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PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 1 
Apresentação ............................................................................................................................ 3 
Aula 1: Projeto interdisciplinar ............................................................................................ 4 
Introdução ............................................................................................................................. 4 
Conteúdo ................................................................................................................................ 5 
Conhecimento interdisciplinar ....................................................................................... 5 
Informação e conhecimento .......................................................................................... 6 
Interdisciplinaridade .......................................................................................................... 8 
Postura interdisciplinar ..................................................................................................... 9 
Educação interdisciplinar ............................................................................................... 10 
Projeto interdisciplinar .................................................................................................... 10 
Atividade proposta .......................................................................................................... 13 
Referências........................................................................................................................... 14 
Exercícios de fixação ......................................................................................................... 16 
Chaves de resposta ..................................................................................................................... 19 
Aula 2: Projetos de IC e editais de pesquisa ................................................................... 23 
Introdução ........................................................................................................................... 23 
Conteúdo .............................................................................................................................. 24 
Apoio à pesquisa .............................................................................................................. 24 
Iniciação Científica .......................................................................................................... 24 
Agências de fomento e editais ...................................................................................... 27 
Programas institucionais para o Ensino Superior ...................................................... 28 
Outras agências de fomento ......................................................................................... 34 
Atividade proposta .......................................................................................................... 35 
Aprenda Mais ....................................................................................................................... 37 
Referências........................................................................................................................... 37 
Exercícios de fixação ......................................................................................................... 37 
Chaves de resposta ..................................................................................................................... 41 
Aula 5: Gestão do conhecimento e da informação ...................................................... 44 
Introdução ........................................................................................................................... 44 
Conteúdo .............................................................................................................................. 45 
Organização das informações ...................................................................................... 45 
Gestão do conhecimento .............................................................................................. 46 
Conhecimento tácito e conhecimento explícito ...................................................... 47 
 
 PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 2 
Metáfora do iceberg ........................................................................................................ 48 
Atividade proposta .......................................................................................................... 49 
Atividade proposta .......................................................................................................... 49 
Registro, armazenamento e compartilhamento da informação ............................ 50 
Teoria da Criação do Conhecimento .......................................................................... 50 
Conversão do conhecimento ....................................................................................... 50 
Ciclo da Informação e do Conhecimento .................................................................. 52 
Atividade proposta .......................................................................................................... 52 
Atividade proposta .......................................................................................................... 53 
Aprenda Mais ....................................................................................................................... 54 
Referências........................................................................................................................... 55 
Exercícios de fixação ......................................................................................................... 55 
Notas ........................................................................................................................................... 60 
Chaves de resposta ..................................................................................................................... 60 
Aula 6: Meios de divulgação de pesquisa ........................................................................ 63 
Introdução ........................................................................................................................... 63 
Conteúdo .............................................................................................................................. 64 
Difusão da informação ................................................................................................... 64 
Os destinatários dos resultados de pesquisa.............................................................. 64 
Divulgação junto à comunidade científica ................................................................. 65 
Divulgação junto ao público leigo ............................................................................... 66 
Atividade proposta .......................................................................................................... 67 
Meios de divulgação ....................................................................................................... 68 
A responsabilidade social do pesquisador .................................................................. 69 
Atividade proposta .......................................................................................................... 70 
Atividade proposta .......................................................................................................... 71 
Aprenda Mais ....................................................................................................................... 71 
Referências........................................................................................................................... 72 
Exercícios de fixação .........................................................................................................73 
Chaves de resposta ..................................................................................................................... 77 
Conteudista ............................................................................................................................. 81 
 
 
 PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 3 
Esta disciplina oferece noções básicas para o direcionamento de um projeto de 
trabalho para o Ensino Superior, destacando o conceito de interdisciplinaridade. 
Além disso, ressaltamos a relevância da Iniciação Científica (IC) para a 
formação do pesquisador e do papel das agências de fomento para o 
desenvolvimento da ciência. 
 
Por fim, abordamos a organização das informações, apresentando 
possibilidades que favorecem a gestão do conhecimento e o compartilhamento 
de informação. 
 
Sendo assim, esta disciplina tem como objetivos: 
1. Identificar o significado de um projeto interdisciplinar no Ensino Superior, o 
percurso da metodologia científica e a construção de seus aspectos formais; 
2. Reconhecer a importância da IC e o papel das agências de fomento, bem 
como os fundamentos, os métodos e os tipos de pesquisa da/na produção do 
conhecimento científico; 
3. Organizar informações para fins de compartilhamento e de gestão do 
conhecimento; 
4. Selecionar meios para a divulgação de resultados de pesquisa. 
 
 
 PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 4 
Introdução 
Em nossa primeira aula discutiremos o que é interdisciplinaridade e sua 
relevância Trataremos também da necessária postura interdisciplinar. 
 
Além disso, examinaremos o que caracteriza um projeto interdisciplinar, quais 
as principais dificuldades para construí-lo e o seu significado para o Ensino 
Superior. 
 
Objetivo: 
1. Discutir o que é interdisciplinaridade e sua relevância; 
2. Reconhecer a relevância de um projeto interdisciplinar para o Ensino 
Superior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 5 
Conteúdo 
 
Conhecimento interdisciplinar 
Na sociedade cresce a demanda pela produção do conhecimento interdisciplinar 
sendo, portanto, fundamental refletir sobre a relevância e o papel da 
interdisciplinaridade no processo ensino-aprendizagem no Ensino Superior. 
 
A universidade não pode oferecer apenas uma formação especializada, deve 
preparar seus estudantes para uma atualização constante. A cada dia são 
disponibilizadas novas informações, oriundas das pesquisas mais recentes. 
 
É fundamental que cada professor contribua para a formação de um 
profissional comprometido, capaz de planejar suas ações. Para isso, é preciso 
estar atento para que os estudantes desenvolvam habilidades e competências 
que lhes permitam manter-se atualizados e preparados para um diálogo com 
profissionais das mais diferentes áreas. 
 
Segundo Morin (2009), “o problema do conhecimento é um desafio porque só 
podemos conhecer, como dizia Pascal, as partes se conhecermos o todo em 
que se situam, e só podemos conhecer o todo se conhecermos as partes que o 
compõem”. 
 
Antes disso, ainda como estudante, a visão global contribui para o processo 
ensino-aprendizagem – quando os professores atuam considerando que o 
mundo não é fragmentado e, portanto, o pensar-refletir não pode estar limitado 
a uma única disciplina –, de modo que cada um seja sujeito de sua 
aprendizagem. 
 
Para tal, a formação deve se valer de conteúdos interdisciplinares e 
contextualizados. Nesse cenário, é preciso considerar as possiblidades que as 
redes digitais permitem a distribuição das informações e ao disponibilizá-las por 
 
 PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 6 
diferentes formas de acesso não raro, favorecem a prática da 
interdisciplinaridade. 
 
 
Atenção 
 Não raro as definições de interdisciplinaridade e a de 
transdisciplinaridade são confundidas, sendo consentido o uso 
dos dois termos como sinônimos, por ser entendido que a teoria 
sobressai à nomenclatura. Nesse texto optei pelo entendimento 
e uso amplo do termo interdisciplinaridade. 
 
No meio acadêmico são reconhecidas: 
• A discussão sobre fragmentação do currículo; 
• A segmentação das teorias; 
• A compartimentalização do saber. 
 
Contudo, debates e ações para reverter esse quadro são raros e poucas vezes 
profícuos. Mantém-se, portanto, o isolamento das disciplinas e o hiato existente 
entre o ensino unidimensional limitado a um saber disciplinar e a prática em 
uma realidade multidimensional. 
 
Essa perspectiva requer novas formas de organização do currículo, das 
disciplinas e das aulas, sendo importante oferecer a cada estudante – a partir 
de questões levantadas individual e coletivamente – a possibilidade de 
planejar, levantar hipóteses e buscar soluções. 
 
Informação e conhecimento 
Você sabe o que é informação? E conhecimento? Veja a diferença entre os dois: 
 
 
 
 
 
 PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 7 
Informação 
É o registro de uma organização ou a interpretação de dados vinculados a um 
contexto. Pode ser distribuída sob diversas formas – oral, escrita, audiovisual – 
de modo analógico ou digital. 
 
Conhecimento 
É a reunião de informações uma aquisição pessoal fundamentada em contextos 
culturais e pessoais e no conhecimento prévio de cada um. Portanto, não pode 
ser formalmente compartilhado. Genericamente, seu significado é ampliado 
sendo utilizado como um conhecimento coletivo alcançado por um grupo 
específico como, por exemplo, por uma organização ou, ainda, pela 
humanidade. 
 
O conhecimento não é tangível e, portanto, não pode ser diretamente 
compartilhado com outras pessoas. Entretanto, é possível registrá-lo como 
informação e, desse modo, partilhá-lo. 
 
De acordo com Pedrosa (2010), “buscar corretamente a informação é 
extremamente importante. A construção do conhecimento gerado através da 
busca e da pesquisa é extremamente eficaz e satisfatória para o indivíduo. O 
processo de produção de conhecimentos deve ser permanente e dinâmico, 
assumindo um papel fundamental, ao lado dos processos de organização e 
distribuição da informação. Os sistemas educacionais necessitam atender a 
novas demandas e, neste processo, os professores ocupam um papel 
estratégico”. 
 
