Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Apresentação da disciplina Revisão triagem e avaliação do estado nutricional Professora Camila Costa Universidade Estácio de Sá Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia II Conteúdos Patologias de glândulas anexas: vesiculopatias, pancreopatias e hepatopatias; Diabetes mellitus; Enfermidades cardiovasculares: dislipidemia, doença arterial coronariana, síndrome metabólica, hipertensão arterial sistêmica e patologias associadas; Enfermidades urológicas e renais: insuficiência renal aguda e crônica; Enfermidades respiratórias; Enfermidades imunológicas: Lupus eritematoso sistêmico, Câncer, AIDS; Situações críticas: trauma, sepse, choque, pós-operatório; Alterações de glândulas endócrinas. Revisão triagem e avaliação do estado nutricional Triagem x avaliação nutricional Qual a diferença entre triagem e avaliação nutricional? Triagem nutricional Objetivo – identificar indivíduos desnutridos ou em risco nutricional. Instrumentos de triagem nutricional (no Brasil não há consenso sobre o melhor) – mais utilizado: avaliação subjetiva global. Outros instrumentos: Triagem de risco nutricional (NRS – Nutritional Risk Screening, 2002); Instrumento universal de triagem nutricional (MUST – Malnutrition Universal ScreeningTool, 2003); Miniavaliação nutricional reduzida (MNA-SF – Mini Nutritional Assessment Short Form, 1989). Triagem de risco nutricional (NRS – Nutritional Risk Screening, 2002) Instrumento padronizado Critérios para avaliação do risco: • IMC < 20,5 kg/m2; • Perda de peso nos últimos 3 meses; • Alteração na ingestão alimentar; • Gravidade da doença; • Idade > 70 anos é fator de risco adicional. Critérios para classificação do risco: • Escore ≥ 3 – paciente nutricionalmente em situação de risco; • Escore < 3 – rastreamento semanal do paciente. Instrumento universal de triagem nutricional (MUST – Malnutrition Universal Screening Tool, 2003) Instrumento padronizado Critérios para avaliação do risco: • IMC; • Perda de peso nos últimos 3 a 6 meses; • Efeito agudo da doença (catabolismo ou jejum previsto). Critérios para classificação do risco: • Escore 0 – baixo risco (repetir triagem semanalmente); • Escore 1 – médio risco (realizar registro alimentar por 3 dias e repetir triagem semanalmente); • Escore 2 – alto risco (tratar). Miniavaliação nutricional reduzida (MNA-SF – Mini Nutritional Assessment Short Form, 1989) Instrumento padronizado Critérios para avaliação do risco: • IMC (CP caso o IMC não seja possível); • Alteração da ingestão alimentar; • Perda de peso nos últimos 3 meses; • Mobilidade; • Estresse psicológico; • Alteração neurológica. Critérios para classificação do risco: • 12 a 14 pontos – estado nutricional normal; • 8 a 11 pontos – sob risco de desnutrição; • 0 a 7 pontos – desnutrido. Avaliação Subjetiva Global (ASG, 1987) Instrumento padronizado Critérios para avaliação do risco: • Alteração de peso corporal nos últimos 6 meses e 2 semanas; • Alteração na ingestão alimentar; • Sintomas gastrointestinais; • Mobilidade (capacidade funcional); • Estresse da doença; • Exame físico. Critérios para classificação do risco – SUBJETIVO • Bem nutrido; • Moderadamente desnutrido; • Gravemente desnutrido. Diferencial – exame físico! Avaliação Subjetiva Global (ASG, 1987) ASG nas diversas especialidades clínicas Pacientes com neoplasia – ASG produzida pelo próprio paciente (ASG-PPC): primeira etapa preenchida pelo paciente e segunda pelo nutricionista (diferencia sinais e sintomas da doença daqueles específicos do tratamento – escore numérico); Pacientes nefropatas – para