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PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 1 Apresentação ............................................................................................................................ 3 Aula 1: Projeto interdisciplinar ............................................................................................ 4 Introdução ............................................................................................................................. 4 Conteúdo ................................................................................................................................ 5 Conhecimento interdisciplinar ....................................................................................... 5 Informação e conhecimento .......................................................................................... 6 Interdisciplinaridade .......................................................................................................... 8 Postura interdisciplinar ..................................................................................................... 9 Educação interdisciplinar ............................................................................................... 10 Projeto interdisciplinar .................................................................................................... 10 Atividade proposta .......................................................................................................... 13 Referências........................................................................................................................... 14 Exercícios de fixação ......................................................................................................... 16 Chaves de resposta ..................................................................................................................... 19 Aula 2: Projetos de IC e editais de pesquisa ................................................................... 23 Introdução ........................................................................................................................... 23 Conteúdo .............................................................................................................................. 24 Apoio à pesquisa .............................................................................................................. 24 Iniciação Científica .......................................................................................................... 24 Agências de fomento e editais ...................................................................................... 27 Programas institucionais para o Ensino Superior ...................................................... 28 Outras agências de fomento ......................................................................................... 34 Atividade proposta .......................................................................................................... 35 Aprenda Mais ....................................................................................................................... 37 Referências........................................................................................................................... 37 Exercícios de fixação ......................................................................................................... 37 Chaves de resposta ..................................................................................................................... 41 Aula 5: Gestão do conhecimento e da informação ...................................................... 44 Introdução ........................................................................................................................... 44 Conteúdo .............................................................................................................................. 45 Organização das informações ...................................................................................... 45 Gestão do conhecimento .............................................................................................. 46 Conhecimento tácito e conhecimento explícito ...................................................... 47 PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 2 Metáfora do iceberg ........................................................................................................ 48 Atividade proposta .......................................................................................................... 49 Atividade proposta .......................................................................................................... 49 Registro, armazenamento e compartilhamento da informação ............................ 50 Teoria da Criação do Conhecimento .......................................................................... 50 Conversão do conhecimento ....................................................................................... 50 Ciclo da Informação e do Conhecimento .................................................................. 52 Atividade proposta .......................................................................................................... 52 Atividade proposta .......................................................................................................... 53 Aprenda Mais ....................................................................................................................... 54 Referências........................................................................................................................... 55 Exercícios de fixação ......................................................................................................... 55 Notas ........................................................................................................................................... 60 Chaves de resposta ..................................................................................................................... 60 Aula 6: Meios de divulgação de pesquisa ........................................................................ 63 Introdução ........................................................................................................................... 63 Conteúdo .............................................................................................................................. 64 Difusão da informação ................................................................................................... 64 Os destinatários dos resultados de pesquisa.............................................................. 64 Divulgação junto à comunidade científica ................................................................. 65 Divulgação junto ao público leigo ............................................................................... 66 Atividade proposta .......................................................................................................... 67 Meios de divulgação ....................................................................................................... 68 A responsabilidade social do pesquisador .................................................................. 69 Atividade proposta .......................................................................................................... 70 Atividade proposta .......................................................................................................... 71 Aprenda Mais ....................................................................................................................... 71 Referências........................................................................................................................... 72 Exercícios de fixação .........................................................................................................73 Chaves de resposta ..................................................................................................................... 77 Conteudista ............................................................................................................................. 