Nesse contexto, cabe ao professor registrar, junto a seus alunos, 
informações relacionadas aos conteúdos curriculares e orientá-los na 
busca de informações de modo a que cada um deles amplie o seu 
repertório para a construção do conhecimento. 
 
 
 PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 8 
Interdisciplinaridade 
Inicialmente, vamos distinguir interdisciplinaridade e 
multidisciplinaridade. 
 
 
Multidisciplinaridade 
Reúne diferentes visões disciplinares, ou seja, apresenta de modo organizado o 
entendimento de cada disciplina sobre a realidade. 
 
 
Figura representativa das diferentes disciplinas 
 
Interdisciplinaridade 
Resulta em uma síntese coletiva e equilibrada, a partir de diferentes visões 
disciplinares, o que requer uma atenta coordenação de modo que o 
entendimento seja sintetizado coletivamente. Portanto, a interdisciplinaridade 
combina elementos de diversas disciplinas, sem priorizar qualquer um deles. 
 
O enfoque interdisciplinar estabelece a necessária superação de uma visão 
linear. Vale ressaltar que a origem diferenciada da informação instala um 
processo contínuo na construção do conhecimento ao permitir um intenso 
diálogo entre conhecimentos dispersos. Entretanto, a consciência de ser 
interdisciplinar só é reconhecida quando a interdisciplinaridade se torna 
identificável nas ações. 
 
Para Morin (2000) “é impossivel conhecer tudo do mundo e captar todas as 
suas multiformes transformações [...]. Eis o problema universal para todo 
cidadão: como adquirir a possibilidade de articular e organizar as informações 
sobre o mundo”.PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 9 
 
Figura representativa das diferentes disciplinas 
 
Postura interdisciplinar 
Fazenda (2002) afirma que sob o olhar de cada disciplina temos apenas uma 
visão limitada da realidade, o que não permite conhecê-la em seus inúmeros 
aspectos e reduz as oportunidades de transformá-la. Portanto, para que se 
possa ampliar essa visão é necessária uma nova atitude diante do 
conhecimento, ou seja, de uma postura interdisciplinar. 
 
“Entendemos por atitude interdisciplinar, uma atitude diante das alternativas 
para conhecer mais e melhor, [...] atitude de reciprocidade que impele à troca, 
que impele ao diálogo – ao diálogo com pares idênticos, com pares anônimos 
ou consigo mesmo – atitude de humildade ante a limitação do próprio saber, 
atitude de perplexidade ante a possibilidade de desvendar novos saberes; 
atitude de desafio – desafio ante o novo, desafio em redimensionar o velho – 
atitude de envolvimento e comprometimento com os projetos e com as pessoas 
neles envolvidas; atitude, pois, de compromisso em construir sempre da melhor 
 
 PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 10 
forma possível; atitude de responsabilidade, mas sobretudo, de alegria, de 
revelação, de encontro, enfim, de vida.” (FAZENDA, 1994). 
 
Quando nos referimos à necessidade de uma postura interdisciplinar, em 
momento algum imaginamos eliminar as disciplinas, apenas pretendemos que 
elas intensifiquem a comunicação entre si. Desse modo, as disciplinas poderão 
buscar pontos de interseção ao analisar e sintetizar sua visão sobre a realidade. 
De acordo com Fazenda (2002), “o sentido das investigações interdisciplinares 
é o de reconstituir a unidade do objeto, que a fragmentação dos métodos 
separou. Entretanto, essa unidade não é dada a priori. Não é suficiente 
justapor-se os dados parciais fornecidos pela experiência comum para 
recuperar-se a unidade primeira. Essa unidade é conquistada pela práxis, 
através de uma reflexão crítica sobre a experiência inicial. É uma retomada em 
termos de síntese.”. 
 
Educação interdisciplinar 
Nas instituições, em geral, observamos uma evidente separação entre as 
disciplinas o que atrapalha e até mesmo impede a compreensão do todo. Essa 
crítica à organização em forma de disciplinas ocorre porque, em geral, a 
especialização separa e compartimenta os saberes, deixando-os fechados em si, 
o que dificulta aos estudantes estabelecer relações entre eles. 
 
A educação interdisciplinar permite ao estudante adquirir uma ampla gama 
de conhecimentos, facilitando a comunicação com outros profissionais. Em face 
à realidade complexa que se apresenta, essa comunicação é extremamente 
relevante, pois, em face de uma realidade multifacetada, muitas questões 
ultrapassam a abrangência de uma única disciplina. 
 
Projeto interdisciplinar 
No curso superior, o projeto interdisciplinar é de extrema importância para 
a superação da fragmentação do conhecimento e para a produção de uma nova 
ordem de conhecimento. 
 
 PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 11 
 
A aproximação entre as disciplinas é necessária para que se estabeleça um 
diálogo entre os sujeitos de diferentes áreas. Isso é fundamental para o 
processo de construção de um objeto – cuja inserção não esteja limitada a uma 
área especifica – e, consequentemente, para estabelecer a prática 
pedagógica interdisciplinar. 
 
Para uma prática interdisciplinar é necessária a sistematização do processo de 
elaboração do conhecimento, o que requer a comunicação de ideias e a 
integração recíproca de finalidades, objetivos, conceitos, conteúdos, 
terminologia. 
 
O maior obstáculo para o trabalho interdisciplinar é a formação fragmentária 
que dificulta a integração das diferentes disciplinas. Ao contrário do que possa 
parecer, a interdisciplinaridade valoriza a objetividade de cada disciplina, e 
fortalece sua identidade ao sobressair sua presença em conjunturas originais. 
Portanto, ao trabalharmos de forma interdisciplinar, nosso objetivo é romper 
limites, pois as disciplinas não podem ser construídas em campos fechados, 
isoladas dos avanços científicos e dos contextos histórico-culturais. A 
interdisciplinaridade estabelece conexões entre diferentes disciplinas, buscando 
seus pontos de interseção e valorizando aqueles que as distinguem. 
 
Quantas vezes ao estudarmos Química ou Física, por exemplo, relacionamos 
sua evolução com a Sociologia? 
 
Em geral, compartilhamos uma visão internalista, justificando os avanços 
científicos dessas áreas metodologicamente, sem nos apropriarmos de uma 
visão externalista de que possam ser socialmente motivados. 
 
No Ensino Superior, preocupados em passar o conteúdo de suas disciplinas a 
seus alunos, os professores não relacionam o que é apresentado em aula à 
realidade, o que é fundamental que os alunos percebam que os conteúdos das 
 
 PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 12 
disciplinas não são um fim em si mesmos, mas alicerces para sua formação 
global. Há também, professores que apresentam suas disciplinas como a 
principal, havendo mesmo aqueles que desvalorizam as demais, induzindo seus 
alunos a concentrarem seus estudos nessas disciplinas. 
 
Desse modo, o conteúdo é dissociado da sua conjuntura, o que dificulta 
relacionar a prática com a teoria e vice-versa, atrapalhando o entendimento da 
realidade e o desenvolvimento máximo de suas possibilidades. Esse isolamento, 
além de prejudicar o aluno, tornando o aprendizado penoso e confuso, também 
afeta os professores que poderiam aprimorar seus conhecimentos ao se 
relacionar com outros professores e pesquisadores de diferentes áreas. 
 
“Assim sendo, é de responsabilidade dos professores fazer com que o aluno 
seja sujeito de sua aprendizagem, ciente do que irá realizar, para quê e como, 
ou seja, levar o aluno a aprender a planejar, a trabalhar com hipóteses e a 
encontrar soluções. Nessa perspectiva, para que o mesmo adquira essas 
habilidades, faz-se necessário trabalhar com práticas pedagógicas voltadas para 
a formação do aluno, para o exercício da cidadania plena, respeitando a 
individualidade de cada um, utilizando-se de conteúdos interdisciplinares e 
contextualizados”. (FAVARÃO e ARAUJO, 2004). 
 
Para isso, precisamos de uma atualização permanente de nosso olhar 
internalista e de uma expansão do externalista, reconhecendo a provisoriedade 
do conhecimento e que "a exigência interdisciplinar impõe a cada especialista 
que transcenda sua própria especialidade, tomando consciência de seus 
próprios limites para colher as contribuições das outras disciplinas". 
(GUSDORF, 1976). 
 
De acordo com Favarão e Araujo (2004) “a educação deve ser entendida e 
trabalhada de forma interdisciplinar, na qual o aluno é agente ativo, 
comprometido, responsável, capaz de planejar suas ações, assumir 
responsabilidades, tomar atitudes diante dos fatos e interagir no meio em que 
 
 PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 13 
vive contribuindo, desta forma, para a melhoria do processo ensino-
aprendizagem”. 
 
Atividade proposta 
Vamos fazer uma atividade! Responda às perguntas a seguir. 
 
1. Como você diferencia informação e conhecimento? 
 
Chave de resposta 1 
A informação é um registro ou interpretação de dados que pode ser 
diretamente compartilhado, já o conhecimento – pela sua especificidade – não 
pode ser formalmente compartilhado. 
 
