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PAPER EJA 2019 (1)

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4
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: ASPECTOS HISTÓRICOS E SOCIOCULTURAIS
Caline Machado Gomes
Rafaela Fernandes do Anjos Figueiredo
Sirlane Santos de Jesus
Tiara dos Santos Silva
Professora: Claudine de Lima Nunes Cordeiro
	
RESUMO
O trabalho apresenta os aspectos históricos e socioculturais da educação de jovens e adultos. Priorizamos esta modalidade de ensino, com um olhar para as pessoas jovens e adultas no sentido de garantir seu direito ao conhecimento e a valorização da sua cultura. A EJA diferencia-se da educação regular devido as suas especificidades, requer um quadro de professores preparados para atuar de forma que não venha apenas a suprir ou compensar a escolaridade perdida, mas como forma de garantir sua permanência na escola e a continuação de seus estudos. Buscamos a construção de um melhor entendimento sobre esses sujeitos, seu perfil sociocultural e faixa etária, aprofundando nosso conhecimento e vivencias no campo desta modalidade educativa, enquanto graduandos do curso de pedagogia. Para assim construir estratégias didático-pedagógicas que nos darão mais segurança no trabalho com esses educandos. O estudo apresenta o contexto da trajetória da EJA no Brasil, buscando identificar quais as perspectivas na atualidade para essa modalidade de ensino. Tomamos como referencial teórico, alguns autores com Paulo Freire (2000) que colaboram com estudos sobre a cultura e sua correlação com o currículo dos sujeitos da EJA. O desenvolvimento deste trabalho pauta-se na pesquisa bibliográfica, processada a partir de leituras de livros, artigos, relatórios e consultas feitas via internet.
Palavras-chave: Educação. Jovens e adultos EJA. Histórico
1 INTRODUÇÃO	
A Educação de Jovens e Adultos tem uma caminhada histórica de atitudes inconstantes, indicada por uma desigualdade de programas, várias vezes não caracterizadas como escolarização. Com a aceitação da LDB 9394/96 e das Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação de Jovens e Adultos, Parecer nº 11/2000, a EJA é evidenciada como categoria de educação básica semelhante ao atendimento de jovens e adultos que não freqüentaram ou não concluíram a educação básica. Esses documentos trouxeram modificações e aumentos conceituais produzidas desde o final da década de 1980, ao usar o termo Educação de Jovens e Adultos para compreender as ações anteriormente conhecidas como Ensino Supletivo. No Parecer do Conselho Nacional de Educação (2000), a EJA declara também a concepção de liberdade de uma dívida social de herança colonial descartada, quando se conservou tangivelmente uma educação que consolidou a desigualdade social. A característica particular a esta categoria de ensino faz com que o ambiente do diferente seja completo de riqueza social e cultural. Há apresentações que fazem desses estudantes seres ímpares que, por meio de suas histórias de vida, de suas memórias e desempenho, acrescentando o cotidiano da Educação de Jovens e Adultos e, por sua vez, necessitam ser realizados por escolas e outros espaços que compreendam as suas peculiaridades. O adulto, ao ser avaliado como um sujeito em permanente mudança e, dessa forma, incompleto (FURTER, 1981; SILVA, 2004; SOUSA, 2007, 2008; CORDEIRO, 2009), necessita ter confirmado o direito público subjetivo à educação, a partir de uma concepção que lhe assegure a educação com uma permissão que se efetive ao longo de toda a vida. Motivamos buscar componentes que fortaleçam para confrontar os desafios do fortalecimento da educação de jovens e adultos trabalhadores como direito de todos, orientação constitucional, e da educação profissional também como espaço de formação humana. Estes dois pensamentos, com as quais associamos, encontram-se vastamente argumentada, entre autores no campo da EJA, cabe realçar que ajudaram para a observação dos programas e para o direcionamento sobre os sentidos que produzem em seu contexto histórico. De fato, é indispensável entender que a Educação de Jovens e Adultos é uma categoria de ensino que presa pelo individuo, formando uma das políticas nacionais que facilita para inclusão social, levando de volta à escola, jovens e adultos que por vários obstáculos não permaneceram no ensino regular. Contudo a escola e sociedade, até o instante, estão longe deste conhecimento, além disso, elas permanecem ao fato de comparar-se com a nova realidade da EJA, que vem se evidenciando com o ingresso de alunos cada vez mais jovens. Entendemos que seriam fundamentais muitos anos de pesquisas, estudos e reflexões, para se alcançar à reconfiguração da EJA na qual represente a realidade e contexto atual. Contudo, a partir dos estudos realizados, pudemos refletir e propor algumas alternativas.