81 PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 3 Esta disciplina oferece noções básicas para o direcionamento de um projeto de trabalho para o Ensino Superior, destacando o conceito de interdisciplinaridade. Além disso, ressaltamos a relevância da Iniciação Científica (IC) para a formação do pesquisador e do papel das agências de fomento para o desenvolvimento da ciência. Por fim, abordamos a organização das informações, apresentando possibilidades que favorecem a gestão do conhecimento e o compartilhamento de informação. Sendo assim, esta disciplina tem como objetivos: 1. Identificar o significado de um projeto interdisciplinar no Ensino Superior, o percurso da metodologia científica e a construção de seus aspectos formais; 2. Reconhecer a importância da IC e o papel das agências de fomento, bem como os fundamentos, os métodos e os tipos de pesquisa da/na produção do conhecimento científico; 3. Organizar informações para fins de compartilhamento e de gestão do conhecimento; 4. Selecionar meios para a divulgação de resultados de pesquisa. PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 4 Introdução Em nossa primeira aula discutiremos o que é interdisciplinaridade e sua relevância Trataremos também da necessária postura interdisciplinar. Além disso, examinaremos o que caracteriza um projeto interdisciplinar, quais as principais dificuldades para construí-lo e o seu significado para o Ensino Superior. Objetivo: 1. Discutir o que é interdisciplinaridade e sua relevância; 2. Reconhecer a relevância de um projeto interdisciplinar para o Ensino Superior. PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 5 Conteúdo Conhecimento interdisciplinar Na sociedade cresce a demanda pela produção do conhecimento interdisciplinar sendo, portanto, fundamental refletir sobre a relevância e o papel da interdisciplinaridade no processo ensino-aprendizagem no Ensino Superior. A universidade não pode oferecer apenas uma formação especializada, deve preparar seus estudantes para uma atualização constante. A cada dia são disponibilizadas novas informações, oriundas das pesquisas mais recentes. É fundamental que cada professor contribua para a formação de um profissional comprometido, capaz de planejar suas ações. Para isso, é preciso estar atento para que os estudantes desenvolvam habilidades e competências que lhes permitam manter-se atualizados e preparados para um diálogo com profissionais das mais diferentes áreas. Segundo Morin (2009), “o problema do conhecimento é um desafio porque só podemos conhecer, como dizia Pascal, as partes se conhecermos o todo em que se situam, e só podemos conhecer o todo se conhecermos as partes que o compõem”. Antes disso, ainda como estudante, a visão global contribui para o processo ensino-aprendizagem – quando os professores atuam considerando que o mundo não é fragmentado e, portanto, o pensar-refletir não pode estar limitado a uma única disciplina –, de modo que cada um seja sujeito de sua aprendizagem. Para tal, a formação deve se valer de conteúdos interdisciplinares e contextualizados. Nesse cenário, é preciso considerar as possiblidades que as redes digitais permitem a distribuição das informações e ao disponibilizá-las por PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 6 diferentes formas de acesso não raro, favorecem a prática da interdisciplinaridade. Atenção Não raro as definições de interdisciplinaridade e a de transdisciplinaridade são confundidas, sendo consentido o uso dos dois termos como sinônimos, por ser entendido que a teoria sobressai à nomenclatura. Nesse texto optei pelo entendimento e uso amplo do termo interdisciplinaridade. No meio acadêmico são reconhecidas: • A discussão sobre fragmentação do currículo; • A segmentação das teorias; • A compartimentalização do saber. Contudo, debates e ações para reverter esse quadro são raros e poucas vezes profícuos. Mantém-se, portanto, o isolamento das disciplinas e o hiato existente entre o ensino unidimensional limitado a um saber disciplinar e a prática em uma realidade multidimensional. Essa perspectiva requer novas formas de organização do currículo, das disciplinas e das aulas, sendo importante oferecer a cada estudante – a partir de questões levantadas individual e coletivamente – a possibilidade de planejar, levantar hipóteses e buscar soluções. Informação e conhecimento Você sabe o que é informação? E conhecimento? Veja a diferença entre os dois: PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 7 Informação É o registro de uma organização ou a interpretação de dados vinculados a um contexto. Pode ser distribuída sob diversas formas – oral, escrita, audiovisual – de modo analógico ou digital. Conhecimento É a reunião de informações uma aquisição pessoal fundamentada em contextos culturais e pessoais e no conhecimento prévio de cada um. Portanto, não pode ser formalmente compartilhado. Genericamente, seu significado é ampliado sendo utilizado como um conhecimento coletivo alcançado por um grupo específico como, por exemplo, por uma organização ou, ainda, pela humanidade. O conhecimento não é tangível e, portanto, não pode ser diretamente compartilhado com outras pessoas. Entretanto, é possível registrá-lo como informação e, desse modo, partilhá-lo. De acordo com Pedrosa (2010), “buscar corretamente a informação é extremamente importante. A construção do conhecimento gerado através da busca e da pesquisa é extremamente eficaz e satisfatória para o indivíduo. O processo de produção de conhecimentos deve ser permanente e dinâmico, assumindo um papel fundamental, ao lado dos processos de organização e distribuição da informação. Os sistemas educacionais necessitam atender a novas demandas e, neste processo, os professores ocupam um papel estratégico”. Nesse contexto, cabe ao professor registrar, junto a seus alunos, informações relacionadas aos conteúdos curriculares e orientá-los na busca de informações de modo a que cada um deles amplie o seu repertório para a construção do conhecimento. PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 8 Interdisciplinaridade Inicialmente, vamos distinguir interdisciplinaridade e multidisciplinaridade. Multidisciplinaridade Reúne diferentes visões disciplinares, ou seja, apresenta de modo organizado o entendimento de cada disciplina sobre a realidade. Figura representativa das diferentes disciplinas Interdisciplinaridade Resulta em uma síntese coletiva e equilibrada, a partir de diferentes visões disciplinares, o que requer uma atenta coordenação de modo que o entendimento seja sintetizado coletivamente. Portanto, a interdisciplinaridade combina elementos de diversas disciplinas, sem priorizar qualquer um deles. O enfoque interdisciplinar estabelece a necessária superação de uma visão linear. Vale ressaltar que a origem diferenciada da informação instala um processo contínuo na construção do conhecimento ao permitir um intenso diálogo entre conhecimentos dispersos. Entretanto, a consciência de ser interdisciplinar só é reconhecida quando a interdisciplinaridade se torna identificável nas ações. Para Morin (2000) “é impossivel conhecer tudo do mundo e captar todas as suas multiformes transformações [...]. Eis o problema universal para todo cidadão: como adquirir a possibilidade de articular e organizar as informações sobre o mundo”.PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 9 Figura representativa das diferentes disciplinas Postura interdisciplinar Fazenda (2002) afirma que sob o olhar de cada disciplina temos apenas uma visão limitada da realidade, o que não permite conhecê-la em seus inúmeros aspectos e reduz as oportunidades de transformá-la. Portanto, para que se possa ampliar essa visão é necessária uma nova atitude diante do conhecimento, ou seja, de uma postura interdisciplinar. “Entendemos por atitude interdisciplinar, uma atitude diante das alternativas para conhecer mais e melhor, [...] atitude de reciprocidade que impele à troca, que impele ao diálogo – ao diálogo com pares idênticos, com pares anônimos ou consigo mesmo – atitude de humildade ante a limitação do próprio saber, atitude de perplexidade ante a possibilidade de desvendar novos saberes; atitude de desafio – desafio ante o novo, desafio em redimensionar o velho – atitude de envolvimento e comprometimento com os projetos e com as pessoas neles envolvidas; atitude, pois, de compromisso em construir sempre da melhor PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 10 forma possível; atitude de responsabilidade, mas sobretudo, de alegria, de revelação, de encontro, enfim, de vida.” (FAZENDA, 1994). Quando nos referimos à necessidade de uma postura interdisciplinar, em momento algum imaginamos eliminar as disciplinas, apenas pretendemos que elas intensifiquem a comunicação entre si. Desse modo, as disciplinas poderão buscar pontos de interseção ao analisar e sintetizar sua visão sobre a realidade. De acordo com Fazenda (2002), “o sentido das investigações interdisciplinares é o de reconstituir a unidade do objeto, que a fragmentação dos métodos separou. Entretanto, essa unidade não é dada a priori. Não é suficiente justapor-se os dados parciais fornecidos pela experiência comum para recuperar-se a unidade primeira. Essa unidade é conquistada pela práxis, através de uma reflexão crítica sobre a experiência inicial. É uma retomada em termos de síntese.”