2. O que é interdisciplinaridade? 
 
Chave de resposta 2 
Combinação de elementos de diversas disciplinas, sem priorizar qualquer um 
deles. 
Síntese coletiva e equilibrada a partir de diferentes visões disciplinares. 
 
3. O que caracteriza uma postura interdisciplinar? 
 
Chave de resposta 3 
Reconhecimento dos limites da visão disciplinar e das limitações de seu próprio 
conhecimento; 
Busca de troca de informações, diálogo entre diferentesdisciplinas; 
Atitude de redimensionamento do próprio conhecimento face ao desafio do 
novo. 
 
4. Qual a relevância e qual a principal dificuldade para a implantação 
de um projeto interdisciplinar no Ensino Superior? 
 
 
 PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 14 
Chave de resposta 4 
O projeto interdisciplinar é de extrema importância para a superação da 
fragmentação do conhecimento; 
O maior obstáculo para o trabalho interdisciplinar é a formação fragmentária 
que dificulta a integração das diferentes disciplinas. 
 
Referências 
CALDAS, R. W.; AMARAL, C. A. A. do. Mudanças, razão das incertezas: 
Introdução à gestão do conhecimento. São Paulo: CLA Cultural, 2002. 
 
CARVALHO, G. M. R. de; TAVARES, M. da S. Informação e conhecimento: uma 
abordagem organizacional. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2001. 
 
FAVARÃO, N. R. L.; ARAÚJO. C. S. A. Importância da Interdisciplinaridade no 
Ensino Superior. EDUCERE. Umuarama, v.4, n.2, p.103-115, jul./dez., 2004. 
 
FAZENDA, I. C. A. Integração e interdisciplinaridade no ensino brasileiro: 
efetividade ou ideologia São Paulo: Loyola, 2002. 
_____________. Interdisciplinaridade: História, Teoria e Pesquisa. Campinas: 
Papirus, 1994. 
 
FAZENDA, I. C. A. (org.). O que é interdisciplinaridade? São Paulo: Cortez, 
2008. 
 
CALDAS, R. W.; AMARAL, C. A. A. do. Mudanças, razão das incertezas: 
Introdução à gestão do conhecimento. São Paulo: CLA Cultural, 2002. 
 
CARVALHO, G. M. R. de; TAVARES, M. da S. Informação e conhecimento: uma 
abordagem organizacional. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2001 
 
 
 PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 15 
FAVARÃO, N. R. L.; ARAÚJO. C. S. A. Importância da Interdisciplinaridade 
no Ensino Superior. EDUCERE. Umuarama, v.4, n.2, p.103-115, jul./dez., 
2004. 
 
FAZENDA, I. C. A. Integração e interdisciplinaridade no ensino 
brasileiro: efetividade ou ideologia São Paulo: Loyola, 2002. 
_____________. Interdisciplinaridade: História, Teoria e Pesquisa. 
Campinas: Papirus, 1994. 
 
FAZENDA, I. C. A. (org.). O que é interdisciplinaridade? São Paulo: Cortez, 
2008. 
 
GUSDORF, G. (1976): Prefácio, In: JAPIASSU, H. Interdisciplinaridade e 
patologia do saber. Rio de Janeiro: Imago, pp. 7-27. 
 
LÜCK, H. Metodologia de projetos: uma ferramenta de planejamento e 
gestão. Petrópolis: Vozes, 2004. 
 
MORIN, E. Da necessidade de um pensamento complexo In: MARTINS, F. M.; 
 
MACHADO DA SILVA, J. (org.). Para navegar no século XXI. Porto Alegre: 
Sulina/EDIPUCRS, 2000. P.19-42. 
 
NICOLINI, A. M. Fatores condicionantes do desenvolvimento do ensino 
de administração no Brasil. Rio de Janeiro: Revista Angrad, v. 4, n. 1, p. 3-
17, jan./mar. 2001. 
 
PEDROSA, Stella M. Peixoto de Azevedo. Formação de professores e 
tecnologia: sim ou não? Disponível em: 
href="http://jovensemrede.files.wordpress.com/2010/04/stella-pedrosa-
formacao-de-professores-e-tecnologia-sim-ou-nao.pdf" 
 
 PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 16 
http://jovensemrede.files.wordpress.com/2010/04/stella-pedrosa-formacao-de-
professores-e-tecnologia-sim-ou-nao.pdf 
 
SANTOMÉ, J. T. Globalização e interdisciplinaridade: o currículo integrado. 
Porto Alegre: Artes Médicas, 1998. 
 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
Em relação ao compartilhamento de informação e de conhecimento, 
assinale com V, se verdadeiro ou com F, se falso: 
( ) A informação pode ser diretamente compartilhada, enquanto o conhecimento 
não pode ser diretamente compartilhado. 
( ) A informação não pode ser diretamente compartilhada, enquanto o 
conhecimento pode ser diretamente compartilhado. 
( ) A informação e o conhecimento podem ser diretamente compartilhados. 
 
Questão 2 
Pode-se afirmar que interdisciplinaridade é uma: 
a) Reunião de elementos diversas disciplinas, sem qualquer objetivo disciplinar. 
b) Combinação de disciplinas, sob a perspectiva de uma delas. 
c) Síntese coletiva e equilibrada a partir de diferentes visões disciplinares. 
d) Síntese equilibrada de diferentes conceitos a partir de uma visão disciplinar. 
 
Questão 3 
A postura interdisciplinar pode ser caracterizada pelo/a: 
a) Limitação do diálogo e da visão disciplinar. 
b) Reconhecimento das origens do próprio conhecimento. 
c) Pertencimento a um grupo de estudos. 
d) Busca de diálogo entre diferentes disciplinas. 
 
 
 
 
 PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 17 
Questão 4 
A imagem que melhor representa o conceito de interdisciplinaridade é: 
a) 
 
b) 
c) 
 
d) 
 
 
 
 
 
 PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 18 
Questão 5 
A partir do que você leu sobre currículo interdisciplinar e o meio acadêmico, 
assinale com V, se verdadeiro, ou com F</strong>, se falso: 
( ) No meio acadêmico, a discussão sobre fragmentação do currículo permitiu a 
superação da compartimentalização do saber e instaurou o currículo 
interdisciplinar. 
( ) A superação do hiato entre o ensino unidimensional e a prática em uma 
realidade multidimensional foi superado graças a reconhecidas ações do meio 
acadêmico. 
( ) A organização de um currículo interdisciplinar prevê oferecer aos estudantes a 
possibilidade de planejamento, levantamento de hipóteses e busca de soluções. 
 
Questão 6 
A partir do que se entende para a execução de um projeto interdisciplinar<, 
assinale com V, se verdadeiro, ou com F, se falso: 
( ) Os professores, conscientes de seus limites, aceitam contribuições de outras 
disciplinas. 
( ) Os alunos trabalham com hipóteses e buscam soluções, reconhecem o 
significado se suas ações. 
( ) As disciplinas tem sua identidade enfraquecida, sendo reconhecidas pela sua 
incompletude. 
 
Questão 7 
Em relação à Educação Interdisciplinar assinale com V, se verdadeiro, ou 
com F, se falso: 
( ) Separa as disciplinas visando evidenciar a compreensão do todo. 
( ) Permite a aquisição de uma ampla gama de conhecimentos, facilitando a 
comunicação entre profissionais de diferentes áreas. 
( ) Compartimenta os saberes auxiliando o estabelecimento de relações entre eles. 
 
 
 
 
 PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 19 
Questão 8 
Pode-se afirma que para uma prática interdisciplinar são necessárias (marque 
mais de uma): 
a)A comunicação de ideias. 
b)A utilização de terminologia diferenciada. 
c)A integração recíproca de objetivos, conceitos e conteúdos. 
d)A fragmentação das informações e do conhecimento. 
 
Questão 9 
O maior obstáculo para a implantação de um projeto interdisciplinar no 
Ensino Superior é o/a: 
a) Formação fragmentária. 
b) Despreparo dos professores. 
c) Desinteresse por atividades. 
d) Sobrecarga de tarefas. 
 
Questão 10 
Uma importante contribuição do projeto interdisciplinar é a: 
a) a) Formação de professores generalistas. 
b) Atualização permanente. 
c) Superação da fragmentação do conhecimento. 
d) Delimitação do alcance de cada disciplina. 
 
Aula 1 
Exercícios de fixação 
Questão 1 - V, F, F 
Justificativa: A informação é um registro ou interpretação de dados que pode 
ser diretamente compartilhado, já o conhecimento – pela sua especificidade – 
não pode ser formalmente compartilhado. 
 
 
 PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 20 
Questão 2 - C 
Justificativa: A interdisciplinaridade é uma combinação de elementos de 
diversas disciplinas, sem priorizar qualquer um deles, ou seja, uma síntese 
coletiva e equilibrada a partir de diferentes visões disciplinares. 
 
Questão 3 - D 
Justificativa: Podem ser citadas como características da postura interdisciplinar 
o reconhecimento dos limites da visão disciplinar e das limitações de seu 
próprio conhecimento; a busca de troca de informações, diálogo entre 
diferentes disciplinas; a atitude de redimensionamento do próprio conhecimento 
face ao desafio do novo. 
 
