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Triagem e Avaliação Nutricional - Aula 1

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Apresentação da disciplina
Revisão triagem e avaliação do estado 
nutricional
Professora Camila Costa
Universidade Estácio de Sá
Fisiopatologia da Nutrição e 
Dietoterapia II
Conteúdos
 Patologias de glândulas anexas: vesiculopatias, pancreopatias e 
hepatopatias;
 Diabetes mellitus;
 Enfermidades cardiovasculares: dislipidemia, doença arterial 
coronariana, síndrome metabólica, hipertensão arterial 
sistêmica e patologias associadas;
 Enfermidades urológicas e renais: insuficiência renal aguda e 
crônica;
 Enfermidades respiratórias;
 Enfermidades imunológicas: Lupus eritematoso sistêmico, 
Câncer, AIDS;
 Situações críticas: trauma, sepse, choque, pós-operatório;
 Alterações de glândulas endócrinas.
Revisão triagem e avaliação do 
estado nutricional
Triagem x avaliação nutricional
Qual a diferença 
entre triagem e 
avaliação 
nutricional?
Triagem nutricional
 Objetivo – identificar indivíduos desnutridos ou em risco 
nutricional.
 Instrumentos de triagem nutricional (no Brasil não há 
consenso sobre o melhor) – mais utilizado: avaliação 
subjetiva global.
 Outros instrumentos:
 Triagem de risco nutricional (NRS – Nutritional Risk 
Screening, 2002);
 Instrumento universal de triagem nutricional 
(MUST – Malnutrition Universal ScreeningTool, 2003);
 Miniavaliação nutricional reduzida (MNA-SF – Mini 
Nutritional Assessment Short Form, 1989).
Triagem de risco nutricional (NRS –
Nutritional Risk Screening, 2002)
Instrumento padronizado
Critérios para avaliação do risco:
• IMC < 20,5 kg/m2;
• Perda de peso nos últimos 3 meses;
• Alteração na ingestão alimentar;
• Gravidade da doença;
• Idade > 70 anos é fator de risco 
adicional.
Critérios para classificação do 
risco:
• Escore ≥ 3 – paciente 
nutricionalmente em situação de 
risco;
• Escore < 3 – rastreamento semanal 
do paciente.
Instrumento universal de triagem nutricional 
(MUST – Malnutrition Universal Screening Tool, 2003)
Instrumento padronizado
Critérios para avaliação do risco:
• IMC;
• Perda de peso nos últimos 3 a 6 
meses;
• Efeito agudo da doença 
(catabolismo ou jejum previsto).
Critérios para classificação do 
risco:
• Escore 0 – baixo risco (repetir 
triagem semanalmente);
• Escore 1 – médio risco (realizar 
registro alimentar por 3 dias e 
repetir triagem semanalmente);
• Escore 2 – alto risco (tratar).
Miniavaliação nutricional reduzida (MNA-SF –
Mini Nutritional Assessment Short Form, 1989)
Instrumento padronizado
Critérios para avaliação do risco:
• IMC (CP caso o IMC não seja 
possível);
• Alteração da ingestão alimentar;
• Perda de peso nos últimos 3 meses;
• Mobilidade;
• Estresse psicológico;
• Alteração neurológica.
Critérios para classificação do risco:
• 12 a 14 pontos – estado nutricional 
normal;
• 8 a 11 pontos – sob risco de 
desnutrição;
• 0 a 7 pontos – desnutrido.
Avaliação Subjetiva Global (ASG, 
1987)
Instrumento padronizado
Critérios para avaliação do risco:
• Alteração de peso corporal nos 
últimos 6 meses e 2 semanas;
• Alteração na ingestão alimentar;
• Sintomas gastrointestinais;
• Mobilidade (capacidade funcional);
• Estresse da doença;
• Exame físico.
Critérios para classificação do 
risco – SUBJETIVO
• Bem nutrido;
• Moderadamente desnutrido;
• Gravemente desnutrido.
Diferencial –
exame físico!
Avaliação Subjetiva Global (ASG, 
1987)
ASG nas diversas especialidades clínicas
 Pacientes com neoplasia – ASG produzida pelo 
próprio paciente (ASG-PPC): primeira etapa preenchida 
pelo paciente e segunda pelo nutricionista (diferencia 
sinais e sintomas da doença daqueles específicos do 
tratamento – escore numérico);
 Pacientes nefropatas – para pacientes com 
insuficiência renal grave (exame físico, diálise com 
comorbidade associada – escore numérico);
 Pacientes hepatopatas – pacientes com cirrose 
candidatos a transplante (exame físico, comorbidades 
associadas – classificação subjetiva);
 Pacientes idosos – escore numérico.