. Educação interdisciplinar Nas instituições, em geral, observamos uma evidente separação entre as disciplinas o que atrapalha e até mesmo impede a compreensão do todo. Essa crítica à organização em forma de disciplinas ocorre porque, em geral, a especialização separa e compartimenta os saberes, deixando-os fechados em si, o que dificulta aos estudantes estabelecer relações entre eles. A educação interdisciplinar permite ao estudante adquirir uma ampla gama de conhecimentos, facilitando a comunicação com outros profissionais. Em face à realidade complexa que se apresenta, essa comunicação é extremamente relevante, pois, em face de uma realidade multifacetada, muitas questões ultrapassam a abrangência de uma única disciplina. Projeto interdisciplinar No curso superior, o projeto interdisciplinar é de extrema importância para a superação da fragmentação do conhecimento e para a produção de uma nova ordem de conhecimento. PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 11 A aproximação entre as disciplinas é necessária para que se estabeleça um diálogo entre os sujeitos de diferentes áreas. Isso é fundamental para o processo de construção de um objeto – cuja inserção não esteja limitada a uma área especifica – e, consequentemente, para estabelecer a prática pedagógica interdisciplinar. Para uma prática interdisciplinar é necessária a sistematização do processo de elaboração do conhecimento, o que requer a comunicação de ideias e a integração recíproca de finalidades, objetivos, conceitos, conteúdos, terminologia. O maior obstáculo para o trabalho interdisciplinar é a formação fragmentária que dificulta a integração das diferentes disciplinas. Ao contrário do que possa parecer, a interdisciplinaridade valoriza a objetividade de cada disciplina, e fortalece sua identidade ao sobressair sua presença em conjunturas originais. Portanto, ao trabalharmos de forma interdisciplinar, nosso objetivo é romper limites, pois as disciplinas não podem ser construídas em campos fechados, isoladas dos avanços científicos e dos contextos histórico-culturais. A interdisciplinaridade estabelece conexões entre diferentes disciplinas, buscando seus pontos de interseção e valorizando aqueles que as distinguem. Quantas vezes ao estudarmos Química ou Física, por exemplo, relacionamos sua evolução com a Sociologia? Em geral, compartilhamos uma visão internalista, justificando os avanços científicos dessas áreas metodologicamente, sem nos apropriarmos de uma visão externalista de que possam ser socialmente motivados. No Ensino Superior, preocupados em passar o conteúdo de suas disciplinas a seus alunos, os professores não relacionam o que é apresentado em aula à realidade, o que é fundamental que os alunos percebam que os conteúdos das PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 12 disciplinas não são um fim em si mesmos, mas alicerces para sua formação global. Há também, professores que apresentam suas disciplinas como a principal, havendo mesmo aqueles que desvalorizam as demais, induzindo seus alunos a concentrarem seus estudos nessas disciplinas. Desse modo, o conteúdo é dissociado da sua conjuntura, o que dificulta relacionar a prática com a teoria e vice-versa, atrapalhando o entendimento da realidade e o desenvolvimento máximo de suas possibilidades. Esse isolamento, além de prejudicar o aluno, tornando o aprendizado penoso e confuso, também afeta os professores que poderiam aprimorar seus conhecimentos ao se relacionar com outros professores e pesquisadores de diferentes áreas. “Assim sendo, é de responsabilidade dos professores fazer com que o aluno seja sujeito de sua aprendizagem, ciente do que irá realizar, para quê e como, ou seja, levar o aluno a aprender a planejar, a trabalhar com hipóteses e a encontrar soluções. Nessa perspectiva, para que o mesmo adquira essas habilidades, faz-se necessário trabalhar com práticas pedagógicas voltadas para a formação do aluno, para o exercício da cidadania plena, respeitando a individualidade de cada um, utilizando-se de conteúdos interdisciplinares e contextualizados”. (FAVARÃO e ARAUJO, 2004). Para isso, precisamos de uma atualização permanente de nosso olhar internalista e de uma expansão do externalista, reconhecendo a provisoriedade do conhecimento e que "a exigência interdisciplinar impõe a cada especialista que transcenda sua própria especialidade, tomando consciência de seus próprios limites para colher as contribuições das outras disciplinas". (GUSDORF, 1976). De acordo com Favarão e Araujo (2004) “a educação deve ser entendida e trabalhada de forma interdisciplinar, na qual o aluno é agente ativo, comprometido, responsável, capaz de planejar suas ações, assumir responsabilidades, tomar atitudes diante dos fatos e interagir no meio em que PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 13 vive contribuindo, desta forma, para a melhoria do processo ensino- aprendizagem”. Atividade proposta Vamos fazer uma atividade! Responda às perguntas a seguir. 1. Como você diferencia informação e conhecimento? Chave de resposta 1 A informação é um registro ou interpretação de dados que pode ser diretamente compartilhado, já o conhecimento – pela sua especificidade – não pode ser formalmente compartilhado. 2. O que é interdisciplinaridade? Chave de resposta 2 Combinação de elementos de diversas disciplinas, sem priorizar qualquer um deles. Síntese coletiva e equilibrada a partir de diferentes visões disciplinares. 3. O que caracteriza uma postura interdisciplinar? Chave de resposta 3 Reconhecimento dos limites da visão disciplinar e das limitações de seu próprio conhecimento; Busca de troca de informações, diálogo entre diferentesdisciplinas; Atitude de redimensionamento do próprio conhecimento face ao desafio do novo. 4. Qual a relevância e qual a principal dificuldade para a implantação de um projeto interdisciplinar no Ensino Superior? PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 14 Chave de resposta 4 O projeto interdisciplinar é de extrema importância para a superação da fragmentação do conhecimento; O maior obstáculo para o trabalho interdisciplinar é a formação fragmentária que dificulta a integração das diferentes disciplinas. Referências CALDAS, R. W.; AMARAL, C. A. A. do. Mudanças, razão das incertezas: Introdução à gestão do conhecimento. São Paulo: CLA Cultural, 2002. CARVALHO, G. M. R. de; TAVARES, M. da S. Informação e conhecimento: uma abordagem organizacional. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2001. FAVARÃO, N. R. L.; ARAÚJO. C. S. A. Importância da Interdisciplinaridade no Ensino Superior. EDUCERE. Umuarama, v.4, n.2, p.103-115, jul./dez., 2004. FAZENDA, I. C. A. Integração e interdisciplinaridade no ensino brasileiro: efetividade ou ideologia São Paulo: Loyola, 2002. _____________. Interdisciplinaridade: História, Teoria e Pesquisa. Campinas: Papirus, 1994. FAZENDA, I. C. A. (org.). O que é interdisciplinaridade? São Paulo: Cortez, 2008. CALDAS, R. W.; AMARAL, C. A. A. do. Mudanças, razão das incertezas: Introdução à gestão do conhecimento. São Paulo: CLA Cultural, 2002. CARVALHO, G. M. R. de; TAVARES, M. da S. Informação e conhecimento: uma abordagem organizacional. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2001 PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 15 FAVARÃO, N. R. L.; ARAÚJO. C. S. A. Importância da Interdisciplinaridade no Ensino Superior. EDUCERE. Umuarama, v.4, n.2, p.103-115, jul./dez., 2004. FAZENDA, I. C. A. Integração e interdisciplinaridade no ensino brasileiro: efetividade ou ideologia São Paulo: Loyola, 2002. _____________. Interdisciplinaridade: História, Teoria e Pesquisa. Campinas: Papirus, 1994. FAZENDA, I. C. A. (org.). O que é interdisciplinaridade? São Paulo: Cortez, 2008. GUSDORF, G. (1976): Prefácio, In: JAPIASSU, H. Interdisciplinaridade e patologia do saber. Rio de Janeiro: Imago, pp. 7-27. LÜCK, H. Metodologia de projetos: uma ferramenta de planejamento e gestão. Petrópolis: Vozes, 2004. MORIN, E. Da necessidade de um pensamento complexo In: MARTINS, F. M.; MACHADO DA SILVA, J. (org.). Para navegar no século XXI. Porto Alegre: Sulina/EDIPUCRS, 2000. P.19-42. NICOLINI, A. M. Fatores condicionantes do desenvolvimento do ensino de administração no Brasil. Rio de Janeiro: Revista Angrad, v. 4, n. 1, p. 3- 17, jan./mar. 2001. PEDROSA, Stella M. Peixoto de Azevedo. Formação de professores e tecnologia: sim ou não? Disponível em: href="http://jovensemrede.files.wordpress.com/2010/04/stella-pedrosa- formacao-de-professores-e-tecnologia-sim-ou-nao.pdf" PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 16 http://jovensemrede.files.wordpress.com/2010/04/stella-pedrosa-formacao-de- professores-e-tecnologia-sim-ou-nao.pdf SANTOMÉ, J. T. Globalização e interdisciplinaridade: o currículo integrado. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998. Exercícios de fixação Questão 1 Em relação ao compartilhamento de informação e de conhecimento, assinale com V, se verdadeiro ou com F, se falso: ( ) A informação pode ser diretamente compartilhada, enquanto o conhecimento não pode ser diretamente compartilhado. ( ) A informação não pode ser diretamente compartilhada, enquanto o conhecimento pode ser diretamente compartilhado. ( ) A informação e o conhecimento podem ser diretamente compartilhados. Questão 2 Pode-se afirmar que interdisciplinaridade é uma: a) Reunião de elementos diversas disciplinas, sem qualquer objetivo disciplinar. b) Combinação de disciplinas, sob a perspectiva de uma delas. c) Síntese coletiva e equilibrada a partir de diferentes visões disciplinares. d) Síntese equilibrada de diferentes conceitos a partir de uma visão disciplinar. Questão 3 A postura interdisciplinar pode ser caracterizada pelo/a: a) Limitação do diálogo e da visão disciplinar. b) Reconhecimento das origens do próprio conhecimento. c) Pertencimento a um grupo de estudos. d) Busca de diálogo entre diferentes disciplinas. PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 17 Questão 4 A imagem que melhor representa o conceito de interdisciplinaridade é: a) b) c) d) PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 18 Questão 5 A partir do que você leu sobre currículo interdisciplinar e o meio acadêmico, assinale com V, se verdadeiro, ou com F</strong>, se falso: ( ) No meio acadêmico, a discussão sobre fragmentação do currículo permitiu a superação da compartimentalização do saber e instaurou o currículo interdisciplinar. ( ) A superação do hiato entre o ensino unidimensional e a prática em uma realidade multidimensional foi superado graças a reconhecidas ações do meio acadêmico. ( ) A organização de um currículo interdisciplinar prevê oferecer aos estudantes a possibilidade de planejamento, levantamento de hipóteses e busca de soluções. Questão 6 A partir do que se entende para a execução de um projeto interdisciplinar<, assinale com V, se verdadeiro, ou com F, se falso: ( ) Os professores, conscientes de seus