e diálogos possíveis. Abertura para a imitação, apropriação, cópia e empréstimo, inclusive para adultos. Semana 2: Barreti Música é linguagem e forma de conhecimento Música para diferentes objetivos: criar hábitos, memorizar conteúdo; uso de gestos/coreografia. Falta de criação e elaboração musical. Importância para desenvolvimento afetivo e cognitivo. Música não é algo pronto: ela é construída. Pode ser interdisciplinar, mas não deve perder seu potencial autônomo. Semana 3: Referência Curricular Nacional para Ed. Infantil em Música Produção: experimentação, imitação, interpretação, improvisação e composição; Apreciação: percepção, escuta, análise, reconhecimento; Reflexão: questionamentos sobre organização e sobre a criação de produtos (como fazer isso em educação infantil?) Semana 3: Referência Curricular Nacional para Ed. Infantil em Música Condutas de produção sonora da criança Exploração: produção de ruídos (bebês), foco na repetição (até 5 anos). Educador não deve interferir (visão modernista?) e valorização do dispositivo: microfone, alto-falante, gravador... Expressão: representação do real pelo som a partir de vivências (~10 anos). Pode vir acompanhada de expressão corporal. Conexão com estados emocionais. Semana 3: François Delalande Condutas de produção sonora da criança Construção: até 6~7 anos, não há preocupação com a forma musical. Após essa idade, música enquanto jogo e cujas regras devem ser respeitadas. Busca pela organização musical e representação. Semana 3: François Delalande Música contribuindo para o alargamento da conscientização do mundo e para modificação do homem e da sociedade. Defesa de contextos multidisciplinares. Conscientização: integração entre fazer, pensar; atenção aos alunos para melhor definir as aulas; valorização da improvisação em sala de aula. Semana 3: Koellreuter Metodologia Schaferiana: desenvolvimento crítico para melhoria da qualidade de vida do planeta. Não existem regras pré-definidas: valoração da reflexão e interrelação professores e alunos Propostas para educação sonora: ênfase no aperfeiçoamento da escuta, sem diferenciação de faixa etária. Exs: lidar com silêncio, organizar escuta, explorar e construir paisagens sonoras, concertos da natureza,enfeitar ambiente com sons. Semana 3: Schafer Arte-educação moderna: abriu caminhos para contemporânea por acreditar no papel da arte na sociedade e na escola Artista moderno: movido pela própria curiosidade, em descobertas pessoais; valorização de arte asiática e africana; rejeição da exatidão Valorização da arte infantil: soltura, imaginação, ingenuidade, ausência de representação do real, quebra de perspectiva, expressão simbólica Semana 4: Rosa Iavelberg Rebeca, 2 anos e 2 meses. Desenho de ação Pollock, “Convergence” (1952) Alan, 3 anos e 7 meses. Desenho de Imaginação 1 Kandinsky, Composição II (1910) Lucas, 5 anos. Desenho de Imaginação 2 Miró, Pessoa e cachorro diante do sol (1949) Klee (1879-1940), Kandinsky (1866-1944), Miró (1893-1983): valoração de procedimentos artísticos da infância não levou ao infantilismo da sua arte, nem fez com que suas obras fossem mais assimiláveis pelas crianças. A diferença está no desenvolvimento de suas complexidades poéticas Processos criativos de crianças e artistas são qualitativamente semelhantes e estruturalmente diferentes devido às possibilidades de ação e do pensamento entre os períodos etários Semana 4: Rosa Iavelberg 3 tendências pós 2ª GM: Expressionismo (paralelo com arte-educação moderna); Reconstrutivista (aumento do poder transformador da sociedade); Racionalismo técnico (divisão do conhecimento em disciplinas, conservador) Arte Contemporânea: ruptura da pintura/escultura. Qualquer pessoa pode ser artista: o que existe entre o objeto e a/o artista que cria a arte; Experimentação Semana 4: Denise Nalini Poética: determinada forma de expressar, comunicar, mover, explorar. O que é arte? Depende do contexto!!!! A validação da arte está no contexto social, cultural, artístico, econômico e político no qual está inserido. Conforme a sociedade muda, também muda a arte e de suas concepções. Semana 4: Denise Nalini Duchamp, Fonte (1917) Jeff Koons, Coelho (esquerda, 1986), vendida por US$81 milhões em 2019 , Balloon Dog (direita, 1994-2000) Arte-educação contemporânea: identidade como rede que se alimenta de fontes múltiplas (séc. XXI) Interação das crianças com produções múltiplas, sendo participante ativa nas obras: busca por autonomia e reflexão crítica, questionamento Criação de situações de ensino que propiciem a experimentação, comunicação e reconhecimento de outras crianças e suas realidades/contextos Semana 4: Denise Nalini Maria Auxiliadora, Capoeira (1970) Maria Auxiliadora, Autorretrato com anjos (1972) Em busca do desenvolvimento da poética autoral, proporcionando diálogos e intercâmbios 3 dimensões fundamentais: CRIAR: produzis próprio discurso usando da linguagem visual; diferentes materiais para diferentes finalidades; menos é mais; valorizar experiências e investigações das crianças Semana 5: dimensões curriculares na arte/educação contemporânea 3 dimensões fundamentais: SENTIR: corpo como intermediário da percepção do mundo ao redor; Olhar: destaque nas artes visuais; depende do contexto cultural (tempo e lugar), uso de mídias; crítica a partir da percepção e da interação social: olhar junto com crítica; Semana 5: dimensões curriculares na arte/educação contemporânea 3 dimensões fundamentais: CONHECER: colocar as crianças em contato com manifestações socioculturais da arte. Possibilidade de registro do desenvolvimento do grupo pode ser fonte de pesquisas futuras. Garantir segurança e aproveitamento de visitas a museus, galerias, ruas da cidade Semana 5: dimensões curriculares na arte/educação contemporânea 0 a 3 anos: explorar expressão da voz e corpo, uso de brincadeiras, jogos cantados/ritmados, ouvir e discriminar eventos sonoros, imitar, inventar, reproduzir, bater palmas ou bater pé 4 a 6 anos: interagir com outras crianças, perceber e expressar sentimentos e pensamentos por meio de improvisações, interpretações. Trabalho com altura (grave/agudo), intensidade (volume), timbre. Jogos com dança, aumento do repertório: gêneros e países Semana 5: R.C.N Ed. Infantil em Música 0 a 3 anos: cuidado com o próprio corpo e com o corpo dos colegas, com materiais e produções artísticas; explorar características de diferentes materiais e superfícies; movimentos gestuais 4 a 6 anos: interesse em produções de pares e artistas; bidimensional e tridimensional; criação de desenhos a partir do próprio repertório; desenho, pintura, colagem, modelagem; ponto, linha, forma, textura, volume; respeito, cuidado, valorização do trabalho de outras pessoas e colegas. Semana 5: R.C.N Ed. Infantil em Visuais Objetivo da educação em artes: formação de cidadãos críticos, questionadores e investigadores Avaliação como reflexão de professores, alunos e da escola Aspectos: argumentação, descrição e interpretação de obras de arte, curiosidade, inventividade, participação ativa, competência na utilização de ferramentas e materiais (como seria com crianças pequenas?) Semana 6: Avaliação em Artes Visuais Contínua e qualitativa: avaliação não é um fim, e sim um processo. Bases para o planejamento das aulas Análise do desenvolvimento da criança de um lado, autocrítica da professora do outro Importância da sondagem: comportamento das crianças e criação de parâmetros iniciais Semana 6: Avaliação em Artes Visuais Importância da escuta: avaliação pode ser potencializada ao dialogarmos com as crianças, ouvindo suas dificuldades, desejos, conquistas, questionamentos... Registro e documentação: vídeos, portfólio da sala/individual, exposições; forma de validação da produção das crianças Semana 6: Avaliação em Artes Visuais Principal objetivo: aproximas crianças das diferentes formas de se compreender/fazer música Foco da avaliação na qualidade da ação pedagógica, se contraponto à noção romântica de artista coo dotado de talento, dom ou inspiração Análise do planejamento: diálogo em sala de aula e com pares professores; decidir como alunos irão experimentar a musica. Avaliação contínua central para planejamento futuro Semana 6: Avaliação em Música Transparência nos objetivos e no diálogo com a comunidade escolar Objeto da avaliação: prática individual de cada aluno, não focando apenas nas emoções sentidas/expressadas; evolução musical do aluno a partir das atividades propostas Composição (diferentes notações), imitação, referências diversificadas, percepção (menos direta) Semana 6: Avaliação em Música Importância do diálogo com pesquisadores, docentes mais experientes, planejamento, organização, reflexão prévia sobre as atividades Importância do diálogo com as crianças e também entre as crianças Curadoria das: referências, diferentes formas de atividades e de projetos Semana 7: PROJETOS – D. Nalini Uso do corpo nas atividades: batuque, toque, sentir, movimento, gestos, ouvir, experimentar, explorar Valorização da cultura brasileira e suas pluralidades Para que haja mudança na prática de professores, é preciso oferecer referências e modelos já desenvolvidos. Mas não podemos deixar de lado nossa criatividade! Foco na formação dos docentes. Semana 7: Barreti & Iavelberg, Zagonel, Pires univesp.br Dúvidas Gerais
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