Componentes
Avaliação nutricional
Análise de pontos básicos para classificação do 
estado nutricional:
 Anamnese: história patológica pregressa, história da 
doença atual, condição socioeconômica, cultural, entre 
outras;
 Dimensões corporais aferidas pela antropometria;
 Sinais e sintomas avaliados pelo exame físico;
 Perfil bioquímico;
 Consumo alimentar.
Triagem x avaliação nutricional
Quais fatores 
comprometem o 
estado nutricional? 
Triagem x avaliação nutricional
Quais fatores 
comprometem o 
estado nutricional? 
EQUILÍBRIO ENTRE INGESTÃO E 
NECESSIDADES NUTRICIONAIS
Exercícios
 Uma pessoa idosa com IMC de 25 kg/m2 está 
classificada como segundo Lipschitz, 1994:
a) Desnutrida
b) Baixo peso
c) Peso adequado
d) Sobrepeso
Antropometria – IMC
IMC = Peso (kg)/ Altura2
Exercícios
 A circunferência muscular braquial (CMB) 
avalia:
a) Compartimento proteico somático
b) Compartimento proteico visceral
c) Compartimento adiposo
d) Síntese proteica
Circunferências
 Circunferência muscular do braço (ou braquial) –
avalia a reserva de tecido muscular sem correção da 
massa óssea (compartimento proteico somático).
Onde π = 3,14
DCT = dobra cutânea tricipital
CMB (cm) = CB (cm) – π x 
[DCT (mm) ÷ 10]
Classificação da CMB (cm) por percentis e por idade de 
indivíduos do sexo masculino e feminino.
Circunferências
 Adequação da CMB (CMB%) – esta medida compara 
a CMB atual à recomendada (percentil 50) para a idade.
CMB% = CMB atual (cm) x 
100/ CMB percentil 50
Exercícios
 São parâmetros de antropometria:
a) Dobra cutânea subescapular
b) Circunferência abdominal e dobra cutânea 
tricipital
c) Peso diário e circunferência braquial
d) Circunferência do pescoço e peso diário
Antropometria – PESO
 Peso corporal – escolha do peso em adultos e idosos.
Antropometria – PESO
 Peso atual (PA) – peso aferido na balança em até 24 hs 
do atendimento;
 Peso usual (PU) – referido pelo paciente como sendo 
seu peso “normal”. Deve ser usado pelo paciente quando 
não tiver relato de perda de peso;
 Peso ideal (PI) – definido segundo o IMC médio;
 Peso ajustado (Pajust)– estimado a partir do peso atual 
e do peso ideal;
PI = altura2 (m) x IMC médio
Homens: 22 kg/m2 – Mulheres: 21 kg/m2
Pajust (obesidade) = (PA - PI) x 0,25 + PI
Pajust (desnutrição) = (PI - PA) x 0,25 + PA
Antropometria – PESO
 Peso corrigido (PCor) – utilizado para pacientes 
amputados;
Percentuais de peso das partes do corpo para cálculo 
após amputação
PCor = (Peso antes da amputação x 100)/ 
(100% - %amputação)
Antropometria – PESO
 Peso estimado (PEst) – utilizado para casos que são 
impossíveis realizar a medida do peso;
Onde: CP – circunferência da panturrilha (cm); AJ – altura 
do joelho (cm); CB – circunferência do braço (cm); DCSE –
dobra cutânea subescapular (mm).
Homens: (0,98 x CP) + (1,16 x AJ) + (1,73 x 
CB) + (0,37 x DCSE) - 81,9
Mulheres: (1,27 x CP) + (0,87x AJ) + (0,98 x 
CB) + (0,4 x DCSE) – 62,35
Antropometria – PESO
 Peso seco (Psec) – peso descontado de edemas. O valor 
a ser descontado dependerá do local e grau de edema 
apresentado pelo indivíduo.
Classificação de edema
Antropometria – PESO
Antropometria – PESO
 % de perda ponderal (PP%) – % de perda de peso 
tendo como base o peso usual (referido pelo paciente).
Classificação do grau de perda ponderal segundo 
tempo de perda
PP% = (PU - PA)/ PU x 100
Triagem nutricional
 Métodos de triagem nutricional (ferramentas validadas) –
dificuldade na identificação – fatores de risco: 
redução da ingestão alimentar recente, perda ponderal, 
edema, perda de massa magra e de tecido adiposo e 
redução da capacidade funcional.
