Buscar

Disfunções Uroginecológicas e Tratamentos

Prévia do material em texto

Disfunções Uroginecológicas
Profª Luana Martins
Ciclo menstrual 
Dores pélvicas crônica e aguda
Prolapsos 
Incontinência fecal / Constipação
Incontinência urinária
Continência Anorretal 
Uma boa continência anorretal é caracterizada pela capacidade de perceber, armazenar, e evacuar, eficientemente e sem dificuldade, o conteúdo retal em local e momento convenientes. 
Distúrbios na evacuação
O principal problema da evacuação é a chamada constipação, caracteriza pela dificuldade em evacuar ou pelo baixo número de evacuações semanais - é considerado normal evacuar no mínimo três vezes por semana. Está relacionada principalmente aos hábitos alimentares, hídricos e na baixa coordenação motora da MAP.
Para problemas na percepção, o tratamento com fisioterapia costuma apresentar resposta bastante satisfatória e rápida. Estímulos da ampola retal podem ser feitos com balonetes, terapia manual, eletroterapia, e outras técnicas, de acordo com cada caso.
Já para os problemas no armazenamento (ou incontinência) o tratamento varia muito de acordo com cada caso. Quando o problema é causado pela ruptura de um esfíncter, por exemplo, a correção necessária pode ser cirúrgica. 
Depois da cirurgia ou para os casos de incontinência onde não há lesão muscular direta, ou onde esta lesão é mais moderada, a fisioterapia também apresenta resultados bastante satisfatórios, podendo regredir a incontinência em até 100%. 
O fortalecimento muscular é, normalmente, o tratamento mais indicado para este tipo de incontinência: pode ser feito através de técnica manual, cones vaginais ou biofeedback. 
BIOFEEDBACK
Através do Biofeedback é possível controlar nossos processos fisiológicos de forma a poder aumentar o nível de relaxamento, aliviar a dor ou monitorar a atividade muscular. 
A maior dificuldade do treino da MAP é fazer com que a mulher perceba o exercício que está fazendo: se está contraindo a musculatura certa, se está contraindo com força suficiente. O jeito mais moderno e eficiente de se ensinar essa contração é o biofeedback.
Este tipo de treinamento é realizado com instrumentos que monitoram a contração muscular: através de sondas anatômicas, anais ou vaginais, a contração da MAP é mostrada numa tela de computador. 
Utilizando sinais sonoros (bipes) ou visuais (gráficos), permitem que a mulher perceba o grau da força realizada durante cada contração e duração.
A maioria dos aparelhos eletrônicos de biofeedback contam com uma sonda, normalmente inflável, que deve ser introduzida no canal vaginal. No momento em que a MAP contrai ao redor desta sonda, a pressão é capturada por uma placa eletrônica e processada por computador. O resultado é um gráfico que mostra exatamente a força, o tempo e o tipo da contração (crescente, decrescente ou constante). Sinais sonoros também podem ser emitidos quando, por exemplo, a força de contração atingir os níveis desejados durante o treinamento. 
Na prática a mulher vai contrair a MAP e acompanhar no monitor o desenrrolar do gráfico: contornar montanhas (o que significa contrair a MAP de forma crescente para a subida e descrescente para a descida); subir rampas (contrair crescentemente a MAP).
É importante ressaltar que o treino com o biofeedback não fortalece diretamente a musculatura. Como para qualquer outra musculatura do corpo, para que haja fortalecimento eficaz o treino deve ser realizado com carga (peso), ou seja, através de treinamento manual (com as mãos do terapeuta resistindo à contração) ou com cones vaginais. A função do biofeedback e da eletroterapia são de ensinar a contração para as mulheres incapazes de contrair a MAP satisfatoriamente, e não de fortalecer
Tratamento Fisioterapêutico 
Biofeedback
Eletroestimulação
Reeducação de assoalho pélvico
Incontinência 
A incontinência urinária pode ocorrer e ocorre em qualquer idade, mas as suas causas tendem a ser diferentes entre as faixas etárias. A incidência global da incontinência urinária aumenta progressivamente com a idade. Aproximadamente um em cada três indivíduos idosos apresenta algum problema com o controle da bexiga. As mulheres apresentam o dobro de probabilidade que os homens de serem afetadas.
Os tipos de incontinência urinária são classificados de acordo com o modo e o momento do início da incontinência.
Incontinência de esforço
Escape de urina, habitualmente em pequenos jatos, causado pelo aumento da pressão abdominal, o qual ocorre quando o indivíduo tosse, ri, faz força, espirra ou levanta um objeto pesado 
Causas prováveis
Fraqueza do esfíncter urinário (o músculo que controla o fluxo urinário da bexiga)
• Nas mulheres, diminuição da resistência ao fluxo urinário através da uretra; comumente causada pela deficiência de estrogênio
• Alterações anatômicas causadas por múltiplos partos ou por uma cirurgia pélvica
Urgência 
Incapacidade de postergar a micção por mais que alguns minutos após sentir a necessidade de urinar.
Possíveis causas
Infecção do trato urinário
• Bexiga hiperativa (vontade de urinar toda hora)
• Obstrução do fluxo urinário
• Tumores na bexiga
• Medicamentos, especialmente os diuréticos .
Mista
Combinação dos problemas acima (p.ex., muitas mulheres apresentam incontinência mista, isto é, por esforço e de urgência).
Combinação das causas acima. 
Bexiga neurogênica
A bexiga neurogênica é uma disfunção na bexiga que faz com que o indivíduo não consiga controlar sua urina adequadamente devido a alterações no sistema nervoso. Existem 2 tipos de bexiga neurogênica:
Bexiga neurogênica hipoativa: É incapaz de se contrair voluntariamente mas não há um esvaziamento adequado;
Bexiga neurogênica hiperativa: Caracterizada por perda involuntária de urina.
As causas da bexiga neurogênica podem ser
Genéticas como ocorre no caso da mielomeningocele;
Compressão da cauda equina por hérnia de disco;
Acidente que lesiona a coluna, causando paraplegia ou tetraplegia;
Doenças neurológicas degenerativas como a esclerose múltipla.
STOP TEST PIPI
( ) 0 – não interrompe o jato
( ) 1 – interrompe, mas não mantém
( ) 2 – mantém a interrupção por curto período
( ) 3 – mantém, com tônus muscular fraco
( ) 4 – mantém, com bom tônus muscular
( ) 5 – mantém, com tônus muscular forte
PAD TEST
Coloca-se o protetor e a paciente ingere 500 ml de líquido sem sódio em 15 minutos 
Anda, sobe e desce um lance de escada (30min)
Levanta da posição sentada por 10 vezes
Tosse vigorosamente por 10 vezes
Corre no mesmo lugar por 1 minuto
Agacha-se por 5 vezes
Lava a mão em água corrente por 1 minuto
( ) 2 a 10 g – IUE leve
( ) 10 a 50 g – IUE moderada
( ) > 50 g – IUE severa

Continue navegando