Questão 4 - B 
Justificativa: A imagem representa as disciplinas de forma equilibrada,combinando-as sem priorizar qualquer uma delas e guardando as suas 
particularidades. 
 
Questão 5 - F, F, V 
Justificativa: A primeira alternativa é falsa porque a discussão sobre 
fragmentação do currículo, a segmentação das teorias e a 
compartimentalização do saber são reconhecidas no meio acadêmico. A 
segunda alternativa é falsa porque debates e ações para superação de um 
currículo disciplinar são raros e ineficientes, o ensino unidimensional vem sendo 
mantido. A terceira alternativa é verdadeira porque o currículo interdisciplinar 
prevê uma nova organização que oferece a cada estudante a possibilidade de 
planejar, levantar hipóteses e buscar soluções. 
 
Questão 6 - V, V, F 
Justificativa: A primeira alternativa é verdadeira porque "cada especialista que 
transcenda sua própria especialidade, tomando consciência de seus próprios 
limites para colher às contribuições das outras disciplinas". (GUSDORF, 1976,). 
A segunda alternativa é verdadeira porque "é de responsabilidade dos 
 
 PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 21 
professores fazer com que o aluno seja sujeito de sua aprendizagem, ciente do 
que irá realizar, para que e como, ou seja, levar o aluno a aprender a planejar, 
a trabalhar com hipóteses e a encontrar soluções.” (NICOLINI apud FAVARÃO e 
ARAUJO, 2004). A terceira alternativa é falsa porque, ao contrário, a 
interdisciplinaridade valoriza a objetividade de cada disciplina, e fortalece sua 
identidade ao sobressair a sua presença em conjunturas originais. 
 
Questão 7 - F, V, F 
Justificativa: A primeira alternativa é falsa porque a separação entre as 
disciplinas dificulta e até mesmo impede a compreensão do todo. A segunda 
alternativa é verdadeira porque frente a uma realidade multifacetada, a 
comunicação é extremamente relevante, pois muitas questões ultrapassam a 
abrangência de uma única disciplina. A terceira alternativa é falsa porque a 
separação decorrente da especialização compartimenta os saberes dificultando 
relacioná-los. 
 
Questão 8 - A, C 
Justificativa: A prática interdisciplinar requer a comunicação de ideias e a 
integração recíproca de finalidades, objetivos, conceitos, conteúdos, 
terminologia. 
 
Questão 9 - A 
Justificativa: Para a implantação de um projeto interdisciplinar é necessário 
estabelecer um diálogo entre diferentes áreas, a formação fragmentária dos 
professores dificulta esse diálogo e, consequentemente, a integração das 
diferentes disciplinas. 
 
Questão 10 - C 
Justificativa: O projeto interdisciplinar de reconhecida importância para a 
superação da fragmentação do conhecimento, pois, por não estar limitado a 
uma área específica, contribui para o desenvolvimento da prática 
 
 PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 22 
interdisciplinar, o que requer a comunicação de ideias e a integração recíproca 
de finalidades, objetivos, conceitos, conteúdos e terminologia. 
 
 
 
 
 
 PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 23 
Introdução 
Nesta aula, abordaremos importância da Iniciação Cientifica para a formação 
profissional do pesquisador. 
 
Apresentaremos algumas agências de fomento e comentaremos sobre a 
importância de acompanhar os seus editais. 
 
Objetivo: 
1. Reconhecer o papel da Iniciação Cientifica (IC) para a formação profissional 
do pesquisador; 
2. Identificar agências de fomento e editais de pesquisa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 24 
Conteúdo 
 
Apoio à pesquisa 
O Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq), criado em 1951, é pioneiro no apoio 
à formação de recursos humanos pela concessão de bolsas e auxílios para a 
pesquisa. Já na sua criação foi instituída a Bolsa do Estudante – embrião do 
Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC). 
 
Embora já se pudesse contar com apoio para a formação de pesquisadores, 
somente nos anos 1980, esse apoio foi ampliado, graças a uma considerável 
ampliação com a concessão pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação 
Científica (PIBIC) da Bolsa de Iniciação Científica (BIC), pelo sistema de cotas 
institucionais. (MARCUSHI, 1996). 
 
Inicialmente a distribuição dessas bolsas e de outros incentivos era efetuada 
diretamente pelos órgãos de financiamento aos professores pesquisadores, 
mas, a partir de 1993, o PIBIC passou a ser normatizado, via Resoluções 
Normativas (RN). 
 
Diversas agências de fomento apoiam pesquisadores em diferentes níveis, 
desde estudantes em Iniciação Científica a pesquisadores mais experientes. 
Além disso, diversos editais publicados oferecem oportunidades para o 
aprimoramento de pesquisadores e para diferentes possibilidades para o 
desenvolvimento e divulgação de pesquisas. 
 
Iniciação Científica 
A Iniciação Científica (IC) propõe a inserção de alunos de cursos de graduação 
em grupos de pesquisa, possibilitando que sejam orientados por pesquisadores 
experientes e abrindo espaços para participações efetivas em pesquisas. Sem 
dúvida, a Iniciação Científica constitui um incentivo para a formação de novos 
pesquisadores. 
 
 PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 25 
A prática de pesquisa pode significar mudanças na vida acadêmica de um 
estudante. O confronto direto com problemas de pesquisa e de uma formação 
qualificada sob a orientação de um pesquisador experiente possibilita: 
• Aprendizagem de técnicas e métodos científicos; 
• Formação do pensamento científico; 
• Desenvolvimento da criatividade; 
• Refinamento do estudo teórico; 
• Aprimoramento. 
 
Segundo Bianchetti; Silva; Oliveira (2012), “considera-se que a IC contribui 
para que o jovem bolsista possa tornar-se um formando com habilidades mais 
qualificadas sobre o ser pesquisador e o fazer pesquisa. É na vivência da IC que 
o estudante pode utilizar técnicas e teorias aprendidas em sala de aula, ampliar 
e experimentar seu cabedal de conhecimentos e expor-se, por meio das 
aprendizagens técnicas, metodológicas e epistemológicas, nos mais variados 
espaços-tempos”. 
 
Portanto, a Iniciação Científica colabora para que os alunos da graduação 
familiarizem-se com a prática de estudos teóricos e com metodologias de 
pesquisa, pela possibilidade de participação nas diferentes etapas do 
desenvolvimento de um trabalho científico, especialmente necessárias para a 
fundamentação e o desenvolvimento de pesquisas. 
 
Desse modo, como afirma Marcuschi (1996) a Iniciação Científica "não deve ser 
tomada como uma especialização precoce nem como uma verticalização na 
formação", mas como uma excelente oportunidade para que os jovens 
universitários complementem sua formação acadêmica – especialmente para 
aqueles que desejam trabalhar com pesquisa – além de evidenciar a relação 
teoria-prática. 
 
Esse processo de formação, além de possibilitar o desenvolvimento de um 
conjunto de atitudes, saberes e práticas diretamente relacionadas com o fazer 
 
 PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 26 
pesquisa, também evidencia modos de produção e socialização do 
conhecimento resultante da pesquisa. 
 
O contato direto com a atividade científica é uma estratégia que contribui para 
o desenvolvimento da mentalidade científica do aluno da graduação. Relacionar 
ensino e pesquisa consolida uma indissociabilidade que favorece a efetivação 
dessas duas funções da universidade. 
 
Avaliando os aspectos apresentados, consideramos a Iniciação Científica como 
um meio de formação por excelência, pois, em contato direto com grupos de 
pesquisa e orientados por pesquisadores experientes, esses alunos de 
graduação adquirem os conhecimentos fundamentais para sua introdução à 
prática de pesquisa. 
 
Essa possibilidade de um contato direto com pesquisadores experientes e de 
um engajamento em atividades de pesquisa significa a formação inicial de 
novos pesquisadores.A Iniciação Científica visa incentivar o surgimento de novos cientistas, por isso, 
em geral, são incluídos aqueles mais compromissados com os estudos e 
interessados em ampliar seus conhecimentos na sua área de estudo. 
 
Os pesquisadores que orientam esses estudantes são beneficiados pela 
disponibilização de apoio humano à sua produção científica. Em geral, a 
presença de alunos da graduação nos grupos de pesquisa representa um 
incentivo para esses pesquisadores e o reconhecimento de seu papel de 
orientador. 
 
A Iniciação Científica não deve ser vista como atividade eventual, mas como um 
compromisso da instituição, preferencialmente integrado às suas políticas de 
pesquisa. 
 
 PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 27 
Para a instituição, a Iniciação Científica – ao incluir alunos de graduação no 
processo de formação de pesquisadores – contribui para a qualificação dos seus 
programas de pós-graduação, incentiva a produção científica e enfatiza o 
processo de orientação. 
 
Além disso, a presença de Programas de Iniciação Científica significa maior 
qualificação de seus egressos e, também, dos candidatos ao ingresso nos seus 
cursos. A possibilidade de uma iniciação científica na formação inicial atrai 
aqueles que almejam vir a ser um professor/pesquisador universitário. 
 
Portanto, a Iniciação Científica não é uma atividade esporádica, mas um 
instrumento básico de formação e, por isso, não precisa, necessariamente, 
estar vinculada a uma oferta de bolsa. 
 