 Após a triagem os pacientes em risco e aqueles com 
longa permanência hospitalar devem ser submetidos a 
avaliação nutricional.
TRIAGEM NUTRICIONAL – processo para identificar indivíduos 
desnutridos ou em risco de desnutrição – DEVE SER FEITA À 
ADMISSÃO HOSPITALAR (em até 24 hs após a admissão).
Circunferências
 Circunferência do braço (braquial)– indicador de 
reserva muscular.
Classificação da CB (mm) por percentis e por idade de 
indivíduos do sexo masculino e feminino.
Circunferências
 Adequação da CB (CB%) – esta medida compara a CB 
atual à recomendada (percentil 50) para a idade.
CB% = CB atual (cm) x 100/ 
CB percentil 50
Exercícios
 Paciente B.S.T., sexo feminino, 25 anos, com diagnóstico de 
câncer de estômago há 1 ano, obteve perda de peso de 20 
kg em 6 meses e continua perdendo.
 Dados: peso usual = 92 kg; peso atual = 72 kg; altura = 1,82 
m. 
 Qual o IMC, sua classificação e o % de perda de peso do 
paciente:
a) 20,45 kg/m2 – eutrófico – 23%
b) 21,73 kg/m2 – eutrófico – 21%
c) 18,56 kg/m2 – magreza grau I – 19%
d) 18,96 kg/m2 – magreza grau I – 20%
IMC e % perda de peso
 IMC = 72/ 1,822 = 72/ 3,3124 = 21,73 kg/m2
 PP% = (92 - 72)/ 92 x 100 = 21,74
 Perda severa = > 10% em 6 meses
PP% = (PU - PA)/ PU x 100
Exercícios
 Paciente L.P.G., sexo masculino, está internado há 2 meses com 
diagnóstico de insuficiência renal crônica, em tratamento de 
hemodiálise.
 Dados: peso atual = 65 kg; altura = 1,80 m; DCT e DCSE abaixo 
de p10; CB abaixo de p10.
 Dê o diagnóstico nutricional do paciente:
a) 19,65 kg/m2, sendo classificado como magreza grau I e pequena 
perda do compartimento adiposo e muscular.
b) 20,06 kg/m2, sendo classificado como eutrófico mas com perda 
moderada do compartimento adiposo e muscular. 
c) 20,06 kg/m2, sendo classificado como eutrófico e valores 
normais do compartimento adiposo e muscular. 
d) 19,65 kg/m2, sendo classificado como magreza grau I e com 
depleção grave do compartimento adiposo e muscular.
IMC e % perda de peso
 IMC = 65/ 1,802 = 65/ 3,24 = 20,06 kg/m2
 Percentil ≤ 10 = pacientes em risco nutricional (perda 
moderada).
 Percentil ≤ 3 = pacientes desnutridos (perda grave).
Exercícios
 Paciente G.C.V., sexo feminino, está em tratamento para 
obesidade no ambulatório de nutrição. Relata querer 
emagrecer pois sente que sua qualidade de vida piorou, e 
sua mãe faleceu após um infarto há 3 meses devido ao alto 
peso.
 Dados: peso atual = 80 kg; altura = 1,55 m; DCT e DCSE 
acima de p95.
 Qual seria o peso ideal desta paciente?
a) 52,85 kg
b) 59,25 kg
c) 50,45 kg
d) 55,90 kg
Peso ideal
 Peso ideal (PI) – definido segundo o IMC médio.
 PI = 1,552 x 21 = 2,4025 x 21 = 50,45 kg
PI = altura2 (m) x IMC médio
Homens: 22 kg/m2 – Mulheres: 21 kg/m2
Peso ideal
 Peso ideal (PI) – definido segundo o IMC médio.
 PI = 1,552 x 21 = 2,4025 x 21 = 50,45 kg
 Peso ajustado (Pajust)– estimado a partir do peso atual 
e do peso ideal.