limites, aceitam contribuições de outras disciplinas. ( ) Os alunos trabalham com hipóteses e buscam soluções, reconhecem o significado se suas ações. ( ) As disciplinas tem sua identidade enfraquecida, sendo reconhecidas pela sua incompletude. Questão 7 Em relação à Educação Interdisciplinar assinale com V, se verdadeiro, ou com F, se falso: ( ) Separa as disciplinas visando evidenciar a compreensão do todo. ( ) Permite a aquisição de uma ampla gama de conhecimentos, facilitando a comunicação entre profissionais de diferentes áreas. ( ) Compartimenta os saberes auxiliando o estabelecimento de relações entre eles. PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 19 Questão 8 Pode-se afirma que para uma prática interdisciplinar são necessárias (marque mais de uma): a)A comunicação de ideias. b)A utilização de terminologia diferenciada. c)A integração recíproca de objetivos, conceitos e conteúdos. d)A fragmentação das informações e do conhecimento. Questão 9 O maior obstáculo para a implantação de um projeto interdisciplinar no Ensino Superior é o/a: a) Formação fragmentária. b) Despreparo dos professores. c) Desinteresse por atividades. d) Sobrecarga de tarefas. Questão 10 Uma importante contribuição do projeto interdisciplinar é a: a) a) Formação de professores generalistas. b) Atualização permanente. c) Superação da fragmentação do conhecimento. d) Delimitação do alcance de cada disciplina. Aula 1 Exercícios de fixação Questão 1 - V, F, F Justificativa: A informação é um registro ou interpretação de dados que pode ser diretamente compartilhado, já o conhecimento – pela sua especificidade – não pode ser formalmente compartilhado. PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 20 Questão 2 - C Justificativa: A interdisciplinaridade é uma combinação de elementos de diversas disciplinas, sem priorizar qualquer um deles, ou seja, uma síntese coletiva e equilibrada a partir de diferentes visões disciplinares. Questão 3 - D Justificativa: Podem ser citadas como características da postura interdisciplinar o reconhecimento dos limites da visão disciplinar e das limitações de seu próprio conhecimento; a busca de troca de informações, diálogo entre diferentes disciplinas; a atitude de redimensionamento do próprio conhecimento face ao desafio do novo. Questão 4 - B Justificativa: A imagem representa as disciplinas de forma equilibrada,combinando-as sem priorizar qualquer uma delas e guardando as suas particularidades. Questão 5 - F, F, V Justificativa: A primeira alternativa é falsa porque a discussão sobre fragmentação do currículo, a segmentação das teorias e a compartimentalização do saber são reconhecidas no meio acadêmico. A segunda alternativa é falsa porque debates e ações para superação de um currículo disciplinar são raros e ineficientes, o ensino unidimensional vem sendo mantido. A terceira alternativa é verdadeira porque o currículo interdisciplinar prevê uma nova organização que oferece a cada estudante a possibilidade de planejar, levantar hipóteses e buscar soluções. Questão 6 - V, V, F Justificativa: A primeira alternativa é verdadeira porque "cada especialista que transcenda sua própria especialidade, tomando consciência de seus próprios limites para colher às contribuições das outras disciplinas". (GUSDORF, 1976,). A segunda alternativa é verdadeira porque "é de responsabilidade dos PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 21 professores fazer com que o aluno seja sujeito de sua aprendizagem, ciente do que irá realizar, para que e como, ou seja, levar o aluno a aprender a planejar, a trabalhar com hipóteses e a encontrar soluções.” (NICOLINI apud FAVARÃO e ARAUJO, 2004). A terceira alternativa é falsa porque, ao contrário, a interdisciplinaridade valoriza a objetividade de cada disciplina, e fortalece sua identidade ao sobressair a sua presença em conjunturas originais. Questão 7 - F, V, F Justificativa: A primeira alternativa é falsa porque a separação entre as disciplinas dificulta e até mesmo impede a compreensão do todo. A segunda alternativa é verdadeira porque frente a uma realidade multifacetada, a comunicação é extremamente relevante, pois muitas questões ultrapassam a abrangência de uma única disciplina. A terceira alternativa é falsa porque a separação decorrente da especialização compartimenta os saberes dificultando relacioná-los. Questão 8 - A, C Justificativa: A prática interdisciplinar requer a comunicação de ideias e a integração recíproca de finalidades, objetivos, conceitos, conteúdos, terminologia. Questão 9 - A Justificativa: Para a implantação de um projeto interdisciplinar é necessário estabelecer um diálogo entre diferentes áreas, a formação fragmentária dos professores dificulta esse diálogo e, consequentemente, a integração das diferentes disciplinas. Questão 10 - C Justificativa: O projeto interdisciplinar de reconhecida importância para a superação da fragmentação do conhecimento, pois, por não estar limitado a uma área específica, contribui para o desenvolvimento da prática PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 22 interdisciplinar, o que requer a comunicação de ideias e a integração recíproca de finalidades, objetivos, conceitos, conteúdos e terminologia. PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 23 Introdução Nesta aula, abordaremos importância da Iniciação Cientifica para a formação profissional do pesquisador. Apresentaremos algumas agências de fomento e comentaremos sobre a importância de acompanhar os seus editais. Objetivo: 1. Reconhecer o papel da Iniciação Cientifica (IC) para a formação profissional do pesquisador; 2. Identificar agências de fomento e editais de pesquisa. PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 24 Conteúdo Apoio à pesquisa O Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq), criado em 1951, é pioneiro no apoio à formação de recursos humanos pela concessão de bolsas e auxílios para a pesquisa. Já na sua criação foi instituída a Bolsa do Estudante – embrião do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC). Embora já se pudesse contar com apoio para a formação de pesquisadores, somente nos anos 1980, esse apoio foi ampliado, graças a uma considerável ampliação com a concessão pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) da Bolsa de Iniciação Científica (BIC), pelo sistema de cotas institucionais. (MARCUSHI, 1996). Inicialmente a distribuição dessas bolsas e de outros incentivos era efetuada diretamente pelos órgãos de financiamento aos professores pesquisadores, mas, a partir de 1993, o PIBIC passou a ser normatizado, via Resoluções Normativas (RN). Diversas agências de fomento apoiam pesquisadores em diferentes níveis, desde estudantes em Iniciação Científica a pesquisadores mais experientes. Além disso, diversos editais publicados oferecem oportunidades para o aprimoramento de pesquisadores e para diferentes possibilidades para o desenvolvimento e divulgação de pesquisas. Iniciação Científica A Iniciação Científica (IC) propõe a inserção de alunos de cursos de graduação em grupos de pesquisa, possibilitando que sejam orientados por pesquisadores experientes e abrindo espaços para participações efetivas em pesquisas. Sem dúvida, a Iniciação Científica constitui um incentivo para a formação de novos pesquisadores. PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 25 A prática de pesquisa pode significar mudanças na vida acadêmica de um estudante. O confronto direto com problemas de pesquisa e de uma formação qualificada sob a orientação de um pesquisador experiente possibilita: • Aprendizagem de técnicas e métodos científicos; • Formação do pensamento científico; • Desenvolvimento da criatividade; • Refinamento do estudo teórico; • Aprimoramento. Segundo Bianchetti; Silva; Oliveira (2012), “considera-se que a IC contribui para que o jovem bolsista possa tornar-se um formando com habilidades mais qualificadas sobre o ser pesquisador e o fazer pesquisa. É na vivência da IC que o estudante pode utilizar técnicas e teorias aprendidas em sala de aula, ampliar e experimentar seu cabedal de conhecimentos e expor-se, por meio das aprendizagens técnicas, metodológicas e epistemológicas, nos mais variados espaços-tempos”. Portanto, a Iniciação Científica colabora para que os alunos da graduação familiarizem-se com a prática de estudos teóricos e com metodologias de pesquisa, pela possibilidade de participação nas diferentes etapas do desenvolvimento de um trabalho científico, especialmente necessárias para a fundamentação e o desenvolvimento de pesquisas. Desse modo, como afirma Marcuschi (1996) a Iniciação Científica "não deve ser tomada como uma especialização precoce nem como uma verticalização na formação", mas como uma excelente oportunidade para que os jovens universitários complementem sua formação acadêmica – especialmente para aqueles que desejam trabalhar com pesquisa – além de evidenciar a relação teoria-prática. Esse processo de formação, além de possibilitar o desenvolvimento de um conjunto de atitudes, saberes e práticas diretamente relacionadas com o fazer PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 26 pesquisa, também evidencia modos de produção e socialização do conhecimento resultante da pesquisa. O contato direto com a atividade científica é uma estratégia que contribui para o desenvolvimento da mentalidade científica do aluno da graduação. Relacionar ensino e pesquisa consolida uma indissociabilidade que favorece a efetivação dessas duas funções da universidade. Avaliando os aspectos