pacientes com insuficiência renal grave (exame físico, diálise com comorbidade associada – escore numérico); Pacientes hepatopatas – pacientes com cirrose candidatos a transplante (exame físico, comorbidades associadas – classificação subjetiva); Pacientes idosos – escore numérico. Componentes Avaliação nutricional Análise de pontos básicos para classificação do estado nutricional: Anamnese: história patológica pregressa, história da doença atual, condição socioeconômica, cultural, entre outras; Dimensões corporais aferidas pela antropometria; Sinais e sintomas avaliados pelo exame físico; Perfil bioquímico; Consumo alimentar. Triagem x avaliação nutricional Quais fatores comprometem o estado nutricional? Triagem x avaliação nutricional Quais fatores comprometem o estado nutricional? EQUILÍBRIO ENTRE INGESTÃO E NECESSIDADES NUTRICIONAIS Exercícios Uma pessoa idosa com IMC de 25 kg/m2 está classificada como segundo Lipschitz, 1994: a) Desnutrida b) Baixo peso c) Peso adequado d) Sobrepeso Antropometria – IMC IMC = Peso (kg)/ Altura2 Exercícios A circunferência muscular braquial (CMB) avalia: a) Compartimento proteico somático b) Compartimento proteico visceral c) Compartimento adiposo d) Síntese proteica Circunferências Circunferência muscular do braço (ou braquial) – avalia a reserva de tecido muscular sem correção da massa óssea (compartimento proteico somático). Onde π = 3,14 DCT = dobra cutânea tricipital CMB (cm) = CB (cm) – π x [DCT (mm) ÷ 10] Classificação da CMB (cm) por percentis e por idade de indivíduos do sexo masculino e feminino. Circunferências Adequação da CMB (CMB%) – esta medida compara a CMB atual à recomendada (percentil 50) para a idade. CMB% = CMB atual (cm) x 100/ CMB percentil 50 Exercícios São parâmetros de antropometria: a) Dobra cutânea subescapular b) Circunferência abdominal e dobra cutânea tricipital c) Peso diário e circunferência braquial d) Circunferência do pescoço e peso diário Antropometria – PESO Peso corporal – escolha do peso em adultos e idosos. Antropometria – PESO Peso atual (PA) – peso aferido na balança em até 24 hs do atendimento; Peso usual (PU) – referido pelo paciente como sendo seu peso “normal”. Deve ser usado pelo paciente quando não tiver relato de perda de peso; Peso ideal (PI) – definido segundo o IMC médio; Peso ajustado (Pajust)– estimado a partir do peso atual e do peso ideal; PI = altura2 (m) x IMC médio Homens: 22 kg/m2 – Mulheres: 21 kg/m2 Pajust (obesidade) = (PA - PI) x 0,25 + PI Pajust (desnutrição) = (PI - PA) x 0,25 + PA Antropometria – PESO Peso corrigido (PCor) – utilizado para pacientes amputados; Percentuais de peso das partes do corpo para cálculo após amputação PCor = (Peso antes da amputação x 100)/ (100% - %amputação) Antropometria – PESO Peso estimado (PEst) – utilizado para casos que são impossíveis realizar a medida do peso; Onde: CP – circunferência da panturrilha (cm); AJ – altura do joelho (cm); CB – circunferência do braço (cm); DCSE – dobra cutânea subescapular (mm). Homens: (0,98 x CP) + (1,16 x AJ) + (1,73 x CB) + (0,37 x DCSE) - 81,9 Mulheres: (1,27 x CP) + (0,87x AJ) + (0,98 x CB) + (0,4 x DCSE) – 62,35 Antropometria – PESO Peso seco (Psec) – peso descontado de edemas. O valor a ser descontado dependerá do local e grau de edema apresentado pelo indivíduo. Classificação de edema Antropometria – PESO Antropometria – PESO % de perda ponderal (PP%) – % de perda de peso tendo como base o peso usual (referido pelo paciente). Classificação do grau de perda ponderal segundo tempo de perda PP% = (PU - PA)/ PU x 100 Triagem nutricional Métodos de triagem nutricional (ferramentas