 Antes de direcionar nosso olhar crítico para escola, precisamos considerar que as políticas públicas feitas para organização da EJA, são teoricamente belas, porém parece não serem pensadas para a realidade de nosso país. O surgimento da Educação de Jovens e Adultos teve inicio nos anos 60 com a forte mobilização popular, frente a movimentos de cultura e educação espalhando-se por todo país. Tendo como seu grande pioneiro nosso consagrado mestre Paulo Freire, que dirigia em suas técnicas a principal característica da EJA “o sujeito como ator de seu próprio aprendizado”, educando para conscientização, pela formação de sujeitos críticos, educação pela liberdade. Na consequência desses movimentos político-sociais com o objetivo de diminuir o analfabetismo no Brasil, a escolarização de adultos para novas técnicas de trabalho e principalmente “formar milhares de eleitores “conscientes da realidade nacional”, provavelmente em sua maioria, prontos para sufragar candidatos populista e/ou progressistas de esquerda.” (SCOCUGLIA, 2001, p.45). Como podemos perceber a escolarização de jovens e adultos foi marcada em seu começo pelas militâncias de partidos, grupos entre outros atores de nossa sociedade.
2- FUNDAMENTAÇÃO TEORICA DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
A educação de jovens e adultos, EJA, compreende ações de alfabetização, cursos e exames supletivos nas etapas de ensino fundamental e médio, bem como processos de educação a distancia realizados via rádio, televisão ou materiais impressos, que possibilita a oportunidade para muitas pessoas que não tiveram acesso ao conhecimento científico em idade própria dando oportunidade para jovens e adultos iniciar e /ou dar continuidade aos seus estudos, é portanto uma modalidade de ensino que visa garantir um direito aqueles que foram excluídos dos bancos escolares ou que não tiveram oportunidade de acessá-los.
A Educação de Jovens e Adultos no Brasil tem em Paulo Freire seu maior referencial, por ele ser idealizador de uma sociedade voltada para uma pratica educativa, ela surgiu como alternativa à qualificação de mão de obra, com vistas ao atendimento da demanda industrial, onde sua principal função era a de formar indivíduos que agissem como “máquinas”, sem nenhum senso crítico. Nesse período a única proposta de educação que formasse cidadãos críticos foi desenvolvida pelo educador Paulo Freire, que foi dilacerada pelo regime militar. Inúmeros programas de EJA educação de jovens e adultos, após a experiência freireana foram desenvolvidos, mas não eram valorizados por parte dos governantes, pois a esses importava a formação de mão de obra e não o conhecimento adquirido. O ideal de Freire não era só o de ensinar a ler e escrever, em alfabetizar, era o de letrar os sujeitos. Esse letrar é fazer com que os educandos percebam qual é a função de saber ler e escrever, que função social ela exerce, o que na prática significa segundo FREIRE (1997) pág.13 “ ninguém educa ninguém, nós os homens se educam, mediados pelo mundo” essa frase desmistifica que a idéia de que o professor o detentor do saber, tornando educador e educando sujeitos desta aprendizagem, pois o aprender é um ato coletivo e solidário e não se isoladamente.
Para Freire, a educação deveria corresponder a formação plena do ser humano, denominada por ele de preparação para a vida, com formação de valores,atrelados a uma proposta política de uma pedagogia libertadora, fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
Não é possível atuar em favor da igualdade, do respeito aos direito à voz, à participação, à reinvenção do mundo, num regime que negue a liberdade de trabalhar,de comer, de falar, de criticar, de ler, de discordar, de ir e vir, a liberdade de ser. (FREIRE, 2002, p.193)
Os educadores que se comprometem com a Educação de Jovens e Adultos, tem que possuir consciência da necessidade de buscar mecanismos, métodos e teorias que estimulem o público alvo a não abandonar a sala de aula, ou seja, o professor é o estimulador, o mediador de seus alunos. Esses educadores devem ser comprometidos com a aprendizagem dessas pessoas, adequando métodos incessantemente cada vez mais relacionados à realidade do público que estão trabalhando, inserindo no currículo a realidade do aluno, como destaca esse pensador: “Não há razão para se envergonhar por desconhecer algo, testemunhar a abertura dos outros, a disponibilidade curiosa à vida, a seus desafios, são saberes necessários à prática educativa” (FREIRE, 1999, p. 153).