 Pajust = (80 - 50,45) x 0,25 + 50,45 = 29,55 x 0,25 + 
50,45 = 57,83 kg
PI = altura2 (m) x IMC médio
Homens: 22 kg/m2 – Mulheres: 21 kg/m2
Pajust (obesidade) = (PA - PI) x 0,25 + PI
Exercícios
 A avaliação nutricional do paciente hospitalizado é 
primeiramente essencial para:
a) Combater a desnutrição iatrogênica
b) Detectar precocemente o risco nutricional
c) Adequar o estado nutricional de indivíduos 
obesos
d) Os indivíduos no pós-operatório
Exercícios
 A avaliação subjetiva global consiste em avaliar:
a) Perda de peso grave no último mês; alteração da ingestão 
alimentar; presença de sintomas gastrointestinais; 
capacidade funcional; exame físico.
b) Perda de peso nos últimos 6 meses; alteração da ingestão 
alimentar; presença de sintomas gastrointestinais; 
capacidade funcional; exame físico.
c) Perda de peso nos últimos 6 meses; alteração da ingestão 
alimentar; presença de sintomas gastrointestinais; 
capacidade funcional; exame bioquímico.
d) Perda de peso nos últimos 12 meses; alteração da ingestão 
alimentar; exames bioquímicos (albumina, transferrina e 
hemoglobina).
Avaliação subjetiva global
 Método simples, de baixo custo, não invasivo, podendo ser 
realizado a beira do leito.
 Por ser de fácil execução e boa repetibilidade, a ASG 
vem se tornando o principal método de escolha.
 Engloba não apenas alterações da composição 
corporal, mas também alterações funcionais do 
paciente.
 Principal vantagem – identifica adequadamente os casos 
de desnutrição ou risco de desnutrição.
 Principal desvantagem – limitação para monitorar a 
evolução dos pacientes (baseada exclusivamente em 
critérios qualitativos, pequenas alterações do estado 
nutricional não seriam detectadas em curto prazo).
Exercícios
 Paciente do sexo feminino, 50 anos, peso atual 52 kg, 
estatura 1,72 m, CB = 20,3 cm, DCT = 7,5 mm.
a) IMC 17,57 kg/m2, magreza grau I, depleção dos 
compartimentos muscular e adiposo.
b) IMC 17,57 kg/m2, magreza grau I, depleção do 
compartimento muscular.
c) IMC 16,93 kg/m2, magreza grau II, depleção dos 
compartimentos muscular e adiposo.
d) IMC 17,57 kg/m2, magreza grau II, depleção dos 
compartimentos muscular e adiposo.
IMC e CMB
 IMC = 52/ 1,722 = 52/ 2,9584 = 17,57 kg/m2
 CMB = 20,3 – 3,14 (7,5 ÷ 10) = 20,3 – 2,355 = 17,94 cm
CMB (cm) = CB (cm) – π x 
[DCT (mm) ÷ 10]
Classificação da CMB (cm) por percentis e por idade de 
indivíduos do sexo masculino e feminino.
Classificação da DCT (mm) por percentis e por idade de 
indivíduos do sexo masculino e feminino.
DCT = 7,5 mm
Dobra cutânea tricipital
 Adequação da DCT (DCT%) – esta medida compara 
a DCT atual à recomendada (percentil 50) para a idade.
DCT% = DCT atual (mm) x 
100/ DCT percentil 50
Etiologia – admissão hospitalar
DESNUTRIÇÃO
Definição
Consequência de desequilíbrio metabólico causado 
por doença com maior demanda calórico-proteica, 
com oferta inadequada de nutrientes e com 
potencial de alteração da composição corpórea e 
funções orgânicas.
Etiologia – admissão hospitalar
DESNUTRIÇÃO
PRIMÁRIA SECUNDÁRIA
Condições socioeconômicas 
precárias
 Ingestão inadequada e 
insatisfatória de nutrientes que 
não garantem a reposição 
energético-proteica e dos 
demais nutrientes necessários.
Impacto da doença
 Deficiência na ingestão;
 Efeitos de medicamentos;
 Redução da absorção de macro 
e micronutrientes;
 Alteração das necessidades 
nutricionais e do GE.
Impacto da 
doença
 Anorexia, digestão 
metabolismo;
 Dor, ansiedade, 
modificações da 
dieta, consistência, 
e horários.
Etiologia – admissão hospitalar
DESNUTRIÇÃO
HOSPITALAR
TERCIÁRIA
Desnutrição iatrogênica (efeitos e 
complicações causados pelo tratamento)
Decorrente do cuidado do paciente, com relação 
às infecções nosocomiais, uso inadequado da 
terapia nutricional (TN), e/ou ausência de 
avaliação nutricional. 
Epidemiologia
 A desnutrição hospitalar acomete entre 29 e 54% 
dos doentes internados no mundo, o que a torna 
doença de grande prevalência.