validadas) – dificuldade na identificação – fatores de risco: redução da ingestão alimentar recente, perda ponderal, edema, perda de massa magra e de tecido adiposo e redução da capacidade funcional. Após a triagem os pacientes em risco e aqueles com longa permanência hospitalar devem ser submetidos a avaliação nutricional. TRIAGEM NUTRICIONAL – processo para identificar indivíduos desnutridos ou em risco de desnutrição – DEVE SER FEITA À ADMISSÃO HOSPITALAR (em até 24 hs após a admissão). Circunferências Circunferência do braço (braquial)– indicador de reserva muscular. Classificação da CB (mm) por percentis e por idade de indivíduos do sexo masculino e feminino. Circunferências Adequação da CB (CB%) – esta medida compara a CB atual à recomendada (percentil 50) para a idade. CB% = CB atual (cm) x 100/ CB percentil 50 Exercícios Paciente B.S.T., sexo feminino, 25 anos, com diagnóstico de câncer de estômago há 1 ano, obteve perda de peso de 20 kg em 6 meses e continua perdendo. Dados: peso usual = 92 kg; peso atual = 72 kg; altura = 1,82 m. Qual o IMC, sua classificação e o % de perda de peso do paciente: a) 20,45 kg/m2 – eutrófico – 23% b) 21,73 kg/m2 – eutrófico – 21% c) 18,56 kg/m2 – magreza grau I – 19% d) 18,96 kg/m2 – magreza grau I – 20% IMC e % perda de peso IMC = 72/ 1,822 = 72/ 3,3124 = 21,73 kg/m2 PP% = (92 - 72)/ 92 x 100 = 21,74 Perda severa = > 10% em 6 meses PP% = (PU - PA)/ PU x 100 Exercícios Paciente L.P.G., sexo masculino, está internado há 2 meses com diagnóstico de insuficiência renal crônica, em tratamento de hemodiálise. Dados: peso atual = 65 kg; altura = 1,80 m; DCT e DCSE abaixo de p10; CB abaixo de p10. Dê o diagnóstico nutricional do paciente: a) 19,65 kg/m2, sendo classificado como magreza grau I e pequena perda do compartimento adiposo e muscular. b) 20,06 kg/m2, sendo classificado como eutrófico mas com perda moderada do compartimento adiposo e muscular. c) 20,06 kg/m2, sendo classificado como eutrófico e valores normais do compartimento adiposo e muscular. d) 19,65 kg/m2, sendo classificado como magreza grau I e com depleção grave do compartimento adiposo e muscular. IMC e % perda de peso IMC = 65/ 1,802 = 65/ 3,24 = 20,06 kg/m2 Percentil ≤ 10 = pacientes em risco nutricional (perda moderada). Percentil ≤ 3 = pacientes desnutridos (perda grave). Exercícios Paciente G.C.V., sexo feminino, está em tratamento para obesidade no ambulatório de nutrição. Relata querer emagrecer pois sente que sua qualidade de vida piorou, e sua mãe faleceu após um infarto há 3 meses devido ao alto peso. Dados: peso atual = 80 kg; altura = 1,55 m; DCT e DCSE acima de p95. Qual seria o peso ideal desta paciente? a) 52,85 kg b) 59,25 kg c) 50,45 kg d) 55,90 kg Peso ideal Peso ideal (PI) – definido segundo o IMC médio. PI = 1,552 x 21 = 2,4025 x 21 = 50,45 kg PI = altura2 (m) x IMC médio Homens: 22 kg/m2 – Mulheres: 21 kg/m2 Peso ideal Peso ideal (PI) – definido segundo o IMC médio. PI = 1,552 x 21 = 2,4025 x 21 = 50,45 kg Peso ajustado (Pajust)– estimado a partir do peso atual e do peso ideal. Pajust = (80 - 50,45) x 0,25 + 50,45 = 29,55 x 0,25 + 50,45 = 57,83 kg PI = altura2 (m) x IMC médio Homens: 22 kg/m2 – Mulheres: 21 kg/m2 Pajust (obesidade) = (PA - PI) x 0,25 + PI Exercícios A avaliação nutricional do paciente hospitalizado é primeiramente essencial para: a) Combater a desnutrição iatrogênica b) Detectar precocemente o risco nutricional c) Adequar o estado nutricional de indivíduos obesos d) Os indivíduos no pós-operatório Exercícios A avaliação subjetiva global consiste em avaliar: a) Perda de peso grave no último mês; alteração