Portanto, deve-se enfatizar junto aos estudantes seu significado como atividade 
de formação, o que significa que o aluno pode realizar sua atividade de 
pesquisa sem que lhe seja conferido qualquer auxílio. 
 
Agências de fomento e editais 
As Bolsas de Iniciação Científica – assim como as proporcionadas aos alunos de 
pós-graduação – são um incentivo individual para os alunos que se destacam 
pelos seus resultados de aprendizagem. 
 
As principais agências de fomento – instituições financeiras não bancárias, 
regulamentadas pelo Banco Central do Brasil – que oferecem programas 
institucionais dirigidos aos estudantes de todo país são o Conselho Nacional de 
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Coordenação de 
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). 
 
Muitas ofertas de bolsas – tanto para Iniciação Científica como para outros fins 
– são divulgadas por editais. Um edital é um ato escrito oficial publicado para 
conhecimento geral e, especialmente, para os interessados. Os editais 
 
 PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 28 
relacionados à Iniciação Científica são divulgados nas páginas das agências de 
fomento, mas, em geral, as próprias instituições de ensino superior fazem a 
divulgação dessa e de outras possibilidades para a obtenção de Bolsas de 
Iniciação Científica. 
 
Programas institucionais para o Ensino Superior 
A seguir você verá as principais informações referentes aos programas 
institucionais dirigidos aos estudantes do Ensino Superior que são oferecidos 
pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). 
 
Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica – PIBIC 
Foi o primeiro programa institucional criado para a Iniciação Científica. O 
Programa atende instituições de Ensino e/ou Pesquisa públicas e privadas. As 
cotas de Iniciação Científica são concedidas diretamente às Instituições por 
meio de Chamada Pública de propostas. A seleção dos projetos é feita pelas 
instituições. 
 
O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) visa apoiar a 
política de Iniciação Científica desenvolvida nas Instituições de Ensino e/ou 
Pesquisa, por meio da concessão de bolsas de Iniciação Científica (IC) a 
estudantes de graduação integrados na pesquisa científica. A cota de bolsas de 
(IC) é concedida diretamente às instituições, estas são responsáveis pela 
seleção dos projetos dos pesquisadores orientadores interessados em participar 
do Programa. Os estudantes tornam-se bolsistas a partir da indicação dos 
orientadores. 
 
OBJETIVOS 
 Despertar vocação científica e incentivar novos talentos entre estudantes de 
graduação; 
 Contribuir para reduzir o tempo médio de titulação de mestres e doutores; 
 Contribuir para a formação científica de recursos humanos que se dedicarão a 
qualquer atividade profissional; 
 
 PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 29 
 Estimular uma maior articulação entre a graduação e pós-graduação; 
 Contribuir para a formação de recursos humanos para a pesquisa;  Contribuir 
para reduzir o tempo médio de permanência dos alunos na pósgraduação. 
 Estimular pesquisadores produtivos a envolverem alunos de graduação nas 
atividades científica, tecnológica e artístico-cultural; 
 Proporcionar ao bolsista, orientado por pesquisador qualificado, a 
aprendizagem de técnicas e métodos de pesquisa, bem como estimular o 
desenvolvimento do pensar cientificamente e da criatividade, decorrentes das 
condições criadas pelo confronto direto com os problemas de pesquisa; e 
 Ampliar o acesso e a integração do estudante à cultura científica. 
 
INSTITUIÇÕES 
Requisitos: 
 Instituições públicas; 
 Comunitárias ou privadas; 
 Com ou sem curso de graduação; 
 Que efetivamente desenvolvem pesquisa e possuem infraestrutura para tal 
fim. Condições de participação: a Chamada Pública de propostas para o 
processo de inscrição ocorre no primeiro semestre de cada ano, em geral, entre 
os meses de março e abril e é publicada no item Editais da página do CNPq. 
 
PESQUISADOR 
Requisitos para o orientador: 
 Estar vinculado à instituição de Ensino e/ou Pesquisa que participe do PIBIC; 
 Desenvolver pesquisa científica, e ser, preferencialmente, bolsista de 
Produtividade em Pesquisa do CNPq. Condições de participação: participar em 
processo de seleção realizado em sua instituição de vínculo. Os processos de 
seleção nas instituições ocorrem, em geral, no primeiro semestre de cada ano. 
Esteja atento aos prazos estipulados em sua instituição. 
 
ESTUDANTES 
 Requisitos: cursar graduação; 
 
 PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 30 
 Dedicar-se integralmente às atividades acadêmicas e de pesquisa. 
 
Condições de participação: procure, em sua área de interesse, um pesquisador 
que esteja disposto a integrá-lo em sua pesquisa e a orientá-lo. 
 
Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento 
Tecnológico e Inovação – PIBITI 
É um programa institucional voltado para a Iniciação Tecnológica e de Inovação 
de estudantes de graduação. O Programa concede bolsas de Iniciação Científica 
às instituições que desenvolvem pesquisa em tecnologia e inovação por meio 
de Chamada Pública de propostas. A seleção dos projetos é feita pelas 
instituições. 
 
O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento 
Tecnológico e Inovação (PIBITI) tem por objetivo estimular os jovens do ensino 
superior nas atividades, metodologias, conhecimentos e práticas próprias ao 
desenvolvimento tecnológico e processos de inovação. 
 
OBJETIVOS 
• Contribuir para a formação e inserção de estudantes em atividades de 
pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação; 
• Contribuir para a formação de recursos humanos que se dedicarão ao 
fortalecimento da capacidade inovadora das empresas no País; 
• Contribuir para a formação do cidadão pleno, com condições de participar de 
forma criativa e empreendedora na sua comunidade. INSTITUIÇÕES Requisitos: 
 Instituições de ensino e/ou pesquisa (públicas, privadas, confessionais e 
(comunitárias); 
 Que atuam na área tecnológica e de inovação; 
 Que mantêm comprovada interação com empresas e/ou com a comunidade; 
 Cujos bolsistas participem de projetos vinculados a empresas e/ou 
organizações. Condições de participação: a Chamada Pública de propostaspara 
o processo de inscrição ocorre no primeiro semestre de cada ano, em geral, 
 
 PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 31 
entre os meses de março e abril e é publicada no item Editais da página do 
CNPq. 
 
PESQUISADOR 
Requisitos para o orientador: 
 Estar vinculado à instituição de Ensino e/ou Pesquisa que participe do PIBITI; 
 Desenvolver pesquisa científica, e ser, preferencialmente, bolsista de 
Produtividade em Pesquisa do CNPq. 
 
Condições de participação: participar em processo de seleção realizado em sua 
instituição de vínculo. Os processos de seleção nas instituições ocorrem, em 
geral, no primeiro semestre de cada ano. Esteja atento aos prazos estipulados 
em sua instituição. 
 
ESTUDANTES 
 Requisitos: 
 Cursar graduação; 
 Dedicar-se integralmente às atividades acadêmicas e de pesquisa. 
 
Condições de participação: procure, em sua área de interesse, um pesquisador 
que esteja disposto a integrá-lo em sua pesquisa e a orientá-lo. 
 
Programa Institucional de Iniciação Científica - PIBIC-Af 
O PIBIC-Af é o programa institucional de Iniciação Científica nas Ações 
Afirmativas, resultado de uma parceria entre CNPq e SEPPIR. O Programa 
concede bolsas de IC diretamente para as Instituições Públicas, participantes do 
PIBIC e que tenham implementado ações afirmativas para o ingresso no Ensino 
Superior. Somente poderão ser indicados os estudantes que sejam beneficiários 
de ações afirmativas. A seleção dos projetos é feita pelas instituições. 
 
 
 
 PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 32 
O Programa Institucional de Iniciação Científica – PIBIC nas Ações Afirmativas – 
PIBIC – Af é dirigido às universidades públicas que são beneficiárias de cotas 
PIBIC e que têm programa de ações afirmativas. Trata-se de um programa 
piloto que prevê a distribuição de bolsas de Iniciação Científica (IC) às 
instituições que preencham esses requisitos e se interessem em participar do 
programa. 
 
JUSTIFICATIVA 
A construção de políticas de Ações Afirmativas é um compromisso firmado pelo 
Governo Federal. Seu objetivo é ampliar a participação de grupos sociais em 
espaços tradicionalmente por eles não ocupados, quer seja em razão de 
discriminação direta, quer seja por resultado de um processo histórico a ser 
corrigido. 
 
O PIBIC nas Ações Afirmativas é um programa que tem como missão 
complementar as ações afirmativas já existentes nas universidades. Seu 
objetivo é oferecer aos alunos beneficiários dessas políticas a possibilidade de 
participação em atividades acadêmicas de iniciação científica. 
 
Este Programa está inserido no PIBIC e é resultado de uma parceria entre 
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Ministério da 
Ciência e Tecnologia – CNPq / MCTI e a Subsecretaria de Políticas de Ações 
Afirmativas da Secretaria de Políticas de Promoção de Igualdade Racial – 
SUBPAA / SEPPIR-PR. 
 