 Durante a hospitalização, pacientes idosos, críticos ou 
aqueles submetidos a procedimentos cirúrgicos 
apresentam maior risco de desnutrição, com 
importante impacto econômico.
PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA EM 
PAÍSES DESENVOLVIDOS E 
SUBDESENVOLVIDOS
Desnutrição e subnutrição
DESNUTRIÇÃO SUBNUTRIÇÃO
Carência alimentar 
ou deficiência de 
nutrição.
Emagrecimento 
por falta de 
alimentação.
Subnutrição proteico-energética 
Desnutrição hospitalar
 Cicatrização
 imunidade
Intolerância 
ao 
tratamento
 sobrevida, 
readmissão, pior 
qualidade de vida
Internação
prolongada
 Custo hospitalar
Trabalho recente Nutridia Brasil
(2015) verificou que somente
38,8% dos pacientes internados
aceitam 100% da dieta. TNO
é importante!!
NHC, 
Gonzalez, M.C., 2015
Risco nutricional - termo 
que se refere ao risco 
aumentado de 
morbimortalidade em 
decorrência do estado 
nutricional.
Desnutrição hospitalar
 Pacientes de risco:
 ↓ Ingestão/ inanição por período > 7 dias
 Dieta hipocalórica → longo período
 Pacientes neurológicos → deglutição
 Anorexia nervosa
 Alcoolismo crônico
 Idoso → depressão
 Câncer
 Doenças infecciosas crônicas
 Doenças catabólicas em convalescência
 Pós-operatórios
 Obesidade mórbida com rápida perda de peso
Antropometria – ALTURA
 Altura – escolha da altura em adultos e idosos.
Antropometria– ALTURA
 Altura aferida – altura aferido em até 24 hs do 
atendimento;
 Altura estimada por equações – utiliza idade em 
anos e altura do joelho;
Equações para estimativa da altura pela altura do 
joelho e idade
Antropometria – ALTURA
 Altura recumbente – paciente deitado de costa com o 
leite em posição horizontal completa. Faça marcas no 
lençol na altura do topo da cabeça e da base do pé e 
finalize medindo as marcas com uma fita métrica.
 Envergadura do braço (extensão dos braços) – no 
caso de utilizar a semi-envergadura do braço, multiplicar 
o valor por 2.
Circunferências e DC
 Circunferência da cintura – indicador de risco 
cardiovascular.
 Circunferência da panturrilha – mais utilizada para 
estimativa do peso.
 DCT – as dobras cutâneas avaliam a reserva de 
gordura, sendo a DCT a mais usada rotineiramente.
Classificação da DCT (mm) por percentis e por idade de 
indivíduos do sexo masculino e feminino.
Dobra cutânea tricipital
 Adequação da DCT (DCT%) – esta medida compara 
a DCT atual à recomendada (percentil 50) para a idade.
DCT% = DCT atual (mm) x 
100/ DCT percentil 50
Exame físico
 Grau de consciência (lucidez);
 Estado de hidratação (resistência da pele);
 Consumo muscular (somático e visceral);
 Consumo de tecido adiposo (olhos e face);
 Presença de peristalse/Sistema digestivo;
 Identificação de edema (classificação).
Exame físico – TGIS e TGII
 Cavidade oral – presença de dentes, mastigação, lábios e 
gengivas (sangramento, cor anormal, lesões, fissuras e 
úlceras); língua (glossite) e salivação (xerostomia ou 
sialorreia).
 Esôfago – verificar disfagia, odinofagia, pirose, 
regurgitação, eructação, soluço, engasgos, hemese e/ou 
hematêmese.
 Estômago – dor aguda ou crônica, intermitente ou 
constante, dificuldade de digestão, gastroparesia, náuseas.
 ID e IG – dor aguda ou crônica, intermitente ou 
constante, paresia, diarreia, consistência e formato das 
fezes (escala de Bristol), esteatorreia, melena, mudanças 
de ritmo intestinal, distenção abdominal.