apresentados, consideramos a Iniciação Científica como um meio de formação por excelência, pois, em contato direto com grupos de pesquisa e orientados por pesquisadores experientes, esses alunos de graduação adquirem os conhecimentos fundamentais para sua introdução à prática de pesquisa. Essa possibilidade de um contato direto com pesquisadores experientes e de um engajamento em atividades de pesquisa significa a formação inicial de novos pesquisadores.A Iniciação Científica visa incentivar o surgimento de novos cientistas, por isso, em geral, são incluídos aqueles mais compromissados com os estudos e interessados em ampliar seus conhecimentos na sua área de estudo. Os pesquisadores que orientam esses estudantes são beneficiados pela disponibilização de apoio humano à sua produção científica. Em geral, a presença de alunos da graduação nos grupos de pesquisa representa um incentivo para esses pesquisadores e o reconhecimento de seu papel de orientador. A Iniciação Científica não deve ser vista como atividade eventual, mas como um compromisso da instituição, preferencialmente integrado às suas políticas de pesquisa. PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 27 Para a instituição, a Iniciação Científica – ao incluir alunos de graduação no processo de formação de pesquisadores – contribui para a qualificação dos seus programas de pós-graduação, incentiva a produção científica e enfatiza o processo de orientação. Além disso, a presença de Programas de Iniciação Científica significa maior qualificação de seus egressos e, também, dos candidatos ao ingresso nos seus cursos. A possibilidade de uma iniciação científica na formação inicial atrai aqueles que almejam vir a ser um professor/pesquisador universitário. Portanto, a Iniciação Científica não é uma atividade esporádica, mas um instrumento básico de formação e, por isso, não precisa, necessariamente, estar vinculada a uma oferta de bolsa. Portanto, deve-se enfatizar junto aos estudantes seu significado como atividade de formação, o que significa que o aluno pode realizar sua atividade de pesquisa sem que lhe seja conferido qualquer auxílio. Agências de fomento e editais As Bolsas de Iniciação Científica – assim como as proporcionadas aos alunos de pós-graduação – são um incentivo individual para os alunos que se destacam pelos seus resultados de aprendizagem. As principais agências de fomento – instituições financeiras não bancárias, regulamentadas pelo Banco Central do Brasil – que oferecem programas institucionais dirigidos aos estudantes de todo país são o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Muitas ofertas de bolsas – tanto para Iniciação Científica como para outros fins – são divulgadas por editais. Um edital é um ato escrito oficial publicado para conhecimento geral e, especialmente, para os interessados. Os editais PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 28 relacionados à Iniciação Científica são divulgados nas páginas das agências de fomento, mas, em geral, as próprias instituições de ensino superior fazem a divulgação dessa e de outras possibilidades para a obtenção de Bolsas de Iniciação Científica. Programas institucionais para o Ensino Superior A seguir você verá as principais informações referentes aos programas institucionais dirigidos aos estudantes do Ensino Superior que são oferecidos pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica – PIBIC Foi o primeiro programa institucional criado para a Iniciação Científica. O Programa atende instituições de Ensino e/ou Pesquisa públicas e privadas. As cotas de Iniciação Científica são concedidas diretamente às Instituições por meio de Chamada Pública de propostas. A seleção dos projetos é feita pelas instituições. O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) visa apoiar a política de Iniciação Científica desenvolvida nas Instituições de Ensino e/ou Pesquisa, por meio da concessão de bolsas de Iniciação Científica (IC) a estudantes de graduação integrados na pesquisa científica. A cota de bolsas de (IC) é concedida diretamente às instituições, estas são responsáveis pela seleção dos projetos dos pesquisadores orientadores interessados em participar do Programa. Os estudantes tornam-se bolsistas a partir da indicação dos orientadores. OBJETIVOS Despertar vocação científica e incentivar novos talentos entre estudantes de graduação; Contribuir para reduzir o tempo médio de titulação de mestres e doutores; Contribuir para a formação científica de recursos humanos que se dedicarão a qualquer atividade profissional; PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 29 Estimular uma maior articulação entre a graduação e pós-graduação; Contribuir para a formação de recursos humanos para a pesquisa; Contribuir para reduzir o tempo médio de permanência dos alunos na pósgraduação. Estimular pesquisadores produtivos a envolverem alunos de graduação nas atividades científica, tecnológica e artístico-cultural; Proporcionar ao bolsista, orientado por pesquisador qualificado, a aprendizagem de técnicas e métodos de pesquisa, bem como estimular o desenvolvimento do pensar cientificamente e da criatividade, decorrentes das condições criadas pelo confronto direto com os problemas de pesquisa; e Ampliar o acesso e a integração do estudante à cultura científica. INSTITUIÇÕES Requisitos: Instituições públicas; Comunitárias ou privadas; Com ou sem curso de graduação; Que efetivamente desenvolvem pesquisa e possuem infraestrutura para tal fim. Condições de participação: a Chamada Pública de propostas para o processo de inscrição ocorre no primeiro semestre de cada ano, em geral, entre os meses de março e abril e é publicada no item Editais da página do CNPq. PESQUISADOR Requisitos para o orientador: Estar vinculado à instituição de Ensino e/ou Pesquisa que participe do PIBIC; Desenvolver pesquisa científica, e ser, preferencialmente, bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq. Condições de participação: participar em processo de seleção realizado em sua instituição de vínculo. Os processos de seleção nas instituições ocorrem, em geral, no primeiro semestre de cada ano. Esteja atento aos prazos estipulados em sua instituição. ESTUDANTES Requisitos: cursar graduação; PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 30 Dedicar-se integralmente às atividades acadêmicas e de pesquisa. Condições de participação: procure, em sua área de interesse, um pesquisador que esteja disposto a integrá-lo em sua pesquisa e a orientá-lo. Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação – PIBITI É um programa institucional voltado para a Iniciação Tecnológica e de Inovação de estudantes de graduação. O Programa concede bolsas de Iniciação Científica às instituições que desenvolvem pesquisa em tecnologia e inovação por meio de Chamada Pública de propostas. A seleção dos projetos é feita pelas instituições. O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI) tem por objetivo estimular os jovens do ensino superior nas atividades, metodologias, conhecimentos e práticas próprias ao desenvolvimento tecnológico e processos de inovação. OBJETIVOS • Contribuir para a formação e inserção de estudantes em atividades de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação; • Contribuir para a formação de recursos humanos que se dedicarão ao fortalecimento da capacidade inovadora das empresas no País; • Contribuir para a formação do cidadão pleno, com condições de participar de forma criativa e empreendedora na sua comunidade. INSTITUIÇÕES Requisitos: Instituições de ensino e/ou pesquisa (públicas, privadas, confessionais e (comunitárias); Que atuam na área tecnológica e de inovação; Que mantêm comprovada interação com empresas e/ou com a comunidade; Cujos bolsistas participem de projetos vinculados a empresas e/ou organizações. Condições de participação: a Chamada Pública de propostaspara o processo de inscrição ocorre no primeiro semestre de cada ano, em geral, PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 31 entre os meses de março e abril e é publicada no item Editais da página do CNPq. PESQUISADOR Requisitos para o orientador: Estar vinculado à instituição de Ensino e/ou Pesquisa que participe do PIBITI; Desenvolver pesquisa científica, e ser, preferencialmente, bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq. Condições de participação: participar em processo de seleção realizado em sua instituição de vínculo. Os processos de seleção nas instituições ocorrem, em geral, no primeiro semestre de cada ano. Esteja atento aos prazos estipulados em sua instituição. ESTUDANTES Requisitos: Cursar graduação; Dedicar-se integralmente às atividades acadêmicas e de pesquisa. Condições de participação: procure, em sua área de interesse, um pesquisador que esteja disposto a integrá-lo em sua pesquisa e a orientá-lo. Programa Institucional de Iniciação Científica - PIBIC-Af O PIBIC-Af é o programa institucional de Iniciação Científica nas Ações Afirmativas, resultado de uma parceria entre CNPq e SEPPIR. O Programa concede bolsas de IC diretamente para as Instituições Públicas, participantes do PIBIC e que tenham implementado ações afirmativas para o ingresso no Ensino Superior. Somente poderão ser indicados os estudantes que sejam beneficiários de ações afirmativas. A seleção dos projetos é feita pelas instituições. PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 32 O Programa Institucional de Iniciação Científica – PIBIC nas Ações Afirmativas – PIBIC – Af é dirigido às universidades públicas que são beneficiárias