da ingestão alimentar; presença de sintomas gastrointestinais; capacidade funcional; exame físico. b) Perda de peso nos últimos 6 meses; alteração da ingestão alimentar; presença de sintomas gastrointestinais; capacidade funcional; exame físico. c) Perda de peso nos últimos 6 meses; alteração da ingestão alimentar; presença de sintomas gastrointestinais; capacidade funcional; exame bioquímico. d) Perda de peso nos últimos 12 meses; alteração da ingestão alimentar; exames bioquímicos (albumina, transferrina e hemoglobina). Avaliação subjetiva global Método simples, de baixo custo, não invasivo, podendo ser realizado a beira do leito. Por ser de fácil execução e boa repetibilidade, a ASG vem se tornando o principal método de escolha. Engloba não apenas alterações da composição corporal, mas também alterações funcionais do paciente. Principal vantagem – identifica adequadamente os casos de desnutrição ou risco de desnutrição. Principal desvantagem – limitação para monitorar a evolução dos pacientes (baseada exclusivamente em critérios qualitativos, pequenas alterações do estado nutricional não seriam detectadas em curto prazo). Exercícios Paciente do sexo feminino, 50 anos, peso atual 52 kg, estatura 1,72 m, CB = 20,3 cm, DCT = 7,5 mm. a) IMC 17,57 kg/m2, magreza grau I, depleção dos compartimentos muscular e adiposo. b) IMC 17,57 kg/m2, magreza grau I, depleção do compartimento muscular. c) IMC 16,93 kg/m2, magreza grau II, depleção dos compartimentos muscular e adiposo. d) IMC 17,57 kg/m2, magreza grau II, depleção dos compartimentos muscular e adiposo. IMC e CMB IMC = 52/ 1,722 = 52/ 2,9584 = 17,57 kg/m2 CMB = 20,3 – 3,14 (7,5 ÷ 10) = 20,3 – 2,355 = 17,94 cm CMB (cm) = CB (cm) – π x [DCT (mm) ÷ 10] Classificação da CMB (cm) por percentis e por idade de indivíduos do sexo masculino e feminino. Classificação da DCT (mm) por percentis e por idade de indivíduos do sexo masculino e feminino. DCT = 7,5 mm Dobra cutânea tricipital Adequação da DCT (DCT%) – esta medida compara a DCT atual à recomendada (percentil 50) para a idade. DCT% = DCT atual (mm) x 100/ DCT percentil 50 Etiologia – admissão hospitalar DESNUTRIÇÃO Definição Consequência de desequilíbrio metabólico causado por doença com maior demanda calórico-proteica, com oferta inadequada de nutrientes e com potencial de alteração da composição corpórea e funções orgânicas. Etiologia – admissão hospitalar DESNUTRIÇÃO PRIMÁRIA SECUNDÁRIA Condições socioeconômicas precárias Ingestão inadequada e insatisfatória de nutrientes que não garantem a reposição energético-proteica e dos demais nutrientes necessários. Impacto da doença Deficiência na ingestão; Efeitos de medicamentos; Redução da absorção de macro e micronutrientes; Alteração das necessidades nutricionais e do GE. Impacto da doença Anorexia, digestão metabolismo; Dor, ansiedade, modificações da dieta, consistência, e horários. Etiologia – admissão hospitalar DESNUTRIÇÃO HOSPITALAR TERCIÁRIA Desnutrição iatrogênica (efeitos e complicações causados pelo tratamento) Decorrente do cuidado do paciente, com relação às infecções nosocomiais, uso inadequado da terapia nutricional (TN), e/ou ausência de avaliação nutricional. Epidemiologia A desnutrição hospitalar acomete entre 29 e 54% dos doentes internados no mundo, o que a torna doença de grande prevalência. Durante a hospitalização, pacientes idosos, críticos ou aqueles submetidos a procedimentos cirúrgicos apresentam maior risco de desnutrição, com importante impacto econômico. PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA EM PAÍSES DESENVOLVIDOS E SUBDESENVOLVIDOS Desnutrição