Uma das grandes preocupações de Paulo Freire era com a postura e responsabilidade profissional do educador. Os professores da EJA-educação de jovens e adultos, precisam se adaptar as novas mudanças, como a de receber em sua sala de aula alunos com mais idade, e que ainda não sabem ler, a escola, portanto não pode ignorar esses alunos.
Considerando a diversidade de seu público e as particularidades de tempos e de espaços que a EJA apresenta, devemos pensar, também, na metodologia e no profissional específico que ela requer, por exemplo, sua formação acadêmica inicial teve uma disciplina específica para a Educação de Jovens e Adultos? 
Seria interessante ressaltar também que, no momento da graduação, o profissional da EJA receba formação em teorias pedagógicas sobre a juventude e vida adulta, a fim de conhecer e perceber o seu aluno como sujeito de direitos, respeitando seus saberes e sua realidade (SOARES, 2008, p.63).
O educador da EJA deve refletir crítica e sistematicamente acerca de suas ações educativas, justamente pelo fato da EJA ainda não possuir diretrizes e políticas públicas específicas para a formação do educador.
Ao pensar na alfabetização de jovens e adultos como necessária e indispensável, Paiva ( 1987) defende sua universalização e sua extensão aos anos iniciais do Ensino Fundamental. Conceitua esta educação como sendo “[...] toda educação destinada aqueles que não tiveram oportunidades educacionais em idade própria ou a que tiveram de forma insuficiente, não logrando alfabetizar-se e obter conhecimentos básicos correspondentes aos primeiros anos do curso elementar” (PAIVA, 1987,p.16).
Hoje a alfabetização de jovens e adultos pode ser conceituada segundo Fernandes (2002, p. 39) “como um objetivo permeado de sentido técnico e político, com dimensões individuais e sociais”. Nesta concepção observa-se mais uma vez a necessidade de uma ação pedagógica de alfabetização e letramento como processo distintos e complementares para que o sujeito tenha acesso ao mundo da escrita fazendo uso social real das funções que lhe forem apresentadas.
3 MATERIAIS E METODOS
A EJA, Educação de Jovens e Adulto tem como finalidade e objetivo incluir os jovens e adultos que não tiveram acesso ou oportunidade a educação no momento que deveriam. Tendo assim três funções importantes, a reparadora, equalizadora e qualificadora.
A primeira função da EJA é a reparadora que vem com o intuito de garantir o acesso e permanência na educação para as pessoas que não tiveram oportunidade na idade certa. A segunda é a equalizadora, com o intuito de dar oportunidade para todas as idades. Já a qualificadora tem caráter permanente para a educação, ou seja, de conhecimento por toda vida.
Os sujeitos da EJA são jovens e adultos que possuem diversidades de faixa etária, econômica e sociocultural, mas com singularidade de objetivos que os caracterizam. Todos esses sujeitos, estão em busca do tempo perdido, da realização pessoal, ou sentem-se ameaçados em relação ao desemprego, fazendo com que retornem á escola. 
A EJA atende alunos que estão em defasagem tanto de idade quanto de serie, favorecendo as pessoas que evadiram da escola por algum motivo e desejam retornar . Porém é um desafio tanto para o professor quanto para os educandos. O desafio do professor está interligado em contribuir com a permanência dos alunos em sala de aula, evitando a evasão . Essas evasões podem ser evitadas com aulas atrativas, aproximando os alunos a sua própria realidade, valorizando o conhecimento que este aluno já possui, utilizando linguagem simples, e abusando do diálogo e não confundir a EJA com educação infantil.Já os desafios enfrentados pelos estudantes da EJA, se diz pelo cansaço, pois a grande maioria trabalha o dia inteiro, a distância de casa para a escola, o apoio da família que geralmente não tem, dentre outros. Portanto é necessário por parte dos sujeitos da EJA força e determinação para vencer esses desafios.
Para o presente trabalho, foi utilizado diversos livros: Conscientização: teoria e prática da libertação: uma introdução ao pensamento de Paulo Freire, e Pedagogia do oprimido. Todos eles tiveram sua importância na elaboração da pesquisa, pois nortearam desde o início até a conclusão do trabalho.
Escolhemos autores que falavam sobre a EJA (Educação para Jovem e Adulto),Paulo Freire foi um grande referencial, por ele ser idealizador de uma sociedade voltada para uma pratica educativa. A Princípio foi selecionado livros que abordavam o assunto do presente trabalho, posteriormente foi feito leituras, anotações e resumos para utilizar na produção da pesquisa.