de cotas PIBIC e que têm programa de ações afirmativas. Trata-se de um programa piloto que prevê a distribuição de bolsas de Iniciação Científica (IC) às instituições que preencham esses requisitos e se interessem em participar do programa. JUSTIFICATIVA A construção de políticas de Ações Afirmativas é um compromisso firmado pelo Governo Federal. Seu objetivo é ampliar a participação de grupos sociais em espaços tradicionalmente por eles não ocupados, quer seja em razão de discriminação direta, quer seja por resultado de um processo histórico a ser corrigido. O PIBIC nas Ações Afirmativas é um programa que tem como missão complementar as ações afirmativas já existentes nas universidades. Seu objetivo é oferecer aos alunos beneficiários dessas políticas a possibilidade de participação em atividades acadêmicas de iniciação científica. Este Programa está inserido no PIBIC e é resultado de uma parceria entre Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Ministério da Ciência e Tecnologia – CNPq / MCTI e a Subsecretaria de Políticas de Ações Afirmativas da Secretaria de Políticas de Promoção de Igualdade Racial – SUBPAA / SEPPIR-PR. OBJETIVOS • Ampliar a oportunidade de formação técnico-científica de estudantes, cuja inserção no ambiente acadêmico se deu por uma ação afirmativa para ingresso no Ensino Superior; • Contribuir para a formação científica de recursos humanos entre os beneficiários de políticas de ações afirmativas de qualquer atividade profissional; PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 33 • Ampliar o acesso e a integração dos estudantes beneficiários de políticas de ações afirmativas à cultura científica; • Fortalecer a política de ação afirmativa existente nas instituições. INSTITUIÇÕES Requisitos para as Instituições: • Já participar do PIBIC e/ou do PIBITI; • Ter uma política de Ações Afirmativas implementadas voltadas para o ingresso de estudantes pertencentes a grupos tradicionalmente excluídos do espaço acadêmico na graduação; • Ser de natureza pública, e ter uma política de iniciação científica. Condições de participação: a Chamada Pública de propostas para o processo de inscrição ocorre no primeiro semestre de cada ano, em geral, entre os meses de março e abril. A Chamada é publicada no item Editais da página do CNPq. PESQUISADORES Requisitos para o orientador: • Estar vinculado à instituição de ensino e/ou pesquisa que participe do PIBIC – Af; • Desenvolver pesquisa científica; • Ser preferencialmente bolsista de Produtividade em Pesquisa do cnpq. Condições de participação: participar do processo de seleção realizado em sua instituição de vínculo. Os processos de seleção nas instituições ocorrem, em geral, 3 no primeiro semestre de cada ano. Esteja atento aos prazos estipulados em sua instituição. ESTUDANTES Requisitos para o estudante: • Cursar graduação; • Dedicar-se integralmente às atividades acadêmicas e de pesquisa; PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 34 • Ter sido beneficiário de política de ação afirmativa para ingresso no ensino superior. Condições de participação: procure, em sua área de interesse, um pesquisador que esteja disposto a integrá-lo em sua pesquisa e a orientá-lo. Outras agências de fomento Com abrangência nacional deve ser considerada a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). As bolsas de Iniciação Científica oferecidas pela CAPES inserem-se no Programa Especial de Treinamento (PET), um programa institucional. Podem ser implantados em qualquer área do conhecimento, devendo estar vinculado a um pesquisador qualificado. Existem ainda fundações, instituições de fomento à pesquisa científica que atendem especificamente aos estados do país. Verifique as em cada estado. FAPAC – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Acre. FAPEAL – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas. FAPEAP – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amapá. FAPEAM – Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Amazonas. FAPESB – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia. FUNCAP – Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico. FAPDF – Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal. FAPES – Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo. FAPEG – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás. FAPEMA – Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão. PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 35 FAPEMAT – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso. FUNDECT – Fundação de Apoio e de Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul. FAPEMIG – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais. FAPESPA – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará. FAPESQ – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Paraíba. FUNDAÇÃO ARAUCÁRIA – Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Paraná. FACEPE – Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco. FAPEPI – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí. FAPERJ – Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro. FAPERN – Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Norte. FAPERGS – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul 2. FAPERO – Fundação de Amparo ao Desenvolvimento das Ações Científicas e Tecnológicas e a Pesquisa do Estado de Rondônia. FAPESC – Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina. FAPESP – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo. FAPITEC – Fundação de Amparo à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe. FAPT – Fundação de Amparo à Pesquisa do Tocantins. Atividade proposta Vamos fazer uma atividade! Responda às perguntas a seguir. 1. Consulte o texto e os sites indicados na aula e esquematize os principais pontos relacionados à relevância da Iniciação Científica para: • O estudante de graduação; • O orientador; • A instituição;PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 36 Chave de resposta 1 Citar pelo menos dois pontos para cada item. Estudante de graduação • Aprendizagem de técnicas e métodos científicos; • Formação do pensamento científico; • Desenvolvimento da criatividade; • Refinamento do estudo teórico; • Aprimoramento; • Desenvolvimento da mentalidade científica; • Prática de pesquisa. O orientador • Disponibilização de apoio humano à sua produção científica; • Incentivo; • Reconhecimento de seu papel de Orientador; A instituição • Contribui para a qualificação dos programas de pós-graduação; • Incentiva a produção científica; • Enfatiza o processo de orientação. 2. Estruture um quadro comparativo entre as bolsas oferecidas pelo CNPq para a Iniciação Científica. Chave de resposta 2 No quadro resposta devem constar justificativas, objetivos, instituições, pesquisadores e estudantes dos seguintes programas: • Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica – PIBIC; • Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação – PIBITI; • Programa Institucional de Iniciação Científica - PIBIC-Af. PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 37 Aprenda Mais Material complementar Para saber mais sobre os assuntos estudados nesta aula, leia o texto Iniciação científica: recursos, conhecimento e habilidades, de autoria de Aldemar Araujo Castro, disponível em nossa biblioteca virtual. Referências BIANCHETTI, L.; SILVA, E. L.; OLIVEIRA A. Iniciação à pesquisa no Brasil: políticas de formação de jovens pesquisadores. IX ANPED Sul Seminário de Pesquisa em Educação da Região Sul, 2002. Disponível em http://www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/anpedsul/9anpedsul/paper/viewF ile/633/727. CALAZANS, J. (Org.). Iniciação Científica: construindo o pensamento crítico. 2.ed. São Paulo: Cortez, 2002. MARCUSCHI, L. A. Avaliação do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) do CNPq e Propostas de Ação. Relatório. Recife: URPE, 1996. Exercícios de fixação Questão 1 A iniciação científica deve: a) Ser uma atividade eventual. b) Depender da oferta de bolsas. c) Evitar discussões políticas. PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 38 d) Ser um instrumento básico de formação. Questão 2 Os orientadores de estudantes que participam de Iniciação Científica são beneficiados por: a) Recebimento de incentivo financeiro para seu próprio uso. b) Disponibilização de apoio humano à produção científica. c) Desenvolvimento de mentalidade científica. d) Qualificação relevante de sua própria criatividade. Questão 3 Em relação à Iniciação Científica, assinale com V, se verdadeiro, ou com F, se falso: ( ) O processo de formação de pesquisadores favorece a qualificação dos programas de pós-graduação. ( ) A concessão de bolsas é obrigatória para .que o estudante participe de grupos de pesquisa. ( ) A presença de formação inicial em pesquisa beneficia apenas a instituição. Questão 4 Para a instituição, a inclusão de alunos de graduação no processo de formação de pesquisadores significa. a) Compensação financeira. b) Verticalização na formação. c) Qualificação de seus egressos. d) Oferecimento de bolsas. Questão 5 No que se refere às contribuições da participação na Iniciação Científica (IC), assinale com V, se verdadeiro, ou com F, se falso: ( ) A verticalização da formação é altamente relevante e deve ser incentivada desde o início da graduação. PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 39 ( ) A familiarização com estudos teóricos e a visão de metodologias de pesquisa são importantes para o aluno da graduação. ( ) O confronto direto com problemas de pesquisa durante a graduação favorece para evidenciar a relação teoria prática. Questão 6 As Bolsas de Iniciação Científica são um incentivo: a) Coletivo para os alunos que estudam nas instituições de ensino superior mais bem avaliadas. b) Individual para alunos que se destacam pelos seus resultados de aprendizagem. c) Institucional para as instituições que se destacam pelos resultados de aprendizagem de seus alunos. d) Particular para casos em que o aluno necessita de apoio financeiro para prosseguir em seus estudos. Questão 7 Um edital é um ato escrito: a) Oficial publicado para conhecimento interno. b) Particular publicado para conhecimento interno. c) Oficial publicado para conhecimento geral. d) Particular publicado para conhecimento geral. Questão 8 Relacione as colunas, considerando a oferta de bolsas de Iniciação Científica: 1. Apoia a política de Iniciação Científica desenvolvida nas Instituições de Ensino e/ou Pesquisa. ( ) Programa Especial de Treinamento (PET). PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 40 2. Volta-se para a Iniciação Tecnológica e de Inovação de estudantes de graduação. ( ) Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação PIBI3. Insere-se, com apoio da CAPES, que em qualquer área do conhecimento. TI( ).Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica nas Ações Afirmativas (PIBIC – Af). 4. Dirigido para as Instituições Públicas, dele somente participam estudantes beneficiários de ações afirmativas. ( ) Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC). Questão 9 A Fundação de Amparo à Pesquisa de um estado atende: a) Aos estados vizinhos, além do seu próprio. b) Aos estados mais necessitados, além do seu próprio. c) Apenas às principais cidades de seu estado d) Especificamente ao seu estado. Questão 10 O PIBIC, programa institucional voltado à iniciação científica de estudantes de graduação atende Instituições de Ensino e/ou Pesquisa: a) Públicas, exclusivamente. b) Privadas, exclusivamente. c) Comunitárias, exclusivamente. d) Públicas e privadas. PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 41 Aula 2 Exercícios de fixação Questão 1 - D Justificativa: A Iniciação Científica é uma atividade de formação, devendo ser um compromisso da instituição, não uma atividade esporádica. Portanto, independe de bolsa. Questão 2 - B Justificativa: Os pesquisadores que orientam esses estudantes não recebem incentivo financeiro para isso, eles são beneficiados pela disponibilização de apoio humano à sua produção científica. O desenvolvimento de mentalidade científica e da criatividade é diretamente relevante para os alunos. Questão 3 - V, F, F Justificativa: A primeira afirmativa é verdadeira porque, de fato, a qualificação dos programas de Pós-graduação é favorecida pela presença de Iniciação Científica, pelo incentivo à produção científica e pela valorização do processo de orientação. A segunda afirmativa é falsa porque a participação em grupos de pesquisa é uma atividade de formação, portanto independe da oferta de bolsa. A terceira alternativa é falsa porque, além da instituição, os principais beneficiados são o pesquisador responsável pela orientação e o próprio o aluno participante da pesquisa. Questão 4 - C Justificativa: Além de desenvolverem a prática de pesquisa, os alunos que participam da formação em pesquisa, ampliam seus conhecimentos teóricos, o que contribui para as futuras atividades profissionais. PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 42 Questão 5 - F, V, V Justificativa: A primeira afirmativa é falsa porque a IC não significa uma especialização, mas uma oportunidade de complementação da formação. A segunda afirmativa é verdadeira porque a IC contribui para que os alunos da graduação familiarizem-se com a prática de estudos teóricos e com metodologias de pesquisa. A terceira afirmativa é verdadeiraporque a IC permite que a utilização de técnicas e teorias aprendidas em sala de aula e evidencia a relação teoria-prática. Questão 6 - B Justificativa: As Bolsas de Iniciação Científica – assim como as proporcionadas aos alunos de pós-graduação – são um incentivo individual para os alunos que se destacam pelos seus resultados de aprendizagem. Questão 7 - C Justificativa: Um edital é um ato escrito oficial publicado para conhecimento geral e, especialmente, para os interessados. Questão 8 - C, B, D, A Justificativa: As bolsas de Iniciação Científica oferecidas pela CAPES inserem-se no Programa Especial de Treinamento (PET), que pode ser implantado em qualquer área do conhecimento. O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI) é um programa institucional voltado para a Iniciação Tecnológica e de Inovação de estudantes de graduação. O Programa concede bolsas de Iniciação Científica às instituições que desenvolvem pesquisa em tecnologia e inovação por meio de Chamada Pública de propostas. O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica nas Ações Afirmativa (PIBIC – Af) concede bolsas para estudantes que sejam beneficiários de ações afirmativas. O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) concede de bolsas de Iniciação Científica (IC) a estudantes de graduação integrados na pesquisa científica. PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 43 Questão 9 - D Justificativa: As Fundações de Amparo à Pesquisa são instituições de fomento à pesquisa científica que atendem especificamente a seu próprio estado. Questão 10 - B Justificativa: O PIBIC, primeiro programa institucional criado para a Iniciação Científica, atende Instituições de Ensino e/ou Pesquisa públicas e privadas. PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 44 Introdução Em nossa terceira aula, além da apresentação de algumas noções básicas de gestão de conhecimento, serão abordadas algumas possibilidades para o registro, armazenamento e compartilhamento da informação. Objetivo: 1. Relacionar gestão de conhecimento e organização de informações; 2. Relatar possibilidades de registro, armazenamento e compartilhamento da informação. PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 45 Conteúdo Organização das informações Conforme apresentado na Aula 1, em uma concepção ampliada, o conhecimento é um conjunto de informações adquiridas por um grupo. Nessa perspectiva, compartilhar o conhecimento pode ser entendido como expandir o acesso a essas informações, o que implica na organização de informações. A maior parte da literatura que trata de gestão de conhecimento refere-se diretamente à educação corporativa, ou seja, a um conjunto de estratégias que as empresas estabelecem com o objetivo de potencializar o capital humano da organização e, consequentemente, obterem alguma vantagem competitiva (FIALHO; MACEDO; SANTOS; MITIDIERI, 2006). Conhecimento Informação Entretanto, por estarem relacionados ao processo ensino-aprendizagem, conceitos e questões da gestão de conhecimento estão, do mesmo modo, presentes em outros cenários educacionais. Para melhor compreensão do que seja gestão de conhecimento e organização de informações, é importante rever o que se entende por conhecimento e por informação. O conhecimento é uma reunião de informações, com base em contextos culturais e pessoais, ou seja, no conhecimento prévio de cada pessoa. Portanto, não pode ser formalmente compartilhado. Entretanto seu significado pode ser ampliado e utilizado de modo coletivo, tendo como referência um grupo específico. PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 46 A informação é um registro de um conjunto de dados ou da interpretação de dados vinculados a um contexto, podendo ser copartilhada sob diversas formas – oral, escrita, audiovisual – tanto de modo analógico quanto digital. Gestão do conhecimento A gestão do conhecimento é um conjunto de estratégias estabelecidas para a criação, aquisição e compartilhamento de informações. Portanto, ela requer a organização de informações. A organização da informação precisa atender a diferentes objetivos, tais como: facilitar o acesso e o aprimoramento da recuperação, visualização e localização, seja a de um objeto ou de um documento, seja físico ou virtual (GARRIDO, 2011). Portanto, a organização da informação envolve tanto a descrição física de um objeto informacional quanto a de seu conteúdo (BRÄSCHER; CAFÉ,2010). Um exemplo para a organização de informações é a indexação com o uso de tags (etiquetas) que servem como descritores que facilitam a pesquisa, a localização e o acesso a fontes de informação tais como textos, livros, relatórios, de artigos, anais de congressos, entre outros. "A OI [organização de informações] compreende, também, a organização de um conjunto de objetos informacionais para arranjá-los sistematicamente em coleções, neste caso, temos a organização da informação em bibliotecas, museus, arquivos, tanto tradicionais quanto eletrônicos. A organização do conhecimento, por sua vez, visa à construção de modelos de mundo que se constituem em abstrações da realidade". (BRASCHER; CAFÉ, 2008, p. 6, grifo nosso) A gestão de conhecimento é importante para a implantação de uma cultura de valorização do estudo e da atualização permanentes, para o estímulo da inovação, e, também, para a construção de cenários prospectivos. PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 47 "Estudos prospectivos, estudos do futuro e construção de cenários são algumas das abordagens e ferramentas mais utilizadas pelas organização para antever e projetar a realidade de longo prazo. Os estudos sobre o futuro ou estudos prospectivos constituem um campo da atividade intelectual e política relacionado a todos os setores da vida social, econômica, política e cultural. (THIESEN, 2011, p. 17”.)”