e subnutrição DESNUTRIÇÃO SUBNUTRIÇÃO Carência alimentar ou deficiência de nutrição. Emagrecimento por falta de alimentação. Subnutrição proteico-energética Desnutrição hospitalar Cicatrização imunidade Intolerância ao tratamento sobrevida, readmissão, pior qualidade de vida Internação prolongada Custo hospitalar Trabalho recente Nutridia Brasil (2015) verificou que somente 38,8% dos pacientes internados aceitam 100% da dieta. TNO é importante!! NHC, Gonzalez, M.C., 2015 Risco nutricional - termo que se refere ao risco aumentado de morbimortalidade em decorrência do estado nutricional. Desnutrição hospitalar Pacientes de risco: ↓ Ingestão/ inanição por período > 7 dias Dieta hipocalórica → longo período Pacientes neurológicos → deglutição Anorexia nervosa Alcoolismo crônico Idoso → depressão Câncer Doenças infecciosas crônicas Doenças catabólicas em convalescência Pós-operatórios Obesidade mórbida com rápida perda de peso Antropometria – ALTURA Altura – escolha da altura em adultos e idosos. Antropometria– ALTURA Altura aferida – altura aferido em até 24 hs do atendimento; Altura estimada por equações – utiliza idade em anos e altura do joelho; Equações para estimativa da altura pela altura do joelho e idade Antropometria – ALTURA Altura recumbente – paciente deitado de costa com o leite em posição horizontal completa. Faça marcas no lençol na altura do topo da cabeça e da base do pé e finalize medindo as marcas com uma fita métrica. Envergadura do braço (extensão dos braços) – no caso de utilizar a semi-envergadura do braço, multiplicar o valor por 2. Circunferências e DC Circunferência da cintura – indicador de risco cardiovascular. Circunferência da panturrilha – mais utilizada para estimativa do peso. DCT – as dobras cutâneas avaliam a reserva de gordura, sendo a DCT a mais usada rotineiramente. Classificação da DCT (mm) por percentis e por idade de indivíduos do sexo masculino e feminino. Dobra cutânea tricipital Adequação da DCT (DCT%) – esta medida compara a DCT atual à recomendada (percentil 50) para a idade. DCT% = DCT atual (mm) x 100/ DCT percentil 50 Exame físico Grau de consciência (lucidez); Estado de hidratação (resistência da pele); Consumo muscular (somático e visceral); Consumo de tecido adiposo (olhos e face); Presença de peristalse/Sistema digestivo; Identificação de edema (classificação). Exame físico – TGIS e TGII Cavidade oral – presença de dentes, mastigação, lábios e gengivas (sangramento, cor anormal, lesões, fissuras e úlceras); língua (glossite) e salivação (xerostomia ou sialorreia). Esôfago – verificar disfagia, odinofagia, pirose, regurgitação, eructação, soluço, engasgos, hemese e/ou hematêmese. Estômago – dor aguda ou crônica, intermitente ou constante, dificuldade de digestão, gastroparesia, náuseas. ID e IG – dor aguda ou crônica, intermitente ou constante, paresia, diarreia, consistência e formato das fezes (escala de Bristol), esteatorreia, melena, mudanças de ritmo intestinal, distenção abdominal. Exames para avaliação nutricional Sinais clínicos - Atrofias: 1- Face (temporal – sinal de asa quebrada, orbital, gordura de Bichart) ( ) Sim ( ) Não 2- Região torácica - abdominal anterior (deltoide, clavícula, fúrcula esternal) ( ) Sim ( ) Não 3- Região torácica - abdominal posterior (retração intercostal, paravertebral) ( ) Sim ( ) Não 4- Edemas (MMII, MMSS, Fácies,Ascite,Anasarca) ( ) Sim ( ) Não 5- Alterações pele ( ) sistema Nervoso ( ) sistema cardiorrespiratório ( ) Exames para avaliação nutricional Exames bioquímicos principais: Hg < 12 em mulheres e 13 g/dL em homens adultos = desnutrição proteica/ anemia