Através das fontes pesquisadas, foi possível notar a importância da EJA na vida dos jovens e adultos que não tiveram acesso no tempo certo aos estudos. E através dessa modalidade de ensino podem retornar a escola e realizar- se quanto cidadão crítico e alfabetizado perante a sociedade.
A pesquisa foi realizada na cidade de Feira de Santana e Santo Estevão-BA.
FIGURA 1: CAPA DO LIVROCONSCIENTIZAÇÃO: TEORIA E PRÁTICA DA LIBERTAÇÃO: UMA INTRODUÇÃO AO PENSAMENTO DE PAULO FREIRE
FIGURA 2: CAPA DO LIVRO PEDAGOGIA DO OPRIMIDO
FIGURA 3: CAPA DO LIVRO III SEMANA DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS.
FIGURA 4: MÓDULO DE EDUCAÇÃO JOVENS E ADULTOS; CIENCIAS HUMANAS
	
	
FIGURA 1 FIGURA 2 
 FIGURA 3 FIGURA 4 
4- RESULTADO E DISCUSSÃO
 A educação para Jovens e Adultos tem suas especificidades culturais, sociais e etárias. São sujeitos que foram excluídos da sociedade letrada impedindo-os de participar ativamente nas questões políticas, culturais e sociais desta sociedade moderna. Pessoas que migraram de cidades pequenas ou do interior para as grandes metrópoles na expectativa de uma melhoria de vida. Mas ao adentrarem nessa nova realidade, percebem que o mercado de trabalho impõe que para desempenharem determinadas funções é preciso ter uma qualificação profissional.
 O público da EJA são pessoas que não tiveram a oportunidade quando menores em frequentarem uma instituição de ensino, por diversos motivos: ter que ajudar na renda familiar, desempenharem determinadas tarefas domésticas ou rurais. Há também aqueles que entraram muitas vezes na escola, mas que acabam sempre saindo. Os sujeitos da EJA são aqueles que moram em cidades ribeirinhas, quilombos, cidades do interior, periferias. Pessoas que muitas vezes podem ser analfabetas funcionais, ou seja, aqueles que têm até a quarta série do antigo primário, sabem ler, escrever e contar basicamente, o modelo tradicional de educação. Porém há também pessoas analfabetas que não sabem nem escrever o nome e precisam de outras pessoas para escrever uma carta, por exemplo, fazendo com quese sinta mal em dividir “seus segredos” com outras pessoas.
 Tendo em vista essas dificuldades eles buscam uma instituição de ensino para poderem novamente aprender ou para aprenderem coisas que não sabem na intenção de poder mudar de cargo ou pelos “simples” sonhos de aprender a ler e escrever, para ajudar os filhos nas lições de casa.
 No Brasil, o analfabetismo vêem crescendo , os aspectos que fazem com que esses índices alarme são: a necessidade de trabalhar para contribuir na renda familiar, dificuldades que enfrentam dentro da própria família impedindo-os de estudar, violência doméstica, ou até mesmo desinteresses pelos estudos, pessoas que tem o interesse de estudar, mas encontram dificuldade de deslocamento.
 Na educação da EJA é necessário que o professor não trate os alunos como crianças, pois não são. Temos que entender que são alunos com especificidades diferentes e assim podemos usar como ferramenta o dia-a-dia desses alunos, fazendo que despertem interesse em continuar estudando, vendo a importância da educação ao longo da vida. 
Segundo Paulo Freire (1987, p.09 ): 
A prática da liberdade encontrará adequada expressão numa pedagogia que o oprimido tenha condições de reflexivamente, descobrir-se e conquistar-se como sujeitos de sua própria destinação histórica (…) 
 O perfil do aluno da EJA é aquele jovem e/ou adulto com dificuldade no processo de alfabetização, muitos pensam que a EJA tem que ser como as escolas de ciclo normal de anos atrás, levando muitos alunos a terem barreias na educação que estão tendo. Muitos vão e voltam diversas vezes. No caso do noturno os alunos têm dificuldades em permanecerem na escola devido às condições físicas, pois são pessoas trabalhadoras e ao irem para a escola estão exaltos devido à longa jornada de trabalho do dia-a-dia de trabalho do dia a dia. Como a EJA tem uma sala multiseriada muitas vezes há conflitos de gerações dentro destas turmas, pois são idades diferentes, pessoas diferentes e atitudes diferentes. Um professor da EJA tem que saber manobrar as características dos alunos, pois dependendo do seu perfil o professor pode estar contribuindo também na evasão escolar.