OBJETIVOS 
• Ampliar a oportunidade de formação técnico-científica de estudantes, cuja 
inserção no ambiente acadêmico se deu por uma ação afirmativa para ingresso 
no Ensino Superior; 
• Contribuir para a formação científica de recursos humanos entre os 
beneficiários de políticas de ações afirmativas de qualquer atividade 
profissional; 
 
 PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 33 
• Ampliar o acesso e a integração dos estudantes beneficiários de políticas de 
ações afirmativas à cultura científica; 
• Fortalecer a política de ação afirmativa existente nas instituições. 
 
INSTITUIÇÕES 
Requisitos para as Instituições: 
• Já participar do PIBIC e/ou do PIBITI; 
• Ter uma política de Ações Afirmativas implementadas voltadas para o 
ingresso de estudantes pertencentes a grupos tradicionalmente excluídos do 
espaço acadêmico na graduação; 
• Ser de natureza pública, e ter uma política de iniciação científica. 
 
Condições de participação: a Chamada Pública de propostas para o processo de 
inscrição ocorre no primeiro semestre de cada ano, em geral, entre os meses 
de março e abril. A Chamada é publicada no item Editais da página do CNPq. 
 
PESQUISADORES 
Requisitos para o orientador: 
• Estar vinculado à instituição de ensino e/ou pesquisa que participe do PIBIC – 
Af; 
• Desenvolver pesquisa científica; 
• Ser preferencialmente bolsista de Produtividade em Pesquisa do cnpq. 
 
Condições de participação: participar do processo de seleção realizado em sua 
instituição de vínculo. Os processos de seleção nas instituições ocorrem, em 
geral, 3 no primeiro semestre de cada ano. Esteja atento aos prazos estipulados 
em sua instituição. 
 
ESTUDANTES 
Requisitos para o estudante: 
• Cursar graduação; 
• Dedicar-se integralmente às atividades acadêmicas e de pesquisa; 
 
 PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 34 
• Ter sido beneficiário de política de ação afirmativa para ingresso no ensino 
superior. 
 
Condições de participação: procure, em sua área de interesse, um pesquisador 
que esteja disposto a integrá-lo em sua pesquisa e a orientá-lo. 
 
Outras agências de fomento 
Com abrangência nacional deve ser considerada a Coordenação de 
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). As bolsas de 
Iniciação Científica oferecidas pela CAPES inserem-se no Programa Especial 
de Treinamento (PET), um programa institucional. Podem ser implantados 
em qualquer área do conhecimento, devendo estar vinculado a um pesquisador 
qualificado. 
 
Existem ainda fundações, instituições de fomento à pesquisa científica que 
atendem especificamente aos estados do país. 
Verifique as em cada estado. 
 
FAPAC – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Acre. 
FAPEAL – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas. 
FAPEAP – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amapá. 
FAPEAM – Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Amazonas. 
FAPESB – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia. 
FUNCAP – Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e 
Tecnológico. 
FAPDF – Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal. 
FAPES – Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo. 
FAPEG – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás. 
FAPEMA – Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e 
Tecnológico do Maranhão. 
 
 PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 35 
FAPEMAT – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso. 
FUNDECT – Fundação de Apoio e de Desenvolvimento do Ensino, Ciência e 
Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul. 
FAPEMIG – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais. 
FAPESPA – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará. 
FAPESQ – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Paraíba. 
FUNDAÇÃO ARAUCÁRIA – Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico 
do Paraná. 
FACEPE – Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de 
Pernambuco. 
FAPEPI – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí. 
FAPERJ – Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do 
Rio de Janeiro. 
FAPERN – Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Norte. 
FAPERGS – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul 2. 
FAPERO – Fundação de Amparo ao Desenvolvimento das Ações Científicas e 
Tecnológicas e a Pesquisa do Estado de Rondônia. 
FAPESC – Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa 
Catarina. 
FAPESP – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo. 
FAPITEC – Fundação de Amparo à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do 
Estado de Sergipe. 
FAPT – Fundação de Amparo à Pesquisa do Tocantins. 
 
Atividade proposta 
Vamos fazer uma atividade! Responda às perguntas a seguir. 
 
1. Consulte o texto e os sites indicados na aula e esquematize os principais 
pontos relacionados à relevância da Iniciação Científica para: 
• O estudante de graduação; 
• O orientador; 
• A instituição;PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 36 
Chave de resposta 1 
Citar pelo menos dois pontos para cada item. 
Estudante de graduação 
• Aprendizagem de técnicas e métodos científicos; 
• Formação do pensamento científico; 
• Desenvolvimento da criatividade; 
• Refinamento do estudo teórico; 
• Aprimoramento; 
• Desenvolvimento da mentalidade científica; 
• Prática de pesquisa. 
 
O orientador 
• Disponibilização de apoio humano à sua produção científica; 
• Incentivo; 
• Reconhecimento de seu papel de Orientador; 
 
A instituição 
• Contribui para a qualificação dos programas de pós-graduação; 
• Incentiva a produção científica; 
• Enfatiza o processo de orientação. 
 
2. Estruture um quadro comparativo entre as bolsas oferecidas pelo CNPq para 
a Iniciação Científica. 
 
Chave de resposta 2 
No quadro resposta devem constar justificativas, objetivos, instituições, 
pesquisadores e estudantes dos seguintes programas: 
• Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica – PIBIC; 
• Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico 
e Inovação – PIBITI; 
• Programa Institucional de Iniciação Científica - PIBIC-Af. 
 
 
 PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 37 
Aprenda Mais 
 
 
Material complementar 
 
Para saber mais sobre os assuntos estudados nesta aula, leia o 
texto Iniciação científica: recursos, conhecimento e habilidades, 
de autoria de Aldemar Araujo Castro, disponível em nossa 
biblioteca virtual. 
 
 
Referências 
BIANCHETTI, L.; SILVA, E. L.; OLIVEIRA A. Iniciação à pesquisa no Brasil: 
políticas de formação de jovens pesquisadores. IX ANPED Sul Seminário 
de Pesquisa em Educação da Região Sul, 2002. Disponível em 
http://www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/anpedsul/9anpedsul/paper/viewF
ile/633/727. 
 
CALAZANS, J. (Org.). Iniciação Científica: construindo o pensamento crítico. 
2.ed. São Paulo: Cortez, 2002. 
 
MARCUSCHI, L. A. Avaliação do Programa Institucional de Bolsas de 
Iniciação Científica (PIBIC) do CNPq e Propostas de Ação. Relatório. 
Recife: URPE, 1996. 
 
Exercícios de fixação 
 
Questão 1 
A iniciação científica deve: 
a) Ser uma atividade eventual. 
b) Depender da oferta de bolsas. 
c) Evitar discussões políticas. 
 
 PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 38 
d) Ser um instrumento básico de formação. 
 
Questão 2 
Os orientadores de estudantes que participam de Iniciação Científica são 
beneficiados por: 
a) Recebimento de incentivo financeiro para seu próprio uso. 
b) Disponibilização de apoio humano à produção científica. 
c) Desenvolvimento de mentalidade científica. 
d) Qualificação relevante de sua própria criatividade. 
 
Questão 3 
Em relação à Iniciação Científica, assinale com V, se verdadeiro, ou com F, se 
falso: 
( ) O processo de formação de pesquisadores favorece a qualificação dos 
programas de pós-graduação. 
( ) A concessão de bolsas é obrigatória para .que o estudante participe de grupos 
de pesquisa. 
( ) A presença de formação inicial em pesquisa beneficia apenas a instituição. 
 
Questão 4 
Para a instituição, a inclusão de alunos de graduação no processo de formação 
de pesquisadores significa. 
a) Compensação financeira. 
b) Verticalização na formação. 
c) Qualificação de seus egressos. 
d) Oferecimento de bolsas. 
 
Questão 5 
No que se refere às contribuições da participação na Iniciação Científica (IC), 
assinale com V, se verdadeiro, ou com F, se falso: 
( ) A verticalização da formação é altamente relevante e deve ser incentivada 
desde o início da graduação. 
 
 PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 39 
( ) A familiarização com estudos teóricos e a visão de metodologias de pesquisa 
são importantes para o aluno da graduação. 
( ) O confronto direto com problemas de pesquisa durante a graduação favorece 
para evidenciar a relação teoria prática. 
 
Questão 6 
As Bolsas de Iniciação Científica são um incentivo: 
a) Coletivo para os alunos que estudam nas instituições de ensino superior mais 
bem avaliadas. 
b) Individual para alunos que se destacam pelos seus resultados de 
aprendizagem. 
c) Institucional para as instituições que se destacam pelos resultados de 
aprendizagem de seus alunos. 
d) Particular para casos em que o aluno necessita de apoio financeiro para 
prosseguir em seus estudos. 
 
Questão 7 
Um edital é um ato escrito: 
a) Oficial publicado para conhecimento interno. 
b) Particular publicado para conhecimento interno. 
c) Oficial publicado para conhecimento geral. 
d) Particular publicado para conhecimento geral. 
 
Questão 8 
Relacione as colunas, considerando a oferta de bolsas de Iniciação Científica: 
1. Apoia a política 
de Iniciação 
Científica 
desenvolvida nas 
Instituições de 
Ensino e/ou 
Pesquisa. 
 ( ) Programa Especial de Treinamento (PET). 
 
 PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 40 
2. Volta-se para a 
Iniciação 
Tecnológica e de 
Inovação de 
estudantes de 
graduação. 
 ( ) Programa Institucional de Bolsas de Iniciação 
em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação 
PIBI3. Insere-se, com apoio da CAPES, que 
em qualquer área do conhecimento. TI( 
).Programa Institucional de Bolsas de Iniciação 
Científica nas Ações Afirmativas (PIBIC – Af). 
4. Dirigido para as 
Instituições 
Públicas, dele 
somente participam 
estudantes 
beneficiários de 
ações afirmativas. 
 ( ) Programa Institucional de Bolsas de Iniciação 
Científica (PIBIC). 
 
 
Questão 9 
A Fundação de Amparo à Pesquisa de um estado atende: 
a) Aos estados vizinhos, além do seu próprio. 
b) Aos estados mais necessitados, além do seu próprio. 
c) Apenas às principais cidades de seu estado 
d) Especificamente ao seu estado. 
 
Questão 10 
O PIBIC, programa institucional voltado à iniciação científica de estudantes de 
graduação atende Instituições de Ensino e/ou Pesquisa: 
a) Públicas, exclusivamente. 
b) Privadas, exclusivamente. 
c) Comunitárias, exclusivamente. 
d) Públicas e privadas. 
 
 
 
 PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 41 
Aula 2 
Exercícios de fixação 
Questão 1 - D 
Justificativa: A Iniciação Científica é uma atividade de formação, devendo ser 
um compromisso da instituição, não uma atividade esporádica. Portanto, 
independe de bolsa. 
 
Questão 2 - B 
Justificativa: Os pesquisadores que orientam esses estudantes não recebem 
incentivo financeiro para isso, eles são beneficiados pela disponibilização de 
apoio humano à sua produção científica. O desenvolvimento de mentalidade 
científica e da criatividade é diretamente relevante para os alunos. 
 
Questão 3 - V, F, F 
Justificativa: A primeira afirmativa é verdadeira porque, de fato, a qualificação 
dos programas de Pós-graduação é favorecida pela presença de Iniciação 
Científica, pelo incentivo à produção científica e pela valorização do processo de 
orientação. A segunda afirmativa é falsa porque a participação em grupos de 
pesquisa é uma atividade de formação, portanto independe da oferta de bolsa. 
A terceira alternativa é falsa porque, além da instituição, os principais 
beneficiados são o pesquisador responsável pela orientação e o próprio o aluno 
participante da pesquisa. 
 
Questão 4 - C 
Justificativa: Além de desenvolverem a prática de pesquisa, os alunos que 
participam da formação em pesquisa, ampliam seus conhecimentos teóricos, o 
que contribui para as futuras atividades profissionais. 
 
 
 
 
 PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 42 
Questão 5 - F, V, V 
Justificativa: A primeira afirmativa é falsa porque a IC não significa uma 
especialização, mas uma oportunidade de complementação da formação. A 
segunda afirmativa é verdadeira porque a IC contribui para que os alunos da 
graduação familiarizem-se com a prática de estudos teóricos e com 
metodologias de pesquisa. A terceira afirmativa é verdadeiraporque a IC 
permite que a utilização de técnicas e teorias aprendidas em sala de aula e 
evidencia a relação teoria-prática. 
 
Questão 6 - B 
Justificativa: As Bolsas de Iniciação Científica – assim como as proporcionadas 
aos alunos de pós-graduação – são um incentivo individual para os alunos que 
se destacam pelos seus resultados de aprendizagem. 
 
Questão 7 - C 
Justificativa: Um edital é um ato escrito oficial publicado para conhecimento 
geral e, especialmente, para os interessados. 
 
Questão 8 - C, B, D, A 
Justificativa: As bolsas de Iniciação Científica oferecidas pela CAPES inserem-se 
no Programa Especial de Treinamento (PET), que pode ser implantado em 
qualquer área do conhecimento. O Programa Institucional de Bolsas de 
Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI) é um programa 
institucional voltado para a Iniciação Tecnológica e de Inovação de estudantes 
de graduação. O Programa concede bolsas de Iniciação Científica às instituições 
que desenvolvem pesquisa em tecnologia e inovação por meio de Chamada 
Pública de propostas. O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica 
nas Ações Afirmativa (PIBIC – Af) concede bolsas para estudantes que sejam 
beneficiários de ações afirmativas. O Programa Institucional de Bolsas de 
Iniciação Científica (PIBIC) concede de bolsas de Iniciação Científica (IC) a 
estudantes de graduação integrados na pesquisa científica. 
 
 
 PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 43 
Questão 9 - D 
Justificativa: As Fundações de Amparo à Pesquisa são instituições de fomento à 
pesquisa científica que atendem especificamente a seu próprio estado. 
 
Questão 10 - B 
Justificativa: O PIBIC, primeiro programa institucional criado para a Iniciação 
Científica, atende Instituições de Ensino e/ou Pesquisa públicas e privadas. 
 
 
 PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 44 
Introdução 
Em nossa terceira aula, além da apresentação de algumas noções básicas de 
gestão de conhecimento, serão abordadas algumas possibilidades para o 
registro, armazenamento e compartilhamento da informação. 
 
Objetivo: 
1. Relacionar gestão de conhecimento e organização de informações; 
2. Relatar possibilidades de registro, armazenamento e compartilhamento da 
informação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 45 
Conteúdo 
 
Organização das informações 
Conforme apresentado na Aula 1, em uma concepção ampliada, o 
conhecimento é um conjunto de informações adquiridas por um grupo. Nessa 
perspectiva, compartilhar o conhecimento pode ser entendido como expandir o 
acesso a essas informações, o que implica na organização de informações. 
A maior parte da literatura que trata de gestão de conhecimento refere-se 
diretamente à educação corporativa, ou seja, a um conjunto de estratégias que 
as empresas estabelecem com o objetivo de potencializar o capital humano da 
organização e, consequentemente, obterem alguma vantagem competitiva 
(FIALHO; MACEDO; SANTOS; MITIDIERI, 2006). 
 
Conhecimento 
 
Informação 
Entretanto, por estarem relacionados ao processo ensino-aprendizagem, 
conceitos e questões da gestão de conhecimento estão, do mesmo modo, 
presentes em outros cenários educacionais. 
 
Para melhor compreensão do que seja gestão de conhecimento e 
organização de informações, é importante rever o que se entende por 
conhecimento e por informação. 
 
O conhecimento é uma reunião de informações, com base em contextos 
culturais e pessoais, ou seja, no conhecimento prévio de cada pessoa. Portanto, 
não pode ser formalmente compartilhado. Entretanto seu significado pode ser 
ampliado e utilizado de modo coletivo, tendo como referência um grupo 
específico. 
 
 
 PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 46 
A informação é um registro de um conjunto de dados ou da interpretação de 
dados vinculados a um contexto, podendo ser copartilhada sob diversas formas 
– oral, escrita, audiovisual – tanto de modo analógico quanto digital. 
 
Gestão do conhecimento 
A gestão do conhecimento é um conjunto de estratégias estabelecidas para 
a criação, aquisição e compartilhamento de informações. Portanto, ela requer a 
organização de informações. 
 
A organização da informação precisa atender a diferentes objetivos, tais como: 
facilitar o acesso e o aprimoramento da recuperação, visualização e localização, 
seja a de um objeto ou de um documento, seja físico ou virtual (GARRIDO, 
2011). Portanto, a organização da informação envolve tanto a descrição física 
de um objeto informacional quanto a de seu conteúdo (BRÄSCHER; 
CAFÉ,2010). 
 
Um exemplo para a organização de informações é a indexação com o uso de 
tags (etiquetas) que servem como descritores que facilitam a pesquisa, a 
localização e o acesso a fontes de informação tais como textos, livros, 
relatórios, de artigos, anais de congressos, entre outros. 
 
"A OI [organização de informações] compreende, também, a organização de 
um conjunto de objetos informacionais para arranjá-los sistematicamente em 
coleções, neste caso, temos a organização da informação em bibliotecas, 
museus, arquivos, tanto tradicionais quanto eletrônicos. A organização do 
conhecimento, por sua vez, visa à construção de modelos de mundo que se 
constituem em abstrações da realidade". (BRASCHER; CAFÉ, 2008, p. 6, grifo 
nosso) 
 
A gestão de conhecimento é importante para a implantação de uma cultura de 
valorização do estudo e da atualização permanentes, para o estímulo da 
inovação, e, também, para a construção de cenários prospectivos. 
 
 PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 47 
"Estudos prospectivos, estudos do futuro e construção de cenários são algumas 
das abordagens e ferramentas mais utilizadas pelas organização para antever e 
projetar a realidade de longo prazo. 
 
Os estudos sobre o futuro ou estudos prospectivos constituem um campo da 
atividade intelectual e política relacionado a todos os setores da vida social, 
econômica, política e cultural. (THIESEN, 2011, p. 17”.)”. 
 
A organização adequada e sistemática das informações permite à gestão do 
conhecimento contribuir para previsões de tendências e eventos futuros, 
fornecendo elementos para subsidiar julgamentos e a tomada de decisão. 
 
Conhecimento tácito e conhecimento explícito 
A gestão do conhecimento relaciona-se ao conhecimento explícito e ao 
conhecimento tácito. Portanto, para que se compreenda a gestão do 
conhecimento é fundamental distinguir conhecimento tácito e conhecimento 
explícito. 
 