Alb < 3,0 g/ dL desnutrição proteica/ edema Leucócitos < 4000, leucopenia = risco imunológico Linfócitos e CTL <1500 = risco imunológico Lactato e PCO2 (acima do normal = acidose metabólica / respiratória) HCO3 ( acima do normal – Alcalose metabólica) Glicose > 200 mg/dL = risco metabólico Antropometria básica: Antropometria básica: Peso, CB, PCT, altura joelho, circunferência da panturrilha ► Diagnóstico 1: Paciente eutrófico segundo IMC calculado com o peso teórico. Ao exame físico apresenta depleção de massa muscular/adiposa, da musculatura temporal, da bola gordurosa de Bichat e com proeminências das fossas supra e infraclaviculares. Em jejum prolongado, devido anorexia e com perda de peso grave no ultimo mês. Conduta nutricional 1 : Prescrita dieta enteral por acesso nasoentérico (1 L) para prevenção de aspiração pulmonar, hipercalórica (1,5 Kcal/mL), hiperproteica (70 g/L), com fibras (para prevenir constipação), administração contínua, com volume inicial de 500 ml / dia, aumentando gradativamente de acordo com a aceitação do paciente e na ausência de complicações gastrintestinais, até atingir 1500 ml/dia. ► Diagnóstico 2: Paciente apresenta magreza grau I, segundo IMC, depleção moderada do compartimento proteico e do tecido adiposo. Apresentou perda de peso grave na ultima semana. Conduta nutricional 2 : Prescrevo dieta oral pastosa hipercalórica com 2000 Kcal , hiperproteica (35 Kcal/peso; 1.3 g/Kg), com exclusão de alimentos crus e frituras. Hiperproteica, hipercalórica rica em micronutrientes e adequada em fibras. ► Diagnóstico 3: Paciente obeso grau III, com aumento do compartimento adiposo, hiperobesidade abdominal e risco muito elevado para complicações metabólicas. Conduta Nutricional 3 : Prescrevo dieta oral hipocalórica e normoproteica (25 Kcal/Kg PA; 1.2 Kg.PA), para redução de peso no pré-operatório, porém mantendo o estado nutricional adequado para boa recuperação pós-cirúrgica, normolipídica e rica em fibras para aumentar a saciedade. Parecer 3: Paciente LOTE, normocorada e com edema nos MMIIs. Segundo o IMC apresenta obesidade grau III com risco para complicações metabólicas associada à obesidade. Paciente com constipação. Hipercolesterolemia e redução do HDL. Prescrita dieta de 1800 kcal, de consistência normal, normoproteica, normoglicídica, normolipídica, reduzida em carboidratos simples, lipídios saturados, sódio, com aumento de fibras e antioxidantes. Orientada a aumentar ingestão hídrica. Acompanho a evolução do caso. Exemplo de diagnóstico, conduta e parecer para prontuário Caso clínico – parecer nutricional Paciente L.C.A.B., 23 anos, sexo masculino, colaborativo. Avaliando os compartimentos corporais, observa-se depleção do proteico somático (proteína muscular), a partir da avaliação da CMB, que está abaixo do percentil 5. Quanto às proteínas viscerais, também observamos depleção, visto que a concentração de albumina e proteínas totais estão baixas. Em relação ao compartimento adiposo, a bola gordurosa de Bichart apresenta depleção do compartimento, o que se associa com a baixa ingestão alimentar. Paciente hipocorado, com hemácias e hematócrito baixos e episódios de diarreia sanguinolenta podendo gerar quadro de anemia. Paciente eutrófico, segundo a OMS (IMC = 18,5 kg/m2) porém em risco nutricional pois apresenta perda de peso grave em consequência do baixo consumo alimentar. Caso clínico – conduta Administração de dieta por via oral, hipercalórica, hiperproteicas, normolipídica e normoglicídica sem concentração de açúcares simples. Consistência pastosa. Acompanho aceitação e evolução do paciente.
Compartilhar