Conforme Vanilda Galvão Bovo:
 O educador de jovens e adultos a mola propulsora para que esse aluno construa o conhecimento de modo a ser capaz de fazer leitura do mundo com autonomia (…) criar métodos, novas estratégias para prestar ajuda eficaz aos seus alunos no processo de aprendizagem, é também uma responsabilidade do professor. (BOVO, 2002, p.109). 
Alguns dados levantados na pesquisa e que chamaram à atenção foram: o interesse dos alunos pelas aulas, o fato de estarem satisfeitos com tudo na escola, às vezes não gostam dos professores pela falta de paciência deles com os alunos, ou até mesmo o desinteresse desses professores na educação de Jovens e Adultos. Contudo, é obvio que a EJA tem um papel fundamental na vida desses alunos. É necessário que cada dia mais haja professores qualificados e materiais disponíveis para a educação dos sujeitos da EJA. 
5- CONSIDERAÇÕES FINAIS
 O presente trabalho buscou analisar as características que permeiam a trajetória da Educação de Jovens e Adultos no Brasil. Pode-se concluir que as principais características das ações governamentais em educação de Jovens e Adultos por longas décadas, foram de políticas assistencialistas, populista e compensatórias. A educação perde assim o seu objetivo principal de formar integralmente o educando para uma cidadania emancipatória, prevalecendo a cultura da certificação em detrimento do conhecimento.
 Ficou claro que em algum momento de suas vidas os sujeitos dessa pesquisa foram excluídos da escola. A EJA é um elemento fundamental para fazer com que esses sujeitos acreditem e permaneçam para a conclusão de seus estudos, no sentido de acolhe-los, contrariando a conclusão um dia vivida por eles. Nesse sentido a EJA tem uma função reparadora e equalizadora, traz os reflexos de transformação social, na possibilidade de construir uma sociedade independente.
 Pode-se constatar que a demanda da EJA é extensa e complexa, os requisitos para uma cidadania plena são cada vez mais difícil com exigências crescentes por qualificações de um mercado de trabalho excludente e seletivo. Os adultos analfabetos enfrenta uma sociedade letrada e necessita, no mínimo, saber enfrentar a tecnologia da comunicação para que, como cidadãos possam lutar por seus direitos.
 Nesse sentido é de estrema importância uma reflexão sobre a prática e a busca constante por metodologias adequadas ao ensino de jovens e adultos, é preciso compreender, que o processo educativo não se desenvolve em compartimentos isolados, fazendo parte de um processo que acompanha o jovem e o adulto ao longo da vida.
REFERENCIAS
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR-6023. Informação e documentação – Referências – Elaboração. Rio de Janeiro, 2002.
BOVO, Vanilda Galvão. O uso do computador na Educação de Jovens e Adultos. Revista PEC, Curitiba, V.2 . n.1, p. 105 – 112, Maio 2019 acesso as 19:04 
Caderno de textos e oficinas, III semana de educação de jovens e adultos; Educação ao longo da vida: planejamento de ensino, violência e idoso. Feira de Santana Ba.10 e 11 de Maio de 2011
Disponível em: http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/4489/1/MD_EDUMTE_2014_2_116.pdf acesso em 20 de maio de 2019
Disponível em: WWW.voupassar.club/eja-educação-de-jovens-e-adultos 
_________Educação de jovens e adultos. Uniasselvi 2013
FREIRE, Paulo, Pedagogia do oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro; Paz e Terra, 1987 
FREIRE, Paulo. Conscientização: teoria e prática da libertação: uma introdução ao pensamento de Paulo Freire. São Paulo. Cortez & Moraes, 1979. 
SOARES, Leôncio. In: MACHADO, M. M. (Org.). Formação de educadores de jovens e adultos: II Seminário Nacional. Brasília: Secad/MEC, UNESCO, 2008
.
1 Caline Machado Gomes. Graduanda em pedagogia. E-mail: calinemachado85@gmail.com 
 Rafaela Fernandes dos Anjos Figueiredo. Graduanda em pedagogia. E-mail: rf172016@hotmail.com 
 Sirlane Santos de Jesus. Graduanda em pedagogia. E-mail: lannysantos00@hotmail.com
 Tiara dos Santos Silva. Graduanda em pedagogia. E-mail: tiara.ss@hotmail.com 
2 Tutora externa: Claudine de Lima Nunes Cordeiro
Centro Universitário Leonardo da Vinci- UNIASSELVI- Pedagogia (PED 1639) - Prática interdisciplinar VI-13/07/2019

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