Exames para avaliação nutricional
Sinais clínicos - Atrofias:
1- Face (temporal – sinal de asa quebrada, orbital, gordura de
Bichart)
( ) Sim ( ) Não
2- Região torácica - abdominal anterior (deltoide, clavícula,
fúrcula esternal)
( ) Sim ( ) Não
3- Região torácica - abdominal posterior (retração intercostal,
paravertebral)
( ) Sim ( ) Não
4- Edemas (MMII, MMSS, Fácies,Ascite,Anasarca)
( ) Sim ( ) Não
5- Alterações
pele ( ) sistema Nervoso ( ) sistema cardiorrespiratório ( )
Exames para avaliação nutricional
Exames bioquímicos principais:
Hg < 12 em mulheres e 13 g/dL em homens adultos =
desnutrição proteica/ anemia
Alb < 3,0 g/ dL desnutrição proteica/ edema
Leucócitos < 4000, leucopenia = risco imunológico
Linfócitos e CTL <1500 = risco imunológico
Lactato e PCO2 (acima do normal = acidose metabólica / 
respiratória)
HCO3 ( acima do normal – Alcalose metabólica)
Glicose > 200 mg/dL = risco metabólico
Antropometria básica:
Antropometria básica:
Peso, CB, PCT, altura joelho, circunferência da panturrilha
► Diagnóstico 1: Paciente eutrófico segundo IMC calculado com o peso teórico. Ao exame
físico apresenta depleção de massa muscular/adiposa, da musculatura temporal, da bola
gordurosa de Bichat e com proeminências das fossas supra e infraclaviculares. Em jejum
prolongado, devido anorexia e com perda de peso grave no ultimo mês.
Conduta nutricional 1 : Prescrita dieta enteral por acesso nasoentérico (1 L) para
prevenção de aspiração pulmonar, hipercalórica (1,5 Kcal/mL), hiperproteica (70 g/L),
com fibras (para prevenir constipação), administração contínua, com volume inicial de
500 ml / dia, aumentando gradativamente de acordo com a aceitação do paciente e na
ausência de complicações gastrintestinais, até atingir 1500 ml/dia.
► Diagnóstico 2: Paciente apresenta magreza grau I, segundo IMC, depleção moderada do
compartimento proteico e do tecido adiposo. Apresentou perda de peso grave na ultima
semana.
Conduta nutricional 2 : Prescrevo dieta oral pastosa hipercalórica com 2000 Kcal ,
hiperproteica (35 Kcal/peso; 1.3 g/Kg), com exclusão de alimentos crus e frituras.
Hiperproteica, hipercalórica rica em micronutrientes e adequada em fibras.
► Diagnóstico 3: Paciente obeso grau III, com aumento do compartimento adiposo,
hiperobesidade abdominal e risco muito elevado para complicações metabólicas.
Conduta Nutricional 3 : Prescrevo dieta oral hipocalórica e normoproteica (25 Kcal/Kg PA;
1.2 Kg.PA), para redução de peso no pré-operatório, porém mantendo o estado
nutricional adequado para boa recuperação pós-cirúrgica, normolipídica e rica em fibras
para aumentar a saciedade.
Parecer 3: Paciente LOTE, normocorada e com edema nos MMIIs. Segundo o IMC
apresenta obesidade grau III com risco para complicações metabólicas associada à
obesidade. Paciente com constipação. Hipercolesterolemia e redução do HDL. Prescrita
dieta de 1800 kcal, de consistência normal, normoproteica, normoglicídica,
normolipídica, reduzida em carboidratos simples, lipídios saturados, sódio, com aumento
de fibras e antioxidantes. Orientada a aumentar ingestão hídrica. Acompanho a evolução
do caso.
Exemplo de diagnóstico, conduta e 
parecer para prontuário
Caso clínico – parecer nutricional
 Paciente L.C.A.B., 23 anos, sexo masculino, colaborativo.
 Avaliando os compartimentos corporais, observa-se depleção 
do proteico somático (proteína muscular), a partir da avaliação 
da CMB, que está abaixo do percentil 5. Quanto às proteínas 
viscerais, também observamos depleção, visto que a 
concentração de albumina e proteínas totais estão baixas. Em 
relação ao compartimento adiposo, a bola gordurosa de 
Bichart apresenta depleção do compartimento, o que se 
associa com a baixa ingestão alimentar. Paciente hipocorado, 
com hemácias e hematócrito baixos e episódios de diarreia 
sanguinolenta podendo gerar quadro de anemia. Paciente 
eutrófico, segundo a OMS (IMC = 18,5 kg/m2) porém em risco 
nutricional pois apresenta perda de peso grave em 
consequência do baixo consumo alimentar.
Caso clínico – conduta
 Administração de dieta por via oral, hipercalórica, 
hiperproteicas, normolipídica e normoglicídica sem 
concentração de açúcares simples.
 Consistência pastosa.
 Acompanho aceitação e evolução do paciente.

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