. A organização adequada e sistemática das informações permite à gestão do conhecimento contribuir para previsões de tendências e eventos futuros, fornecendo elementos para subsidiar julgamentos e a tomada de decisão. Conhecimento tácito e conhecimento explícito A gestão do conhecimento relaciona-se ao conhecimento explícito e ao conhecimento tácito. Portanto, para que se compreenda a gestão do conhecimento é fundamental distinguir conhecimento tácito e conhecimento explícito. Conhecimento tácito Tácito: do latim tacitus. Significa "que cala, silencioso". O conhecimento tácito é subjetivo, decorre da prática, de erros e acertos, ou seja, é adquirido ao longo da vida, estando incorporado à experiência pessoal. Com frequência não se tem consciência desse conhecimento, o que dificulta ainda mais elaboração e compartilhamento. Por ser muito específico, dificilmente pode ser verbalizado, o que torna complexa a sua transmissão formal. Aplica-se ao que é subentendido ou implícito, ao que não se pode ou ao que dificilmente se consegue expressar por palavras. O exemplo clássico do conhecimento tácito é “andar de bicicleta”. PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 48 Conhecimento explícito Explícito: do latim explicitus, particípio passado de explicáre. Significa "explicado, declarado”, compartilhado. O conhecimento explícito é objetivo, pode ser expresso – de forma oral ou escrita – com palavras, números, fórmulas, diagramas, desenhos, o que permite que seja teoricamente organizado. Portanto, aplica-se ao que pode ser documentado, armazenado e distribuído em diversos suportes, de modo analógico ou digital, possibilitando uma transmissão de amplo alcance. Conhecimento explícito É o conhecimento da racionalidade,envolve o conhecimento de fatos e é adquirido principalmente pela informação. Pode ser articulado na linguagem formal e sistemática, em afirmações gramaticais, expressões matemáticas, especificações, manuais etc". (...) "É processado, armazenado e transmitido eletrocnicamente de forma rápida. O conhecimento explícito é mais facilmente adquirido e transferido do que o tácito, pois é obtido principalmente pela educação formal." (FIALHO et al., 2006, p.76-77) O exemplo clássico de conhecimento explícito é o cálculo da velocidade de um corpo dada a distância percorrida e o tempo de percurso: V = D/T. Metáfora do iceberg O conhecimento tácito e o conhecimento explícito se completam. Por ser mais evidente, o conhecimento explícito é comparado à ponta de um iceberg, enquanto que o conhecimento tácito, mais próprio do indivíduo é relacionado à parte não visível de um iceberg, por ser menor a sua visibilidade e mais difícil a avaliação de sua magnitude. PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 49 Atividade proposta Relacione gestão de conhecimento e organização de informações. Chave de resposta: A gestão do conhecimento requer uma organização das informações, pois depende disso não apenas para o compartilhamento e localização de informações, mas também para que seja possível a criação e a aquisição de informações. Atividade proposta Após décadas de trabalho, um professor de matemática comunica à coordenação da escola que irá se aposentar definitivamente. Reconhecido por seu domínio de conteúdo, manejo de classe, organização na apresentação das aulas e manutenção de um clima cordial de suas aulas, a coordenação solicita que ele organize algumas palestras para compartilhar seus conhecimentos junto aos demais professores da escola. Classifique os citados conhecimentos desse professor, justificando sua resposta. Chave de resposta: Conhecimento tácito: Manejo de classe; Manutenção de um clima cordial de suas aulas. A justificativa deve necessariamente incluir seu caráter subjetivo (não se tem conhecimento) e sua incorporação à experiência pessoal (prática/erros e acertos). Outros elementos podem constar da resposta. Conhecimento explícito: Domínio de conteúdo; Organização na apresentação das aulas. A justificativa deve ser necessariamente sua objetividade, possiblidade de registro (expressão). Outros elementos podem constar da resposta. PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 50 Registro, armazenamento e compartilhamento da informação Se conservado no âmbito individual, o conhecimento não contribuirá para o desenvolvimento do campo em que se insere. Se o conhecimento individual não for mobilizado, informações não serão compartilhadas e muitas possibilidades de avanço e inovação nas Ciências ficarão perdidas. O compartilhamento de informações gera a interação do conhecimento – tanto o tácito quanto o explícito – em um processo conhecido como conversão do conhecimento. Dentre a literatura que aborda a gestão do conhecimento, uma das teorias mais consolidadas é a Teoria da Criação do Conhecimento, concebida por Nonaka. (NONAKA; TAKEUCHI, 1997) Teoria da Criação do Conhecimento A Teoria da Criação do Conhecimento apresenta quatro padrões básicos de conversão de conhecimento relacionados à compreensão do conhecimento tácito e do conhecimento explícito. Esses padrões representam possibilidades consideradas pelos pesquisadores durante suas atividades científicas. As quatro possibilidades de conversão do conhecimento – socialização, externalização, combinação e internalização – interagem constantemente, como você verá a seguir. Conversão do conhecimento Observe cada possibilidade, considerando a legenda: 1. Socialização Conversão do conhecimento tácito em conhecimento tácito. Refere-se ao Conhecimento Compartilhado. PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 51 O processo de socialização é o da transmissão do conhecimento tácito de uma pessoa para outra, pelo compartilhamento de experiência, pela interação direta. A socialização é primariamente um processo entre os indivíduos. 2. Externalização Conversão do conhecimento tácito em conhecimento explícito por meio de ações que envolvem o diálogo com vistas ao compartilhamento de experiências e decorrentes reflexões. Refere-se ao Conhecimento Conceitual. A passagem do conhecimento tácito para o explícito dá-se pelo processo de externalização, no qual o diálogo – por permitir um feedback imediato – tem um papel fundamental. Esse processo ocorre entre os indivíduos de um grupo. 3. Combinação Processo de conversão do conhecimento explícito em conhecimento explícito. Refere-se ao Conhecimento Sistêmico. A combinação consiste na articulação de um conhecimento existente de modo que gere novos conhecimentos, não significando, necessariamente, a ampliação do conhecimento. É nesse processo que o papel da tecnologia da informação e comunicação é reconhecidamente relevante, pois o conhecimento explícito pode ser registrado e compartilhado por meio de documentos, e-mails, bases de dados, entre outras possibilidades. 4. Internalização Incorporação do conhecimento explícito em conhecimento tácito. Ao internalizar o novo, gera-se conhecimento operacional. Refere-se ao conhecimento operacional. PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 52 A internalização é o processo de compreensão e assimilação de conhecimento explícito para o tácito. É um processo individual no qual tanto as experiências diretas quanto as simuladas são de grande importância, podendo contar com o apoio de tecnologias da informação e comunicação. Dá-se especialmente pela verbalização e pelo “aprender fazendo”. Pela tendência de se buscar causas e relacionar fatos, gera modelos mentais estabelecidos pelo entendimento pessoal que é dado a acontecimentos e comportamentos. Ciclo da Informação e do Conhecimento A transmissão da informação e a construção do conhecimento podem dar-se de diferentes formas em um contínuo movimento em sentido horário que amplia-se para níveis cada vez mais profundos. Para uma melhor compreensão desse conjunto de informações foi elaborado um esquema que representa o Ciclo da Informação e do Conhecimento. Portanto, a organização da informação é fundamental para o que é denominado por gestão do conhecimento.Para isso, a organização das informações deve considerar fluxos que garantam o tempo e formato adequados ao formato como serão disponibilizadas. Atividade proposta Considerando a Teoria da Criação do Conhecimento, sintetize, com até 20 palavras, a ideia de: socialização - externalização - combinação - internalização. Chave de resposta: Socialização Conversão do conhecimento tácito em conhecimento tácito. Trata-se de um processo entre os indivíduos. Refere-se ao Conhecimento Compartilhado. PROJETO DE TRAB. E GESTÃO DA INF. NO ENSINO SUPERIOR 53 Externalização Conversão do conhecimento tácito em conhecimento explícito por meio de ações que envolvem o diálogo com vistas ao compartilhamento de experiências e decorrentes reflexões. Refere-se ao Conhecimento Conceitual. Combinação Processo de conversão do conhecimento explícito em conhecimento explícito. Refere-se ao Conhecimento Sistêmico. Internalização Incorporação do conhecimento explícito em conhecimento tácito. Ao internalizar o novo, gera-se conhecimento operacional. Refere-se ao Conhecimento Operacional. Atividade proposta Relacione cada situação apresentada com a possibilidade de conversão do conhecimento com que mais se aproxima: a) Dois cirurgiões atuam simultaneamente em uma cirurgia de alto risco. b) Prestes a se aposentar, um experiente chefe de laboratório apresenta a rotina de trabalho
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