Conhecimento tácito 
Tácito: do latim tacitus. Significa "que cala, silencioso". 
 
O conhecimento tácito é subjetivo, decorre da prática, de erros e acertos, ou 
seja, é adquirido ao longo da vida, estando incorporado à experiência pessoal. 
Com frequência não se tem consciência desse conhecimento, o que dificulta 
ainda mais elaboração e compartilhamento. Por ser muito específico, 
dificilmente pode ser verbalizado, o que torna complexa a sua transmissão 
formal. Aplica-se ao que é subentendido ou implícito, ao que não se pode ou ao 
que dificilmente se consegue expressar por palavras. 
 
O exemplo clássico do conhecimento tácito é “andar de bicicleta”. 
 
 
 
 PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 48 
Conhecimento explícito 
Explícito: do latim explicitus, particípio passado de explicáre. Significa 
"explicado, declarado”, compartilhado. 
 
O conhecimento explícito é objetivo, pode ser expresso – de forma oral ou 
escrita – com palavras, números, fórmulas, diagramas, desenhos, o que 
permite que seja teoricamente organizado. Portanto, aplica-se ao que pode ser 
documentado, armazenado e distribuído em diversos suportes, de modo 
analógico ou digital, possibilitando uma transmissão de amplo alcance. 
 
Conhecimento explícito 
É o conhecimento da racionalidade,envolve o conhecimento de fatos e é 
adquirido principalmente pela informação. Pode ser articulado na linguagem 
formal e sistemática, em afirmações gramaticais, expressões matemáticas, 
especificações, manuais etc". 
 
(...) "É processado, armazenado e transmitido eletrocnicamente de forma 
rápida. O conhecimento explícito é mais facilmente adquirido e transferido do 
que o tácito, pois é obtido principalmente pela educação formal." (FIALHO et 
al., 2006, p.76-77) 
 
O exemplo clássico de conhecimento explícito é o cálculo da velocidade de um 
corpo dada a distância percorrida e o tempo de percurso: V = D/T. 
 
Metáfora do iceberg 
O conhecimento tácito e o conhecimento explícito se completam. Por ser mais 
evidente, o conhecimento explícito é comparado à ponta de um iceberg, 
enquanto que o conhecimento tácito, mais próprio do indivíduo é relacionado à 
parte não visível de um iceberg, por ser menor a sua visibilidade e mais difícil a 
avaliação de sua magnitude. 
 
 
 PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 49 
Atividade proposta 
Relacione gestão de conhecimento e organização de informações. 
 
Chave de resposta: A gestão do conhecimento requer uma organização das 
informações, pois depende disso não apenas para o compartilhamento e 
localização de informações, mas também para que seja possível a criação e a 
aquisição de informações. 
 
Atividade proposta 
Após décadas de trabalho, um professor de matemática comunica à 
coordenação da escola que irá se aposentar definitivamente. Reconhecido por 
seu domínio de conteúdo, manejo de classe, organização na 
apresentação das aulas e manutenção de um clima cordial de suas 
aulas, a coordenação solicita que ele organize algumas palestras para 
compartilhar seus conhecimentos junto aos demais professores da escola. 
Classifique os citados conhecimentos desse professor, justificando sua resposta. 
 
Chave de resposta: Conhecimento tácito: 
Manejo de classe; 
Manutenção de um clima cordial de suas aulas. 
A justificativa deve necessariamente incluir seu caráter subjetivo (não se tem 
conhecimento) e sua incorporação à experiência pessoal (prática/erros e 
acertos). Outros elementos podem constar da resposta. 
 
Conhecimento explícito: 
Domínio de conteúdo; 
Organização na apresentação das aulas. 
A justificativa deve ser necessariamente sua objetividade, possiblidade de 
registro (expressão). Outros elementos podem constar da resposta. 
 
 
 PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 50 
Registro, armazenamento e compartilhamento da informação 
Se conservado no âmbito individual, o conhecimento não contribuirá para o 
desenvolvimento do campo em que se insere. Se o conhecimento individual não 
for mobilizado, informações não serão compartilhadas e muitas possibilidades 
de avanço e inovação nas Ciências ficarão perdidas. 
 
O compartilhamento de informações gera a interação do conhecimento – tanto 
o tácito quanto o explícito – em um processo conhecido como conversão do 
conhecimento. 
 
Dentre a literatura que aborda a gestão do conhecimento, uma das teorias mais 
consolidadas é a Teoria da Criação do Conhecimento, concebida por 
Nonaka. (NONAKA; TAKEUCHI, 1997) 
 
Teoria da Criação do Conhecimento 
A Teoria da Criação do Conhecimento apresenta quatro padrões básicos de 
conversão de conhecimento relacionados à compreensão do conhecimento 
tácito e do conhecimento explícito. Esses padrões representam possibilidades 
consideradas pelos pesquisadores durante suas atividades científicas. 
 
As quatro possibilidades de conversão do conhecimento – socialização, 
externalização, combinação e internalização – interagem constantemente, como 
você verá a seguir. 
 
Conversão do conhecimento 
Observe cada possibilidade, considerando a legenda: 
 
1. Socialização 
Conversão do conhecimento tácito em conhecimento tácito. 
 
Refere-se ao Conhecimento Compartilhado. 
 
 
 PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 51 
O processo de socialização é o da transmissão do conhecimento tácito de 
uma pessoa para outra, pelo compartilhamento de experiência, pela interação 
direta. A socialização é primariamente um processo entre os indivíduos. 
 
2. Externalização 
Conversão do conhecimento tácito em conhecimento explícito por meio de 
ações que envolvem o diálogo com vistas ao compartilhamento de experiências 
e decorrentes reflexões. 
 
Refere-se ao Conhecimento Conceitual. 
 
A passagem do conhecimento tácito para o explícito dá-se pelo processo de 
externalização, no qual o diálogo – por permitir um feedback imediato – tem 
um papel fundamental. Esse processo ocorre entre os indivíduos de um grupo. 
 
3. Combinação 
Processo de conversão do conhecimento explícito em conhecimento explícito. 
 
Refere-se ao Conhecimento Sistêmico. 
 
A combinação consiste na articulação de um conhecimento existente de modo 
que gere novos conhecimentos, não significando, necessariamente, a ampliação 
do conhecimento. É nesse processo que o papel da tecnologia da informação e 
comunicação é reconhecidamente relevante, pois o conhecimento explícito pode 
ser registrado e compartilhado por meio de documentos, e-mails, bases de 
dados, entre outras possibilidades. 
 
4. Internalização 
Incorporação do conhecimento explícito em conhecimento tácito. Ao internalizar 
o novo, gera-se conhecimento operacional. 
 
Refere-se ao conhecimento operacional. 
 
 PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 52 
A internalização é o processo de compreensão e assimilação de 
conhecimento explícito para o tácito. É um processo individual no qual tanto as 
experiências diretas quanto as simuladas são de grande importância, podendo 
contar com o apoio de tecnologias da informação e comunicação. Dá-se 
especialmente pela verbalização e pelo “aprender fazendo”. Pela tendência 
de se buscar causas e relacionar fatos, gera modelos mentais estabelecidos 
pelo entendimento pessoal que é dado a acontecimentos e comportamentos. 
 
Ciclo da Informação e do Conhecimento 
A transmissão da informação e a construção do conhecimento podem 
dar-se de diferentes formas em um contínuo movimento em sentido horário 
que amplia-se para níveis cada vez mais profundos. 
 
Para uma melhor compreensão desse conjunto de informações foi elaborado 
um esquema que representa o Ciclo da Informação e do Conhecimento. 
Portanto, a organização da informação é fundamental para o que é 
denominado por gestão do conhecimento.Para isso, a organização das 
informações deve considerar fluxos que garantam o tempo e formato 
adequados ao formato como serão disponibilizadas. 
 
Atividade proposta 
Considerando a Teoria da Criação do Conhecimento, sintetize, com até 20 
palavras, a ideia de: socialização - externalização - combinação - internalização. 
 
Chave de resposta: 
 
Socialização 
Conversão do conhecimento tácito em conhecimento tácito. Trata-se de um 
processo entre os indivíduos. Refere-se ao Conhecimento Compartilhado. 
 
 
 
 
 PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 53 
Externalização 
Conversão do conhecimento tácito em conhecimento explícito por meio de 
ações que envolvem o diálogo com vistas ao compartilhamento de experiências 
e decorrentes reflexões. Refere-se ao Conhecimento Conceitual. 
 
Combinação 
Processo de conversão do conhecimento explícito em conhecimento explícito. 
Refere-se ao Conhecimento Sistêmico. 
 
Internalização 
Incorporação do conhecimento explícito em conhecimento tácito. Ao internalizar 
o novo, gera-se conhecimento operacional. Refere-se ao Conhecimento 
Operacional. 
 
Atividade proposta 
Relacione cada situação apresentada com a possibilidade de conversão do 
conhecimento com que mais se aproxima: 
a) Dois cirurgiões atuam simultaneamente em uma cirurgia de alto risco. 
b) Prestes a se aposentar, um experiente chefe de laboratório apresenta a 
rotina de trabalho

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